- Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de

Transcrição

- Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de
Justiça manda
arquivar inquérito
sobre a morte
do jornalista
Vladimir
Herzog.
Filiado à
www.jornalistasp.org.br
[email protected]
JORNAL DOS JORNALISTAS
Pág. 10
Órgão mensal do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS
número 314
JANEIRO/2009
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Jornalistas de
Rádio e TV
tiveram acerto rápido
na negociação salarial.
Pág. 3
CIEE e Sindicato
discutem estágio
para estudantes
de Jornalismo.
Pág. 3
Acordo ortográfico:
uma preocupação a
mais para os jornalistas
a partir deste ano.
Pág. 4
2
Editorial
UNIDADE
JANEIRO/2009
Compromissos renovados
e novos e velhos desafios
O
Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
iniciou o ano de 2008 com a abertura da regional do Oeste Paulista, em 25 de janeiro, e encerrou
suas atividades com a inauguração de uma sala em Sorocaba
(3 de dezembro), única regional
que ainda não possuia sede física.
Além disso, todas as regionais e
a sede central foram re-equipadas materialmente. No meio do
período, em agosto, foi realizado
o Congresso Nacional da categoria - a última vez que o encontro havia ocorrido no Estado foi
em 1986. Nossa grande questão
nacional, a necessidade do diploma para o exercício profissional,
ainda não foi
O processo eleitoral resolvida e, nos
meses,
no Sindicato, com próximos
voltará à pauta,
certeza, será
principalmente no Supremo
marcado pelo
Tribunal Fededebate de idéias
ral, onde aguare propostas
da julgamento.
Isto posto, será
visando a melhor
preciso utilizar
solução para
essa estrutura
superar os
do
Sindicato
para
continuar
a
problemas
mobilização
em
concretos
defesa de nossa
do dia-a-dia
profissão.
Mas essa não é
a única questão
relevante neste ano que agora se
inicia, principalmente porque se
apresentam novos problemas que
afetam toda a classe trabalhadora, não apenas os jornalistas.
A crise econômica, cuja real dimensão - ao contrário da Europa
e dos EUA – parece ainda não
estar bem definida no Brasil, já
serve de mote para o empresariado aprofundar a “flexibilização”
dos direitos trabalhistas. Nas
empresas de comunicação, com
uma tradição de “frilas fixos”,
PJs, falsas cooperativas e outras
coisinhas mais, isso pode significar um grande retrocesso nas relações de trabalho. Isso sem falar
na grande desculpa que a crise dá
aos patrões para dificultar ao máximo a negociação salarial, que
no caso de jornais e revistas e de
assessoria de imprensa têm database em 1º de junho.
Assim, a luta dos jornalistas
será a mesma luta dos demais
trabalhadores. Para isso, o Sindicato não pode se isolar e precisa estreitar laços com outras
organizações, principalmente
com os sindicatos do ramo da
comunicação.
Estes poucos exemplos servem
para demonstrar e simbolizar
um trabalho que tem o objetivo
de preparar a entidade para uma
atuação cada vez mais próxima
dos jornalistas. Apenas citamos
algumas questões. Os desafios
são muitos e os jornalistas sabem disso. Portanto, não será
preciso enumerá-los todos, mas
apenas salientar que a solução
virá da organização, unidade da
categoria e solidariedade dos demais trabalhadores.
Esta constatação, bastante óbvia, serve para refletir sobre a
atuação e o papel de um sindicato na vida dos trabalhadores.
Como o Sindicato dos Jornalistas
realizará, em breve, uma eleição
para substituir a atual diretoria,
cujo mandato se encerra em 15
de abril, data de fundação do Sindicato, é importante que a futura
direção renove esse compromisso de lutar contra todas estas mazelas que afligem a categoria.
Não é possível adivinhar o futuro, tampouco fazer previsões.
Mas o processo eleitoral, com
certeza, será marcado pelo debate de idéias e propostas visando
a melhor solução para superar os
problemas concretos do dia-adia. E caberá aos associados escolher aqueles que melhor representam os seus anseios, sonhos e
projetos de uma sociedade melhor e mais justa.
Agindo dessa maneira não haverá vencedores ou derrotados,
mas somente uma categoria que,
utilizando dos mecanismos democráticos, se aproxima cada
vez mais dos trabalhadores,
unifica suas ações e se fortalece
para enfrentar os desafios que o
ano apresenta.
Diretoria do Sindicato
Órgão Oficial do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
Rua Rego Freitas, 530 - sobreloja
CEP 01220-010 - São Paulo - SP * Tel: (11) 3217-6299 - Fax: (11) 3256-7191
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EXPEDIENTE
Diretor responsável: Wladimir Miranda
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Camargo (Guto); Secretária Geral Lourdes Augusto (Lourdeca);
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Ribeirão Preto - Brás Aparecido Peripato
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S. José do Rio Preto - Daniele Jammal
Sorocaba - José Antonio Rosa
Vale do Paraíba, Litoral Norte
e Mantiqueira - André Freire
COM. REG. E FISC. EXERC. PROF.
(CORFEP)
Titulares: Anderson Fazoli, Fábio César
Venturini e Mário Iório Lopes
Suplente: Benedito Egydio dos Santos
Neto
CONSELHO FISCAL
Titulares: Alexandre Hernandez Mota
(licenciado), Hugo Henrique Cilo e Raul
Antônio Varassin
Suplentes: José Aparecido dos Santos
e Nataniel Honorato
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Bauru: Angelo Sottovia Aranha, Jorge
Alberto da C. Arruda, Juliano Maurício
de Carvalho, Luis Victorelli, Luiz Augusto
Teixeira Ribeiro, Rita de Cássia Cornélio
e Sandra Mara Faria Firmino.
Campinas: Agildo Nogueira Júnior, Hugo
Arnaldo Gallo Mantellato, Lílian Mary
Parise, Maria Ap. dos Passos Ramos,
Renata Maria Sanches, Suely Torres de
Andrade e Vera Lúcia Longuini.
Oeste Paulista: Fernando Sávio
e Sérgio Barbosa
Piracicaba: Adriana Nanias de Aro Passari, Fabrice Desmonts da Silva, Marisa
Wildner Benachio, Vanderlei Zampaulo,
Noedi Monteiro, Poliana Salla Ribeiro,
Ubirajara de Toledo.
Ribeirão Preto: Elisangela Vigil do
Espírito Santo, Antonio Claret Gouveia,
Antonio Expedito de Figueiredo Filho (licenciado), David Batista Radesca, Jacinta Inocência Sad, Luiz Henrique Jovenato
Porto e Ronaldo Augusto Maguetas.
Santos: Carlos Alberto Ratton Ferreira,
Francisco Ribeiro do Nascimento, Joaquim Ordonhez Fernandes Souza, José
Rodrigues, Luigi Bongiovanni e Mário
Jorge de Oliveira.
Sorocaba: Adriane Mendes, Carla de
Campos, Janaina Simões Caldeira,João
J. Oliveira Negrão (licenciado) e Patrícia
Moraes Ribeiro.
São José do Rio Preto: Augusto Fiorin,
Carlos Eduardo de Souza, Dulcimara Cirino, Júlio Cezar Garcia e Nelson Gonçalves.
Vale do Paraíba, Litoral Norte e Mantiqueira: Rita de Cássia Dell‘Aquila,
Avelino Israel de Souza Neto, Edvaldo
Antonio de Almeida, Fernanda Soares
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Ap. Rezende Guinsburg.
Comissão de Ética: Denise Santana Fon,
José Roberto Melo, Daniel Castro, Alcides
Rocha, Flávio Tiné e Roland Marinho
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França e Kenarik Boujikian Felippe e
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Nilton Fukuda, Luiz Carlos Ramos, Laurindo
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Borges de Carvalho, 497, Vila Angélica.
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Vale do Paraíba, Litoral Norte
e Mantiqueira: R.Conselheiro Rodrigues
Alves, 203, Casa 2, Centro, S.José dos
Campos. Tel.: (12) 3941.2686
Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião
do jornal ou do Sindicato
Ação sindical
Mínimo
Máximo
Mínimo
Máximo
Mínimo
Máximo
429,00
236,00
536,00
536,00
558,00
354,00
965,00
965,00
965,00
965,00
4.181,00
4.181,00
CIEE e Sindicato debatem estágio
Os diretores da regional Litoral
trabalhista e a este regulamenna região do Vale do Paraíba
Norte, Mantiqueira e Vale do Paraíto”. Uma nova reunião deverá
ba, André Freire e Neusa Melo e reocorrer neste mês e o Sindicapresentantes do CIEE (Centro de Integração
to propõe, entre outros itens, a participação
Empresa-Escola) na região, Priscila Dalmas Decreto nº 83.284, de 13 de março de 1979, dos coordenadores de curso de jornalismo da
e Vanderléa Ronconi, estiveram reunidos em que regulamenta a profissão de jornalista, diz região, além do próprio CIEE, para fundadezembro para uma discussão sobre estágios que “constitui fraude a prestação de serviços mentar as especificidades do estágio da cade jornalismo na região. Há regras específicas profissionais gratuitos, ou com pagamentos tegoria. André Freire está otimista e afirma
para o estágio acadêmico de jornalismo apro- simbólicos, sob pretexto de estágio, bolsa de que essa discussão regional poderá servir para
vadas em congressos da categoria que não complementação, convênio ou qualquer ou- reestruturar uma política com o CIEE para
são cumpridas nas empresas. O artigo 19 do tra modalidade, em desrespeito à legislação todo o Estado.
