Merino da Beira Baixa - Instituto Politécnico de Castelo Branco

Transcrição

Merino da Beira Baixa - Instituto Politécnico de Castelo Branco
MERINO DA BEIRA BAIXA
REBELLO ANDRADE, C.S.C.
Prof. Adjunto
2001
ÌNDICE
1 – Origem e História
3
2 – Padrão da Raça
4
3 – Importância e Extensão
5
4 – Sistema de exploração
6
5 – Características Reprodutivas e Produtivas
8
5.1 - Taxas Reprodutivas
8
5.2 - Idade à primeira concepção e ao parto
9
5.3 - Sincronização de cios e inseminação artificial
10
5.4 - Produção de Borregos
11
5.5 - Aleitamento Artificial
12
5.6 - Características das carcaças e peso ideal de abate
14
5.7 - Produção de leite
15
5.7.1 - Caracterização do úbere e adaptação à ordenha mecânica
15
5.7.2 - Produção de leite consoante o mês de parto
16
5.7.3 - Produção de leite consoante o número da lactação
17
6 - Produção de lã
17
7 – Desenvolvimento e perspectivas futuras
17
Bibliografia
2
1- Origem e História
Esta designação é relativamente recente e traduz uma evolução dos ovinos assinalados em 1870.
Não está perfeitamente aclarada a origem do Merino da Beira Baixa, podendo encontrar-se mais
do que uma hipótese.
Parece não haver dúvidas de que o Merino da Beira Baixa tem grande influencia do Merino
Espanhol. As dúvidas porém surgem relativamente à raça autóctone existente e que foi cruzada
com o Merino Espanhol.
É interessante recordar o que o Intendente de Pecuária de Portalegre descreve no
Recenseamento Geral de Gados de 1870 (13) “A qualidade da lã do distrito é, senão das
melhores, ao menos das boas que tem o País.
O leite aproveita-se desde Março até fins de Junho e é com ele que se fabrica o belo queijo das
areias, que se rivaliza com o da Serra da Estrela”.
Tendo em conta estas características e as ligações estreitas existentes entre a zona sul do distrito
de Castelo Branco e a zona norte do distrito de Portalegre, pode admitir-se perfeitamente que os
ovinos bordaleiros comuns existentes nas areias graníticas da zona de Nisa, Gavião e Castelo de
Vide, poderão ser os ascendentes do merino da Beira Baixa. A confirmar esta hipótese surgem as
considerações feitas sobre o bordaleiro comum no Recenseamento Geral de Gados de 1870 que
se transcrevem. “Deve observar-se que há entre os bordaleiros alguns, tanto pretos como
brancos, que se aproximam, pela disposição e forma da lã e pela forma da cabeça ao tipo merino,
talvez pelo efeito da intervenção do sangue desta raça no bordaleiro de que se trata. É o que se
nota nos carneiros brancos ditos da raça das areias do distrito de Portalegre e nos pretos de
Serpa e Moura do distrito de Beja, os melhores carneiros pretos de todo o país pela qualidade da
lã”(13).
Pelas razões expostas o Merino da Beira Baixa resultaria do cruzamento de ovinos Merino
Espanhol com ovinos Bordaleiro da região de Nisa, Gavião e Castelo de Vide (6).
Para alguns autores os ovinos dessa zona constituiriam mesmo a raça Merino das Areias. Para
outros ela não existe e essa área é englobada na do Merino da Beira Baixa.
Uma segunda hipótese sobre a origem do Merino da Beira Baixa diz que ele provém dos Merinos
Espanhóis que se fixaram na região. A escassez e irregularidade do alimento levou-os, de geração
em geração, a uma redução do tamanho e peso iniciais até à corpulência, pequena que hoje
possuem. Em relação à função de produção de leite que só depois de 1900 começa a ser
explorada com mais interesse, poderá ter sido melhorada por exercício da glândula mamária
devido à frequência das ordenhas e por selecção. Estas mesmas razões são apresentadas para
justificar as potencialidades leiteiras da raça saloia da região de Lisboa e que, segundo alguns
autores, provêm de um rebanho merino.
Como terceira origem provável do Merino da Beira Baixa autores há que indicam a ovelha da
Serra da Estrela que, deslocando-se em transumância até à campina de Idanha-a-Nova, aqui foi
3
cruzada com o Merino Espanhol. Não parece ser muito viável esta hipótese se tivermos em linha
de conta as características da lã dos ovinos da Serra da Estrela, já que dificilmente poderiam
originar animais com uma lã de boa qualidade como é a do Merino da Beira Baixa.
No entanto é provável que estes rebanhos transumantes tenham tido influência na produção de
leite e na sua utilização para o fabrico de queijo, de acordo com a tradição e tecnologia usada
pelos pastores da Serra da Estrela.
