A Caminho de uma Igreja Funcional
Transcrição
A Caminho de uma Igreja Funcional
Em grupos ... Leia At 2:42-47 e destaque as principais marcas da Igreja A Essência da Igreja Igreja-família Igreja-hospital Igreja-escola Igreja-exército Igreja-asilo Igreja-disneyland Igreja-shopping center Igreja-projeto social A Essência da Igreja Quais suas metáforas bíblicas prediletas para descrever a igreja? • Noiva, videira, rebanho • Corpo de Cristo, comunidade messiânica, família de Deus • Povo peregrino, sal da terra, luz do mundo, grão de mostarda, fermento • Assembléia dos discípulos, comunidade carismática, comunidade dos santos • Cidade paralela, nação santa, sociedade escatológica A Essência da Igreja Brueggerman: “A igreja em exílio” Newbiggin: “...Sinal e instrumento... Uma comunidade em via, a caminho dos confins da terra e do fim dos tempos” J. C. Hoekendijk: “igreja como a ‘avantgarde’ de Deus” (vanguarda de Deus) Karl Barth: “a demonstração provisória de Deus da sua intenção para toda a humanidade” As Marcas da Igreja Visão tradicional - Qualidades UNIDADE A Igreja é una (Ef. 4:4-6; 1:22-23) Um corpo, uma cabeça, muitas partes (1 Co. 12) Comunidade (Tri-unidade) As Marcas da Igreja SANTIDADE O Espírito habita na Igreja. Deus é santo. CATOLICIDADE Universal em dimensões. APOSTOLICIDADE Fundamentada no testemunho dos apóstolos e na Palavra de Deus. A Igreja Povo de Deus reunido - Para adorá-Lo, - Para ouvir a Sua Palavra proclamada, - Para celebrar as ordenanças - Para observar a ordem e a disciplina em sua vida. As Marcas da Igreja ADORAÇÃO “e prostraram-se diante do trono sobre seus rostos, e adoraram a Deus…” (Ap 7:9-12) “Adoração é a submissão de toda a nossa natureza a Deus. Esta é uma consciência clara de sua santidade, nutrição da mente pela sua verdade, purificação da imaginação pela sua beleza, abertura do coração ao seu amor e submissão da vontade ao seu propósito. Toda esta junção acima da adoração é a maior das expressões de qual somos capazes.” (William Temple) As Marcas da Igreja ADORAÇÃO Somos capacitados a ver o mundo através dos Seus olhos e a sentir compaixão pela humanidade decaída através do Seu coração. Na adoração, o povo de Deus declara a sua própria história sagrada. Na adoração, os crentes reconhecem o Senhorio de Cristo sobre cada área das suas vidas. As Marcas da Igreja PALAVRA “…inspirada por Deus, proveitosa para o ensino, para exortação, para correção, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda a boa obra.” (2 Tm 3:16-17) As Marcas da Igreja PALAVRA A Palavra de Deus foi dada com dois propósitos: 1) Para que o cristão seja perfeito 2) Para que ele se torne habilitado As palavras perfeito e habilitado tem a ver com “saber” ou “ser e fazer”. Ambas apontam não para o conteúdo, mas sim para a aplicação da Palavra à nossa vida. As Marcas da Igreja PALAVRA 4 métodos de aplicaçã (para produzir mudança): Com relação a crença: 1) Ensino (didaskalian) ensinar, instruir. Ocorre quando explicamos a Palavra (Rm 15:4) 2) Correção (epanorthosin) "tornar novamente reto", levantar aqueles que caíram, corrigir quem está no erro As Marcas da Igreja PALAVRA Com relação ao comportamento: 3) Educação na justiça (paideian) criação da criança, guiar no caminho. Castigo e disciplina estão incluídos (Ef 6:4, Hb 12:5,8) 4) Repreensão (elegmos) convicção, punição, censura a um pecador. As Marcas da Igreja PALAVRA Escrita num período de 1.200 anos, por 40 escritores, em 60 gerações. Os 66 livros da Bíblia são a Palavra de