diabetes mellitus e micronutrientes: uma revisão

Transcrição

diabetes mellitus e micronutrientes: uma revisão
DIABETES MELLITUS E MICRONUTRIENTES:
UMA REVISÃO
Marcelino SI, Pinhão SII
I Estagiária da licenciatura
em Ciências da Nutrição da
Faculdade de Ciências da
Nutrição e Alimentação da
Universidade do Porto
II Assistente convidada da
Faculdade de Ciências da
Nutrição e Alimentação da
Universidade do Porto
E-mail: silviapinhao@fcna.
up.pt
Resumo
A Diabetes Mellitus é uma doença crónica que requer um constante controlo e uma segura consciencialização da parte do doente, em que esforços contínuos, numa tríade bem conhecida que envolve o aspecto
alimentar, a actividade física e a terapêutica medicamentosa, são necessários para que possa haver controlo da própria doença. Não restam dúvidas que a alimentação adequada tem um papel fundamental
no controlo glicémico, e a suplementação em vitaminas e minerais tornou-se um assunto controverso mas
com interesse na possível melhoria do controlo da doença. Alguns minerais como o zinco e o magnésio são
essenciais para o bom desenvolvimento do organismo humano e certas funções biológicas, daí o interesse
na suplementação daqueles na DM. A relação entre os micronutrientes e as vitaminas com o metabolismo
dos hidratos de carbono ganhou um novo interesse neste últimos anos, sendo por isso interessante saber se
a suplementação é benéfica ou não na melhoria da DM.
Abstract
Diabetes Mellitus, both type 1 and type 2, is an heterogeneous disease that requires a constant glucose control and a firm conscience from the patient, in which continuous efforts at nutritional and physical activity
levels are needed so there can be a tight control of the disease. There are no doubts that nutrition is a fundamental aspect in a proper glucose control, and the supplementation in vitamins and minerals as become
a controversial subject, but with a real interest in the possible improvement of the disease control. Some
minerals, as zinc and magnesium, are essential for the proper development of the human body and some
biological functions, therefore the interest in the supplements. The relation between the micronutrients and
the vitamins with the carbon hydrates metabolism has won a new breath in the last years. So it would be
interesting to come to know if the supplementation can be benefic or not in the improvement of the DM.
INTRODUÇÃO
A Diabetes Mellitus (DM) é caracterizada por problemas metabólicos relacionados com elevados níveis de
glicose sérica1. É uma doença heterogénea caracterizada por uma deficiência absoluta ou relativa de insulina
ou uma alteração da resistência/sensibilidade à insulina. De acordo com vários estudos, parece ser possível
melhorar a sensibilidade à insulina e prevenir o desenvolvimento da Diabetes Mellitus tipo 2 por: mudança
de estilo de vida, redução de peso, intervenção a nível dietético e praticando exercício físico regular2-6. A
Diabetes foi considerada uma epidemia global que no ano 2005 afectava mais de 150 milhões de pessoas, um
número que se espera atingir 300 milhões de indivíduos em 20257.
A maior parte das vezes a causa de deficiência em micronutrientes é uma dieta inadequada, pelo que métodos
tais como a suplementação oral em micronutrientes possa ter algum interesse no combate dessas deficiências8. A DM é uma doença que acarreta inúmeras complicações. As complicações microvasculares resultam
de uma interacção entre múltiplos factores: metabólicos, genéticos e outros. Estas são causa importante de
morbilidade e mortalidade na diabetes9, 10, assim como as complicações prolongadas11.
O objectivo deste artigo de revisão será esclarecer e elaborar uma síntese sobre o tema da suplementação em
micronutrientes na diabetes.
32
Alimentação Humana
Revista da SPCNA
ZINCO
O zinco é essencial para o crescimento e o desenvolvimento do organismo humano. A nível celular este
micronutriente tem um papel importante na proliferação, diferenciação e apoptose celular. São exemplos em
que a função do zinco é reconhecida: a imunidade, o metabolismo e a reparação do DNA e a reprodução12-15.
A deficiência em zinco poderá no caso de um diabético, relacionar-se enquanto causa, com as deficiências do
seu sistema imunitário16. É portanto importante compreender que há uma grande quantidade de processos
biológicos assim como interacções que requerem a presença de zinco, o que torna a sua deficiência um
problema grave12.