Pelo exposto poderemos concluir que o Merino da Beira Baixa teve na sua origem e seguramente,
sangue da raça bordaleiro comum, provavelmente da zona norte do distrito de Portalegre, da raça
Merino Espanhol e eventualmente do Bordaleiro da Serra da Estrela (6).
Adaptou-se às características da região, mais do que a uma incipiente selecção e constitui hoje uma raça com
características próprias e potencialidades que urge estudar e preservar.
2 – Padrão da Raça
É um merino de pequena corpulência (elipométrica e brevilíneo) que não sofreu tão forte influência
dos Merinos Precoces, ou outros, como os restantes Merinos portugueses. Explora-se na sua
tripla função: carne, leite e lã (17).
O Livro Genealógico da Raça foi instituído pela Associação de Produtores de Ovinos do Sul da
Beira - OVIBEIRA em 1986 (7). O protótipo racial, que consta do Regulamento do Registo
Zootécnico da raça , é o seguinte:
Côr:
Cabeça:
Pescoço:
Tronco:
Pele:
Úbere:
Membros:
Velo:
Branca.
Pequena, um pouco larga e curta. Perfil craniano subcôncavo. Chanfro recto nas fêmeas,
mais ou menos convexo nos machos. Fronte e faces mais ou menos revestidas de lã.
Cornos ausentes nas fêmeas e frequentes nos machos, espiralados, rugosos e de secção
triangular. Orelhas curtas e horizontais. Boca de tamanho médio.
Curto, por vezes com barbela bem recoberto de lã.
De pequeno a médio volume, proporcionado no seu conjunto. Garrote espáduas pouco
destacados. Linha dorsolombar mais ou menos horizontal. Garupa de largura média e um
tanto descaída. Totalmente recoberto de lã.
Fina e untuosa, por vezes com alguma pigmentação acastanhada na zona deslanada da
cabeça e dos membros.
De largura média, bem desenvolvido, com tetos curtos, mas bem inseridos.
Fortes e nem sempre aprumados, providos de unhas rijas e bem desenvolvidas. Quase
totalmente recobertos de lã nas extremidades livres, sobretudo nos posteriores.
Branco, de lã muito fina, muito extenso e tochado, com madeixas quadradas ou cilíndricas.
Reveste a fronte, as ganachas, o pescoço, todo o tronco, os testículos e os membros até
quase às unhas.
Obtiveram-se para esta raça um conjunto de medidas indicadoras das características anatómicas
destes animais (Quadro I)
4
Quadro I – Mensurações da raça Merino da Beira Baixa - cm (6).
Sigla
Parâmetros
x
±s
A
Altura do garrote
59,2
±2,79
B
Altura da Garupa
60,9
±2,87
C
Altura do Lombo
58,3
±2,5I
D
Altura do Peito
27,8
±2,67
E
Comp. Tronco
64,4
±3,79
F
Perímetro Torácico
85,I
±6,I3
G
Diâmetro Torácico
28,6
±I,63
H
Comp. do Chanfro
I2,9
±I,88
I
Comp. da Cabeça
22,4
±I,66
J
Altura da Cabeça
I4,6
±0,80
L
Largura da Testa
II,I
±0,5I
3 – Importância e Extensão
O Merino da Beira Baixa continua a ter muita importância para a agricultura regional como das
poucas soluções para a ocupação de terrenos pobres e com uma certa dimensão, nos Concelhos
de Castelo Branco, Idanha-a-Nova e Vila Velha do Ródão, onde se pratica o sistema extensivo de
percurso.
A natureza do clima e os solos da região não permitem aí a exploração de outro gado mais
exigente e sensível a um meio tão difícil.
A sua tripla função, embora não especializado em cada uma delas, permite ao criador um
rendimento que qualquer outro animal não lhe proporcionaria. Por outro lado, os Merinos da Beira
Baixa contribuem duma forma muito evidente para a fertilização das terras pobres onde pastam
(17).
Revelam as estatísticas oficiais uma baixa constante do efectivo a partir de 1955.
5
Hoje em dia estão cerca de 3704 fêmeas inscritas no Livro Genealógico (Quadro 2). É uma raça
considerada em extinção face à introdução de raças exóticas, consoante a moda de momento, na
mira de um aumento rápido da produção leiteira das filhas. Esta mestiçagem, leve aproximação do
cruzamento de absorção, tem tido algum êxito nas explorações com infraestruturas e maneio
alimentar adequado ao novo tipo de animal.
Nas outras explorações temos assistido, ao longo dos tempos, a um desencanto dos produtores.
Quadro 2 - Animais inscritos no livro genealógico
Efectivo
Nº. Animais
Nº.Produtores
Fêmeas
3704
13
284
Machos
119
13
9
Total
3828
13
294
médio/Produtor
4 – Sistema de exploração
A crescente procura e valorização do leite de ovelha e da carne de borrego tem feito com que, em
todos os países onde se explora a espécie ovina, técnicos e criadores procurem os processos
mais rentáveis de obter cada vez mais leite e maior número de borregos.
