Deal Flow Indicator da Intralinks

Transcrição

Deal Flow Indicator da Intralinks
Deal Flow Indicator da Intralinks
Nossa análise trimestral de tendências no mercado
global de M&A
2.° trimestre de 2014
Conteúdo
3
Introdução
12
Panorama Regional:
América do Norte
5
Resumo
14
16
Panorama Regional:
Ásia-Pacífico
20
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Sobre o DFI
da Intralinks
Foco: Brasil
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Panorama Regional:
América Latina
Panorama Regional:
EMEA
11
25
Comentário do
convidado: M&A no
setor farmacêutico,
por Taylor Wessing
28
Deal Flow Indicator
da Intralinks
Indicadores
da indústria
2
30
Contatos
da Intralinks
Introdução
Bem-vindo à nova edição do relatório Deal Flow Indicator (DFI), apresentado em
conjunto com a Remark, divisão de pesquisa e publicações da Mergermarket Group.
O DFI da Intralinks rastreia as transações de M&A em estágio inicial (mandatos de M&A
do lado vendedor e deals que chegam à fase de due diligence) ao redor do mundo,
fornecendo um indicador de tendências único dos níveis globais da atividade de M&A.
A Intralinks é o fornecedor líder global no
fornecimento de data room virtual há mais
de 16 anos, e nosso envolvimento nos
estágios iniciais dos deals de M&A nos
permite acompanharmos de perto esse
mercado em constante mudança. O DFI da
Intralinks tem sido utilizado como um indicador
independente e preciso de alterações futuras
no volume global de transações de M&A,
já que as mudanças nas percentagens do
DFI da Intralinks tipicamente aparecem
refletidas nos volumes de deals anunciados
aproximadamente seis meses mais tarde.
A edição do segundo trimestre de 2014 do DFI
da Intralinks revela um aumento considerável
de 16% globalmente, em relação ao trimestre
anterior na atividade de M&A em estágio
inicial, e portanto, esperamos que este número
se traduza em um aumento significativo dos
Deal Flow Indicator da Intralinks –
2.° trimestre de 2014
anúncios de deals no quarto trimestre de 2014.
América do Norte, América Latina e EMEA
(Europa, Oriente Médio e África) registraram
fortes aumentos da atividade de M&A em
estágio inicial do primeiro ao segundo trimestre,
sustentando os anúncios de M&A para o fim
de 2014 na maioria das regiões do mundo.
Apenas a região da Ásia-Pacífico
experimentou uma redução da atividade no
DFI, provavelmente em função da explosão
vertiginosa de atividade que a região
registrou anteriormente. Os setores estão se
consolidando à medida que as economias
da Ásia-Pacífico amadurecem, e parte da
atividade frenética que vimos em períodos
anteriores começa a se estabilizar.
Os resultados acima, em geral, alimentam
nossa crença de que nos dirigimos a uma
3
recuperação sustentada nos negócios.
Baseado nos resultados do DFI da Intralinks
até agora neste ano e a forte correlação com
o volume de deals anunciados para o futuro,
a Intralinks está prevendo que os volumes
globais de atividade de M&A anunciada para
a totalidade do ano de 2014 apresentarão
pela primeira vez desde 2010 um crescimento
anual de 6 e 10% em comparação a 2013.
Se espera que os deals de consumo, por
exemplo, aumentem substancialmente. Já
vimos uma série de deals de alto valor em 2014,
Introdução (continuação)
particularmente no setor alimentício. Em maio,
a companhia holandesa de café e chá D.E.
Master Blenders e o conglomerado de bens
de consumo em rápido movimento Mondelez
International anunciaram planos de criar um
empreendimento conjunto, Jacobs Douwe
Egberts. O deal está avaliado em US$ 5 bilhões,
e lançará a nova companhia a uma posição líder
do mercado em vários países europeus.
As ofertas públicas iniciais (IPOs), que
contribuem diretamente com os números
de M&A através de saídas e spin-offs que
fortalecem a confiança entre empresas,
aumentaram desde o início do ano. No
segundo trimestre de 2014 observou-se um
número de IPOs de enorme sucesso, como a
do banco TSB, com sede no Reino Unido, e a
Michael’s, maior varejista de artesanatos dos
EUA. Esta lista mostra para outras empresas
que o crescimento e o desenvolvimento são
fatores de extrema relevância para continuar
a ser competitivo no mercado de hoje.
A confiança dos investidores também parece
estar se consolidando. Embora tenha havido
choques políticos, e no Oriente médio,
estiveram confinados a uma região e até
o momento não exerceram um impacto
significativo sobre os mercados globais.
Em geral, as atitudes corporativas em relação
a M&A parecem ter melhorado visivelmente.
Ainda assim, as lições aprendidas do período
fechado posterior à crise econômica global
não devem ser esquecidas. Os negociadores
devem avaliar suas opções cuidadosamente
e perseguir deals estreitamente alinhados
com suas ambições estratégicas.
Matt Porzio
Vice-presidente de Estratégia e Marketing de
Produtos da Intralinks
4
Resumo
Estes resultados são uma boa notícia para a comunidade dos negócios e mais.
Desde a crise financeira global do final da década de 2000, a atividade de M&A
tem sofrido paradas e recomeços. Este ano aponta ao primeiro aumento anual
no volume de anúncios de deals desde 2010. Embora ainda existam problemas,
a confiança dos negociadores está de volta.
As peças macroeconômicas estão tomando seus lugares
Vários fatores são responsáveis pelos sinais de vida renovados da atividade
de M&A. Em primeiro lugar, a economia global parece estar crescendo de novo.
