Como Chegar ao Hospital ou Presídio e Fazer uma Visita

Transcrição

Como Chegar ao Hospital ou Presídio e Fazer uma Visita
Como Chegar ao Hospital ou
Presídio e Fazer uma Visita
Projeto Timóteo
Apostila do Aluno
Como Chegar ao Hospital ou
Presídio e Fazer uma Visita
www.projeto-timoteo.org
3ª edição
Projeto Timóteo
Coordenador do Projeto
Dr. John Barry Dyer
Equipe
Pedagógica
Marivete Zanoni Kunz
Tereza Jesus Medeiros
Claudeci Costa Nobre
Leonardo Araújo
Apostila preparada pelos
Profs. Bernardo Viana
Spindola e Claudeci Costa
Nobre
Dr. Luciano Pilla
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3ª edição
COMO CHEGAR AO HOSPITAL OU PRESÍDIO E FAZER UMA VISITA
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
O QUE É DOENÇA?
CAPELANIA HOSPITALAR
O VISITADOR
MÉTODO DE ABORDAGEM
A IMPORTÂNCIA DOS CULTOS
EVANGELIZAÇÃO E ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL EM
PRESÍDIOS
A MENSAGEM E O MÉTODO
AUXÍLIO NA EVANGELIZAÇÃO NOS ESTABELECIMENTOS PENAIS
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LIÇÃO
1
O QUE É DOENÇA?
BENDIZE, ó minha alma, ao SENHOR, e
tudo o que há em mim bendiga o seu
santo nome. Bendize, ó minha alma, ao
SENHOR, e não te esqueças de nenhum
de seus benefícios. Ele é o que perdoa
todas as tuas iniqüidades, que sara
todas as tuas enfermidades.
Salmos 103:1-3
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
O homem, imagem e semelhança de Deus foi criado para ser sadio, integro
(físico, psico, social e espiritual) isto é, viver em harmonia com Deus, consigo
mesmo e com seu próximo. Entretanto, fazendo uso de sua própria liberdade,
rebela-se coincidentemente contra a autoridade de Deus, peca e afasta-se de
Deus, aliena-se.
Afastado de Deus, sua vida torna-se vazia, incompleta, sem sentido, pois o
pecado traz conseqüências desastrosas. Além da alienação de Deus, a perda
abundante da sua inteireza surge enfermidades, sofrimento causado pela
incapacidade de direcionar-se e por não corresponder ao amor de Deus.
Mas, apesar da QUEDA, Deus não se afasta do homem, prometendo redimi-lo
(Gn 3:15) e até hoje continua envolvido e interessado na saúde e integridade
humanas. É a manifestação da sua graça (Rm 3:20-23; Ex 15:26) condição
básica para a cura, através do conhecimento de Jesus Cristo mediante a fé (Ef
2:8: 4:13).
DEFINIÇÕES DE DOENÇA
1. Doença é qualquer perturbação das funções normais do organismo. Do
ponto de vista biológico não é nada mais que a penetração de agentes
patogênicos no indivíduo, cuja ação rompe o seu equilíbrio.
Saúde = Equilíbrio do organismo
Doença = Desequilíbrio do organismo
2. Do ponto de vista teológico, doença, enfermidade, representaria a ação de
agentes desintegradores que, à luz da Bíblia, poderiam ser chamados de
demoníacos, satânico (Mt 9:1; Mc 2:1-12; Mt 12:22-24; Lc 5:17-26; Lc 13:16).
Na natureza, há dois princípios fundamentais:
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Força de coesão = vida; saúde
Força de desintegração = doença; morte
A atitude do______________ em relação a sua enfermidade varia de acordo
(indivíduo)
com sua _______________________ Alguns encaram-na com naturalidade,
(filosofia ou modo de vida).
outros como punição, ou castigo de Deus.
Emilio Mira y Lopes faz diferença entre Ser, Estar, Sentir-se, e Parecer doente.
Ha indivíduos que são doentes: ____________________ São os portadores de
(estado permanente.)
doenças
crônicas
ou
incuráveis.
Estar
doente
denota
uma
situação________________________________
(transitória, passageira.)
Sentir-se
doente
Neste
caso
a
sintomatologia
é
de_____________________________ (hipocondriaca).
(origem emocional, psicológica)
Há pessoas que assumem certas atitudes, certos estilos que dão o "parecer"
(impressão) de estarem doentes.
Doença representa ____________________________ Muitos não resistem e
(ameaça à integridade do homem.)
Chegam até ao
suicídio. Ela altera a maneira de ver do homem, paralisa ou inibe suas
atividades, _______________________________ e na maioria das vezes sem
(tornando a vida mais difícil)
significado e propósito, gerando nas pessoas___________________________
(sentimentos de ira),
desânimo, solidão, amargura, revolta, confusão, culpa, medo, ansiedade. Logo,
_________________________
(adoecer e sofrer)
Todo indivíduo que sofre em maior ou menor grau sente ansiedade ou
angústia. E o indivíduo ansioso regride; e se regride, é um ser em crise.
Contudo, "adoecer", de modo geral, é _________________________________
(fundamental para o crescimento)
.Em meio às crises (enfermidades) as pessoas tem oportunidade de mudar, de
desenvolver meios de vencê-las ou superá-las. Por outro lado, ficam mais
receptivas à ajuda de outras e abertas para auxilio ou terapia espiritual.
O Comportamento do Evangelista nos Hospitais
Ao ir a um hospital com o propósito de evangelizar, observe as seguintes
sugestões:
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1. Seja breve
É preferível que o enfermo peça para você voltar ou ficar mais um pouco, a
ficar cansado de sua presença e agradecer a Deus por sua partida.
2. Saiba ouvir
Muitas vezes o paciente quer falar alguma coisa. Ele pode querer compartilhar
alguma necessidade não apenas física, mas psicológica, moral ou espiritual.
Ouça-o.
3. Não dê palpites médicos
Mesmo que você seja médico ou enfermeiro, não estará ali naquele instante
como tal; quanto mais não sendo um profissional da área médica. Mesmo que
o paciente lhe peça uma opinião sobre como proceder à luz de seus estado
clínico, não se aventure a sugerir-lhe coisa alguma. Oriente-o sempre a
conversar com o médico dele sobre o assunto.
4. Não faça promessa de cura
Nem sempre Deus cura. Deus pode curar, mas há exemplos na Bíblia de
pessoas piedosas com enfermidades que não foram curadas. O Apóstolo Paulo
tinha um espinho na carne (II Cor 12:7-10); O pastor Timóteo tinha problemas
de estômago e freqüentes enfermidades (I Tm 5:23); O pastor da Igreja de
Filipos, Epafrodito, andava doente, quase à morte (Fl 2:25-27); e Paulo acabou
deixando o companheiro Trófimo doente em Mileto (II Tm 4:20).
Porque razão esses homens piedosos e dedicados não foram curados de suas
enfermidades? É difícil responder, porém, uma das possíveis respostas é esta:
A cura não é o fim último de Deus. Muitas vezes Deus pode ter um propósito
especial com a enfermidade, e sua cura atrapalharia tal propósito (II Cor 12:79; João 11:14,15; 9:1-3; Sal 119:67,71; Hb 5:8). Nem sempre Deus cura, a
despeito da fé daquele que ora ou do doente.
5. Deus não é sádico
Isto quer dizer que, a despeito de Deus poder usar uma enfermidade para nos
ensinar alguma lição, ele não tem prazer no sofrimento do homem. Ele veio
trazer vida, e vida abundante.
6. Deus usa os médicos e todos os demais recursos da medicina
A Bíblia ensina isso. Paulo tinha ao seu lado o médico Lucas, por causa de
suas enfermidades (Cl 4:14; II Tm 4:11; Fl 24) Jesus, ao contar a parábola do
bom samaritano, fala-nos de como Ele usou os recursos medicinais da época
(Luc 10:33,34). Dessa forma, o óleo que aos presbíteros é recomendado usar
em Tiago 5:14 diz respeito a um recurso medicinal, e não a um recurso
espiritual.
