O100TrabalhoPressKit

Transcrição

O100TrabalhoPressKit
“O 100º TRABALHO”
um curta-metragem de Micki Mihich
KIT DE IMPRENSA
Contato dos Produtores:
Micki Mihich - 347.633.8904
Simone Mihich Bueno - 347.633.8905
www.the100thjob.com
[email protected]
© 2009 Micki Mihich
Tempo de Duração: 20 minutos e 30 segundos
Declaração do Diretor - Micki Mihich
Eu queria que “O 100º Trabalho” fosse não apenas o meu primeiro passo na carreira de diretor mas
também uma homenagem ao cinema e aos fãs de cinema.
Pensei que o melhor modo de prestar homenagem ao cinema mundial seria através de um filme
noir, que não apenas é um marco do cinema mundial mas também o representante definitivo do
cinema independente, uma vez que o noir nasceu da necessidade de substituir dinheiro por
criatividade.
Com isto em mente, passei meses pesquisando a melhor maneira de realizar a minha visão
cinematográfica - eu queria que o filme parecesse que foi feito com um milhão de dólares, muito
embora tivesse custado o mesmo que um carro usado, então eu me certifiquei de que teria o
equipamento e equipe certos, ao mesmo tempo dando oportunidade a pessoas novas, uma vez que
eu mesmo estaria fazendo isto pela primeira vez. A coisa “meio que funcionou” - passamos por três
departamentos de câmera e fotografia diferentes e dois departamentos de som diferentes para
conseguirmos fazer “O 100º Trabalho”, por exemplo, mas aqui está o filme – tal e qual eu o havia
imaginado.
Para o verdadeiro fã de cinema assistir a um filme não é apenas “sentar-se lá olhando para cima”, a
coisa é mais como um ritual, o que nem todo mundo, especialmente hoje em dia, percebe. Então eu
fiz com que o personagem principal fosse um cinéfilo. Eu achei importante que o público e a pessoa
falando com o mesmo tivessem isto em comum. Apesar de que são pessoas bem diferentes e que
muito provavelmente (espero!) levam vidas bem distintas, eles possuem esta conexão.
Quanto a eu mesmo interpretar o personagem principal, não foi para economizar dinheiro com
atores ou tempo em audições e menos ainda para “aparecer na tela”, não mesmo. Foi pelo que o
personagem representa – e o modo como pensa – que me são muito pessoais. Mas as similaridades
param por aí - ele ama filmes de morrer – literalmente, devo dizer. No meu caso, a coisa ainda não
chegou a este ponto...
“O 100º Trabalho” surgiu de um desafio. Eu estava com minha esposa em um festival de cinema e
após assistir a um curta noir nós começamos a debater o que faria um noir ideal, pelo menos para
nós. Minha esposa (e futura co-produtora) me perguntou: “Como você o faria?”, então me sentei e
escrevi um noir como gostaria de ver. Voilá - “O 100º Trabalho” nascia após duas semanas de
“gestação”.
E eu não escrevi um curta-metragem, devo acrescentar, escrevi um filme, que acabou tendo 20
minutos de duração. Escrevi a história deixando-a rolar tão naturalmente quanto pude. Mas ao fazêlo, ao ter que escolher os elementos que a cimentavam, escolhi uns a outros. Por exemplo, O
Assassino é fanático por filmes ao invés de, digamos, futebol.
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Eu gosto de todos os tipos e gêneros de filme, desde que sejam bons. Talvez por isso “O 100º
Trabalho” tenha ação, drama familiar, suspense, humor, tudo junto. Espero que tenha funcionado.
Sinopse (média)
Em "O 100º Trabalho", o escritor-diretor Micki Mihich presta homenagem ao cinema mundial e aos fãs de cinema - através de um filme neo-noir que mistura os elementos noir tradicionais
com a cinematografia tecnológica moderna.
Na história, acompanhamos um assassino profissional em sua preparação e jornada para
cumprir o trabalho que o promoverá dentro da organização criminosa para a qual trabalha. E
ao fazer isso, vemos que o mais assustador é que não somos assim tão diferentes dele...
Mafiosos, assassinos, "femmes fatales" - no universo de "O 100º Trabalho", não há homens
bons, apenas os menos maus.
Um conto noir de assassinato, enganação e jogos psicológicos, "O 100º Trabalho" é um
verdadeiro mergulho na escuridão da natureza humana, porém sem abrir mão de toda a
elegância cinematográfica.