Segundo o último inquérito World Economic Outlook, publicado pelo Fundo
Monetário Internacional, o crescimento global está projetado a se fortalecer de
3% em 2013 a 3,6% em 2014 e 3,9% em 2015. Mercados chave – incluindo os
EUA e Europa – têm cambaleado nos último anos e agora crescem mais do que
o esperado. Isto significa que uma recuperação econômica global prolongada
parece uma possibilidade realista no médio prazo.
5
Índice Global Intralinks
250
Porcentagem de deals do 1º trim. de 2008
As altas tendências têm regressado enquanto começamos a segunda
metade de 2014. Os deals que chegam à fase de anúncio aumentaram
6% em volume e 72% em valor no segundo trimestre em comparação ao
mesmo período de 2013. Os dados da atividade de M&A em estágio inicial
no relatório DFI da Intralinks do segundo trimestre indicam que estas
tendências de volume continuariam no curto prazo, com um aumento
de 16% dos deals de M&A em estágio inicial no período trimestral e
12% no anual.
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1º TRIMESTRE DE
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2014
2º TRIMESTRE DE
2014
INTRALINKS DFI SOBE ATÉ
16% TRIMESTRE A TRIMESTRE
Resumo (continuação)
1. https://www.ecb.europa.eu/press/pr/date/2014/html/pr140430_1.en.html
2. http://www.nytimes.com/2014/05/13/business/international/for-some-in-europe-high-lending-rates-hamperrecovery.html?_r=0
6
40
35
Variação no percentual
As empresas se tornam criativas com o financiamento
O clima ruim do crédito bancário tem tido um efeito prejudicial sobre a
atividade do mercado médio de M&A nos últimos anos. Mas no final de
2013 e começo de 2014, vários países registraram melhoras nos níveis dos
empréstimos bancários a empresas. Fundamentalmente, a Comissão Européia
descobriu que a disponibilidade de crédito para as empresas pequenas a médias
– que se apoiam mais nos empréstimos bancários para as transações de M&A –
melhorou. Poucas empresas citam isto como um problema, e houve uma leve
redução do número de pedidos de empréstimos rejeitados.1 No entanto, estas
melhoras têm sido irregulares: Os países com as condições de crédito mais
flexíveis são também historicamente os mais estáveis economicamente, como
é o caso da Alemanha. Países que ainda são muito mais frágeis em geral, como
Portugal e Grécia, ainda sofrem pela ausência de empréstimos bancários.2
Variação da porcentagem do DFI da Intralinks, anual
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Variação da porcentagem do DFI da Intralinks, trimestral
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Variação no percentual
O Reino Unido exemplifica este retorno ao crescimento. O país tem sido criticado
pelo FMI, que citou suas políticas de austeridade como uma possível trava para
a recuperação. Mas em 2013, a economia do Reino Unido cresceu mais rápido
do que qualquer outra economia avançada e caminha a exceder seu pico prérecessão em 2014, antes do previsto. Além de tudo isto, o consumo cresceu.
Apesar de ter uma economia predominantemente impulsionada pelos serviços,
o Reino Unido registrou um crescimento em setores menos dominantes,
incluindo o industrial e a construção.
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Resumo (continuação)
Clima ativo para se listar
As IPOs também fornecem fontes vitais de dinheiro às empresas, junto com
caminhos para saídas de investidores. O impressionante é que as companhias
estão publicando retornos substanciais. Por exemplo, a Markit, uma empresa de
dados financeiros de Bermuda, foi recentemente listada na bolsa de valores de
Nova York. A companhia, que registrou um benefício de US$ 948 milhões em 2013,
foi publicada a US$ 24.00 cada ação em junho, com uma capitalização de mercado
inicial de aproximadamente US$ 4.5 bilhões. As ações aumentaram quase 7% em
apenas um pouco mais de um mês desde a IPO. A listagem não só demonstra
a atratividade do setor relativamente ao nicho da Markit, mas também ajudaria a
aumentar a confiança em empresas de tamanho similar.
Dominância dos EUA
O mercado de M&A nos EUA está são e salvo e lidera completamente o
renascimento da atividade. Neste último trimestre, a atividade de M&A nos EUA
cresceu 30% em volume, atingindo 1.123 de deals, e 137% em valor, chegando a
US$ 405.5 bilhões. Aqui, fatores mais amplos se combinaram para criar um entorno
maduro para a atividade de M&A. As taxas de juros continuam numa baixa recorde,
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Variação da porcentagem do DFI da Intralinks nos últimos 12 meses
35
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Variação no percentual
As empresas se tornam mais criativas quando procuram financiamento. Os
fundos de fontes alternativas, incluindo os fundos de títulos e crédito, são cada
vez mais normais, e particularmente atrativos para as empresas do mercado
médio, que tipicamente não têm porte suficiente para aproveitar os mercados
de capitais mais amplos. Por exemplo, a CVC Capital Partners, uma empresa
~de capital privado com sede no Reino Unido, lançou recentemente um fundo
para empresas pequenas a médias na Europa.
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2014
Resumo (continuação)
fazendo do financiamento de títulos uma opção para uma gama mais ampla de
empresas. Os preços com habitação também estão crescendo acima da inflação,
e as taxas de desemprego oscilam ao redor de um encorajador 6.3%.3
Volume global do Intralinks DFI - oito maiores indústrias
6%
7%
28%
No segundo trimestre, as empresas com sede nos EUA aproveitaram as
oportunidades para fazer aquisições domésticas transformadoras. Em maio,
a gigante das telecomunicações AT&T anunciou planos de adquirir a difusora
de TV a cabo e por satélite DirecTV Group, por US$ 65.5 bilhões. A transação
chega como parte de uma tendência mais ampla, em que as companhias de
telecomunicações procuram combinar ofertas de internet sem fio e televisão.
