direção artística luísa taveira

Transcrição

direção artística luísa taveira
DIREÇÃO ARTÍSTICA
LUÍSA TAVEIRA
PROGRAMA
REPORTÓRIO
Fevereiro
dias 5, 6, 12, 13, 19
e 20 às 21h
dia 7 às 16h
Escolas
18 de fevereiro às 15h
Ensaio Geral
Solidário
4 de fevereiro às 21h
SERENADE
GEORGE BALANCHINE
GROSSE FUGE
ANNE TERESA DE
KEERSMAEKER
INTERVALO
HERMAN SCHMERMAN
WILLIAM FORSYTHE
Este é um programa de reportório onde
se reúnem alguns dos coreógrafos que
mais marcaram a História da Dança.
A belíssima e feminina Serenade de
Balanchine que contrasta com a energia
masculina de Grosse Fuge de Anne Teresa
De Keersmaeker, a abstração de William
Forsythe com um dueto virtuosístico
e a inspiração latina de 5 Tangos de Hans
van Manen são uma janela aberta para
o que de melhor se produziu no séc. XX.
5 TANGOS
HANS VAN MANEN
Faço crochet
o crochet faz-me
e nisto me desato
¯¯¯ Adília Lopes,
in Os 5 livros de versos salvaram o tio, 1991.
Dobra – Poesia Reunida 1983-2014
A FUNDAÇÃO EDP
É MECENAS PRINCIPAL DA COMPANHIA NACIONAL DE BAILADO
E MECENAS EXCLUSIVO DA DIGRESSÃO NACIONAL
CORPOS
EXPANDIDOS,
COM E SEM
SAPATILHAS
DE PONTAS
¯¯¯ Maria José Fazenda,
janeiro 2016
O progressivo desenvolvimento, ao longo do tempo, do
trabalho técnico das bailarinas com as sapatilhas de
pontas, introduzidas no ballet no início do século XIX,
foi acompanhado de uma diferenciação entre o vocabulário da dança feminina e masculina e dos seus papéis
na execução dos duetos não existente, segundo o que
as fontes históricas nos permitem saber, no ballet do
século XVIII. Aquele instrumento técnico, que começou
por ser um sapato flexível reforçado na biqueira por uma
cerzidura, antes de se transformar no bloco resistente
que hoje conhecemos, viabilizou, no romantismo, a
projeção vertical do corpo e a representação da mulher
como um ser idealizado, transcendente, etéreo, de que
os seres alados, como as sílfides, as willis ou as péris,
eram a metáfora. Na segunda metade do século XIX, na
Rússia imperial, Marius Petipa concedeu à bailarina um
papel ativo e determinante nas performances, criando
para ela e à volta dela solos tecnicamente muito virtuosos.
No século XX, George Balanchine expande o vocabulário da técnica da dança clássica e as possibilidades de
composição do movimento no espaço, explora as dobras
do corpo, combina o peso e a leveza. As mulheres, em
sapatilhas de pontas, são uma das suas inspirações; a
outra é a música. Serenade (1935) o primeiro ballet que
cria nos Estados Unidos da América, depois da estética
apolínea de Apollo (1928) e da composição construtivista de The Prodigal Son (1929), obras criadas para os
Ballets Russes de Serge Diaghilev, é um dos exemplos
maiores da excelência de Balanchine como inventor de
vocabulário, compositor de danças, da sua extraordinária musicalidade e do carácter alusivo e, contrariamente
ao ballet do século XIX, não figurativo das suas danças.
A primeira apresentação de Serenade foi em 1934, com
estudantes da School of American Ballet, escola criada nesse mesmo ano por Balanchine e Lincoln Kirstein.
A coreografia resultou de um trabalho em torno das téc-
nicas de palco, tendo o coreógrafo incorporado alguns
dos incidentes que tiveram lugar durante os ensaios:
uma estudante que chega atrasada e retoma o seu lugar
no grupo; outra que cai e que, na obra, virá a ocupar um
papel importante no inesperado (tendo em consideração
a estrutura formal da peça) trio final, na Elegia. Trata-se
de uma bailarina que é elevada e transportada no espaço, com os braços alongados para trás, uma cena que
parece evocar a morte e a ascensão das heroínas nos
ballets românticos.