Sinopse (curta)
Uma homenagem neo-noir ao cinema mundial e aos fãs de cinema, em "O 100º Trabalho"
acompanhamos um assassino profissional em sua preparação e jornada para cumprir o
trabalho que o promoverá dentro da organização criminosa para a qual trabalha. Mas nada é
tão fácil quanto parece…
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Créditos
ELENCO
O Assassino-------------------------------------------------------- MICKI MIHICH
O Chefão ----------------------------------------------------------- ANGELO ANGRISANI
O Velho ------------------------------------------------------------ GREG BARON
Capanga #1 -------------------------------------------------------- ANDREW SIMMONDS
Capanga #2 -------------------------------------------------------- ARMEN HAKOPIAN
O Assassino quando Garoto ------------------------------------- KEVIN WALKER MALAGOLI
A Mãe -------------------------------------------------------------- CARLA LUCENTINI
Assassino Traiçoeiro do Galpão -------------------------------- PAULO RIBEIRO
EQUIPE
(em ordem alfabética)
Escrito, dirigido e editado por ---------------------------------- MICKI MIHICH
Produzido por ----------------------------------------------------- SIMONE MIHICH BUENO
MICKI MIHICH
Produtores Associados ------------------------------------------ CARLA LUCENTINI
HUGO MANTOVAN
Produtores Associados ------------------------------------------ JOHNNY B. GRIFFIN
ROGER HERR JR.
Fotografia --------------------------------------------------------- SEAN HUTCHEON
PAUL NICCOLLS
JOSH STEWART
Trilha Sonora Original ------------------------------------------- MARCOS KLEINE
Assistente de Direção -------------------------------------------- SIMONE MIHICH BUENO
Assistentes de Câmera ------------------------------------------- BRIAN ARTHUR
ELIZABETH CASINELLI
CRISTINA WOLF
Escolha de Elenco ------------------------------------------------ MICKI MIHICH
Gerente de Produção --------------------------------------------- SIMONE MIHICH BUENO
Eletricista/Gaffer ------------------------------------------------- SEAN HUTCHEON
Maquinista Principal/Key grip --------------------------------- SEAN HUTCHEON
Maquinistas/Grips ------------------------------------------------ JOSH STEWART
CRISTINA WOLF
Continuidade ------------------------------------------------------ SIMONE MIHICH BUENO
Assistentes de Produção ----------------------------------------- IVY GOULART
KATHY LYONS
HUGO MANTOVAN
Conceitos de Figurinos ------------------------------------------ SIMONE MIHICH BUENO
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MICKI MIHICH
Roupagem do Set ------------------------------------------------- SIMONE MIHICH BUENO
HUGO MANTOVAN
MICKI MIHICH
JOSH STEWART
Objetos de Cena -------------------------------------------------- NELSON DE CASTRO
MICKI MIHICH
Maquiagem de Efeitos-Especiais ------------------------------ MEGAN ASHLEY
Maquiagem Cênica ---------------------------------------------- SIMONE MIHICH BUENO
Maquiagem Estética --------------------------------------------- KATHRYN WALTERS
Técnico de Som -------------------------------------------------- TIM KORN
JOE SAVASTANO
Edição de Som ---------------------------------------------------- MICKI MIHICH
Design de Som ---------------------------------------------------- MICKI MIHICH
Mixagem ---------------------------------------------------------- JOE SAVASTANO
Gravação de Narração ------------------------------------------- NELSON DE CASTRO
Efeitos-Especiais Digitais --------------------------------------- SIMONE MIHICH BUENO
Correção de Cor Digital ----------------------------------------- SIMONE MIHICH BUENO
Créditos e Legendas --------------------------------------------- SIMONE MIHICH BUENO
Artes --------------------------------------------------------------- GEORGE TUTUMI
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Biografias
Micki Mihich
(roteiro, direção, edição, co-produção; ator - O Assassino)
Em "O 100º Trabalho", Micki Mihich não
apenas é o diretor, roteirista, editor e coprodutor mas também interpreta "O
Assassino". Acostumado a escrever, dirigir e
atuar em peças na escola, nos anos 90 se
juntou a um grupo de teatro em sua cidadenatal de São Paulo, não por querer ser ator,
mas porque queria entender atores e
interpretação para se tornar um bom diretor.
Jornalista publicado (e premiado) há duas
décadas, Micki decidiu levar as histórias que
nunca publicou para as telas e "O 100º
Trabalho" é a primeira delas. Uma vez que
para ele escrever, dirigir e editar são as três pernas de um mesmo tripé, ou seja, contar uma história,
sua única "atividade extra-curricular" no filme, portanto, foi a de ator.
Simone Mihich Bueno
(co-produção, efeitos-especiais digitais, correção de cor digital)
Simone Mihich Bueno pode não ter sido
treinada em cinema, mas certamente tem o
que é preciso para assumir o trabalho de coprodutora e estar encarregada dos efeitosespeciais e correção de cor de “O 100º
Trabalho”. Há mais de uma década, enquanto
estudava contabilidade, ela tomou uma
decisão arriscada quando abandonou a
universidade para se tornar técnica em o que
parecia ser uma “mídia promissora” - a
Internet. Sua aposta deu certo e ela se tornou
uma experiente webproducer e webdesigner,
conquistando empregos de gerência em
diversas empresas proeminentes na América Latina. Também uma professora de software
licenciada, e com uma mente metódica e voltada à organização, suas habilidades ao lidar tanto com
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manipulação de imagens quanto números fizeram dela a escolha certa para estar encarregada de
areas tão diferentes em “O 100º Trabalho”.
