Brasil Presbiteriano

Transcrição

Brasil Presbiteriano
Brasil
Presbiteriano
O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficial
da Igreja Presbiteriana do Brasil
Ano 51 nº 657 – Julho de 2009
Rosaly Gripp
IP de Alto Jequitibá comemora centenário
de fundação do Colégio Evangélico
Páginas 10 e 11
Missões:
você sabe como é
usado o dinheiro
dos cofrinhos?
Página 6
IBEL completa 76 anos
Página 15
150 ANOS:
CONFIRA A
AGENDA DA
PROGRAMAÇÃO
DOS CULTOS
Página 19
Brasil Presbiteriano
Julho de 2009
EDITORIAL
Salgando e celebrando
E
sta edição do BP destaca a celebração dos
100 anos de fundação do Colégio Evangélico
de Alto Jequitibá, Minas
Gerais, programada para 5 e
6 de setembro, na chamada
Festa Centenária naquela
cidade do leste de Minas.
O evento reunirá ex-alunos
de diferentes partes do país,
gente que ainda hoje tem
ali as suas raízes históricas
e muita ligação afetiva. A
programação será intensa e
todos os ligados ao Colégio
Evangélico farão questão de
participar. Este jornal apresentará uma reportagem
sobre o evento na edição de
outubro.
A informação vem nesta
edição acompanhada de
um relato histórico redigido por Ulisses Horta
Simões, professor do
Seminário Presbiteriano
Rev. Denoel Nicodemos
Eller, coordenador do seu
departamento de Teologia
Sistemática e sobrinhoneto do Rev. Anibal Nora,
fundador do Colégio.
Jequitibá, bem como as
atividades e conquistas de
todas as instituições educacionais presbiterianas,
são um componente muito
O fedor da sujeira
e excremenapropriado
nas comemoratos no chão era inacreditável"
ções
do sesquicentenário
(pág.447). A filantropia e o trada
IPB.voluntário
Quem somos
nós?
balho
de caridade
Apenas
mais uma
foram respostas
cristãsminoria
naquele
contexto.
Grupos se
organizanuma
sociedade
pluralista?
ram.
Sociedades
beneficentes
Os cristãos dos primeirose
orfanatos se multiplicaram. "O
séculos
eram uns
esquisitos
grupo Clapham
foi um
exemplo
que
acreditavam
numtrabalho
Jesus
excepcional
... e seu
refletia oSomos
papel chave
desempemorto.
nós hoje
uns
nhado
pelas
sociedades
voluntáxiitas desprezíveis que acrerias nas atividades filantrópicas
ditam numa verdade absoluta?A Um
número
enorme
IPB existe
há 150
anos de
em
um
contexto
que
significa
um
igrejas nos alegados 30%
desafio
perene na do
área país
social,sóe
de
evangélicos
muitas têm sido as respostas dos
contribui
com notícias para
presbiterianos à carência reinanas
páginas
com
te. Este jornalpolicias,
tem informado
escândalos.
Está ações,
certo, como
não
a respeito dessas
estímulo
a
que
mais
se
faça
nesse
são todos. Os outros estão
sentido e para que
glorifique
preocupados
emseser
felizesa
Deus por isso. É, por isso, com
egratidão
se sentir
bem,queem
proa Deus
acompagredir
e
demonstrar
pelas
nhamos e noticiamos a respeito
das iniciativas
presbiterianos
cilindradas
dedeseu
carro que
por
ocasião
da
lamentável
tra“Deus é fiel”. Se deixassem
gédia que se abateu sobre Santa
de
existire sobre
a sociedade
nada
Catarina
outros estados
perderia,
porque
brasileiros (págs.
10 enão
11). são
É a
Jesus
estamos
servindo luz
(Mt
sal
daque
terra
e tampouco
do mundo.
Outro destaque desta edição é
A
propósito, qual é a nossa
a matéria sobre o ensino do criacontribuição?
No século
cionismo no Mackenzie
e a 16,
reaPor que esse destaque?
os
aderiram
à
ção países
da mídiaque
secular.
Não começamos nada
que outras
escolas
Os 100 anos do Colégio Reforma
saíram
na frente
na
evangélicas
Evangélico
de
Alto corrida
peloe confessionais
desenvolvim-já
ento. Os presbiterianos, com
essa herança, sempre estiveram associados ao estudo
e à pesquisa científica, à
educação e ao progresso.
Sua contribuição à sociedade foi notável. No Brasil
aconteceu a mesma coisa
e somos desafiados hoje a
continuar escrevendo uma
história que se desenrolará
até o retorno de Cristo.
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não estejam fazendo, mas o grito
EXPE­DIEN­TE
Brasil PRES­BI­TE­RIA­NO
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Ano 51, nº 657 – Julho de 2009
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Brasil Presbiteriano
Julho de 009
DOCUMEN­TOS DA HISTÓRIA DA IPB
O pioneiro escreve sobre o seu trabalho
Arquivo
Alderi Souza de Matos
U
ma categoria de documentos muitos valiosos para a
história do presbiterianismo
brasileiro são as cartas e relatórios
deixados pelos primeiros missionários, a começar de Ashbel Green
Simonton. Muitos desses escritos
foram enviados para o periódico
de missões da igreja norte-americana, The Foreign Missionary
(O missionário estrangeiro). Em
7 de outubro de 1861, o pioneiro enviou o seguinte relato, que
incluía um tema controvertido:
Estamos com nossa saúde usual,
dando continuidade aos nossos
deveres usuais. Tenho a esperança de que três daqueles que têm
sido instruídos por mim estejam
convencidos da verdade e importância da doutrina da salvação
pela fé em Cristo. Um deles dá
evidências mui satisfatórias de
que o Espírito de Deus iluminou
a sua mente. Confio que teremos a
segurança de recebê-lo dentro de
pouco tempo mediante uma profissão explícita de fé. Qual é, em sua
opinião, o caminho correto a ser
seguido com respeito ao batismo
romanista? Essa é uma questão
que tem sido debatida de modo
acalorado e suponho que não
estamos perto de um consenso. Eu
hesito em formar uma opinião e
me inclino a deixá-la ao alvitre do
candidato a admissão na igreja.
Que posição foi tomada em Bogotá? Dr. Kalley é um forte defensor da administração do batismo
a todos os conversos romanistas
e há algum tempo falou comigo
sobre o assunto dizendo que era
importante estarmos de acordo
nesse ponto.
No primeiro semestre de 1863,
quando estava em gozo de férias
nos Estados Unidos, Simonton
Numa de suas últimas cartas ao periódico norte-americano
de missões, publicada apenas um mês antes de sua morte,
Simonton falou sobre os planos de criar uma escola e sobre
novos convertido
escreveu o seguinte sobre os primeiros frutos no Brasil:
Para que se avalie o relatório
que agora lhes enviamos, deve ser
lembrado que foi somente na primavera de 1861 que foram inicia-
Tenho a esperança
de que três daqueles
que têm sido instruídos por mim estejam convencidos da
verdade e importância da doutrina da
salvação pela fé em
Cristo"
dos os cultos públicos em língua
portuguesa no Brasil. Naquela
época não se sabia com certeza
se as autoridades públicas iriam
tolerar um esforço tão direto de
propagar uma religião diferente daquela do Estado. Portanto,
nosso presente relatório cobre o
segundo ano de trabalho ativo e
direto no sentido de levar o evangelho aos nacionais do Brasil.
Sentimo-nos impelidos a falar com
alegria dos nossos prospectos e a
registrar com gratidão a fidelidade e bondade de Deus em permitir-nos ver, durante o ano passado,
muitas provas de que não fomos
enviados em vão.
Em 7 de fevereiro de 1865,
Simonton enviou seu relatório
referente a 1864, um ano de dolorosas provações:
Recordando o que ocorreu nesta
estação missionária [Rio de Janeiro] durante o ano passado, dor
e gratidão estão estranhamente
mescladas. Deus me fez sentar e
chorar debaixo da sombra de uma
grande perda. Na morte de minha
querida esposa, que ocorreu em
27 de junho, eu fui de um só golpe
privado da luz do meu coração
e do meu lar, e de minha única
auxiliadora neste campo. Somente
aquele que foi afligido conhece a
severidade do golpe ou a medida
de graça e força para o exercício
da verdadeira submissão debaixo
dele... A fim de ampliar a nossa
influência, e alcançar muitos que
não freqüentam a pregação da
Palavra, foi lançado em novembro
um jornal religioso bimensal chamado Imprensa Evangélica. Seu
êxito está além das expectativas.
Se for adequadamente sustentado e publicado semanalmente, irá
revelar-se um poderoso auxiliar.
Numa de suas últimas cartas ao
periódico norte-americano de missões, publicada apenas um mês
antes de sua morte, Simonton falou
sobre os planos de criar uma escola e sobre novos convertidos:
Estou prestes a apresentar uma
petição à Junta de Instrução
Pública pedindo permissão para
abrir uma escola. Esse é um passo
de grande importância, pois diversas crianças estão prontas para
se matricularem de imediato. Um
dos membros da Junta, ao qual
conheço muito bem, me assegura
que minha petição será atendida
sem dificuldade. Se for feita alguma objeção, pode-se recorrer à
Câmara dos Deputados... Desde
que escrevi pela última vez, três
pessoas foram recebidas à nossa
comunhão, mediante a profissão
de sua fé. Os fatos que vieram
à luz quando foram examinadas,
junto com suas respostas às perguntas doutrinárias, foram suficientes para demonstrar a origem
divina e o poder da religião de
Cristo. Um desses convertidos é
um jovem de uma boa família, do
qual eu sabia há algum tempo que
estava lendo a Imprensa Evangélica em segredo.
O Rev. Alderi Souza de Matos é pastor
presbiteriano e historiador oficial da IPB.
[email protected]
3
Brasil Presbiteriano
Julho de 2009
Divulgação
EDUCAÇÃO RELIGIOSA
Calvino e o catecismo
Wilson do Amaral Filho
O
ano de 2009 é singular. Nele, os naturalistas comemoram 150
anos da publicação da obra
A origem das espécies, de
Charles Darwin; os presbiterianos comemoram 150 anos
da chegada do primeiro missionário presbiteriano da história brasileira, Ashbel Green
Simonton; a comunidade
reformada mundial comemora 500 anos do nascimento
de João Calvino. Três símbolos de mudanças.
João Calvino, o principal
reformador para os presbiterianos, foi aquela célula do
Corpo de Cristo empregada, segundo Timothy George, para “tomar os conceitos
clássicos da Reforma (sola
gratia, sola fide, sola scriptura) e dar-lhes uma exposição
clara e sistemática [...] adaptando-os ao contexto civil
de Genebra” (Teologia dos
Reformadores, Vida Nova,
1993, p. 166).
Muitos autores reconhecem
que a formação desse homem
foi providencialmente preparada para que, na época
própria, resultasse na contribuição que deu à fé cristã.
Vindo de uma boa educação
básica em Noyon, sua cidade
natal, estudou em Paris com
Cordier, mestre e pedagogo
renomado, reconhecido por
adotar métodos modernos de
aprendizagem do francês e
do latim. Essa pequena estada com Cordier marcou Calvino. A mando do pai foi
logo transferido para Montaigu, escola teológica católica, de orientação escolástica e disciplina rígida, onde
aprendeu a teologia dos pais
da igreja e de grandes nomes
como Agostinho e outros.