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7. Ore pelo enfermo
Peça a Deus que o cure, se for essa a vontade dEle. Mas, peça também a
Deus para consolá-lo, confortá-lo e salvá-lo pela fé em Cristo Jesus. Leia a
Bíblia com ele. Evite proceder como os amigos de Jó. Não procure relacionar a
enfermidade com algum pecado. Selecione alguns textos para serem usados
no hospital, mas não leia todos para um só enfermo. Há textos maravilhosos na
Bíblia: Salmos 20; 23; 27; 32; 42; 46; Isaias 53; Jeremias 33:3; Mateus 6:34;
11:28-30; João 14:1-6; Romanos 5:1-8; 8:18-28; 8:31-39; etc. Você pode
encontrar muitos outros textos.
8. Não queira fazer tudo numa visita apenas
Muitas vezes a primeira visita serve apenas para criar um elo entre o
evangelista e o enfermo. Não se precipite. Creia que o Espírito Santo de Deus
estará agindo enquanto você trabalhar com o enfermo como um evangelista.
Conclusão
A visita de evangelização nos hospitais deve visar realmente ajudar o enfermo,
tendo em vista seu estado físico, emocional e espiritual.
Normalmente os enfermos são receptivos à Palavra de Deus e à oração. Não
obstante, seja prudente, tenha tato. Não leve o enfermo ao enfado. Não se
esqueça que você deseja o bem do paciente, e não um simples desencargo de
consciência.
Respeite as normas dos hospitais. Prepare-se com antecedência. Escolha um
texto bíblico previamente. Se puder, leve para o enfermo alguma literatura da
igreja, com o carimbo contendo endereço, horário de culto e telefone. Não fique
ansioso por frutos imediatos e visíveis. Não se esqueça que um é o que planta,
outro o que sega, mas Deus é quem dá o crescimento (I Cor 3:6-8).
PARA REFLETIR
Dez mandamentos de ternura e compreensão:
1. Dê-lhe atenção.
2. Faça-o sentir-se à vontade e confortável.
3. Alegre-se com ele nos seus pequenos sucessos.
4. Escute-o com atenção e envolva-o nas conversas familiares.
5. Partilhe o seu tempo com ele.
6. Elogie-o.
7. Compreenda-o, pondo-se no seu lugar.
8. Seja seu companheiro.
9. Estimule-o nos seus projetos.
10. Incuta-lhe esperança.
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LIÇÃO
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CAPELANIA HOSPITALAR
Estava enfermo e me visitaste...
Mateus 25:36
É a organização responsável em transmitir cuidados aos enfermos ou pessoas
em crises, e descobrir os meios de auxiliá-las a enfrentar de maneira realística
os seus problemas e ministrar-lhes o Evangelho.
O pastor (visitador), junto ao enfermo, deve demonstrar-lhes que no homem há
um grande________________________________________ Isto e, explorar as
(potencial psicofísico de adaptação.)
e possibilidades de recuperação (casos irrecuperáveis). E levar o enfermo a
aceitar _____________________________ porque há enfermidades crônicas,
(sua enfermidade)
incuráveis
Um grande desafio que pode ser vencido com os recursos da graça de Deus.
A. Requisitos indispensáveis
Habilidade para ministrar o evangelho a enfermos: naturalmente que isto só
pode acontecer com o _____________________________________________
(preparo
espiritual
através
da
oração,)
conhecimento
e
familiarização
com
a
Palavra
de
Deus
____________________
(maturidade espiritual).
A Bíblia, tanto no Antigo como no Novo Testamento fala sobre doenças ou
pessoas que eram acometidas de enfermidades, mostrando-nos que a doença
_____________________ e,está ligada a nossa condição humana. Mas apesar
(faz parte da vida)
disso ela é indesejável. Jesus dedicou grande parte de seu tempo curando
enfermos.
Não existe, necessariamente, _______________________________________
(uma relação direta entre doença, pecado e
fé.)
Embora, em síntese, toda doença tenha origem no pecado (queda) os casos
individuais nem sempre são ________________________de pessoas doentes
(conseqüência de pecados) (Jo 9:1-11; Lc
13:1-5). Há ocasião, entretanto, em que isto pode acontecer (Mt 9:1-8; 1 Co
11:28-30). Atualmente, a maioria dos casos de AIDS, por exemplo.
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Portanto, é fundamental conhecer o que a Bíblia evidencia: doença não é
_______________________________________ou manifestação de falta de fé
(necessariamente um sinal de pecado).
1.COLLINS, Gary R., Aconselhamento Cristão - Ed. Vida Nova - São Paulo, SP
? 1984.
É uma crueldade ensinar ou pregar ________________ _________________
(cura,)
(saúde instantânea,)
exigindo do paciente uma fé robusta ou como alguns preferem uma "super fé".
Por outro lado, Deus não prometeu ___________________________________
______
(curar todas as enfermidades do
corpo) (físico).
Alguns crêem "cegamente" que o fato de se terem convertido ou recebido
Jesus como salvador, lhes confere ___________________________________
(imunidade
em
relação
às
enfermidades,)
apegando-se em textos (ou só este) como Isaias 53. Como seres humanos
somos sujeitos ao sofrimento, ____________, _____________, ___________,
(decepções)
(frustrações)
(doença)
____________. Mas a despeito disso, poderemos ter vitorias (Jo 6:33; Rm
(morte)
8:13-39).
B. Condições básicas
1. Empatia - __________________________________ que torna possível nos
(É um dom fundamental)
vincularmos ou ligarmo-nos com os demais, emocionalmente.
É a capacidade de sentir ou perceber o que a outro sente, por meio de seus
gestos e das variações de seu tom de voz (nós nos damos conta do estado de
animo de outra pessoa só escutando a sua voz, vendo a expressão de seu
rosto). Empatia é a _____________________________________ É a base da
(comunicação entre dois seres humanos.)
comunicação não verbal.
2. Identificação - _________________________________________________
(expressa a idéia de duas coisas iguais, semelhante –)
o outro é ser humano igual a mim. Empaticamente percebemos os sentimentos
de outras pessoas; esses sentimentos nos lembram sentimentos próprios
experimentados em alguma ocasião. Quando nós identificamos com outra
pessoa, no consciente nós projetamos em seus sentimentos (percebidos
empaticamente) e por um momento sentimos como se fôssemos aquela
pessoa sofrendo ou passando a experiência.
Identificação ____________________________________________________
(é o sentir o mesmo, ligando a importância especial que damos a
essa pessoa.)
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A identificação faz que as atitudes da outra pessoa penetrem em nós e se
façam parte nossa (Rm 12:15).
3. Amor (I Co 13) - A necessidade de amor e relacionamento realiza-se no
contexto das relações humanas significativas. A falta ou necessidade de amor
pode levar à depressão e até ao desejo de morte. Qualquer doença pode
reforçar no enfermo a idéia de que nunca foi realmente amado.
_____________________________________ O visitador deve estabelecer um
(Amar é sinal de maturidade.)
clima de mútua confiança, permitindo ou encorajando o paciente a expressarse livremente. Influenciá-lo sob forma de amor e não de julgamento.
Amor que se ________________________ Isto e aceitar o paciente e amá-lo a
(manifesta em aceitação.)
despeito de seus problemas.
Amor que se manifesta em compreensão, a despeito das diferenças individuais
(respeito e dignidade para com o outro) (Jo 4:6-18). Algumas vezes o paciente
é agressivo, revoltado contra a doença, contra os médicos; contra o visitador e,
sobretudo, contra Deus.