Há nesta coreografia, oficialmente estreada em 1935,
outros elementos que nos reenviam para a estética romântica, ou melhor, para a forma como ela é convocada
por Mikhail Fokine, em Les Sylphides (1909), designadamente o corpo de bailarinas, não obstante o que sobressai não ser uma homogeneização das suas performances, mas, pelo contrário, sublinhe-se, o contributo do
trabalho de cada uma delas para o grupo; e os vestidos
compridos translúcidos de tule azul, desenhados por
Barbara Karinska, que reforçam a leveza e a flexibilidade do movimento, os quais, contudo, só foram introduzidos numa produção de Serenade de 1952. A alteração
dos figurinos (os originais eram vestidos pelos joelhos,
opacos, mais pesados e afins à roupa quotidiana da época) é concomitante com as várias transformações que a
peça foi sofrendo ao longo do tempo, designadamente
da sua estrutura. Nas primeiras produções, Balanchine
só usou os três primeiros movimentos da partitura de
Tchaikovski — Sonatina, Valsa e Elegia. Introduz, em
1940, o quarto movimento, o Tema Russo, mas invertendo a sua ordem, relativamente à partitura do compositor, ou seja, encerrando a coreografia em tom triste e
lamentoso; um fim que, na realidade, não deixa de ser
anunciado pela primeira imagem da obra: dezassete
bailarinas, de pé, com o braço direito esticado para a
frente, formando com o tronco um ângulo obtuso, e mão
fletida, dirigindo-se a um espaço desconhecido.
Utensílio ascensional por excelência do romantismo, as
sapatilhas de pontas seriam, ao longo do século XX, um
artifício que os coreógrafos continuariam a explorar de
formas inventivas e como expressão de diversas modalidades de representação do mundo e da figura feminina.
Foi assim com Balanchine, ao longo de toda a sua prolixa carreira — mencionem-se obras como Concerto Barocco (1941) ou Agon (1957), também apresentadas pela
Companhia Nacional de Bailado (CNB), em programas
anteriores; seria assim com William Forsythe. Este norte-americano, que iniciou a sua carreira como bailarino
profissional no Joffrey Ballet 2, tendo-se transferido, em
1973, para o Stuttgarter Ballett, e assumido, em 1984, a
direção do Ballett Frankfurt, utiliza, sobretudo nas suas
peças das décadas de 1980-90, o vocabulário da dança
clássica, expandindo-o com o contributo das teorias de
Laban, segunda as quais o movimento do corpo poderia
ser desencadeado por qualquer parte do corpo, aumentando, assim, exponencialmente as potencialidades expressivas do corpo.
Nas obras de Forsythe, cujo trabalho multidisciplinar
contribui para modificar a paisagem da dança contemporânea europeia, o mundo é representado como uma
realidade ampla, fragmentada, complexa e instável, e
as bailarinas, sobre sapatilhas de pontas, são mulheres
autónomas, determinadas e investidas de poder. Estas
representações são bem visíveis nos virtuosíssimos
pas de deux que predominam em outras peças também montadas para a CNB, designadamente, Artifact
II (1984) e In The Middle Somewhat Elevated (1988),
evidenciando-se também no dueto Herman Schmerman.
A peça foi criada para o New York City Ballet, em 1992,
mas o dueto só foi acrescentado quando o coreógrafo
a remontou para o seu Ballett Frankfurt, nesse mesmo
ano, sendo, desde 1999, apresentado autonomamente.
Herman Schmerman é uma dança divertida, animada,
como a música de Thom Willems, de uma sensualidade
despreocupada (também sugerida pela transparência
Balanchine é também uma reconhecida influência para
Hans van Manen, o artista holandês que foi coreógrafo
residente do Nederlands Dans Theater, companhia de
que também foi diretor artístico, e do Het Nationale
Ballet. Desde o início da sua carreira como coreógrafo,
nos anos 1960, interessa-se por fazer uma síntese entre
o vocabulário da dança clássica e as linguagens da dança moderna. Van Manen é um mestre na criação de pas
de deux, figura coreográfica que predomina nas suas
obras, como em Adagio Hammerklavier (1973), para
dar o exemplo de uma criação também montada para a
CNB. Os duetos têm frequentemente uma carga erótica
e, entre homens e mulheres, representados como géneros com poderes iguais, estabelece-se constantemente
uma relação de atração e repulsa. 5 Tangos (1977) não
é exceção. Nesta obra, a música de Astor Piazzolla contribui para a criação de uma qualidade de movimento
direta, repentina, angulosa.