Angelo Angrisani
(ator - O Chefão)
Um experiente ator teatral munido também de uma boa
bagagem em filmes e comerciais, Angelo empresta sua forte
presença ao personagem “O Chefão” em “O 100º Trabalho”.
Embora também treinado para performances de ação (montar
cavalos e combate em cena estão, entre outras habilidades, em
seu currículo), foi sua presença fria, calculada e ainda assim
carismática que forneceu verdade à perigosa natureza da
organização criminosa que o seu personagem comanda. Seu
mais recente e proeminente papel em um longa-metragem foi
como o fotógrafo Thomas em “American Gangster” de Ridley
Scott.
Filmografia: “Running”, “Wild Rice and Rat”, “Those People”
(longa), “Rust”, “Blood Kisses” (longa), “Safe House” (longa), “First Bite”, “China Doll”,
“American Gangster” (longa), “The 100th Job/O 100º Trabalho”.
Greg Baron
(ator - O Velho)
Exatamente como seu personagem “O Velho” em “O 100º
Trabalho”, há muito mais por trás de Greg Baron que
possa parecer.
Piloto de aviões comerciais, pianista, escritor, paramédico,
artista marcial, dublador, produtor e ator, Greg já viu e fez
de tudo, de peças de teatro a comerciais de TV, de longametragens à segurança da banda The Grateful Dead com os
Hell’s Angels.
Seu mais recente e proeminente papel em um longametragem foi como o Governador Winship no filme
político “Consensual Injustice”.
Filmografia: “The Stand In”, “Miriam”, “For Love Of The
Game” (longa), “Aftershock” (longa), “Y2K Ophelia”,
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“Center Stage” (longa), “Middle Way”, “Commercial Hell”, “Wiped”, “Evolution”, “The Paper
Castle”, “Dirt Road”, “What If”, “Star 69”, “Beaster”, “Passion of the Nerds”, “Malcolm And
Mona”, “Uncivil Union”, “Algeny” (longa), “Consensual Injustice” (longa), “Wedding of Heroes”,
“Not The End of the World”, “Sincerely”, “The Good Day”, “Cream and Sugar”, “The 100th Job/O
100º Trabalho”.
Marcos Kleine
(compositor)
Um dos mais aclamados guitarristas do Brasil,
não importa que estilo de música Marcos Kleine
toca – ele é sempre bem-sucedido. Sua ex-banda
de heavy metal Exhort foi considerada pela
revista Metal Hammer, a bíblia alemã do heavy
metal, a revelação do ano 2002. Kleine Project,
sua adaptação de temas famosos do cinema e TV
ao estilo rock, foi sensação que excedeu sua
popularidade em diversas convenções de ficçãocientífica brasileiras e acabou ganhando fãs até
nos Estados Unidos.
Seu trabalho recente inclui ser o guitarrista
principal da banda do cantor Leo Jaime, da
irreverente e lendária Ultraje a Rigor, compositor
e guitarrista principal da banda Vega e também o
astro do Duovision, uma explosão de virtuosidade
nos moldes dos projetos solo de Joe Satriani e
Steve Vai. Seus projetos paralelos incluem a
nostálgica G80, banda que toca sons dos anos 80
e A Fabulosa Orquestra de Rock and Roll, que
relembra e renova o rock dos anos 50 e 60.
“O 100º Trabalho” não é a primeira jornada de
Kleine nas terras da trilha sonora e está longe de
ser a última. Mas certamente é a melhor até hoje.
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Notas e Anedotas de Produção
Fazendo Cena No Cinema
Depois de uma série de nãos por toda a cidade de New York, um cinema no bairro do Queens
permitiu que o roteirista e diretor Micki Mihich filmasse a “cena do cinema” lá.
O dono não apenas falou: “Claro que você pode filmar aqui!”, mas também disse que reformaria o
banheiro para que elenco e equipe pudessem usá-lo com mais comodidade, disse a Mihich que o
pessoal poderia pegar a comida e bebida que eles tinham lá (pipoca, refrigerante, doces, etc.) de
graça, e até mesmo ofereceu o cinema para que elenco e equipe assistissem ao filme quando o
mesmo estiuvesse pronto, um verdadeiro milagre. Micki voltou lá duas vezes (uma delas com
membros da equipe), e na última delas o banheiro estava mesmo sendo reformado! Parecia bom
demais para ser verdade – e porque ERA...
Uma semana antes das filmagens começarem o sujeito desapareceu – ninguém conseguia encontrálo, ele não retornava ligações, nada. Então TRÊS DIAS ANTES das filmagens comçarem ele
mandou um funcionário telefonar e dizer que havia mudado de idéia e que queria 500 dólares para
deixar filmar no cinema dele! Tchau!