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De 26 a 100 jornalistas
20% do salário de 7 horas
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Até 25 jornalistas
15% do salário de 7 horas
ISSN 1981-5590
ABONO (em reais)
A proposta orçamentária para 2009
apresentada pela diretoria do Sindicato
foi aprovada em sessões de assembleia
realizadas na sede e nas regionais da
entidade no dia 16 de dezembro.
A peça discutida prevê um cenário
conservador na arrecadação e nos gastos
da entidade para este ano, considerando
a inflação estimada em 7% e um ligeiro
aumento no quadro de associados. As
contas do ano passado apresentaram
um déficit nominal de R$ 50.172,69 e
neste ano está previsto um superávit de
R$ 5.920,02. Apesar do déficit apontado, o Sindicato ainda dispõe de R$150
mil aplicados para fazer frente às despesas do primeiro quadrimestre deste
ano, quando é registrada uma queda na
receita da entidade.
O presidente José Augusto de Oliveira Camargo explicou que o déficit registrado no ano passado se deve, principalmente, ao prejuízo acumulado em
três grandes eventos organizados pelo
Sindicato: o Congresso Nacional dos
Jornalistas, o Congresso Estadual dos
Jornalistas e o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos.
Já as mensalidades – contribuição
social – cobradas dos associados serão
mantidas nos mesmos valores aplicados
desde 2002, sendo R$ 16,00 para a região metropolitana de São Paulo, Interior e Litoral e R$ 30,00 para a Capital.
A contribuição assistencial também foi
mantida em R$ 10,00 para a região metropolitana, interior e litoral e R$ 20,00
para a Capital.
77198
A
lembrar que estes reajustes deveriam ser
aplicados aos salários de dezembro, já que
a data base do segmento é no dia 1º. Confira os valores na tabela.
Já o abono foi dividido em três faixas,
entre Capital e Interior, e será pago conforme apresentado abaixo.
Na avaliação do SJSP, houve um aumento da participação dos colegas nas
redações, mas as conquistas podem ser
cada vez maiores com a mobilização da
categoria. “Outro ponto positivo desta
negociação é que pela primeira vez, nos
últimos cinco anos, a discussão não passou para o ano seguinte”, diz o presidente
do Sindicato, Guto Camargo.
Orçamento para 2009
não mexeu no valor
das contribuições
9
Jornalistas de Rádio e TV
tiveram acerto rápido
ca mpa n h a
PISO SALARIAL
salarial de
rádio e TV
5 horas
7 horas
2008-2009 foi encerCapital
R$ 1.351,23
R$ 2.365,52
rada no início de dezembro com a partiInterior
R$ 861,85
R$ 1.508,17
cipação de 400 jornalistas em assembleias,
Demais faixas salariais, reajuste pelo INPC (7,2%)
quando aprovaram a
proposta de reajuste salarial do segmen- pos, Santos, Piracicaba, Rio Claro, Lito. Estas reuniões foram organizadas na meira e Itapetininga.
sede do Sindicato em São Paulo e em rePela nova convenção, o jornalista que
dações de Presidente Prudente, Bauru, ganha o piso terá o reajuste de 7,2%
Ribeirão Preto, Campinas, São José do (INPC) mais o aumento real de 1%. Para
Rio Preto, Sorocaba, Cachoeira Paulista, quem recebe mais que o piso, o reajusAparecida, Taubaté, São José dos Cam- te proposto é apenas o do INPC. Cabe
3
UNIDADE
JANEIRO/2009
POR
RICARDO KOTS
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Agosto |
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tário sobre
o Lira |
a edição
FERNANDO
FIGUEIREDO
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sem cortes
J.R. DURAN
de On the
Road | a
natureza
de Araquém
4
Profissão
UNIDADE
JANEIRO/2009
P
alavras sem acento, fim do trema e novos hífens. O correto
pela nova regra, por exemplo,
será re-escrever e não o antigo
reescrever. O ano começou com mais uma
preocupação para os jornalistas: o novo
acordo ortográfico da Língua Portuguesa, sancionado em lei em maio de 2008.
O Brasil terá até 2012 para ajustar todas as
publicações às novas regras, além do conteudo ensinado nas escolas. De um modo
geral a imprensa já procurou se ajustar. Por
sinal, deveria ser bem mais afinado esse diálogo profissional e ético entre aqueles que
produzem conhecimentos em educação,
educadores, especialistas e assessores de
comunicação e os que levam informações
à sociedade, jornalistas e articulistas. Mas
este é outro debate.
Miguel de Oliveira, jornalista veterano e ex-diretor do Sindicato, é um que
trabalhou na revisão e na alteração dos
programas corretores usados pelos jornalistas da Folha de S.Paulo, adaptando-os
às novas regras. “Uma boa parte das palavras foram corrigidas automaticamente
pelo sistema, mas outras foram alteradas
uma a uma”, conta. Foram 36 mil palavras alteradas. Oliveira se preparou para a
tarefa ao longo do ano passado, ao prestar
serviços para a editora Ática, compondo a
equipe que estava analisando a aplicação
do novo acordo nos livros didáticos e viu
uma possibilidade de oferecer o trabalho
a outras publicações. “Comecei a estudar
aquilo, era um filão”, ressalta. Na Folha
houve também o treinamento dos jornalistas em aula teórica e há a previsão de
um novo manual de redação para ser publicado em março.
Na Editora Abril, editores, repórteres e
colaboradores tiveram palestras. Segundo
a gerente de Serviços Editoriais da empresa, Bia Mendes, o processo foi iniciado em
setembro do ano passado com os revisores. O departamento de Bia é responsável
Grande imprensa
já abraçou o novo
português
Evelize Pacheco
pelo controle de qualidade dos textos publicados pela Abril. “O revisor é a figura
principal neste processo”, destaca ela. Dois
professores de Língua Portuguesa foram
contratados para as palestras. Além das aulas, os jornalistas da Abril contam com um
guia rápido em dois formatos – impresso e
eletrônico – para consultas diárias. A versão eletrônica está disponível no endereço
www.abril.com.br/reforma-ortografica/
até mesmo para os internautas. A editora
também elaborou uma macro (série de comandos e instruções agrupadas como um
único comando para realizar uma tarefa
automaticamente) instalada nos computadores para correção automática de acordo
com as novas regras. Bia explica que todas
as revistas da Abril que estão nas bancas
este mês já apresentam as alterações. O
treinamento para o novo acordo, segundo
ela, foi oferecido também para professores
de Língua Portuguesa das escolas vizinhas
à Abril.
Os jornalistas do Grupo Estado têm
à disposição em seus terminais de computador um corretor ortográfico eletrônico
que foi desenvolvido pela Agência Estado
há mais de dez anos, o que está facilitando
bastante a adaptação às novas regras. “O
programa tem cerca de 575 mil palavras,
mas como foi desenvolvido pela própria
empresa ficou fácil fazer as mudanças. Em
cerca de 15, 20 dias com a ajuda de um
funcionário do arquivo do jornal, o Marcelo Silveira, conseguimos inserir todas
as palavras com acentuação nova, como
alcaloide, assembleia. Ficaram faltando
apenas aquelas que aguardam uma definição da Academia Brasileira de Letras
para sua utilização, caso das que a partir
de agora levariam hífen, como reescrever,
por exemplo”, diz Francisco Marçal dos
Santos, que faz o controle e avaliação de
erros do Estadão. E a implantação parece
ter sido um sucesso. Segundo ele, os textos
do dia 1º de janeiro já sairam com a nova
ortografia e o nível de erro desse tipo foi
zero. A empresa colocou uma cartilha para
os jornalistas na Intranet. E no dia 11 de
dezembro um professor do Curso Anglo
fez duas palestras para os jornalistas. Mas
não há previsão para lançamento de novo
Manual de Redação do jornal.
No Diário de S. Paulo, escrever fora
das novas regras de ortografia já está sendo
contado como erro, diz o editor executivo
Nelson Nunes. Os editores e fechadores
tiveram um curso de três horas com um
professor de português em meados de dezembro e foi elaborada uma cartilha para
os repórteres, com o ‘beabá’ das mudanças. As medidas foram determinadas pelo
Infoglobo, empresa à qual estão ligados
também, além do Diário, entre outros jornais, O Globo e o Extra, do Rio. “Já temos
um ‘filtro’, que é a secretaria gráfica, que
está ainda mais atenta a qualquer erro.”