Em obediência ao pai, estudou Direito em Orleans, a
capital intelectual da França
na época. Ali aprendeu a língua grega. Depois da morte
do pai, voltou para Paris,
estudou as obras clássicas
da Antigüidade, se desenvolveu na filosofia humanística
e aprendeu hebraico. Começou a escrever aos 22 anos de
idade e o fez até morrer.
Ninguém sabe ao certo
como Calvino veio a Cristo, mas ele disse que Deus
mudou seu coração e foi a
Palavra que fez tudo. Também disse que Deus sujeitou seu coração à docilidade,
o que pode ser interpretado
como o desejo de ser um
Ao mesmo
tempo, tímido e
retraído, Calvino
foi forçado pela
Providência,
mediante as circunstâncias da
vida, a tornar-se
um líder reformador
aprendiz de Jesus Cristo.
Ao mesmo tempo, tímido e
retraído, Calvino foi forçado
pela Providência, mediante as circunstâncias, a tornar-se um líder reformador.
Sua educação prévia serviu
João Calvino considerava as crianças como parte da Igreja e a doutrina como um
legado da aliança de Deus para com os santos
como instrumento de Deus
para sua missão.
Calvino se firmou como
pastor, professor, escritor e
estadista da igreja nos três
anos que viveu em Estrasburgo. Casou-se com a
viúva Idelette de Bure e ela
lhe deu um filho que faleceu
ainda bebê. Anos depois,
já em Genebra, a própria
Idelette faleceu, deixando dois filhos do primeiro
casamento aos cuidados do
reformador. Além das graves enfermidades que sofria,
João Calvino experimentou
a dor da separação de sua
esposa e de seu filho. Sua
pequena casa vivia cheia de
parentes e amigos. Além dos
dois filhos de Idelette, o reformador abrigou em casa seu
irmão Antoine e família, com
oito filhos de dois casamentos. Foi um homem atribulado que aprendeu a confiar na
soberania de Deus e a enfrentar grandes obstáculos, embora de vasta cultura e muita
influência, num estilo de vida
simples, com erros e acer-
tos próprios da humanidade
, todavia voltado tenazmente
para a busca da educabilidade
diante de Deus.
Como teólogo produziu
as Institutas e comentários
bíblicos de muitos livros da
Escritura; pregou o Novo
Testamento aos domingos e
o Antigo Testamento durante
a semana; metrificou salmos
para que a igreja os cantasse
no culto; escreveu folhetos
doutrinários, tratados contra oponentes, muitas cartas
aos amigos e autoridades, e,
também, uma confissão de fé
e um catecismo, este último
direcionado à educação das
crianças e novos convertidos.
A respeito desse catecismo,
Calvino adotou o sistema
de perguntas e respostas, o
mesmo formato dos atuais
Catecismos Maior e Breve,
com quatro grandes seções,
a saber: a) a fé cristã; b) a
lei de Deus; c) a oração; d)
a Palavra e os sacramentos.
Dividiu-o em vinte e cinco
lições que, no conjunto,
dão à criança uma visão da
importância central da fé em
Cristo; de como a lei serve de
guia moral para a vida cristã; a oração como parte da
vida de piedade; a suprema
importância da Escritura e a
prática dos sacramentos.
Conquanto a memorização fosse muito empregada
naquela época, uma versão
moderna do Catecismo de
Calvino mostra aquele espírito pedagógico aprendido com
Cordier. Suas perguntas e respostas parecem fazer parte de
uma conversa entre o mestre
e o aluno. Não há nenhuma
ligação com a educação de
Montaigu que lhe deu aversão pelo escolasticismo, mas
há precisão exegética e hermenêutica, porém em linguagem suficientemente simples
para que a criança aprenda e cresça no conhecimento de
Deus e de si mesma.
Ainda que a pedagogia
moderna aponte os fracassos
da memorização e a desaconselhe como forma de
conhecimento, no que está
parcialmente correta, é pre-
Brasil Presbiteriano
ciso recordar que o conhecimento do cristão parece ter
o formato de um catecismo
mental, ou seja, há um conjunto de respostas armazenadas em sua mente, que dão as
razões de sua fé em Cristo a
quem queira saber.
Calvino cria e
sabia que os
cristãos precisavam ser inteirados da fé cristã em seu todo,
desde a tenra
infância, para
serem capazes
de conhecer
a Deus e a si
mesmos, identificar os ensinos
verdadeiros e
os falsos
Pedro exorta: “... santificai a Cristo, como Senhor,
em vosso coração, estando
sempre preparados para responder (apologia) a todo
aquele que vos pedir razão
(logos) da esperança que
há em vós...” (1Pe 3.15).
Mesmo que a preciosa instrução do Espírito do Senhor
esteja sempre à disposição
dos discípulos nas horas de
afirmação da fé (Lc 12.12),
a tarefa da educação cristã é
preparar o cristão para responder, e esse preparo vem
do “exercício” de responder.
A resposta (apologia) a qualquer pessoa precisa ser uma
resposta catequética, afirmadora dos mistérios da fé, pela
qual o cristão testemunhe a
razão pela qual espera em
Jesus Cristo, seu Salvador.
As respostas do catecismo
facilitam essa tarefa.
Calvino cria e sabia que
os cristãos precisavam ser
inteirados da fé cristã em
seu todo, desde a tenra
infância, para serem capazes de conhecer a Deus e
a si mesmos, identificar os
ensinos verdadeiros e os falsos. Considerava as crianças como parte da Igreja e
a doutrina como um legado da aliança de Deus para
com os santos. Enquanto via
a Escritura como “a escola
do Espírito”, o estudo exegético e hermenêutico como
ferramentas imprescindíveis
para a boa interpretação
bíblica, a vida piedosa como
meta – a despeito de sua
imensa cultura, o catecismo
era uma de suas ferramentas
educacionais para alcançar
os simples e lhes dar estrutura teológica.
A história passou, mas a
necessidade não mudou.
Mesmo com o ensino por
meio de aulas, pregações e
estudos profundos da Escritura, o catecismo continua
sendo importante ferramenta
de ensino reformado, especialmente se revisitado do
ponto de vista dialógico e
contemporâneo, com o objetivo de que suas respostas
ultrapassem a memória e
alcancem significância na
mente e na convicção pessoal. As palavras do catecismo podem não fazer muito
sentido ao leitor simples,
inicialmente, mas quando
Deus muda o coração humano em favor de Jesus Cristo,
tornando-o dócil ao Senhor,
elas se tornam vívidas e até
insuficientes para expressar
o conhecimento e a fé daqueles que crêem no Senhor e
em sua Palavra.
O Rev. Wilson do Amaral Filho,
pastor da ª IP de Jundiaí, é pedagogo, Mestre em Educação Cristã e professor de TS na EST do Mackenzie.
Julho de 009
5
Igreja Presbiteriana Canaã
8 Anos de Bênçãos
90 anos
IP de Pachecos
Organizada em de
setembro de 1919, a
IP de Pachecos, localizada em São Gonçalo,
Rio de janeiro, completa 90 anos este ano.
Uma grande comemoração, agendada para
acontecer no dia de
setembro deste ano,
a partir das 19h, irá
marcar a passagem
do aniversário! Que
Deus abençoe ricamente os irmãos que
fazem parte da história
daquela igreja!
N­os dias 0 e 1 de Junho
foi comemorado o oitavo
aniversário da IP Canaã,
em Goiânia (GO), numa
festa de louvor e adoração
ao Senhor da Igreja. Tendo
como pregador o Rev. Israel
Silva, pastor da IP União, as
comemorações contaram
com a participação do Coral
da Igreja, da Orquestra
Infantil de Flauta Doce e do
Coral Jovem Canaã.
A Igreja Presbiteriana
Canaã é jurisdicionada pelo
Presbitério Sudoeste de
Goiânia, tendo sido organizada em de junho de
001. O Reverendo Aurino
Cezar Lima Filho pastoreou
a igreja do período de sua
organização até o ano de
005, assumindo a partir de
então o Reverendo Belmiro
de
Oliveira
Campos,
de 00 até a presente
data, tendo como auxiliar o Rev. Salomão Alves
Brandão, que é o responsável pela Congregação
de Aragoiânia.
A igreja conta hoje com
todas as sociedades internas trabalhando ativamen-
te, e ainda um forte ministério de casais. N­a área da
música, além da Equipe
de Cânticos, tem ainda
o Coral, o Coral Jovem
e iniciando as atividades
a Orquestra Infantil de
Flauta Doce.
O testemunho do Rev.
Belmiro, que também é
Presidente do Presbitério
Sudoeste de Goiânia, é
que “há uma alegria genuína dos irmãos em fazerem
parte desta igreja. Ela é
diferente, mais acolhedora,
feliz em Jesus, alegre na
adoração, solidária, amiga,
séria e cuidadosa para com
a Palavra de Deus”.
Localizada na região
sudoeste da cidade, a
Igreja Presbiteriana Canaã,
uma das dezenas de igrejas dos cinco presbitérios
de Goiânia, completa oito
anos de organização com
a disposição de continuar servindo intensamente
ao Senhor da Seara até a
volta daquele que é a razão
da igreja existir, o Senhor e
Salvador Jesus Cristo. A
Deus toda a glória.
Participe!
Este espaço é dedic
ado à publicação dos aniversá
rios das nossas igrejas. Pedimos
aos leitores
que participem envia
ndo carta e/ou
email para nós, nos
informando de
que forma comemorar
am ou irão
comemorar mais um
ano de vida de
suas respectivas igreja
s!
Brasil Presbiteriano
Julho de 2009
MISSÕES
Cofrinho Missionário: qual o destino da oferta?
Saiba de que forma o dinheiro é utilizado
T
odos os anos, a Agência Presbiteriana de
Missões Transculturais (APMT) promove duas
campanhas: a Campanha
de Oração pelas Famílias
Missionárias e a Campanha
da Oferta Missionária. Para
esta, sempre é encomendada
a uma fábrica uma grande quantidade de cofrinhos,
que são confeccionados com
o tema da APMT.
Durante o ano inteiro, igrejas escrevem e telefonam
para a APMT solicitando
o envio de cofrinhos para
serem distribuídos, geralmente, entre as crianças,
mas há casos em que a
SAF solicita e, às vezes a
campanha é deflagrada em
toda a igreja. “No decorrer
dos meses, despachamos os
cofrinhos e a despesa de
correio é por nós custeada.
Algumas vezes, as igrejas
querem caixas com 100 ou
200 cofres. O único inves-
timento que o solicitante do
cofrinho faz é o de um real
por unidade, que é o valor
de custo do fabricante”,
esclarece Mônica Mesquita,
missionária da Agência.
A missionária conta que,
ao longo do ano, os cofrinhos chegam ao escritório da
Missão, em São Paulo. “Na
grande maioria das vezes,
eles já vêm com o nome
do missionário a quem se
destina a oferta. Nesse caso,
o valor integral da oferta é
depositado na conta do referido missionário e nós o avisamos sobre a procedência
daquela oferta”, explica ela.
Nos casos em que o cofrinho chega sem especificação de destino da oferta, o
valor é depositado na conta
geral da APMT e é aplicado
nos projetos da Missão.
