Sucesso, o brilho não ofusca o saber

Transcrição

Sucesso, o brilho não ofusca o saber
Julho 2008
Edição 153
Sucesso, o brilho não
ofusca o saber
Empreendedorismo
e Empregabilidade
Diversidade
Cultural
Pág. 3
Pág. 12
Editorial
PARAR, JAMAIS
Cartas
Uma boa base, estudos levados a sério,
respeito, disciplina, organização... Uma receita bem simples para alguém ter sucesso
na vida. E tem muita gente que segue
esse roteiro, com excelentes resultados. É
só olhar em volta: quantas pessoas você
conhece que, hoje, desfrutam de boa posição na sociedade, têm prestígio, construíram uma carreira de sucesso?
Certamente vieram muitos nomes à mente, não é? São pessoas que brilham, que se
destacam. E não é preciso ser famoso para
ser bilhante. A competência na profissão,
no esporte, na arte, enfim, na vida, não
precisa necessariamente levar à fama. O
que vale é se realizar, ser exemplo, crescer
sempre mais.
Aí entra a questão do empreendedorismo, da capacidade de enxergar além do
horizonte, de ter a consciência que a busca
do conhecimento é um processo contínuo.
Você acertou na escolha da profissão?
Ótimo! E agora que tem uma posição, um
bom emprego ou empreendimento, que
tal pensar numa pós-graduação? Talvez
mestrado, doutorado... Ou, quem sabe, a
primeira opção não era exatamente o que
você esperava. Sem problema: encare o
vestibular novamente, busque o caminho.
Mas não desista.
Isto se chama empreendedorismo: buscar
a formação continuada, não parar no tempo. O aperfeiçoamento se conquista em
duas frentes: na prática cotidiana de uma
atividade e no estudo. Ambas se complementam, levando o indivíduo a níveis
sempre crescentes de aprendizagem. A
montagem de bloquinhos de madeira no
jardim de infância vai se transformar na
construção de um edifício.
Mire-se no exemplo dos orientais. Veja
como o Japão se desenvolveu, mesmo
quase destruído por uma guerra. Seus
ensinamentos milenares fizeram dele uma
nação forte, influente. Aqui mesmo, no
Brasil, são milhões de descendentes que
vêm ajudando, há um século, a construir
um país melhor.
O mesmo vale para a China. Vem aí a
Olimpíada, para mostrar o quanto os
chineses podem nos ensinar em termos
de empreendedorismo. Ainda que o país
tenha aberto os olhos para a livre iniciativa
há pouco tempo.
Não se pode parar. Isso vale para as pessoas e para as nações.
Conselho Editorial
da Revista Saber
Revista do Campus Educacional da CNEC Joinville. Conselho Editorial: Airton Bonet, Alexandre Ari Monich, Emanuelle
Santiago Dalri, Félix José Negherbon, Gislayne Aguiar, Maria Salete Panza Gonçalves da Silva, Norberto Fernando
Kuchenbecker, Rodrigo Santos e Wilson Roberto Gonçalves. Produção: Criacom Comunicação e Eventos. Editoração
gráfica: GBR. Jornalista Responsável: Mário Sérgio Brum (DRT/SC 769). Fotografia: Joyce Reinert. Impressão: Apta Editora
e Gráfica. Tiragem: 3.000 exemplares. Endereço: Rua Coronel Francisco Gomes, 1290 – Tel. 34310900 – Joinville-SC. Sites:
www.eliasmoreira.com.br e www.fcj.com.br. E-mail: [email protected] ou [email protected]
“A revista está com bastante
informação. Tem qualidade,
conteúdo interessante e
muitas cores”.
Maria Luiza Akemi Hayashi,
10 anos, 5ª A
“A revista Saber é dinâmica,
tem muitas matérias
interessantes, abordando
assuntos que interessam a
todos. Ela tem informação e
formação, e isso faz com que
seja bem abrangente”.
Neide Calixto, da segurança
ENVIE SUA SUGESTÃO DE
PAUTA E COMENTÁRIOS PARA:
[email protected],
[email protected]
ou deixe sua carta no setor
de Marketing do Colégio
Elias Moreira e FCJ.
Modernizar
incrementar, agregar, acrescentar são palavras essenciais que as empresas esperam de seus profissionais. Para isso, há a necessidade constante de atualização, e a formação continuada é imprescindível para o aprimoramento.
A modernidade exige mudanças, adaptações e aperfeiçoamento. Assim,
quem não se atualiza está um degrau abaixo. Cursos técnicos, faculdade e
pós-graduação são provas de consciência profissional e visão de futuro.
A importância da
formação continuada
Mercado exige
atualização constante
Realização depende
de formação
Para o analista de recursos humanos Fábio Rosenstock, o mercado
exige que o profissional se especialize constantemente. Graduado em
Administração em Empresas e Negócios e pós-graduado em Gestão
Estratégica de Pessoas, ambas pela
FCJ, Fábio não parou por aí. Diz que
não adianta só a graduação, cada
função necessita de mais especificidade. E, mesmo depois de ter feito
a especialização, continuou dentro
da sala de aula. Optou pelo curso
técnico em Comunicação em Língua
Inglesa, no Elias Moreira. “Minha
função exige o idioma.”
Juliana Marek Loreno Casagrande
é graduada em Administração em
Empresas e Negócios na FCJ. Para
ela, é importante enriquecer o
currículo buscando constantemente o conhecimento: “É necessário
ter uma formação acadêmica”.
Hoje, Juliana é gerente de contas
premium. Como trabalha com
gestão de pessoas, está cursando pós-graduação em Gestão
Estratégica de Pessoas também
na FCJ. Conclui a pós no ano que
vem e não pretende parar.
3
Da teoria à prática
O estágio é uma etapa vital no processo da aprendizagem. É quando o
aluno deixa o ambiente protegido
e com amparo teórico dos mestres
nas salas de aula e enfrenta a realidade profissional. O mercado de
trabalho cada vez mais competiti-
vo exige, além de um embasamento teórico, a prática e, principalmente, a troca de experiência com
outros profissionais. As empresas
se reciclam constantemente e
desejam que seus profissionais
façam o mesmo.
Vôo alto: a busca
pela experiência
Vinícius Caixeta Mota cursa o terceiro ano
de Negócios Internacionais na FCJ, e já teve
duas experiências de estágio. Ele entrou na
faculdade graças a uma bolsa integral pelo
ProUni. No fim do 2º ano, decidiu procurar um
estágio direcionado ao seu curso. Começou na
Hansa Logística Global, empresa de logística
internacional. Para ele, foi uma grande escola
e a base para obter a experiência que queria
para trabalhar na área de Negócios Internacionais de uma indústria de grande porte.