Os consumidores vêem cada vez mais televisão em dispositivos móveis, o
que significa que para as companhias de telecomunicações, agrupar internet
sem fio, banda larga, telefone e TV permite oferecer seus serviços a preços
mais competitivos.
O deal outorga a AT&T novas oportunidades para o crescimento enquanto
o mercado de telefonia móvel nos EUA, sua fonte histórica de receita, se torna
mais competitivo. O deal também completa a oferta de DirecTV, já que é a
primeira vez que DirecTV fornecerá internet nos EUA.
O frenesi do dealmaking no setor farmacêutico
Os setores individuais também têm ajudado a impulsionar a atividade. No
segundo trimestre de 2014, o setor farmacêutico se destacou devido a uma
3. http://www.freddiemac.com/finance/pdf/June_2014_public_outlook.pdf; http://www.federalreserve.gov/boarddocs/
snloansurvey/201405/default.htm
8
8%
8%
9%
15%
13%
Serviços financeiros
Manufatura/indústria
Serviços profissionais
e corporativos
Energia
Outros
Consumo
Farmacêutico
Tecnologia
Resumo (continuação)
série de transações de grande sucesso. Este setor está se consolidando
atualmente, visto que uma série de expirações de patentes fazem com que
medicamentos fundamentais sejam vulneráveis aos genéricos. Ao mesmo
tempo, um número de grandes companhias farmacêuticas tem apenas algumas
drogas em seus arsenais. Para ocupar-se destes assuntos, as empresas
farmacêuticas estão recorrendo ao crescimento inorgânico.
A gigante Pfizer ajudou a estimular o boom dos negócios com sua tentativa de
adquirir a AstraZeneca, anunciado pela primeira vez no final de abril e avaliado
acima de US$ 100 bilhões. Embora a transação tenha sido abandonada por agora,
reforçou a noção de que as empresas farmacêuticas sentem a necessidade de
fazer grandes jogadas para se manterem viáveis.
Uma série de deals de alto valor seguiram depois do deal Pfizer-AstraZeneca
ter fracassado. Em maio, a alemã Bayer publicou suas intenções de comprar
a divisão de cuidados com o consumidor da americana Merck, que fabrica a
medicação para a alergia Claritin. O deal é avaliado em US$ 14.2 bilhões e
permite à Merck concentrar-se em seu negócio central de biotecnologia. Bayer,
conhecido por ser o inventor original da aspirina, irá desenvolver ainda mais
seus produtos de venda sem receita médica.
O que há no horizonte de M&A?
A atividade de M&A retornou firmemente às agendas das empresas.
Embora a economia global não tenha registrado melhorias dramáticas,
o clima geral parece claramente mais otimista do que nos últimos anos.
Os negociadores também parecem reconhecer que, para voltar a fazer
9
Resumo (continuação)
negócios da forma usual, é necessário assumir riscos calculados. Isto não
parece ser uma tendência fugaz: os resultados do DFI da Intralinks sugerem
que as tendências positivas que vimos no segundo trimestre de 2014
continuariam até final do ano.
10
Intralinks Deal Flow Indicator
16% TRIMESTRAL
12% ANUAL
17% VARIAÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES (UDM)
América do Norte
22% Trimestral
17% Anual
17% Mudança UDM
América Latina
Europa, Oriente
Médio e África
17% Trimestral
17% Anual
22% Mudança UDM
20% Trimestral
-7% Anual
1% Mudança UDM
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Ásia-Pacífico
-15% Trimestral
-15% Anual
7% Mudança UDM
Panorama Regional:
América do Norte
Em termos de atividade de M&A em estágio inicial, a América do Norte
registrou um aumento considerável: O DFI da Intralinks publicou um aumento
de 22% no segundo trimestre, o maior aumento das quatro regiões globais.
O setor de capital privado também está começando a mostrar sinais de vida.
Em um dos maiores deals do segundo trimestre, um consórcio de investidores
liderados pela AlpInvest Partners vendeu a fabricante de produtos ortopédicos com
sede nos EUA Biomet à rival Zimmer Holdings por US$ 13.5 bilhões. O espaço de
dispositivos médicos está crescendo rapidamente à medida que as populações nas
economias desenvolvidas envelhecem. Com este deal, a Zimmer aumentará sua
oferta através de uma gama de produtos, e a Biomet poderá ingressar novamente
nos mercados públicos. Ainda que ambas as equipes de gestão estejam de acordo
Link para vídeo
Variação na porcentagem do Intralinks DFI para a América do Norte
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30
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Porcentagem (%)
Os números de setores reforçam este crescimento. Por exemplo, o setor
farmacêutico registrou uma série de megadeals. Em uma das maiores transações
do último semestre, a canadense Valeant publicou suas intenções de comprar
uma participação de 90.29% na Allergan, fabricante de Botox com base nos EUA,
por US$ 45.85 bilhões. O uso dos consumidores de Botox, particularmente nos
EUA, cresceu rapidamente nos últimos anos, apesar do preço relativamente alto
da injeção e de reduções nas despesas com supérfluos. O deal por si mesmo está
se tornando cada vez mais incerto, o investidor ativista Bill Ackman tenta mover o
conselho da Allergan de lado, enquanto a Allergan busca financiamento de dívida
para voltar a comprar suas próprias ações e evitar a aquisição por parte da Valeant.