Se para estes criadores, as sapatilhas de pontas são
uma atração e um instrumento para a descoberta de
novos padrões coreográficos, a belga Anne Teresa De
Keersmaeker, que estudou na escola Mudra, em Bruxelas, e na Tisch School of the Arts, em Nova Iorque,
prefere os ténis, os sapatos de salto alto ou os pés nus,
em contacto direto com o chão, muito embora tenha
trabalho também com sapatilhas de pontas em Lisbon
Piece (1998), a peça que constrói para os bailarinos da
CNB, naquela que foi também a sua primeira colaboração com uma companhia de repertório. No início da
sua carreira como criadora, De Keersmaeker trabalha só
com bailarinas, como em Fase (1982) e Rosas danst Rosas (1983), explorando, em estruturas minimais e complexas, movimentos abstraídos de ações do quotidiano
e de comportamentos femininos — apanhar o cabelo,
ajustar as roupas. Quando integra bailarinos na Rosas,
a companhia que funda em 1983, os gestos e as saias
rodadas das mulheres e os movimentos atléticos dos
homens podem reforçar estereótipos de género, como
acontece em peças como Ottone Ottone (1988) ou Achterland (1990), o que, pelo contrário, não se verifica em
Grosse Fuge (1992).
Artistas da CNB
em Grosse Fuge
Grosse Fuge, inicialmente interpretada como parte de
Erts (1992), a primeira peça que De Keersmaeker criou
na qualidade de coreógrafa residente de De Munt/La
Monnaie, em Bruxelas, bailarinos e bailarinas, vestidos
de igual, sem sapatilhas de pontas, realizam movimentos com qualidades idênticas. Sobre a partitura de Ludwig van Beethoven, saltam, balanceiam, rebolam no
chão, projetam-se no ar, rodopiando quase com o corpo
em posição horizontal, caem e voltam a levantar-se. Em
Grosse Fuge, nem o movimento nem os figurinos determinam diferenças de género, para que do grupo, igual,
se revele o que é único em cada intérprete, em cada
pessoa, num espaço-tempo que os movimentos circulares e em espiral abrem ao infinito. —
© RODRIGO DE SOUZA
do figurino criado para a bailarina por Gianni Versace),
lúdica, como o jogo de sonoridades contido no título, o
qual foi extraído de uma fala do ator Steve Martin do
filme Dead Men Don’t Wear Plaid (1982), de Carl Reiner.
Neste dueto, que a CNB apresenta pela primeira vez,
homem e mulher testam o seu equilíbrio, realizam movimentos multidirecionais, rápidos, com inclinações e
desvios súbitos, combinados com gestos e movimentos
simples, quotidianos. A peça termina com a bailarina
rodopiando como uma boneca numa caixa de música,
imagem muito parecida com uma que veríamos também
em Serenade, de Balanchine, coreógrafo que William
Forsythe reconhece como sendo uma influência determinante no seu trabalho.
Roberta Martins e Frederico
Gameiro em Serenade
SERENADE
GEORGE BALANCHINE
COREOGRAFIA
—
George Balanchine
coreografia
©The George
Balanchine Trust
Piotr Ilitch
Tchaikovski
música
Nanette Glushak
assistente da Fundação
Balanchine
Fernando Duarte
Barbora Hruskova
ensaiadores
Estreia absoluta
Nova Iorque, Adelphi
Theatre, American Ballet,
1 de março de 1935
Estreia pela CNB
Lisboa, São Luíz Teatro
Municipal,
14 de outubro de 1982
George Balanchine nasceu em São Petesburgo, em 1904,
tendo-se formado e integrado o Teatro Mariinsky. Aos vinte
anos, no entanto, abandonava definitivamente a Rússia. Iniciou
a sua carreira nos Ballets Russes de Diaghilev, hoje reconhecida como brilhante e influente companhia do séc. XX. Apollo
(1928) e Filho Pródigo (1929) são ainda hoje grandes obras de
repertório. Após a morte do empresário, uma breve itinerância
europeia levou-o a fixar-se nos EUA. Aí colaborou em filmes, na
Broadway, e fundou uma escola, base sustentadora do futuro
New York City Ballet. Foi para esta Companhia que Balanchine
criou a maioria das suas peças, construindo um corpo inigualável de obras primas como: Divertimento nº15 (1956), Agon
(1957), Liebeslieder Walzer (1960), Jewels (1967), Sinfonia
em 3 Andamentos e Concerto para Violino (1972), Who Cares?
