Módulo 6
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Módulo 6
A S T R O F Í S I C A E X T R A G A L Á C T I C A 2004 Estrutura em Grande Escala do Universo Levantamento de velocidades radiais Redshift: z = (1-0)/0 = /0 Redshift como coordenada de distância: H0dL = c(z+(1-q0)z2/2 + ... Redshift como coordenada temporal: H0(t-t0) = z-(1+q0/2)z2 + ... Para z << 1 cz=H0d (lei de Hubble) Obs: não foram levados em conta movimentos peculiares. Levantamento de velocidades radiais Redshift survey é o mapeamento sistemático de um volume do espaço através de medidas de velocidades radiais. Só após o desenvolvimento de detectores não-fotográficos nos fins dos anos 70, é que começaram a ser efetuados. No início o instrumental se limitava a obtenção de redshifts individuais, caracterizado por surveys de alvos mais esparços. Com os multi-object spectrographs, aproveitando todo o campo de visão dos telescópios, levantamentos mais profundos puderam ser efetuados. Os critérios técnicos de resolução e s/n dos espectros, devem atender os objetivos do levantamento (ex.: estudos de evolução de galáxias, estruturas em grande escala, movimentos peculiares, propriedades internas, ...) Levantamento de velocidades radiais - Usos Redshift surveys medem: 1- Distâncias necessárias ao mapeamento de posições 3D; 2- O tempo passado permitindo mapear a história dos objetos; 3- Velocidades peculiares, necessárias ao mapas de distribuição de massa. Redshift surveys são úteis para: 1- Mapear as estruturas em grande escala (cosmografia, crescimento de estruturas sob instabilidade gravitacional; estudar a natureza e densidade da matéria escura. 2- Estudar a história da formação das galáxias (caracterizar as populações estelares, encontrar como as populações evoluem). 3- Detectar massa por seus efeitos gravitacionais. Medindo z Z tem as seguintes propriedades: -> (1+z) F0() d = (1+z) Fz((1+z) ) d Métodos de medida: 1- Visual: através da identificação de linhas no espectro. É bom para identificação de linhas importantes em espectros de baixo s/n. É difícil de quantificar a confiabilidade do resultado. 2- Correlação Cruzada: Mede a diferença em log . Método descrito em Tonry & Davis (AJ 84, 1511, 1979). Oferece grau de confiabilidade da medida, mas requer uma template para se correlacionar com os espectros. Existe um pacote no IRAF chamado RVSAO para fazer a determinação de z tanto por meio de linhas de absorção como por emissão (Kurtz & Mink – PASP 110, 934, 1998). 3- Ajuste do espectro: Uso de análise dos componentes principais do espectro (Glazerbrook et. al. – ApJ 492, 98, 1998). Utiliza uma combinação linear de templates ortogonais --> “autoespectros”. Medindo z ... Medindo z ... (a) (a)- Exemplo de 2 espectros 2dF usados na determinação de redshift pelo método PCA. (b)- (2 do processo de máxima verossimilhança da combinação de autofunções templates. (b) (c)Espectros reconstruídos, filtrados do ruído, usando templates do Kennicutt. (c) Tipos de surveys Pencil-beam: Pequena área e grande profundidade (1D). Slice: Cobrem uma faixa do céu (2D). Volumes: Levantamentos cobrindo grandes partes do céu (3D). 1D 2D 3D Pré-história dos “z”-surveys No começo eram mapas 2D que tentavam descrever a LSS do Universo, entre eles: de Vaucouleurs (1948) identificando o superaglomerado Local; Shane-Wirtanen (1967) com sua contagem de galáxias do survey de Lick, tendo análises feitas por Groth & Peebles (1977) e Seldner et. al. (1977) com o seu famoso mapa de 1 milhão de galáxias. 1m io ill n ga es i x la Pré-história dos z-surveys Outros levantamentos nos fins dos anos 70, envolveram efetivamente medidas de redshifts como: - Gregory & Thompson (1978/84) e Gregory (1981): estudando LSS, fazendo surveys 1D na direção dos aglomerados de Coma e Perseus; início de identificação de superaglomerados; - Revised Shapley-Ames Galaxy Catalog (Sandage & Tammann 1981): o primeiro a cobrir todo o céu, BT < 13.2, |b| > 30°, <z> = 1500 km/s; - KOS – Kirshner, Oemler & Schectman (1978), Kirschner et al. (1981/3/7): determinação de LF, encontram num pencil-beam survey o void de Bootes; evidência de LSS em escalas de 5000 km/s; comfirmam superclusters, filamentos, voids apontados por Einasto em mapas 2D. Bootes Void Magnatas da indústria do Survey CfA Survey - Huchra (1983) usou o CGCG (Zwicky 1961-1968), mZ < 14.5 em uma região > -2.5°, b < -30° e > 0°, b > 40°; 2417 galáxias, <z> = 3300 km/s. CfA Slice – de Lapparent, Geller & Huchra (1986) CfA2 Survey – de Lapparent (1986/8/9/91), Huchra...