Após sete meses, Vinícius começou a estagiar no
departamento de Exportação da Busscar Ônibus.
Hoje trabalha no departamento de Logística
Internacional da Tupy, atendendo clientes nos
mercados da Europa, Ásia e África. Para ele, é
importante o domínio de outras línguas nesta
área. Por isso, fala e escreve em inglês com
fluência, domina o espanhol e estuda alemão.
“O estágio é fundamental para o desenvolvimento. Praticando, o aluno fixa o conteúdo teórico adquirido na faculdade. Hoje, a
maioria das empresas oferece oportunidades
para os estagiários, basta que eles estejam
dispostos a trabalhar e dar o melhor de si”,
garante. Vinícius já pensa em fazer uma
pós-graduação em Logística Industrial.
Vinícius estagiou em duas
empresas antes de ser efetivado
Claudete Ortiz colocou em
prática o que aprendeu
O Núcleo de Apoio ao Estudante (NAE) do Elias Moreira e FCJ seleciona oportunidades de estágios aos
alunos do ensino médio, cursos técnicos e ensino
superior. Os cursos técnicos e de graduação possibilitam seis horas por dia.
Segundo Jane Porto Fernandes, do NAE, o
estudante conta com um serviço especializado que busca firmar convênios com
empresas da região, dar suporte, capacitação aos candidatos e ainda, acompanhá-los em seus estágios.
O professor Vanderlei Schadeck, da
disciplina de Planejamento, diz que o estágio possibilita correlacionar os aspectos conceituais com o
dia-a-dia da empresa. “Também – continua – permite
conhecer a dinâmica organizacional, o trabalho em
equipe e a aplicação dos conceitos aprendidos na
empresa.”
Para a professora Mônica Gonzaga, que leciona
Administração de Benefícios “é importante que o aluno tenha uma visão mais
ampla do ambiente organizacional e a
possibilidade de experimentar o conhecimento construído nas aulas”.
Importância da
experiência
Estágio obrigatório para
a educação profissional
Michel Franco Pereira seleciona e contrata
estagiários. Farmacêutico bioquímico do Laboratório Gimenes e professor do curso técnico
em farmácia, Michel pontua: “Só a teoria não
adianta”.
Aline Mara de Jesus estuda no 3º E do Elias.
Em 2007, ela foi orientada pelo Núcleo de
Apoio ao Estudante (NAE) a fazer estágio no
Hospital Dona Helena, onde é recepcionista.
“Já pedi vários conselhos profissionais para o
NAE”, comenta.
Claudete Aparecida Ortiz, 27 anos, funcionária
do laboratório, concluiu o curso técnico de
Análises Clínicas no Elias em 2007 e, antes
disso, já era estagiária da empresa. “No
estágio o aluno mostra a capacidade que tem
para o emprego”, afirma Claudete.
Aline pretende fazer algum curso na área
de Administração, mas não definiu ainda se
vai optar por técnico ou faculdade. Como
recepcionista, aprendeu uma nova função e
a lidar com pessoas desconhecidas.
Segundo Michel, para o técnico em Análises
Clínicas é essencial a rotina de um laboratório. São três semestres de curso, e o indicado
é que o aluno faça um estágio a partir da
conclusão do primeiro ano, pois já passaram
matérias relacionadas à clínica laboratorial. A
direção do laboratório Gimenes apóia a idéia
de estágios, por isso muitos deles são contratados. Assim como Claudete: “Fui indicada
pelo professor para fazer estágio e agarrei
esta oportunidade”, lembra.
Aliar teoria e prática
Para o gerente de Recursos Humanos do
Hospital Dona Helena, Rogério Schmidt, o
estágio é uma junção da teoria e da prática:
“No dia-a-dia, o aluno percebe que o aprendizado acadêmico não abrange tudo”.
A escola e a faculdade proporcionam uma
matriz curricular abrangente, mas é preciso
conhecer as especificidades de cada empresa. Para Rogério, é importante o primeiro
contato com a equipe de trabalho. “Sempre
pensar no ‘nós’ e não no ‘eu’ dentro da
empresa”, defende.
Aline procurou estágio
logo no ensino médio
5
Entrevista de emprego
DICAS
A entrevista é uma das etapas mais importantes para a admissão na
vaga de trabalho ou no estágio. Para ajudar na hora de participar de uma
entrevista, a psicóloga Letícia Heinzen Bernardo elaborou algumas dicas
de como o candidato deve se comportar.
A preparação
• A informação é imprescindível para
quem é candidato a uma vaga de
emprego. Ele deve pesquisar sobre a
empresa, o mercado e a concorrência.
• O candidato não deve entrar em
contradição. Revisar o currículo pode resolver o problema.
• Jamais chegar atrasado. O aconselhável é que o candidato se
antecipe em 15 minutos.
• Nada de mascar chicletes, fumar ou
tomar muito café antes da entrevista.
• Nunca falar mal da antiga empresa.
• Separar a roupa na véspera. Usar
bom senso na hora de escolher.
• Preparar perguntas aos entrevistadores. A falta de perguntas pode revelar
falta de interesse do candidato.
Como se comportar
na hora da entrevista
• Troque um aperto de mão firme com o entrevistador. Nada de
apertos “moles” e nem de apertar em excesso; apenas firmeza.
• Apresente-se dizendo quem é você, e
mantenha o contato visual sempre. Não
demonstre desânimo nem abatimento.
• Dedique o máximo de atenção ao entrevistador. Não olhe pela janela ou para
o relógio e nem brinque com o lápis.
• Fale com clareza, sem sussurrar ou falar alto demais.
• Evite piadas. Se o entrevistador
contar, sorria apenas – sem ser falso – e continue a conversa.
• Ouça a pergunta até o fim, sem interromper. Se não entendeu, peça para repetir.
Conheça os dez erros do estágio
• O primeiro erro é o comodismo. O
estagiário fica desleixado depois que
consegue a vaga. O fato de estar nesta
posição significa que ele deve demonstrar interesse por novos conhecimentos.
Uma postura passiva pode ser encarada
como má-vontade e falta de iniciativa.
• Não trabalhar em grupo. É necessário envolvimento com os
projetos de outras áreas.
• O estagiário que reclama de todas as tarefas, não se enturma e ainda por cima
é resistente às políticas da empresa tem
menos chance de ser bem sucedido.