Algumas remessas de
cofrinho, no entanto, vêm
de forma diferente. “Recentemente, o departamento
Divulgação
Os cofrinhos são distribuídos pela Agência
Presbiteriana de Missões Transculturais
infantil de uma igreja de
Goiás recolheu os cofres,
abriu, contou, relacionou os
valores e fez um único depósito no banco. Em seguida,
nos enviou um e-mail, destinando ofertas para diferentes
missionários, conta Mônica.
Anuncio_SESQ_RODAPE_19_5:selo_tarja_Slogan_A4.qxp 3/30/09 12:12 PM Page 1
Há casos em que a igreja (ou
pessoa) quer destinar a oferta do cofrinho para um país
específico, então a APMT
age de acordo com o desejo
mencionado. “Em cada país
onde temos missionários há
projetos em andamento que
necessitam muito de recursos”, frisa ela.
Mônica diz que, às vezes,
quando chegam, os cofrinhos parecem vazios.
“Mas, ao abri-los, encontramos um cheque! Ou seja,
alguém que não teve tempo
de juntar as moedinhas, mas
ainda sim, não abriu mão de
ofertar a missões”.
No final das contas, 100%
das ofertas provenientes dos
cofrinhos são destinados
para missões transculturais.
“Nós louvamos muito a
Deus por todas as lideranças que têm despertado em
suas igrejas, especialmente entre os pequeninos, o
amor e a dedicação pela
obra missionária,” finaliza
Mônica Mesquita.
SERVIÇO: Se você deseja
adquirir alguns cofres, é
só entrar em contato com
a Base da APMT, em São
Paulo: (11) 3207-2139 ou
[email protected]
Igreja Presbiteriana
RPC 090330 / AM
150 anos evangelizando o Brasil
No Brasil há muitas igrejas cristãs.
Mas poucas têm um século e meio de história. A IPB tem.
São cento e cinquenta anos educando, promovendo ações sociais,
transformando vidas com a palavra de Deus.
Igreja Presbiteriana. 150 anos evangelizando o Brasil.
www.ipb.org.br/sesq
Brasil Presbiteriano
Julho de 2009
FAMÍLIA
Sínodo Sudoeste Paulista em plena atividade
O
Divulgação
Sínodo Sudoeste
Paulista
(SDP)
realizou nos dias
03, 04 e 05 de abril o seu
III Encontro de Casais,
no Hotel de Lazer Santa
Cristina, Paranapanema,
SP. As inscrições do evento eram inicialmente para
sessenta casais, mas noventa casais participaram do
encontro. O evento contou
com a presença de 230 pes- O evento contou com a presença de 230 pessoas, incluindo os filhos dos casais
soas, incluindo filhos dos Hernandes Dias Lopes, Reverendo Gildásio de Jesus pela Palavra de Deus. A
casais, pois o trabalho tem pastor da 1ª. IP de Vitória Reis, pastor da IP Central de diversão das crianças ficou
como objetivo alcançar toda e Vice-Presidente da CNE Osasco, São Paulo, e confe- por conta dos monitores e
a família.
ministrou palestras na rencista da CNE.
das instalações de lazer do
Foram dias de edificação sexta à noite, sábado de O propósito do encontro hotel. O evento contou com
pela Palavra de nosso Deus manhã e noite. No domingo foi a ministração e exor- a organização da Comissão
e Senhor. O Reverendo pela manhã, o preletor foi o tação para os casamentos Executiva do SDP e dire-
ção do Presidente do SDP,
Presbítero
Clodoaldo
Furlan. Nas devocionais,
os cânticos foram conduzidos pelo Presbítero Carlos
Douglas Diniz, Secretário
Executivo do SDP. O Vicepresidente do SDP, Rev.
Daniel José Silva, participou com uma grande caravana da Igreja Presbiteriana
de Boituva.
Em outubro, nos dias
dois, três e quatro, o SDP
realizará o Encontro de
Pastores, Presbíteros e
Lideranças das Igrejas e
Presbitério. O preletor, na
ocasião, será o reverendo
Ronaldo Lidório.
ENCONTRO
SPBC realiza encontro de casais
Aurino Cezar Lima Filho
A
capelania do Seminário Presbiteriano Brasil Central
(SPBC) realizou, no dia
04 de Junho, um encontro
de seminaristas casados e
suas respectivas esposas.
O evento aconteceu na
própria sede do seminário
e contou com a presença
de quase de trinta casais,
sendo preletora a Profa.
Neuza Tolentino Santana,
trazendo uma palavra de
instrução aos presentes.
Enquanto isso, os filhos
dos seminaristas tiveram
uma atividade própria para
as crianças, com histó-
Divulgação
foi uma das atividades da
Capelania do SPBC, que
tem recebido o apoio e a participação da Confederação
Sinodal Brasil Central do
Trabalho Feminino, e de
todas as Federações de
SAFs dos presbitérios:
Goiânia, Oeste de Goiânia,
Sudoeste de Goiânia, Leste
de Goiânia, Metropolitano
e de Anápolis. Além da
Confederação Sinodal e
O evento aconteceu na sede do seminário, em Goiânia
suas Federações, o SPBC
tem sido alvo do amor e
rias, cânticos e diversão, de Carvalho. Na parte final Scarel, contando com a
cuidado de diversas SAFs
dirigidos pelo seminarista a SAF da Primeira IP de presença de uma equipe
locais, às quais registramos
Adérico de Almeida Silva Goiânia ofereceu um deli- daquela SAF e da presidennossa gratidão e louvor a
e com um alegre trabalho cioso lanche para os pre- te da Federação de SAFs
Deus por este trabalho.
de pintura facial feito pela sentes, sendo este trabalho do Presbitério de Goiânia.
Aurino Cezar Lima Filho é pastor e
voluntária Priscila Pedreira liderado pela Sra. Ângela Esse encontro de casais
capelão do SPBC
Brasil Presbiteriano
Julho de 2009
AÇÃO
Acampamento Shekinah reúne 350 jovens
O evento foi realizado pela UMP de Mogi-Guaçu
Fotos: divulgação
H
á um evento, organizado pela UPM da IP de
Mogi-Guaçu, interior
de São Paulo, que, há sete anos,
dá o que falar! É o acampamento “Shekinah” que, este ano,
aconteceu no feriado da Páscoa
e reuniu cerca de 350 pessoas,
a maioria jovens e adolescentes procedentes de 22 cidades
dos estados de Minas Gerais e
São Paulo.
Na ocasião, falou aos jovens
o reverendo Roberto Santos,
pastor auxiliar da 8ª IP de Belo
Horizonte, que aproveitou a
oportunidade para orientar a
juventude ali presente sobre sua
efetiva participação no crescimento do Reino de Deus.
Os cânticos estiveram sob a
Envolvimento: jovens e adolescentes participaram ativamente dos momentos de culto
direção do Ministério Ceifa composto de obreiros da JOCUM,
que tem desenvolvido trabalhos
de evangelização em diversos
países do Oriente Médio e recentemente no continente asiático.
Descontração – Divididos em
doze grupos, chamados de “tribos de Israel”, a turma participou de uma dinâmica sadia,
marcada pela criatividade, interação e cooperação de todos os
envolvidos. Outro destaque do
evento foi a efetiva participação
nos cultos dos adolescentes e
das crianças presentes.
O acampamento “She-kinah”
se torna a cada ano uma real
opção de crescimento espiritual
para os jovens. Para quem não
foi ao evento, neste ano, fica o
convite para a próxima edição
do acampamento, que será realizado em 2010.
NOVIDADE
Nasce a Igreja Presbiteriana Esperança
Luiz Gustavo Martins
de Castilho
N
o dia 21 de março de
2009, o Presbitério de
Nova Friburgo e região/
RJ (PNFR) teve a alegria de
organizar mais uma Igreja
Presbiteriana para honra e glória
do Senhor!
Localizada no Bairro de São
Geraldo, a recém-nascida IPE,
Igreja Presbiteriana Esperança,
foi por mais de cinquenta anos congregação da Igreja
Presbiteriana Central de Nova
Friburgo, e realizou seus primeiros cultos embaixo de uma
árvore, com homens valorosos,
direcionados pelo Santo Espírito
de Deus.
Na década de 70, o irmão
Fernando Motta foi usado por
Deus para abençoar esta história, doando um terreno, onde foi
construído um simples templo
para que ali, durante muitos
anos o povo de Deus pudesse
se reunir em cultos de adoração
ao Senhor.
E no dia 21 de março, a IPE
não apenas teve sua organização como igreja concretizada, como também teve a honra
de estar inaugurando seu novo
templo, erguido com ajuda dos
membros e por misericórdia do
próprio Deus.
Em todos esses anos, a atual IPE
contou com inúmeros homens
e mulheres de Deus, dirigindo e abençoando este trabalho,
entre eles, o presbítero emérito
Valdir da Silva, e o diácono
emérito Trajano Machado, que
continuam atuando com muita
alegria, compondo o atual rol
de membros da IPE, bem como
sua liderança, podendo passar
experiência aos novos membros
Fotos: divulgação
do Conselho, que é
presidido pelo Rev.
Luiz Gustavo M. de
Castilho.
O primeiro Conselho foi formado pelos
presbíteros Antônio
Campanati, Carlos
Henrique Mugani,
José Ronaldo Zavoli
e José Ferreira Cler,
e a Junta Diaconal O templo foi inaugurado no dia da organização da nova igreja
pelos diáconos Aldo
Bittencourt, Carlos Henrique Sínodo e Presbitério e de outras fértil que contempla o nascimento de novas filhas.
Pereira, Jorge Sant’anna, denominações.
O
bairro
em
que
se
localiza
Leomar Herdy, todos ordenados
Endereço da nova igreja:
no mesmo dia da inauguração e a nova Igreja está em grande Rua Dr. Feliciano Benedito da
desenvolvimento e com certeza
organização da igreja.
Costa, nº 2921.
Essa noite festiva, que encheu é um campo fértil e promissor São Geraldo, Nova Friburgo, RJ.
não apenas o novo templo da para a propagação e crescimento Cep: 28630-000
IPE, mas também a rua, dando do evangelho.
[email protected]
Que a boa mão do Senhor
um testemunho da glória e da
(22) 2523 4672 / (22) 99162751
fidelidade do Senhor, contou continue abençoando a Igreja
ainda com a presença expressiva Presbiteriana do Brasil, que Rev. Luiz Gustavo Martins de Castilho
Pastor da IPE
de pastores e representantes do comemora seus 150 anos, mãe
Brasil Presbiteriano
Julho de 2009
REFLEXÃO
Onde planto meu Ipê?
N
o meu último aniversário ganhei algo
inusitado: algumas
sementes de Ipê, mais
especificamente de Ipê rosa
(Tabebuia pentaphylla).
Árvore comum nas regiões
menos quentes do país, essa
espécie é, geralmente, o primeiro dos ipês a florir no
ano. Inicia a floração em
junho e pode-se encontrar
flores ainda em setembro.
Uma espécie exótica, com
provável origem argentina,
bastante usada em paisagismo urbano, pois se desenvolve rápido.