A doença pode ________________________________________ Meda da dor,
(intensificar o medo, emoção dolorosa.)
do diagnóstico, de não se recuperar, medo de perder o controle. Ou ainda:
medo de expor ou perder parte do corpo. Medo de perder a aprovação, o amor.
Medo do futuro, medo da morte.
O conhecimento da presença de Deus é a _____________ para experimentar
(chave)
seu amor. Mas que Deus? Quem está sofrendo precisa conhecer ___________
(um Deus)
que deseja o melhor para ele (Is 43:1-3). Um Deus amoroso, que promete
andar com a pessoa através da dificuldade.
Aquele que _______________________ sente-se valorizado, libertando-se
(experimenta o amor de Deus)
para amar a Deus, a si mesmo e aos outros. Quando eu transmito este amor,
vou servir de canal do amor de Deus ao paciente e de sua presença fie1 na
crise.
Lucas 10: 25-37 ilustra bem a qualidade desse amor. Não apenas sentimentos,
mas amor que se revela em ação. "Cuida dele" - ou "cuida deste homem!?
____________________(não importa quem seja o outro), este é o ministério de
(Compaixão)
visitação hospitalar.
Base: amor - uso de misericórdia por aqueles que sofrem. É esse tipo de amor
que Deus oferece ao homem. Não exige nada do outro, além do que lhe aceite.
Quando alguém reconhece esta oferta de amor que vem de Deus, seu
relacionamento com Ele será mais significativo, podendo sustentar ou reabilitar
um relacionamento enfraquecido por uma doença.
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Alegria, segurança, esperança, coragem, ambientação, indicam que a
necessidade de amor está suprida. Estes são benefícios que o amor oferece às
pessoas em crise. Elas esperam encontrar tudo isto em você, querido(a)
irmão(a) que se dispõe a desenvolver este ministério. Para elas você é o(a)
representante de Deus.
Que Deus você representa?
Muitos pensam em Deus apenas como juiz, vingador. O seu relacionamento
com o paciente será um desastre, pois em vez de levar-lhe alívio, vem
aumentar a sua culpa e o seu temor.
O Deus que representamos é um Deus justo, santo, que não apenas condena
o mal, o erro, mas que aceita o pecador, um Deus que ama, que corrige, que
perdoa.
C. Recursos pessoais - Avaliação
Exercício Individual (extraído do livro, "Cuidado Espiritual do Paciente").
O objetivo desta avaliação pessoal é fazer com que você explore seus próprios
recursos espirituais e elabore um plano para poder utilizá-lo com eficiência. Os
nossos recursos espirituais são os mesmos que oferecemos aos pacientes.
As experiências com os nossos próprios sofrimentos, além de produzirem
crescimento e conhecimento de nós mesmo, desenvolvem a compreensão
para com o sofrimento dos pacientes.
1. Uso de si mesmo
a) Qual foi a experiência mais dolorosa em sua vida?
b) De que forma essa experiência foi negativa?
c) De que maneira foi construtiva?
d) Dessa experiência, o que você aprendeu sobre si mesmo?
e) O que você aprendeu sobre outras pessoas?
f) O que você aprendeu sobre Deus?
2. O uso da oração - A oração tem sido um recurso a você em sua vida diária;
De que forma?
3. O uso da Bíblia - O que você tem aprendido sobre Deus, através da Bíblia?
Como isto tem sido um recurso para você?
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4. O ministro religioso. De que forma seu ministro religioso tem sido um recurso
pessoal para você? Como você poderia utilizar melhor os recursos do ministro
religioso?
5. Comunhão com o corpo de Cristo. A convivência com outros cristãos tem
sido um apoio para você? De que forma? Como você poderia usar melhor
esses recursos? Para algumas sugestões, ver: Rm 12:1; I Co 12-13; Gl 6:1-6;
Ef 4:29; Cl 3:12-17.
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LIÇÃO
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O VISITADOR
I. O VISITADOR E O PESSOAL DO HOSPITAL
A eficiência de um hospital depende sempre da perfeita integração de todo o
seu pessoal, consciente que o mesmo existe unicamente em função do doente,
que em quaisquer circunstâncias, deve ser considerado a pessoa mais
importante. O visitador ou capelão será parte desse pessoal, pois passará a
lidar com o doente e muitas vezes até se envolvendo com muitos dos seus
problemas.
Às vezes este relacionamento não é muito fácil. Algumas falhas são
encontradas. Surgem alguns problemas. Mas com amor e vontade de ajudar
seremos úteis àqueles que sofrem e realizaremos um bom trabalho.
Hierarquia, regulamentos, normas de trabalho, horários, etc. Devem ser
respeitados rigorosamente. Portanto, qualquer observação, críticas a serem
feitas, pedidos de informações, deveram ser dirigidos a quem de direito.
II. O VISITADOR E O MÉDICO
1. ___________________é para o doente a pessoa mais importante. A sua
(O médico)
visita é grandemente esperada. É no médico que o paciente deposita toda a
sua esperança para a recuperação completa de sua saúde.
2. ________________deve retirar-se discretamente quando o medico chegar
(O visitador)
ao quarto do doente. Muitas vezes o doente tem alguma coisa a contar
particularmente ao seu medico. O visitador não deve quebrar a intimidade que
deve existir entre o e o seu medico.
3. O visitador deve evitar a terminologia médica como também sobre a doença.
4. Não comentar se o tratamento está sendo ou não o indicado.
III. O VISITADOR E A ENFERMEIRA
1. O visitador deve trabalhar em harmonia com a_______________ que está
(enfermeira)
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sempre em contato com o doente, e este depende muito dela.
2. A enfermeira tem condições de sentir e transmitir ao visitador as várias
_______________________ Por esta razão é muito importante que a visitador
(reações do doente).
Procure a enfermeira para cientificar-se da condição física e psicológica do
paciente.
3. O visitador deve guardar _______________ daquilo que a enfermeira lhe
(confidência)
relatou sobre o doente.
4. O visitador deverá lembrar-se de que o tempo da enfermeira é
___________, devendo por isso evitar perguntas fora da área de visitação.
(precioso)
IV. O ENCONTRO DO VISITADOR COM O PACIENTE
Lembre-se que a pessoa mais importante do hospital é o doente. Ele precisa
sentir-se querido, amado, lembrado e considerado.
1. _____________ no quarto o visitador deverá cumprimentar o paciente
(Ao entrar),
contudo sem, lhe apertar a mão, a não ser que o paciente estenda a sua.
2. O visitador deve colocar-se ________________ de modo que o paciente
(numa posição)
possa vê-lo sem muito esforço.
3. __________________________________ evitando assim contaminar o
(Nunca sentar-se na cama do paciente),
doente ou ser contaminado por ele.
4. _______________________ na hora das refeições e repouso.
(Evitar visitas)
5. __________________________________ Muitas vezes as melhores visitas
(As visitas não devem ser muito longas.)
são as mais curtas. Entretanto, o visitador não deve demonstrar que está
apressado.
6. ______________________________________ Outras informações poderão
(Não fazer muitas perguntas na primeira visita.)
ser colhidas na próxima visita. O paciente se cansa com muita facilidade.
7. _____________________________________________________________
(Evitar interjeições, discussões, polêmicas, notícias tristes e alarmantes.)
O visitador deve evitar semblante de compaixão (pena).
8. _______________________________________________ a perfumes, luz
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(Lembrar sempre que o doente é muito sensível),
cores vivas, sons.
9._______________________________________________ como também
(Nunca se mostrar insultado ou irritado com o doente,)
não falar de si mesmo, nem de seus problemas.
10._____________________________________________________________
(Nunca demonstrar que está cansado, preocupado ou sentindo algum mal
estar,)
pois o doente poderá ficar preocupado com aquilo que poderá acontecer.
11. ____________________________________ pois poderá
(Não levar jornal para o quarto do doente,)
de contaminação.
ser um veiculo
12. ___________________________________ sem falar antes com o médico
(Não dar água nem alimentos ao doente)
ou com a enfermeira.