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I
Trimestral
Anual
Entrevista com o CEO - E- Waste Systems Inc.
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II III
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2014
Panorama regional:
América do Norte (continuação)
a respeito do deal, a Comissão Federal de Comércio (Federal Trade Commission)
fez uma série de perguntas sobre a transação, introduzindo a possibilidade de
questões anti-trust.
De acordo com o DFI da Intralinks, outros setores ativos na América do Norte nos
próximos meses incluem serviços financeiros e de consumo.
13
Panorama Regional:
EMEA
A atividade de M&A em estágio inicial na região da Europa, Oriente Médio
e África (EMEA) cresceu 17% no segundo trimestre de 2014 em relação ao
trimestre anterior. Este é o maior aumento no DFI da Intralinks em EMEA
desde o segundo trimestre de 2013, e o segundo trimestre consecutivo de
crescimento da atividade de M&A na região.
Os deals em telecomunicações também continuam a crescer, enquanto a Europa
se move em direção a um único mercado de telecomunicações. O continente ainda
tem centenas de operadores individuais, separados por países, em comparação aos
cinco dos Estados Unidos.
À medida que a recuperação econômica da Europa acelera de maneira irregular,
as companhias de telecomunicação tentam expandir suas pegadas geográficas
para se fortalecerem contra a lentidão de qualquer mercado individual. Ao mesmo
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Variação na porcentagem do Intralinks DFI para a EMEA
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Porcentagem (%)
O setor de manufatura/industrial registrou um salto considerável da atividade de
M&A em estágio inicial, com um aumento de 117% em relação ao trimestre anterior
segundo o DFI da Intralinks. Em termos de atividade anunciada, os deals do setor
automotivo foram especialmente ativos após vários anos instáveis devido à redução
com gastos de consumo. Em um dos maiores deals com base em EMEA em 2014
até agora, a alemã Volkswagen, a maior empresa automotiva do mundo por sua
receita, publicou seus planos de comprar uma participação adicional de 37,4%
de sua divisão de caminhões comerciais, a Scania, por US$ 9.1 bilhões. Como
resultado do deal, a Scania se integrará mais com as outras marcas de caminhões
da Volkswagen, incluindo VW e MAN, e a Volkswagen ficará melhor posicionada
para competir com as fabricantes de caminhões Daimler e Volvo.
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I
Trimestral
Anual
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2014
Panorama regional:
EMEA (continuação)
tempo, elas procuram expandir seus produtos para incluir wireless e TV a cabo.
Em um deal que exemplifica ambas as tendências, a fornecedora de TV a cabo e
internet com base em Luxemburgo, Altice anunciou planos de adquirir a francesa
SFR do conglomerado Vivendi. O deal de US$ 23.3 bilhões permite à Altice oferecer
‘quad-play’ – pacotes de serviços de internet, telefonia móvel, telefonia fixa e TV – a
consumidores na França.
Apesar da falta de um ressurgimento dramático e rápido da atividade econômica,
várias das economias principais da Europa, como Reino Unido, Alemanha e França,
estão retornando gradualmente ao crescimento. E ainda, um estímulo econômico
foi recentemente fornecido pelo Banco Central Europeu, quando anunciou que
reduziria ainda mais sua principal taxa de juros. À medida que a Europa retorna à
saúde de forma lenta mas estável, esperamos que as empresas continuem a olhar
para ao crescimento inorgânico.
Link para vídeo
O ativismo dos acionistas está chegando à Europa?
15
Panorama Regional:
Ásia-Pacífico
De acordo com o DFI da Intralinks, a atividade de M&A em estágio inicial na
região de Ásia-Pacífico diminuiu 15% no segundo trimestre em relação ao
primeiro, continuando a tendência de volatilidade no trimestre que a região
registrou em anos recentes. A redução chega depois de um aumento de 20%
no primeiro trimestre de 2014.
A atividade de deals anunciada na região tem seguido diversas tendências gerando
atividade de M&A de alto valor. Recentemente vimos empresas estatais chinesas
que embarcam em atividades de M&A como parte de reformas mais amplas para
fazê-las mais competitivas. Em um exemplo, a empresa com base em Hong
Kong CITIC Pacific comprou a principal companhia em operação de sua empresa
estatal, a CITIC, por US$ 36.5 bilhões, em uma transação que parece aumentar
a eficiência operacional e aperfeiçoar a estrutura de propriedade da companhia.
Quinze investidores também ajudaram à CITIC Pacific a financiar o deal, a maioria
provem de outras corporações estatais chinesas, e por volta de US$ 1 bilhão foram
fornecidos por investidores internacionais, incluídos fundos soberanos.
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Variação na porcentagem do Intralinks DFI para a região Ásia-Pacífico
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Porcentagem (%)
Em geral, o clima da atividade de M&A na região é heterogêneo. Embora o
Japão tenha recebido recentemente muita atenção como resultado do plano de
estímulo econômico do Presidente Shinzo Abe, sua economia sofre atualmente
os flagelos do crescimento, com uma significante queda das exportações em um
cenário de demanda interna ruim. No entanto, várias das principais economias
em desenvolvimento na região melhoraram. A Índia, por exemplo, antecipa um
maior crescimento econômico enquanto o novo governo de Narendra Modi pensa
a realizar reformas estruturais, reduzir a dívida do governo, baixar a inflação e
aumentar a despesa em infraestrutura.