(1970), Le Tableau de Couperin (1975),Vienna Waltzes (1977) e
CAMERATA
ALMA MATER
Mozartiana (1980). Estas vieram juntar-se ao grupo de coreo-
interpretação musical
Variações (1947), Sinfonia de Bizet (1947), para formar um opus
grafias criadas antes do New York City Ballet, Serenade (1934),
Concerto Barroco (1941), Quatro Temperamentos, Tema e
gigante, marcado pela perfeita compreensão musical e uma
inesgotável invenção em todos os registos da dança clássica.
George Balanchine faleceu em 30 de abril de 1983, em Nova
© RICARDO DE BRITO
Iorque. —
CAMERATA ALMA
MATER
GROSSE FUGE
—
Foi fundada recentemente e é constituída por jovens instrumentistas de cordas, talentos portugueses já com grande distinção
no panorama musical nacional e internacional. Os elementos
que integram este ensemble são vencedores de várias edições
do Prémio Jovens Músicos, assim como distinguidos com
prémios em concursos internacionais. Nos seus currículos
contam-se lugares de destaque, entre os quais chefes de naipe
de orquestras profissionais, residências artísticas, e atividade camarística regular e de grande relevo. A Camerata Alma
Mater conta ainda com os prestigiados pedagogos destes
jovens talentos, Aníbal Lima (violino) e Paulo Gaio Lima (violoncelo), que mantêm ainda uma carreira artística inconfundível.
A camerata é dirigida por Pedro Neves, um dos mais promissores maestros portugueses, com uma maturidade e veracidade
interpretativa notáveis. Visível no panorama musical é ainda a
sua experiência alargada como violoncelista, professor e maestro. Tendo-se já apresentado em concerto na abertura do festival “Música nos Açores”, a Camerata Alma Mater conquistou
por parte do público e da crítica uma aceitação e elogio extremamente positivo. A Alma Mater ambiciona a possibilidade de
continuação deste projeto de grande profissionalismo, podendo
assim abordar repertório e sonoridades de uma formação ainda
não existente no nosso país. —
Anne Teresa De
Keersmaeker
coreografia
Estreia absoluta
Bruxelas, Hallen van
Schaerbeek,
2 de fevereiro de 1992
Ludwig van Beethoven
música
Estreia pela CNB
Lisboa, Teatro Camões,
26 de outubro de 2012
Jan Joris Lamers
cenografia
e desenho de luz
Rosas
figurinos
ANNE TERESA DE KEERSMAEKER
COREOGRAFIA
QUARTETO DE CORDAS DE
MATOSINHOS
—
—
Em 1980, após os estudos de dança na Mudra, a escola de
Aclamado como um “caso singular de excelência no panorama
Maurice Béjart em Bruxelas, e na Tisch School of the Arts,
musical português” (Diana Ferreira, Público, 2010), foi criado
em Nova Iorque, Anne Teresa De Keersmaeker, nascida em
pela Câmara Municipal de Matosinhos, através de um concurso
1960, criou Asch, o seu primeiro trabalho coreográfico. Dois
público. Desde 2008 é residente desta cidade, onde desenvolve
anos mais tarde estreou Fase, Four Movements to the Music
uma temporada regular de concertos. Na temporada de 2014-15
of Steve Reich. Keersmaeker funda a companhia Rosas, em
o QCM foi escolhido como um dos ECHO Rising Stars, realizando
Bruxelas, em 1983, paralelamente à criação do espetáculo
uma tournée de 16 concertos em algumas das mais importantes
Rosas danst Rosas. Desde estas obras iniciais que o seu traba-
salas de concerto europeias, como o Barbican em Londres, o
lho coreográfico assenta numa rigorosa e fértil exploração da
Concertgebouw em Amesterdão e o Musikverein em Viena. O
relação entre a música e a dança. Criou, com a companhia