• Não perguntar ou perguntar na hora
errada é prejudicial. O estágio é a
oportunidade não só de demonstrar
as suas competências, mas também
de adquirir novos conhecimentos.
• O jovem que usa gírias é visto como imaturo. A linguagem
vulgar deve ser evitada.
• Não acompanhar ou não entender o
dinamismo da empresa. Uma competência fundamental é a flexibilidade
para mudanças. A sugestão é sempre conversar com o tutor. Procurar
entender o que acontece e quais
são as prioridades para o trabalho.
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• Não executar as atividades em tempo
real. Se produzirmos rápido (e com
qualidade) isso pode ser ponto a favor.
• Falta de esforço no trabalho. Os estagiários imaginam que a boa fama
da unidade de ensino é suficiente
para assegurar uma boa carreira. Na
verdade, é no estágio que se abrem
as portas para a carreira. Por isso
nada de executar mal uma tarefa ou
priorizar compromissos secundários.
Como se vestir na entrevista
Mulheres: maquiagem e perfume discretos.
Nada de roupas insinuantes ou cores chamativas.
Homens: barba e cabelos aparados. São
aconselháveis calça e camisa social.
Lembre-se:
No final da entrevista, em geral, os entrevistadores abrem espaço para o candidato fazer
perguntas.
Ao se despedir, cumprimente o entrevistador e agradeça o seu tempo.
O brilho não ofusca o saber
B
rilhar profissionalmente é o sonho de muitos.
Desde as carreiras mais simples, nem por isso
menos importantes, até as mais ousadas. No
esporte, na arte, na moda, no comércio, na indústria...
Como os profissionais lidam com o corre-corre diário
e com continuidade das atividades escolares? Muitas
profissões exigem dedicação exclusiva e, às vezes, a
perda da individualidade e até da privacidade. Estudo
e carreira se complementam. Por isso, é importante
que sejam sempre amigos inseparáveis.
paixão pela música
O pianista Rafael Liebich, 29
aluno do Elias Moreira
anos, alun
de 1992 a 96, esteve em
férias no Brasil, após passar
um ano na Universidade do
Sul da Califórnia. Com
mestrado em música pela
Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, ele vai se
dedicar ao doutorado na
universidade americana nos
próximos três anos.
Mesmo em passagem rápida
por Joinville, ele se apresentou no Projeto Recitais
Especiais, no Teatro Juarez
Machado, interpretando
peças
p
ç de Mozart,, Schumann
e do brasileiro James Correa.
Rafael, ex-professor na
Escola de Música e Belas
Artes do Paraná, estuda
música desde os 6 anos de
idade, graduou-se em
música na Unicamp (SP),
onde participou de um
módulo especial de Música
de Câmera oferecido por
músicos da Orquestra
Filarmônica de Berlim. Além
de ter freqüentado másterclasses de renomados
pianistas do mundo e ganhado importantes prêmios.
Ele apóia o caráter social da
música: “A arte quase
sempre é o reflexo da nossa
própria sociedade e valores”.
7
Asas para a evolução
O mercado exige cada vez mais das empresas, que, por sua
vez, necessitam de mão-de-obra dedicada e qualificada. O
profissional não pode ser estático, deve crescer com a empresa, propor sugestões e estar sempre aberto a mudanças.
E quando surgem obstáculos? Quando o trabalho toma tanto
tempo que não permite evoluir? O profissional não pode
permitir que algemas o prendam ao trabalho. Ele precisa
ter asas para a evolução. Estas asas são representadas pelo
estudo, pela aprendizagem.
uma vida no palco
Com apenas 23 anos, Ronaldo Pinheiro
Duarte já tem uma brilhante carreira artística: é ator, diretor e palhaço
profissional. Um dos motivos da
escolha foi a inspiração no avô músico.
Até 2001 ele estudou no Elias, onde
começou a fazer teatro com 12 anos,
no grupo Quimeras, e depois dirigindo
o Mentecapto. Ronaldo já ganhou prêmios como poeta, cantor e autor.
Em 2003, já no Rio de Janeiro, iniciou
uma carreira profissional, que inclui 26
espetáculos já apresentados. Foi ator
na ópera “I Capulleti e I Montecchi”,
dirigida por Ana Kfouri, no Theatro
Municipal do Rio de Janeiro. Também
se apresentou como Pongo Serafim, o
“palhaço bossa nova”, na TVE, e atuou
como Romeu no espetáculo “Romeu e
Julieta”, dirigido por Mariozinho Telles,
sendo contemplado com o prêmio
“Miriam Muniz”.
Para ele, o teatro proporciona o
verdadeiro encontro com a arte. “Meu
mestre inspirador foi Édio Soares, um
exemplo para os artistas de Joinville. Eu quero muito ter estabilidade
financeira e profissional, e sonho com
investimento governamental nos meus
espetáculos.”
de bolsista a médico
O oftalmologista Evandro Luis
Rosa, 40 anos, batalhou muito
para chegar onde está. A mãe
era empregada doméstica e o
pai, trabalhador da construção
civil. A renda familiar não era suficiente para pagar seus estudos
e dos outros quatro irmãos. Mas
no Elias Moreira ele conseguiu se
formar, graças à bolsa de 50%
que ganhou pelas excelentes
notas.
Na 7ª série, passou a trabalhar
de dia e estudar à noite, o que
8
exigia estudos até a madrugada
nas vésperas das provas. Passou
no vestibular para Medicina na
Universidade Federal de Santa
Catarina e se especializou em
oftalmologia. Formado, começou
a atender no Hospital de Olhos
Sadalla Amim Ghanem, onde
está há mais de dez anos. “Atendo professores do Elias hoje. O
colégio sempre foi minha casa,
onde me sentia à vontade. O ensino era puxado e me deu uma
excelente formação”, conclui.
do elias para o mundo
Pingo começou no JEC, passou
pelo Flamengo, Grêmio, Botafogo, Cruzeiro, Corinthians, Vitória,
clubes do exterior e hoje é treinador do time de base do Joinville Esporte Clube. Luís Roberto
Magalhães, o Pingo, estudou no
Elias Moreira da 5ª série ao 3º
ano do Ensino Médio. Hoje, aos
40 anos, diz que deve muito ao
colégio, onde iniciou a carreira
no esporte com os professores
Márcio Gava e Hugues. “O Elias e
esses profissionais fazem parte
da minha vida”, diz.