A função do zinco no metabolismo está baseada na afinidade enzimática. Na maioria dos mamíferos a insulina
é armazenada sob a forma de cristais de zinco16.
Está reconhecido que a Diabetes Mellitus acarreta zincúria, os níveis séricos de zinco costumam ser inferiores
aos níveis de um indivíduo saudável17, 18. Supõe-se que a deficiência neste micronutriente poderá ser causa
para o agravamento da intolerância aos hidratos de carbono (HC) na diabetes19. Estudos demonstram também
que o zinco tem um efeito insulino-mimético e que protege contra danos oxidativos associados à diabetes20, 21.
Outro benefício pode estar relacionado com um efeito protector nos casos de retinopatia. A suplementação
parece então ser responsável por uma diminuição do stresse oxidativo nos adultos com DM tipo 222.
O único problema da suplementação com zinco poderá ser o risco de toxicidade crónica causada pelo excesso deste componente12.
CRÓMIO
O crómio é um elemento vestigial essencial no organismo humano. A sua deficiência pode causar distúrbios
a nível dos HC, hipoglicemias23, alterações a nível da tolerância a glicose24, e do metabolismo dos lípidos,
nomeadamente no aumento dos níveis de colesterol e de triglicerídeos séricos24, 25.
A deficiência em crómio em doentes diabéticos é um assunto controverso26, 27.
Vários estudos demonstraram que em doentes com DM2, o metabolismo do crómio encontra-se alterado – a
concentração sérica de crómio nos doentes com DM2 é inferior à concentração em pessoas saudáveis27,28,
e que este fenómeno poderá ser devido a utilização inadequada do crómio pelo organismo28 ou a perdas
urinárias de crómio aumentadas24. Esta deficiência poderá representar um factor primário de risco para o
aparecimento de doenças cardiovasculares em doentes com DM2 assim como de aterosclerose29. A suplementação em crómio em doentes com DM2 parece ter um efeito positivo a nível do aumento da sensibilidade
à insulina, na redução da hiperglicemia25-27, 30 e na diminuição do risco de complicações inerentes25. Outros
estudos referem que a suplementação oral de crómio não tem efeito nem na sensibilidade à insulina nem no
controlo glicémico31, 32.
Quando se pensa na possibilidade de suplementar é importante ter em conta que a suplementação em crómio poderá apenas ser realizada por curtos periodos de tempo25 porque a longo prazo, o crómio poderá ser
tóxico, relacionando-se com danos a nível genético33.
MAGNÉSIO
O magnésio é o segundo maior componente do meio intracelular1, 34, 35, é um regulador dos processos celulares e é co-factor de mais de 300 reacções metabólicas essenciais. A sua função também se relaciona com o
metabolismo da glicose1, 35, importante na DM.
A absorção do magnésio dá-se principalmente no intestino delgado34, 36.
Estudos demonstram que quanto maior a ingestão de magnésio, menor é a incidência de diabetes na população, especialmente nas mulheres com sobrecarga ponderal37. No entanto existem estudos que não encontram correlações válidas entre os valores de magnésio em doentes com DM e indivíduos saudáveis19, 34.
A hipomagnesémia em doentes com DM poderá advir de uma absorção deficiente a nível do intestino delgado, e/ou através do aumento da excreção urinária36, 38.
A hipomagnesémia é já um estado reconhecido na DM237, 39, 40. Dados epidemiológicos mostram uma correlação inversa entre a ingestão de magnésio e o risco de aparecimento de diabetes, resistência à insulina e
síndrome metabólico8, 37, 41-44. Assim, se se aumentar a ingestão de magnésio, diminui-se a probabilidade de
incidência de DM245, aumenta-se a sensibilidade à insulina e aumenta-se a captação da glicose através da
insulina8.
2007 · Volume 13 · Nº 1
Alimentação Humana
33
As diferenças de resultados entre os vários estudos poderão ser relativas à forma do magnésio usado na suplementação oral. Verificou-se, por exemplo, que o cloreto de magnésio tem uma excelente biodisponibilidade,
aumentando as concentrações séricas de magnésio a partir do primeiro mês de suplementação8.