Finalmente, UM DIA (desesperado) antes das filmagens Micki conseguiu encontrar um teatro
normal, o Thalia Spanish Theater, cujo dono, o Sr. Angel Gil Orrios, gentilmente cedeu para o
filme.
O Sr. Orrios não apenas é um bem-sucedido ator e diretor de treatro mas um dos poucos tradutores
oficiais de Garcia Lorca para a língua inglesa e quem levou o vencedor do Oscar Javier Bardem
(seu amigo pessoal) para os Estados Unidos pela primeira vez.
A Ex-Fábrica de Salsichas
Toda a cena do depósito, a parte da porta de refrigerador na cena do pub e a cena da cozinha foram
filmadas em uma ex-fábrica de salsichas no bairro do Queens que se tornou um ateliê de arte multidimensional. Lá, vários artistas diferentes - um pintor, uma designer de moda, um escultor, etc. –
dividem o espaço para trablhar e também dar festas e realizar vernissagens de suas artes.
A razão principal pela qual deixaram Mihich & Cia. filmarem lá foi devido ao fato de que cinema
era um dos poucos tipos de arte que nunca havia sido realizada no espaço. E agora eles podem dizer
que foi.
Mas eles não são os únicos que podem contra vantagem – quantas pessoas nesse mundo podem
dizer que tiraram a virgindade cinematográfica de uma ex-fábrica de salsichas?
A Máquina de (Virar) Fumaça
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Mihich queria um “look” clássico de filme noir na seqüência do depósito, com fachos de luz vindos
da enorme janela e cercando o Assassino em ação.
Para tal era necessária uma máquina de fumaça, então Micki decidiu comprar uma bem barata, uma
vez que a mesma seria utilizada somente esta vez, para o filme. Ele encontrou uma usada na
Internet, mas no final o sujeito tinha ficado tanto tempo sem usá-la que a mesma havia parado de
funcionar de vez.
A idéia de comprar uma máquina usada foi descartada e uma loja de equipamentos para DJ tinha
uma por um bom preço, então Micki a comprou e a levou para casa para ser testada. Mas a máquina
não funcionava. Ao voltar à loja para devolver o produto, eles informaram que não devolviam
dinheiro, mas poderiam dar outra. Micki levou um modelo diferente, que fucnionou bem quando
testado em sua casa.
Avançando o tempo para o dia da filmagem no depósito – a máquina não funcionava de jeito
nenhum! A equipe tentou, tentou e depois de um tempo Mihich desistiu e continuou as filmagens
sem a máquina. Não era para ser...
Mas assim que pôde Micki voltou na loja e não saiu de lá até conseguir seu dinheiro de volta! A
propósito, alguém aí quer comprar um galão de fluido para fumaça – aberto, mas quase novo?
Feliz Por Tomar Uma Multa
Um dia Simone Mihich Bueno (produtora, assistente de direção) e Micki Mihich precisaram ir à
ilha de Manhattan (os mesmos residem no bairro do Queens) para alugar uma lente especial
(Manhattan estava no caminho das filmagens).
Mas neste dia as filmagens aconteceriam em outro Estado (New Jersey) e uma vez que estariam
atrasados devido à parada eles aceleraram na rodovia – e acabaram sendo parados pela polícia. Eles
estavam dirigindo o Mustang usado no filme e o carro era tão suave que eles não perceberam a
velocidade (talvez o CD do Black Sabbath detonando nos speakers também ajudaram um pouco…).
O problema real, contudo, era que havia um monte de armas que eles precisavam para as filmagens
(quarto pistolas, uma metralhadora Uzi, uma granada, uma adaga da SS) no porta-malas do carro!
Até eles conseguirem explicar tudo à polícia as filmagens estariam acabadas, então eles rezaram e
rezaram para o policial rodoviário não pedir pra olhar dentro do porta-malas (o que ocorre muito
após 11 de Setembro de 2001)... E ele não pediu (ou olhou)!
Aquele policial nunca deve ter visto ninguém tão feliz por ter sido multado...
Famintos Por Grana
A lanchonete tipo “diner” foi uma locação difícil de se encontrar, uma vez que todo dono de diner
queria uma pequena fortuna para parar seu negócio por todo um dia de filmagens.
Então Mihich contactou o American Diner Museum e pediu ao curador, Daniel Zilka, que lhe
indicasse todos os diners para vender na área de New York e circanias.
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Para a surpresa de Micki, mesmo os diners estando à venda – e portanto sem clientes ou qualquer
movimento – alguns donos ainda queriam muito dinheiro para deixá-lo filmar lá (os valores
normalmente alcançavam em torno de 25% o preço de venda do local!), o que era simplesmente
absurdo.
Depois de um tempo Mihich conseguiu um ótimo local de graça, cujos donos eram um casal de
senhores de idade, mas ficava a 5 horas de distância... Sem chance!
Então finalmente Micki encontrou o que acabou sendo filmado, que se encontrava a
aproximadamente 2 horas de distância (de carro) de New York e por cujo uso o dono cobrou uma
quantia razoável.