Deus e a suprema norma de fé e prática! As Marcas da Igreja PALAVRA Sola Scriptura João Calvino: “onde quer que encontremos a Palavra de Deus fielmente pregada e ouvida... ali, não se pode duvidar, está uma igreja de Deus” Calvino: “não temos que lidar com um Cristo despido, mas com um Cristo vestido com o evangelho”. As Marcas da Igreja SACRAMENTOS Sacramento = ordenança Agostinho: “sinal visível de uma graça invisível” Sinal de participação na graça salvadora... não simplesmente a presença da obra de Deus, mas a sua aplicação da graça salvadora aos pecadores. Clowney: “Para substituir estes continham o derramamento de designou novos sinais para a comunhão do povo renovado de sinais sacramentais são o batismo Senhor” sinais que sangue, ele inclusão e Deus. Estes e a Ceia do As Marcas da Igreja SACRAMENTOS Agostinho: “sinal visível de uma graça invisível” Sinal de participação na graça salvadora... não simplesmente a presença da obra de Deus, mas a sua aplicação da graça salvadora aos pecadores. As Marcas da Igreja SACRAMENTOS BATISMO Confissão pública de uma decisão particular de fé em Cristo. Sinal e selo da conversão. Sinal da salvação e símbolo da realidade. As Marcas da Igreja SACRAMENTOS CEIA DO SENHOR A expressão da comunhão entre os crentes no Corpo de Cristo. Instituído pelo Senhor Jesus Cristo como memorial de Sua morte e ressurreição, para ser proclamado até que Ele venha. As Marcas da Igreja GOVERNO “... esteja submisso às autoridades.” (Rm 13:1) Autoridade para fazer o bem e punir o mal (Rm 13:1-5) Igreja local é uma miniatura da igreja de Jesus Cristo Natureza de Deus - Ordem (1Co 14:33) ESPÍRITO BATALHA ESPIRITUAL – SINAIS APOSTÓLICOS Essência trinitária da Igreja FILHO PREGAÇÃO – PALAVRA ENSINAMENTO APOSTÓLICO ASSEMBLÉIA (Batistas) PRESBÍTEROS (Luteranos e igrejas reformadas) PAI PREGAÇÃO – PALAVRA ENSINAMENTO APOSTÓLICO TEMPLO – ALTAR SUCESSÃO APOSTÓLICA FILHO COMBINAÇÃO (Pentecostal / Carismáticos) BISPO (Católica e Anglicana) As Marcas da Igreja GOVERNO O governo da igreja provê ordem e disciplina. Disciplina é indispensável para a santidade. Disciplina deve ser ordenada e revigorante, restauradora e não punitiva. As Marcas da Igreja GOVERNO DISCIPLINA (Mt 18:15-20) Conseqüência da purificação (Pv 22:15) Remediadora e não punitiva Restauração Arrependimento Perdão Esquecimento As Marcas da Igreja REVISÃO Adoração Palavra Sacramentos Governo As Funções da Igreja Koinonia - Comunhão Kerigma - Proclamação Diakonia - Serviço Marturia - Testemunho As Funções da Igreja COMUNHÃO Koinonia: a comunhão entre homens e mulheres que acreditam em Jesus Cristo como Senhor e Salvador de suas vidas. Herança comum (o que dividimos juntos) Serviço cooperativo (o que damos juntos) Responsabilidade recíproca (o que dividimos uns com os outros) John Stott As Funções da Igreja COMUNHÃO Bases: União com Cristo (Ef 1) Introdução no Corpo de Cristo (1Co 12:12) Nova humanidade Chamados à uma unidade prática(Jo 17:21) Reducionismo - crescimento As Funções da Igreja COMUNHÃO In Necessariis Unitas; In Dubiis Libertas; In Omnibus Caritas nas questões essenciais, unidade nas não-essenciais, liberdade em todas as outras, caridade As Funções da Igreja PROCLAMAÇÃO “... pregue a palavra; a tempo e fora de tempo.” 