Com este fim, têm-se cruzado e seleccionado raças autóctones e estrangeiras de modo a
obterem-se animais que produzam mais leite por aumento quer dos níveis de produção quer da
persistência da lactação, e dois ou mais borregos por parto com pesos mais elevados e melhor
conformação de carcaça.
Paralelamente, têm sido melhoradas formas e métodos de alojamento e estudadas e satisfeitas as
exigências alimentares relacionadas com os vários estados fisiológicos das ovelhas e borregos, de
forma a proporcionar aos animais um meio ambiente adequado, que permitam ou favoreçam as
produções desejadas.
Embora estas condições possam conduzir a um aumento da rentabilidade da exploração ovina
podem ainda adoptar-se novas tecnologias na criação de borregos e, aleitamento artificial e
engordas intensivas ou em pastoreio com ou sem acabamento recorrendo ou não a desmames
precoces, na utilização de processos de sincronização e superovulação e inseminação artificial
das ovelhas.
O sucesso destas opções exige preparação técnica e sobretudo cuidados higio-sanitários.
O Merino da Beira Baixa é um animal cujas características fenotípicas estão estabelecidas e que
se fixaram após um período evolutivo de cruzamentos das raças autóctones existentes a quando
do Recenseamento Geral de Gados de 1870, bordaleiro churro e comum, com o Merino Espanhol
introduzido em Portugal em 1920, o Merino Fonte Boa em 1929/30 e devido a transumâncias com
os churros Mondegueiro e Serra da Estrela (6).
Esta raça é explorada, em regime extensivo, em zonas de solos pobres e clima agreste com um
período concentrado de chuvas e outro de temperaturas elevadas. Estes animais fazem, no seu
6
percurso diário de pastoreio, bastantes quilómetros que, a par da fraca qualidade dos terrenos
marginais que utiliza, determinaram uma adaptabilidade e resistência notáveis à deficiente
alimentação a que estavam sujeitos. Assim, é referido como peso adulto para esta ovelha 28 a 30
Kg (16).
A característica base deste sistema está num ciclo anual de produção que se inicia em Março/Abril
com as cobrições estando, tradicionalmente, os carneiros presentes o ano inteiro no rebanho
sendo-lhes colocado um avental de Novembro a Março. Tem como objectivo o inicio da ordenha
em Setembro/Outubro prolongando-se até Junho de forma a permitir o fabrico do queijo nos
meses mais frescos do ano. Os borregos são desmamados com um a dois meses de idade, não
ultrapassando os 12 Kg de Peso Vivo, e vendidos como borregos de “canastra”, 7 Kg de carcaça,
no Natal e Páscoa (17).
É preciso ter a noção, no entanto, que o sistema de alimentação destes animais evoluiu sendo
corrente a suplementação, em épocas de carência, com milharadas e/ou feijão pequeno, feno e
concentrado comercial o que fez evoluir o tamanho dos animais, pelo cuidado que se tem
enquanto crias, sendo referido o peso de 39,19 (6).
É do conhecimento geral que, o Merino da Beira Baixa pelas suas características produtivas, não
é um animal especializado em qualquer das produções, leite, carne e lã, mas pela tradição da
exploração ovina no Distrito de Castelo Branco tem como principal fonte de receita o leite e
produtos derivados (3).
Hoje em dia , face à actual conjuntura da produção como sejam as três câmaras de cura de queijo
colectivas existentes ( Idanha-a-Nova, Alcains e Monforte da Beira ), a produção de leite adquiriu
maior peso na economia da exploração como se pode ver pelos dados, actualizados para preços e
custos do ano de 1995, apresentados no Quadro 3. Além disso, não havendo a obrigatoriedade de
produzir nos meses frescos para realizar a maturação dos queijos, tendo havido evidentes
melhorias nas infraestruturas das explorações e havendo uma procura de leite e borregos nos
meses de verão passou a haver três épocas de cobrição, com separação dos carneiros, com
venda de borregos no Natal, Páscoa e Verão.
Quadro 3 - Contributo de alguns produtos da exploração ovina no seu rendimento bruto (5)
TIPO DE EXPLORAÇÃO
% Rendimento bruto
Queijo curado
Queijo Fresco
Leite
Leite/Queijo
52,6
33,2
26,3
.Carne
15,9
28,7
30,7
LÃ
2,9
2,5
2,1
Subsídio à perda rendimento
28,8
34,4
40,9
Neste contexto, é de salientar a resistência destes animais à mestiçagem ou à sua substituição
por raças exóticas face à incapacidade destes os substituírem no sistema de exploração
predominante na região, apesar de mais produtivos em sistemas intensivos de semi-estabulação
7
ou estabulação permanente em que necessáriamente os rebanhos são de menor dimensão e/ou
as explorações estão inseridas numa realidade edafo-climática distinta ( Ex.: regadio ).