Indo Trabalhar
A música de “O 100º Trabalho” foi totalmente composta por Marcos Kleine, um dos maiores e
mais virtuosos guitarristas brasileiros. Mihich e Kleine se conhecem há aproximadamente um
quarto de século – o último ensaiava com sua banda no mesmo prédio que o primeiro morava
quando ambos ainda eram pré-adolescentes.
Apesar da maior parte da trilha sonora musical de “O 100º Trabalho” ser orquestral e executada em
teclados, Kleine toma a oportunidade de esmirilhar em uma música bluesy-rock que compõe o
trailer do filme.
No filme mesmo, ela pode ser imediatamente reconhecida quando o Chefão entra no pub e nos
créditos finais. Mas seu uso principal – e mais sutil está em dois momentos-chave do filme: o riff
principal da música foi transformado em um “tema confrontacional tipo Western” para quando o
Assassino entra no pub e pouco antes dele entrar no diner.
Uma vez que Kleine entregou a música antes mesmo de pensar em um título para a mesma, Micki
Mihich saltou na oportunidade e a batizou aptamente de “Indo Para o Trabalho” (“Going To
Work”).
Prepara-som
Possuir várias funções são ossos do ofício quando se faz um filme independente de baixo-(ou
nenhum?)orçamento, especialmente um curta-metragem.
Uma das funções extras que o roteirista-diretor Micki Mihich acabou fazendo em “O 100º
Trabalho” foi a de designer de som.
Para o som do filme, Mihich não queria “sons comuns que você ouve em todos os filmes”, mas sons
diferentes, que entretanto mesmo assim alcançassem o efeito desejado.
Depois de muita pesquisa e experimentação, ele acabou utilizando sons alternativos que acharam
seu lugar em lugares bem comuns: o silenciador sendo parafusado no cano da arma é na verdade
uma torneira sendo aberta, o som do sobretudo levantando no ar é na verdade o som de um lançachamas, os dedos queimando são Alka-Seltzer na água, a metralhadora Uzi é uma bola de basquete
sendo batida numa quadra vazia, os sons das pistolas são na verdade descargas elétricas, o revólver
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.38 é na verdade uma explosão em uma mina, os corpos caindo no depósito uma mochila cheia
sendo jogada no chão... etc.
Claro, os sons não são escutados no filme como eles realmente são – eles precisaram ser
“preparados” de modo que não fossem reconhecidos e desta forma pudessem servir a um novo
propósito.
Mihich usou efeitos para transformar estes sons durante a edição e o técnico de som Joe Savastano
os fez encaixar ainda mais na trilha sonora final do filme durante a mixagem.
[Abaixo segue uma entrevista com o roteirista e diretor Micki Mihich. Para mais notas de
produção, anedotas, informações e curiosidades sobre “O 100º Trabalho”, favor ler o arquivo
intitulado “Kit de Imprensa - Complemento”, disponibilizado separadamente do Kit de Imprensa
devido ao seu conteúdo rico em spoilers.]
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Perguntas e Respostas Para o Diretor
- Foi difícil dirigir um filme pela primeira vez?
Na verdade, não, uma vez que eu escrevi a história, portanto conhecia os personagens, as situações,
os diálogos, as nuances, etc., até mesmo as tomadas e enquadramentos que eu queria (claro, eu
estava aberto a sugestões também). Desta forma, foi fácil colocar as peças juntas no set da mesma
forma com a qual faria depois na sala de edição.
Claro, houve uma série de coisas que eu não sabia e tive que aprender lá na hora, mas eu também
sabia que isto estava fadado a acontecer. Então eu tinha um plano preventivo: me reunir o máximo
possível com pessoas-chave da equipe antes das filmagens de modo que eles saberiam exatamente o
que eu queria deles. Desta forma, eles não teriam muitas coisas para me perguntar no set e isto me
permitiria estar mais livre para me familiarizar com o processo que seria novidade para mim.
Então me encontrei com o(s) diretor(es) de fotografia muitas vezes para discutir as tomadas e o look
do filme levando uma pilha de DVDs e fotos como referência, visitei as locações como o
gaffer/eletricista antes das filmagens, promovi ensaios privados e reuniões com os atores onde
conversei com eles sobre seus personagens… Eu fiz o que eu pode para que quando todos
pisássemos no set pudéssemos começar a trabalhar imediatamente.
Eu até cheguei a enviar ao Angelo (Angrisani, “O Chefão”) e ao Greg (Baron, “O Velho”) por
email a história passada de seus personagens para que eles pudessem entender melhor não apenas
seus respectivos personagens mas também o meu personagem e o mundo que estas figuras habitam,
porque este é um mundo do crime meio que diferente.
Então no fim a jornada só não foi mais macia porque das (por volta de) 15 pessoas trabalhando no
filme houve apenas 3 que não funcionaram e tiveram que deixar o projeto. Tirando isso, foi até que
fácil para uma primeira vez.
- Foi difícil atuar no filme também?