Todas as editorias receberam orientações
de forma a encontrar formas adequadas de
se enquadrar nas novas regras. “Um exemplo que nos foi passado é que títulos do
tipo ‘Chuva pára São Paulo’ não devem ser
mais usados. Teremos de encontrar outro
verbo, como paralisar, ou outro qualquer,
já que o acento do verbo parar foi banido
e usar a palavra dessa forma no título pode
mudar todo o contexto do que se quer informar”, afirma Nunes.
O novo acordo, no entanto, não está
totalmente consolidado. Existe uma série de dúvidas sobre o uso do hífen, por
exemplo. Oliveira, que fez a mudança na
Folha, aponta a contradição no caso do
prefixo re. “Como a palavra reeleger. Nos
jornais saiu sem hífen e nos livros didáticos com hífen”, explica. No Brasil, a Academia Brasileira de Letras será o fiel da
balança neste tipo de contradição – e está
previsto para fevereiro a publicação do
novo Vocabulário Ortográfico da Língua
Portuguesa, que determinará o uso correto em cada caso.
Nas estantes das livrarias e na Internet
já estão disponíveis algumas obras que ajudarão os colegas que precisam lidar com a
ortografia diariamente. A editora Melhoramentos editou o Michaelis - Guia Prático
da Nova Ortografia e o exemplar em pdf
pode ser “baixado” gratuitamente pela
Internet (www.melhoramentos.com.br).
O portal do Estadão (http://www.estadao.com.br/ext/especiais/2008/11/guia_
nova_ortografia.pdf) oferece um arquivo
fartamente ilustrado com as principais mudanças. Outro portal para consulta é o IG
(www.ig.com.br), que antecipou a adoção
das novas regras e está aplicando-as desde
setembro do ano passado.
Nossa contribuição vem com o quadro
nesta matéria. Um resumo das principais
mudanças preparado pelo jornalista Miguel de Oliveira.
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Principais mudanças do acordo ortográfico
TREMA. O trema é suprimido em palavras portuguesas ou aportuguesadas. Mas será mantido em
palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros:
mülleriano, de Müller, hübneriano, de Hübner.
ACENTUAÇÃO. Não se acentuam os ditongos
abertos (sílabas tônicas) formados por EI e OI das
palavras paroxítonas (só paroxítonas): Assembléia
vira assembleia. Idéia vira ideia. Heróico vira heroico (diferente de herói que permanece o acento, pois
o OI é oxítona, não paroxítona). Bóia vira boia. Mas
atenção: mesmo incluídas nesse caso recebem o
acento gráfico, por se enquadrar em regra de acentuação, as paroxítonas terminadas em R. Exemplos:
destróier, blêizer, contêiner; percebeu?
Perde o acento gráfico a vogal tônica fechada do seguem separados por hífen, conforme tradição lehiato OO em palavras paroxítonas, seguidas ou não xicográfica: para-brisa, para-choque.
de S. Enjôo vira enjoo, vôo vira voo.
Emprega-se o hífen nos seguintes prefixos: a)
Não se acentuam as formas gráficas verbais for- quando o segundo elemento for iniciado por vogal
madas por EE e EEM dos verbos e seus derivados igual à letra final do prefixo: b) segundo elemento
na 3ª pessoa do plural. Fica assim, por exemplo: iniciado por H. São eles (entre outros): acro, agro
deem (e não dêem).
(“terra”), alfa, ante, anti, arqui, auto, beta, bi, bio,
contra.
HÍFEN. Vão passar, também, a se escrever sem
hífen compostos que perderam a noção de compoNOTA: Quanto ao prefixo RE, algumas publicasição, como o caso de girassol, pontapé e madres- ções vão adotar o hífen, outras não, até que a Acasilva. Ficam, agora, também sem hífen paraque- demia Brasileira de Letras defina pequenas novas
das, paraquedistas (e afins) e mandachuva. Outros regras omissas no sistema ortográfico, o que deve
compostos separados com a forma verbal PARA ocorrer neste início de 2009.
História
UNIDADE
JANEIRO/2009
5
Alternativa
ao arbítrio
Guerrilheira da informação,
nos anos 60/70, quando os
grandes jornais aderem ou
calam diante da ditadura, a
imprensa alternativa dá suas
estilingadas no regime no
período mais duro do arbítrio.
E ajuda a abrir brechas na
carapaça do sistema. Uma
Opinião progressista aqui, um
Movimento mais à esquerda
adiante, Em Tempo de
Resistência à mão pesada da
repressão, não são poucos os
que têm vida curta. Mas, se
ex é quem sai de cena, logo
aparece Mais Um. De Fato,
quando falta Argumento, ao
Desacato, o Beijo é a resposta
que desnorteia e disfarça
a Invasão dos espaços que
se apresentam. No embate
liberdade Versus arbítrio, os
alternativos não fogem da
Peleia. Contudo, minguam
quando, Afinal, as forças
democráticas
levam a ditadura à
Boca do Inferno.
Denilson Vasconcelos
A
lternativa, nanica, popular? Não há consenso na
denominação do tipo de
imprensa feito quatro décadas atrás, reação ao autoritarismo político
e econômico imposto pela ditadura. Mas
todos concordam que, como em outros
períodos, ela reaparece quando se escancara a brutalidade repressiva de regimes
como o implantado com o golpe de 1964,
na decretação do AI-5, em 1968. Será que
o espírito que animava as publicações alternativas se mantém em jornais, revistas,
sites e blogs editados 30 anos depois da
efervescência dos anos 70?
A opção da esquerda pela luta armada foi o pretexto para um controle mais
rígido dos meios de comunicação, para
impedir a divulgação das torturas e assassinatos políticos pelo aparelho repressivo,
como observa o jornalista e professor
Gustavo Falcón no livro Os baianos que
rugem. A imprensa alternativa na Bahia
(Edufba, 1996). Não por acaso ele faz
parte da história de Versus, ex e outros
alternativos.
O endurecimento chega ao paroxismo
no assassínio, sob tortura, do jornalista
Vladimir Herzog, em outubro de 1975,
no DOI-Codi paulista. O mesmo garrote
que cerceia as atividades artísticas, impede a tentativa de abertura de espaços
para o exercício do jornalismo na imprensa convencional e leva jornalistas,
intelectuais e artistas a somar esforços
para romper o cerco.
Produzir novos jornais diários é difícil, até porque exige grandes investimentos. A alternativa é um modelo de
imprensa capaz de enfrentar a camisa
de força da censura e ser um veículo
adequado à circulação das novas idéias.
Para superar a precariedade de recursos, ampliam e diversificam a rede de
colaboradores, as formas de captação de
recursos para a infraestrutura e lançam
mão da enorme criatividade do brasileiro na execução do projeto e na hora de
dar nome às publicações.
Frente fragmentada
Fernando Gasparian, empresário do
setor têxtil e um dos remanescentes da
outrora conhecida burguesia nacional,
encabeça uma frente democrática, ao
criar o semanário Opinião, em 1972.
Raimundo Rodrigues Pereira, que tem
passagem pela inovadora revista Realidade e andava insatisfeito na grande
imprensa, é convidado para comandar a
equipe de jovens talentos.
Não tarda a que Opinião seja censurado, receba pressões econômicas — corte de anúncios, apreensão de edições já
liberadas pela censura e até atentados a
bancas que vendem o semanário. Dife-
renças de enfoque político levam o editor e sua equipe a deixar a publicação,
três anos depois.
“Opinião foi um jornal de grande repercussão, um jornal muito bom. O
dono, Fernando Gasparian, uma figura
extraordinária. Mas a luta contra a ditadura foi dividindo o campo democrático,
principalmente no governo Geisel”, diz
Raimundo. “No campo popular, Opinião
adotou uma postura de considerar que as
manobras de Geisel eram mais democráticas e tal, enquanto nós achávamos que o
general organizou uma saída autoritária,
de direita, cuja primeira tarefa foi liquidar
a oposição mais radical. Liquidar fisicamente e desaparecer com os corpos.” As
divergências, diz, “levaram a que o patrão,
no caso Gasparian, nos demitisse”.
“Toda a redação saiu comigo, gente
como Tonico (Antonio Carlos Ferreira,
seu companheiro em Amanhã, feito por
estudantes, em 1967, e distribuído a operários) e Marco Gomes, só para citar dois
nomes”, afirma Raimundo. Profissionais
extremamente competentes, jornalística e
politicamente, de acordo com ele. Com os
espaços bloqueados na grande imprensa,
buscam um novo rumo, com o lançamento de Movimento.
Formato e estilo seguem o do antecessor, mas o conteúdo aponta outros rumos.
“Fomos mais à esquerda do que Opinião.
O nosso caminho, o caminho da impren-
6
UNIDADE
JANEIRO/2009
sa popular é à esquerda”, diz Raimundo.
