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TEOLOGIA DA PROSPERIDADE E A BÍBLIA
Tema: Teologia da Prosperidade, a Bênção de Deus e o Dinheiro.
Introdução.
Em nossos dias, infelizmente, as pessoas não procuram saber a verdade. A
preocupação delas gira em torno da funcionalidade daquilo que lhes é oferecido. Se
algo dá resultados, a questão de ser verdadeiro ou falso, bom ou ruim, torna-se
secundário.
Assim é que mesmo nas igrejas ditas evangélicas o apelo maior para a
legitimação de uma doutrina ou prática não se baseia nas Escrituras e sua correta
interpretação, mas sim em testemunhos que demonstram a eficácia de tal crença e
prática.
Neste aspecto, nenhum movimento ou doutrina é mais pragmática e ao
mesmo tempo mais carente de boa fundamentação bíblica do que a denominada
Teologia da Prosperidade.
Essa teologia que promete o céu na terra e um mundo de ventura alcança em
nossos dias um campo fértil, pois, talvez nunca antes na história da humanidade,
vemos 2 Tm 3.2 se materializar. As pessoas são ensimesmadas, avarentas,
amantes de si mesmas e embora religiosas, são preocupadas apenas consigo
mesmas e com a sua glória.
Abaixo, estudaremos um pouco sobre a Teologia da Prosperidade, a bênção
de Deus e o dinheiro. Todos esses tópicos tendo as Escrituras como nossa bússola
absoluta.
Teologia da Prosperidade
A grande maioria das igrejas de nossa época e em o nosso país é adepta da
assim denominada Teologia da Prosperidade. Alan Pieratt diz em seu livro que “a
mensagem da prosperidade, quaisquer que sejam suas origens, tem ultrapassado
todas as barreiras denominacionais. Seus ensinos são abraçados, espontaneamente
por pastores de igrejas de todos os tipos.”1 Mas o que ela é? Qual é a sua história?
De modo bem resumido, a Teologia da Prosperidade é um sistema filosóficoteológico nascido nos Estados Unidos que tem como seu “pai” o falecido pastor
Keneth Hagin. Entretanto, o verdadeiro idealizador desta doutrina é Essek William
Kenyon.
Hagin é considerado o pai, mas, como observou Hank Hanegraaff, “de forma
mais ampla Kenneth Hagin apenas popularizou e proliferou as publicações de
Kenyon.”2 Hagin soube se apropriar das idéias de Kenyon e as popularizou com
maestria singular.
Essa teologia tem forte influência do positivismo secular norte-americano e da
metafísica de seitas pseudo-cristãs. Em poucas palavras, o positivismo é uma
doutrina que ensina o poder do pensamento positivo. A máxima “querer é poder”
exemplifica um pouco dessa filosofia.
Você é e tem aquilo que pensa. Tudo é
possível, basta querer e pensar corretamente. Se você pensa que é rico, você o
será. Se você pensa que é pobre e nunca vai progredir na vida, assim será feito.
Quem quiser ter uma saúde invejável deve “não pronunciar, admitir, ou decretar com
sua boca a enfermidade.”3
A metafísica, como o próprio nome sugere, implica em que “”a verdadeira
realidade é ‘meta-física’, ou seja, vai além da realidade física. Isto significa que a
esfera do espírito não somente é maior do que o mundo físico, mas também controla
cada aspecto dele e é a causa de todos os efeitos por ele sofrido.” 4 Por isso, “se
pensarmos de modo certo, podemos controlar nossa saúde e, se nossa capacidade
mental for especialmente grande, podemos dar forma a cada aspecto de nossa vida,
decidindo-nos por ter saúde e prosperidade.” 5
Como movimento, a Teologia da Prosperidade é extremamente nova. Pieratt
afirma que ela “é tão recente, que apenas nos anos 1970 ela havia-se desenvolvido
o bastante para ser identificada como um movimento constituído.” 6
1
Alan B. Pieratt. O Evangelho da Prosperidade. Vida Nova, p30
Hank Hanegraaff. Cristianismo em Crise. Ed CPAD, p. 362.