Há três anos, Pingo encerrou
a carreira de jogador, para ser
técnico. Nascido em Joinville,
dedica-se aos jovens de 17 a 20
anos das categorias de base do
JEC. Pingo espera que eles também tenham a oportunidade de
evoluir e construir uma carreira,
como ele.
mérito acadêmico
Da esquerda para direita: Rafael, Marilene,
Lenir, Marcelo, atrás, e Heide, na frente.
Muitos se destacam pelas mellhores notas e boa freqüência às
aaulas. Os reflexos aparecem na
prática, quando o estudante se
p
ttorna profissional e constrói uma
ccarreira de sucesso.
A
Assim como vem acontecendo
desde a primeira turma ford
mada pela FCJ, em 2008, cinco
m
aacadêmicos foram destaques
p
pela maior freqüência às aulas e
m
melhores médias. Conheça-os.
LLenir Boeing, formada em
Negócios Internacionais, lembra
N
q
que sempre estudou no ensino
público, e destaca a dificuldade
p
d
de conquistar uma vaga na faculdade. Para ela, foi maravilhoso
d
rreceber a placa do mérito. “Escollhi a profissão correta”, garante.
Rafael Miranda Möller concluiu o
curso de Sistemas de Informação
em 2007. “Quando entramos
na faculdade estamos eufóricos.
Depois de um tempo, começamos a pensar que aquilo é para
o futuro”, destaca. Para ele, foi
mais que uma surpresa receber
o mérito.
Heide Beatriz Voigt Hardt, formada em Turismo, admite que foi
uma batalha: “Sempre me esforcei para tirar notas boas, mas foi
uma surpresa receber o mérito
acadêmico”. Marilene Strelow
Millnitz formou-se em Empresas
e Negócios. “Foi a realização de
um sonho. Adorei o fato de ter
me destacado”.
Para Marcelo Bertin, do curso de
Marketing, o objetivo principal
era agregar conhecimento à atividade que já exerce. Ele alerta
para a necessidade constante de
atualização, e admite que “foi
uma surpresa receber o mérito”.
9
Atitudes profissionais desde cedo
A antiga frase “lugar de criança e adolescente é na escola”
não perde atualidade. Porém, para a psicóloga Cleonice
de Fátima de Andrade, eles também precisam de tempo
para brincar. “Criança deve, desde cedo, praticar atividades
físicas, para que se tornem rotina nas suas vidas”, defende Cleonice. Conforme a psicóloga, muitos trabalhos são
desenvolvidos na área trabalho-escola: “Se o estrelismo
precoce coincidir com diversão e lazer, não há necessariamente conotações negativas”.
O esporte ensina responsabilidades, regras e limites que a
criança generaliza para outras áreas da vida. E obtém satisfação nas atividades no dia-a-dia, melhoria nas habilidades
motoras, cognitivas e sociais, redução de doenças crônicas
ligadas ao sedentarismo, melhoria na auto-estima, melhoria na expressão pessoal, liberdade e desempenho escolar
acima da média. “Mas a criança deve brincar e se divertir, e
não trabalhar. Não importa o quanto possa ganhar”, diz.
Outra regra na profissionalização de crianças é que elas
não sejam forçadas a nada mais do que realmente seja a
responsabilidade importante para sua faixa etária. “Ela é
criança e não profissional”, completou Cleonice. Os pais
têm papel fundamental neste processo. Eles não devem influenciar na escolha da atividade do filho. “É horrível fazer
o que não gostamos, e a criança é muito espontânea. Se
faz o que gosta, dedica-se; se faz o que não gosta, sofre”,
explica a psicóloga.
nas passarelas da vida
Aluna do 1º ano do ensino médio,
Letícia de Almeida, 14 anos, é
modelo desde os 10. Com 1,67 m
de altura, olhos castanhos claros
e cabelos loiros escuros, sabe que
este meio é muito concorrido.
Letícia participou do Concurso Top
Model SC. Depois, convidada para
fazer um curso de modelo, foi a
São Paulo conhecer agências.
entre saltos e vitórias
O maior sonho de Mariana Costin
Chaikosky
Chaikosky, aluna da 3ª série do Elias
Elias,
é ter um cavalo e ser amazona. Aos 8
anos, há dois pratica hipismo, esporte
que trabalha o raciocínio, a coragem
e o equilíbrio. Seu cavalo de competição é o Mimo, “bem mansinho”
segundo ela, mas que já a derrubou
numa prova em Blumenau. “Na verdade ele tropeçou”, justifica. Mariana
treina duas vezes por semana no Centro Eqüestre Leme, em Pirabeiraba. Já
ganhou dois troféus e 15 medalhas,
participando de competições em
Jaraguá, Florianópolis e Gaspar.
O pai de Mariana, Francisco Chaikosky, professor de Educação Física
no Elias Moreira, conta que sua famí-
10
lia é do interior de Mafra (SC), e foi
lá que ela criou gosto pelo esporte
hípico. Com orgulho, Francisco
detalha as participações da filha. Os
dois troféus foram conquistados na
categoria interna, no pulo de 40 cm
e 60 cm. Mariana também participou,
em 2007, do Campeonato Catarinense de Amazonas, em Joinville, ficando
em 3º lugar.
“Cada prova é uma emoção diferente. Mariana é dedicada em tudo o
que faz, sabe separar bem estudo e
esporte e suas notas provam isto”,
garante o pai. “Hipismo é um esporte
caro, e para mantê-la nas competições precisamos de patrocínio”,
conclui o pai.
A mãe Neusa de Almeida apóia
a escolha da filha, mas sabe que
esta é uma carreira muito difícil.
A própria Letícia, sabe que ser
modelo profissional é um sonho e
é difícil conciliar os estudos com a
carreira. “Sempre coloco os estudos
em primeiro lugar”, garante ela,
que pretende cursar Psicologia.
quero ser campeão
G
Gabriel
Boscardin Dias, da 4ª série,
ttem 10 anos e desde os 7 jog
joga tênis,
graças à influência da mãe Ca
g
Carolina,
e
ex-tenista profissional. Além do esporte
p
preferido, Gabriel já fez natação, judô
e futebol e joga futsal no Elias, defend
dendo o colégio no citadino sub-11.
M
Mas é o tênis que toma a maior parte
d
do seu tempo. Joga de segunda a
q
quinta-feira com a mãe e treinadorra. “O que mais quero na vida é ser
ccampeão como o Guga”, sonha. Os
aamigos questionam sobre a dificuldade
d
de aliar esporte e estudo, mas Gabriel,
e
entusiasmado, garante que sempre dá
u
um jeito. Ele admite que jogar tênis
é cansativo, mas assim que descansa
jjá sente vontade de voltar à quadra.
