Prática de karatê aproxima polícia de jovens e crianças em

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Prática de karatê aproxima polícia de jovens e crianças em
Agência Estadual de Notícias -
Prática de karatê aproxima polícia de jovens e crianças em Paranaguá
Viva o Verão
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Postado em:26/02/2009 11:20
O 9º Batalhão da Polícia Militar de Paranaguá mantém uma academia que visa aproximar a polícia
da comunidade
A dedicação e a boa vontade do policial ambiental Lourival Pereira dos Santos está aproximando
crianças e jovens de Paranaguá da Polícia, e incentivando o esporte. Em 2006, ele teve a idéia de
criar uma academia de Karatê, em parceria com o 9º Batalhão da Polícia Militar, na própria sede da
corporação, localizada no bairro São Vicente. Quando foi inaugurada – no dia 10 de agosto, data em
que se comemora o aniversário da Polícia Militar - apenas cinco crianças estavam matriculadas.
Atualmente são 48 alunos. A condição para participar das aulas é ter mais de seis anos de idade,
estar matriculado na escola, apresentar boas notas e bom comportamento. “A proposta inicial do
comando era uma academia para os policiais e fui convidado a apresentar a arte marcial. Na hora
me veio a idéia de poder ensinar crianças também”, afirma Santos. Ele conta que o 9o Batalhão de
Polícia de Paranaguá contribui, inclusive, com a participação das crianças em campeonatos
estaduais e regionais. “A Polícia cede um ônibus para levarmos as crianças aos campeonatos e já
temos campeões paranaenses em várias categorias que compõe a nossa equipe”, relata. Segundo
ele, o Karatê ajuda muito na formação do caráter das crianças. “É uma arte internacional que visa
disciplina, harmonia e o respeito. Com isso, a criança já inicia as aulas sabendo que não pode fazer
coisas erradas e que deve ser correto na maneira de tratar as pessoas lá fora, seja os pais, o
professor ou o amigo“, conta o policial. Já em relação ao objetivo inicial da academia, que é a
aproximação da comunidade com a Polícia, Santos explica que, ao praticar aulas dentro do
Batalhão, as crianças têm percebido que o policial esta aí para ajudar. “Nós somos treinados para
ficar ao lado da população. Devemos provar que estamos à disposição da comunidade, para servir e
proteger, e não para punir ou ser agressivo. A Polícia deve proteger a comunidade e o trabalho
social que desenvolvemos na academia tem ajudado a mostrar o lado humano da corporação para a
sociedade”, enfatiza Santos. Ele conta que desde que iniciou as aulas no 9o Batalhão os convites
para lecionar em outras academias aumentaram, mas devido a sua atuação profissional como
policial não tem como conciliar a atividade, e a dedicação é exclusiva para o projeto inicial. “É a
minha prioridade. Este trabalho foi iniciado para criar uma integração com a comunidade local, não
deixar crianças e adolescentes nas ruas, mantê-los longe das drogas e reduzir o tempo ocioso.
Gastam tempo e energia com o esporte e fazendo o bem”, resumiu. Aprovação - José Luis Dias é
pai dos alunos Leonardo Dias, de 8 anos, e de Lincon Dias, de 6 anos. Para ele, a atividade
contribuiu muito para o crescimento da família. “A iniciativa da polícia em ceder o espaço e dar as
aulas de karatê gratuitamente é excelente, e mais pessoas deveriam apoiar estas ações. Meus
filhos estão treinando há seis meses, e sentimos a mudança em casa e na escola. Eles estão mais
concentrados, dedicados e obedientes. Além disso, não trocam a aula de Karatê por nada”, contou
José. O garoto Leonardo diz que adora as aulas. “Aprendi de verdade o que é disciplina, quero
continuar treinando e chegar à faixa preta. Eu me sinto bem aqui na academia e fiz muitos amigos”,
conta. Já o irmão Lincon, o mais novo aluno da turma, incorporou alguns dos princípios do Karatê
ao seu vocabulário. “Pra mim o karatê é tudo, disciplina, exercício, harmonia e concentração. Fico
triste os dias que não posso vir pra cá. Conto para meus amigos da escola e mostro as técnicas que
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aprendo, e agora todos querem vir para as aulas”, relata empolgado. Apoio - O presidente da
Associação Ryuzo Kan de Karatê de Paranguá, Dalton Ferreira Xavier do Carmo, elogia a iniciativa
e contribui com as aulas. “Os resultados são evidentes, principalmente no que se refere à
aproximação da polícia com a comunidade e para evitar que estes jovens caiam na criminalidade”,
diz. Outro ponto positivo mencionado pelo presidente da Associação é a oportunidade de divulgação
do esporte. “Diferente do que muitas pessoas pensam, o Karatê não é um esporte violento, mas,
sim, uma arte marcial que torna as crianças mais tranquilas. Os pais começam ver o Karatê de outra
forma. Aqui ensinamos que o que realmente importa é competir e participar, e não apenas vencer”,
destaca Dalton.
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