QCM apresenta-se também regularmente nas maiores salas de
Rosas, um vasto número de trabalhos que abarcam estruturas e
concerto portuguesas, como a Casa da Música, Fundação Calouste
partituras musicais de vários períodos, desde a Música Antiga
Gulbenkian e Centro Cultural de Belém, e colabora com alguns dos
Georges-Elie Octors
análise musical
até linguagens contemporâneas e populares. A sua prática
mais destacados músicos portugueses, tais como Pedro Burmes-
coreográfica evoca igualmente princípios formais da geome-
ter, António Rosado, Miguel Borges Coelho, António Saiote, Paulo
Nordine Benchorf
Bruce Campbell
Vincent Dunoyer
Thomas Hauert
Cynthia Loemij
Oliver Koch
Eduardo Torroja
co-criação
tria, padrões numéricos, o mundo natural e estruturas sociais
Gaio Lima e Pedro Carneiro. Desde a sua criação, o QCM assumiu
com o fim de proporcionar uma perspetiva única da articulação
um forte compromisso com o repertório português para quarteto de
do corpo no espaço e no tempo. Entre 1992 e 2007, a Rosas foi
cordas, interpretando muitas obras menos conhecidas e abraçan-
companhia residente do De Munt/La Monnaie, em Bruxelas.
do novas obras de compositores contemporâneos: o QCM estreou
Durante este período, Keersmaeker dirigiu inúmeros projetos
já mais de 20 novas obras. O outro principal objetivo artístico do
apresentados a nível mundial. Em 1995, De Keersmaeker, em
QCM vem sendo cumprido com a interpretação em Matosinhos
associação com o teatro La Monnaie, cria em Bruxelas uma
do grande repertório para quarteto de cordas: as obras completas
estrutura de formação internacional: P.A.R.T.S. (Performing
de Mozart e Mendelssohn foram já apresentadas, estando em
Arts Research and Training Studios). Numa monografia, em
curso as integrais de Haydn, Beethoven e Shostakovich. O QCM
três volumes, intitulada A Choreographer’s Score e publicada
e os seus membros foram reconhecidos com prémios nos mais
pela Rosas e a Mercatorfonds, Keersmaeker prooprciona a
importantes concursos musicais nacionais, como o Prémio Jovens
perspicácia e visão abrangentes do musicólogo Bojana Cvejic,
Músicos da RDP e o Concurso Internacional de Música de Câmara
na criação de trabalhos como Drumming, Rain, En Atendant e
“Cidade de Alcobaça”. Todos os membros estudaram na Acade-
Cesena. Para além de Grosse Fuge, que a Companhia Nacional
mia Nacional Superior de Orquestra e aperfeiçoaram a sua arte
de Bailado apresentou pela primeira vez em 2012, The Lisbon
em várias escolas de prestígio, incluindo a Escuela Superior de
Piece, Prelúdio à Sesta de um Fauno, Noite Transfigurada e
Música Reina Sofia, Madrid, a Northwestern University, Chicago
Mozart Concert Arias são outras criações de Keersmaeker já
e Conservatório de Sion, Suíça. O QCM também realizou formação
interpretadas pela CNB. —
especializada no Instituto Internacional de Música de Cámara de
Jakub Truszkowski
assistente da coreógrafa
Rui Alexandre
ensaiador
QUARTETO
DE CORDAS DE
MATOSINHOS
interpretação musical
Madrid, onde estudou com Rainer Schmidt (violinista do Quarteto
Hagen), além de trabalhar em masterclasses com membros de
grandes quartetos de cordas, como Alban Berg, Lasalle, Emerson,
Melos, Vermeer, Kopelman e Talich. —
HERMAN
SCHMERMAN
Thom Willems
música
Estreia pela CNB
Porto, Teatro Municipal
do Porto, Rivoli, 29 de
janeiro de 2016
Fátima Brito
ensaiadora
—
Mantém-se ativo, no panorama da coreografia, há mais de 45