No entanto, em zonas de regadio ou com grande tradição no fabrico de queijo estão a ser
substituídos por rebanhos puros de Lacaune e seus cruzamentos não só pela necessidade destas
explorações, as mais dinâmicas e economicamente saudáveis do sector, em rentabilizarem as
infraestruturas instaladas como sejam as salas de ordenha mas também dar resposta à maior
procura de leite pela agressividade posta no mercado pelas várias Associações de Produtores de
queijo da região.
5 – Características Reprodutivas e Produtivas
5.1 - Taxas Reprodutivas
A época de cobrição principal inicia-se em meados de Abril e a época de repescagem em meados
de Agosto. É nesta que são cobertas as borregas de substituição e as ovelhas que estiveram em
lactação até ao mês de Julho ou que por qualquer motivo não ficaram gestantes. Face ao preço do
borrego durante os meses de verão há, hoje em dia, muitos agricultores que recorrem a uma
terceira época de cobrição em Fevereiro.
Quadro 4 - Comparação de alguns parâmetros reprodutivos, por época de cobrição (18)
PARÂMETROS
REPRODUTIVOS
épocas de cobrição
Primavera
Outono
80,4
91,2
Taxa de prolificidade
107,7
114,2
Taxa de fecundidade
86,3
104,1
9,5
8,5
Produtividade numérica
78,1
95,2
% Partos simples
92,3
85,8
7,7
14,2
% Borregos de parto simples
85,7
75,2
% Borregos de parto duplo
14,3
24,8
Taxa de fertilidade ap.
Taxa de mortalidade total
% Partos duplos
No quadro 4 os valores da época reprodutiva de Primavera são de animais explorados no sistema
tradicional e os da época de Outono de animais mantidos num ciclo reprodutivo, também anual,
mas com a época principal de reprodução em Setembro/Outubro para avaliar até que ponto o
fotoperíodo afecta estes animais.
8
Quadro 5 Parâmetros reprodutivos por classes de idade (18).
PARÂMETROS
Idade (anos)
REPRODUTIVOS
[1-2]
[2-3]
[3-4]
[4-5]
Taxa de fertilidade aparente
55,0
91,1
95,9
95,0
93,3
Taxa de prolificidade
100,7
103,6
109,4
121,1
117,9
Taxa de fecundidade
55,4
94,5
104,8
115,0
110,0
Taxa de mortalidade total
12,2
6,4
5,3
7,8
3,0
Produtividade num‚rica
48,6
88,5
99,3
106,0
106,7
% Partos simples
99,3
96,4
90,6
78,9
82,1
0,7
3,6
9,4
21,1
17,9
98,6
93,0
82,9
65,2
69,7
1,4
7,0
17,1
34,8
30,3
% Partos duplos
% Borregos de parto simples
% Borregos de parto duplo
[5-6]
É de realçar, em relação à idade, que os valores globais da prolificidade da raça MBB são por ela
influenciados.
No entanto é afectada tanto pelos resultados das malatas como das ovelhas de 2º. parto. Poderse-ia pensar que os cuidados com as borregas de substituição poderiam aumentar,
significativamente, a prolificidade o que não tem acontecido. A % de partos duplos duplica dos três
para os quatros anos.
5.2 - Idade à primeira concepção e ao parto
A idade à 1ª. concepção é de 434,36±145,78 dias (Quadro 6). O mês de nascimento não
influenciou significativamente este valor face à variabilidade dos dados traduzida pelo elevado
desvio padrão(18).
Quadro 6 – Idade média (Dias) à 1ª. concepção das fêmeas distribuídas em função dos meses e
época de nascimento.