No conselho editorial, nomes de peso:
Fernando Henrique Cardoso, Audálio
Dantas, Chico Buarque, Orlando VillasBoas, Edgar da Mata Machado, Hermilo
Borba Filho e Alencar Furtado. Mas, o
que diferencia Movimento dos demais é a
organização como empresa de jornalistas.
“Fizemos uma empresa, com diretoria,
conselho... Vendemos cotas para lançar o
jornal. E as pessoas doaram 51% do valor
da cota para um Conselho de Redação. O
conselho é que era o dono. As crises no
jornal foram resolvidas por este conselho”, afirma o editor.
Outros jornalistas insatisfeitos com a
falta de espaço na imprensa convencional, se organizam em cooperativas. A
mais expressiva e duradoura delas, Coojornal, em Porto Alegre (1974 a 1983),
para a prestação de serviços jornalísticos, é formada por experientes profissionais que saem da Folha da Manhã, em
1975, entre os quais José Antônio Vieira da Cunha, Osmar Trindade, Rosvita
Saueressig, Euclides Torres, Elmar Bones e Jorge Polydoro. Daí a lançar jornal
próprio foi questão de tempo.
Riso ferino
Um pouco antes, em 1969, no Rio, jornalistas e humoristas lançam um semanário para circular apenas entre a patota
do bairro de Ipanema e adjacências. Mas
O Pasquim, que reúne uma turma calejada em outras experiências, como Millôr
Fernandes (Pif-Paf, 64), Ziraldo, Jaguar,
Tarso de Castro, decola e surpreende até
mesmo os criadores. Ganha expressão
nacional, dita moda no campo dos costumes e cutuca o sistema pelo deboche e
denúncia dos abusos autoritários. Chega
a vender 250 mil exemplares e estabelece
um jeito descontraído de fazer jornalismo.
Nessa escrita, o hebdomadário sobrevive
como o mais longevo dos alternativos.
Continua aí, com algumas interrupções e
mudança de mão, é verdade.
Em outra faixa, surgem alternativos
ligados a outro grupo criativo e talentoso, com passagem por Realidade e outras
publicações. É o time de Sérgio de Souza, integrado por Myltainho Severiano,
Narciso Kalili, Hamilton Almeida Filho,
o Haf, e Amâncio Chiodi, que cria Ex,
Bondinho, Mais Um...
Se a primeira reação à ditadura, de publicações como Pif-Paf, é pela galhofa, no
golpe dentro do golpe do final de 1968,
uma nova geração de ilustradores e cartunistas também dá o ar da graça. Os irmãos Caruso, Luiz Ge, Jota, Angeli, Alcy,
Laerte e outros cutucam o sistema com o
bico de suas penas e a expressividade dos
História
traços, em publicações como Opinião,
Movimento, Versus. Mas os estrategistas
principais são jornalistas com nomes associados a projetos de renovação da grande imprensa: Sérgio de Souza, Raimundo
Pereira, Marcos Faerman, entre outros.
A centelha que incendeia mentes e
disposição para reagir ao arbítrio é o assassinato de Vladimir Herzog. Bernardo
Kucinski, que faz parte dessa geração de
jornalistas, escreve, na página 21 do livro
Jornalismo e Revolução, nos tempos da
imprensa alternativa (Edusp,
2003): como outros surtos,
o fenômeno alternativo tem
contornos nítidos no tempo. O
apogeu foi no triênio 1975/77,
“quando o padrão alternativo
tornou-se dominante”. Em
pouco mais de um ano surgem cerca de 40 publicações,
a maior parte de vida efêmera - caso de Invasão, de 1976,
em Salvador, com apenas uma
edição. Mas, qual hidra da mitologia, a cada cabeça decepada muitas se apresentam.
te não publicar a matéria”, diz Myltainho.
E botam o ex 16 na rua.
O argumento da comissão, de acordo
com Myltainho, é este: a linha dura militar “estaria vencendo a correlação de
forças e estaria a sair caçando, de novo, a
esquerda, desta vez para dizimar”. O pessoal do Sindicato temia que a reportagem
precipitasse algo do gênero. “Um erro de
avaliação. Justamente essa reportagem
contribuiu para acuar mais um pouco a
direita, que já estava acuada, porque a repercussão da morte do Vlado
foi enorme. A praça da Sé lotou
na missa de sétimo dia, oficiada
por D. Paulo.”
“Li em algum lugar que o
medo pode ser paralisante ou
impulsionador”,
prossegue
Myltainho, sem esconder que
“o medo, a tensão, o pavor de
ver chegar uma C-14” (modelo
de veículo largamente usado
pela repressão) provoca nele o
‘bruxismo’. “Eu arrebentei vários dentes. Mas, a gente também sentia. Eu, pelo menos,
sentia que botar aquele jornal
Bendita porralouquice
na rua era salutar. Se não fizesse aquilo,
A turma de Sérgio de Souza cintila aqui
iria me agachar pro resto da minha vida.
e ali. Mas é com ex,
Não sairia inteiro,
como lembra Mylfisicamente
intainho Severiano
teiro. Voltar para
Ainda há espaço para o exercício do jornalismo alternativo? Algumas publicações caberiam
— não por acatrás, depois de 10,
no modelo. É o caso, entre outras, de Caros Amigos, de ViaPolítica, revista virtual que não esso, substituto do
15 dias, duas seconde seus laços com Versus, de Retratos do Brasil, revista com a marca de Raimundo Pereira,
saudoso “Serjão”
manas apurando
da Revista do Brasil e da Brasileiros, mais uma iniciativa de Ricardo Kotscho, Nilando Beirão
em Caros Amigos
uma reportagem,
e Hélio Campos Mello. Mas os pontos de vista diferem. Para o jornalista e professor da Ufba
— que esse pestalvez a mais imGustavo Falcón, a imprensa alternativa era uma forma de produção jornalística de contestação
soal faz do medo
portante da nossa
ao sistema, de contracultura. Com o fim da ditadura, “o garrote da censura e da ameaça de prisão
o aditivo para envida até hoje, e, de
foi substituído pelo garrote do envolvimento com negócios, principalmente imobiliários, da
fraquecer a bestarepente, atendenindústria da construção”. Segundo ele, atualmente, algo que lembra a imprensa alternativa do
período ditatorial são publicações como Caros Amigos, “mais à esquerda”, e Piauí, no que tange
fera. Perguntamos
do a um apelo, cea pauta, texto e imagem.
a Myltainho qual o
der ao medo, não
Myltainho Severiano, editor de Caros Amigos, pergunta: “O que é alternativo?” No seu
grande momento
publicar?”
modo de ver, era uma expressão da época (anos 70/80). “Hoje a gente prefere não chamar uma
dos alternativos
A Polícia Ferevista como Caros Amigos de alternativa. É uma revista independente. Não deixa de ser altere ele nem pisca:
deral comunica
nativa, assim como, no mesmo sentido, a Carta Capital é uma alternativa às outras semanais,
“Acho que foi a
aos editores que o
que são tudo farinha do mesmo saco. Da mesma forma, temos Piauí, Bravo e assemelhadas, um
morte do Vlado,
jornal estaria sob
jornalismo que eu chamo de fofo”.
que até gerou o
censura
prévia.
Raimundo Rodrigues Pereira afirma que ainda há espaço para a imprensa alternativa, que
prêmio do Hamil“A gente não se
ele prefere chamar de popular. “O que veio depois da ditadura? Foi uma democratização ampla?
Não foi. Primeiro entramos num ciclo liberal, com eleição de Collor, Fernando Henrique... E
ton. A nossa mansubmetia jamais
o que aconteceu com a chamada mídia, imprensa escrita e televisionada, falada, etc? Não vi
chete foi: ‘Liberà censura. A genprogresso”. No campo tecnológico, ele admite que houve algum avanço. “Com a introdução do
dade, liberdade,
te fechava e abria
computador, as coisas ficaram mais rápidas num certo sentido: impressão, essas coisas técnicas,
abre as asas sobre
outro, era o nosso
mas a qualidade caiu. Revista como Veja, que tinha capacidade de investigação política, hoje, eu
nós’, no ex-16.”
padrão”. Dito e
acho, é uma revista dispensável”.
Desafiando o
feito.
“Agora nosso clube da esquina está na internet”, diz Omar de Barros Filho. Revista virtual,
medo, passam por
Mudam o títuViaPolítica, que ele edita com Sylvia Bojunga, aborda a política em seu sentido mais amplo,
cima do excesso
lo.
E o ex-17, cuja
tratando de suas interfaces com a cultura, as artes, a economia, a diplomacia, o meio ambiente,
de cautela, incluedição já estava
a responsabilidade social, as novas tecnologias, o comportamento e o humor. Essa, de acordo
com ele, é uma das alternativas para o jornalista “contribuir com sua experiência renovada para
sive do Sindicato
em andamento,
enfrentar o desafio da web com novas utopias”.
dos
Jornalistas,
vira Mais Um,
que manda uma
com reportagem
“comissão de uns cinco rapazes, que fode Otávio Ribeiro sobre o Esquadrão
ram à nossa redação (....) pedir para a genda Morte. “Aí, o coronel Barreto nos in-
Há alternativa?