Outro assunto controverso será quanto ao benefício ou não da suplementação em magnésio a nível lipidico.
Apesar de existirem estudos que mostrem melhorias a nível do perfil lipídico, outros não revelaram modificação a este nível depois da suplementação46.
Podemos então dizer que os benefícios da suplementação são reconhecidos na maioria dos estudos, e que a
suplementação neste mineral pode ser útil no controlo glicémico em caso da DM por exemplo.
VITAMINA E
Recentemente, estudos demonstraram que o stresse oxidativo poderá ter um papel importante no aparecimento das complicações inerentes à diabetes47. Nos diabéticos tipo 2 estudos demonstram que a suplementação poderá ser benéfica à custa do efeito dos tocoferóis em reduzir o stresse oxidativo48, e assim diminuir a
possibilidade de aparecimento de complicações47. Outros autores afirmam que a suplementação parece não
ter qualquer efeito na DM1 e DM249, 50.
Está demonstrado que os níveis de vitamina E melhoram significativamente depois de se atingir um melhor
controlo metabólico da diabetes, mas mesmo assim os valores são sempre inferiores aos valores encontrados
em indivíduos saudáveis8.
Alguns ensaios clínicos revelaram resultados discordantes acerca dos benefícios da suplementação em vitamina E51-56. O que estes estudos mostram é que a suplementação em vitamina E nos DM2 poderá ter um
efeito benéfico na protecção contra a oxidação das LDL55 e assim aumentar a prevenção contra doenças
cardiovasculares. Mas em doentes diabéticos com um bom controlo glicémico, a suplementação parece não
ter qualquer efeito benéfico48.
Quanto ao perfil lipídico, um outro estudo revela que em doentes com DM1, depois de submetidos a uma
suplementação em vitamina E durante três meses, se verificou uma diminuição dos níveis de triglicerídeos
mas não dos níveis de colesterol46.
O uso de vitamina E continua a ser controverso, e há autores que relatam também um perigo relativo no seu
uso10, 57, 58.
VITAMINA D
A vitamina D pode ser conseguida através da alimentação, mas a maioria dos indivíduos atinge os níveis recomendados de vitamina D através da exposição solar59.
A vitamina D é essencial no metabolismo do cálcio e no metabolismo ósseo, tem também benefícios a nível
do funcionamento das células β e da imunidade60; sobre esse assunto, estudos revelaram que o funcionamento das células β tem uma correlação negativa com os níveis de 25-OHD361.
Supõe-se que a deficiência em vitamina D tenha origem genética, daí que poderá ser relacionada com um
aumento do risco de aparecimento da DM2, com diminuição dos níveis de 25-OHD3 nos indivíduos com DM
comparando com os níveis em indivíduos saudáveis62, 63.
Também já é reconhecido que a suplementação em vitamina D protege contra o aparecimento da DM1 e
260,63, logo a suplementação em vitamina D deveria ser usada não só como prevenção contra o aparecimento
da DM mas também para favorecer a resposta imune através de hormona tiróideia - T2 – Diiodotironina - e
proteger a função residual das células β da futura destruição, sobretudo na DM163.
VITAMINA B6
O estudo “Nurses Health Study” que incluiu mais de 80 000 mulheres, demonstrou existir uma maior incidência de doenças da artéria coronária em indivíduos com níveis mais baixos de vitamina B6 comparando com
indíviduos com níveis mais elevados11.
A deficiência em vitamina B6 foi associada a alterações degenerativas nas células β dos ilhéus de Langerhans
e tolerância à glicose anormal64, mas uma suplementação em piridoxina restaura a sua tolerância65, 66. Estudos
demonstraram que tratamentos prolongados com piridoxina preveniram o aparecimento de retinopatia67 e
têm a propriedade de retardar o aparecimento de cataratas68-70.
34
Alimentação Humana
Revista da SPCNA
Um outro estudo mostra que a piridoxina é benéfica na prevenção de doenças vasculares, mas ainda não são
claros os mecanismos que estão envolvidos no seu benefício71.
CONCLUSÃO
Mesmo com a inúmera bibliografia reconhecida existente, a suplementação na DM continua a ser um assunto
controverso e sem certezas.