3
Ricardo Gondim, O Evangelho da Nova Era. Ed. Abba Press, p. 41.
4
Alan B. Pieratt. O Evangelho da Prosperidade. Vida Nova, p27.
5
Idem, p. 28.
6
Idem, p. 20.
2
Ela esta fundamentada em três pilares maiores. Os profetas e “teólogos”
desse movimento propõem que Deus tem para os seres humanos que crêem: 1)
libertação do mal; 2) Saúde perfeita; e 3) prosperidade material.
Quanto ao primeiro tópico, os adeptos da Teologia da Prosperidade são
maniqueístas. O que isso significa? Do modo simples e resumido, eles acreditam em
dois deuses: o “deus bom” de quem procede todo bem e coisas boas e o “deus
mau”, de quem procede tudo o que é ruim e desagradável. Na prática, eles são
gnósticos, acreditam que o bem e o mal procedem de divindades diferentes. Assim
eles entendem o mundo e as realidades que nos cercam.
Deste modo, a enfermidade, a dor, a tragédia e o infortúnio não podem
proceder do Deus das Escrituras, que é bom, antes, é pelas mãos do Diabo que o
homem sofre. Para eles, de Deus não pode vir, seja por permissão, seja por vontade
ou decreto, a vicissitude, a dor ou o sofrimento. Ignoram textos como Ec 9.2. Não
aceitam que Deus pode tanto abençoar quanto amaldiçoar (Dt 27.11-13). Não
aceitam que Deus tanto enriquece quanto empobrece uma pessoa; dá a vida e a tira
(1 Sm 2.6,7). Não aceitam, por exemplo, que Deus pode enviar o mal em sua forma
mais dura (Is 45.7; Ap 15.1; 16.1-21).
É óbvio que Deus ao agir assim, não o faz por capricho ou sadismo. Ele
manda ou permite o mal como retribuição dos pecados dos seres humanos. Mandaos também a fim de ensinar-lhes e gerar arrependimento na alma.
Quanto ao segundo ponto, saúde perfeita, alguns dos líderes dizem que o
ideal é a pessoa viver como Moisés, até aos 120 anos e sem nenhum problema,
nem mesmo de visão. E, assim como Deus informou que Moisés partiria sem o
mesmo ter qualquer indício de doença, ele simplesmente partiu para a eternidade,
assim também deveria acontecer com os crentes.
A doença é do Diabo. Ele é quem a causa. Geralmente tais teólogos pegam
alguns poucos textos dos Evangelhos que mencionam enfermidades oriundas de
espíritos malignos para generalizar e afirmar que toda doença é satânica.
Esquecem-se que mesmo em o Novo Testamento, homens de Deus como Timóteo
e o próprio apóstolo Paulo passaram por enfermidades (Gl 4.13-14; 1 Tm 5.23), sem
que com isso a Bíblia dissesse que tais homens estavam sob influência demoníaca.
Quanto ao terceiro tópico, prosperidade, ensinam tais “profetas” que somos
filhos do Rei. Portanto, somos donos de todas as coisas agora, não apenas na
eternidade. Todo ouro e toda prata pertencem aos filhos de Deus. Nosso é o melhor
dessa terra. Fomos criados para ganhar sempre, nunca perder. Nenhum verdadeiro
crente, dizem eles, pode ou deve passar por dificuldades financeiras. Deus quer dar
aos seus uma vida de bonança e riquezas.
Via de regra, os proponentes da Teologia da Prosperidade dizem que você
pode e deve ter não apenas o que é necessário para viver bem, mas Deus tem para
você o que você deseja: mansões, carros importados, muito dinheiro, entre outros
itens.
Mas, para ter saúde perfeita, libertação de qualquer mal e vida cheia de
riquezas materiais, o crente deve ter o conjunto de cinco valores e crenças: 7 1) o
conhecimento dos seus direitos (o que a Bíblia lhe promete); 2) firmeza da fé (crer
sempre); 3) o uso adequado do nome de Jesus; 4) ausência de dúvida (não ore
dizendo: se for de tua vontade, Senhor!); e 5) confissão sem indícios (tomar posse
pela fé apesar das circunstâncias).