Sim e não. Uma vez que sou o criador do personagem no papel – e muito do que ele diz eu
totalmente entendo e me identifico – desenvolvê-lo não foi tão difícil. Atuá-lo, porem, já é outra
história.
Minha (minúscula) experiência em atuação vem do teatro. Além de participar de peças na escola a
certa altura eu entrei num grupo de teatro, não para me tornar um ator mas para entender os atores e
o seu ofício. Então eu estava muito preocupado com as partes de diálogo - a voz não deve se
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projetar tanto, as expressões faciais são mais relevantes de um modo mais sutil, então eu estava
muito focado nisto. Você não pode atuar num filme da mesma forma que no palco.
Mas me concentrar tanto nas partes com diálogo me fez negligenciar as partes físicas no que se
refere a ensaios, então para a cena do tiroteio no depósito eu tinha a equipe meio que me dirigindo.
Eu estava acostumado (do teatro) a pessoas me dizendo: “Anda mais devagar, vai só até ali... Não,
foi muito, volta um pouco”, então eu acabei necessitando disto naquele dia uma vez que eu não
podia me ver, o que não era o ideal.
Na seqüência do diner, quando o Assassino entra e se encontra com O Velho, quando eles andam ao
redor do balcão, acabamos necessitando de 11 takes pra essa parte! Primeiro por causa do que eu
disse antes; em segundo lugar, porque nós não tivemos a chance de demarcar esta cena de antemão
em outra data e muito menos ido lá outro dia para ensaiar porque tínhamos a locação só por aquele
dia, o dia da filmagem. Também não pudemos demarcá-la enquanto a equipe estava armando as
luzes e colocando os trilhos do carrinho, então o outro ator (Greg Baron) - e especialmente eu, que
estava guiando a cena – tivemos que aprender as distâncias e o ritmo da cena ali mesmo também.
Então pra todas as demais partes físicas em todos os demais dias eu fiz questão de me preparar
direitinho onde quer que fosse com a assistente de direção (que também é a co-produtora) enquanto
a equipe estava armando as luzes e não precisava de mim.
Mas tirando os dois incidentes acima, as coisas correram muito bem.
- Você editou o filme também, como foi isso?
Na minha opinião, escrever o roteiro, capturar o filme e então colocá-lo junto na ilha de edição são
apenas 3 fases diferentes da mesma coisa – contar a história.
Pense num prato para cozinhar com carne e pimentões. Então você vai ao supermercado e compra a
carne e os pimentões. Daí você vai à cozinha e prepara a carne (tempera, corta) e os pimentões
(lava, pica) que você comprou. E aí você os cozinha. Finalmente, você tem o prato pronto para
comer. Cinema, para mim, é a mesma coisa.
- Por quê “100”?
Porque é um número redondo, um número forte. Dez é a base do sistema decimal, portanto também
forte e redondo, mas nem tão expressivo em termos de volume. Treze é muito “supersticioso” e,
novamente, ainda muito baixo. Dezesseis, dezoito e vinte-e-um são muito “etários”. Vinte-e-cinco
não tão redondo. Então eu peguei a base do sistema centesimal, cem, o que na verdade é muito, mas
uma vez que estamos falando de cinema, melhor ser demais que de menos. Quero dizer, ele tem que
chamar a atenção, se destacar, então eu acho que cem cumpre o trabalho direitinho.
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- Por quê você não fez este filme no Brasil?
Porque eu não estava lá. E também pelo seguinte: se eu fosse americano e quisesse ser jogador de
futebol eu iria ao Brasil para me desenvolver profissionalmente, porque lá é “a terra do futebolarte”, apesar de aqui haver um monte de escolas de futebol e apoio ao esporte. Da mesma maneira,
aqui é a “terra do cinema”, apesar do Brasil ter boas escolas e um bom apoio ao cinema também.
Além disto, eu estava procurando por universalidade. Um filme noir, em inglês, com personagens e
situações universalmente reconhecíveis tem apelo com qualquer audiência do mundo. E isto poderia
ser ainda mais facilmente alcançado uma vez que eu me encontrava aqui nos Estados Unidos.
Eu gosto da idéia de uma “máquina com componentes diversos”, isto é, a maior parte da equipe era
americana, o resto ou brasileira ou latina. Mas os cargos e decisões mais importantes foram
realizados por brasileiros. Eu gosto do conceito da precisão e afiação anglo-saxônicas unidas à
intuição criativa e adaptabilidade latinas.
E eu sei o que estou falando, tanto minha esposa (produtora, assistente de direção) quanto eu somos
brasileiros de nascimento, parte germânicos, parte portugueses. Esta mistura sempre nos ajudou em
tudo o que fizemos em nossas vidas, portanto eu acho que um time com estas mesmas
características teria a mesma vantagem, e voilá.
- Como você conseguiu este visual estilístico com tão pouca verba?