O semeador,
Deus, procura uma boa
terra onde sua
semente possa
frutificar
Acontece que, de acordo
com as instruções de plantio, as sementes devem ser
colocadas em terra de boa
qualidade e regada moderadamente, então a germinação deve acontecer em até
trinta dias. Antes de completar cento e cinquenta dias,
ela deve ser transplantada
para um local onde possa se
desenvolver e atingir seus
quatro metros de altura.
Fiquei extremamente feliz,
pois, uma vez que já tenho
descendente, após plantar
uma árvore, só vai me faltar
escrever um livro!
Comecei, então, a procura
por um local para minha
incursão ao mundo agrícola! Passei a notar mais
as árvores na cidade onde
vivo. Percebi mais os ipês
nas ruas, praças e canteiros. Obviamente que, como
a criação exulta o poder de
Deus, lembrei-me do meu
Criador e fiquei orgulhoso
em saber que as mesmas
mãos que fizeram tantas
maravilhas naturais também O Ipê rosa é uma árvore comum nas regiões menos quentes do país
me criaram, que honra.
e crescimento da vida par- achá-la, é voltar a preparar
Percebi que não é tão fácil terra ideal para Seu plantio.
Mas o fato de só achar con- ticular, das responsabilida- a terra de minha vida para
assim achar um local seguro,
onde possa plantar meu ipê creto e terras ruins para meu des e das adversidades pelas receber as sementes que o
sem que algum aventureiro ipê tem me feito pensar: será quais todos nós passamos Maior Agricultor quer semequeira transplantá-lo antes que concretei minha própria atuam como o solo rochoso ar, e deixar produzir os frutos
que eu. Isso porque, viven- vida e Deus não tem encon- ou o solo cheio de espinhos que ele espera.
A minha mão já está no
do numa metrópole, terra trado espaço para semear e da parábola?
Ainda não achei a terrinha arado, e a sua?
é artigo de luxo. Tem bas- me fazer frutífero?
Será que a correria do dia que preciso pro meu Ipê, mas
tante, mas todas sempre em
Enos Moura Filho é diácono
locais públicos, onde não há a dia, do desenvolvimento sei que, mais urgente que
da 1° IP Guarulhos
segurança para plantá-lo e camiseta_adesivo:anuncio BP camisetas 5/5/09 5:41 PM Page 1
esperar crescer.
s
A parábola de semeador
eta e* tis.
s
i
á
me veio à mente. Nela Jesus
am retrete gr
c
descreve alguns locais onde
o f f
çã + isetas,
o
a semente havia sido plan,
om 0 cam
tada, e que, no lugar certo,
Pr $ 2de 11
a semente frutifica e produz
R partir
Sesquicentenário IPB
A
*
muito bem.
A RPC está oferecendo a
Num primeiro momento
toda família presbiteriana,
coloquei-me no lugar do
camisetas e adesivos com
semeador. Como tenho
o selo oficial do
poucas sementes, não posso
Sesquicentenário da IPB.
Peça já a sua camiseta
sair espalhando a esmo,
ou adesivo ligando para:
mesmo porque gostaria de
0800-141963 ou 11 3207-7099 ou
acompanhar o crescimento,
escreva para [email protected].
registrando meu futuro Ipê
em fotos. Preciso achar a
terra ideal.
Depois, pensei melhor, e
me coloquei como sendo
a terra. O semeador, Deus,
procura uma boa terra onde
Sua semente possa frutificar.
Rede Presbiteriana de Comunicação
A minha melhor intenção é,
www.ipb.org.br/rpc
então, oferecer-me como uma
Camisetas
e adesivos
RPC 090505 • AM
Enos Moura Filho
10
Brasil Presbiteriano
Julho de 2009
HISTÓRIA
Brasil Presbiteriano
Julho de 2009
11
Festa centenária no presbiterianismo mineiro
Colégio Evangélico de Alto Jequitibá, localizado em Minas Gerais, completa 100 anos de fundação
N
o ano de 1909, portanto um século atrás, a
Igreja Presbiteriana
do Brasil ainda era
uma “jovem senhora”, com apenas 50 anos desde a chegada de Simonton ao Brasil. A emancipação
da igreja nacional somava apenas
21 anos (1888).
Centenário
O ano de 2009 é singular e significativo para a IPB. Além dos 150
anos da igreja no Brasil, o ano também marca o aniversário 100 anos
de fundação do Colégio Evangélico
de Alto Jequitibá, Minas Gerais. O
aniversário será celebrado nos dias 5
e 6 de setembro, na Festa Centenária, junto com a cidade.
São esperados ex-alunos de todas
as partes do país. Familiares de gente que ainda hoje tem ali as suas raízes históricas deverão comparecer.
O museu histórico funcionará para
atendimento ao público. Feira de
quitandas e artes manuais, eventos e
apresentações culturais, fausto almoço no “colégio”, culto cívico e culto
de adoração e muito mais vão enriquecer o evento e encher a cidade.
Na sequência, para que os leitores
saibam um pouco mais sobre a bonita história desta instituição de ensino, um relato histórico produzido
por Ulisses Horta Simões, professor
do Seminário Presbiteriano Rev. Denoel Nicodemos Eller, coordenador
do seu departamento de Teologia
Sistemática e sobrinho-neto do Rev.
Anibal Nora, fundador do Colégio.
Fase do Rev. Annibal Nora
O leste do estado de Minas Gerais
foi região pioneira na expansão do
presbiterianismo brasileiro. Naquela região, os colonos europeus se fixaram, vindos do estado do Rio de
Janeiro. Depois de 1896, quando o
breve pastorado local de Salomão
Luiz Gisburg deu lugar à assistência inicial de John Merryl Kyle,
organizou-se em 1902 a igreja,
sob a bandeira presbiteriana. Começava o ministério de cinco anos
de Mathathias Gomes dos Santos.
Seus sucessores – Franklin do Nascimento e Manoel Alves de Brito
– tiveram pastorados efêmeros.
Em 1908 chegou um novo pastor
para ficar – ficou de 1908 a 1927;
Annibal dos Santos Nora era o seu
nome. Annibal Nora fora enviado
pelo Presbitério do Rio de Janeiro
em 1908, sob a orientação do Rev.
Álvaro Reis. Sua missão era fixarse e expandir a obra presbiteriana
na região. No primeiro ano do seu
ministério, Annibal Nora e sua esposa, Constância Lemos Nora, idealizaram a criação de uma escola
primária para educar as crianças de
Alto Jequitibá e de toda a região.
Foi dessa forma que, em 1909, no
pavimento superior da casa pastoral, Constância e Annibal iniciaram
uma obra educativa atendendo já
setenta crianças no primeiro ano.
Surgia o embrião do histórico Colégio Evangélico, naquela bela região aos pés do Pico da Bandeira,
no Parque Nacional do Caparaó.
Para dar sustentação à nova insti-
tuição, o casal idealizou uma celebração festiva na cidade, sob os auspícios da igreja. Associando a imagem da missão sócio-educativa da
igreja com o genuíno espírito cívico
dos crentes, a escolha para a data da
“festa” recaiu sobre o “sete de setembro”. E a escola progrediu. Em
1923, transformou-se no “Gymnásio Evangélico de Alto Jequitibá”,
mais do que duplicando o número
de alunos. Para tanto, contou com a
direção técnica do Mackenzie College, de São Paulo. E a cada ocasião
da festa nacional pela independência do país, a Igreja Presbiteriana
de Alto Jequitibá foi transformando
em sólida tradição regional a “Festa
do Sete de Setembro”, cujos benefícios eram catalisados em favor da
obra educacional. Exibições de rua,
barraquinhas, esportes, concentração pública e cultos sempre têm
sido parte da programação.
Foi assim que a primeira “festa” se
deu exatamente há um século, marcando de modo atraente a presença
do presbiterianismo no leste mineiro. Como outra marca importante
do ministério de Annibal Nora era
o seu incansável trabalho expansionista, tomando como seu pólo
de partida a Igreja Presbiteriana de
Alto Jequitibá, todo o leste mineiro,
bem como boas porções do restante do estado, do estado de Espírito
Santo e até do norte do Rio de Janeiro receberam os influxos benéficos daquela abençoada empreitada.
Mais do que uma celebração, e do
que uma campanha para sustentação da obra, a festa passou a ser
ocasião propícia para reencontro
das famílias. O lema do ginásio era
– “O temor do Senhor é o princípio
da sabedoria”!
Fase do Rev. Cícero Siqueira
Depois da saída de Annibal Nora,
e depois de curto pastorado de Julio Camargo Nogueira, assume o
pastorado da igreja outro gigante:
o pernambucano “mineiro” Cíce-
ro Siqueira. Os anos 30 trouxeram
em 1959, mas já desativado.
da APCE-Associação Presbiteriana
consigo a Grande Depressão. A
Atualmente a obra educacional Cultural e Educacional.
base da economia local, lavouras
do “Colégio Evangélico” foi sucede café, sofreu grande declínio.
dida por uma escola pública dirigi- Informações e contatos:
A crise econômica colocava em
da pela Secretaria de Educação do IPAJ, Rev. Paulo Martins Silva:
risco a continuidade do ginásio.
Estado de Minas Gerais. As insta- [email protected]
Mas, para Cícero Siqueira a crise
lações que ainda pertencem à IPAJ
era apenas mais um desafio. Asincluem facilidades notáveis, como Acomodações para hospedagem:
sumindo com denodo a tarefa de
o moderno alojamento para eventos, APCE, Pbo. José Guilherme Fraga:
continuar a obra do seu antecessor,
como a própria festa, sob a gestão [email protected]
Cícero Siqueira não só superou a
crise, mercê da preciosa graça do
Rev. Annibal Nora,
Altíssimo, como ainda logrou êxifundador do ginásio
Rosaly Gripp
to em ampliar a obra, transformando o ginásio em colégio.
Tão extensa quanto a duração do
ministério do Rev. Cícero na igreja (1930 a 1963, quando foi transferido para a glória do Redentor),
foi também a repercussão positiva,
tanto do ministério quanto da condução do colégio nas mãos daquele
homem de Deus. Figuras expressivas do cenário não apenas mineiro
como também nacional constam
como ex-alunos do “Colégio Evangélico”. A obra inspirou escolas
evangélicas em várias outras partes
do país, principalmente depois do
Supremo Concílio do Centenário da
IPB, que se realizou em Alto Jequitibá em 1950. E desde 1909 a “festa” continua sendo um referencial
da agenda celebrativa, não só da
igreja local, mas de toda a região e,
por que não dizer, do presbiterianismo pátrio. Foi tão forte a presença
do presbiterianismo de Alto Jequitibá no contexto nacional, que chegou a abrigar o terceiro seminário
da denominação – Seminário Presbiteriano do Centenário – iniciado Fachada do antigo colégio, hoje Associação Presbiteriana Cultural e Educacional
1
Brasil Presbiteriano
Julho de 009
MÚSICA
IP de BH realiza congresso de música
“A centralidade de Cristo na vida da igreja” será tema principal do evento
Raquel Magalhães
A
Quarta
Igreja
Presbiteriana de
Belo Horizonte realizará nos dias 4, 5 e 6
de setembro um congresso de louvor e adoração
com a participação especial do grupo Logos. O
Tema do Congresso será
“A Centralidade de Cristo
na Vida da Igreja”.