História
timou a comparecer na Polícia Federal
e, para resumir, disse: ‘Ou vocês param
com isso (brandindo o Mais Um) ou não
respondo mais pela integridade de vocês”.
Isso, somado ao prejuízo da apreensão de
50 mil exemplares de um número especial
(Extra: O Melhor de ex), na distribuidora,
leva a turma a paralisar Mais Um.
Em meados dos anos 70, os primeiros
presos políticos com penas já cumpridas
reintegram-se à vida civil, observa Bernardo Kucinski, no livro já citado. Uma
das opções de trabalho é a imprensa alternativa. No plano nacional, pipocam jornais aqui e ali, como Versus e Movimento,
e logo depois Em Tempo — com a turma
que deixa Movimento, na qual predomina o ativismo político. Regionalmente,
jornalistas de prestígio dão cria a publicações como De Fato (Minas), Coojornal
(RS), Boca do Inferno (BA), Resistência
(PA), muitos de curta existência. A campanha da anistia gera publicações como
Maria Quitéria. Também surgem alguns
ligados a movimentos populares e ao ativismo do movimento feminista (Brasil
Mulher, Nós Mulheres, Mulherio). O vaivém de jornalistas entre essas publicações
é constante.
Versus venda 30 mil exemplares mensais
e conquiste o Prêmio Vladimir Herzog
pela publicação de um depoimento que
denuncia a violência contra os presos políticos no País. Escrita no cárcere, traz o
título: “Carta de um torturado ao presidente Geisel.”
Omar afirma que o espírito dos colaboradores naquela época, amadurecido
ao longo desses anos, continua presente,
agora, na internet. O site ViaPolítica, reúne remanescentes de Versus, reafirmando
que “companheirismo, amizade e confiança são valores mais fortes que as distâncias e as diferentes visões de mundo”.
Caos criativo
Volta às bases
Omar de Barros Filho, editor de Versus
durante quatro anos, lembra que o jornal,
“lançado poucos dias depois de anunciada a tragédia de Vladimir Herzog”, em
outubro de 1975, tem semelhança com
jeito de ser de Marcos Faerman, o Marcão, seu articulador, editor de ex, do número 6 ao 10. “Versus era desordenado,
indisciplinado, inventivo.” Do jornalista
e escritor Eduardo Galeano, veio o toque
para a experiência da Crisis, revista argentina, que inspira “a temática da América
hispânica que Versus incorporou de forma inédita no Brasil”, trazendo não só a
realidade repressiva latino-americana a
um público “mais acostumado e sensível
aos assuntos e debates na moda em Paris
ou Nova York”, mas, também trabalha
“sobre os mitos, a história, as culturas do
continente com emoção”.
As pontes que Marcão estabelece com a
universidade, “que até então vivia cerceada pela ditadura”, contribuem para que
O repúdio ao assassinato de Vlado estimula a criação do mineiro De Fato. O
atual presidente do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, Aloísio Morais
Martins, trabalha no Diário de Minas,
quando o proprietário do jornal, Afonso
Paulino, “soltou editorial justificando o
assassinato, rasgando a capa de liberal”. É
a “gota d’água para a debandada geral” da
redação. “Aí, surgiu a idéia de fazermos
um jornal nosso”, o que se concretizou
em 1976. “Arrecadamos o dinheiro necessário, fizemos o primeiro número e todos
saímos vendendo”, diz Aloísio. O dinheiro apurado assegura o segundo número,
que viabiliza o terceiro, e por aí segue, até
a edição 28, em 1978.
Dezenas de colaboradores passam por
De Fato, alguns eventuais, outros mais
ou menos fixos, mas todos participam
do trabalho coletivo, da apuração das
informações à feitura e venda do jornal.
Nesse entra e sai, ora o jornal pende para
a política, ora para o jornalismo. E revela
muita gente, entre jornalistas e cartunistas que irão contribuir com outras publicações, nomes como Flaminio Fantini,
Beth Cataldo, Charles Magno e Aroeira.
A redação, funciona na casa de Aloísio,
“invadindo o meu quarto”. Certo dia, os
esbirros da ditadura passam das ameaças
telefônicas à invasão da casa. “Numa noite em que eu e Fernando dormimos fora,
entraram, quebraram máquina, telefone e
outros objetos, largando uma garrafa com
produto inflamável”, sinal da intenção de
atear fogo no local.
De Fato, que já definha no ocaso da
ditadura, com a debandada de colaboradores para publicações sindicais e partidárias, organizações comunitárias, até
mesmo para a imprensa tradicional, tem,
naquela agressão, o empurrão que falta
para encerrar sua oscilante trajetória, que
começa com mil exemplares e tem pico
em torno de cinco mil. Aloísio acredita
que, “como ocorreu em outros pontos do
País, com outros alternativos, De Fato foi
fruto de uma época em que o descontentamento profissional e a falta de espaço
para se manifestar eram enormes”.
UNIDADE
JANEIRO/2009
7
1980. Com passagem pelos baianos Boca
do Inferno e Invasão, e retorno a um Movimento em estado terminal, ele admite
que “a convivência era um pouco complicada em todas as publicações”. Mas o que
temos em 1980, é um Em Tempo desfigurado na forma e conteúdo - órgão do grupo trotskista Democracia Sindical (DS) já
em 1979, adere ao formato tablóide.
Caso especial
Em Minas, surge, em 1976, o Jornal
dos Bairros, que circula até 1983, “atraindo jornalistas, estudantes e organizações
populares”, de acordo com Nilmário Miranda, um de seus mentores, juntamente
Tiro de misericórdia
A censura prévia é uma das armas utilizadas para asfixiar jornais mais expressivos, como Opinião, Movimento e Pasquim. Obrigados a mandar originais com
dias de antecedência à Brasília, recebem
de volta pedaços de matérias para serem
remontados. Isto, mais a crônica incapacidade administrativa que caracteriza
essas editoras, principalmente no quesito distribuição, acelera a decadência e o
fechamento da maior parte dos alternativos, num momento em que a imprensa
convencional (“imprensa gorda”, no dizer
de Myltainho), de um jeito ou de outro,
acomodada ao sistema, dá uma arejada na
pauta. Mas, aí, já estamos nos anos 80.
Atacados por diversos flancos — prisão de dirigentes, apreensão de edições, e
pressão de militares contra os anunciantes
— alternativos como Coojornal, de Porto
Alegre, perdem gás no início da década de
1980. Ressalte-se que a receita deste jornal
baseia-se na venda avulsa (68%) e publicidade (25%).
As dissensões internas, somadas a erros
administrativos, também fazem estragos.
E não dá para esquecer o fortalecimento
de jornais partidários (O Trabalho, Convergência Socialista, O Companheiro,
Causa Operária, Hora do Povo, Tribuna
da Luta Operária e Voz da Unidade, entre
outros) que abrem o leque de oportunidades a jornalistas militantes políticos.
Em Tempo é dos poucos alternativos
que entram em 1980. Criado pela corrente
que deixa Movimento em 1977, motivada
pela rejeição à proposta de convocação de
uma Assembléia Nacional Constituinte,
entre outras divergências, apresenta-se
como “espaço político para um conjunto
de expressões que não estavam em nenhuma organização política, como um
espaço para a militância”, nas palavras de
Tibério Canuto, presidente do jornal até
com Tilden Santiago.
“Foi uma escola de jornalismo popular.
Vinha gente de outros estados para ver
esse trabalho”, observa o ex-preso político e ex-ministro dos Direitos Humanos.
Distribuído por mais de 100 moradores e
colaboradores (a maior parte estudantes
de comunicação ou profissionais da área)
na região do Barreiro, Contagem, Betim e
Ibirité, na Grande Belo Horizonte, alcança quinzenalmente mais de 60 bairros.
Baseado no voluntariado, o Jornal
dos Bairros contribui para mudar a
forma de atuação das esquerdas, abrigando militantes do MR-8, PCdoB,
Centelha, diz Nilmário. Ele ressalta
que o coletivo se envolve nas tarefas
administrativas, de redação e venda.
Nilmário lembra das reuniões de pauta,
que chegam a reunir 100 pessoas nas plenárias, para discutir temas relacionados
a movimento ambientalista, transporte
coletivo decente, moradia, sem jamais esquecer que “para cumprir seu papel político, é preciso fazer bom jornalismo”.
A criação do PT, que atrai cerca de 90%
dos militantes, o novo sindicalismo que
o jornal ajuda a moldar, e os mesmos fenômenos que solapam o encanto dos alternativos em geral, põe um ponto final
na trajetória do Jornal dos Bairros e neste
capítulo do jornalismo no País.