(1990): extensão do survey original até mZ < 15.5 em toda área do CGCG; primeira fatia mostrou nodos (Homunculus de Coma), lençóis e filamentos (Grande Muralha), voids similares aos encontrados em Bootes. Primos pobres do Sul SSRS1 – da Costa et. al. (1988/91) limitado em diâmetro, baseado no catálogo ESO, < -17.5°, |b| < -30°; 2028 galáxias; SSRS2- da Costa et. al. (1998) mB < 15.5 com 5369 galáxias, encontrando paredes e voids similares aos do CfA. CfA + SSRS2 Grande Muralha Parede do Sul Hemisfério Norte mapeado até mZ=15.5 Red V < 3000 km/s Blue 3000 < V < 6000 km/s Magenta 6000 < V < 9000 km/s Cyan 9000 < V < 12000 km/s Green 12000 < V km/s Homunculus Pencil-beam survey mais famoso - HDF IRAS z-surveys Com o mapeamento do céu inteiro pelo satélite IRAS, uma fonte de dados nova surgiu para seleção de candidatos à determinação do redshift. Como o satélite detectava preferencialmente galáxias com atividade de formação estelar ou poeira, as elípticas e lenticulares foram prejudicadas na amostragem. Vários grupos usaram esta nova base de dados com critérios distintos de fluxo limite, área de cobertura, e estratégia observacional. Alguns deles: US IRAS surveys: - Strauss et al. (1990/2): 2658 galáxias, f60 > 1.9 Jy, 88% céu; - Fisher et al. (1995): 5339 galáxias, f60 > 1.2 Jy; <z>= 5800 km/s. UK IRAS survey: - QDOT Rowan-Robinson et al. (1990): 2184 glxs; 1 a cada 6 ; f60 > 0.6 Jy; <z>=8400 km/s; Q DO T ve r su y Saldo destes levantamentos Estes levantamento revelaram: 1- A complexidade das estruturas constituintes do Universo local como voids, filamentos, paredes, etc. 2- Os limites das escalas das grandes estruturas como ~100Mpc (ex.: Great Wall). 3- Alguns dos levantamentos mais fundos utilizaram aglomerados Abell para traçar superaglomerações. 4- IRAS z-surveys fornecem um quadro dentro de um raio de ~8000km/s, devido a sua ampla cobertura no céu. Os principais pontos estabelecidos da distribuição local de galáxias são: - Determinação dos componentes do Grupo Local, LG -> Virgo; - Virgo cluster (o aglomerado importante mais próximo); - Local Supercluster - LSC com distribuição achatada de galáxias definindo plano supergaláctico (X,Y,Z); Saldo destes levantamentos (cont.) - Grande Atrator – Distribuição de matéria nos limites do LSC produziria a queda de Virgo + LG em sua direção; - Aglomerados de Perseus-Pisces como concentração importante de matéria no outro extremo do LSC; - Aglomerado de Coma como um “nodo” na estrutura da Grande Muralha; - Vários “voids” encontrados (Local, Sculptor , ...) Grande Atrator Número de alvos x Volume Surveys mais recentes – 2dF Alguns tópicos abordados com resultados do survey 2dF 18.Structure + cosmology highlights 19.Power spectrum comparison 20.The CDM power spectrum 21.Effect of baryons on P(k) 22.The galaxy power spectrum 23.Fits to the power spectrum 24.The shape parameter and the baryon fraction - I 25.The shape parameter and the baryon fraction - II 26.Redshift-space distortions 27.Redshift-space correlation function 28.Measuring bias I. - 2dFGRS + CMB 29.Measuring bias II. - The bispectrum 30.Cosmology from 2dFGRS + CMB 31.2dFGRS+CMB fits - flat cosmology 32.2dFGRS+CMB fits - general 33.The CMB power spectrum 34.Comparison to WMAP 35.Constraints on the neutrino mass 36.The dark energy equation of state 37.Galaxy luminosity function 38.LF comparisons - I 39.LF comparisons - II 40.Bivariate brightness distribution 41.NIR luminosity function and stellar mass function 42.Correlation function in redshift space 43.Variation of clustering/bias with luminosity 44.Spectral classification by PCA 45.Luminosity functions by spectral type 46.Colours and spectral types 47.Distribution of non-star-forming galaxies 48.Distribution of star-forming galaxies 49.Power spectrum & galaxy type - I 50.Power spectrum & galaxy type - II 51.Power spectrum & galaxy type - III 52.Redshift-space distortions and galaxy type 53.Spectral types in clusters 54.Luminosity function of cluster galaxies 55.LF variation with cluster properties 56.LFs for different spectral types 57.Field vs cluster LFs by type 58.Trends with spectral type 59.Closed box model 60.A better model? 