Em contraste com um
momento de excessiva centralidade do homem nos
momentos de cânticos na
igreja, a Palavra de Deus
nos deixa claro que esses
momentos devem girar
em torno de Cristo e de
seu propósito. Participarão
como preletores do evento os reverendos Cássio
Campos (Quarta IPBH),
Charles Melo de Oliveira
(Sexta IPBH), Rubens dos
Anjos (Quarta IPBH) e o
músico cristão Paulo César
(Grupo Logos).
“Precisamos estar atentos e sensíveis à voz do
Espírito na Escritura para
que a condução do momento de louvor venha centralizar a Cristo na igreja”,
alerta Glênio Vilas Boas
da Silva, coordenador de
música e líder da UMP da
Quarta Igreja Presbiteriana
de Belo Horizonte. Em
entrevista concedida ao BP,
o músico fala mais a respeito do cântico nas igrejas.
Brasil
Presbiteriano
– Como devemos chamar
aqueles que são responsáveis pela música nas
igrejas? Equipe de louvor? Ministério de adoração? Ministério de louvor?
Grupo de adoração? Grupo
de cânticos?
Glênio Vilas Boas da
Silva – A Palavra de Deus
não nos traz claramente
uma resposta precisa sobre
o nome dado a esse grupo,
tanto que, equipes de lou-
vor, ou ministérios de louvor (seja o que for) como
conhecemos hoje,são uma
formação recente na história da igreja. No início
de século passado a figura
do ministro de louvor não
era conhecida. Os próprios
ministros, pastores eram
responsáveis pela composição e até mesmo pela
execução dos hinos e cânticos na igreja. Isso ajudava a igreja a prezar por um
cuidado teológico muito
maior pelas letras dos
hinos e cânticos cantados.
Independente do nome
que essas equipes venham
a ter, o mais importante
é que elas estejam conscientes de que o conteúdo
é muito mais importante
do que a "embalagem".
As equipes de cânticos
precisam centralizar a
Cristo e sua Palavra e não
a si mesmos ou interesses
musicais particulares.
BP – Que cuidados devem
ter aqueles que estão à
frente da ministração dos
cânticos nas igrejas?
Glênio – Em primei-
ro lugar, estar consciente de que somos servos e
não estamos na frente da
igreja para ser servidos.
Precisamos estar atentos e
sensíveis à Escritura para
que a condução do momento de louvor venha centralizar a Cristo na igreja.
E para que isso aconteça,
é imprescindível vivermos
em santidade, não nos conformando com este mundo.
BP – Que conselhos você
daria para aqueles que querem formar um bom grupo
musical em suas igrejas?
Glênio – O primeiro conselho é que a liderança da
igreja esteja diretamente
envolvida na escolha dos
integrantes, orientando os
lideres. É necessário que
cada integrante não apenas
participe do grupo, mas de
fato, esteja envolvido com
a igreja em todas as outras
programações, como escola dominical, que cumpra
a escala de louvor e que
participe de todos os cultos.
Outro conselho é que seja
feito também um teste na
área musical com algum
músico profissional, para
avaliar a aptidão musical
dos candidatos. Às vezes o
candidato tem muita admiração pelo ministério de
cânticos, porém isso não
significa que tenha vocação
para cantar.
BP – Qual a orientação
bíblica para os irmãos
que estão ligados à música nas igrejas?
Glênio – Em Romanos
11.36 diz: "... dele e por
ele, e para ele, são todas
as coisas; glória, pois, a
ele eternamente. Amém."
Esse deve ser o lema de
cada músico na igreja. Não
estamos ali para tocar, em
primeiro lugar. É possível
que, como músicos, nos
sintamos limitados nos estilos musicais que atendem à
igreja. Porém, podemos nos
satisfazer musicalmente de
outras formas, participando
de festivais e de outras programações musicais. Temos
que estar cientes que o centro da ministração de louvor é Cristo e sua ação na
igreja e não a nossa satisfação musical. Que Deus
abençoe a todos!
Glênio Vilas Boas da Silva
é coordenador de música e
líder da UMP da Quarta
Igreja Presbiteriana de Belo
Horizonte. É licenciado em
Música com habilitação
em piano, Universidade do
Estado de Minas Gerais.
Mais informações no site
www.quarta.org.br/conlad
ou pelo telefone (31) 34853866
Brasil Presbiteriano
Julho de 2009
13
EDUCAÇÃO
Mackenzie recebe nota máxima do MEC
E
m
avaliação
do
Ministério da Educação, por meio do
Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais
(INEP), realizada em dezembro de 2008, a Universidade
Presbiteriana Mackenzie,
como Síntese da Avaliação,
recebeu o excelente Conceito
5. Segundo o reitor do
Mackenzie, Dr. Manassés
Claudino Fonteles, "essa
vitória é o resultado de um
esforço coletivo pelo qual
parabenizo a toda comunidade Mackenzista."
Para essa avaliação, o
MEC utiliza como dimensões e indicadores os
seguintes parâmetros:
1. Missão e Plano de Desenvolvimento Institucional
(PDI).
2. Política de ensino de
graduação e pós-graduação
(pesquisa e extensão) com as
respectivas normas de operacionalização, incluídos o estímulo à produção acadêmica,
bolsas de pesquisa monitoria
e demais modalidades.
3. Responsabilidade Social
da Instituição.
4. Comunicação com a
Sociedade.
5. Políticas de Pessoal,
incluindo a de carreira do
corpo docente e de corpo
técnico administrativo.
6. Organização e Gestão da
Instituição, especialmente o
funcionamento e representatividade dos colegiados – sua
independência e autonomia
em relação à mantenedora.
7. Infra-estrutura física,
especialmente a de ensino e
pesquisa, biblioteca e sistemas de informação.
8. Planejamento e avaliação
– especialmente em relação
aos processos, resultados e
eficácia da auto-avaliação
institucional.
9. Políticas de atendimento
aos discentes.
10. Sustentabilidade financeira, tendo em vista o significado social da continuidade
dos compromissos na ofertas
da educação superior.
Sobre esse resultado, o
chanceler da Universidade,
Rev. Augustus Nicodemus,
deu o seguinte depoimento:
Este excelente resultado
se deve, sem qualquer sombra de dúvida, à eficiência
da Universidade como um
todo. O que não se pode
esquecer é que por detrás
dos esforços bem-sucedidos
da Universidade está a sua
Mantenedora, o Instituto
Presbiteriano Mackenzie,
e a Associada Vitalícia
do Mackenzie, a Igreja
Presbiteriana do Brasil.
O Instituto, representando os interesses da Igreja
Presbiteriana do Brasil, vem
desenvolvendo há vários anos
o Planejamento Estratégico
do Mackenzie, que toca nas
áreas de qualidade, extensão, eficiência administrativa e confessionalidade da
Universidade. É graças ao
entendimento claro da visão,
missão e valores estabelecidos neste Planejamento,
bem como as suas macropolíticas que direcionam a
Universidade, que as condições necessárias para que
ela se erga academicamente são providas. Por detrás
desta Universidade eficiente está uma organização
mais que centenária, séria,
que vê a educação confessional de qualidade como
missão e serviço ao Deus
das Escrituras.
ESPORTE
Melhor paraatleta do mundo é Mackenzista
E
m 2009, o Mackenzie
traz novidades no
marketing esportivo:
o patrocínio dos paraatletas da natação Daniel Dias,
Gabriela Cantagallo e Lucas
Ito. O presbiteriano Daniel
Dias, membro da Igreja
Presbiteriana de Bragança
Paulista, que recentemente
recebeu o Laureus Sports
Awards 2009, o oscar do
esporte como melhor pararatleta do mundo, se anima
com o patrocínio. “Espero
que seja uma boa parceria e
que dure anos. Estou muito
feliz pela história e pela tradição da Instituição,” fala.
Entusiasmado com a
nova parceria, o Diretor de
Ensino e Desenvolvimento,
Cleverson Pereira de
Almeida afirma que, para
a instituição, é importante
que os atletas honrem os
princípios do Mackenzie:
“esperamos que nossos
atletas entendam o espírito Mackenzista e que sejam
coerentes com nossos valores institucionais” declara.
Já nesse ritmo, por onde
passa Daniel dedica suas
vitórias a Deus, dando graças pelas bênçãos alcançadas; ele é exemplo de força,
dedicação, superação, mais
uma semelhança com seu
novo patrocinador.
Fotos reproduzidas do programa
"Mais Você", exibido pela Rede
Globo, no último dia 19/06/2009,
ocasião em que o atleta Daniel
Dias apareceu, pela primeira
vez, em rede nacional, com o
uniforme do novo patrocinador,
o Mackenzie
14
Brasil Presbiteriano
Julho de 2009
AQUISIÇÃO
História preservada
Túmulos de pioneiros presbiterianos são adquiridos
O
Instituto Presbiteriano Mackenzie
acaba de adquirir os
túmulos de dois pioneiros
presbiterianos, os reverendos Zacarias de Miranda
e William Alfred Waddell,
localizados no Cemitério dos
Protestantes, em São Paulo,
e que corriam o risco de ser
vendidos para outras pessoas
por falta de pagamento das
taxas de manutenção.
De acordo com o reverendo
Alderi Matos, historiador da
IPB e uma das pessoas que
intermediou a compra, tal
negociação tem importante
valor histórico. Com esta
medida, preservamos uma
parte da história da IPB. Se
não fosse essa aquisição,
os túmulos desses importantes personagens poderiam desaparecer para sempre, como já aconteceu em
outros casos. Não é uma
questão meramente sentimental, mas de preservação
histórica, frisou ele.
Quem foram Miranda e
Waddell ?
O Rev. José Zacarias de
Miranda e Silva (18511926), mais conhecido
como Zacarias de Miranda,
foi um dos primeiros pastores da IPB, ordenado em
1881. Foi pastor da Igreja
Presbiteriana de Sorocaba,
um dos fundadores da
Igreja Presbiteriana Unida
de São Paulo e redator por
alguns anos da Revista das
Missões Nacionais.
Já o Rev. William Alfred
Túmulos dos pioneiros presbiterianos
Revs. Zacarias de Miranda e William Alfred Waddell
Waddell (1862-1939) foi
um pastor e engenheiro
norte-americano que chegou ao Brasil em 1890 e
se tornou um dos fundadores do Mackenzie College
e da sua Faculdade de
Engenharia, uma das primeiras do Brasil. Além de
presidir o Mackenzie por
dois mandatos, ele foi um
dinâmico missionário no
interior da Bahia, onde fundou o Instituto Ponte Nova
(1906). Também foi o fundador do antigo Instituto
José Manoel da Conceição
(1928). Mais informações
sobre esses personagens
podem ser encontradas no
livro de Alderi Matos, Os
Pioneiros Presbiterianos do
Brasil, da Cultura Cristã.
Segundo o reverendo
Alderi, a aquisição representa uma vitória para os
presbiterianos. Dessa forma
garantimos a valorização e
a preservação da memória
dos nossos pioneiros, dos
homens que ajudaram a
construir a IPB, defende.
Serviço: O Cemitério dos
Protestantes está localizado
na Rua Sergipe, 177, no
Higienópolis, São Paulo.
Telefone (011) 3256-5844.
NOTA DE FALECIMENTO
Rev. Aníbal Pereira Filho
No último dia 21 de fevereiro, o Rev.