8
Moagem
UNIDADE
JANEIRO/2009
Este Moagem abre 2009 mostrando alguns lançamentos, como o
da revista Súmula, demissões na Gazeta Mercantil, e as novas andanças de Clayton Netz, Renato Essenfelder, Guilherme Evelin, Ivan
Martins, entre outros. Destaca ainda a renúncia de nosso ex-presidente Audálio Dantas à Presidência da Representação São Paulo da
ABI e à Vice-Presidência Nacional da instituição, no que foi seguido
por todo o Conselho Consultivo. Entre as notas tristes, a morte de
Tide Hellmeister e Walmir Venturini. Boa leitura!
JORNAL
Co Estadão, Julia Duailibi deixou a
coluna Direto da Fonte e foi para Nacional. E Gabriel Manzano Filho, que era
da Nacional, voltou para a coluna. Ainda
no jornal, Rodrigo Pereira deixou Metrópole para ser assessor de imprensa do
Ministério Público Federal.
Andréia Fernandes saiu do Jornal
da Tarde e está agora como analista de
comunicação do Grupo Fleury Medicina
e Saúde.
Angélica Nicoletti começou como
editora dos Cadernos Especiais do Diário do Grande ABC. Ainda por lá, registro para o retorno de Elaine Granconato, na editoria de Política.
N
a Folha de S.Paulo, registro para a
chegada de Renato Essenfelder na equipe do caderno Dinheiro.
U
ma reestruturação na Gazeta
Mercantil provocou a demissão de 70
funcionários, 15 deles da redação. Deixaram o jornal Ana Maria Géia, Edilson Coelho, Marcos Seabra, Fabiana
Gitsio, Simone Cavalcanti, Elaine
Bittencourt, Antonio Furtado, Sheila Horvath, Márcia Maria, Fernando
Taquari, Romualdo Ribeiro e Rubens
Ribeiro da Silva.
M
iguel de Oliveira reforçou a
equipe da Folha de S.Paulo que cuidou
do programa de adaptação do jornal ao
Novo Acordo Ortográfico da Língua
Portuguesa. Ele trabalha atualmente na
New West (11-3531-8761).
Leilane
Vasconcellos começou no
Jornal 100% Bairro, do Grupo Upper.
REVISTA
Guilherme Evelin e Ivan Martins
foram promovidos, passando a compor,
com André Fontenelle, o trio de editores-executivos de Época.
L
ucas Amorim foi efetivado como
repórter da editoria de Gestão da Exame,
na vaga de Larissa Santana, que deixou
a revista.
Fabiano Candido deixou o Informá-
tica Hoje, da Plano Editorial, e começou
como editor-assistente da Info Online,
respondendo pelo canal Downloads.
R
odrigo Rainho (ex-Art Press e atualmente disponível para frilas) vai lançar no dia 25/1/09 o blog TV Realidade
(www.tvrealidade.com.br), focado em reality show, documentário e teatro.
INTERIOR
Natasha Madov deixou a Trip e a cus- E C A P I T A L
tomizada Dufry World e está agora como
diretora de Redação da Tam Nas Nuvens,
no lugar de Thiago Lotufo. Para o lugar
de Natasha, a Trip escalou o editor Lino
Bocchini.
R
obson Viturino está há alguns meses na Vistadivina.
Clayton Netz e João Paulo Nuc-
ci deixaram a sociedade na Totum, para
fundar a Barravento (11-3031-9626), especializada em publicações corporativas,
customizadas e outras. Nely Caixeta segue à frente da Totum e da revista PIB.
INTERNET
O Diário OnLine, site de notícias em
tempo real do Diário do Grande ABC,
estreou em 1º/12 o boletim Ronda da
Madrugada, gravado diretamente da redação com as notícias policiais da região.
A iniciativa surgiu de uma parceria entre
Marcelo Ruiz, do Diário OnLine, e o
repórter policial Evandro De Marco, do
Diário impresso.
E
duardo Reina, do Estadão, estreou
o blog É tudo política, que pode ser conferido no http://etudopolitica.blogspot.com.
A
lfredo de Souza, ex-diretor-regional do nosso Sindicato em Santos,
assumiu a Chefia do Departamento de
Comunicação da Prefeitura de Praia
Grande, em substituição a Kátia Giulietti, que se desincompatibilizou para
seguir assessorando o ex-prefeito Alberto Mourão em seu escritório político. A troca desencadeou outras mudanças: Melchior de Castro, que ocupava
a Chefia de Redação, retornou à Prefeitura de Cubatão. Em seu lugar ficou
Antonio Cassimiro. Edgar Dallácgua passou a assessor do gabinete do
prefeito.
O
repórter fotográfico Fred Casagrande
([email protected])
deixou o Comércio da Franca para voltar
à Baixada Santista. Ele assumiu a Fotografia da Prefeitura de Mongaguá, sua
terra natal.
E
laine Silva, editora da Folha Ribeirão, regional da Folha de S.Paulo, estreou
no caderno a coluna Painel Regional, contando com a colaboração de José Benedito da Silva e George Aravanis.
E
m Araraquara, Jonas Gonçalves
deixou a Folha da Cidade e começou na
Tribuna Impressa.
A
driana Silva, que dirigia o Instituto
de Pesquisa e Estudo de Ribeirão Preto, é
a nova secretária da Cultura da cidade.
P
atrícia Penteado (ex-Record) está
agora no SBT Ribeirão Preto, apresen-
ASSESSORIAS
F
red Ghedini (fredghed@gmail.
com), ex-presidente do nosso Sindicato, deixou a assessoria do vereador
petista Donato, na Câmara Municipal
de São Paulo.
M
aysa Penna assumiu o posto de diretora-adjunta da CDN, com dedicação
integral à conta da Odebrecht.
L
uiz Cegato Bertomeu ([email protected]) começou como gerente de
Comunicação Corporativa para a América Latina na British Telecom.
D
aniela Barbará (daniela@evcom.
com.br) deixou a MVL para se associar à
Evcom.
J
ean-François Hue deixou o Grupo
Accor.
C
omeçaram na S2 Esther Camara,
Ronald Silva, Adelaine Nascimento,
Ricardo Iunes e Alexsandro dos Santos Pimenta.
P
atrizia d’Aversa assumiu a diretoria
da Mass Media.
A
parecido Francisco (cidfrancis@
uol.com.br) deixou a WCA.
UNIDADE
JANEIRO/2009
Claudia Rezende (claudia.rezende@
ajato.com.br) deixou a Diretoria de Comunicação da McCann Erickson. O cargo
foi extinto.
M
ariana Marçal (11-7682-7663) começou na Ace.
A
driana Bueno (ex-Comunicação da
Gol) reforça a área de projetos e consultoria da Tree.
LANÇAMENTOS
S
ob a batuta de Joaquim Maria Botelho, começou a circular a revista Súmula (Editora Bruxelas; [email protected] e 11-3141-0082), com tiragem de 50 mil exemplares e periodicidade
mensal. Ela é dirigida a operadores do
Direito e sua função é explicar e esmiuçar
questões relativas à aplicação da Lei e da
Justiça. Estão na equipe Daniel Pereira, Antonio Marmo Cardoso e Renato
Sant’Anna; e mais os colaboradores José
Eustáquio de Freitas, que cobre a área
econômica, Ana Paula Galvão, correspondente na Europa, Fernando de Santis, Marcos Zibordi, Jefferson Coppola
e Tanda Melo, os dois últimos na fotografia. O site, que já está no ar, é www.
revistasumula.com.br.
C
om tiragem de 20 mil exemplares,
periodicidade semestral e distribuição
nacional, chega ao mercado a revista É
Pique (Editora Manchete), filhote de Pais
e Filhos, focada em festas de aniversário.
Na equipe estão Larissa Purvinni (editora-chefe), Magali Balloti (editora), Fátima Liberatori (diretora de Arte), Camila Toledo (projeto gráfico), Mariana
Mirrha (repórter), Letícia Oliveira (produção), Daniel Japiassu (revisor), Paula
Dip e Sofia Benini (colaboradoras). A
versão online está a cargo de Claudia
Casanova (editora) e Bruno Pansarello
(webdesigner).
TELEGRÁFICAS
A
událio Dantas, ex-presidente do
nosso Sindicato, renunciou à Presidência da Regional São Paulo e também à
Vice-Presidência Nacional da ABI. Em
carta que dirigiu ao presidente do Conselho Deliberativo, Pery Cotta, ele alegou
profundas divergências com o presidente
Maurício Azêdo na condução da instituição. Com ele e em solidariedade, também renunciou o Conselho Consultivo da
Representação São Paulo integrado, entre
outros, pelos professores José Marques
de Melo e Carlos Chaparro, Carlos
Marchi, Alberto Dines, Sérgio Gomes,
Laurindo Lalo Leal, Gioconda Bordon
e este colunista.
