CORREA,Jociele_CAMARGOS, Moacir Lopes de

Transcrição

CORREA,Jociele_CAMARGOS, Moacir Lopes de
Um olhar para a cultura do outro: a fronteira enunciada pela literatura
Una mirada hacia la cultura del otro: la frontera enunciada por la literatura
CORRÊA, Jociele1
CAMARGOS, Moacir Lopes de2.
RESUMO
O objetivo deste trabalho é refletir sobre as singularidades da fronteira Brasil/Uruguai a
partir da obra Contos do país dos gaúchos, do escritor uruguaio Julián Murguía. Após
a leitura dos contos “Uma visita” e “Os contrabandistas”, tomamos como referencial
teórico básico os estudos do pensador russo Bakhtin, dentre outros autores, para discutir
sobre língua, cultura, identidade e sujeitos na região fronteiriça, mais especificamente
nas cidades gêmeas Aceguá – Brasil/Uruguai. Nesse contexto, o comércio informal de
mercadorias entre os dois países (contrabando) é bastante praticado, mas aos olhos da
lei, isso seria uma prática considerada ilegal. No entanto, para os sujeitos fronteiriços
essa prática é aceitável como qualquer outra forma de trabalho. Nos contos analisados, o
narrador-protagonista, por não ser dessa região de fronteira, lança um olhar sobre a
cultura do outro (o fronteiriço) de modo a recriminá-lo por suas práticas sociais de
sobrevivência. Segundo Bakhtin (2000), uma cultura só se revela em sua completude a
partir do olhar alheio. Através da análise dos contos, percebemos que a representação de
valores culturais/identitários dos sujeitos fronteiriços se revela a partir de um olhar
exotópico, ou seja, um olhar externo. Porém, esses dois olhares não são excludentes,
mas se complementam. Logo, há um constante diálogo entre as duas culturas em
contato e ambas se enriquecem.
Palavras-chave: Fronteira, cultura, exotopia.
RESUMEN
El objetivo de este paper es reflexionar acerca de las singularidades de la frontera
Brasil/Uruguay a partir de la obra Cuentos del país de los gauchos, del escritor
uruguayo Julián Murguía. Tras la lectura de los cuentos Una visita y Los
contrabandistas, tomamos como marco teórico básico las reflexiones del pensador ruso
Bajtín, entre otros investigadores, para discutir sobre lengua, cultura, identidad y sujetos
en la región fronteriza, más específicamente en las ciudades gemelas Aceguá –
Brasil/Uruguay. En esse contexto, el comercio informal de mercaderías entre los dos
países (contrabando) es bastante practicado, pero para la ley, eso sería una práctica
considerada ilegal. Sin enbargo, para esos sujetos fronterizos esa prática es aceptable
como otra forma de trabajo cualquiera. En los cuentos analisados, el narradorprotagonista, por el hecho de no ser de esa región, echa una mirada a la cultura del otro
(fronterizo) recriminándolo por sus prácticas culturales de supervivencia. Según Bajtín
(2000), una cultura solo se muestra en su completud a partir de la mirada ajena. A través
1
Estudante de pós-graduação do curso de Especialização em Leitura e Escrita pela Universidade Federal
do Pampa – UNIPAMPA, campus Bagé.
2
Professor Doutor da Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA, campus Bagé.
de los análises percibimos que la representación de valores culturales/identitarios de los
sujetos fronterizos se muestra a partir de uma mirada exotópica, es decir, externa.
Todavía esas dos miradas no son excludentes, pero se complementan. De esa forma, hay
un constante diálogo entre las dos culturas en contacto y ambas se enriquecen.
Palabras clave: Frontera, cultura, exotopia.
1. Primeiras palavras
Este trabalho apresenta uma leitura comentada de dois contos da obra “Contos
no país dos gaúchos”, de Julían Murguía, um escritor uruguaio. A partir da leitura de
dois contos “A visita” e “Os contrabandistas”, traçaremos um paralelo entre a obra
literária e o contexto de fronteira delimitado aqui pela fronteira Brasil/Uruguai, mais
especificamente, a cidade de Aceguá (Brasil/Uruguai).
Em Aceguá, apenas uma avenida delimita o território brasileiro e uruguaio.
Nesse contexto, fronteira se caracteriza como um espaço híbrido, em que os moradores
transitam livre e frequentemente de um lado a outro da fronteira e, por isso, chegam a
considerar esse espaço como único. Isto é, eles veem Aceguá como uma única cidade,
brasileira e uruguaia3.
