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www w.dol.innf.br Avaliação da segu rança do uso u de ana algésicos Dio onéia Arald di * Em abril de 2005 a Federação Latino-Amer L icana de Asssociações para p o Estud do da Dor (FEDELAT) convocou os presidentes das sociedades s llatino-americanas membros da As ssociação In nternacional para o Esttudo da Do or (IASP) pa ara uma re eunião extra aordinária em m Bogotá, na qual esttiveram reprresentados 15 países. A Além de ab bordar aspec ctos adminis strativos em m uma asse embléia extrraordinária para p definir as ações para p o triêniio 2005-200 08, a reun nião procuro ou avaliar, de forma objetiva, a segurança a dos analg gésicos, baseada nas mais m recente s informaçõ ões científica as e em dad dos provindos de entidades regula adoras, com m ênfase no o uso dos antiinflamatórios inibid dores da enzima cicloo oxigenase 2 (COX-2). omo os cox No último ano a segu urança do uso u de medicamentos co xibs, a nimesulida e o dextropropox d xifeno tem sido alvo de várias rev visões. Nestte sentido, o FDA (Food d and Drug Administratiion), órgão regulador de alimentos e medicam mentos no Es stados Unido os, recomen ndou a realização de um ma ampla pesquisa p sob bre a segura ança de tod dos os antiin nflamatórios não-estero oidais (AINE Es). Como resultado foi observa ado que es studos básic cos, clínicos e epidemioló ógicos, aborrdando os an ntiinflamatórrios não-este eroidais inibidores seletiivos da COX X-2 (os coxiibs), demon nstraram que e ocorre aumento do riisco de acid dentes cardio ovasculares por eventos s trombótico s e reações dermatológicas severas após seu us so por temp po prolongad do, o que lev vou à retirad da de medica amentos com mo o rofecox xib e o valde ecoxib do mercado (veja a em nossa Edição do M Mês trabalho realizado po or canadense es mostrand do que o uso o por curtos períodos também pode ser prejudic cial). Atualm mente, consid dera-se que estes eventtos adversos s são secund dários ao blo oqueio da CO OX-2 e que não são excclusivos do uso u do medicamento iso olado. Com relação ao nimesulide, a Agência a Européia d de Medicam mentos (EME EA - Europea an Medicines s Agency) re ecomendou o uso deste fármaco som mente por ad dultos e durrante períod dos curtos, enquanto e a Agência Re eguladora do o Reino Unid do recomendou a retira ada do dextrropropoxifeno do mercad do. Baseada nos n dados o observados, a FEDELAT recomenda a que a edu ucação médica continuad da dos profissionais da ssaúde e a qualidade da informação que os pacientes receb bem através dos meios de d comunica ação devem ser reforçad das, principa almente no que q se refere e ao uso de e AINEs. A aderência a àss instruções dos médico os, a prática a de uso, do oses e vias de administtrações adeq quadas são pontos que e devem ser melhorado os na inform mação difundida através da mídia.. Já os proffissionais de evem fazer uma seleçã ão cuidadosa dos pacie entes candid datos a receber AINEs. Os de maio or risco são os idosos, as crianças,, e as pesso oas com antecedentes de gastropatiias. Também m são pacien ntes de alto rrisco aqueles com antec cedentes de problemas cardiovascu lares, cerebrovasculares s, hematológ gicos, hepáticos e com histórico de reações alé érgicas. Além m disso, as empresas que fabricam m e comercia alizam a órios devem ais ênfase às inform ações sobrre as medicamentos antiinflamat m dar ma proba abilidades de risco, as contra-indica ações e adv vertências para o uso d de seus prod dutos. Deve e-se insistir que q os pacie entes conheççam as manifestações ad dversas e en ntrem em co ontato com seu médico imediatamente ao apare ecimento da as mesmas, para que esttes possam tratánte. Mais im mportante, d eve-se inforrmar de form ma mais cla ara e ampla sobre las