Aníbal Pereira Filho foi chamado à
presença do Senhor. Iria completar
93 anos no próximo dia 31 de agosto,
dos quais 56 anos foram dedicados
ao ministério pastoral. Ele nasceu
na cidade de Campanha, MG. Seus
pais: Aníbal Pereira e D. Adelaide
Paulina Pereira.
O rev. Aníbal viveu a sua infância
em Soledade, sul de Minas, onde,
com 16 anos de idade fez a sua pública profissão de fé. Com 17 anos foi
estudar no Instituto Bíblico Eduardo
Lane, em Patrocínio (MG), tornandose evangelista da Igreja Presbiteriana
do Brasil em 1942, aos 26 anos. Em
1948, iniciou seus estudos teológicos
no Seminário Presbiteriano do Sul
onde foi bacharelado. Sua consagração ao ministério pastoral se deu em
janeiro de 1953 e em 17 de julho de
1954 casou-se Ruth Côrtes Pereira.
O Rev. Aníbal e dona Ruth tiveram
três filhos: Juraci Alberto, Rosângela
e Aníbal Luís. Este, seguindo os
passos do pai, é pastor da IP de
Cambé, PR.
Brasil Presbiteriano
Julho de 009
15
AN­IVERSÁRIO
IBEL completa 76 anos
O
IBEL comemorou
no dia 2 de junho
de 2009 o seu 76º
aniversário. Todos os
anos, por conta da data, a
instituição realiza a Semana
Frances Hesser, quando são
abordados temas teológicos
de interesse dos alunos.
As comemorações deste
ano constaram de palestras
sobre os seguintes temas:
Discipulado e Literatura
com o Rev. Cláudio Antônio
Batista Marra, Editor da
Cultura Cristã e do BP,
que pregou também no
Culto de Gratidão; Missões
Nacionais com o Rev.
Lourival Luiz do Prado e
Missões Transculturais
com o Rev. Marcos
Agripino. Durante o evento
as mensagens devocionais
foram ministradas pelo
missionário Rev. Luciano
Breder e esposa.
Sob a direção do Rev.
Roberto Brasileiro, também
presidente do Supremo
Concílio da IPB e pastor da
IP Vila Constantino, o IBEL
é uma associação civil com
sede em Patrocínio, MG,
fundado em 1933 pela
Missão Oeste do Brasil,
jurisdicionado pela Igreja
Presbiteriana do Brasil.
O objetivo do IBEL, sob a
orientação da IPB, é preparar
obreiros para serviço das
Igrejas Evangélicas do
Brasil, tendo como base
o ensino das Sagradas
Escrituras, tal como exposto
em nossos símbolos de fé.
O IBEL se destaca no
cenário teológico, por ser
uma escola de natureza
Fotos: divulgação
ímpar na preparação de
evangelistas para atender
aos campos missionários no
Brasil e também no exterior.
Desde 1933, a instituição
entrega uma média de 30 a
40 evangelistas por ano para
a seara do Mestre e procura
continuamente melhorar
a qualidade do ensino e
capacitação do aluno.
Foto principal - Missionária Léa Siqueira, Rev. Roberto Brasileiro,
Rev. Luciano Breder e sua esposa Dorcas (JMN) e Missionária
Cristina Teresa Amaral
Demais fotos de cima pra baixo: Rev. Cláudio Marra, Coral do
Ibel, Culto de abertura e, por último, Rev. Roberto Brasileiro e sua
esposa, Solange Tambelini Brasileiro
IBEL realiza seminário
de música sacra
A
contece entre os dias 27 de julho a 1 de agosto o
Seminário de Música Sacra, no Instituto Bíblico Eduardo Lane (IBEL), localizado em Patrocínio (MG).
Os interessados poderão participar de diversas oficinas
temáticas. Inscrições abertas até o dia 20 de julho.
Os professores Parcival Módolo, Júnia Chagas, Jonas
Nogueira, Suzel Cabral, Miriã Brasileiro Silva, Jaques
Silva e Ric Arruda serão os responsáveis por conduzir o
seminário.
O curso completo, incluindo hospedagem e alimentação,
custa R$280,00. O pacote de cinco oficinas, sem os benefícios citados, custa R$180,00. Cada oficina custa, de forma
avulsa, R$60,00.
As inscrições estão abertas até o dia 20 de julho de 2009.
16
Brasil Presbiteriano
Julho de 2009
CONSULTÓRIO BÍBLICO
Ética X Moralidade
Odayr Olivetti
“Que dizer sobre a questão da legalização ou não da prostituição?”
(2ª Parte)
C
ompletando a resposta
publicada anteriormente,
vou tratar aqui do aspecto ético do problema da legalização ou não da prostituição.
Primeiramente é bom distinguir ou definir termos. Num
sentido geral, não técnico, ética
e moral ou moralidade são
sinônimos. Mais precisamente, porém, a moral trata dos
costumes, hábitos e práticas; a
ética os considera e estabelece
princípios de conduta.
Infelizmente, na sociedade
moderna, fala-se em ética mais
no sentido do corporativismo:
formas de relação e tratamento
das pessoas que pertencem a
uma instituição, ou que trabalham juntas ou que pertencem a um dado grupo social, a
uma classe social, a um partido
político, a uma corrente educacional ou filosófica, a uma
profissão. Fala-se até em ética
de quadrilhas de andoleiros.
O que interessa a essa ética é
a proteção mútua dos interessados. Esse tipo de ética nem
merece o nome.
A ética, como ciência dos
princípios de conduta, tem forte
ligação com a filosofia e com a
teologia. Cada filosofia determina sua ética; cada sistema
teológico determina também
sua própria ética. Por isso sempre defendi que nos seminários
teológicos a teologia sistemática e a ética tenham o mesmo
professor. Durante alguns anos
tive o responsabilizante privilégio de lecionar teologia sistemática e ética no SPS.
No caso das filosofias, são
numerosas e multifacetadas.
Tomemos uns poucos exemplos: a metafísica, o estoicismo, o cinismo, o pragmatismo
(utilitarismo) e o existencialismo. A metafísica é a filosofia
que lida com o transcendental.
Dependendo de seus mestres e
adeptos, essa filosofia tende a
invadir o terreno da teologia, e
pode incluir aplicações práticas
ou não. Mas ela é por natureza
o trato das realidades ou elucubrações transcendentais.
O estoicismo, que teve presença forte em Tarso, terra
natal do apóstolo Paulo, é a
filosofia que mais se aproxima
dos ideais éticos da disciplina
cristã – mas somente nesse
aspecto. O cinismo (palavra
que vem do grego kyon, cão)
é caracterizado pelo desprezo pelos valores ético-sociais
vigentes. Um seu representante
muito conhecido é Diógenes
(cerca de 460-390 a.C.).
Contam-se casos sobre eles
como os seguintes: (1) Dizem
que um dia ele saiu com uma
lanterna acesa em pleno meiodia em procura de um homem de
verdade; (2) Dizem que um dia
ele visitou o rico Demóstenes,
orador e estadista ateniense,
que vivia numa casa excelente, mantida pulcra e bela.
Quando Demóstenes recebeu
Diógenes, este lhe cuspiu no
rosto, e disse: “É o único lugar
em que não está escrito ‘Não
cuspa, não suje’”! (3) Dizem
que Diógenes estava junto do
seu tonel-residência, tomando sol. Chegou Alexandre, o
Grande, que o admirava e lhe
disse: “Pede o que quiseres, e
te darei”. O cínico respondeu:
“Que se afaste, para não fazer
sombra sobre mim”!
O pragmatismo utilitarista, que Caldas Aulete liga ao
deontologismo, filosofia do
dever, evidenciou-se uma filosofia destruidora do anseio
pelo saber profundo e por tudo
que não dê proveito concreto
e imediato. Utilidade é o que
visa acima de tudo o pragmático. Um resultado disso, principalmente entre os homens,
é que temos no Brasil muitas
mulheres dedicadas às letras e
à educação, e muitos homens
que se tornam hábeis profissionais (da mecânica à alta medicina), mas que, salvo exceções,
escrevem mal e pouco têm da
verdadeira cultura.
O existencialismo e o pragmatismo são as filosofias
dominantes na sociedade
moderna. A preocupação do
existencialista é com “o aqui
e o agora”. O passado é passado; o futuro, que importa?
O chamado existencialismo
cristão abranda isso, mas não
deixou de influir também na
ética situacional ou contextual.
Essa forma de pensar leva ao
conceito de relatividade ética,
de relatividade da própria verdade. Absolutos não existem.
Teólogos e pastores se deixaram levar por esse conceito,
o que explica sua nenhuma ou
pouca ênfase à disciplina das
igrejas. É certo que os missionários e os evangelistas têm
que levar em conta as diferentes culturas com seus diferentes costumes. Mas que o façam
sem deixar de viver e apregoar
os padrões absolutos funda-
mentais da verdade, da honestidade, da pureza. O objetivo
do cristianismo é transformar
a vida e o caráter das pessoas,
não acomodar-se a seus pensamentos e costumes. O próprio Charles Darwin, a quem
atribuem muita coisa que ele
não disse, mostrou a tremenda
diferença entre tribos indígenas
atrasadíssimas e convertidas
pelo evangelho, e outras não
atingidas pelos missionários.
Das muitas formas de ética
que estudei, só encontrei uma
com posição correta nesta
questão. Faz muitos anos, não
lembro o nome, mas lembro o
conteúdo essencial: A verdade
não é relativa; os valores éticos
fundamentais não são relativos;
o homem é que é “relativo”, o
homem é que flutua de acordo
com as circunstâncias, os lugares e as épocas. Esse homem
precisa da transformação produzida pelo Espírito Santo, e
sua mente precisa deixar-se
levar cativa da mente de Cristo
(2Co 10.5 e Fp 2.5).
Importante distinção: a ética
secular e a ética religiosa, em
particular, a ética cristã. A ética
cristã é de essência religiosa,
de modo que deve fundamentar
seus conceitos, princípios, normas e propósitos aos padrões
da Escritura Sagrada.
Corolário importantíssimo: A
igreja não pode querer impor
ao mundo sua ética. Toda vez
que tentou fazer isso o resultado foi péssimo. Exemplo: a
lei seca imposta ao povo dos
Estados Unidos gerou imensa
clandestinidade na produção
de bebidas alcoólicas e seu
comércio fortaleceu os criminosos, propiciando o desenvolvimento da famosa máfia de Al
Capone e outros.
Conclusão
As igrejas evangélicas brasileiras podem e devem ajudar as autoridades na busca
de soluções razoáveis para o
problema da prostituição, mas
não devem ter a pretensão de
impor a uma sociedade corrupta, pagã, hipócrita (maioria
cristã?!) a pura, maravilhosa e
divina ética cristã.
E que cada um de nós, no
meio da terrível poluição moral
que entra em nossas casas pela
janela da TV, procure desenvolver o que o apóstolo Paulo,
inspirado, nos exorta a fazer,
em Filipenses 4.8,9:
“... irmãos, tudo o que é
verdadeiro,
tudo o que é respeitável, tudo o
que é justo, tudo o que é puro,
tudo o que é amável, tudo o
que é de boa fama,
se alguma virtude há e se
algum louvor existe,
seja isso que ocupe o vosso
pensamento.
O que também aprendestes, e
recebestes e ouvistes
e vistes em mim, isso praticai,
e o Deus da paz será
convosco”.