13. Não entrar no quarto do doente quando a________________________
(porta estiver fechada.)
14. __________________ das confidências feitas pelo paciente.
(Guardar segredo)
15. Não tagarelar com o doente. A visita deve ter um propósito:
____________________________________________ Muitas vezes a
(consolo, conforto para quem sofre).
tentação de "pregar"e apresentar o seu discurso, faz com que muitos
esqueçam que estão em um hospital, desvirtuando assim todo o propósito da
visita.
V. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA VISITAÇÃO
A. Não catequize? Converse assunto de interesse do paciente.
B. Peça orientação à enfermeira de como poderá ajudar o paciente; seguir o
"principio de urgência".
C. Informe-se a respeito do estado do paciente.
D. Não demore muito na visita.
E. Não mostre alarde na voz ou na face.
F. Não tenha pena do paciente.
G. Lembre-se de que o paciente tem profunda sensibilidade ao SOM, e aos
ODORES.
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H. Coloque-se numa posição em que o paciente possa vê-lo(a) livremente.
I. Mostre seu interesse pelo paciente.
J. Preste atenção à conversa do paciente para verificar suas preocupações.
L. Não discuta assunto que necessite de grande concentração e ocupações.
M. Encoraje o paciente que achar que não ficará bom. Faça-o, porem, com
prudência.
N. Nunca funcione como auxiliar de enfermeira. Nunca dê água, alimento ou
qualquer outra coisa ao paciente.
O. Nunca discuta a medicação com o paciente.
P. Mantenha os segredos profissionais (num leito de hospital, o paciente fala
muita coisa de si mesmo e de sua vida).
Q. Nunca comente nos corredores do hospital ou fora dele o tipo de conversa
ou o encaminhamento de sua entrevista com o paciente.
R. A ética deve ser rigorosamente observada.
PARA DEBATER:
Sinto-me inclinado, ao ouvir rapidamente a exposição da situação do
doente, a emitir conselhos a partir de minha experiência de vida.
Observei que alguns pacientes se aborreceram e bloquearam os canais
de comunicação.
Que devo fazer com minhas convicções religiosas, morais e culturais
quando em contato para disponibilizar ajuda ao doente?
O que o doente espera, de fato, das pessoas que lhe oferecem ajuda ou se
disponibilizam a ajudar?
Quais são os objetivos fundamentais da relação de ajuda ao doente,
baseados em respaldo ético-cristão?
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VI. ATITUDES DO PACIENTE
A. O recém-internado
1. Temor do diagnóstico (seja grave, permanência no hospital)
2. Preocupação em deixar o trabalho.
3. Ao obter o diagnóstico, uma luta entre conformar-se e buscar saúde; temor
que o tempo seja 1ongo.
4. Vontade de chorar.
5. Desejo de contar a todos que se internou, porém, não se quer contar o
porquê, muito menos em público.
6. Tristeza ao chegar, por temer sair em um caixão.
7. Ansiedade de ver os parentes e avisar-lhes de sua situação.
B. Depois da internação
1. Emoção ao tomar posse da cama e o uniforme de enfermo; vários
complexos.
2. Adaptação a um horário de medicamentos, moléstias, dor (rotina hospitalar).
3. As perguntas cansam (o porquê da internação).
4. Ansiedade de deixar o mais rápido possível o hospital (considera uma
prisão).
5. Há preocupação pela morte. PENSA-SE EM DEUS.
6. Resignação por causa do desejo de restaurar a saúde, quando
medicamentos e comidas são desagradáveis ao paladar.
7. Considera-se a enfermidade, como sinônimo de castigo, alguns se resignam,
aceitando que se faça a vontade de Deus.
8. Ha muita sensibilidade:
a) Faz-se avaliação de caráter de todas as pessoas com quem se mantém
contato.
b) Fazem-se críticas.
c) Preocupam-se com os parentes quando sai um morto.
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d) Preocupa-se com os que choram ou gemem.
e) Há um desejo de realizar qualquer coisa - passear, ler, cantar, escrever,
ajudar o (a) companheiro(a) de cama (se pode, claro!). O sofrimento os une,
mesmo sem serem amigos.
C. Parentes e amigos
1. A solidão leva a ansiedade de ver as pessoas mais queridas.
2. Pensa-se que se não vem e porque são falsos amigos ou não o consideram.
3. Alguns parentes e amigos se emocionam ao ver pela primeira vez o
internado (choram ou empalidecem, assustam-se); outros se resignam e
consolam o paciente, dizendo que estão para aceitar a vontade de Deus.
Outros se mostram alegres.
4. Os amigos e parentes contam as experiências de seu mundo. Uns trazem
alegrias, outros tristezas, mais sofrimento.
5. O paciente se preocupa com os parentes que são chamados e não
aparecem.
6. As visitas dos pacientes do lado (se são abertas) estimulam com seus
cumprimentos e depois sua amizade.
7. Há alegria pelos novos amigos.
8. Compartilham com todos a alegria de sair.
9. Promessa de visitar o (a) companheiro (a) que fica por mais tempo.
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LIÇÃO
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MÉTODO DE ABORDAGEM
As Misericórdias do Senhor são a
causa de não sermos
consumidos; porque as Suas
misericórdias não têm fim.
Lamentações 3:22
A. Crianças
Para a criança é penoso o adoecer porque ela não compreende as implicações
da enfermidade. Que fazer? Tratar com naturalidade.
Neste caso, os __________________________________ são os que mais
(pais ou familiares mais próximos)
precisam de assistência espiritual em virtude do cansaço, do abatimento físico,
emocional. Uma a palavra de animo, conforto e consolação, mas sobretudo
uma mensagem de fé e esperança no Senhor, será oportuna. Lembrar-lhes
que Jesus ama as crianças e que devem deixá-las aos cuidados do Senhor, Mt
19:13-15; Lc 18:15:17.
B. Adolescentes e Jovens
O jovem é o ser humano que mais ama a vida. A enfermidade para ele é
_______________________________________________________________
(essencialmente traumática porque e contra o que ele espera da vida).
Na maioria das vezes, vamos encontrá-lo revoltado, dificultando o diálogo. Fazse necessária uma atitude de muita compreensão e também muita habilidade.
O mais recomendável é ajudá-lo a expressar os sentimentos negativos (todas)
sem julgamento e encarar a realidade de sua doença de maneira positiva (Lm
3:27).
C. Adultos
_____________________________________________________ depressão
(O medo de invalidez é bastante acentuado e isto causa desânimo,)
. Isto está relacionado com as perdas. Perda de oportunidade, de um emprego,
posição, liberdade e inclusive bens. Medo de depender.
Confiança em Deus é o remédio. Fazê-lo entender que Deus está vivo e que
tem o controle de tudo, pode dar esperança e coragem para enfrentar todos os
acontecimentos da vida. Ele supre todas as nossas necessidades, Sl 24; Fp
4:19.
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D. Velhice
A doença na velhice é problemática; significa além da mudança de status,
função, etc. _________________________________________ intensificada
(Enfermidade na velhice é igual a solidão,)
pelas fraquezas da idade e a debilidade da própria doença.
Ensinar que o amor e cuidado de Deus por seu povo não diminuem com o
tempo ou passar dos anos, (Is 46,4).
E. Casos especiais
1. Perda - por acidentes, cirurgias, etc.
O paciente ___________________________________ da realidade ou como
(normalmente passa por estado de choque),
por emoções choro, depressão, solidão. Ajude-o a reformular sua autoimagem, reconhecendo o seu valor diante de Deus (ser integro).
expressado por negação
Para o paciente nessas circunstâncias pode ser muito difícil
perceber________________________
(o amor de Deus)
e entender a Sua vontade. Citar textos bíblicos já decorados como: "... todas as
coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus", etc., em geral não
ajuda, pelo contrário, só faz aumentar sua revolta, e baixar a sua auto-estima.