Pode-se denotar, portanto, que a forma como o sujeito concebe a fronteira está
diretamente relacionada com a sua relação com o contexto, isto é, para o sujeito „local‟,
para o fronteiriço, esse contexto é naturalmente um ambiente de troca. Agora, um
sujeito de fora, um outsider, vê esse espaço como peculiar, mas não consegue apreender
a mesma representação simbólica que esse local tem para o fronteiriço. Para o Outro,
esse local é a marca do limite entre os dois países. A curiosidade e o cuidado para saber
“de que lado está” é muito mais frequente para esse Outro que lança um olhar exotópico
para o contexto (BAKHTIN, 2000) do que para o fronteiriço que nasceu e cresceu na
fronteira.
Logo, Corrêa (2012) afirma que “fronteira representa um espaço social de
trânsito e contato, um local socialmente complexo por suas características multilíngues,
multiétnicas e transculturais” (p. 05). Além disso, é importante mencionar que é
característica inerente de uma fronteira ser um espaço de complexidade, mas esse
espaço é singular, pois cada fronteira é única (CORRÊA; DORNELLES, 2009).
2. Leitura comentada dos contos – análise de excertos
Nesta seção faremos a análise de dois contos da obra “Contos do país dos
gaúchos” (1991), de autoria de Julían Murguía. Esse escritor é uruguaio e menciona
cidades da região da fronteira Brasil/Uruguai em seus contos. Nos contos que serão
3
Para os moradores da região urbana de Aceguá, as relações identitárias são tão próximas a ponto de se pensar
nas cidades como única. A identificação de “dois lados, o brasileiro e o uruguaio” está presente no discurso em
que a marca de nacionalidade se torna relevante: no discurso de quem não pertence à comunidade, ou no
discurso de quem pertence à comunidade, mas, em situações específicas precisa de uma definição geográfica
exata que marque os dois territórios nacionais, ou ainda quando, no discurso oficial, em que é preciso marcar o
contato entre os dois países vizinhos. (CORRÊA, 2012, p. 05 – em nota de rodapé).
analisados aqui podemos perceber os diálogos entre culturas na fronteira a partir de um
olhar exotópico (BAKHTIN, 2000).
O conto “Uma visita” é narrado em primeira pessoa por um guri que foi passar
um tempo na casa dos tios. As descrições do autor indicam que se trata de um local em
uma comunidade rural, provavelmente uma estância situada na zona de fronteira4. Nesse
conto, o menino relata a chegada de um homem, Vasco Ugarte, à casa dos seus tios e os
diálogos que se travaram nessa ocasião. Diante da chegada dele, a tia questiona o
homem sobre sua atividade e, então, tem-se o seguinte diálogo:
- E o que o senhor vende?
- Não vendo nada. Faço fretes, contrabando de encomenda. ..
- O senhor, contrabandista?
Eu o olhava com olhos grandes e redondos, como esperando vê-lo transformar-se sabe-se lá o quê.
- Pois... levo isso no sangue – e dirigindo-se a mim: - Não me olha assim, isso não é feio. A terra é dos
homens, e quando os homens se entendem não precisam de leis. As leis foram feitas pros homens que não
se entendem.
- E o comissário, o que acha disso? – perguntou titio.
- O comissário faz o que lhe mandam. Mas não há ninguém, gente ou milico, que não tenha comprado
algo de contrabando, ou que, indo ao Brasil, não tenha trazido coisa alguma. No fim das contas... acho
eu... se um brasileiro quer vender e um oriental quer comprar, pra que fazer tanto alvoroço?
Titio deu uma risada.
(MURGUÍA, 1993, p. 88-89)
Esse diálogo é revelador no sentido de que temos o „Outro‟, no caso a tia do
narrador, questionando o sujeito sobre suas atividades e ele, ao ser questionado, formula
uma resposta para atender à demanda do seu interlocutor. Ao ser questionado sobre o
que ele vende, ele responde: “Não vendo nada...” O sujeito atende a demanda do seu
interlocutor, mas esse interlocutor, na posição de “o Outro”, exige do sujeito uma
definição. No caso do conto, a tia define o carreteiro ao questionar, dizendo: “O senhor,
contrabandista?” O que textualmente foi expresso por uma vírgula adquire o mesmo
valor semântico que o verbo „ser‟ conjugado em primeira pessoa, uma vez que a
pergunta poderia ser: “O senhor é contrabandista?” sem que houvesse grande alteração
de sentido.