O mesmo
Audálio aceitou convite
do presidente da Câmara dos Deputados,
Arlindo Chinaglia, para integrar o Conselho Nacional de Comunicação, que está
sendo reativado após período de inatividade. São 13 os membros, representando
setores diversos do mercado e da sociedade civil.
R
oberto Muylaert, da RMC, assumiu no início de dezembro a Presidência
da Associação Nacional dos Editores de
Revistas – Aner, cargo que exercerá no
biênio 2008-2010.
Q
uartim de Moraes (apquartim@
dualtec.com.br) despediu-se da Ediouro,
onde, desde maio de 2007, trabalhava
como editor-associado.
O
cantor Roberto Carlos lançará em
março de 2009 uma revista anual intitulada Emoções. A publicação será produzida
pela Editora Glamurama e dirigida por
Joyce Pascowitch.
L
uiz Carlos Ladeia ganhou o Prêmio
Cidade de Recife de Literatura, na categoria Teatro, pela peça Passos de Ontem,
que retrata o drama dos moradores de rua
que sobreviveram ao massacre da Sé.
A
Fundação Reuters abriu inscrições
para seu Programa de Bolsas de Estudos, que permite a jornalistas estudarem
de três a nove meses na Universidade de
Oxford. Exige um mínimo de cinco anos
de experiência e proficiência na língua
inglesa. Inscrições até 28/1 no http://
reutersinstitute.politics.ox.ac.uk/fellowships/applying.html.
LIVROS
C
hegaram às livrarias Mordaça no
Estadão, de José Maria Mayrink; A casa
AGÊNCIA
D
epois de quase oito anos vivendo e atuando em Piraju, no interior de
São Paulo, Otávio Bueno da Fonseca
está de volta à capital paulista, associado a Joel Santos Guimarães e Cláudia M. Abreu na Agência Meios.
da minha infância (Agir), de Luís Nassif; Folha Explica Roberto Carlos (Publifolha), de Oscar Pilagallo; Missão no
Reich – Glória e covardia dos diplomatas
latino-americanos na Alemanha de Hitler
(Odisséia Editorial), de Bob Lopes; Veja
sob censura – 1968-1976 (Editora Jaboticaba), de Maria Fernanda Lopes Almeida; É Câncer (Bei Editora), de Camilo Vanucchi e José Alberto Camargo;
Além do Silêncio – Peregrinação Ecumênica por Mosteiros da Europa, de Arcelina Helena Públio Dias; Desvirando a
página: a vida de Olavo Setubal (Global
Editora), de Ignácio de Loyola Brandão
e Jorge J. Okubaro; Neoliberal, não. Liberal (Editora Globo), de Carlos Alberto
Sardenberg; Ping Pong – chinês por um
mês (Editora Arte e Paubrasil), de Felipe
Machado; A reconstrução do Timão – A
saga do Corinthians na segunda divisão,
de Maurício Oliveira e Rodrigo Vessoni; A saga corintiana — A maior prova de
amor da Fiel ao Timão, de Luís Augusto
Simon; A Globalização e o Capitalismo
Contemporâneo (Expressão Popular),
de Edmilson Costa; Paginas Ímpares
– Um jeito rio-pretense de olhar para Rio
Preto (THS Arantes Editora), de José
Luís Rey; Sujeito oculto e demais graças
do amor (Editora Record), de Luciana
Pinsky; Operação Condor: O seqüestro
dos uruguaios (LP&M), de Luiz Cláudio
Cunha.
REGISTRO
F
aleceu no último dia 27/11, aos 87
anos, Walter Lacerda, que trabalhou no
final dos anos 40 e início dos 50 na Folha
de S.Paulo, tendo depois passado por Gazeta Esportiva, Popular da Tarde, TV Record e Rádio Panamericana (atual Jovem
Pan), sempre cobrindo esportes. Depois
atuou como assessor de imprensa, inclusive do São Paulo Futebol Clube. Deixou
três filhos e cinco netos.
Flávio Pedroso morreu, aos 73 anos,
9
no último dia 2/12, em Bauru, vítima de
enfarte. Natural de Ourinhos, ele atuou
em diversos veículos, como Rádio AuriVerde, TV Bauru, Bauru Rádio Clube e
Diário de Bauru. Desde 1997, escrevia
colunas para o Jornal da Cidade, também
de Bauru.
F
aleceu no último dia 19/12, aos 70
anos, em São Paulo, Walmir Venturini, revisor aposentado do Estadão desde
1998. Um dos últimos profissionais formados nos moldes da antiga revisão, área
hoje extinta, foi vitimado pela hemorragia de um tumor, mas sofria de peritonite,
leucemia e aneurisma.
T
ambém em São Paulo, faleceu no
último dia 31/12, aos 66 anos, de parada
cardíaca durante um cateterismo, Tide
Hellmeister, considerado um dos maiores artistas gráficos do País e um mestre
da colagem, que durante cerca de dez
anos ilustrou a coluna Diário da Corte,
de Paulo Francis, no Estadão e em O
Globo e que completaria este ano 50 anos
de carreira. Havia vários anos dedicava-se
exclusivamente à colagem, que classificava como a “verdadeira arte da liberdade”,
à qual acrescentava uma forte e refinada
caligrafia – sua marca registrada. Deixa os
filhos André, Tito e Alice.
Cursos
Cursos de Redação Criativa (Avançado) e Jornalismo Cultural estão
agendados para o mês de fevereiro
no Sindicato, oferecidos pelo Departamento de Formação. Esses cursos
são definidos a partir das sugestões
dos próprios jornalistas e posteriormente os conteúdos e a concepção
estabelecidos mediante consultas a
professores e profissionais.
Para ampliar esse trabalho, o Departamento de Formação está aberto
a várias parcerias. Atualmente conta
com o apoio da UNICID – Universidade Cidade de São Paulo e da Ação
Educativa e já teve atividades com
apoio da BM&F, da Escola de Comunicações e Artes da USP, da Fundação Escola de Sociologia e Política de
São Paulo, do IPSUS – Instituto PróSustentabilidade, da Câmara BrasilChina de Desenvolvimento Econômico, entre outras. Informações: (11)
3217 6294 ou 3217 6297.
10
Geral
UNIDADE
JANEIRO/2009
Nivaldo Silva
D
a noite de 13 de dezembro de 1968, e pelos sete
anos seguintes, até a retirada da censura prévia,
em 4 de janeiro de 1975, quando o jornal
comemorou seu centenário, a família
Mesquita esteve à frente da resistência
da redação do Estadão aos arbítrios do
AI-5, o golpe dentro do golpe que eles tinham ajudado a deflagrar em 1964.
Na noite desta segunda-feira, 15 de dezembro de
2008, quando o jornal lançou o livro “Mordaça no Estadão”, que relata o período da censura, com texto de
José Maria Mayrink, na Livraria Cultura do Conjunto
Nacional, nenhum Mesquita foi visto no evento.
O que terá acontecido nos 40 anos que separam um
dezembro do outro? Aconteceu muita coisa no país e
no mundo, claro. Caímos numa democracia com plenas
liberdades públicas. A União Soviética acabou. 82% da
nossa população não tem hoje a menor idéia do que foi
o AI-5. O operário nordestino Luiz Inácio Lula da Silva é o presidente do Brasil e o negro Barack Obama foi
eleito presidente dos Estados Unidos. Casei, tive duas
filhas, que me deram três netos. As maiores empresas
capitalistas do mundo pedem ajuda aos governos centrais para não ir à falência _ tanta coisa aconteceu…
Mas o que explica a ausência da família dos fundadores no lançamento de um livro que registra a história mais gloriosa do centenário jornal? Não sei. Sei
que eles já não estão mais, faz anos, no comando do
jornal, restringindo-se a participação da família a Ruy
Mesquita, responsável pelas duas páginas de opinião.
Os demais foram cuidar da vida em outros ramos.
Ninguém poderia imaginar algo assim nos mais de
10 anos em que lá trabalhei, de 1967 a 1977, quando os
jornalistas da casa referiam-se a Júlio Mesquita Filho
e, depois, seus filhos Júlio Neto e Ruy, simplesmente,
como “deus”. Mais do que donos do jornal, eram tratados como verdadeiras entidades superiores.
Sonia Mele
A noite em que os
Mesquitas abandonaram
o Estadão
Ontem à noite, numa roda ao lado
de Mayrink, o autor do livro que assinava as dedicatórias para as cerca de
200 pessoas que foram ao lançamento,
quem recebia os cumprimentos das autoridades era o diretor de conteúdo do
Grupo Estado, Ricardo Gandour. Até
brinquei com ele: estava parecendo o
pai da noiva…
Entre as poucas autoridades que vi passar pela livraria, anotei os ex-governadores Cláudio Lembo e
Orestes Quércia. Na fila de autógrafos, quem mais
chamava a atenção era a nobre figura do pernambucano Carlos Garcia, ex-diretor da sucursal do Recife
e, mais tarde, do arquivo do jornal. Preso e torturado pelos militares, era um dos poucos a lembrar, em
sua elegância de septuagenário de barbas brancas, os
velhos tempos da aristocracia que o jornal tão bem
representou.