Parâmetros
JAN
FEV
MAR AGO SET
OUT NOV PRIMAVERA OUTONO GLOBAL
Idade
360
415
428
407
461
415
452
400
441
434
Desv.Padrão 105
130
18
167
155
118
119
118
150
146
Os resultados da idade média ao parto, em função do ano de nascimento e do tipo de parto que
lhe deu origem (simples ou duplo), são referidos no Quadro 7 (18)
9
Quadro 7 - Idade média ao parto (Dias) em função do ano de nascimento e tipo de parto da fêmea
(simples ou duplo)
ANO
1981
1982
1983
1984
1985
1º.Parto
2º.Parto
3º.Parto
4º.Parto
5º.Parto
6º.Parto
7º.Parto
S
S
S
S
S
S
S
D
D
D
655
594
1015 891
DP
132
150
178
167
186
191
235
209
X
628
651 1005 1029 1352
1431
1739
1890
2022
DP
167
165
194
227
184
218
157
266
X
551
589 895
915 1266
1307
1554
1499
1811
1805
DP
148
186 196
191
227
125
98
105
115
X
674
607 966
846 1254
1096 1497
1447
DP
176
149 209
4
183
49
X
523
458 875
774
1084
1059
97
94
14
69
DP
192
196
266
1749 1702
D
X
197
1375 1289
D
117
2171 2064
184
D
2473 2391
125
D
2864 2558
174
-
7
2072 2212
22
4
70
55
X
512
529
DP
118
98
Idades/
X
595
569
957
907
Tipo Parto
DP
150
146
186
190
Total
X
589
950
1314
1692
2024
2350
2660
idade/Parto
DP
147
187
205
204
201
164
177
1986
1319 1296
201
221
1696 1679
192
244
2034 1998
195
213
2324 2391
156
2868 2558
174
-
A idade ao 1º. parto (cerca de 20 meses) parece ser mais baixa para fêmeas provenientes de
parto duplo embora não haja diferenças estatísticas significativas.
É, no entanto, altamente influenciada pelo ano de nascimento, ou seja por problemas ambientais,
apesar do maneio dos animais seguir uma rotina idêntica ano após ano.
Estes valores estão intimamente ligados ao maneio da cobrição, anual por um período de 45 dias
com separação dos carneiros.
5.3 - Sincronização de cios e inseminação artificial
Os trabalhos desenvolvidos nesta área, apesar dos conhecimentos insipientes dos padrões
comportamentais em termos reprodutivos desta raça, têm-se pautado por resultados satisfatórios.
A sincronização de cios, seguida ou não por tratamento para a superovulação, associada a uma
perda nula de esponjas tem tido respostas na ordem dos 96,3% de ovelhas com evidentes sinais
de cio e 90% de ovelhas em cio 34 a 36 horas após o fim do tratamento (19).
Os parâmetros reprodutivos obtidos com inseminação artificial são os referidos no Quadro 8.
10
7
Quadro 8 - Resultados da inseminação artificial (19).
concentração
SPZx106
T.Fertilidade
T.prolificidade
T.fecundidade
P.numérica
aparente
100
25,0
118,8
30,5
30,5
250
72,2
173,6
125,0
100,0
400
55,6
146,7
86,1
44,4
Os valores obtidos, para a concentração de 250 x 106 de espermatozóides por palhinha utilizada
na inseminação, podem ser considerados razoáveis se comparados aos referidos na bibliografia.
5.4 - Produção de Borregos
Os borregos na região da Beira Baixa são vendidos a pesos relativamente baixos face à facilidade
em colocar no mercado o chamado borrego de "canastra" (7 Kg de carcaça - 11 a 12 Kg de peso
vivo), que é bastante valorizado, e também devido à finalidade primeira das explorações ser o
leite/queijo.
De qualquer modo, seria impensável canalizar a produção para a engorda intensiva pela falta de
potencialidade dos borregos em linha pura, e pouco melhor de cruzados com raças exóticas de
carne através dos cruzamentos industriais. A par dos custos de alimentação e da diferença de
preços enquanto borrego de "canastra" e a quebra que se verifica no final da engorda, quando têm
25 Kg ou mais, há a considerar a forte concorrência do mercado internacional para o borrego
pesado que hoje em dia já é comercializado às peças e refrigerado e embalado a vácuo.
Os pesos ao nascimento e ganhos médios diários são baixos, comparativamente com os de outras
raças, pelo que se reflectem na vitalidade dos borregos e, consequentemente, na dificuldade de
adopção de técnicas como o aleitamento artificial.
Os pesos dos machos e fêmeas ao ano de idade representam, respectivamente, 67,5 e 71,1 % do
peso adulto que é para os primeiros de 56,0 Kg e para os segundos de 39,19 Kg.
Quadro 9 – Peso e Ganho Médio Diário dos Borregos dos borregos (Kg) (& e 12).
Machos
Ao nascimento
Fêmeas
3,I3
3,09
Com
I0 dias
5,I6
4,86
Com
30 dias
8,53
8,23
Com
60 dias
I2,57
II,98
Com
70 dias
I4,0I
I3,28
GMD 10-30 dias
0,170
0,169
GMD 30-70 dias
0,140
0,127
1 ano
37,80
27,87
11
5.5 - Aleitamento Artificial
Em ensaios de aleitamento artificial com inicio aos 2,4,8 e 16 dias de idade e desmame aos 32
dias com engorda intensiva até aos 64 dias (grupos 1,2,3 e 4) comparativamente com dois grupos
com desmame aos 32 dias e engorda intensiva até aos 64 (grupo 5) e desmame aos 64 dias
(grupo 6 – testemunha) obtiveram-se os resultados dos quadros 10 e 11 (9).
Quadro 10 – Ganhos médios diários (g) por grupo (9).