A Teologia da Prosperidade Bíblica.
Antes de tudo é necessário reconhecer que nas Escrituras encontramos o
vocábulo “prosperar” e seus derivados “prosperidade” e “próspero”. Muitas vezes
tais termos não se referem a ganhos monetários, mas sim a ser bem-sucedido (Gn
26.22), a alcançar um objetivo ou a se destacar em determinada tarefa (Dn 6.28).
João, em sua terceira carta, nos ensina que a prosperidade da alma não tem
associação com riquezas, mas com crescimento espiritual. Ainda que ele deseje que
seus leitores sejam prósperos e tenham saúde, a ênfase dele está no fato da alma
deles ser próspera (3 Jo 2). Isso é o mais importante.
Por outro lado, é fato que encontraremos muitos textos que falam sobre
riquezas, abundância e dinheiro associados à prosperidade. Isaque é um bom
exemplo disso (Gn 26.12-14). Ele era próspero financeiramente.
Aprendemos que os três grandes patriarcas, Abraão, Isaque e Jacó, foram
riquíssimos sendo que as Escrituras atribuem a fortuna deles à bênção e
intervenção do Senhor (Gn 12.1-2; 13.2; 24.1; 26.12-14; 30.37-43).
Jó é um outro exemplo. Ele tinha uma fortuna imensa ao ponto de ser
considerado o homem mais rico do oriente (Jó 1.1-3). Mesmo depois de todo o
7
Idem, p. 65.
infortúnio sofrido, a Bíblia deixa claro que toda a sua riqueza que tornou a ter
procedia das mãos de Deus (Jó 42.10-17).
Davi e Salomão também tinham riquezas nababescas. E o texto bíblico deixa
claro que todos os bens e tesouros era fruto da graça e da bênção de Deus sobre
eles.
Contudo, como vimos acima, embora um crente possa ser rico, bem sucedido
e amealhar muitos bens e tesouros, não há nenhuma promessa bíblica que nos diga
que toda e qualquer pessoa que creia em Deus e em seu Filho Jesus será rico.
Simplesmente não há.
A teologia saudável sobre a prosperidade nos ensina que não são apenas os
crentes que podem ser prósperos, assim como os pobres não são apenas aqueles
que são ímpios ou ateus. Eclesiastes 9.2 resume essa ideia ao afirmar que todas as
coisas acontecem com todas as pessoas. O bem e o mal recaem e podem recair
sobre crentes e não crentes. Crente morre de câncer, morre em acidente trágico,
perde o emprego, passa por dificuldades. Não é verdadeiro dizer que o bem só
acontece com quem teme a Deus assim como o mal com quem não ama a Deus.
Dois salmos bíblicos nos mostram claramente que o ímpio pode prosperar. No
salmo 37.7 diz o seguinte: “descansa no SENHOR e espera nele, não te irrites por
causa do homem que prospera em seu caminho, por causa do que leva a cabo os
seus maus desígnios.”
Muitos bons comentaristas dizem que esse salmo retrata uma crise de fé. O
salmista, homem de Deus, olha ao seu redor e percebe que homens ímpios
enriqueceram e prosperaram, enquanto ele, vivia na pobreza e em dificuldades.
O segundo Salmo a dizer que os ímpios podem prosperar e ter excelente
saúde é o Salmo 73. Veja o que ele diz nos versículos 1 a 14. Explicitamente o
salmista coloca a sua indignação e inconformismo com o fato dele amargar uma vida
difícil, materialmente falando, enquanto o ímpio vivia com muito dinheiro e saúde
invejável.
A teologia da graça comum nos diz que Deus concede a chuva e o sol a
todos. Ou seja, tanto o bem quanto o mal pode atingir a toda e qualquer pessoa.
Quem trabalha e se esforça, pode prosperar independente se crê ou não em Deus.
Provérbios, por exemplo, afirma que o sucesso de muitos não esta associado
a sua fé, mas a sua competência (Pv 22.29). É obvio que como crentes, sabemos
que nossos dons e talentos procedem de Deus. Por isso damos graças a Ele. Não
queremos cair em soberba e deixar de dar glórias a Deus reconhecendo que todo
nosso sucesso e bem estar procedem dEle (Dt 8.11ss).