Bom, eu passei meses pesquisando os melhores formatos, o melhor equipamento dentro de cada
formato, os melhores acessórios para cada equipamento, a melhor técnica de iluminação para cada
opção. No final eu acabei ficando com três opções diferentes, e escolhi a que eu podia bancar.
Despois de escolher, fui atrás das coisas que minha pesquisa me mostrou que iam fazer o trabalho –
e atrás das pessoas que poderiam lidar com elas.
Eu também contratei pessoas que possuíam a maior quantidade de equipamento possível, então eu
teria que alugar o menos possível – e fiz um “pacote” com eles. Eu também consegui descontos das
casas de aluguel de equipamento de cinema dizendo a eles sobre minha situação de estrangeiro,
minha situação de “marinheiro-de-primeira-viagem”, minha situação de estudante (eu tinha feito
alguns cursos na NYU).
Finalmente, algumas das pessoas que eu contratei eram pessoas que eu conhecia e estavam
dispostas a fazer o trabalho de graça, ou quase isso.
Porque ser “independente” significa ter que fazer muita coisa você mesmo e também ter um monte
de conhecidos (amigos e familiares) preenchendo cargos. Mas há um detalhe muito importante a
respeito disto.
Primeiro – eu não assumi nenhum cargo o qual eu não tinha certeza absoluta de que eu poderia
fazer. Por exemplo, eu tinha certeza de que teria a capacidade de editar bem o filme e também o
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som e também ser o designer de som. Eu também pensei em fazer a mixagem, mas em breve
percebi que seria melhor deixar isso para um profissional e foi exatamente o que fiz. Eu deixei a
mixagem para o meu técnico de som, Joe Savastano, que eu tinha certeza que faria um excelente
trabalho, e ele fez.
Segundo – eu apenas coloquei amigos em cargos que eu tinha certeza absoluta que eles poderiam
fazer. Andrew (Simmonds), por exemplo, queria ser o técnico de som mas eu não o deixei porque
ele não possuía experiência o suficiente nisto; por outro lado, eu achei que ele poderia atuar bem
como o capanga principal do Chefão (o careca). E ele foi perfeito no papel.
No caso da minha esposa, ela é a pessoa que organiza as finanças em casa, a um certo ponto queria
se formar em Contabilidade, e é a pessoa mais confiável e organizada que eu conheço. Ela tinha que
ser minha produtora, mesmo sem querer fazê-lo no início! Mas assim que começou ela me disse:
“Sim, isso é a minha cara!”.
O mesmo ocorreu com os efeitos especiais e a correção de cor; eu sabia que ela poderia fazê-los
porque antes de ser webdesigner (o que ela tem sido por mais de uma década, ela é uma das
pioneiras neste campo no Brasil) ela era uma professora de software certificada. Novamente, ela
negou a oferta no começo, mas quando teve contato com os softwares de efeitos especiais e
correção de cor, após brincar com eles por um par de horas ela finalmente disse: “Ok, eu conheço a
maior parte destas ferramentas, e consigo aprender as demais facilmente”. E aprendeu! Eu tinha
certeza de que ela iria e ela não decepcionou.
Portanto tudo em “O 100º Trabalho” foi assim. Função foi acoplada a habilidade, não a parentesco,
amizade ou simpatia.
- Por quê você não fez um filme sobre “coisas brasileiras” e/ou em português?
Há um par de razões para isto. Primeiro porque através de “O 100º Trabalho” eu estou
prestando homenagem ao cinema mundial e em minha opinião o melhor modo de se fazer
isso é através de um gênero universal, como filme noir neste caso, e também em uma língua
universal (ou seja, inglês). É claro, o filme também lida com temas universais como
promoção profissional, problemas familiares, paixão por cinema, escolhas na vida, morte.
Então universalidade é a ordem do dia aqui.
Em segundo lugar, porque esta é a minha influência.
Veja bem que curioso: eu escutei de alguns brasileiros que conheço que ao fazer um “filme
gringado” eu estaria sendo “anti-brasileiro”, o que é uma completa asneira. Perguntei a eles quantos
filmes não falados em inglês eles assistiram no cinema no Brasil desde suas infâncias nos anos 70
até o meio dos anos 90 e nenhum deles sequer havia assistido algum. Então perguntei quantos
filmes ou séries de TV não-americanos eles viram na TV brasileira durante o mesmo período e a
resposta foi que a vasta maioria dos mesmos era de fato americanos - e a maior parte, além de tudo,
de crime.
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Então está aí o porquê de “O 100º Trabalho” ser como é – é o que me influenciou, mesmo eu sendo
brasileiro. Estou dando de volta o que me foi dado. Estou “tirando do meu sistema” - no bom
sentido, claro - o que vem sendo colocado há décadas.
Claro, eu possuo histórias passadas no Brasil e que eu quero filmar algum dia, mas há o tempo certo
para tudo. Estamos lidando com cinema aqui, não antropologia ou turismo. Certo?