anos. É reconhecido o seu trabalho na reorientação da dança,
forma artística dinâmica e condizente com o século XXI. Iniciou
os seus estudos na Florida, dançou no Joffrey Ballet e depois
no Ballet de Estugarda, onde foi nomeado coreógrafo residente, em 1976. Ao longo dos sete anos seguintes coreografou,
ainda, para companhias europeias e norte-americanas. Entre
1984 e 2004 dirigiu o Ballet de Frankfurt. No ano seguinte criou
a Companhia Forsythe que dirigiu ao longo de dez anos. As
suas mais recentes criações foram desenvolvidas e apresentadas exclusivamente por esta companhia, mas o seu reportório
anterior é dançado por elencos como os do Ballet Mariinsky,
The New York City Ballet, The San Francisco Ballet, o Ballet
Nacional do Canadá, o Semperoper Dresden Ballet, o Royal
Ballet ou o Ballet da Ópera de Paris. Tem sido distinguido com
os mais distintos prémios nos Estados Unidos, Reino Unido,
França, Alemanha, Itália ou Suécia. Tem recebido encomendas
para produção de instalações de arquitetura e performance.
Inúmeros museus, bienais e festivais têm apresentado as suas
instalações e filmes. Em colaboração com especialistas em
comunicação e pedagogos tem desenvolvido novas abordagens à documentação da dança, pesquisa e educação. A sua
aplicação informática Tecnologias da Improvisação é utilizada
como ferramenta de ensino por companhias profissionais,
conservatórios, universidades ou programas de pós-graduação
em arquitetura. Forsythe é regularmente convidado para apresentação de palestras e workshops em universidades e instituições culturais. Em 2015 foi nomeado Coreógrafo Associado do
Ballet da Ópera de Paris. Artifact II, In The Middle Somewhat
Elevated e The Vertiginous Thrill of Exactitude, são criações de
Forsythe anteriormente dançadas pela Companhia Nacional de
Bailado. —
© ALCEU BETT
Estreia absoluta
Frankfurt, Opernhaus,
Ballet, Frankfurt, 26 de
setembro de 1992
Maurice Causey
remontagem
Carlos Pinillos
em 5 Tangos
a partir da identificação com o reportório clássico, rumo a uma
William Forsythe
coreografia, espaço
cénico e desenho de luz
Gianni Versace
e William Forsythe
figurinos
WILLIAM FORSYTHE
COREOGRAFIA
5 TANGOS
Hans van Mannen
coreografia
Astor Piazzolla
música
Jean-Paul Vroom
cenário e figurinos
Jan Hofstra
desenho de luz
Nathalie Caris
Mea Venema
assistentes do
coreógrafo
Estreia absoluta
Amesterdão, Ballet
Nacional da Holanda,
3 de novembro de 1977
Estreia em Portugal
Lisboa, Grande Auditório
Gulbenkian, Ballet
Gulbenkian, 23 de abril
de 1982
Estreia pela CNB
Lisboa, Teatro Camões,
16 de maio de 2003
HANS VAN MANEN
COREOGRAFIA
BAILARINOS PRINCIPAIS Adeline Charpentier; Ana Lacerda; Barbora Hruskova; Filipa de Castro; Filomena Pinto; Inês Amaral; Peggy Konik;
—
Paulina Santos; Brent Williamson; Luis d’Albergaria; BAILARINOS CORIFEUS Andreia Pinho; Annabel Barnes; Catarina Lourenço; Henriett
Hans van Manen, natural de Amstelveen, Holanda, nasceu em
Ventura; Irina de Oliveira; Maria João Pinto; Marta Sobreira; Armando Maciel; Dukin Seo; Freek Damen; Miguel Ramalho; Sergio Navarro;
julho de 1932. Estudou dança com Sonia Gaskell, Françoise Adret
Xavier Carmo CORPO DE BAILE África Sobrino; Alexandra Rolfe; Almudena Maldonado; Andreia Mota; Carla Pereira; Catarina Grilo; Diletta
e Nora Kiss. A sua carreira profissional iniciou-se em 1951, no
Bonfante; Elsa Madeira; Filipa Pinhão; Florencia Siciliano; Inês Ferrer; Inês Moura; Isabel Frederico; Isadora Valero; Júlia Roca; Leonor de