Atitude de compreensão é a base para esses casos.
2. Pacientes cardíacos
Características Gerais:
a. Dor (geralmente controlada com medicamentos)
b. Ansiedade em face à morte (preocupação com a família, etc.).
c. Medo (esconde a possibilidade de recuperação).
d. Depressão
e. Autocomiseração: "Eu não tenho valor"; "sou um inválido". Enquanto esta
pode ser a _________________________________ na maioria das vezes não
(impressão inicial do paciente,)
corresponde à realidade; o paciente cardiopata hoje em dia é estimulado a
praticar exercícios e abandonar a vida sedentária.
- Papel do visitador (capelão): _______________________________________
(recuperar a imagem de Cristo no paciente)
(muitas vezes inacessível, trancado). É necessário visitá-lo diariamente.
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3. Paciente de Câncer
É um paciente por demais dependente. ____________________________
(Depende de tudo e de todos.)
Voltado para si mesmo, e sempre movido de auto-compaixão. É individualista.
Consciente ou inconscientemente alimenta o sentimento de culpa: ("estou
sendo castigado"; "o que eu fiz?"; "por que isto aconteceu comigo?", etc.).
É facilmente _____________________________ pensa muito na morte
(tomado pela depressão,)
Teme cirurgia que possa mutilar um de seus membros ou partes do seu corpo.
Normalmente tem dificuldade de relacionar-se com o pessoal responsável
pelos cuidados médicos. Acha que está _______________ e em conseqüência
(abandonado)
disto se revolta contra tudo e todos.
Suas emoções mais comuns:
1. Medo (vários aspectos);
2. Culpa;
3. Sentimento de rejeição - inferioridade;
4. Negação da realidade.
Como ajudá-lo:
1. Considerando-o como um caso especial. Necessita de afeto;
2. Ajudá-lo a restaurar suas relações humanas;
3. Encorajá-lo a expressar os seus sentimentos, especialmente
os de ira, revolta;
4. Ajudá-lo a se reconciliar com o mundo em que vive;
5. Incentivá-lo a confiar na medicina;
6. Ajudá-lo a tornar-se independente;
7. Visitá-lo com freqüência, demonstrando real interesse por ele;
8. Fazê-lo reconhecer suas reais necessidades de reconciliação com Deus
através de Cristo.
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4. Paciente em U. T. I.
Normalmente paciente grave, frágil, inseguro, angustiado.
__________________________ em virtude do isolamento de tudo e
(Sente muita solidão)
de todos. Horário de visita é restrito. Na maioria das vezes o contato é apenas
auditivo. Ouve-se de outros pacientes: queixas, gemidos, etc.
Espaço reduzido - tira a visão normal do paciente; relação com o mundo
exterior é completamente cortada. A ausência da ________________________
(família é muito sentida.)
Também a ausência de um médico com vinculo responsável. O maior
incômodo é ter necessidades fisio1ógicas em "comadres". Perda da posse do
corpo e da identidade (regressão adaptativa). Raros são os médicos que
pedem auto-realização do paciente (sondas, banhos, etc.), especialmente
mulheres e idosos.
Há dificuldade em dormir; luz acesa todo o tempo. Perda da noção do tempo.
Contato íntimo com a morte ("Se eu ficar bonzinho...", "Por quê?", "O que eu fiz
a Deus?").
Enfim ha uma grande invasão ao paciente (manipulação).
Justificativa: não há tempo de explicar.
Como Agir: tratar o paciente com muita compreensão. Procura ameniza ou
aliviar suas tensões com oração, palavras de esperança, sempre. Visitá-lo
diariamente, se possível.
5. Paciente em véspera de cirurgia ou aguardando diagnóstico.
Nesta situação o paciente apresenta certo grau de medo e ansiedade que
muitas vezes se manifesta de forma não verbal.
Exemplos: nervosidade, falar demais. Choro, afirmações ousadas como: "vou
operar e não estou com medo"; "confio em Deus".
Sentimento de culpa também é constante. Nessas circunstancias, admitir de
maneira razoável sem piorar a situação.
Para o medo oferecer fé; para o sentimento de culpa: mensagem de
esperança, do arrependimento, do perdão. Perdão completo.
Horizontal – Próximo
Vertical - Deus
Profundidade - Eu
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6. Paciente de AIDS (Aidético)
Desenvolver um trabalho de assistência ao aidético não é fácil. Quase sempre
há uma angustia intensa pelas dificuldades encontradas:
Isolamento
Processo degenerativo
Morte inevitável
Estigma
Sentimento de culpa
"Contudo, ocorreu uma mudança no perfil destes pacientes. Hoje em dia, com
o emprego contínuo (diário) do chamado “coquetel”, que consta de um conjunto
de drogas que praticamente inativam o vírus HIV, o paciente portador do vírus
tem uma perspectiva de vida quase normal, exceto pelo fato de ter que ingerir
diariamente os medicamentos. Não se encontrou a cura, mas o tratamento a
longo prazo é eficaz para a maioria dos pacientes (lembrar do conhecido
jogador de basquete "Magic Johnson", vivo até hoje). Por outro lado, existem
aqueles pacientes que optam por não ingerir o coquetel por um motivo ou outro
(ele é gratuito no Brasil para qualquer paciente). Estes irão apresentar queda
acentuada na imunidade com o passar do tempo com risco de morte e
sofrimento consideráveis. O processo degenerativo é notável, com caquexia
acentuada e desfigurante. Ainda assim, o tempo médio entre a contaminação
pelo HIV e o desenvolvimento da doença AIDS (que corresponde a uma queda
profunda da imunidade) pode levar em média 8-10 anos" (Dr. Luciano Pilla).
Como agir: utilizar os recursos da graça de Deus: Amor e perdão, mediante
arrependimento e fé em Jesus Cristo, nosso Senhor.
Ver Cl 3.5; Lc 9.23-27; Jo 3.16.
ATIVIDADE PARA SER REALIZADA:
Escolha uma das doenças e monte um método de abordagem, de acordo com
o que foi discutido até então. Não se esqueça de observar detalhadamente as
referências bíblicas.
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LIÇÃO
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A IMPORTÂNCIA DOS CULTOS
CULTOS:
1) Devem ser bastante simples de modo que seja agradável participar deles.
2) A mensagem deve se breve e objetiva, com duração de dez (10) a quinze
(15) minutos, no máximo.
3) O pregador deve ter uma visão ampla do reino de Deus. O ministério no
hospital não é oportunidade para angariar mais adeptos para a sua igreja ou
denominação, mas "abrir o coração para as verdades sublimes do evangelho".
4) O culto em hospital tem suas características peculiares. Alguns incorrem no
erro gravíssimo de apresentarem a "liturgia comum" de suas comunidades
eclesiásticas. Outros pregam como se estivessem numa grande praça publica
ou num "palanque armado". São tão impessoais! A voz ensaiada, artificial, que
chegam a gritar.
Esquecem-se de que o enfermo e muito sensível, especialmente a "sons".
O "sermão" deve ter um bom propósito (é essencial). Não é necessário dizer
alguma coisa, mas ter uma mensagem a entregar. Mensagem que sai da
Palavra de Deus, deve sempre terminar com ponto positivo.
Exemplo: Pecado (culpa) apresentar a Cristo como salvador. Cristo está
interessado. Ele quer salvar o pecador. Falar (relatar) da vida de alegria
quando se aceita a Cristo.
____________________, na maioria das vezes, é dura experiência. Além do
(A enfermidade)
sofrimento físico, o enfermo enfrenta o sofrimento moral. Os sentimentos de
culpa, fracasso, decepção, medo constante da morte parecem tomar conta de
todo o seu ser. Por essa razão, temas que se refiram a julgamento, morte,
condenação eterna devem ser evitados.