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Trimestral
Anual
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2014
Panorama regional:
Ásia-Pacífico (continuação)
Enquanto uma grande parte da atividade de M&A que ganhou as manchetes foi
originada no âmbito doméstico, as multinacionais estrangeiras continuaram a
considerar a região de Ásia-Pacífico para crescer. Isto acontece particularmente
na Índia, onde o panorama econômico é cada vez mais otimista graças ao
aumento do consumo e o investimento de capital. Em um dos maiores deals do
trimestre na região, a Diageo, maior destilaria do mundo, anunciou planos de
adquirir mais uma participação de 26% da indiana United Spirits por US$ 3.1
bilhões. A United Spirits tem registrado recentemente um crescimento nas vendas,
principalmente impulsionado por suas marcas Premium, graças às classes médias
da Índia, que aumentaram suas despesas com supérfluos.
Link para vídeo
Painel de negociadores de APAC da Intralinks: A Arte da Due Diligence
17
Panorama Regional:
América Latina
De acordo com o DFI da Intralinks, os deals próximos à fase de due diligence
na América Latina aumentaram 20% em relação ao trimestre anterior. Este
aumento, o primeiro aumento trimestral desde o terceiro trimestre do ano
passado, indica que a América Latina vai em direção a um crescimento
substancial em deals anunciados no quarto trimestre de 2014.
Embora o setor de Private Equity (PE) continue a ser uma pequena parte da
narrativa de M&A na América Latina, parecem estar surgindo algumas saídas.
Uma observação interessante é que a maioria destes investimentos de PE foram
realizados depois de 2009. Isto contrasta fortemente com os deals na Europa e na
América do Norte, onde a maior parte das saídas de grande valor está relacionada
com companhias compradas nos anos de boom anteriores à crise. Os vendedores
de PE destas regiões estão procurando reimplantar capital destes investimentos
mais antigos, e frequentemente têm lutado para encontrar compradores comerciais
dispostos a pagar estes valores anteriores à crise. A tendência das empresas de
PE é recuperar rapidamente seus investimentos na América Latina, apesar de
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Variação na porcentagem do Intralinks DFI para a América Latina
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Porcentagem (%)
Houve várias áreas de atividade na América Latina. A atividade de M&A relacionada
com o setor dos transportes sempre desempenha um papel importante na região,
particularmente devido a que em muitas áreas as conexões de transporte estão
subdesenvolvidas, o que outorga às companhias amplas oportunidades de crescer
através de M&A com fundos imediatamente disponíveis. Este último trimestre não
foi exceção e foi testemunha de um número notável de deals de logística. Por
exemplo, a empresa com base em São Paulo, Rumo Logística anunciou seus
planos de adquirir ALL- América Latina Logística por US$ 4.1 bilhões, para formar
a maior companhia ferroviária e de logística do Brasil.
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Anual
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2014
Panorama regional:
América Latina (continuação)
ter sido observada uma amostra muito menor, poderia apontar a uma redução da
diferença de avaliação entre compradores e vendedores.
O exemplo mais notável na atividade de PE é a venda por parte da empresa brasileira
GP Investments e o Banco Bradesco da BR Towers, uma companhia brasileira de
torre de celular, à American Towers, por US$ 979 milhões. A GP Investments comprou
uma participação de controle na BR Towers em 2012 como parte de seus planos de
expandir suas holdings no setor de telecomunicações no Brasil.
.
19
Brasil: pronto para
o crescimento
O Brasil tem dominado as manchetes durante os últimos meses. Com o país
como sede da Copa do Mundo neste ano, os consumidores e as empresas
do mundo têm focado sua atenção na febre do futebol e, por consequência,
no Brasil. O Ministério de Turismo do Brasil estimou que 3.7 milhões de
turistas viajaram pelo país durante a Copa do Mundo. E desde fast foods até
videogames, o merchandising relacionado com o Brasil tem proliferado. Mas
este interesse ajudou a estimular os negócios?
1.° trimestre de 2008 – 2.° trimestre de 2014
35000
140
30000
120
25000
100
20000
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0
O panorama de M&A no Brasil neste ano até agora também foi irregular. Enquanto
o valor dos deals anunciados na primeira metade de 2014 cresceu 24% em relação
ao ano passado, atingindo os US$ 25 bilhões, os volumes de deals anunciados
caíram 32% no mesmo período, chegando a 121 deals.
20
I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II
2008
Número de deals
Valor de deals
2009
2010
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2012
2013
2014
0
Número de deals
No entanto, os preços das commodities são notoriamente voláteis, e impulsionar
a economia com base neles pode ser arriscado. E enquanto a economia da China
desacelerou ao longo dos últimos anos, a procura por exportações brasileiras também
perdeu ritmo. Com o resto do mundo também sofrendo estagnação ou crescimento
limitado, as taxas de crescimento do produto interno bruto (PIB) caíram de quase 8%
em 2010 a 1,8% em 2014, segundo os dados do Fundo Monetário Internacional.
Atividade anunciada de M&A no Brasil,
Valor de deals
Os fatores mais amplos que produzem um efeito sobre o clima de M&A do Brasil
parecem menos otimistas ultimamente. No final da década de 2000, os preços das
commodities cresceram de forma estável, principalmente graças às exportações
agrícolas para a China. Os investidores estrangeiros focaram para o Brasil, e o
país foi aclamado como a próxima grande esperança em um período de lentidão
econômica extrema.