Dias
0-2
0-4
0-8
0 - 16
0 - 32
0 - 64
G
1
115 (1)
35
88
166
204 (2)
174
R
2
245
223 (1)
169
174
255 (2)
201
U
3
355
290
208 (1)
151
165 (2)
166
P
4
165
193
216
206 (1)
132 (2)
137
O
5
340
280
261
253
229 (3)
208
S
6
410
340
260
248
221
214
(1)
(2)
(3)
- Mudança de aleitamento natural para artificial
- Mudança de aleitamento artificial para alimentação sólida
- Mudança de aleitamento natural para alimentação sólida
Quadro 11 – Ganhos médios de peso vivo/grupo (Kg) (0-64 dias) (9).
Grupo
1
2
3
4
5
6
GMPV
11,150
12,887
10,640
8,780
13,340
13,720
Analisando os dados, quadros 10 e 11, verifica-se que quanto mais tarde se inicia o aleitamento
artificial pior a adaptação dos borregos às tetinas de borracha e leite artificial sendo cada vez mais
prolongadas as quebras de crescimento e correspondente recuperação do peso perdido. O grupo
2 foi aquele em que os borregos melhor se adaptaram ao aleitamento artificial após três dias de
consumo de colostro nas mães.
Os borregos do grupo 5, foram os únicos que, passaram à engorda intensiva sem quebras
evidentes de peso e atingiram um peso ao desmame idêntico aos do grupo 6 com maiores custos.
Aos valores do Quadro 11 há que somar o peso ao nascimento para termos o peso aos 64 dias.
O índice de conversão, consumo de matéria seca de feno, concentrado e leite de substituição por
Kg de carne produzido, foi de 4 para os grupos 1-2-5 e de 5 para os grupos 3-4.
É de salientar que os borregos de todos os grupos, enquanto em aleitamento natural, viram dia
após dia os seus ganhos médios diários baixarem como reflexo evidente da falta de capacidade
de produção de leite por parte das mães para suprir as suas necessidades.
A par dos efeitos destas opções no crescimento dos borregos temos o reflexo do tempo que o
borrego está com a mãe no seu desempenho durante a lactação (quadros 12,13 e 14).
12
Quadro 12 – Duração média da lactação (dias)/grupo (desde o parto) (9).
Grupo
1
2
3
4
5
6
167,6
151,4
172,6
178,6
156,4
157,2
Duração
lactação
A duração da lactação e produção de leite parece serem estimuladas pela presença dos borregos
antes das ovelhas atingirem o pico da lactação, grupos 1 a 4, não havendo diferenças na
produção ordenhada das ovelhas a que se tira o borrego aos 32 ou 64 dias, grupos 5 e 6, visto
que a quebra de produção se dá igualmente para ambos quando se passa à ordenha. A produção
das ovelhas está mais dependente do número de vezes que são estimuladas por dia
Quadro 13 – Produção média de leite ordenhado (L)/grupo desde a separação do borrego (9).
Grupo
1
2
3
4
5
6
2
4
8
16
32
64
32,8
34,4
38,7
39,7
21,7
21,8
Sep. Borregos
(idade-dias)
Média Leite
ordenhado
A análise económica determinou um resultado que há primeira vista poderá parecer idêntico para
os grupos 2-3-6 e não muito distantes dos restantes (Quadro 14).
O rendimento dos grupos 1 a 4, se a mão-de-obra fosse contabilizada, seriam bastante afectados
tornando mais evidente o resultado obtido pelo desmame tradicional - grupo 6. É um engano tirar
os borregos ao mês de idade por opção com o desmame aos dois meses pensando, com isso,
tirar mais leite o que compensaria o diferencial de preço, ex.: entre Novembro e Natal ou Ano
Novo, obtido na venda dos borregos. A explicação é simples pois em ambos os casos a ovelha
inicia a ordenha com níveis de produção idênticos ganhando o produtor um mês a mais de
lactação, no final da mesma, estando a ovelha nesta fase num nível de produção muito baixo.
Deveria ser uma preocupação tentar conseguir borregos que atinjam, aos quinze dias de idade,
pelo menos 8 Kg de peso vivo para serem vendidos e se poder iniciar a ordenha com vantagens
evidentes ( Quadro 13 ).
Quadro 14 – Rendimento por grupo ( sem mão-de-obra) (9).
Grupos
Lucro/ovelha
1
6.636$50
2
7.538$00
3
7.523$50
4
6.872$50
5
6.815$00
6
7.697$50
13
5.6 - Características das carcaças e peso ideal de abate
A ESACB em colaboração com a Estação Zootécnica Nacional - Fonte Boa desenvolveu um
programa de engordas em pastoreio (15), com ou sem acabamento, e intensivas de machos puros
Merino da Beira Baixa (MBB) e machos e fêmeas cruzadas de Merino Precoce (MP) para
determinar as características das carcaças e tentar encontrar o peso ideal de abate para os
diversos animais consoante o maneio utilizado.