Entretanto, as mensagens que ________________________ de sua presença
(falam do amor de Deus,)
constante (fidelidade), que incentivam uma fé cristã genuína e que
estabeleçam um relacionamento adequado entre o paciente e Deus, e o que se
recomenda.
Enfim, mensagens de esperança que levam ao arrependimento, confissão e
perdão, lembrando-se sempre que o__________________________________
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(culto deve constituir uma oportunidade)
de salvação para aqueles que assim desejarem, e ocasião própria para
consolar e confortar os que sofrem.
As músicas devem obedecer a critérios semelhantes aos dos cultos. É
preferível que se __________________________________(simples, objetivos)
(cantem hinos de fácil aprendizado)
que tenham uma mensagem, sem complicação; produzam efeito realmente
terapêutico. Portanto, o equilíbrio é imprescindível.
Se possível, prepare cópias e distribua entre os pacientes, mesmo nas
enfermarias (ortopedia), facilita o seu trabalho (maior participação) e produz
efeitos terapêuticos surpreendentes.
Experimente ensiná-los a cantar, louvando a Deus e veja o que acontece!
Obs.: As mensagens apresentadas nas enfermarias não devem ultrapassar
sete (7) minutos.
Paciente à morte (pacientes terminais)
Assim como o nascimento, a morte é experiência universal. São eventos
naturais, fazem parte da vida.
Nascimento Alegria X Morte Tristeza
E dito que a meta da vida é a morte. A bíblia fala que "aos homens está
ordenado morrerem uma só vez". "O salário do pecado é a morte". Mas a Bíblia
também fala que a morte não é o fim de vida, mas o início de uma vida plena
para aqueles que crêem em Jesus Cristo como o Filho de Deus, enviado para
salvar o homem. Na etapa morte o homem começa a viver esta mesma vida
(pois não perde sua identidade), numa dimensão de eternidade e glorificação.
Portanto, morte não é uma catástrofe biológica. A fé na graça e no poder de
Deus anima o cristão a suplantar as barreiras. Há certeza de ressurreição.
Mas, apesar disso, o temor à morte é uma constante, a idéia de morrer
espanta. Jesus ensinou várias vezes aos seus discípulos a respeito de sua
morte. Anuncia-lhes que há de morrer. Pedro, momentos antes havia feito a
maravilhosa confissão, "Tu és o Cristo...", Jesus Cristo o Messias, e espanta-se
diante da idéia que seu Mestre tenha que morrer. Como nós, Pedro sentia
medo diante da morte.
Qual deve ser a nossa atitude?
Encará-la como realidade desta vida, compreendê-la, aceitá-la. Negando-a
estaremos a nossa própria finitude, a nossa própria humanidade.
No passado, a morte era um acontecimento público de que participavam
familiares e amigos. O homem conhecia os sinais que antecediam a morte; isto
se fazia necessário para que pudesse tomar todas as providências em relação
a sua vida e a de seus familiares.
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Hoje, com o aperfeiçoamento da medicina e avanço da tecnologia, a morte
tornou-se um tabu. Passa ser um ato solitário, sem a participação da família,
dos amigos. É proibido falar de morte onde só a vida é elogiada. A morte não
acontece nas casas (lares) foi transferida para hospitais. Porém, estes não
estão preparados para lidar com ela. O desenvolvimento e aperfeiçoamento
contribuem para que a visão da integridade humana (homem como um todo) se
perca, tratando-se de doenças e não de doente. A tônica é lidar com a vida,
com doenças, com a cura. E é praticamente impossível prever a morte ou
quanto alguém com uma doença dita incurável vai viver, gerando "onipotência"
de se pensar que a morte foi banida. Contudo, quando ela ocorre, ha uma
sensação de fracasso como se deixasse de fazer algo adequadamente. Morrer
tornou-se complicado, solitário, desconfortável, mecânico, e desumano
(barulho, sondas, luz, vozes).
___________________________________ geralmente é tratado geralmente
(O paciente à morte ou gravemente enfermo)
como alguém sem direito de escolha, de opinião.
Sempre são os outros que decidem por ele (hospitalização, etc). Esquecem-se
de que o paciente continua tendo sentimentos, opiniões, desejos e, sobretudo,
o direito de ser ouvido.
Diante dessa realidade, qual o papel da religião, ou que ajuda podemos prestar
àqueles que estão passando por essa etapa da vida?
1). ___________________________ entendendo a razão de ser do sofrimento
(Refletir sobre nossa própria morte)
(seu significado).
2) ________________________ diante das experiências dolorosas desta vida,
(Transmitir esperança)
tornando-a mais humana.
REAÇÕES DOS PACIENTES
Psiquiatra Elisabeth Kübler Ross, no seu 1ivro, "Sobre a Morte e o Morrer"
esquematizou as etapas pelas quais as pessoas passam antes de morrer.
Compreendendo-as, teremos melhor condição de ajudar o paciente.
A. Negação - é a primeira reação do paciente ao receber o diagnóstico ou de
que é possuidor de uma doença incurável.
A negação funciona como um pára-choque diante de notícias inesperadas e
chocantes. É uma forma saudável de lidar com a situação difícil, dolorosa
(amortecedor de angústia). Normalmente a negação é uma defesa temporária.
É usada por quase todos os pacientes ou nos primeiros estágios da doença ou
logo apos a constatação; alguns adotam a negação durante a maior parte de
sua vida. Esse mecanismo de defesa é também usado pela família (mais difícil)
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3ª edição
e pelo próprio médico. O médico nega para negar sua própria angústia que traz
à tona a angústia da própria morte. Sua "onipotência" é ameaçada.
B. Frustração
Neste período, os pacientes costumam ___________________ ou achar que
(trocar de médicos)
houve engano nos seus exames. Expressões como: "Não, não pode ser
comigo!", "Nao, eu nao", etc. são muito comuns. Ele pode falar sobre coisas
importantes para sua vida; pode até falar acerca da morte ou da vida após a
morte de maneira surpreendente, fantástica. Neste ponto precisamos de
__________________ para entender as dicas que o paciente está dando. É o
(muita habilidade)
momento que ele prefere voltar-se para as coisas mais alegres e felizes.
Permitir que ele sonhe, mesmo que a nosso ver algumas situações sejam
pouco prováveis ou de remota realização.
_________________________ deixar que o paciente faça uso de suas defesas
(Ser um ouvinte sensível,)
sem se conscientizar de suas contradições. Embora a negação seja uma
defesa temporária, durante certos momentos o paciente volta a utilizá-la porque
e possível encarar a morte de frente durante todo o tempo.
C. Raiva – O segundo estagio e o da raiva. Quando não é mais possível
manter a negação, ela é substituída por _______________________________
sentimentos de raiva (agressividade),
de revolta, de inveja, e de ressentimento. "Por que eu?"
Talvez esta seja o estágio mais difícil para lidar; tanto do ponto de vista da
família como do pessoal do hospital. Essa raiva se propaga em todas as
direções. Os doentes _______________________________ “Os médicos não;
(reclamam de tudo e de todos:)
prestam” "são incompetentes". Na maioria das vezes as enfermeiras são o alvo
constante dessa raiva.
As visitas dos familiares são recebidas sem entusiasmo. A relação deles e de
choro, pesar, culpa e humilhação; alguns evitam visitas, aumentando a mágoa
e a raiva do paciente. Essas reações estão a declarar: "Não esqueçam que eu
estou vivo!”; "Vocês podem ouvir a minha voz, ainda não morri".
___________________________ atenção e carinho devem ser dispensadas,
(Atitudes e compreensão,)
ajudando melhor o paciente a lidar com a raiva. Infelizmente, nem sempre isto
acontece; enfermeiros e familiares retribuem com uma raiva ainda maior,
alimentando o comportamento hostil do paciente, a sua revolta contra Deus e
as pessoas.