Estamos dizendo que não há diferença entre crentes e não crentes? Estamos
dizendo que Deus não intervém e abençoa seu povo? Não! Longe disso. Cremos
que apesar dos crentes também poderem sofrer reveses e infortúnios, Deus os
abençoa com bênçãos que o ímpio não tem. Deus faz diferença entre aqueles que
são seus e aqueles que não são (Sl 1.5-6; Ml 3.18). A paz é uma delas. Isaias repete
em seu texto que o perverso não tem paz (Is 48.22; 57.21). Jesus, por sua vez, diz
que seus discípulos recebem de sua paz (Jo 14.27). Tantas bênçãos espirituais só
possuem aqueles que estão em Cristo Jesus (Ef 1.3).
Além disso, como regra, sabemos que Deus abençoa seus filhos
materialmente. Isso só não significa que estamos numa redoma, imunes e isentos
de transtornos, dificuldades, problemas e adversidades.
A bênção de Deus segunda as Escrituras.
Deus abençoa? Sim, claramente as Escrituras nos ensinam que Deus
abençoa o seu povo.
No entanto, o que é a bênção de Deus? Como ela se apresenta para os filhos
e filhas do Senhor. O que a Bíblia realmente nos ensina sobre isso.
Em primeiro lugar, não temos como negar que a bênção de Deus pode se
manifestar por intermédio de recursos financeiros e outras benesses que venhamos
a receber.
Em o Antigo Testamento, em especial, veremos a manifestação da bênção de
Deus através de grandes somas financeiras. Embora isso não seja regra para todos
os crentes e nem tampouco Deus prometa tal condição a todos os seus filhos,
encontraremos alguns servos Seus que foram agraciados com a riqueza. Isaque é
um exemplo:
•
Semeou Isaque naquela terra e, no mesmo ano, recolheu cento por um,
porque o SENHOR o abençoava. Enriqueceu-se o homem, prosperou, ficou
riquíssimo; possuía ovelhas e bois e grande número de servos, de maneira
que os filisteus lhe tinham inveja – Gn 26.12-14
A benção de Deus também pode se manifestar de modo que não
costumamos enxergar como graça divina. Por exemplo: o sofrimento e a aflição
podem ser uma bênção em nossas vidas.
•
Antes de ser afligido, andava errado, mas agora guardo a tua palavra – Sl
119.67.
•
Foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os teus
decretos – Sl 119.71.
Deus pode nos abençoar, revelando que somos seus filhos, através da
disciplina e da correção. E normalmente as pessoas não vêem a disciplina como
uma bênção. No Antigo Testamento, a forma mais comum de Deus abençoar seu
povo trazendo-o aos seus santos e retos caminhos, foi por intermédio do sofrimento
e da dor. Podemos dizer, sem medo de errar, que a severa disciplina de Deus foi
uma das maiores bênçãos que Deus manifestou para com seu povo. A adversidade
enviada por Deus era prova do insistente amor de Deus Pai.
•
É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho
há que o pai não corrige? Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo
melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim
de sermos participantes da sua santidade. Toda disciplina, com efeito, no
momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois,
entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de
justiça – Hb 12.7, 10-11.
Além dessas bênçãos, a maior delas, sem dúvida, era pertencer ao Senhor.
Deus era a benção maior do seu povo, assim como continua sendo. Era por meio da
presença que o povo de Deus sabia que era abençoado e diferente de todos os
demais povos da terra (Ex 33.16). A presença graciosa de Deus é melhor do que a
vida (Sl 63.3). O salmista entendeu que é melhor estar à porta da casa de Deus,
símbolo de sua presença, do que permanecer mil anos nas tendas da perversidade
(Sl 84.10).
O dinheiro e a Bíblia.