Philip Whitchelo
Vice-presidente de
marketing de produtos
e estratégia
Foco no Brasil (continuação)
Olhando para frente, a atividade de M&A em estágio inicial no Brasil, segundo o
DFI da Intralinks, mostra um aumento muito saudável de 26% no segundo trimestre
de 2014 em comparação ao trimestre anterior. Este aumento deveria estar refletido
nos anúncios de deals no quarto trimestre deste ano, dado o período de espera
médio de seis meses entre o DFI da Intralinks e os deals anunciados.
Este deal sozinho tem sido de grande importância para as tendências de M&A
em geral: principalmente devido a este deal, o valor dos deals de M&A de
serviços financeiros anunciados em 2014 até agora é maior que o dobro do valor
correspondente ao total de 2013.
Atividade anunciada de M&A no Brasil, classificada pelo tamanho do deal
4500
4000
3500
Número de deals
O interesse internacional permanece forte
Uma série de fatores diferentes está impulsionando o acentuado aumento do valor dos
deals anunciados em 2014. Compradores estrangeiros de todo o mundo têm mostrado
interesse em uma variedade de setores brasileiros. No maior deal da primeira
metade de 2014, o Banco Santander, da Espanha, anunciou planos de comprar uma
participação de 25% de sua subsidiária brasileira por US$ 6.5 bilhões. O deal reflete a
confiança do Banco Santander nos prospectos de crescimento a longo prazo do Brasil,
apesar dos problemas atuais do país. O Banco Santander já obtém um quinto de sua
receita no Brasil, com expectativas de que esta percentagem possa crescer.
3000
2500
2000
1500
1000
500
Mesmo excluindo o deal do Banco Santander, o valor da atividade de M&A
internacional com alvos brasileiros cresceu mais de 70% na primeira metade de
2014 em comparação ao ano anterior. Os setores que registraram aumento nos
investimentos de entrada incluíram telecomunicações, imobiliário, alta tecnologia,
materiais, industriais e varejo.
21
0
2008
Não divulgado
US$101m-US$250m 2009
2010
2011
<US$15m US$251m-US$500m
2012
2013
US$15m-US$100m >US$500m
Foco no Brasil (continuação)
Esperança doméstica
No outro lado da moeda, a atividade doméstica tem tido um começo lento em
2014. Na primeira metade do ano, o volume diminuiu 47% em relação ao ano
passado, chegando a 55 deals, e o valor s 31% em relação a 2013, atingindo
os US$ 10.2 bilhões.
no Brasil, 1.° trimestre de 2008 – 2.° trimestre de 2014
5000
20
4500
18
4000
16
3500
14
3000
12
2500
10
2000
8
1500
6
1000
4
500
2
0
No maior deal de 2014 no Brasil até agora, a americana Tiger Global Management
e a varejista brasileira Lojas Americanas compraram uma participação de 37% da
B2W Companhia Digital por US$ 1 bilhão. A Lojas Americanas já é o maior acionista
da B2W. A Tiger Global Management tem uma forte história de investimentos em
22
I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II
2008
Número de deals
Valor de deals
2009
2010
2011
2012
2013
2014
0
Número de deals
Interesse no private equity
PE continua sendo uma parte integral da atividade de M&A no Brasil. Embora o
número de deals relacionados com PE na primeira metade do ano 2014 tenha
reduzido de 17 para 16 em comparação à primeira metade de 2013, o valor dos
deals saltou mais de quatro vezes, atingindo os US$5.5 bilhões. Este aumento
considerável é devido a uma série de deals de alto valor, e não a uma única grande
transação: em 2014, dos 10 maiores deals do primeiro semestre, metade foram
relacionados com PE. Já em 2013, apenas um deal dos 10 principais era de PE.
Transações de M&A de private equity anunciadas com base
Valor de deals
Mesmo assim, há um número de setores que têm sido impulsionados por forte
atividade doméstica. No setor de energia foram registradas numerosas transações de
alto perfil em 2014. A energia renovável em particular é uma força dominante no Brasil
e cobre a esmagadora maioria da energia produzida no país. No final de Abril, a CPFL
Energias Renováveis comprou a Dobreve Energia por US$ 706 milhões. A empresa
combinada terá uma posição líder no mercado no setor de energia renovável no Brasil.
Foco no Brasil (continuação)
companhias tecnológicas, particularmente no Brasil e na China, e esta aquisição
provavelmente demonstra que sua confiança continua no país.
Olhando para frente
Uma vez que o apito final da Copa do Mundo já soou, parte da atenção pode ser
desviada do Brasil. No entanto, está claro que o interesse empresarial no país veio
para ficar. Embora a falta de diversificação das exportações no Brasil seja motivo de
preocupação, outros fatores, como o aumento do poder aquisitivo da classe média e
seus altos níveis de investimento estrangeiro direto, provavelmente se traduzirão em
atividade sustentada no médio prazo.
23
Foco no Brasil (continuação)
10 principais deals no Brasil, primeiro semestre de 2014
Valor
do Deal
(milhões
de dólares)
Data
Companhia Alvo
Setor Alvo
Companhia Compradora
País
Comprador
29/04/2014
Banco Santander Brasil
S.A. (participação de 25%)
Serviços financeiros
Banco Santander, S.A.
Espanha
6,517
15/04/2014
ALL - AMÉRICA LATINA
LOGÍSTICA S.A.