O Rev. Odayr Olivetti é pastor
presbiteriano, ex-professor de Teologia
Sistemática do Seminário Presbiteriano
de Campinas, escritor e tradutor.
[email protected]
Brasil Presbiteriano
Julho de 009
17
RESEN­HA
Mulheres notáveis no plano de Deus
Bruna Perrella Brito
H
á 40 anos (1968),
nos Estados Unidos,
quatrocentas mulheres do Woman’s Liberation
Movement (Movimento de
Libertação Feminina) se reuniram para protestar contra o
Miss América daquele ano.
Escolher um padrão de beleza
– a americana mais bela – era
visto como uma imposição
arbitrária a ser seguida pelas
demais mulheres, considerando a exposição comercial que
tal evento tinha então e o
alcance dele dentro das famílias. O protesto foi um marco
do período de transformação
da postura da mulher em relação ao seu papel na sociedade.
A mulher alcançou uma
considerável parte da “liberdade” que queria. Muitas
reivindicações eram justas
e necessárias, como salários
iguais aos dos empregados do
sexo masculino. Na busca da
igualdade feminina, qualquer
personagem que demonstrasse submissão a uma figura
masculina era menosprezada. Dentro desse contexto,
o papel bíblico da mulher
como auxiliadora do homem
foi considerado, por muitas
feministas, como uma imposição machista que deveria
ser desconsiderada, ignorada
e até ridicularizada. Embora
o movimento feminista tenha
perdido força com o passar do
tempo (conforme as reivindicações foram sendo alcançadas), essa visão antibíblica
do papel feminino deixou as
suas marcas entre nós.
Apesar do que as feministas
afirmaram, Deus concedeu
à mulher um papel importante e extraordinário. Quem
diz o contrário, certamente
O papel bíblico
da mulher como
auxiliadora do
homem foi considerado, por
muitas feministas, como
uma imposição
machista que
deveria ser desconsiderada,
ignorada e até
ridicularizada
não entendeu corretamente
as implicações desse papel
designado por Deus à mulher.
John MacArthur em seu livro
Doze mulheres notáveis mostra justamente o valor das
mulheres da Bíblia como
peças fundamentais no plano
divino, desempenhando funções de grande prestígio.
Aqueles que leram Doze
homens comuns estarão
familiarizados com o formato escolhido pelo autor para
esse livro – um capítulo para
cada personagem abordada,
com aplicações práticas para
a vida do leitor. As mulheres
que MacArthur escolheu para
examinar se encontram tanto
no Antigo quanto no Novo
Testamento. São elas: Eva,
Sara, Raabe, Rute, Ana (mãe
de Samuel), Maria (mãe de
Jesus), Ana (de Lucas 2.3638), a Mulher Samaritana,
Marta e Maria (que dividem
um mesmo capítulo), Maria
Madalena e Lígia.
Ao todo são 11 capítulos
mais a Introdução. Nela,
MacArthur começa falando da elevada posição que
a mulher ocupa dentro das
Escrituras. Mostrando que
as mulheres nunca foram
rebaixadas a uma posição
secundária ou consideradas
menos importantes que os
homens, o autor nos leva em
uma viagem pela vida dessas
várias mulheres, exemplos
de hospitalidade, bondade,
disposição para o trabalho,
fé, integridade e virtude.
De forma agradável e com
linguagem simples e direta,
MacArthur nos permite ver
de perto por que essas mulheres podem ser chamadas de
notáveis, bem como quais
características as fazem notáveis não só como mulhe-
De forma agradável e com
linguagem simples e direta,
MacArthur nos
permite ver de
perto por que
essas mulheres
podem ser chamadas de “notáveis”
res, mas – e principalmente
– como seres humanos que
dedicaram a vida inteiramente a Deus, entregando
o seu caminho a ele e confiando nele mesmo quando
isso parecia impossível. São
notáveis não pelo que acrescentaram à obra de Deus, e
sim pelo que Deus mostrou e
trabalhou por meio delas.
Não é um livro só para o
público feminino – é um
livro para todos os cristãos
que desejam se aprofundar no
conhecimento do que de Deus
pode realizar por meio da vida
de cada indivíduo que escolhe
para si. Doze mulheres notáveis expõe como a simplicidade e a entrega de vida para
Deus é valiosa aos olhos dele.
O nosso Salvador não
estava só cercado de doze
homens comuns, escolhidos
como discípulos, ele tinha
em sua companhia mulheres
notáveis, que consagraram
a vida para servi-lo. Muito
contrário à visão de subserviência que apresentam da
mulher da Bíblia, esse livro
deixa claro a alta consideração que a mulher encontra
dentro do plano de Deus.
Doze mulheres notáveis:
como Deus formou mulheres da Bíblia e o que ele
quer fazer com você – John
MacArthur, Editora Cultura
Cristã, 176 págs.
Bruna Perrella Brito é autora e revisora da Editora Cultura Cristã
18
Brasil Presbiteriano
Julho de 2009
GALERIA PRESBITERIANA
Rev. Ephraim de Figueredo Beda
(19.06.1932 – 01.07.2008)
N
o último dia 1o de
julho completou-se
um ano do falecimento desse destacado
e ilustre pastor da Igreja
Presbiteriana do Brasil, que
foi responsável pelo BP nos
anos 80. Nascido aos 19 de junho
de 1932, em Santa Maria da
Vitória, BA (campo da missão Presbiteriana do Brasil
Central), Ephraim era filho
do Sr. Cândido Figueredo
Beda e Dona Ambrosina de
Figueredo Beda. Foi batizado na igreja local pelo Rev.
Richard Lord Waddell. A
semente do evangelho que
o velho pai Cândido Beda
plantou em seu coração caiu
em boa terra e produziu frutos. Em virtude de dificuldades financeiras, a família
mudou-se para o estado de
São Paulo, em 1936 e, passando por Campinas, acabou fixando residência em
Santa Bárbara D’Oeste.
Em 1938, mudou-se para
a cidade de São Paulo. Por
comum acordo entre as
famílias o menino Ephraim
e sua irmã Eunice foram
adotados e educados pelo
Rev. Avelino Boamorte e
sua esposa Ruth. Ephraim
professou sua fé a 31 de
dezembro de 1946 em
cerimônia realizada na IP
Betânia. A influência do
Rev. Avelino e de dona
Ruth em sua vida foi decisiva para seu crescimento
na fé. Nesse período passou a estudar no Instituto
Mackenzie, e após oito
anos concluiu o primário,
ginásio e colegial. O Rev. Avelino costumava
levar a família a Campinas
anualmente para as comemorações do aniversário
do Seminário Presbiteriano
do Sul. Numa dessas visitas, o adolescente Ephraim
conversou bastante com
o então seminarista Paulo
Lício Rizzo (filho do Rev.
Miguel Rizzo Jr.) que lhe
fez o seguinte convite:
“Agora vamos conhecer a
escola em que você vai
estudar algum dia...”. Não
sabemos o que eles conversaram, mas aquele foi o primeiro “toque de Deus” no
coração de Ephraim, chamando-o para o pastorado
(essa experiência foi contada por ele mesmo no dia da
sua ordenação). Sua irmã,
Eunice de Figueredo Luz,
afirma que o Rev. Ephraim
sempre dizia: “Eu sei o
que Deus quer de mim”.
Ela também declara: “Eu
só entendi quando, anos
mais tarde, ele nos contou
que havia se matriculado
no Seminário”. No dia 28 de abril de
1956, Ephraim casou-se
com Isolde Cecília Pfaff.
Ele a conheceu quando a
mesma tinha 9 anos e juntos
freqüentavam a IP Betânia,
bem como estudaram juntos no Mackenzie. Tiveram
dois filhos, Gerson Eduardo
e Paulo Sérgio, e uma neta,
Paula Cristina. Ephraim formou-se em
Comunicação Social na
USP e em Jornalismo na
Cásper Líbero, tendo obtido na USP o doutorado em
comunicação, na área de
Jornalismo e Editoração,
onde militou como professor por doze anos. Manteve
uma coluna evangélica na
Folha da Tarde por cinco
anos. Foi um dos cinco presbiterianos que fundaram o
Comitê Pró-Restauração do
Mackenzie, que muito lutou
para que aquela instituição
voltasse a ser propriedade
da IPB. Em 1967, ingressou no
Seminário Presbiteriano
Independente de São Paulo,
tendo terminado o seu curso
teológico no Seminário
Metodista Livre. Foi ordenado em 26 de março de
1972, pelo Presbitério
Bandeirantes. O culto da
sua ordenação ocorreu no
templo da IP Unida de São
Paulo, e o versículo que ele
escolheu para sua pregação
foi: “... eu recebi do Senhor
o que também vos entreguei...” (1Co 11.23). O Rev. Ephraim pastoreou
as igrejas: Granja Viana,
Brasilândia, Jardim Regina,
Monte Santo, Betânia, Rio
Pequeno e Alto da Lapa,
todas na capital paulista.
Ocupou todos os cargos no
presbitério e foi seu presidente por um mandato.
Representou seu presbitério
em várias reuniões do Sínodo
de São Paulo, ocupando ali
vários cargos, inclusive por
duas vezes sua presidência.
Representou o Presbitério
no Supremo Concílio por
oito vezes, ocupando ali
várias funções, uma delas
na Comissão de Projeto
de Reforma do Código de
Disciplina da IPB. Foi diretor do Brasil Presbiteriano
por duas vezes, e professor
do Seminário Presbiteriano
do Sul, em Campinas. No final da década de
70, fundou e dirigiu por
cinco anos o Instituto
Presbiteriano de São
Paulo, que funcionou nas
dependências da IP Unida
de São Paulo. Na palavra de alguns
irmãos, membros de igrejas
que pastoreou, ele “vivia
o que pregava”. Exortava
seus ouvintes com as
seguintes palavras: “Orem
sem desanimar, na certeza
de que Deus está ouvindo
suas súplicas. No momento
certo, sua benção virá”. O Rev. Ephraim transmitia aos seus ouvintes lições
de humildade, a importância da verdade, paciência,
fidelidade, desprendimento e pontualidade, sendo
homem de caráter justo,
digno e íntegro. Nas igrejas
por onde passou procurou
desenvolver a música, sempre segundo a Palavra de
Deus. O Rev. Ephraim possui, ainda hoje, um lugar de
destaque no coração daqueles que tiveram o privilégio de aprender com seu
exemplo. “Como é bom”,
dizia sempre, “estar ao lado
de Jesus!”. Alguns membros da atual Congregação
Presbiteriana do Rio
Pequeno afirmaram que o
Rev. Ephraim destacou-se
como um conselheiro que
atendia tanto a um adolescente como um adulto, e as
perguntas que se lhe apresentavam, ele respondia
sempre com a Bíblia.
Dentre as igrejas pastoreadas pelo Rev. Ephraim, destaca-se a IP de Brasilândia,
onde permaneceu por quase
24 anos. Seus filhos espirituais até hoje lembramse com muita saudade dos
vários momentos que passaram juntos.
O Rev. Ephraim foi jubilado na Reunião Ordinária
da Comissão Executiva
do Supremo Concílio da
IPB, realizada na cidade
de Vitória – ES, em março
de 2003.