Daquele meu tempo de Estadão, o único que encontrei, e ainda permanece trabalhando por lá, foi
Antonio Carvalho Mendes, mais conhecido por Toninho Boa Morte, por ser o redator das notícias fúnebres do jornal _ naquela época, e até hoje.
Por uma dessas finas ironias da vida, o mais próximo da família Mesquita que encontrei foi o jornalista
Getúlio Alencar, um pernambucano de esquerda, que
foi casado com a herdeira Patrícia Mesquita, filha do
Carlão, e que ainda é sua representante no Conselho
de Administração.
Antes das dez da noite, a fila tinha acabado. Fui com
alguns amigos para o Boteco Brasil, na esquina da Bela
Cintra com Alameda Santos. Lembramos de histórias
dos velhos tempos em que o Estadão era o jornal mais
importante do país e, a família Mesquita, seu símbolo.
A gente tinha muito orgulho de trabalhar lá.
Publicado no blog do jornalista Ricardo Kotscho, ‘Balaio
do Kotscho’ (http://colunistas.ig.com.br/ricardokotscho/), em
16/12/2008
SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS
NO ESTADO DE SÃO PAULO
CNPJ 62.584.230/0001-00 – ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA
EDITAL DE CONVOCAÇÃO
A Diretoria Executiva do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São
Paulo, por seu presidente abaixo-assinado e em conformidade com o artigo 89 do
Estatuto Social, convoca os associados quites e em pleno gozo de seus direitos associativos para participarem da Assembléia Geral Ordinária de Instauração do Processo Eleitoral e outros assuntos referentes à Eleição, a realizar-se em sua sede social,
à Rua Rego Freitas nº 530 – sobreloja, São Paulo, Capital, no dia 02 de fevereiro de
2009, às 12h00, para discutir e deliberar sobre a seguinte pauta: 1) Eleição da Comissão Eleitoral para as eleições de renovação dos órgãos diretivos desta entidade
sindical; 2) Proposta de convolação da presente assembléia geral ordinária em assembléia geral permanente e 3) Outros assuntos referentes ao processo eleitoral.
São Paulo, 23 de Janeiro de 2009.
a) José Augusto de Oliveira Camargo – Presidente.
Amadeu Mêmolo, em pé à esquerda na foto, presidente da AJAESP (Associação dos Jornalistas Profissionais Aposentados no
Estado de São Paulo), comemorou no almoço de fim de ano com
associados a recondução à presidência da entidade para o período
de 2009/2011, na eleição de dezembro. No dia 23/01 haverá o
Encontro dos Aposentados, a partir das 11h, no Auditório Vladimir Herzog, no Sindicato (Rua Rego Freitas, 530, sobreloja).
Cá estamos em 2009
Agradecemos (e retribuímos) os votos de Feliz Natal e Próspero
Ano -Novo que recebemos de amigos e colaboradores como Paulo
Marra e equipe; Link Portal da Comunicação; Maxpress; deputado
federal Paulo Teixeira (PT-SP); Focus Escola de Fotografia; Ordem dos Velhos Jornalistas de Ribeirão Preto (SP); Rádio Graciosa
de Perus (SP); Gerência de Imprensa da Comunicação Institucional da Petrobrás; Você + Cursos Terapêuticos; Marco Aqueiva;
Guta Chaves; Rogério Munhoz Comunicação Ltda.; Canalclick;
Emancipacion Socialismo Del Siglo XXI; Polibio Braga; All Sul;
Restaurante Rosário; Treino Total; Newsletter O Jornalista; Voice
Comunicação Institucional; Agência Radioweb; McCann Ericksson; Filomena Sayão Comunicações; Portal Comunique-se; Guia
de Madureira; Onda Latina; Edições Rosari; Site Rolando Boldrin;
De Pieri Comunicação; F&M ProCultura; Marcio Zeppelini; Matrix Editora; DM9DDB; Mercado Livre.com; LVBA Comunicação; Singular Comunicação de Resultados; Instituto Ágora; Grupo
SM; Tag & Line Comunicação e Eventos; deputado federal Marco
Maia (PT-RS); Bridgestone; William Lara; Conselho Regional de
Psicologia (SP); Editora Quantum; Daniela Giuntini; VIPCOMM
Agência de Comunicação; Editora Nobel; Rafael Murió; Levy
Bretherick; Jerê Filmes; Estilo Press; Lima & Rocha Advocacia
de Apoio na cidade de São Paulo; Agê ilustrador/cartunista; Madras Editora; Assessoria de Imprensa da Universidade Metodista
de São Paulo; Cepis – Centro de Educação Popular do Instituto
Sedes Sapientiae; Saint-Gobain Vidros; Texto & Imagem Assessoria de Comunicação; NTC Idiomas; Primeira Página Assessoria
de Comunicação e Eventos; Comunicação Social da NovaDutra;
Gabinete de Comunicação; Assessoria de Comunicação PUC-SP;
Izabel Duva; Ralcoh Comunicação; D.A. Comunicação; Remesp
– Rede Metrológica do Estado de São Paulo; Dutra Máquinas; IAI
– International Alliance of Inhabitants; Grupo Odebrecht; Casa de
Tipos; Escritório Econômico e Cultural de Taipei; Home Doctor.
Juíza manda arquivar caso Herzog
A Justiça determinou o arquivamento da investigação sobre a morte do jornalista Vladimir
Herzog, ocorrida no DOI-Codi, em São Paulo, durante a ditadura militar. A decisão foi da
juíza substituta Paula Mantovani Avelino, da 1ª Vara Criminal de São Paulo, e atingiu também
Luiz José da Cunha, o Comandante Crioulo, militante da ALN (Aliança Libertadora Nacional),
morto sob tortura, cuja ossada foi encontrada 18 anos depois, no cemitério de Perus, onde havia
sido enterrado como indigente. Segundo a juíza, os crimes estão prescritos. O pedido de inquérito criminal havia sido feito pelos procuradores Marlon Weichert e Eugênia Fávero tentando
responsabilizar os militares reformados Carlos Alberto Brilhante Ustra e Audir Santos Maciel,
comandantes do DOI-Codi de São Paulo entre 1970 e 1976. Para serem responsabilizados criminalmente eles agora teriam de ser condenados por um tribunal internacional. Mas Eugênia
Fávero lembra que ainda corre processo civil contra Ustra e Maciel, que não trata de mortes específicas, mas está parado aguardando decisão do Supremo Tribunal Federal. Segundo ela o juiz
suspendeu a ação esperando decisão do STF sobre a Lei da Anistia. “Foi uma decisão equivocada, incomum. A anistia vale para a área criminal e não civil”, afirma Fávero. No caso de Herzog,
já existe decisão da Justiça de 1978 responsabilizando o Estado pela morte do jornalista.
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oram poucas as vezes em que Luiz Doro, trabalhando como fotógrafo,
não esteve com suas lentes apontadas para algum evento esportivo. Passou cerca
de 22 anos de seus quase 48 de idade clicando competições no Brasil e no Exterior antes de mudar de foco. Tudo começou na Revista Match Point, pela qual
cobriu o Roland Garros de 1988 (Guga despontaria para o mundo no mesmo
torneio nove anos depois). Também esteve em seis etapas da regata Volvo de
volta ao mundo em 2005/2006, entre EUA e Europa. Foi um dos seis repórteres
fotográficos contratados pela agência Reuters para cobrir a visita do papa Bento
XVI ao Brasil em maio de 2007. Com isso, teve trabalhos publicados na Time
dos Estados Unidos, por exemplo. Foi capa do UOL diversas vezes. “É impressionante lidar com a alta tecnologia em coberturas internacionais como essa da
visita do papa. A relação do profissional a partir do momento que coloca as fotos
no laptop é instantânea com meios de comunicação do mundo inteiro. O acesso
é imediato: escolhem, editam, dão cortes de uma forma compartilhada”, diz.
APESAR DA
tRAnSPARênciA
DA águA, tEm
gEntE quE não vê
o quE EStá PoR
tRáS Do tRAbAlho
DA SAbESP.
Sabesp. Cuidando do meio ambiente com transparência.
Tudo o que a Sabesp faz, ela faz pensando na nossa qualidade de vida.
E isso vai muito além de tratar a água que chega à sua casa. O trabalho
da Sabesp é cuidar do meio ambiente como um todo. E a gente faz questão
de deixar isso bem claro para você. Claro, limpo e cristalino. Proteção de
mananciais, tratamento de esgotos e soluções ambientais são apenas algumas
atividades da Sabesp. Fornecer uma das melhores águas tratadas do mundo
é apenas conseqüência desse trabalho.

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