2 Tm 4:2 Kerygma = mensagem Duas direções: dentro e fora Primeira, o evangelho deve ser proclamado na igreja Segunda, o evangelho deve ser proclamado fora da igreja As Funções da Igreja PROCLAMAÇÃO o único caminho para a salvação A cruz é o ponto principal da teologia cristã o centro do pensamento cristão As Funções da Igreja PROCLAMAÇÃO DEUS Salvação Cristo para Deus JESUS CRISTO PROPICIAÇÃO (Rm 3:25) Cristo para o ser humano REDENÇÃO (Rm 3:24; Hb 9:12) Deus para o ser humano JUSTIFICAÇÃO (Rm 5:1) SER HUMANO REDENÇÃO As Funções da Igreja PROCLAMAÇÃO Autoridade da Proclamação A Palavra A teologia evangélica é responsável pela divina revelação Responsiva a Deus O Resultado da Proclamação: Salvação individual Membresia na Igreja Testemunho para o mundo As Funções da Igreja Diakonia SERVIÇO Serviço a mesa Serviço em amor Grande Comissão + Grande Compaixão Os dois mandamentos correspondentes às duas tábuas do decálogo: 1a4 Amor a Deus Amor ao próximo 5 a 10 As Funções da Igreja SERVIÇO Diakonia realmente se refere ao ato de curar e reconciliar, cuidar das feridas e superar as diferenças, restaurando a saúde do organismo. (Harvey Cox) As Funções da Igreja SERVIÇO O serviço cristão deve penetrar em cada camada da sociedade. Proclamação da graça salvadora de Deus, mas também com a promoção da graça comum de Deus no mundo. Assistência Serviço social Reabilitação Desenvolvimento Ação social Defesa pública As Funções da Igreja SERVIÇO Para que o mal triunfe, tudo o que é necessário é que boas pessoas não façam nada. Edmund Burke As Funções da Igreja TESTEMUNHO Marturia - testemunha, mártir Maturidade e Discipulado: “faça discípulos de todas as nações…” Mt 28:19 As Funções da Igreja TESTEMUNHO O chamado cristão na vida cotidiana: imitação de Cristo (discipulado) Missão cristã até os confins da Terra Testemunho cristão mesmo em sofrimento As Funções da Igreja TESTEMUNHO “Esta é a vontade de Deus que Cristo fez e ensinou. Humildade na conversação; perseverança na fé; modéstia nas palavras; justiça nas ações; misericórdia no trabalho; disciplina na moral, ser incapaz de fazer o mal, ser capaz de agüentar quando o mal é feito; manter a paz com os irmãos; amar a Deus com todo o coração; amá-lo como Pai e temê-lo como Deus” Cipriano de Cartago As Marcas e Funções da Igreja TESTEMUNHO COMUNIDADE GOVERNO ADORAÇÃO PALAVRA PROCLAMAÇÃO ORDENANÇA SERVIÇO Em grupos ... Quais são as áreas fortes da sua igreja? Em quais áreas ela precisa melhorar? As Funções da Igreja TESTEMUNHO Necessidade de uma visão geral holística: Todo cristão, um plantador de igrejas. Toda igreja, um centro de treinamento. Toda família, uma igreja embrionária. Uma igreja de fácil acesso a todas as pessoas - lingüística, geográfica e etnicamente. Cosmovisão Cristã Pai DEUS Espírito Filho - Jesus Criação – Gn 1,2 Novos Céus e Terra Queda – Gn 3 Abraão – Nações - Gn 12.1-3’ Chamado Israel Messias Antigo Testamento Recriação – Ap 21,22 Igreja Redenção Novo Testamento AC – DC Jesus é o centro da História Humana MUNDO MUNDO Uma pesquisa com 270 igrejas nos mostrou o seguinte: TEMAS % GRUPOS FAMILIARES E OUTROS 22 CÉLULAS E OUTROS 19 IGREJA COM PROPÓSITO 16 EVANGELISMO 15 TRADICIONAL / DENOMINACIONAL 10 SEM MODELOS / SEM RESPOSTA 10 ORAÇÃO / INTERCESSÃO / UNÇÃO 9 VÁRIOS MÉTODOS / MIX DE MODELOS 9 REDES MINISTERIAIS 5 G 12 5 DISCIPULADO 4 CONHECENDO OS NOVOS MODELOS ECLESIAIS IGREJA EM CÉLULAS O nome inspirou-se no funcionamento das células de um corpo humano em crescimento. Seu crescimento só cessará quando estiver madura o suficiente e pronta para as “bodas do Cordeiro”. As fontes bíblicas para esse modelo eclesial: Êxodo 18:1-27 - O conselho de Jetro No Novo Testamento, o próprio ministério de Jesus é visto como um exemplo