A
Além da mãe, ex-tenista, o pai de
G
Gabriel, Richard Brian Dias, jogou
futebol, tendo sido campeão pelo JEC
em 1980. Também defendeu o Elias
Moreira nos Joguinhos quando estudou
no colégio, na década de 80. Ambos
acham que influenciaram o caminho
do filho. “O Gabriel é apaixonado por
esportes, ele se mete em tudo e se sai
bem em tudo. Ver meu filho treinando e lutando por resultados é muito
gratificante, ainda mais por ser um
esporte bonito e saudável”, diz a mãe.
Richard aposta no futuro profissional
de Gabriel: “Ele é disciplinado e tem a
pretensão de ser um esportista. Estou
muito orgulhoso”. O menino está
em terceiro lugar no ranking estadual, segundo no regional e primeiro
no municipal, na categoria 10 anos.
O irmão Pedro, de 5 anos, segue
os passos do mano mais velho.
nas pontas dos pés
Elass fazem do balé mais do que
um hobby. O grupo de balé infantil
do EElias Moreira vai participar do
26º Festival de Dança de Joinville,
no FFestival Meia Ponta, dia 21 de
julho, no Teatro Juarez Machado.
Por conta disso, a rotina de ensaios
aumentou de duas horas semanais
para quatro. Segundo a professora
e coreógrafa Maria Morínigo, o
mérito é do esforço das bailarinas
e das famílias. “A intenção da
escola é oferecer uma atividade
extracurricular aos alunos e não
formar bailarinas para o festival”, frisa Maria. Mesmo assim, o
destaque no balé deu mérito ao
grupo. Além disso, ajudou Nicolly
Longo, na postura física. Com 10
anos, a menina está na 4ª série e
começou aos 3 anos no balé. E foi
por conta do acaso: ela corria nas
pontas dos pés, porque tinha má
postura. “Ela fez fisioterapia, mas o
médico disse que não tinha nada.
Falou para parar de me preocupar, porque ela seria bailarina.
Aceitei a brincadeira e a coloquei
no balé”, lembra a mãe Giovana.
Nicolly ama a dança e fala da
modalidade com conhecimento:
“O balé é difícil e exige concentração. Tem que repetir várias
vezes o mesmo passo, por isso
é preciso muita vontade”. Para
conciliar a maratona de ensaios e a escola, o segredo de
Nicolly é organizar o tempo.
a jovem fã de livros
Maithê Carolina Inácio, 6 anos de idade, já está
Moreira. Freqüentou o 1º ano
no 2º ano do Elias Moreira
durante um mês, pois era pouco para ela. Aos 3
foi alfabetizada pela mãe, a professora de Língua
Portuguesa Salete Inácio, e a partir daí, a vontade de
conhecer novas histórias e de manter-se informada
fez Maithê ler todos os dias. Quando anoitece, vai
para o quarto se debruçar nas histórias. Só larga
o livro se a mãe alertar que é hora de dormir.
A pequena chega a devorar um livro inteiro de 70
páginas numa semana. Depois, semp
sempre comenpais. Aos 5 anos
anos, começou a
ta a história com os pais
registrar em um diário suas próprias histórias. “O que
eu sei eu escrevo, o que eu não sei fica na minha
cabeça”, diz a menina. “Esse hábito vai ajudá-la
muito a aprender com facilidade no futuro”, explica
a mãe. Maithê sabe da importância da leitura:
“ler é diversão. Eu posso informar as pessoas e
contar o que está acontecendo no mundo”.
na
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11
Diversidade é o que faz cada ser humano diferente do
outro; que dá às nações características próprias; que define
a cultura de povos; que faz o planeta Terra ser um lar ideal
para bilhões de pessoas. E, quando mais a diversidade for
respeitada, maiores serão a igualdade e a integração.
Japão e China, grandes potências do Extremo Oriente, são exemplos claros quando se fala de diversidade cultural. O Japão, pelo muito que representa para o
próprio desenvolvimento do Brasil, graças a 100 anos
de imigração, recentemente comemorados. E a China,
sede das Olimpíadas deste ano, um imenso palco de
oportunidades, em tempos de abertura econômica.
O Elias/FCJ também tem muito a ver com tudo isso.
O que não falta aqui é diversidade cultural. A instituição abriga representantes de diversas etnias, convivendo em harmonia e buscando o mesmo objetivo: aprendizado e aperfeiçoamento.
Daqui para lá
China. Lá, tudo é
Ainda que permaneça sob o regime comunista, a China vem se abrindo gradualmente nos
últimos anos. Sua economia cresce em altos
níveis, atraindo investimentos de todo o
mundo. Neste ano, com a Olimpíada de Pequim (ou Beijing), os
chineses têm a oportunidade de demonstrar
que a diver-
O professor César Mastrocinque esteve
na China em 2005 e 2006. Ele é gerente
de Planejamento Estratégico na Embraco,
empresa que tem uma unidade naquele
país, e dá aulas de planejamento estratégico. “A estadia na China trouxe muita
experiência, que eu pude compartilhar com os alunos”, lembra César. O
engenheiro de produção mostra em
sala de aula, especialmente, como é a
competitividade lá fora e aqui no Brasil.
Ele ainda não aprendeu o idioma, mas se
comunica em inglês.
O professor resume bem o tema desta
reportagem, que é a diversidade cultural:
“A integração entre os povos exige
que a gente entenda as culturas e
as tendências de outros países e,
mais importante, que compartilhe
metas com eles, tendo objetivos
comuns e trabalhando juntos”.
OS mascotes olímpicos
Os Fuwa (em chinês 福|娃)
foram revelados como mascotes
em 2005, quando faltavam
1.000 dias para o evento.
Os Fuwa consistem
de cinco membros:
Nini, a andorinha,
representa a boa sorte.
12
Jingjing, o panda-preto,
representa a felicidade.
Huanhuan,
o fogo, representa
a paixão pelo esporte.
CNEC e as Olimpíadas
Neste ano, o Exame Nacional das Escolas Cenecistas (ENEC),
que avalia alunos da 4ª série ao 3º ano do Ensino Médio, terá
como tema as Olimpíadas de Pequim: o Mundo Novo que
está sendo construído. A prova será no dia 8 de agosto e vão
participar aproximadamente 500 alunos. A apostila da CNEC
deste ano também foca o tema das Olimpíadas em todas as
disciplinas. O material didático é interdisciplinar e atualizado,
oferecendo um ensino de qualidade aos alunos.
o é gigante
sidade cultural também está chegando por lá. Em escala gigantesca!