adequadamen os ris scos da automedicação e utilização o de AINEs cujas venda as se realiza am sem fórmulas nem receitas méd dicas. A FDA ord denou que a Pfizer incluísse advertências especiiais nas caix xas de Celeb brex (celeco oxib) e exigiu que todoss os fabrica antes de anttiinflamatório os (por exe emplo, melox xicam, diclofenaco, piroxicam, p cetorolaco, cetoprofeno) incluísssem, na bula, adverrtências sob bre o potencial aumento de riscos de e eventos ca ardiovascula ares (como infarto e trombose cereb bral), bem como c de san ngramentos gastrintestin nais relacion nados ao seu u uso. Segundo a EMEA A, todos os coxibs estão o contra-indicados para pacientes ccom anteced dentes 1 www w.dol.innf.br de infarto do mio ocárdio e eventos isquêm micos cerebrrais, e o etoricoxib (Arco oxia) está co ontraindica ado para hip pertensos cu uja hipertenssão não esteja devidam mente contro olada. A EME EA diz ainda a que existe e uma relaç ção entre o tempo de uso u dos cox xibs e o aum mento dos riscos cardio ovasculares recomendando, desse modo, que os médicos usem as d oses mais baixas b possííveis pelo menor m tempo o possível, e a tomarem m cuidados especiais co om pacientes que apres sentem fatores de risco o cardiovasccular, hiperte ensão, diabe etes, tabagissmo, dislipid demia (colesterol e trig glicerídios altterados) e d doenças arte eriais periférricas. Pacien ntes que rec cebem coxib bs de forma crônica devem suspen nder o uso devido à presença de fatores de risco. Entre etanto, pode e-se recome endar a tro oca para AINEs tradicio onais semprre e quando o não existiirem contra-indicações. Quando a dor não forr de origem m inflamatórria, deve-se usar, prefe erencialmentte, o acetam minofeno (pa aracetamol) e, caso a dor persista a, opióides fracos f como o tramadol ou o codeína, sozinhos s ou e em combina ação com ace etaminofeno o. Para contrrolar a autom medicação com c analgésicos, progra amas de edu ucação para os profissionais da saúd de, para os pacientes e para os dis stribuidores d de medicam mentos devem m ser realiza ados. Solicittar maior coo operação do os meios de comunicação o para difundir de forma a racional a informação científica acerca do uso de me edicamentos também é uma medida interessa ante, assim como exigiir das entidades reguladoras um m maior contro ole da public cidade em torno dos pro odutos que n não requerem prescrição o médica e u uma revisão o mais cuida adosa das informações fornecidas nos frascos s dos medicamentos, e especialmen nte às relacionadas com m os riscos,, eventos a dversos e efeitos e secundários. Alé ém de solic citar a colab boração da indústria fa armacêutica com as entidades e re eguladoras e a comun nidade cientíífica, deve-s se difundir amplamente a as recomend dações da Organização O M Mundial da Saúde S (OMS S) sobre o us so de medica amentos. A FEDELA AT também fez recome endações especiais para a a geriatria a e a pedia atria. Nestes s dois casos, ela recom enda o acettaminofeno como analgé ésico de primeira escolha. Na pedia atria é espec cialmente im mportante a prescrição médica m eae educação dos pais com relação à do ose e aos asp pectos de se egurança. Ne este grupo em questão n não se recom menda o uso o de aspirina, a menos que exista uma prescrrição médica a. A nimesullida não dev ve ser utiliza ada em paciientes com menos m de 12 2 anos. Já a população geriátrica te em maior ris sco de apres sentar eventtos adversos s com a util ização de AINEs e coxib bs, devido à maior incid dência de o outras enfermidades. Assim, A reco omenda-se individualizar as dose es e utiliza ar os analg gésicos conh hecendo proffundamente sua farmacocinética e farmacodinâ f âmica. Lemb brando que a individualiz zação das doses é respo onsabilidade e do médico,, este deve estar