O Rev. Ephraim faleceu no dia 01 de julho de
2008. Com gratidão em
nossos corações prestamos essa homenagem a
um servo Deus que, com
certeza “combateu o bom
combate, completou a
carreira, guardou a fé”.
Eunice de Figueredo Luz,
Rev. Gilberto da Costa
Barbosa, Maria Cristina
de Matos Leite e Palmyro
Jorge de Souza.
Brasil Presbiteriano
Para os teens
125 anos da SAF
Feminina
A Sociedade Auxiliadora
11 de
dia
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completa 125 anos
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ocasião, também hav
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Fs.
SA
da Diretoria da CN
já, por
de
des
m,
irmãos e irmãs ore
esses eventos.
Duas notícias que interessam muito
os adolescentes! A primeira é que no próx
imo dia
25 de julho será realizado o Dia Nac
ional do
Adolesecente (DNA), na Igreja Pres
biteriana
do Rio de Janeiro. A programação
começará
às 10h e o pregador será o Rev. Hav
eraldo F.
Vargas Jr.
Já a segunda, é sobre o Naupa
2010. O
evento acontecerá no Sesc de Gua
rapari, no
Espírito Santo, entre os dias 1º e
cinco de
fevereiro do ano que vem. As inscriçõ
es estão
abertas e custam R$ 295,00. Os preg
adores
do Naupa 2010 serão: Roberto
Brasileiro,
Marcelo Gualberto, Hernandes Dia
s Lopes,
Leninha Maia e Haveraldo F. Varg
as Jr
Sesc de Guarapari,
no Espírito Santo
Congregação Presbiteriana da Praça Seca
comemora 3 anos
Seca. Na reunião do Conselho da
A Congregação Presbiteriana da Praça da Praça
de Honório Gurgel do dia 01 de abril
Seca, RJ, comemorou, no último dia 16 de IP
2006, o Rev. Josias apresentou e viu
maio o seu 3º ano de organização. Com a de
ada a proposta de abertura do trabalho
participação da igreja mãe (IP de Honório aprov
onário na Praça Seca.
Gurgel), das Congregações Presbiterianas missi
do Mendanha e da Fazenda Botafogo e
Iniciou-se a organização do trabalho miss
fomo
ntes,
visita
também de muitos outros
sionário com um culto no dia 05 de abril.
de
a
imad
aprox
agraciados com a presença
A princípio as reuniões eram no pátio do
tual.
cem pessoas nessa festa espiri
Instituto às 4ª feiras. Mas Deus nos ajudou
e após uma reforma na casa do mesmo
ção
rega
Cong
Resumo histórico da
Instituto, passamos nossas atividades em
2007 para esta casa”, relembra o reverendo
s
Josia
Rev.
o
,
2006
No início de janeiro de
Josias Vieira Sistons, atual pastor da conde
IP
da
iar
auxil
Vieira Sistons, pastor
gregação..
Honório Gurgel, foi residir com sua famíO pastor afirma que a congregação está
lia no bairro da Praça Seca. Neste período
na evangelização, nas visitações
ele conheceu a dimensão do bairro, visitou empenhada
discipulado dos novos convertidos.
igrejas e percebeu a carência de um trabalho e no
Temos muitos sonhos e serão realizados
presbiteriano.
lhadores desta Seara com a graça
O Rev. Josias entrou em contato com o pelos traba
tação do Senhor que nos mostrou o
seminarista Uziel Rodrigues e o diretor do e orien
fértil da Praça Seca. Que a nossa oraInstituto Eu Sou (antigo AEPAM), Sr. Paulo campo
sempre essa: Cumpra-se ó Deus, o
Corrêa, iniciando assim os contatos para a ção seja
r em nossas vidas, espera Sistons.
abertura da plantação da Igreja Presbiteriana teu quere
Julho de 009
19
AGENDE-SE
Saiba onde acontecerão os próximos
cultos pelos 150 anos da IPB
Pregador: rev. Hernandes
Dias Lopes
Dia 25 - Salvador (BA)
Grande cruzada nacional de
Rev. Roberto Brasileiro
ações de graças pelos 150
Culto no Teatro Castro Alves anos da IPB e pela chegada
(local aguardando confirma- de Simonton ao Brasil
ção)
Local: Praça da Apoteose,
Horário: 19 horas
Rio de Janeiro
Horário: 15 horas
AGOSTO 2009
O Rio de Janeiro criou
um site para divulgar as
Dia 1 - Contagem (MG)
celebrações que irão aconCulto na Igreja Presbiteriana tecer em agosto na capital
Central de Contagem.
fluminense. Acesse: www.
Pregador: rev. Roberto
ipb150anos.com.br
Brasileiro
Horário: 19h30
OUTUBRO
JULHO 2009
Dia 8 - São Paulo (SP)
Culto no Ginásio do
Ibirapuera. Pregador: rev.
Roberto Brasileiro
Horário: 16 horas
Dia 3 - Belém (PA)
Aguardando detalhes
Dia 22 - Brasília (DF)
Pregador: Rev. Roberto
Brasileiro.
Culto no Ginásio Nilson
Nélson (aguardando confirmação) às 18 horas.
Dia 16 de agosto:
Culto no Espaço Cassiano
Ricardo, em São José dos
Campos (SP). Pregador:
rev. Arival Dias Casimiro.
Iniciativa das igrejas
do Presbitério Vale do
Paraíba. Horário: 18 hrs.
Informações: ivam@ipb.
org.br
CELEBRAÇÕES SINODAIS
E LOCAIS (INICIATIVAS
Dia 12 - Rio de Janeiro (RJ) REGIONAIS):
- Inauguração do
Monumento Escultórico
Dia 9 de agosto:
Interativo do Casal
Culto na IP do Glória,
Missionário Ashbel e Helen Belo Horizonte (MG).
Simonton, no Porto do
Pregador: Rev. Jeremias
RJ (local da chegada de
Pereira da Silva. Iniciativa
Simontom ao Brasil).
do Presbitério Norte de
Horário: 10 horas
Belo Horizonte. Na oca- Culto solene na Igreja
sião participará o conjunto
Presbiteriana do Rio de
musical Vencedores por
Janeiro. Pregador: rev.
Cristo. Horário: 18 hrs.
Roberto Brasileiro
Informações: pastoradair@
Horário: 19h30
hotmail.com
Dia 29 - Rio de Janeiro
(Grande concentração
nacional).
20
Brasil Presbiteriano
Julho de 2009
COMO TUDO COMEÇOU
O início do presbiterianismo em Sergipe
Gilmar Araujo Gomes
A
inserção do presbiterianismo em
Sergipe
deveu
muito ao ímpeto desbravador dos vendedores de
Bíblias e livros de religião, chamados de colportores. Pedro Nolasco de
Andrade é reconhecido
como o primeiro a lançar
a semente do protestantismo em terras sergipanas, quando passou pela
cidade de Laranjeiras em
1863, vendendo Bíblias e
enfrentando perseguições.
Em 1868, aqui passou
Torquato Martins Cardoso,
colportor da Sociedade
Bíblica Britânica. Em
nome da Sociedade Bíblica
Americana aqui estiveram, em 1878, os colportores Pedro Degiovanni,
Cristiano Peixoto e Camillo
Tito Rossi. Em momento posterior também aqui
estiveram desbravando o
campo sergipano o Rev.
Hugh C. Tucker, da Igreja
Metodista,
Frederick
Glass, Filadelfo Pontes,
Thomas Gallart, Antão
Pessoa e Adonias Amparo.
Preparado o terreno, vieram os pastores ordenados,
e os presbiterianos foram
os primeiros a chegar,
vindos da Bahia e ligados
à Missão de Nova York.
Pastoreando em Salvador,
o Rev. Francis Schneider
notificou haver cidades
ao norte que gostariam
de receber um Ministro
Protestante para lhes pregar o evangelho. Em 1878,
indo para Recife, o Rev.
Alexander Blackford esteve pela primeira vez em
Sergipe, pernoitando e
pregando em Aracaju e
e comércio fortalecido,
germinavam idéias livres
de um discurso progressista, republicano e abolicionista, combinações adequadas para a aceitação da
mensagem protestante.
Rev. Alexander Blackford
Laranjeiras, onde sua mensagem foi bem-recebida. Retornando em 1881,
o cunhado de Simonton
demorou-se mais três semanas, fortalecendo o trabalho
iniciado pelos colportores.
A volta de Blackford
a Sergipe ocorreu em
1884, quando foi organizada em Laranjeiras a
Primeira Igreja Evangélica
Presbiteriana, no dia 28 de
dezembro. Nesta próspera
cidade, com seus casarões
Reconhecido como o primeiro converso da Missão
Presbiteriana em Sergipe,
o comerciante Manuel
dos Santos David tornouse cooperador incansável,
hospedando os pregadores
e denunciando nos jornais e
tribunais os abusos do clero
romanista. Pastoreando em
Salvador, Blackford fazia
visitas esparsas a Sergipe
até retirar-se completamente em 1866. Neste
ano, o Rev. John Benjamin
Kolb veio para Laranjeiras
e tornou-se o primeiro pastor protestante a residir em
Sergipe, sendo enviado pelo
Presbitério do Rio em atendimento a um grande abaixo-assinado de fiéis pedindo
um obreiro residente.
Ele realizou um intenso ministério itinerante
pelo estado, a exemplo
das 720 km que percorreu
em evangelização, durante 1888. Pelo seu esforço,
muitos pontos de pregação
foram estabelecidos em
todo o estado. Com Kolb
nasce em Sergipe a Escola
Americana, depois transferida para Aracaju e mais
uma vez para o sertão baiano, anexando-lhe um hospital e internato para tornarse o Instituto Ponte Nova.
Em fins de 1892, Kolb foi
transferido para a Bahia,
sendo substituído pelo Rev.
W. E. Finley.
A expansão continuou,
principalmente nos sítios
e povoados. Em 1896, o
Rev. Cassius Bixler chegou para apoiar os trabalhos, residindo em Estância
e tornando-se o desbravador do sul sergipano:
Riachão do Dantas, Simão
Dias, Urubutinga, Lagarto,
Buquim, Itabaianinha, entre
as principais. A próxima
conquista foi a organização da Igreja Evangélica
Presbiteriana de Aracaju,
ocorrida em 13 de dezembro de 1901. A Igreja
Presbiteriana em Estância
organizou-se em 1905 com
o empenho do Rev. Bixler
e apoio dos evangelistas
Manuel David e José Maria.
Junto com Laranjeiras e
Aracaju, Estância formou o
tripé em que se sustentou a
evangelização sergipana.
Rev. Francis Schneider
Em 2009 completam-se
125 anos desde a organização da Primeira Igreja
Presbiteriana em Sergipe.
Essa herança de fé foi
sustentada e transmitida
no esforço dos obreiros
das igrejas locais, presbíteros, diáconos, professoras e evangelistas.
Fiéis que não podemos
esquecer: Manuel David,
Pedro Sotero Machado,
Manoel Machado Araujo,
Honorino Araújo, Manoel
da Fraga Alves, Penélope
Magalhães dos Santos,
Jovina Moreira, Domingos
José Ferreira, João Teles de
Souza, entre tantos. Hoje o
dever de continuar a obra
é nosso.
Rev. Gilmar Araujo Gomes
Presbitério Sul de Sergipe

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