61.SFR vs environment in clusters 62.Star-formation history 63.Groups and clusters 64.The 2dF Galaxy Redshift Survey Sloan Digital Sky Survey ri t me o t fo opia om osc c r as ect i láx esp a l g om i m lc i 0 0 m 9 0 20 r a( ’ ) 5 1 8. 1 < Telescópio de 2.5m dedicado ao projeto localizado em Apache Point, NM. Sloan Digital Sky Survey 640 fibras para espectroscopia Câmara com 30 CCDs SDSS DR1 Imaging Sky Coverage (Aitoff projection of Equatorial coord.) SDSS DR1 Spectral Sky Coverage (Aitoff projection of Equatorial coord.) Sistemas de filtros do SDSS Somente filtro Filtro + atmosfera Sistemas de filtros do SDSS name lambda FWHM qt qtdl/l u' 3543 567 1.24x 10-1 1.85x 10-2 g' 4770 1387 4.51x 10-1 1.18x 10-1 r' 6231 1373 5.63x 10-1 1.17x 10-1 i' 7625 1526 5.02x 10-1 8.74x 10-2 z' 9134 950 1.29x 10-1 2.23x 10-2 g' i' Filters u' Star saturates at AB 12.1 14.1 14.1 13.8 12.3 Eff Sky, mag/sec² 22.1 21.8 21.2 20.3 18.6 Sky + bkg count/pxl 45 401 r' 690 z' 1190 1120 Maior estrutura já detectada Im ag ea do r/ Es pe ct ró g ra f o DE IM O S Objetivos do DEEP Análises quantitativas das distribuições de galáxias Função de Correlação Uma forma de avaliar o grau de aglomeração das galáxias é através da estimativa da função de correlação. Suponhamos que as galáxias estejam distribuídas de maneira uniforme no espaço com uma densidade n. A probabilidade dP de encontrarmos uma outra galáxia em um elemento de volume dV, seria a mesma em todos os lugares, dP = n dV. Como as galáxias não estão distribuídas desta forma, a probabilidade de encontrarmos uma galáxia dentro de um volume dV a uma distância r da galáxia especificada torna-se: dP = n[1+ ξ(r)] dV onde n é a densidade média de galáxias, e ξ(r) a função de correlação de 2 pontos, que descreve se as galáxias estão mais concentradas (ξ(r) > 0), ou mais dispersas (ξ(r) < 0) que a média, possuindo a seguinte forma: ξ(r) = (r /r) onde r0 ~5.4 Mpc e ~1.77. 0 ξ(r) para SSRS2 ç n te A : o ã r e L e t es ar o g ti ! Superaglomerados de galáxias Estas são as maiores estruturas visíveis no Universo, fazendo parte da distribuição de galáxias em grande escala. São constituídos por filamentos, paredes, aglomerados de galáxias, galáxias esparsas. Eles parecem circundar os voids, que são regiões de baixa densidade de galáxias, produzindo a característica estrutura “celular” observada. Os superaglomerados - SC são costumeiramente identificados pelos aglomerados ricos que os constituem, como os picos mais altos de uma cadeia de montanhas. Um dos primeiros catálogos de SC usando este critério foi o de Abell 1961, que identificou 17 candidatos. Superaglomerados de galáxias ... SC16 e SC17 = Aquarius Superclusters Superaglomerados de galáxias ... Outro catálogo de SC usando critério de identificação por aglomerados foi o de Bahcall e Soneira 1984, que usou um !/!=20. Global Properties of Bahcall-Soneira Superclusters. Property f = 20 superclusters Number density of SCs ~ 10-6h3 Mpc-3 Number of clusters per SC 2-15 clusters Fraction of clusters in SCs 54% Size of largest SC ~ 150h-1 Mpc SC shape Flattened Volume of space occupied by SCs ~ 3% by John Tonry Catálogo de SC do Einasto Local Supercluster Virgo Fornax Cor-Bor Supercluster y e l p p a h S C S A1736 Abell clusters Aquarius SCs Distribuição de aglomerados Abell 107 aglomerados da região de Aquarius Identificação de um SC Com a disponibilidade da informação de velocidade dos aglomerados, podemos utilizar o processo de percolação para identificação de SC. Seja <d> a densidade média de objetos da distribuição estudada. Em uma primeira aproximação podemos utilizar um raio de percolação Rperc para conectar os elementos da estrutura. O valor de Rperc está relacionado com algum fator de sobredensidade f da distribuição de objetos. N (r ≤ R perc ) f = d / < d >= 3 4 / 3πR perc <d > 1/ 3 R perc ⎛ ⎞ 3 ⎟⎟ = ⎜⎜ ⎝ 4π f < d > ⎠ Valores típicos de f estão entre 10-20 e de Rperc ~5-10 Mpc. Superaglomerados de galáxias ... SLOAN SCs
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