Transporte
Rumo Logística SA
Brasil
4,112
18/02/2014
JBS S.A. (participação
de 20.72%)
Consumo: Alimentos
Família Batista
(Investidores privados)
Brasil
24/01/2014
B2W Companhia Digital
(participação de 37.45%)
Internet / ecommerce
Tiger Global Management, LLC;
Lojas Americanas SA
EUA
29/01/2014
Block BC-10
Energia
Qatar Petroleum (QP)
Qatar
Royal Dutch Shell Plc
Reino Unido,
Holanda
15/06/2014
BR Towers S.A.
Telecomunicações:
Portadores
American Tower Corporation
EUA
GP Investments Limited;
Banco Bradesco BBI S.A.
Brasil; Bermuda,
Brasil
979
24/03/2014
Intermedica Saúde
Serviços financeiros
Bain Capital LLC
EUA
Paulo Barbanti
Brasil
866
09/06/2014
Sascar Tecnologia e
Segurança Automotiva S.A
Transporte
Compagnie Generale des
Etablissements Michelin SA
(Michelin)
França
GP Investments Limited
Bermuda, Brasil
708
17/02/2014
Dobreve Energia S.A.
Energia
CPFL Energias Renováveis S.A.
Brasil
Arrow – Fundo de
Investimento em
Participações
Brasil
706
01/04/2014
Aceco TI S.A.
Serviços de Informática KKR North American XI
Fund, L.P.
EUA
General Atlantic LLC
EUA
665
24
Companhia Vendedora
Grupo Bertin
País Vendedor
Brasil
2,033
1,008
1,000
Comentário do convidado
Adrian Rainey e Tim Worden, parceiros no escritório do Reino Unido Taylor Wessing,
discutem o crescimento recente da atividade de M&A no setor farmacêutico.
O clima geral
A atividade de M&A no setor farmacêutico explodiu em 2014. Em parte, isto é devido ao clima
econômico que tem sido muito mais favorável. A angariação de fundos também é mais fácil
do que nos últimos dois anos, graças às condições de crédito mais flexíveis, o crescimento
da confiança dos investidores e o dinamismo dos mercados de crédito.
Adrian Rainey
Vemos que empresas de biotecnologia aproveitam esta situação. A inglesa Circassia, que
busca financiar o desenvolvimento de vacinas para a alergia, foi a primeira companhia
biotecnológica listada na bolsa de valores de Londres desde 2006. A companhia tem um valor
de mercado considerável de £ 580 milhões e arrecadou £ 200 milhões – considerada a maior
angariação de fundos em biotecnologia no Reino Unido. Este deal mostra que parte da febre
de IPO de 2014 – principalmente confinada nos EUA – está atravessando o Atlântico.
Atualmente, alguns países são particularmente contribuintes à atividade de M&A no setor.
Por exemplo, o ambiente de taxas de juros baixas nos EUA permite às empresas aproveitarem
facilmente os mercados de títulos para financiamento, pelo que estamos vendo um número
de aquisições em dinheiro. Além disso, as companhias farmacêuticas nos EUA também têm
reservas de dinheiro fora do país, eles podem escolher não manter onshore por razões de
impostos. No entanto, este dinheiro pode ser usado em um número de casos para transações
fora dos EUA de maneira mais eficiente em termos de impostos, é uma das razões pelas que
vemos companhias americanas se destinando a empresas no exterior para oportunidades de
investimento e/ou aquisição.
25
Tim Worden
Comentário do Convidado (continuação)
As companhias dos EUA também estão recorrendo ao estrangeiro para oportunidades de
inversão – para estruturar sua empresa de maneira que uma companhia baseada fora dos
EUA seja colocada no lugar de companhia holding para o grupo, o que significa que o grupo
pode aproveitar regimes fiscais mais favoráveis em outras jurisdições. Informalmente, estes
deals não são apenas os de grande sucesso, já que estamos vendo um crescimento na
atividade entre deals avaliados abaixo de US$ 1 bilhão.
Impulsionares específicos do setor
Necessidades particulares do setor farmacêutico também estão guiando a atividade de M&A.
Os reguladores governamentais tanto na Europa como nos EUA estão se tornando mais
rigorosos a respeito das drogas permitidas no mercado. E uma vez que as companhias
ultrapassam estes obstáculos regulatórios, frequentemente enfrentam problemas com preços.
No contexto de governos que procuram controlar as despesas, as companhias farmacêuticas
devem mostrar cada vez mais o valor de seus medicamentos, e considerar abordagens
inovadoras do estabelecimento de preços, como o Patient Access Scheme no Reino Unido.
O “precipício de patentes” ainda está conosco, uma vez que as drogas principais de
muitas grandes companhias farmacêuticas estão finalizando seu período de patente. Isto é
particularmente problemático para companhias que têm apenas uma ou duas drogas de muito
sucesso em seus portfólios, responsáveis por proporções substanciais de vendas. Muitas destas
companhias farmacêuticas podem precisar recorrer a M&A para reabastecer seus pipelines.
Várias companhias têm feito isto com sucesso. Por exemplo, a fabricante farmacêutica Shire
do Reino Unido, tem diversificado seu portfólio substancialmente nos últimos anos através
de aquisições e deals de parceria. Como parte desse esforço, a Shire incluiu em seu portfólio
um foco sobre as “drogas órfãs”, que são tratamentos para doenças raras. Estas drogas
26
Comentário do Convidado (continuação)
frequentemente irão tratar pacientes com condições pouco comuns durante períodos de tempo
substanciais, e podem impor, com frequência, preços mais altos pagos pelos compradores.
No dia 18 de julho, a companhia farmacêutica com base nos EUA AbbVie anunciou que tinha
acordado adquirir a Shire por US$54 bilhões.