atento o para que os períodos s de utiliza ação dos a nalgésicos estejam aju ustados de acordo com as recom mendações internacionais. ntemente, fo oi observado o que os op pióides são a analgésicos muito Interessan segurros quando utilizados de forma adequada. Apesar de causarem efeitos adv versos freqü üentemente, estes são menores m e rraramente colocam c em risco a vida a do pacientte. Os efeito os adversos dos analgés sicos opióide es devem serr prevenidos s com estrattégias de titu ulação e adm ministração de co-medic camentos, p para evitar o abandono precoce da terapia. Parra que os an nalgésicos opióides sejam mais bem m utilizados na prática diária, d deve--se incremen ntar a educa ação dos pro ofissionais da saúde, refforçando con nhecimentos s básicos sob bre este grupo de analg gésicos, tais como sua farmacocinéttica, sua farmacodinâmica, as vias d de administrração, esque emas de tittulação e su uas reações adversas, bem b como as a formas d de preveni-las de mane eira eficaz. Outra O estrattégia para m melhorar a tolerância t ao os opióides é a utilização de analg gesia multim modal, combinando analg gésicos que sejam s seguros e sinérgiccos. De acordo o com a FE EDELAT, as Associações s Nacionais para o Estu udo e Trata amento da Dor D deveriam: a) difun ndir os guias e program mar eventoss acadêmico os em conju unto com os meios de comunicação o para a sua apresentação e discusssão; b) delin near e desen nvolver prog gramas de educação con ntinuada parra profissiona ais da saúde e, com ênfas se nos temas tratados e complementares aos jjá existentes s; c) gerar programas p d de educação o e de 2 www w.dol.innf.br inform mação para os pacientes e os rep presentantes s de medica amentos; d)) criar denttro da FEDE ELAT um co omitê de avaliação a e análise de e informaçõe es que esttude e prop ponha recom mendações sobre s a segu urança dos m medicamenttos; e) propo or aos gove ernos a criaç ção de comittês, com a presença das Associaçções Naciona ais de Dor, que estude em e propo onham recom mendações sobre s a seg gurança dos medicamen ntos, seguindo as regra as propostas s pelo Comitê da FEDEL LAT; f) impu ulsionar a crriação de prrogramas de farmacovig gilância, intro oduzir melhoras nos programas p existentes e e promover o desenvo olvimento d de programa as de farma acovigilância a hospitalar;; g) promov ver estudos de utilização de analgé ésicos como meio para estimular o uso racional dos medica amentos; h)) incentivar na n América Latina estud dos de epide emiologia e farmacogen nética para iidentificar ca aracterísticas particulare res da região que afetam a seguran nça na presc crição dos an nalgésicos. Desta forrma, a FED DELAT mostrou preocup pação tanto o com relaç ção à qualid dade e pote encial dos medicament m tos disponíveis no merc cado, quantto com relação à postu ura dos proffissionais de e saúde no momento de d prescrição o. Embora o os fabricanttes de fárma acos devam m se preocupar também m com os aspectos a prá áticos da u tilização de seus produ utos, os proffissionais devem estar ssempre atualizados e basear suas re ecomendaçõe es em traba alhos confiáv veis e recenttes. Por outrro lado, os pa acientes dev vem ser instrruídos a seg guir as receittas adequad damente e melhorar ssua interação com o profissional , no sentid do de esclarecer dúvida as e, certamente, atingirr um melhorr resultado no n tratamentto (veja em nossa Ediçã ão do Mês artigo a publicado por pessquisadores ingleses so obre a influê ência da ind dústria farma acêutica nos s resultados dos estudoss de eficácia a de seus prrodutos e co omo isto pod de ser preju udicial para os o pacientes). * Bió óloga, Mestra anda do Dep partamento d de Farmacolo ogia da FMRP-USP 3
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