D. Barganha - ________________________________ possivelmente o menos
(Este é o terceiro estágio,)
conhecido, mas útil ao paciente; "primeiro exigem, depois pedem por favor". A
barganha é a tentativa de adiamento. São mantidas geralmente em segredo e
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são feitas a Deus (maior consagração; promessas de doar parte de seu corpo
para benefício de ciência ou de outros; o que alguns chamam "dividas com a
vida").
As promessas podem estar associadas a uma culpa escondida. É importante
que estes aspectos sejam considerados e que se procure descobrir qual o
motivo da culpa, aliviando-o dos seus temores.
Quando o paciente não pode mais negar a sua doença, pois apesar do
tratamento não acontece melhoras, ao contrário, está mais debilitado, ele entra
em depressão.
A autora Elizabeth K. Ross fala da depressão sob dois aspectos:
1)Depressão reativa causada pelo
conseqüências do tratamento (perda).
desconforto
da
doença
ou
2) Depressão preparatória - e um instrumento na preparação da perda
iminente de todos os objetos amados. Ela facilita a aceitação. Neste caso não
convém animar o paciente para olhar o lado alegre, risonho da vida. Dizer-lhe
para não ficar triste não ajuda em nada. O paciente está prestes a perder tudo
e todos a quem ama.
Deixar que ele exteriorize seu pesar faz com que aceite mais facilmente sua
aceitação. Fase quase terminal.
Nossa atitude deve ser de muita compreensão. Há pouca ou nenhuma
necessidade de palavras.
A presença e contato físico são muito importantes. Podem ser expressos por
"um sentar ao lado" silencioso; "um toque carinhoso na mão"; afago nos
cabelos. Este é o momento de orar e apresentar a mensagem de esperança,
nova vida com Cristo. Nem sempre se entende que este tipo de depressão é
benefício e permite que o paciente morra num estágio de aceitação e paz.
Muitos tentam animá-lo, retardando a sua preparação emocional, causandolhes mais tristezas e angústias por se ver forçado a lutar pela vida, quando
estava pronto a se preparar para a morte.
E. Aceitação - se o paciente tiver tido o tempo necessário (não ter morte súbita
ou inesperada) e tiver recebido alguma ajuda, poderá atingir um estágio em
que não mais sentirá raiva ou depressão quanto ao seu destino. Estará
bastante fraco e cansado, mas é provável que tenha externado seus
sentimentos de inveja pelos vivos e sadios, e sua raiva por aqueles que não
são obrigados a enfrentar a morte tão cedo. Nesta fase ele vai cochilar
bastante, dormir com freqüência. Não é sono de fuga. À medida que ele, as
vésperas da morte, encontra certa paz e aceitação, seu circulo de interesse
diminui. Deseja que o deixem só, ou que pelo menos que não o perturbem com
notícias do mundo exterior.
___________________________________________ e o paciente já não sente
(Os visitantes quase sempre são indesejados,)
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vontade de conversar com eles. E provável que só segure nossa mão num
pedido velado que fiquemos em silêncio. Para quem não se perturba diante de
quem está para morrer, estes momentos de silêncio podem encerrar as
comunicações mais significativas.
Há alguns pacientes que lutam até o fim, que se debatem e se agarram a
esperança, tornando impossível atingir este estágio de aceitação. Quando
deixam de lutar, a luta acaba. Quanto mais se debatem para driblar, a morte é
inevitável, quanto mais tentam negá-la, mais difícil será alcançar o estágio final
de aceitação, paz e dignidade.
O ministério (trabalho) com o paciente terminal requer certa maturidade que só
vem com a experiência.
É necessário um auto-exame da nossa posição diante da morte e do morrer
para podermos sentar tranqüilos e sem ansiedade ao lado de um paciente
terminal.
Finalmente, "cuida dele (cuida deste homem)..." Lucas 10:25-37.
1. Indo ao encontro dele;
2. Identificando-te com ele e seu sofrimento;
3. Tratando-o com dignidade;
4. Respeitando-o;
5. Aceitando-o, amando-o para que ele também conheça o amor de Cristo
derramado no teu coração.
"Então dirá o Rei... vinde, benditos de meu Pai... Porque estive enfermo e
visitastes-me".
"Em verdade vos digo que quando o fizerdes a um destes meus pequeninos
irmãos, a mim o fizeste" (Mateus 25:34-40).
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LIÇÃO
6
EVANGELIZAÇÃO E ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL EM
PRESÍDIOS
"Lembrai-vos dos presos,
como se estivésseis
presos com eles..."
Hebreus 13:3
I
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
A. O QUE É:
1. É o ministério caracterizado pelo esforço extensivo das igrejas para o envio e
sustento de obreiros (missionários, evangelistas e discipuladores) para atuarem
na ministração da palavra de Deus a funcionários e detentos de
estabelecimentos penais (delegacias, presídios de quartéis e casas de
detenção) e instituições similares. Objetivando a honra e a glória de Deus com
a expansão do seu reino.
B. IMPORTANCIA:
1. Vista na ______________________ deu na evangelização dos pecadores,
(Prioridade de Jesus),
Mc 16:15-19; At 1:8,9.
2. Vista no valor ______________________________ de cada presidiário e
(eterno e inestimável das almas)
funcionário destes estabelecimentos.
3. Vista na interrupção de uma ____________________ Is 55:7
(cadeia criminosa,)
4. _________________________________________ valoriza o testemunho e
(Porque a evangelização nos presídios)
ação cristã da igreja na sociedade.
C. MANUTENÇÃO:
1. Este ________________________________________ através das ofertas e
(ministério é mantido por Deus,)
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contribuições sistemáticas do seu povo, ao qual ele ordenou cuidar das
necessidades temporais.
REFLEXÃO: Nada é mais degradante e desumano do que a privação da
liberdade; ninguém se sente tão longe de todos quanto o ser humano isolado
do convívio social. Por outro lado, é um ato nobre e cristão levar alegria, prazer
e conforto espiritual àqueles que tiveram suas vidas marcadas indelevelmente
por uma condenação na justiça.
Muitos dos que são internos nesses estabelecimentos penitenciários, não
voltarão mais ao convívio dos seus. É necessário que se fale para eles que
Jesus tem um lugar preparado onde não haverá mais separações.
___________________________ muitos pecadores aceitaram a Cristo ouvindo
(Pela pregação do evangelho,)
do amor e da graça de Deus em alcançar o mais vil pecador, por isso, sigamos
o conselho do autor de Hebreus: "Lembrai-vos dos presos, como se estivésseis
presos com eles..." (Hb 13:3).
I. METODOLOGIA DE EVANGELIZAÇÃO NOS PRESÍDIOS
A. Autorização e Identificação
A primeira providência para realizar-se qualquer atividade nas dependências de
uma instituição penal (delegacia, casa de detenção etc.) será necessário
________________________________________ responsável direto pelo local
(obter autorização da autoridade competente)
onde se pretende realizar o(s) trabalho(s). Se possível, esta autorização deverá
ser por escrito.
B. Locais onde poderão realizar-se as reuniões para evangelização:
1. Capelas
2. Auditórios
3. Próximo ou dentro das celas e pavilhões.
4. No pátio destinado para visitas ou em outros locais destinados pela direção
do estabelecimento.
C. Trabalhos a serem realizados:
1. Visitas evangelísticas
2. Cultos
3. Cursos bíblicos
4. Distribuição de literaturas
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5. Escola bíblica
6. Discipulado dos convertidos
7. Palestras
8. Seminários e conferências
D. Cuidados a serem tornados pelos realizadores dos trabalhos:
1. Dever haver preparo espiritual.
2. Deve haver muita oração e estudos bíblicos.
3. Dever ser selecionadas pessoas para esse trabalho, devendo os mesmos
serem treinados para tal ministério.