O sujeito responde ao questionamento e o narrador transcreve sua fala da
seguinte maneira: “Pois... levo isso no sangue” e dirigindo-se a mim: “não me olha
assim, isso não é feio”. Nesse trecho, é latente que a tia, no papel do Outro, busca uma
definição para o sujeito e o denomina contrabandista. SER contrabandista é uma
afirmação identitária e ideológica que envolve juízos de valor. E é notável que o
carreteiro não se diz contrabandista, provavelmente prevendo os julgamentos de valor
que seu interlocutor poderia fazer a partir de sua fala.
4
“A zona de fronteira é composta pelas „faixas‟ territoriais de cada lado do limite internacional, caracterizadas
por interações que, embora internacionais, criam um meio geográfico próprio de fronteira, só perceptível na
escala local/regional das interações transfronteiriças.” (BRASIL, 2005, p. 152).
No caso do conto, o olhar5 que o menino dirige a Ugarte ratifica o juízo de valor
negativo diante da posição identitária e ideológica de “ser contrabandista”. O carreteiro
menciona também a questão do posicionamento de modo que o discurso
institucional/social de legalidade, afirmando que as leis somente são válidas quando os
homens não se entendem. Com isso, Ugarte parece querer dizer que, nesse local, apesar
do valor que as leis têm, o que vale mesmo é o acordo entre os homens. É dessa forma
que o sujeito fronteiriço vê as leis e isso dá uma visão de sua posição como sujeito, sua
compreensão do mundo a partir de sua inter-ação em sociedade.
Então, o tio do narrador o questiona: “E o comissário, o que acha disso?” Ao
perguntar sobre a opinião do comissário, o tio do narrador apela para um discurso que
legitime (ou não) a fala do carreteiro. O discurso do comissário seria exemplo de um
“discurso de verdade” ou “discurso legítimo”, o qual incorpora os valores ideológicos
de legal e ilegal, as convenções explícitas do que se pode ou não fazer na sociedade.
Temos nesse ponto uma evidente relação de poder.
O carreteiro, em seu discurso, relativiza a legitimidade do discurso do
comissário afirmando: “O comissário faz o que lhe mandam”. Com essa afirmação, ele
demonstra que há vozes mais fortes que a do comissário que direcionam as interações
(principalmente comerciais) que acontecem nesse contexto.
Além disso, ele expressa a naturalidade com que essas práticas são realizadas no
contexto. O contrabando, a despeito do discurso ideológico oficial de que é (i)legal, é
uma prática legal, comum e natural para os sujeitos fronteiriços. Nesse ponto, há uma
discrepância entre o discurso oficial escrito (leis) e as práticas sociais diárias (interação
social).
- São quileiros – disse titio.
- Que é isso, quileiros?
- Contrabandistas.
- Bandidos?
- Não, não são bandidos. São vizinhos pobres. Vivem naquele rancherio – e apontou por cima de mim.
Lembrei-me do rancherio, dos guris terrosos de olhos como pratos.
- Mas são contrabandistas?
- Sim, de quilo a quilo. Um quilo de açúcar, outro de erva ou de feijão... Por isso são chamados quileiros.
Vão a pé, com bolsa nos ombros.
- Se o comissário os pega eles vão presos?
- Acho que vão... e perdem o que levam.
- Então são bandidos.
(...)
- É difícil explicar. Quando fores maiorzinho vais compreender. O que o homem faz pra defender os seus
está bem feito. É a lei natural.
- Então não são bandidos?
5
Elemento não verbal resgatado no texto através da fala de Ugarte.
- Não, filhinho. Não são bandidos. São gente boa, mas infortunada.
(MURGUÍA, 1993, p. 94-95)
Nesse excerto, o garoto e o tio vêem um grupo de pessoas que passam ao longe
e, então, começa o diálogo sobre os quileiros. O guri ao perguntar quem são esses
sujeitos, o tio lhe responde de forma direta: “contrabandistas”. Como ele vem de outro
lugar, diferente do contexto fronteiriço onde reside seu tio, ele faz uma pergunta:
“Bandidos?”, ou seja, esses quileiros realizam atividades comerciais não legalmente
autorizadas, como o faz vasco Ugarte.