A palavra de Deus tem muita coisa a dizer sobre o dinheiro. Abaixo,
exporemos alguns dos seus ensinamentos:
a) De Deus são todos os recursos financeiros. Essa é a primeira e mais
fundamental das verdades que precisamos apreender. A Deus pertence toda prata e
todo ouro (Ag 2.8). Mesmo o ser humano sem Cristo, sem temor de Deus e
absolutamente ateu ou agnóstico, tem o que tem devido à graça de Deus. Tais
recursos, em última instância, pertencem a Deus. O Senhor é quem dá o fôlego da
vida e permite, em sua soberania, a realização de muitas obras e o ajuntamento de
bens. Quem está por trás de tudo, dando forças ao ser humano ou lhe permitindo a
vida, é o Senhor (Dt 8.17-18). Deus é dono de tudo (Sl 24.1). O ser humano não tem
nada de si mesmo que não venha de Deus (1 Co 4.7).
b) Somos apenas mordomos do Senhor. Isto significa que reconhecemos que
tudo pertence a Deus e que nós somos apenas administradores dos bens e recursos
que ele mesmo tem feito vir às nossas mãos. Quando o Senhor criou todas as
coisas colocou o homem como seu gerenciador (Gn 1.27-30). Este mandado do
Senhor não foi revogado, continua valendo!
c) o dinheiro pode se constituir numa espécie de deus na vida das pessoas.
Jesus deixa isso muito claro ao afirmar que não podermos “servir a dois senhores”
(Mt 6.24). Mamom ou dinheiro é apresentado pelo Mestre como se fora um senhor,
ou seja, um deus. E, na verdade, há pessoas que fizeram e fazem dele seu ídolo,
seu deus, seu senhor. Faz do extremo amor ao dinheiro um ídolo cujo altar a pessoa
sempre se curva e o adora (Ef 5.5)
d) o dinheiro é um elemento neutro; mas o sentimento por ele não. Alguém já
disse que o grande problema não é o dinheiro, mas o amor a ele (1 Tm 6.10).
Quando não o amamos mais do que tudo, ele é apenas nosso servo. E pode nos
servir muito bem. Porém, quando nosso coração está nele, ele se torna nosso
senhor, e daí os problemas surgem. Acã o amou demasiadamente e trouxe
conseqüências sobre si e sobre a nação de Israel (Js 7). Ananias e Safira foram
mortos na presença do Senhor por causa de sua devoção ao dinheiro (At 5). Balaão
tentou amaldiçoar o povo de Deus por troca de dinheiro (Nm 22).
e) As pessoas podem fazer do dinheiro seu arrimo, seu porto seguro, sua
segurança. A maioria das pessoas acredita que o bem estar próprio e sua qualidade
de vida tem a ver com o dinheiro e não com Deus. Isso é normal porque o dinheiro
compra quase tudo. Porém, a Bíblia diz com todas as letras que não devemos
confiar no dinheiro (Sl 62.10), mas em Deus (Pv 11.28; 1 Tm 6.17). O Senhor Deus
e não o dinheiro é que pode verdadeiramente ser arrimo e segurança.
f) As pessoas podem se esquecer de Deus quando centralizam suas vidas no
dinheiro. Elas vão se tornando cada vez mais secularizadas e materialistas vivendo
somente a partir do que vêem e tocam. E com muita naturalidade. ou se esquecem
ou negam a Deus por causa do amor ao dinheiro (Dt 8.12, 14 e 17; Pv 30.7-9).
Essas pessoas podem deixar de ser aquilo que Deus tem planejado para suas vidas
por causa do amor ao dinheiro (Mc 4.18-19).
g) o amor ao dinheiro pode distorcer o caráter do indivíduo. A pessoa pode se
tornar egoísta ou simplesmente deixar que o egoísmo se aflore de tal forma que
tome conta do seu coração, da sua mente e das suas ações. Ela pode se tornar
orgulhosa (Pv 28.11). Pode cair em várias tentações (1 Tm 6.9). Pode se tornar
avarenta e conseqüentemente ser alijada do reino de Deus (1 Co 6.9-10; Ef 5.5).
O problema, resumidamente, não é o dinheiro, mas nossa relação com ele
bem como nossos sentimentos e prática em relação a ele.

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