Ballet Recital de Sonia Gaskell, e em 1952 no Ballet da Ópera da
Jesus; Margarida Pimenta; Maria Barroso; Maria Santos; Marina Figueiredo; Miyu Matsui; Patricia Keleher; Rebecca Storani; Shanti Mouget;
Holanda, onde coreografou o seu primeiro bailado, Feestgericht,
Sílvia Santos; Susana Matos; Tatiana Grenkova; Zoe Roberts; Aeden Pittendreigh; Christian Schwarm; Filipe Macedo; Frederico Gameiro; João
em 1957. Após uma passagem pelos Ballets de Paris, de Roland
Carlos Petrucci; José Carlos Oliveira; Joshua Earl; Kilian Souc; Lourenço Ferreira; Nuno Fernandes; Ricardo Limão; Tiago Coelho BAILARINOS
Petit, van Manen ingressou na companhia Nederlands Dans
ESTAGIÁRIOS Hèctor Chicote; João Pedro Costa; João Silva; Kilian Smith
DIREÇÃO ARTÍSTICA Luísa Taveira
Solange Melo; Alexandre Fernandes; Carlos Pinillos; Mário Franco BAILARINOS SOLISTAS Fátima Brito; Isabel Galriça; Mariana Paz;
Theater, onde trabalhou como bailarino, coreógrafo e, de 1961 a
1971, como Diretor Artístico. Seguiram-se dois anos como coreó-
MESTRES DE BAILADO Fernando Duarte (coordenador); Maria Palmeirim ENSAIADOR Rui Alexandre ADJUNTO DA DIREÇÃO
grafo freelancer e, em 1973, Hans van Manen ocupou a posição
ARTÍSTICA João Costa COORDENADORA MUSICAL Ana Paula Ferreira COORDENADORA ARTÍSTICA EXECUTIVA Filipa Rola
de Coreógrafo Residente e Mestre de Bailado no Ballet Nacional
COORDENADOR DE PROJETOS ESPECIAIS Rui Lopes Graça INSTRUTOR DE DANÇA NA PREVENÇÃO E RECUPERAÇÃO DE
da Holanda. As suas coreografias têm sido apresentadas em
LESÕES Didier Chazeau PROFESSORES DE DANÇA CONVIDADOS Irena Milovan*, Boris Storojkov* PIANISTAS CONVIDADOS
companhias como o Ballet de Estugarda, a Ópera de Berlim, o
Humberto Ruaz*; Jorge Silva*; Hugo Oliveira*
Ballet de Houston, o Ballet Nacional do Canadá, Ballet da Pensil-
Fernando Duarte
ensaiador
vânia, The Royal Ballet, o Ballet Real da Dinamarca, o Ballet Sca-
A CNB agradece
a Freek Damen
pino, a Ópera de Viena, o Tanzforum de Colónia e a Companhia
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO OPART Presidente José de Monterroso Teixeira; Vogal Sandra Simões; Vogal Adriano Jordão
de Alvin Ailey. Para a Nederlands Dans Theater, à qual regressou
DIREÇÃO DE ESPETÁCULOS CNB Diretora Margarida Mendes; Carla Almeida (coordenadora); Bruno Silva (digressão e eventos); Natacha
em 1988, van Manen criou mais de 60 bailados, sendo alguns
Fernandes (assistente) ATELIER DE COSTURA CNB Paula Marinho (coordenadora); Adelaide Pedro Paulo; Ana Fernandes; Conceição Santos;
deles: Sinfonia em 3 Andamentos, Metaphors, Five Sketches,
Helena Marques DIREÇÃO TÉCNICA CNB Diretora Cristina Piedade; Sector de Maquinaria Alves Forte (chefe de sector); Miguel Osório
Squares, Mutations, Grosse Fugue, Opus Lemaître, Canções sem
Sector de Som e Audiovisuais Bruno Gonçalves (chefe de sector); Paulo Fernandes Sector de Luz Vítor José (chefe de sector); Pedro Mendes
Palavras, Andante e Fantasia. Para o Ballet Nacional da Holanda
Sector de Palco Ricardo Alegria; Frederico Godinho; Marco Jardim DIREÇÃO DE CENA CNB Diretor Henrique Andrade; Vanda França
criou, entre outros, Twilight, Adagio Hammerklavier, Sagração da
(assistente / contrarregra); Tom Colin (assistente) Conservação do Guarda Roupa Carla Cruz (coordenadora); Cristina Fernandes; DIREÇÃO
Primavera, Cinco Tangos, Bits and Pieces e Three Pieces for Het.