Todas as suplementações referidas parecem ter benefícios, sobretudo a nível do controlo glicémico e na melhoria da sensibilidade à insulina, contudo, nenhum dos estudos mencionados nos confere certezas, ficando
sempre a dúvida entre as vantagens e as possíveis desvantagens.
São assim necessários mais estudos que possam dar certezas sobre o uso útil e seguro ou não, dos micronutrientes e vitaminas por nós revistos.
Mais estudos são necessários, mas aparentemente a suplementação poderá ser uma mais valia, conjuntamente com a terapêutica tradicional, no controlo da DM.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Sales CH, Pedrosa Lde F. Magnesium and diabetes mellitus: their relation. Clin Nutr. 2006; 25(4):554-62.
2. Vessby B, Unsitupa M, Hermansen K, Riccardi G, Rivellese AA, Tapsell LC, et al. Substituting dietary saturated for monounsaturated
fat impairs insulin sensitivity in healthy men and women: The KANWU Study. Diabetologia. 2001; 44(3):312-9.
3. Pan XR, Li GW, Hu YH, Wang JX, Yang WY, An ZX, et al. Effects of diet and exercise in preventing NIDDM in people with impaired
glucose tolerance. The Da Qing IGT and Diabetes Study. Diabetes Care. 1997; 20(4):537-44.
4. Uusitupa M, Lindi V, Louheranta A, Salopuro T, Lindstrom J, Tuomilehto J. Long-term improvement in insulin sensitivity by changing lifestyles of people with impaired glucose tolerance: 4-year results from the Finnish Diabetes Prevention Study. Diabetes.
2003; 52(10):2532-8.
5. Lindstrom J, Eriksson JG, Valle TT, Aunola S, Cepaitis Z, Hakumaki M, et al. Prevention of diabetes mellitus in subjects with impaired glucose tolerance in the Finnish Diabetes Prevention Study: results from a randomized clinical trial. J Am Soc Nephrol. 2003;
14(7 Suppl 2):S108-13.
6. Knowler WC, Barrett-Connor E, Fowler SE, Hamman RF, Lachin JM, Walker EA, et al. Reduction in the incidence of type 2 diabetes
with lifestyle intervention or metformin. N Engl J Med. 2002; 346(6):393-403.
7. Zimmet P, Alberti KG, Shaw J. Global and societal implications of the diabetes epidemic. Nature. 2001; 414(6865):782-7.
8. Guerrero-Romero F, Rodriguez-Moran M. Complementary therapies for diabetes: the case for chromium, magnesium, and antioxidants. Arch Med Res. 2005; 36(3):250-7.
9. Yeh GY, Eisenberg DM, Kaptchuk TJ, Phillips RS. Systematic review of herbs and dietary supplements for glycemic control in
diabetes. Diabetes Care. 2003; 26(4):1277-94.
10. Eisenberg DM, Davis RB, Ettner SL, Appel S, Wilkey S, Van Rompay M, et al. Trends in alternative medicine use in the United States,
1990-1997: results of a follow-up national survey. JAMA. 1998; 280(18):1569-75.
11. Jain SK. Vitamin B6 (pyridoxamine) supplementation and complications of diabetes. Metabolism. 2007; 56(2):168-71.
12. Maret W, Sandstead HH. Zinc requirements and the risks and benefits of zinc supplementation. J Trace Elem Med Biol. 2006;
20(1):3-18.
13. Hurley LS, Swenerton H. Congenital malformations resulting from zinc deficiency in rats. Proc Soc Exp Biol Med. 1966; 123(3):6926.
14. Wellinghausen N, Kirchner H, Rink L. The immunobiology of zinc. Immunol Today. 1997; 18(11):519-21.
15. Fraker PJ, King LE. Reprogramming of the immune system during zinc deficiency. Annu Rev Nutr. 2004; 24:277-98.
16. Mocchegiani E, Boemi M, Fumelli P, Fabris N. Zinc-dependent low thymic hormone level in type I diabetes. Diabetes. 1989;
38(7):932-7.
17. Walter RM, Jr., Uriu-Hare JY, Olin KL, Oster MH, Anawalt BD, Critchfield JW, et al. Copper, zinc, manganese, and magnesium status
and complications of diabetes mellitus. Diabetes Care. 1991; 14(11):1050-6.