Na interlocução com o tio, que se esforça em explicar ao garoto que eles não são
bandidos, ele compreende a pobreza: “Lembrei do rancherio (...)”, mas há uma
insistência em perguntar sobre quem são esses sujeitos: “Mas são contrabandistas?”.
Diante da resposta positiva do tio, seguida de uma explicação sobre o trabalho dos
quileiros, isso o guri, vindo de um outro contexto sócio-cultural, aprendeu que essas
pessoas, mesmo que realizem árduas atividades para sua sobrevivência, devem ser
presas se essas atividades estão fora da lei e, quem pode afirmar isso é o comissário,
representante da lei: “Se o comissário os pega eles vão presos?. Como a resposta é
positiva: “Acho que vão... e perdem o que levam” a conclusão é a seguinte: todo
contrabandista é bandido, logo, todo bandido deve ser preso para respeitar as leis. Isso é
o que ele aprendeu em seu contexto, quer dizer, para aqueles que realizam
contravenções, a prisão é o lugar que melhor lhes serve para aprender a obedecer as leis.
A reflexão do tio para explicar sobre os sujeitos fronteiriços mostra que ele
também, por meio das constantes perguntas do garoto, que não conhecia a fronteira,
termina por aprender com o garoto sobre o seu próprio espaço e realizar conclusões: “É
a lei natural”. Essa resposta do tio ao guri revela que, mesmo que haja leis criadas para
defender os interesses sociais (no nosso caso, os comerciais), os homens podem burlar
essas leis e fazer as suas próprias para adaptar e sobreviver, como é o caso dos quileiros
que são “gente boa”, não bandidos, “mas infortunados”.
Sabemos que, embora exista o Mercosul6 desde o final da década passada com
objetivos comerciais bem delineados, esses objetivos são, prioritariamente, para
favorecer o comércio em grande escala entre os países integrantes. Dessa forma, os
locais mais distantes dos grandes centros, como é o caso das fronteiras, ficam excluídos
desses objetivos de aproximação e crescimento, como previsto nos acordos comerciais.
Por outro lado, é interessante notar como esses documentos oficiais do Mercosul são
contraditórios, pois prevêem uma melhora da qualidade de vida dos povos dos países
integrantes.
3. Fechamento do texto e abertura para novos diálogos
- Mas.... é ou não é teu amigo?
- Bueno, sim.
- Ele disse que é contrabandista.
6
Para maiores detalhes ver www.mercosul.gov.br acesso em 01/10/12
- Precisa viver de alguma coisa, não é?
- Mas como pode ser seu amigo se é contrabandista?
- E por que não?
- Porque... se é contrabandista, não pode.
- Por quê?
- Porque não.
- Achas que não?
- Acho. Não pode.
Titio deu uma gargalhada.
- Olha aqui – disse ele -, eu posso ser amigo do comissário e também do vasco Ugarte.
(MURGUÍA, 1993, p. 94)
Finalmente, podemos entender que, pela condição exotópica na qual se encontra
o garoto, ele pode interrogar, dialogar, compreender e aprender com a cultura
fronteiriça. Todas essas aprendizagens adquiridas lhe servem para que ele possa também
ver melhor a sua própria cultura. Segundo Bakhtin,
o excedente de visão é o broto em que repousa a forma e de onde ela
desabrocha como uma flor. Mas para que esse broto efetivamente desabroche
na flor da forma concludente, urge que o excedente de minha visão complete
o horizonte do outro indivíduo contemplado sem perder a originalidade deste.
Eu devo entrar em empatia com o outro indivíduo, ver axiologicamente o
mundo de dentro dele tal qual ele o vê, colocar-me no lugar dele e, depois de
ter retornado ao meu lugar, completar o horizonte dele com o excedente de
visão que desse meu lugar se descortina fora dele, convertê-lo, criar para ele
um ambiente concludente, a partir desse excedente da minha visão, do meu
conhecimento, da minha vontade e do meu sentimento. (BAKHTIN, 2000,
p.23).
Através da análise dos contos, percebemos que a representação de valores
culturais/identitários dos sujeitos fronteiriços se revela a partir de um olhar exotópico,
ou seja, um olhar externo. Porém, esses dois olhares não são excludentes, mas se
complementam. Logo, há um constante diálogo entre as duas culturas em contato e
ambas se enriquecem.
4. Referências bibliográficas:
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francês por Maria Ermantina Galvão; revisão da tradução de Marina Appenzeller. 3 ed.
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Monografia apresentada ao Curso de Letras. Universidade Federal do Pampa, Campus
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