da célula ou pequeno grupo. O que seriam células? São pequenos grupos mistos ou jovens, por afinidade ou localizados geograficamente; Variam geralmente entre 8 e 15 pessoas; Se reunindo, principalmente nas casas, apartamentos ou em lugares pré-determinados; Seu líder é um coordenador ou facilitador, incentivando a participação de todos os presentes. Característica: Relacionamentos saudáveis e comunhão Edificação nas Escrituras e estudo bíblico aplicativo através de reflexões semanais Tempo para adoração e louvor Uma eficaz estratégia evangelística Base eclesial para pastoreamento e mentoreamento nas mãos de líderes em sua maioria leigos Nas células, as pessoas são atendidas em suas necessidades físicas e espirituais: necessitados recebem beneficência, feridos e traumatizados recebem cura, laços conjugais encontram perdão e restauração. Vantagens e qualidades do modelo: Princípio de organização praticado no ministério de Jesus Saudável descentralização de poder Cuidado pastoral realizado pelos leigos Dons e talentos são identificados e desenvolvidos com mais facilidade O Evangelismo acontece de forma informal e espontaneamente Facilita a identificação, treinamento e desenvolvimento de novos líderes. Relacionamentos mais sadios com uma melhor “prestação de contas” e mentoreamento. Um ambiente familiar que oferece mais “cobertura” espiritual aos seus membros. Estrutura de baixo custo potencializa a plantação de novas igrejas em regiões carentes, distantes, ribeirinhos ou rurais. Riscos que devem ser considerados: Transição de um modelo episcopal para esse modelo Falta de uma saudável supervisão espiritual A velocidade e pressão para a formação de líderes pode causar superficialidade bíblica e teológica nas células. A concorrência interna pelo crescimento e a comparação do sucesso estatístico O risco de focar exclusivamente no crescimento numérico Principais expoentes do modelo celular: O modelo coreano - Pastor David (Paul) Young Cho Seu crescimento impressionante estimulou muitos líderes evangélicos brasileiros. O modelo de Ralph W. Neighbour Para ele, a igreja americana estagnada precisava trocar suas estruturas baseadas em homens e programas (“odres velhos”) pela estrutura dos “odres novos” deixada por Jesus. O modelo de Cingapura Igreja Batista Comunidade da Fé, em Cingapura, com o alvo de uma célula em cada quarteirão dessa ilha (cidade-estado) de 641 km2. O modelo brasileiro Pastor Robert M. Lay, da Igreja Irmãos Menonitas, em Curitiba O modelo dos 12 (G12) Surgiu na cidade de Bogotá, Colômbia, com César Castelhanos Domingues, computando cerca de 250 mil pessoas, espalhadas em 25 mil células. IGREJA COM PROPÓSITOS Pr. Rick Warren Fundador da Igreja Batista de Saddleback Warren pesquisou profundamente o perfil dos homens e mulheres que moravam em Orange County, no Sul da Califórnia, iniciando na sua sala de estar uma igreja contemporânea. Fundada em 1980, hoje a igreja reúne mais de vinte mil pessoas. Segundo Rick Warren não devermos perguntar “o que fará nossa igreja crescer?”