18. Cunningham JJ, Fu A, Mearkle PL, Brown RG. Hyperzincuria in individuals with insulin-dependent diabetes mellitus: concurrent
zinc status and the effect of high-dose zinc supplementation. Metabolism. 1994; 43(12):1558-62.
19. Mooradian AD, Failla M, Hoogwerf B, Maryniuk M, Wylie-Rosett J. Selected vitamins and minerals in diabetes. Diabetes Care. 1994;
17(5):464-79.
20. Chen MD, Liou SJ, Lin PY, Yang VC, Alexander PS, Lin WH. Effects of zinc supplementation on the plasma glucose level and insulin
activity in genetically obese (ob/ob) mice. Biol Trace Elem Res. 1998; 61(3):303-11.
21. Simon SF, Taylor CG. Dietary zinc supplementation attenuates hyperglycemia in db/db mice. Exp Biol Med (Maywood). 2001;
226(1):43-51.
2007 · Volume 13 · Nº 1
Alimentação Humana
35
22. Roussel AM, Kerkeni A, Zouari N, Mahjoub S, Matheau JM, Anderson RA. Antioxidant effects of zinc supplementation in Tunisians
with type 2 diabetes mellitus. J Am Coll Nutr. 2003; 22(4):316-21.
23. Terpilowska S, Zaporowska H. [The role of chromium in cell biology and medicine]. Przegl Lek. 2004; 61 Suppl 3:51-4.
24. Racek J. [Chromium as an essential element]. Cas Lek Cesk. 2003; 142(6):335-9.
25. Broadhurst CL, Domenico P. Clinical studies on chromium picolinate supplementation in diabetes mellitus--a review. Diabetes
Technol Ther. 2006; 8(6):677-87.
26. Cefalu WT, Hu FB. Role of chromium in human health and in diabetes. Diabetes Care. 2004; 27(11):2741-51.
27. Vladeva SV, Terzieva DD, Arabadjiiska DT. Effect of chromium on the insulin resistance in patients with type II diabetes mellitus.
Folia Med (Plovdiv). 2005; 47(3-4):59-62.
28. Anderson RA, Roussel AM, Zouari N, Mahjoub S, Matheau JM, Kerkeni A. Potential antioxidant effects of zinc and chromium supplementation in people with type 2 diabetes mellitus. J Am Coll Nutr. 2001; 20(3):212-8.
29. Vrtovec M, Vrtovec B, Briski A, Kocijancic A, Anderson RA, Radovancevic B. Chromium supplementation shortens QTc interval
duration in patients with type 2 diabetes mellitus. Am Heart J. 2005; 149(4):632-6.
30. Racek J, Trefil L, Rajdl D, Mudrova V, Hunter D, Senft V. Influence of chromium-enriched yeast on blood glucose and insulin variables, blood lipids, and markers of oxidative stress in subjects with type 2 diabetes mellitus. Biol Trace Elem Res. 2006; 109(3):21530.
31. Gunton JE, Cheung NW, Hitchman R, Hams G, O’Sullivan C, Foster-Powell K, et al. Chromium supplementation does not improve
glucose tolerance, insulin sensitivity, or lipid profile: a randomized, placebo-controlled, double-blind trial of supplementation in
subjects with impaired glucose tolerance. Diabetes Care. 2005; 28(3):712-3.
32. Kleefstra N, Houweling ST, Bakker SJ, Verhoeven S, Gans RO, Meyboom-de Jong B, et al. Chromium treatment has no effect in
patients with type 2 diabetes in a Western population: a randomized, double-blind, placebo-controlled trial. Diabetes Care. 2007;
30(5):1092-6.
33. Stearns DM. Is chromium a trace essential metal? Biofactors. 2000; 11(3):149-62.
34. Barbagallo M, Dominguez LJ, Galioto A, Ferlisi A, Cani C, Malfa L, et al. Role of magnesium in insulin action, diabetes and cardiometabolic syndrome X. Mol Aspects Med. 2003; 24(1-3):39-52.
35. Lima Mde L, Pousada J, Barbosa C, Cruz T. [Magnesium deficiency and insulin resistance in patients with type 2 diabetes mellitus].
Arq Bras Endocrinol Metabol. 2005; 49(6):959-63.