Os Jogos Olímpicos de 2008 serão realizados de 8 a 24 de agosto, com a cerimônia
de abertura marcada para as 8h08 da
noite do dia 8 (o número 8 tem significado de prosperidade na cultura chinesa). Alguns eventos serão realizados em
cidades vizinhas e até em Hong Kong.
São 31 esportes
em Pequim 2008,
totalizando
302 eventos.
Medalhas
Olímpicas
Aprenda
mandarim
As medalhas confeccionadas para as Olimpíadas têm características ligadas à cultura chinesa. Além dos metais tradicionais (ouro, prata
e bronze) foram produzidas com detalhes em
jade (pedra comum na China). A medalha de
ouro apresenta um circulo de jade branco na
parte de trás, enquanto na de prata o detalhe
será de jade verde claro e na de bronze, de
jade verde escuro. Na parte de trás das medalhas há o símbolo das Olimpíadas de Pequim,
a inscrição “Beijing 2008” e o símbolo olímpico
com os cinco arcos entrelaçados. Na parte da
frente há um desenho do espírito olímpico.
A fita é de cor vermelha (predominante na
bandeira chinesa).
O joinvilense Gustavo Brüske, que está estudando mandarim na China, ensina algumas palavras para quem for assistir às Olimpíadas em
agosto e não sabe falar a língua dos chineses.
Fonte: http://www.suapesquisa.com/educacaoesportes/
olimpiadas_2008.htm
Para saber mais
Aeroporto
fēijīchăng
Hotel
jiŭdiàn
Restaurante
fàndiàn
Táxi
chūzūchē
Banco
yínháng
Obrigado
xièxie
Olá
nĭ hăo
Tchau
zàijiàn
Banheiro
cèsuŏ
Site oficial de Pequim 2008:
en.beijing2008.cn
A junção das primeiras sílabas
de cada um resulta na frase
“Běijīng huānyíng nĭ”,
que significa “Pequim
recebe você”.
Curiosidades
• A China é o país mais populoso do mundo:
cerca de um quinto das pessoas em todo o
planeta são chinesas.
• Se você abrir a porta para uma visita chinesa
sair de sua casa, significa que a está mandando sair.
• Por causa da superpopulação, cada casal só
pode ter um filho. Mas, se o primeiro for
menina, pode-se tentar de novo.
• A arte de empinar pipas é tradicional na
China.
Yingying, o ANTÍLOPE,
representa a saúde.
Beibei, o peixe, representa a
prosperidade e a abundância.
Fonte: http://www.portaldoscuriosos.com
13
100 anos de integração
A imigração japonesa no Brasil começou no início
do século XX, como um acordo entre os governos
japonês e brasileiro. O Japão vivia uma crise devido
à superpopulação, enquanto o Brasil precisava de
mão-de-obra na zona rural. Em 18 de junho de
1908, aportava em Santos o Kasato Maru, oficialmente o primeiro navio a aportar no Brasil com
imigrantes japoneses, com 165 famílias.
Atualmente, há no Brasil 1,5 milhão de japoneses e
descendentes, sendo 80% no estado de São Paulo,
a maioria na capital. O bairro da Liberdade representa o marco da presença japonesa na cidade.
Outros focos importantes de presença japonesa no
Brasil são o Paraná, o Mato Grosso do Sul e o Pará.
Acima, o termo nikkei,
usado para denominar
os japoneses e seus
descendentes.
Comida japonesa,
só sushi
As “japonesinhas” Yumi e Sayuri são irmãs e
estudam no Elias. Yumi tem 11 anos e está na
5ª A, enquanto Sayuri, 15, está no 2º ano do
Ensino Médio. As duas moraram no Japão quando
pequenas, e a mãe, Ana Cláudia Kuhmen Saiki,
secretária da coordenação no Elias, foi e voltou
entre Brasil e Japão três vezes. O segundo marido, pai da Yumi, radicou-se no Japão e vem duas
vezes por ano ao Brasil para ver a família. Yumi
guarda características tanto da mãe, de origem
alemã, quanto do pai, cujos avós vieram do
Japão. Sayuri até sabe escrever em japonês, mas
não lembra mais o significado do que escreve.
Ana Cláudia lembra que, quando foi pela primeira vez ao Japão, estranhou muito a comida.
Mas acabou se adaptando, e hoje gosta dos
dois países igualmente. Sua volta definitiva ao
Brasil se deveu à falta de adaptação das filhas,
especialmente em relação à alimentação. Yumi
até gosta da comida japonesa, “mas a feita aqui,
como sushi”.
Aprendendo
com a imigração
A turma do 1º ano do Ensino Fundamental C está
aprendendo muito com a comemoração dos 100
anos de imigração japonesa no Brasil. A professora Edna Maria de Souza preparou um projeto
no qual os alunos puderam conhecer mais sobre
a cultura dos orientais. Primeiro, localizaram
o Japão no mapa e viram como está longe do
Brasil. Conheceram os mascotes do centenário da
imigração, produzidos pelo desenhista Maurício
de Sousa, Tikara e Keika, o casal cujos
nomes significam bravura e coragem.
Cantaram músicas em japonês, ensinadas pela Sandra, a mãe do Caio,
aluno do 1º ano, e se encantaram
pelo tipo de letra oriental. No dia 10
de julho, os alunos tiveram na escola
a Noite Japonesa, onde cantaram
músicas do Japão, confeccionaram o
origami tsuru (ave sagrada japonesa)
e degustaram yakisoba.
A família cresceu
Rodando o mundo
Márcio Ishikawa, estudante do 4º ano de Marketing na FCJ, nasceu em Curitiba, mas os avós paternos vieram do Japão em 1935 de navio. “Hoje
– conta – a família é bem grande, mas cerca de
30% dos meus tios e primos estão novamente no
Japão, até meu irmão que constituiu família lá e
em breve estará retornando.” Em Curitiba, Márcio
freqüentava o Nikey, uma instituição dedicada ao
desenvolvimento da cultura japonesa. Fala japonês? “Algumas palavras ainda lembro, mas sem
praticar a gente acaba esquecendo”, conclui.
O pai de Márcio, Roberto Ishikawa, conta que
quando nasceu, em Marília (SP), seus pais, já falecidos, e seus oito irmãos viviam da agricultura.
