filas em interseções não semaforizadas
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filas em interseções não semaforizadas
CAPÍTULO 06 – ESTUDOS DE FILAS EM INTERSEÇÕES NÃO SEMAFORIZADAS As filas em interseções não semaforizadas ocorrem devido aos movimentos não prioritários. O tempo necessário para realização da manobra depende de inúmeros fatores, tais como: - Tipo de manobra; - Características físicas da interseção (raio de giro, distância de visibilidade); - Velocidade de aproximação do tráfego não prioritário 1. DESEMPENHO DE UMA INTERSEÇÃO O desempenho de uma interseção em nível e não semaforizada é influenciada basicamente pelo tempo requerido do tráfego não prioritário a entrar na interseção, bem como pela quantidade de oportunidades disponíveis para tal tráfego realizar essa manobra. Assim, uma interseção com uma dada configuração apresenta, para cada combinação de manobras e tipos de veículos, uma capacidade determinada pelo número e comprimento de brechas no fluxo principal. Na análise do desempenho de uma interseção, não só a sua capacidade deve ser considerada como também os atrasos sofridos pelo tráfego não prioritário, já que teoricamente o fluxo principal não sofre retardamento devido à interseção. Na medida em que o comprimento médio das brechas diminui com o aumento do fluxo principal, tende a aumentar o atraso médio do tráfego não prioritário. Com isto, aumenta a propensão dos usuários assumirem riscos (isto é: aceitação de brechas inferiores às desejadas), o que pode ter implicações sérias na segurança do tráfego. Assim, o engenheiro de tráfego, ao projetar uma interseção, objetiva principalmente definir uma configuração geométrica e um método de controle que minimizem os atrasos e riscos. Quando obtenho a Capacidade Potencial • o tráfego da via principal não bloqueia a via secundária; • outras interseções não interferem na interseção considerada; • há uma faixa de rolamento exclusiva para cada movimento na via secundária e também para giro à esquerda na corrente principal; e • outros movimentos não impedem o movimento considerado. 2. TIPOS DE INTERSEÇÕES COM PRIORIDADE PARE ou DÊ A PREFERÊNCIA A escolha de um ou outro controle depende fundamentalmente das condições de visibilidade disponíveis. Assim, para condições favoráveis a visibilidade é usual a adoção de DÊ A PREFERÊNCIA. Caso contrário, caso das maiorias dos cruzamentos, torna-se necessário usar a sinalização PARE 3. CONCEITOS IMPORTANTES Espaçamento (spacing): denomina-se espaçamento a distância entre veículos sucessivos numa mesma corrente de tráfego, medidas na prática de pára-choque a pára-choque. Também conhecido como “Headway espacial”. Headway: É definido como sendo o intervalo de tempo entre veículos sucessivos quando eles passam por um ponto da via, da mesma forma medido de pára-choque a pára-choque. Também conhecido como “Headways temporais”. Brecha (gap): é o intervalo de tempo entre a passagem da traseira e da frente de dois veículos consecutivos. Assim, a brecha representa um melhor indicador, do que o headway, do tempo disponível e que pode ser (ou não) aproveitado pelo tráfego que pretende entrar na via principal. De acordo com o DENATRAN-84/87 as seguintes brechas devem ser consideradas para os diversos casos: Brechas Selecionadas Via Principal Manobra e Tipo de Situação em Que se Realiza a Manobra Velocidade de Projeto < 65 > 65 km/h km/h Pista Simples ou Movimento de virada à direita, a partir da via secundária 4 seg 6 seg Pista Dupla Pista Simples Movimento de cruzamento da via principal, a partir da via 4 seg 6 seg secundária até ao canteiro central; ou conversão à esquerda do veículo na via principal Pista Simples Movimento de cruzamento da via