36. Paolisso G, Barbagallo M. Hypertension, diabetes mellitus, and insulin resistance: the role of intracellular magnesium. Am J Hypertens. 1997; 10(3):346-55.
37. Mather HM, Nisbet JA, Burton GH, Poston GJ, Bland JM, Bailey PA, et al. Hypomagnesaemia in diabetes. Clin Chim Acta. 1979;
95(2):235-42.
38. Eriksson J, Kohvakka A. Magnesium and ascorbic acid supplementation in diabetes mellitus. Ann Nutr Metab. 1995; 39(4):21723.
39. Paolisso G, Scheen A, D’Onofrio F, Lefebvre P. Magnesium and glucose homeostasis. Diabetologia. 1990; 33(9):511-4.
40. Garland HO. New experimental data on the relationship between diabetes mellitus and magnesium. Magnes Res. 1992; 5(3):193202.
41. Kao WH, Folsom AR, Nieto FJ, Mo JP, Watson RL, Brancati FL. Serum and dietary magnesium and the risk for type 2 diabetes
mellitus: the Atherosclerosis Risk in Communities Study. Arch Intern Med. 1999; 159(18):2151-9.
42. Yokota K. [Diabetes mellitus and magnesium]. Clin Calcium. 2005; 15(2):203-12.
43. He K, Liu K, Daviglus ML, Morris SJ, Loria CM, Van Horn L, et al. Magnesium intake and incidence of metabolic syndrome among
young adults. Circulation. 2006; 113(13):1675-82.
44. Lopez-Ridaura R, Willett WC, Rimm EB, Liu S, Stampfer MJ, Manson JE, et al. Magnesium intake and risk of type 2 diabetes in men
and women. Diabetes Care. 2004; 27(1):134-40.
45. Colditz GA, Manson JE, Stampfer MJ, Rosner B, Willett WC, Speizer FE. Diet and risk of clinical diabetes in women. Am J Clin Nutr.
1992; 55(5):1018-23.
46. Farvid MS, Siassi F, Jalali M, Hosseini M, Saadat N. The impact of vitamin and/or mineral supplementation on lipid profiles in type
2 diabetes. Diabetes Res Clin Pract. 2004; 65(1):21-8.
47. Fardoun RZ. The use of vitamin e in type 2 diabetes mellitus. Clin Exp Hypertens. 2007; 29(3):135-48.
48. Wu JH, Ward NC, Indrawan AP, Almeida CA, Hodgson JM, Proudfoot JM, et al. Effects of alpha-tocopherol and mixed tocopherol
supplementation on markers of oxidative stress and inflammation in type 2 diabetes. Clin Chem. 2007; 53(3):511-9.
49. Skyrme-Jones RA, O’Brien RC, Berry KL, Meredith IT. Vitamin E supplementation improves endothelial function in type I diabetes
mellitus: a randomized, placebo-controlled study. J Am Coll Cardiol. 2000; 36(1):94-102.
50. Gazis A, White DJ, Page SR, Cockcroft JR. Effect of oral vitamin E (alpha-tocopherol) supplementation on vascular endothelial
function in Type 2 diabetes mellitus. Diabet Med. 1999; 16(4):304-11.
51. Gomez-Perez FJ, Valles-Sanchez VE, Lopez-Alvarenga JC, Choza-Romero R, Ibarra Pascuali JJ, Gonzalez Orellana R, et al. Vitamin E
modifies neither fructosamine nor HbA1c levels in poorly controlled diabetes. Rev Invest Clin. 1996; 48(6):421-4.
52. Paolisso G, D’Amore A, Galzerano D, Balbi V, Giugliano D, Varricchio M, et al. Daily vitamin E supplements improve metabolic
control but not insulin secretion in elderly type II diabetic patients. Diabetes Care. 1993; 16(11):1433-7.
36
Alimentação Humana
Revista da SPCNA
53. Paolisso G, D’Amore A, Giugliano D, Ceriello A, Varricchio M, D’Onofrio F. Pharmacologic doses of vitamin E improve insulin
action in healthy subjects and non-insulin-dependent diabetic patients. Am J Clin Nutr. 1993; 57(5):650-6.
54. Reaven PD, Herold DA, Barnett J, Edelman S. Effects of Vitamin E on susceptibility of low-density lipoprotein and low-density
lipoprotein subfractions to oxidation and on protein glycation in NIDDM. Diabetes Care. 1995; 18(6):807-16.