... A pergunta certa é: "O que está impedindo a igreja de crescer?" A questão é então a saúde da igreja! Para Warren os pastores são os principais agentes de mudança e devem saber lidar com os problemas da sociedade. Esse modelo integra cinco temas básicos com base no texto de Atos 2:42-47: Evangelismo Adoração Comunhão Discipulado Ministério De cada propósito deriva-se uma tarefa e um objetivo: Do evangelismo - a tarefa de evangelizar; Da adoração - a tarefa de exaltar e o objetivo de magnificar; Da comunhão - a ação e o objetivo de encorajar a membresia; Do discipulado decorre a tarefa de edificar e o objetivo de gerar maturidade da igreja; Do propósito do ministério surge a tarefa/objetivo de equipar a igreja. Este modelo de igreja torna-se evidentemente funcional... ...a igreja é definida por aquilo que ela faz ou realiza. WILLOW CREEK COMMUNITY CHURCH Rede ministerial Localizada no subúrbio de Chicago. Seus fundadores, Bill Hybels e Dave Holmbo, visualizaram uma igreja que usaria... O ensino, A música, E o teatro... Para alcançar aqueles que estão no caminho (seekers). Tragetória: Em 12 de outubro de 1975, a igreja se reuniu pela primeira vez, no Teatro de Willow Creek, em Palatine, Illinois. Em 1977, a igreja comprou 90 hectares em South Barrington e construiu seus próprios edifícios. Dobrou de tamanho e a propriedade expandiu-se para 155 hectares. Atualmente a Willow Creek conta com cerca de 100 ministérios projetados para atender as necessidades de diferentes idades e grupos de interesse, tornando-se uma das igrejas evangélicas mais influentes na América. A associação Willow Creek aglutina milhares de igrejas ao redor do mundo, inclusive no Brasil. Os 8 passos estratégicos do modelo da Willow Creek são: 1.Estabelecer relacionamentos íntegros 2.Verbalizar a fé 3.Promover encontros facilitadores 4.Agregar-se à grande congregação 5.Fazer parte de um grupo pequeno 6.Buscar aperfeiçoamento prático 7.Servir num ministério significativo 8.Ser um bom mordomo de Cristo DESENVOLVIMENTO NATURAL DE IGREJAS (DNI) Pesquisa realizada por Christian A. Schwarz e Christoph Schalk em conjunto com a Universidade em Würzburg, Alemanha. Durante 10 anos eles fizeram um levantamento com mais de 1000 igrejas, em 32 países e 5 continentes. Os surpreendentes resultados desta pesquisa estão descrita no livro DNI O Desenvolvimento Natural da Igreja Hoje em sua 3ª edição brasileira com a Editora Esperança, 2010. Ponto de partida para o DNI Qualidade, não quantidade O DNI oferecer valores sem “data de validade”... ...estes não dependem “de receitas prontas. A pesquisa destaca oito áreas que estão presentes em todas as igrejas, diretamente ligadas à sua saúde ou à falta dela. Christian Schwarz chama estas áreas de “Marcas de Qualidade”, vejamos: Marcas de Qualidade: Liderança capacitadora; Ministérios orientados pelos dons; Espiritualidade contagiante; Estruturas eficazes; Culto inspirador; Grupos pequenos holísticos (Células ou familiares); Evangelização orientada para as necessidades; Relacionamentos marcados pelo amor fraternal. Se essas marcas de qualidade não estiverem bem contrabalançadas e equilibradas, não haverá desenvolvimento e crescimento saudável. Dr. Russel Shedd, na introdução ao livro. “Quando se conseguirem implantar as condições e qualidades necessárias, a igreja crescerá automaticamente”. O DNI é simplesmente uma ferramenta, ajudando a igreja a avançar, dando melhores frutos. O DNI não é mais um modelo de igreja, mas a tentativa de formular princípios básicos aplicáveis ao seu crescimento, funcionando independentemente de cultura, tradição espiritual, denominação, modelo preferido pela igreja ou tamanho de igreja. Os diferentes modelos serão bem sucedidos na medida em que, consciente ou inconscientemente, aplicarem os princípios do DNI. O DNI é uma filosofia de apoio e não objetiva mudar o rumo da igreja para aproximá-la em direção ao DNI. IGREJAS EMERGENTES E TRIBAL GENERATION NOVAS IGREJAS