DE COMUNICAÇÃO CNB Diretora Cristina de Jesus; Pedro Mascarenhas Canais Internet José Luís Costa Vídeo e Arquivo Digital Marco
Para o Royal Ballet, van Manen criou Four Schumann Pieces. Ao
Arantes Design João Campos* Bilheteira Anabel Segura; Ana Rita Ferreira; Luísa Lourenço; Rita Martins ENSAIOS GERAIS SOLIDÁRIOS
completar 35 anos de carreira como coreógrafo, Hans van Manen
CNB Luis Moreira** (coordenador) DIREÇÃO FINANCEIRA E ADMINISTRATIVA OPART António Pinheiro; Edna Narciso; Fátima Ramos;
foi armado Cavaleiro da Ordem de Orange Nassau, pela Rainha
Lucília Varela; Marco Prezado (TOC); Sandra Correia Limpeza e Economato Lurdes Mesquita; Maria Conceição Pereira; Maria de Lurdes
da Holanda. Em 1993 foi-lhe também atribuído o Prémio Alemão
Moura; Maria do Céu Cardoso; Maria Isabel Sousa; Maria Teresa Gonçalves DIREÇÃO DE RECURSOS HUMANOS OPART Diretora Sofia
da Dança, pela sua influência na dança na Alemanha, durante
Dias; Sofia Teopisto; Vânia Guerreiro; Zulmira Mendes GABINETE DE GESTÃO DO PATRIMÓNIO OPART Nuno Cassiano (coordenador);
mais de 20 anos. Hans van Manen é também um reconhecido
António Silva; Armando Cardoso; Artur Ramos; Carlos Pires; Carlos Santos Silva; Daniel Lima; João Alegria; Manuel Carvalho; Rui Ivo Cruz; Rui
fotógrafo. Em Portugal, o Ballet Gulbenkian dançou sete coreo-
Rodrigues GABINETE JURÍDICO OPART Fernanda Rodrigues (coordenadora); Anabela Tavares; Inês Amaral; Juliana Mimoso* Secretária
grafias de Hans van Manen, entre 1978 e 1997, das quais se
do Conselho de Administração Regina Sutre OSTEOPATA Altaf Jussub SERVIÇOS DE FISIOTERAPIA CNB Fisiogaspar* SERVIÇOS DE
destacam Canções Sem Palavras, Cinco Tangos e Grosse Fugue.
INFORMÁTICA OPART Pedro Penedo (coordenador)
A par de Cinco Tangos, Solo, Kammerballet, Sarcasm, Adagio
Hammerklavier e Twilight, são obras de van Manen interpretadas pela CNB. Em 2015, Hans van Manen tornou-se membro da
Academia Holandesa para as Artes. —
* Prestadores de serviço
** Regime de voluntariado
PRÓXIMOS
ESPETÁCULOS
BILHETEIRAS E RESERVAS
Teatro Camões
Quarta a domingo
das 13h às 18h (01 nov – 30 abr)
das 14h às 19h (01 mai – 31 out)
Dias de espetáculo até meia-hora após
o início do espetáculo.
Telef. 218 923 477
—
TEATRO CAMÕES
29 ABR – 15 MAI
Teatro Nacional de São Carlos
Segunda a sexta das 13h às 19h
Telef. 213 253 045/6
Ticketline
www.ticketline.pt
Telef. 707 234 234
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de 14 de fevereiro); É expressamente proibido filmar, fotografar ou gravar durante
os espetáculos; É proibido fumar e comer/
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desligar o seu telemóvel; Os menores de 6
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