Em outro caso de dealmaking inovador, a GlaxoSmithKline (GSK) e a Novartis recentemente
realizaram uma troca de ativos fascinante. O deal envolveu ambas as companhias fazendo
movimentos ousados focando seus esforços em áreas específicas. Por exemplo, a GSK
está deixando a área de oncologia – historicamente uma área em que muitas companhias
farmacêuticas desejaram ter presença – e aumentando seu foco em vacinas.
O futuro
Olhando para frente, esperamos ver maior consolidação, à medida que as grandes companhias
farmacêuticas pensam estrategicamente e de forma mais inteligente. As parcerias e as aquisições
de companhias biotecnológicas continuarão, com as companhias de biotecnologia mais inovadoras
atraindo muita mais atenção das grandes farmacêuticas. Em geral, antecipamos um fluxo de deals
substancial durante os próximos dois ou três anos.
27
Indicadores da indústria
Tecnologia 50%:
Os deals de tecnologia
50%
rastreados pelo
DFI da Intralinks
aumentaram 50%
em relação ao
trimestre anterior.
Manufatura/
Industrial 104%:
Segundo o DFI da Intralinks,
Energia 45%:
Consumo 71%:
A atividade de M&A no setor
No setor de consumo,
de energia que chega à fase
a atividade de M&A
de due diligence aumentou
o dealmaking no setor de
45% em relação ao
manufatura/industrial subiu 104%
trimestre anterior.
em relação ao trimestre anterior.
45%
104%
28
71%
em estágio inicial
aumentou 71% em
relação ao
trimestre anterior.
About the Intralinks Deal Flow Indicator
O Deal Flow Indicator apresenta o ponto de vista da
Intralinks sobre o nível de atividades de M&A em estágios
iniciais que ocorrem em qualquer período. As estatísticas
apresentadas neste relatório representam o volume de data
rooms virtuais abertos, ou com proposta de abertura, pela
Intralinks ou outros provedores para fins de conduzir due
diligence em transações propostas, envolvendo vendas de
ativos, alienações, investimentos privados, financiamentos,
levantamento de capital, joint ventures e parcerias. Essas
estatísticas não são ajustadas em função de mudanças na
participação da Intralinks no mercado de data rooms virtuais
ou na demanda por esses serviços. Essas estatísticas podem
não apresentar correlação com o volume de transações
concluídas que venham a ser informadas por provedores
de dados de mercado e não devem ser interpretadas como
algo representativo do volume de transações efetivamente
consumadas em determinado período. Os indicativos de
atividade futura de negociações concluídas originadas no DFI
tomam por base taxas presumidas de negociações, desde a
etapa de auditoria até a consumação do negócio. Além disso,
as estatísticas fornecidas por tais provedores de dados de
mercado podem ser compiladas com um conjunto de tipos
de transações diferente daquele exposto acima.
Este relatório é fornecido “no estado em que se encontra”
para fins exclusivamente informativos. A Intralinks isenta-
se de quaisquer garantias, representações ou termos
referentes à atualidade, precisão ou integridade do conteúdo
deste relatório.
Este relatório toma por base as análises da Intralinks e está
sujeito a interpretações de atividades de due diligence em
andamento, ou com proposta de realização, na plataforma
da Intralinks ou de outros provedores para um conjunto
limitado de dados de transações. Este relatório não deve ser
interpretado como um indicativo dos resultados operacionais
ou de desempenho da Intralinks referente a um período
passado ou futuro. Este relatório não tem por objetivo
aconselhar ou influenciar investimentos de qualquer espécie.
“Intralinks” e o logotipo Intralinks são marcas registradas da
Intralinks, Inc. Este comunicado de imprensa também pode se
referir a nomes ou marcas comerciais de outras organizações
sem referência a seu status como marcas comerciais
registradas. O Deal Flow Indicator da Intralinks pode ser
usado apenas para uso exclusivo pessoal não comercial.
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conteúdo deste relatório sem a permissão da Intralinks.
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30
Sobre a Intralinks
Sobre a Remark
A solução para toda a empresa da Intralinks (NYSE: IL) permite que as
empresas globais compartilhem conteúdo e colaborem com parceiros
de negócios sem perderem o controle sobre as informações. Por meio
da plataforma da Intralinks, as empresas, os parceiros e terceiros podem
compartilhar e trabalhar em conjunto até mesmo nos documentos mais
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do mercado para soluções de data rooms virtuais e gerenciamento
de negociações, permite que as organizações organizem, gerenciem,
compartilhem e acompanhem as informações enquanto aceleram o
processo de negociações e aumentam a eficiência e melhoram o acesso
e o profissionalismo durante as principais fases da transação.
Remark, a divisão de eventos e pesquisas de mercado e publicações do
The Mergermarket Group, oferece uma ampla variedade de serviços que
dá aos clientes uma oportunidade de melhorar o perfil de suas respectivas
marcas e desenvolver novas oportunidades de negócios. A Remark publica
mais de 50 relatórios de lideranças inovadoras e promove mais de 70
eventos no mundo inteiro todos os anos, o que permite a seus clientes
demonstrar experiências e enfatizar credenciais em determinado mercado,
setor ou produto.
A Remark faz parte do The Mergermarket Group.
Para saber mais, acesse
www.mergermarketgroup.com/events-publications/
Em 1997, a Intralinks foi pioneira no uso de soluções baseadas em
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com mercados de capital de dívidas e comunidades de M&A. No
processo, a Intralinks transformou a forma como as empresas trabalham.
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