Ao se mudarem para Curitiba, plantaram mudas
de cerejeiras trazidas do Japão. Embaixo delas,
a família e amigos passavam horas cantando e
tocando o taikô (grande tambor japonês). Tanto
que hoje, a rua onde viviam, no bairro Portão,
tem o nome do avô de Márcio, rua Hirosama Ishikawa. Roberto casou-se com Mara, e teve Márcio,
Maurício e Marcos. A família mora na praia, em
Balneário Barra do Sul. “Nos encontros familiares
não pode faltar yaksoba, sushi, sashimi, moti,
furikaki, entre outras comidas japonesas”, conta o
aluno de marketing.
Mayumi Mafra Messias tem só 21 anos, mas ostenta uma boa bagagem internacional. Ela nasceu
no Japão (o pai foi para lá jogar futebol), cresceu
falando japonês e português e também fala inglês. Estudou em colégios japoneses e disse que
o relacionamento com eles não era muito fácil.
“Eles não me consideravam um deles por eu ser
diferente fisicamente. Os japoneses gostam de
estrangeiros até competirem de igual para igual,
daí eles complicam”, explica. Seu japonês era de
um nativo e não de estrangeiro e “as pessoas se
espantavam”.
Entre idas e vindas morou 13 anos no Japão, até
os 17, quando fixou residência no Brasil. Tirou os
documentos brasileiros, pois não tem nacionalidade japonesa. O Japão adota o Direito de Sangue,
e como seus pais são nascidos no Brasil ela é
considerada apenas brasileira nascida no Japão.
Em Joinville, conheceu Rafael, começou a namorá-lo e, algum tempo depois, os dois foram para
o Canadá. Moraram um ano e meio lá, estudando
e trabalhando. Hoje, Mayumi ainda mantém laços
com a cultura japonesa: “Há valores e conceitos
que gosto muito na cultura japonesa e que vou
sempre manter”. A faceta globalizada de Mayumi
está sólida: ela está no 1º ano de Administração
em Negócios Internacionais da FCJ.
Saiba mais
Isseis
Japoneses de primeira geração,
nascidos no Japão
12,51%
Nisseis
Filhos de japoneses
30,85%
Sanseis
Netos de japoneses
41,33%
Yonseis
Bisnetos de japoneses
12,95%
* Números no Brasil
Dicas de leitura
• Antes do Kasatu Maru - Centenário da Colônia
Agrícola Japonesa da Fazenda Santo Antônio,
de Marcelo Abreu Gomes
• O Súdito (Banzai, Massateru),
de Jorge J. Okubaro
Revelações
Nestas fotos aparece uma parte dos alunos do Elias Moreira que
se destacaram com as melhores médias do primeiro trimestre
de 2008. A intenção do colégio é valorizar os alunos que, com
dedicação e disciplina nos estudo, tiram excelentes notas nas
disciplinas. Parabéns a todos! Serve de exemplo para estimular
outros alunos a também alcançar este mérito. Na escola há dois
murais com fotos de todos os alunos homenageados.
Alunos de 1ª a 4ª série
1º A
• Joana Beatriz de Oliveira
• Luiza Rodrigues da Costa Gomes
1º B
• Heloísa Fernanda Kuchenbecker
1º C
• Giovana Piske Kricheldorf
• Carolina Luiza Manske
• Caio Eiji Taketone
1º D
• Fernanda Cristina da Silva Pereira
2º A
• Maithê Caroline Inácio
2º B
• Julia Duarte de Oliveira
• Flavia Nara Beninca
• Vitoria de Carvalho da Silva
2º C
• Laura Nicolosso dos Santos
2º D
• Julia Claudia Krueger
3º A
• Amanda Rautemberg Pereira
3º B
• Lucianna Henning
• Paula de Oliveira Santana
3º C
• Katarina Kaminski
3º D
• João Pedro Alves Scremin
3ª A
• Gabriel Wolf Sfredo
3ª B
• Maria Julia Trapp
3ª C
• Vinicius Moser
3ª D
• Taina Ribas Dias
4ª A
• Lucas Augusto de Moraes Pereira
4ª B
• Mariana Beatriz Thomsen
• Rebeca Picanço Krelling
4ª C
• Carlos Israel Strassbauer
4ª D
• Thaina Caroline Friedrich
4ª E
• Julia Pereira Roza
• Amanda Cristina Matthies
• Leticia Fonseca Balwicz
• Maria Andressa Massochin
• Ana Laura Azambuja
• Júlia Runze
8ª B
• Rafael Bianchi Machado
• Fernanda Reis da Silva
• Guilherme Souza Ribeiro
• Virgínia de Almeida Santos
• Felipe Lima de Souza
• Maria Luiza Landmann
• Waleska Ramos Alvim Lescowicz
8ª C
• Eduardo Deuschle
• Letícia Bandelow
• Ivan Vieira Piseta
• Alessandra Elisa Thomsen
• Paola Cristina Nunes
• Bruna Maria Lobo Pismel
• Ana Carolina da Rocha
• Sérgio Leomar dos Reis Junior
• Luiza Boldt Franco
• Patrícia Varela Franco
• Fabrício Martinelli
8ª E
• Bruna Carolina Kogler
• Eduardo Henrique de Borba
• Lucas Soares Eda
• Camila Luiza Vidal
• Nathália Grams Teixeira
• Igor Henrique da Costa
• Letícia de Andrade
• Luciana Fortuna Morínigo
• Patrícia Girardi
1º A
• Letícia Gonçalves
• Jéssica Schulze
• Skarlet Elizabeth Schubert
• Laíssa Mara Rodrigues Teixeira
• Dayane Karine Prazeres
1º B
• Marilei Marlene Alves
• Samantha Lais Machado
• Daniela Deuschle
1º C
• Sabine Bevian
• Laís Marangoni
• Jénifer de Souza
• Mayara Spitzner da Silva
1º D
• Juliana Cristina Frankowiak
• Anna Caroline Seiler
• Thais Martins Filipe
• Letícia Eurich de Almeida
1º E
• Gustavo Willian Zanuto
• Paulo Henrique Torres
2º A
• Beatriz Boing Schreiner
• Elisa Santos Lima
• Diogo Felipe Trentini
• Vitor Vieira Piseta
• Thaminne Silveira
2º B
• Caroline Ezequiel de Paulo da Silva