4. Procurar cumprir assiduamente os compromissos com os trabalhos
5. No caso de haver evangelista do sexo feminino na equipe, esta deve
atentar para o cuidado no uso de roupas, maquilagem, perfumes e até
desodorante, pois o confinamento estimula as fantasias eróticas de um modo
assustador.
6. A literatura deve ser bem selecionada.
7. Em hipótese alguma, deve o integrante da equipe de evangelização de
detentos conduzir a pedidos de terceiros, materiais como: sacolas, embrulhos,
marmitas, livros, medicamentos etc. Esta regra de ser RIGOROSAMENTE
OBSERVADA, afim de evitar que o integrante de equipe de evangelização
sirva de veículo de entrada de produtos proibidos nas dependências de tais
instituições.
8. Cuidado para envolver-se emocionalmente.
9. Cuidado para não deixar que seja usado para fins escusos.
Exercício para Reforçar o Aprendizado
1. Explique o que você entendeu sobre evangelização e assistência espiritual
em presídios.
2. Cite três razões para se evangelizar nos presídios.
3. Justifique a maneira como este ministério é mantido.
4. De acordo com o seu aprendizado, explique o tipo de metodologia que você
usará quando for evangelizar no presídio.
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LIÇÃO
7
A MENSAGEM E O MÉTODO
Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem
maligno os seus pensamentos, e se converta
ao SENHOR, que se compadecerá dele; torne
para o nosso Deus, porque grandioso é em
perdoar. Isaías 55:7
A. A ênfase da mensagem
1. O perdão e a reconciliação com Deus
2. A providência de Deus
3. O socorro divino
4. O poder transformador de Cristo
OBS.: As mensagens de cobrança não são adequadas para quem já está
pagando. Os presos consideram-se injustiçados, o que cria um estado de
revolta permanente nas prisões. O que eles pensam de juízes, julgamento,
justiça e etc., deve ser levado em conta na escolha de folhetos e livros a serem
distribuídos. O mesmo cuidado se requer em relação as pregações, letras de
hinos e estudos bíblicos.
B. O método: evangelismo pessoal.
1. Ouvir os presos.
2. Estudar a bíblia com eles.
3. Falar-lhes do amor de Jesus Cristo.
C. O método de abordagem (individual ou coletivo) depende dos
seguintes fatores:
1. Instalações
2. Horários de visitas
3. Número de evangelistas
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4. Disposição da direção da instituição
D. Dependendo dos recursos humanos, materiais e da direção do
estabelecimento, deverá desenvolver-se junto aos presidiários, atividades de
esporte e lazer nas seguintes modalidades:
1- Teatro evangelístico, com a participação conjunta dos presos e evangelistas.
A encenação de histórias e parábolas bíblicas, como o filho pródigo, José do
Egito, Zaqueu e outras, que poderão passar para os apenados os princípios
básicos da mensagem bíblica.
2- Uso de filmes, vídeo cassete e outros equipamentos, poderão ser de grande
proveito na medida em que o conteúdo da mensagem seja realmente
evangelística.
3- Atividades esportivas
a) Football
b) Voleibol
c) Corrida, etc.
e) Suspeitas e riscos de reincidência no crime
f) Perseguições e ameaças
E. Assistência aos familiares dos presos
a) Quase sempre a família é parte do problema do preso e também deve ser
evangelizada e acompanhada.
b) Presos jovens tem pais, presos adultos tem esposas e filhos. Tanto os
presos como suas famílias precisam de Jesus Cristo como Senhor e Salvador.
Em sua opinião, como a família pode fazer parte da solução do preso?
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
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F. Regras básicas
Evitar entrar na cadeia com carteira, dinheiro, documentos e talão de
cheques ou objetos de valor, jóias ou bijuterias que chamem muita
atenção. Deve-se deixar tudo na portaria do presídio.
Deixar na portaria: chaves, canivete, qualquer tipo de faca, tesoura, alicate
ou qualquer outro metal que serva para fazer armas e os artigos de uso
pessoal, tais como perucas, batom, lenço de cabelo, etc.
Nunca levar comestíveis, objetos, remédios ou dinheiro que não sejam
aqueles autorizados se especificados pela coordenadoria dos
estabelecimentos penitenciários de cada Estado.
Nunca introduzir fios metálicos, ou de nylon, au quaisquer objetos que
venham oferecer riscos de vida para alguém. Lembrar-se que a pessoa
que lhe pediu estas coisas pode ser até um irmão em Cristo, mas ao seu
redor há outros que podem apossar-se de tais objetos e dar-lhes outro
destino.
Nunca atender pedidos de coisas que alimentem o vício, como cigarros,
sob nenhum pretexto.
Não levar cartas ou recados de fora para os presos, nem para fora dos
presídios. Observar que existe censura dentro dos presídios, portanto,
não deverá ser infringida essa disposição, evitando conseqüências
graves.
Estar pronto para a revista, quando solicitado, por questão de segurança
no presídio.
Evitar envolvimento com o preso, no plano íntimo e emocional, que
atrapalhe a atividade evangelística, e também evitar envolver-se
diretamente com os problemas internos da prisão, exceto se houver
violação de direitos humanos que recomende providências a quem de
direito.
Não atender pedidos de acompanhamento do tipo: "vamos que eu te
mostro minha cela", sob qualquer pretexto, longe da vista dos irmãos,
pois isso é perigoso.
RESPONDA:
1. Por que devemos evangelizar nos presídios?
2. “Ao evangelizar nos presídios, o cristão deve ter como alvo, levar a pessoa
à conversão e ao serviço a Deus, pelo Espírito Santo, através da comunicação
do evangelho”. Justifique essa afirmativa.
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LIÇÃO
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AUXÍLIO NA EVANGELIZAÇÃO NOS ESTABELECIMENTOS PENAIS
Lembrai-vos dos presos, como
se estivésseis presos com eles.
Hebreus 13:3
A. Assessores especializados
Pastores
Psicólogos
Assistentes sociais
Advogados
Médicos
B. A importância da assistência social
1. Reintegração a sociedade ao completarem sua pena
a) Dar uma ________________________________ para a libertação e logo
(preparação psicológica)
após desta
b) Dar ____________________ para um novo projeto de vida
(diretrizes)
c) Tentar amenizar ou dentro do possível solucionar os___________________
(problemas emocionais)
2. Preparação para enfrentar problemas com a reintegração
a) Tensão e medo
b) Documentação
c) Emprego
d) Readaptação à família e a sociedade
e) Suspeitas e riscos de reincidência no crime
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f) Perseguições e ameaças
Comente a importância de tratar cada um dos problemas de reintegração
acima:
a)
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__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
b)
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__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
c)
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__________________________________________________________
__________________________________________________________
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__________________________________________________________
d)
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__________________________________________________________
__________________________________________________________
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__________________________________________________________
e)
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__________________________________________________________
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__________________________________________________________
f)
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SUGESTÃO:
PROJETO DOANDO LIÇÕES
Projeto Reeducando crentes e não crentes poderão receber os livretos
como forma de evangelização
O Projeto é para reforçar a evangelização nos presídios. O ‘Doando Lições’
visa arrecadar lições bíblicas antigas e cedê-las a um grupo que leva a Palavra
de Deus nas penitenciárias.
A intenção é distribuir os livretos para cada reeducando, como uma forma de
difundir as Escrituras Sagradas. É uma forma também de explicar melhor a
Bíblia àqueles que não conhecem Cristo.
O objetivo do Projeto é mostrar através do estudo das lições bíblicas. Que não
há crime que o sangue de Jesus não possa purificar, nem que Sua morte na
cruz não possa pagar. Baseado nesta verdade, muitos grupos evangélicos têm
feito trabalhos em várias prisões no Brasil usando esse Projeto. Evangelizar no
presídio significa ajudar a pessoa para que ela seja valorizada. É o resgate da
dignidade e ajudá-lo a tornar-se um cidadão verdadeiro.
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