principal, a partir da via 6 seg 8 seg secundária Pista Simples Movimento de virada à esquerda, a partir da via secundária 8 seg 10 seg Pista Dupla Movimento de virada à esquerda proveniente da via secundária, 6 seg 8 seg a partir do canteiro central convergindo para a 1a.faixa; cruzamento até ao canteiro central; cruzamento do canteiro central em diante; movimento de virada à esquerda do fluxo da via principal Pista Dupla Movimento de virada à esquerda proveniente da via secundária, 8 seg 12 seg a partir do canteiro central convergindo para a 2a.faixa Existem diversos métodos utilizados para o cálculo dos atrasos ou demoras. A seguir, serão mostrados alguns desses modelos. a) EXPRESSÃO DE CÁLCULO ADOTADA PELO DENATRAN – 84/87 e q 1 ad q onde: a = d - atraso médio (demora) por veículo realizando uma certa manobra (seg/veic.) q -volume de veículos conflitante na via principal (veic./seg) - brecha no fluxo da via principal aceita pelo tráfego da via secundária para realizar a manobra em questão e - base dos logaritmos neperiano = 2,718 b) GENERALIZAÇÃO DE TROUTBECK C 2 L . e .( 1) (1 e .2 ) q1 , com : L .q1 ; 1 1.q1 2 1,5(seg) 4 Melhor valor de 1 1 (S1 = Fluxo de saturação na via principal) S1 Entretanto... DENATRAN faixa por sentido 2,25 a 2,5 para 1 faixa por sentido e 1,0 para mais de uma Onde: C2= capacidade da via q= fluxo de tráfego = proporção do fluxo fora do pelotão (fluxo largado) Pi = proporção do fluxo em pelotões com variação por faixa:, 1 intervalo mínimo no fluxo principal c) MÉTODO DE SIEGLOCH e q1. 2 onde: C2 2 2 2 2 2 1,5(seg) 4 d) FÓRMULAS ESTACIONÁRIAS: (P/ X< 1) espera pela brecha (atraso do veículo no topo da fila): e q1.( 1) 1 q1.12 (1º veículo) q1.(1 q1 1 ) q1 2 depende de qual é a manobra do veículo no topo da fila Dmín espera total (incluindo o tempo para chegar ao topo da fila): d2 Dmín .X 2 q e q1.2 q1. 2 1 , X2 2 , = 1 X2 C2 q1.(e q1.2 1) X= grau de saturação ou índice de congestionamento Se X>1 – a faixa está congestionada X é indicativo de quanto a capacidade da interseção está sendo utilizada. Quanto maior o C menor o X d2= espera total = parâmetro relacionado ao atraso ( q1. q2 .2 ) aproximação de Harders: d2 1 e C 2 q2 (compatível com Siegloch) e) FÓRMULA DINÂMICA: (P/ X>1) Onde: Tp= período de sobredemanda = 0,25 horas = 15min= 900s dc= tempo no topo da fila (s) dQ= tempo na fila (s) k= 1 X= grau de saturação ou índice de congestionamento FÓRMULA DA FILA PARA AS DUAS SITUAÇÕES ( DINÂMICA / ESTACIONÁRIA) fila: n2 q2 d2 é a fila média EXERCÍCIO 1 Determine o atraso médio para os veículos da via secundária, girando à direita e à esquerda, com base no seguinte esquema, e respectivas informações: Fluxo: q1 = 900 veic/h Via principal Nos 2 sentidos na Via Principal. q2 = 180 veic/h Por sentido na via secundária Velocidade: < 65 km/h Fluxo em pelotão=60% Admitir comprimento do veículo de 6,00m Obs. I. Pelo Método do DENATRAN, determinar: i) Atraso médio para o tráfego girando à direita (veículo do topo) ii) Atraso médio para o tráfego girando à esquerda (veículo do topo) II. Pelo Método da Utilização da Fórmula Estacionária, determinar: i)Espera pela brecha (1o veículo) conversão a esquerda III. Atraso (demora) do tráfego da via secundária e fila (Troutbeck) conversão a esquerda i) Capacidade ii)grau de saturação iii)fila (veículos) iv)comprimento da fila (m) EXERCÍCIO 2 De acordo com todas as características do Exercício 1, calcular os elementos abaixo utilizando o MÉTODO DE SIEGLOCH – conversão a direita i)brecha no fluxo principal () ii)capacidade (C ) iii)espera pela brecha (Dmin) iv)espera total (d) v) tempo no topo da fila (dc) vi)tempo na fila (dQ) vii)grau de saturação (X) viii) fila (n) ix) comprimento da fila (L)