PARA A NOVA GERAÇÃO Uma pesquisa feita, em 21 países, pelo Instituto alemão Bertelsmann Stiftung em 2008 revela: Os jovens brasileiros são muito religiosos e estão em 3° lugar no mundo Atrás apenas dos jovens da Nigéria e Guatemala. Dos jovens brasileiros entre 18 e 29 anos: 95% se consideram religiosos; 65% afirmam que são “profundamente religiosos”; Infelizmente apenas 35% afirmam viver de acordo com os preceitos religiosos. A igreja emergente foi iniciado por americanos e ingleses com a finalidade de alcançar a cultura pós-moderna. Ela surge na história no momento de transição da Modernidade para a Pós-Modernidade diante de uma nova realidade: Um período onde os valores estão sendo relativizados, questionados, colocados em “xeque”. Igreja emergente é simplesmente um termo usado para denominar as igrejas que nasceram ou que foram estruturadas para os jovens que vivem no contexto urbano, pósmoderno e pós-cristão. É um movimento de reação à igreja moderna, vista como irrelevante à geração contemporânea. Em 2000, procurando suprir as necessidades pósmodernas das Tribos Urbanas - grupos com características próprias, isso se falando de estética, hábitos de vestir, falar, algo bem diferente do convencional – nasceu o Tribal Generation. Esse movimento visa alcançar a nova geração através de novas igrejas plantadas de forma estratégica e relevante ao contexto pós-moderno. Falar em novas igrejas não significa mudar os fundamentos da fé, apenas afirmar que o objetivo é alcançar a seara, não manter as estruturas institucionais. Para eles, compreender a linguagem pós-moderna é fundamental. Neste mundo de perspectivas e lealdades relativizadas, as igrejas precisam aprender a falar o evangelho de Cristo com um sotaque pós-moderno, mostrando confiança e tolerância ao mesmo tempo, como humildes mensageiros do Reino de Deus. Este movimento ainda enfrenta desmedida resistência por parte das gerações mais conservadoras. IGREJAS NAS CASAS (Igrejas-casas) Nos últimos anos chegaram inúmeras notícias que testemunham a eficácia deste modelo de multiplicação de igrejas na América Latina, China e Índia, África e Leste Europeu. A saúde da igreja-casa é medida pelo número de membros leigos ativos, visionários e engajados no plantio de novas igrejas, em outras regiões e etnias, no contexto da Grande Comissão. O nascimento da igreja-casa O plantador de igrejas procura identificar possíveis “homens (mulheres) da paz”; A pessoa de paz caracteriza-se pela boa reputação e receptividade, recebendo o reconhecimento dos outros (At 10:1-2, 24, 33). Esse líder, após convertido, discipulado, ensinado e treinado pelos missionários que o evangelizaram... ...apresenta a mensagem da salvação a toda sua família, amigos e comunidade local. A Consolidação da Igreja-casa Uma vez que o plantador de igreja consegue reunir duas ou três famílias, ele os convida para a formação de uma igreja no local. A reprodução da igreja-casa Esta fase inclui a edificação dos crentes bem como um plano elaborado para a evangelização. Líderes são escolhidos e trabalham com o plantador de igreja na implementação dos ministérios. Conforme a igreja-casa se desenvolve, a equipe de liderança discerne a vontade de Deus para a sua multiplicação. Esse é um modelo que cresce rapidamente em diversas regiões da Ásia, como Índia, China, Cambodja e no continente Africano pela sua informalidade, liberdade, ausência de estruturas, simplicidade e baixo-custo financeiro e o uso de uma liderança informal e leiga.