• Luana Bavaresco Rossari
2º C
• Teresa Tromm
• Kathryn Horiane Ortiz
• Sayuri Kuhnenn Hayashi
• Paulo Henrique Testoni
• Augusto Felipe Mães
• Stephanie Caroline Schubert
• Luan Vieira
• Priscilla dos Santos de Oliveira
• Maria Elisa Kassulke
• Larissa Araujo Lalli
• Osni Paulo Testoni
3º A
• Danielle Saraçol Ruidias
• Tuana Laís Vieira
• Amanda Bonafé
• Samir Machado de Oliveira Filho
• Patricia Amynthas Santos
• Mariê Souza Ribeiro
• Rafaela Heidrich dos Santos
• Rodrigo Leite Lindoso
3º B
• André Schadeck
• Leíza Reis da Silva
• Matheus de Oliveira Demetrio
• Augusto Fleith Comitti
• Ricardo Augusto Pereira
• Tiélly Rabello
• Douglas Gorniack
3º C
• Mayara Karoline Cavilha
• Pedro Rodrigues de Andrade
• Steffanye Cristine Warmling
• Milena Soares
• Bianca Zanatta
• Luanna Oliveira da Silva
• Gabriel Langer de Amorim
• Yasmin Luíza Caparelli
• Jean Thomaz Rogerio
• Amanda Caroline Wormsbecker
3º E
• Ana Carolina do Rosário
• Luana Vanessa Medeiros
• Daniel Eduardo da Rosa
• Walter Murilo Ziebarth
Alunos de 5ª ao 3° ano
5ª A
• Amanda Vanderwegen
• Camille Mansur Heinen
• Diego Wyzykowski
• Arthur Felipe Herdt Schuelter
• Olivia Ramalho
• Natassha Yukari Futemma
• Matheus Lufiego da Luz
• Letícia Ribas
• Maria Fernanda Franco
• Alexandre Reis da Silva
• Iara Cosmo da Rocha
• Ana Rosa Montagnoli
• Caroline Eloise Reeck
• Guilherme Mauricio
• Beatriz Beltran Ferrareto
5ª B
• Djonathan Luiz de Oliveira
• Júlia Helena de Oliveira
• Natalia Vieira Vieira Busch
• André Felippe Heiler da Silva
• Débora Glienke
• Eric Junkes
• André Luis Gonçalves
• Gustavo Barone Martins
• Laura Helena Lenert
• Robinson Luiz Fernandes Junior
• Gabriela Goetsch da Silva
5ª C
• Romeu Retzlaf Junior
• Rachel Rebske Hoppe
• Caroline Heidemann Campos
• Larissa Cristina Gazolla
• Amanda Caroline da Silva
• Isabella Maria Giória Stoppa
• Diogo Antelo Imbassahy de Mello
• Victor Hugo Oliveira Silva
• João Victor Pereira Thomaz
• João Pedro da Silveira
5ª D
• Méllanie Amanda Silva Ferreira
• Monique Natalie Costa Roos
• Fernanda Arieli Ribeiro da Silva
• Matheus Marques Beduschi
• Heloísa Padoan
5ª E
• Guilherme Schroder Stepic
• Gabriela Luiza Mira
• Rodrigo Heyze Polidoro
• Natalia da Cunha Cidral
• Maria Luiza Kovalski da Luz Paust
• Laura Jeller Kontopp
• Pedro Brandão
• Clara Milena Baggenstoss
• Matheus Aurélio Batista
• Carolina Fernanda Dopke
• Victoria Gomes Sartor
• Flávio Kenji Taketone
• Lucas Rover Chmiluk
• Camila Costa Boppré
• Michele Cristina Ribas
• Otávio Stein
• Matheus Eduardo Kogler
• Augusto Meurer
• José Eduardo Brandão
• Pedro Afonso Burguesan
5ª F
• Caio César Leal de Oliveira
• Mario Celso Machado Pereira de
Oliveira
• Vinícius Delmonego
• Maria Carolina Fagundes
• Matheus Zanghelini Mendes
• Lucas Vinícius da Silva
• Vitória Corrêa Bonetti
6ª A
• Heloísa Bavaresco Rossari
• Larissa Aline Klok
• Lucas André Bibow
• Nathália Schattchneider
• Bruna Rafaella Cordeiro
• Vitória da Silva Belli
• Pedro Lamim Mello
• Gabriela Grabowski Bosco
• Amanda Schumacher de Oliveira
• Vitor Ferreira da Silva
• Isabella Cristina Skrsypcsak
• Jordana Cassol Schmidt
6ª B
• Yohanna Lima dos Santos
• Isabela Carolina Borba
• Adilson Feldhaus Júnior
• Isaac Michael Dalmarco
• Kamila Borba Silva
6ª C
• Arthur Henrique Dell’Antonia
• Luísa Bertolazzi
• Vanessa Luiza Araújo
• Taís Helena Sestrem
• Jade Thomas Rogério
6ª D
• João Pedro Tomelin Duarte Silveira
• Fernanda de Almeida
• Vivian Luize de Castro Menna
• Dimitri Suriano
6ª E
• Henrique Souza Silveira
• Julia da Cunha Cidral
• Eduardo Henrique Gomes Morishita
Kato
• William Eger
• Kerollyn Carranca Gomes
• Victor Hugo Dagnoni
• Julia Soares
• Larissa Borba
• Amanda Gabriele Fischer
• Rafael Ganzenmuller Andrzjewski
6ª F
• Bianca Thereza Matthies
• Alisson Fernando Thomaz
• Eduarda Pereira
• Bruna Shapoo da Silva
• Maria Eduarda Cagneti Silveira
7ª A
• Pedro Lufiego da Luz
• Letícia de Moraes Pereira
• Thayna Luisa Rosa
• Bruno Toshio Ogava
• Catarina Kasten
• Otavio Manoel Gonçalves
• Cassiana Carolina Coelho
• Maria Helena Pereira dos Santos
• Matheus Henrique Boguer
• Aluízio Cidral Junior
• Gabriela Felipe Bankhardt
7ª B
• Ricardo Silva Junior
• Paola Sayuri de Mello Gonçalves
• Bruna de Ramos
• Marco Antonio Vieira Filho
• Clara Sofia França Mandujano
• Giulia de Novelli Zorzi Santana
• Elara Antunes da Silva Fischer
• Caio Augusto Borba de Souza
7ª C
• Bárbara Luisa Dalmarco
• Andréia Florduardo Costa
• Maria Eduarda Zanichelli de Oliveira
• Thayse Helena Pinheiro
• Ana Carolina Ledoux Galiazzo
• Fernando Henrique Rossi
7ª D
• Renata de Camargo Pinto
• Taís Seibel Borges
• Victória da Silva Marinho dos Santos
• Fernanda Luiza Godinho
• Letícia Daufenbach
• Camila Albano Koschnik
• Taynwara Cristina da Cruz Ferreira
• Mayara Vavassori
• Amanda de Borba
8ª A
• Juliana Burger
• Fernanda Riele Beninca
• Roberta Caroline Boege