Em engorda intensiva (4 e 14) o valor encontrado foi ,para os machos cruzados com Merino
Precoce (MPxMBB) e puros (MBB), respectivamente, de 30 e 25 Kg e, para as fêmeas cruzadas
com Merino Precoce (MPxMBB) de 25 Kg (4). O índice de conversão médio da matéria seca do
concentrado foi de 3,53 e para a matéria seca total na ordem dos 3,2 (4).
Quadro 15 – Repartição da gordura na carcaça (adaptado de 4).
Peso abate e
tipo animal
A (25 Kg)
B (30 Kg)
C (25 Kg)
D (28 Kg)
Machos MBB
Machos F1
Fêmeas F1
Fêmeas F1
(MPxMBB)
(MPxMBB)
(MPxMBB)
Parâmetros
Peso inicio (Kg)
11,48
12,90
13,05
13,05
Idade inicio(dias)
73
67
64
64
Dias ensaio
77
81
82
115
1) % Gordura subcutânea
43,63
42,42
39,93
43,28
2) % Gord. intermuscular
46,18
46,90
44,48
42,74
3) % Gord.pélvica e renal (KKCF)
9,99
9,48
15,10
14,01
1/2
0,948
0,936
0,901
1,02
1/3
4,45
4,99
2,61
3,14
Músculo/Osso
3,05
3,14
3,19
3,29
Músculo/Gordura Total
1,92
1,84
1,65
1,49
Quadro 16 – Classificação carcaças quanto à conformação e % gordura subcutânea
(adaptado de 4).
8%
CONFORMAÇÃO
1 – Magra
8,1 – 10,9 %
2 - Mediana
11 – 13,9 %
3 – Bem acabada
14 – 16,9 %
4 - Gorda
•
E - Bem conformada
xxxxxx
Z - Regular
−
−−−
++++
++
•••
•••••
−
xxxx
xx
−−−
+
N - Medíocre
A=•
B=x
•
.....
C=−
D=+
14
5.7 - Produção de leite
Não pertencendo a uma raça especializada na função leiteira, nem desfrutando um regime
alimentar muito adequado a esta produção, a ovelha da Beira Baixa é apreciada como leiteira,
visto que se mantém a dar leite durante 5 a 6 meses depois de ter criado um borrego 1 a 2 meses.
Trata-se duma característica genética que tem sido seleccionada pelos criadores, desde sempre
(17).
A ordenha inicia-se em fins de Outubro/Novembro e vai até ao S. João (cerca de 8 a 9 meses).
Os valores relativos à produção de leite são, aproximadamente, os seguintes:
Duração da lactação
150 a 180 dias
Produção de leite (0-150 dias)
53,99 litros
Média diária
0,36 litros
Teor butiroso
6,5 a 10,0%
No entanto, por melhor que a selecção seja feita, o aumento da produção média dos rebanhos
poderá estar condenada ao fracasso. Sabe-se que na origem do Merino da Beira Baixa estão
várias raças apresentando as ovelhas de algumas delas, as melhores em produção de leite, umas
proeminências denominadas "cornos". Ora de há quatro anos a esta parte, o que não aconteceu
em anos anteriores, começaram a aparecer borregas com vestígios de cornos. A frequência com
que aparecem é cada vez maior, e o protótipo racial que consta do regulamento do livro
genealógico não o prevê, sendo todas refugadas (12).
Poderá ser um factor limitante à evolução do efectivo em termos de produção de leite.
5.7.1 - Caracterização do úbere e adaptação à ordenha mecânica
Foi estudada a forma do úbere e tetos ao longo da lactação e a relação das diversas medidas com
a produção leiteira assim como se encontrou um úbere tipo para esta ovelha. O volume da
produção total diária de leite corresponde a 80 % do volume do úbere e esta variável por si só
explica 37,99 % da variabilidade da produção leiteira (10).
Estudaram-se 4 tipos de ordenha: manual (1), manual com repasse (2), mecânica (3) e mecânica
com repasse (4). Observaram-se diferenças significativas entre a ordenha manual (1+2) e
mecânica (3+4) sempre com vantagem para esta última. Verificou-se que o volume do úbere foi de
19,9 % superior (P<0,05) para os animais submetidos à ordenha mecânica. O repasse
representou, em ambos os tipos de ordenha, uma percentagem significativa da produção total,
respectivamente, de 21,4 e 27,2 % (1).
15
Fig 1. Medidas tipo do úbere (10).
5.7.2 - Produção de leite consoante o mês de parto
Quadro 17 - Produção de leite consoante o mês de parto (litros) (11).