55. Skrha J, Sindelka G, Kvasnicka J, Hilgertova J. Insulin action and fibrinolysis influenced by vitamin E in obese Type 2 diabetes
mellitus. Diabetes Res Clin Pract. 1999; 44(1):27-33.
56. Anderson JW, Gowri MS, Turner J, Nichols L, Diwadkar VA, Chow CK, et al. Antioxidant supplementation effects on low-density
lipoprotein oxidation for individuals with type 2 diabetes mellitus. J Am Coll Nutr. 1999; 18(5):451-61.
57. Coutinho M, Gerstein HC, Wang Y, Yusuf S. The relationship between glucose and incident cardiovascular events. A metaregress
58. Fedele D, Giugliano D. Peripheral diabetic neuropathy. Current recommendations and future prospects for its prevention and
management. Drugs. 1997; 54(3):414-21.
59. Overbergh L, Decallonne B, Valckx D, Verstuyf A, Depovere J, Laureys J, et al. Identification and immune regulation of 25-hydroxyvitamin D-1-alpha-hydroxylase in murine macrophages. Clin Exp Immunol. 2000; 120(1):139-46.
60. Mathieu C, Badenhoop K. Vitamin D and type 1 diabetes mellitus: state of the art. Trends Endocrinol Metab. 2005; 16(6):261-6.
61. Baynes KC, Boucher BJ, Feskens EJ, Kromhout D. Vitamin D, glucose tolerance and insulinaemia in elderly men. Diabetologia.
1997; 40(3):344-7.
62. Isaia G, Giorgino R, Adami S. High prevalence of hypovitaminosis D in female type 2 diabetic population. Diabetes Care. 2001;
24(8):1496.
63. Pozzilli P, Manfrini S, Crino A, Picardi A, Leomanni C, Cherubini V, et al. Low levels of 25-hydroxyvitamin D3 and 1,25-dihydroxyvitamin D3 in patients with newly diagnosed type 1 diabetes. Horm Metab Res. 2005; 37(11):680-3.
64. Toyota T, Kai Y, Kakizaki M, Ohtsuka H, Shibata Y, Goto Y. The endocrine pancreas in pyridoxine deficient rats. Tohoku J Exp Med.
1981; 134(3):331-6.
65. Bennink HJ, Schreurs WH. Improvement of oral glucose tolerance in gestational diabetes by pyridoxine. Br Med J. 1975; 3(5974):135.
66. Spellacy WN, Buhi WC, Birk SA. Vitamin B6 treatment of gestational diabetes mellitus: studies of blood glucose and plasma insulin.
Am J Obstet Gynecol. 1977; 127(6):599-602.
67. Ellis JM, Folkers K, Minadeo M, VanBuskirk R, Xia LJ, Tamagawa H. A deficiency of vitamin B6 is a plausible molecular basis of the
retinopathy of patients with diabetes mellitus. Biochem Biophys Res Commun. 1991; 179(1):615-9.
68. Jain AK, Lim G, Langford M, Jain SK. Effect of high-glucose levels on protein oxidation in cultured lens cells, and in crystalline and
albumin solution and its inhibition by vitamin B6 and N-acetylcysteine: its possible relevance to cataract formation in diabetes.
Free Radic Biol Med. 2002; 33(12):1615-21.
69. Yarat A, Yanardag R, Ozcelik F, Ozsoy O, Bapcum A, Emekli N. Effect of vitamin B6 on lenses of diabetic rats. Indian J Exp Biol.
1998; 36(12):1269-72.
70. Chen AS, Taguchi T, Sugiura M, Wakasugi Y, Kamei A, Wang MW, et al. Pyridoxal-aminoguanidine adduct is more effective than
aminoguanidine in preventing neuropathy and cataract in diabetic rats. Horm Metab Res. 2004; 36(3):183-7.
71. Okada M, Shibuya M, Yamamoto E, Murakami Y. Effect of diabetes on vitamin B6 requirement in experimental animals. Diabetes
Obes Metab. 1999; 1(4):221-5.
2007 · Volume 13 · Nº 1
Alimentação Humana
37

Documentos relacionados