Só a cargo de informação, eu assisti a dúzias de filmes estrangeiros não-americanos na minha
infância (como professora, e louca por cultura mundial, minha mãe me levou para ver Bergman,
Kurosawa, Truffaut, etc. mas acredite, ela foi uma exceção), mas cada um destes filmes em
obscuras e vazias salas de cinema de cineclubes. Todos os cinemas de bairro e de shopping
passavam filmes americanos – falados em inglês e com legendas.
- Você é formado em Administração de Empresas e não em Cinema. Isto foi útil para você
ao fazer o filme?
Totalmente! Quanto entrei na universidade, o cinema no Brasil estava morto (ainda bem que foi
ressuscitado desde então). Então eu sabia que teria que “ser independente”, e “ser independente”
significaria não apenas saber fazer o seu filme mas também saber fazer tudo o possível – até mesmo
o marketing dele.
Então eu usei o meu diploma (e também minha carreira paralela como jornalista) para entrar na
indústria cinematográfica em posições que me dariam boa experiência em áreas e níveis com os
quais eu teria que lidar no futuro em relação aos meus filmes. E assim que eu sentia que havia
aprendido o suficiente eu trocava de emprego – diretor de criação publicitária (4 anos), gerente de
marketing (2 anos), consultor de marketing (5 anos), gerente de contratos (3 meses), gerente de
promoções (3 anos), gerente de licenciamento (3 anos). Alguns destes cargos foram exercidos ao
mesmo tempo que outros; outros foram promoção direta de um para outro.
Outro detalhe interessante é que, devido à minha carreira de jornalista (cheguei a ganhar prêmio
internacional por ela) eu tranquei a universidade por um tempo para ir à Inglaterra por volta de um
ano. Quando eu voltei e estava pronto para terminar meu curso de Administração, era meio que
tarde para a escolha das matérias eletivas e de especialização. Ou seja, eu queria me especializar em
Marketing e consegui algumas matérias de Marketing, mas não todas. Das que eu ainda poderia
escolher havia algumas de Psicologia. Pensei: “Dane-se Finanças Avançadas, Economia LatinoAmericana e coisas do tipo, vou completar o currículo com aulas de Psicologia!”. E foi o que fiz.
Isto acabou influenciando positivamente em minha carreira gerencial, e esta experiência gerencial
foi extremamente útil no set de filmagem, onde lidar com pessoas é chave.
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- Por quê três Diretores de Fotografia? O filme tem um look sofisticado, mas a coisa foi
tão difícil assim de se conseguir?
O que aconteceu foi o seguinte: nós tínhamos um diretor de fotografia original (que na verdade é
um técnico de iluminação que quer ser diretor de fotografia um dia) que se mostrou cada vez mais
inadequado para o projeto.
Nós o mantivemos por mais tempo que queríamos uma vez que ele estava trazendo uma grande
quantidade de equipamento necessário; então inicialmente mantê-lo foi econômico mas logo logo
até isto se tornou uma desvantagem.
Entra aí a administração - porque gerenciar não é apenas dizer às pessoas o que fazer, mas escolher
a pessoa certa para a função certa e também motivar a performance dela. Eu sabia que o nosso
eletricista/gaffer possuía experiência prévia em fotografia de cinema, uma vez que ele também é um
cineasta independente. E também que sua experiência incluía lidar com condições difíceis e tempo
corrido. Então pedi a ele que dirigisse a fotografia de todas as tomadas internas restantes. Eu
também sabia que um dos nossos maquinistas/grips era um habilidoso documentarista de skate, com
três DVDs lançados (e um quarto a caminho), portanto ele saberia lidar com luz natural e
movimento, então pedi a ele que fizesse a fotografia das cenas externas e as cenas com o carro
remanescentes.
Eu precisei de ambos porque eles ainda estariam executando suas funções originais de eletricista e
maquinista, respectivamente, então eles não teriam tempo de fazer tudo, portanto a posição de
direção de fotografia foi compartilhada.
E foi uma ótima decisão – na última parte das filmagens nós terminamos todos os dias dentro do
prazo (o que nunca acontecia antes, por uma grande diferença), filmamos todas as cenas (incluindo
as que o outro sujeito nos tinha dito ser “impossíveis”), refilmamos algumas cenas que o outro
sujeito havia feito e com as quais eu não estava totalmente satisfeito, e nós usamos o dinheiro que
iríamos usar para pagar o sujeito original para alugar de parte do equipamento que ele estava
trazendo (e a equipe arrumou o equipamento necessário extra). Foi espetacular. Algumas das
melhores tomadas no filme foram feitas nesta época (nós tínhamos três pessoas substituídas,
portanto tínhamos alcançado a equipe perfeita), sem mencionar a ótima atmosfera no set.
[Para mais notas de produção, anedotas, informações e curiosidades sobre “O 100º Trabalho”,
favor ler o arquivo intitulado “Kit de Imprensa - Complemento”, disponibilizado separadamente do
Kit de Imprensa devido ao seu conteúdo rico em “spoilers”.]
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