Mês parto
Produção
1º contraste
Prod.120 dias
Prod.150 dias
Produção
Duração
Produção
normalizada
normalizada
total
lactação
média/dia
1
0,510
51,9
57,4
58,9
148
0,398
2
0,540
50,3
54,0
54,2
127
0,427
3
0,550
47,0
47,9
48,2
110
0,438
9
0,350
37,6
43,3
49,7
173
0,287
10
0,440
43,2
49,5
56,0
163
0,344
11
0,450
44,6
50,9
55,2
154
0,358
12
0,490
49,9
56,2
59,3
158
0,375
Ao analisar o quadro 17 ficamos com a certeza de que Março e Setembro são as piores épocas de
parto para a produtividade leiteira do rebanho embora por razões diversas.
Se a ordenha das ovelhas se prolongar pelo mês de Julho os valores da produção das ovelhas
paridas em Março atingirão os valores de Janeiro e Fevereiro. Estes dois últimos sairiam bastante
favorecidos com esta alteração de maneio.
Face ainda aos valores seriam de eliminar as parições de Setembro para melhorar os resultados
globais da exploração ou melhorar a alimentação neste período principalmente com alimentos
verdes..
Outro factor que mostrou ter uma correlação positiva com os níveis de produção das ovelhas e
persistência da lactação foi o peso ao parto.
16
5.7.3 - Produção de leite consoante o número da lactação
Quadro 18 - Produção de leite consoante o número da lactação (litros) (11).
Número
Produção
Prod.120 dias
Prod.150 dias
Produção
Duração
Produção
Lactação
1º contraste
normalizada
normalizada
total
lactação
média/dia
1
0,360
36,0
40,0
42,7
144
0,297
2
0,450
43,4
48,4
53,4
150
0,356
3
0,450
43,8
49,3
52,2
152
0,343
4
0,460
46,0
50,9
54,6
153
0,357
5
0,510
50,9
56,3
60,1
151
0,398
6
0,470
46,7
52,1
56,4
158
0,357
A produção ao 1º. contraste tem uma correlação elevada com a produção de leite pelo que é
importante atender à condição corporal do animal no final da gestação/inicio da lactação.
6 - Produção de lã
Os Merinos da Beira Baixa são produtores das mais finas lãs do país.
As características específicas que definem os seus velos e as fibras lanares são as seguintes (17):
Peso do velo (17)
Machos
2,5 a 3,2 Kg
Fêmeas
1,5 a 2,5 Kg
Comprimento das fibras (6a)
68,4 mm (40,0-110,0)
Diâmetro das fibras (6a)
26,43µ (20,2-33,8)
Resistência (6a)
20,72New/Ktex (5-56,4)
Curvatura (6a)
101,4º/mm (64,0-138,0)
Rendimento em LAF (6a)
59,9% (36,2-81,1)
Classificação (portuguesa) (17)
Merino extra a Merino forte
A introdução, ultimamente verificada, de raças exóticas ou de outras regiões do país, sobretudo
com o intuito de melhorar a produção de leite ou aumentar o peso dos borregos, tem contribuído
para uma certa desqualificação das lãs.
7 – Desenvolvimento e perspectivas futuras
A produção de ovinos leiteiros na Beira Baixa pelos seus produtos de qualidade e Organizações
de Produtores existentes, com agressividade no mercado, continuará a sua senda de progresso.
A raça Merino da Beira Baixa, até pelo facto da DOP não estar afecta ao leite que produz, está
vocacionada para sobreviver como animal adaptado aos sistemas mais extensivos e pobres, como
opção de ocupação de áreas que não são próprias para culturas de rendimento e, onde as raças
17
exóticas (alta produção) não são capazes de sobreviver por não estarem adaptadas ao pastoreio
de percurso.
Na região da Beira Baixa, produzem-se vários tipos de queijo de ovelha ou de mistura com leite de
cabra, dos quais o mais afamado é o queijo à ovelheira denominado “Queijo de Castelo Branco”,
um queijo de pasta mole, mesmo amanteigado, muito saboroso, idêntico ao da Serra da Estrela,
com o qual se pode confundir. Dentro dos queijos feitos à cabreira temos o “Amarelo” e o “Picante”
da Beira Baixa.(17)
Estes queijos têm Denominação de Origem Protegida por Despacho 4/94, DR. II Série, 26/01 –
Reg. CE 1107/96, de 12/06 (2).
Como produto Identificação Geográfica Protegida existe também o “Borrego da Beira” por Desp.
57/94, DR. II Série de 15/02 – Reg. CE 1107/96 de 12/06 e Desp. 2314/99, DR. II Série de 9/02
(2).
Gestor do Livro Genealógico
OVIBEIRA – Associação de Criadores de Ovinos do Sul da Beira
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Telef. 272 347 564 / 272 344515/6
Fax: 272 344 586
E-mail: [email protected]
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19

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