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XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
03 A 05 DE MAIO DE 2012
MAKSOUD PLAZA HOTEL – SÃO PAULO – SP
COMISSÕES
DIRETORIA EXECUTIVA
Gestão 2012/2013
Paulo Louzada Junior
Silvio Figueira Antonio
Diretor Científico: Eduardo Ferreira Borba Neto
1°.Secretário: Flávio Calil Petean
2°.Secretário: José Alexandre Mendonça
1°.Tesoureiro: Marcelo de Medeiros Pinheiro
2°.Tesoureiro: Renê Donizeti Ribeiro de Oliveira
Presidente Eleito 2014/2015: Dawton Yukito Torigoe
Presidente:
Vice-Presidente:
CONSELHO FISCAL E CONSULTIVO Wiliam Habib Chahade
Rina Dalva Neubarth Giorgi
Jamil Natour
Manoel Barros Bértolo
Ari Stiel Radu Halpern
José Carlos Mansur Szajubok
Luiz Carlos Latorre
COMISSÃO CIENTÍFICA Andrea B. V. Lomonte
Célio Roberto Gonçalves
Cristiano Barbosa Campanholo
Edgard Torres dos Reis Neto
Marcos Renato de Assis
Paulo Roberto Stocco Romanelli
Renata Ferreira Rosa
Renê Donizeti Ribeiro de Oliveira
Simone Appenzeller
Sônia Maria Alvarenga Anti Loduca Lima
Virgínia Fernandes Moça Trevisani
Apoio Janssen Cilag
Abbott
Roche
Wyeth/ Pfizer
Bristol-Myers Squibb
Sanofi-Aventis
Aché
Astra Zeneca
EMS Sigma Pharma
Medicine
Promed Livraria
Organização
Secretaria
Eventus Planejamento e Organização
www.eventus.com.br
[email protected]
Caros colegas,
Gostaria de agradecer a todos os Serviços de Reumatologia do Estado de São Paulo que prestigiaram o Encontro
Avançado de Reumatologia de 2012 com o envio de trabalhos clínicos e básicos. Estes trabalhos totalizaram 32 e
representam o que de melhor foi realizado durante o ano de 2011.
A premiação dos melhores trabalhos clínicos ou básicos ocorrerá na tarde de sábado, com a reapresentação
dos trabalhos selecionados pela comissão científica da SPR. Aproveito o momento para agradecer o trabalho de
todos os integrantes da comissão científica da SPR, brilhantemente coordenada pelo Prof. Dr Eduardo Ferreira
Borba Neto, que selecionaram e classificaram todos os trabalhos submetidos.
Este caderno de resumos possibilitará a todos os participantes do ERA 2012 acompanhar todos os trabalhos
apresentados e servirá como ponto de apoio para novas idéias e futuros projetos de pesquisa. Espero que todos
aproveitem ao máximo esta sessão científica do ERA 2012.
Fraternal abraço
Paulo Louzada Jr.
Presidente SPR
PROGRAMAÇÃO XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
03 de maio – Quinta-feira
08h00-13h00 CURSO PRÉ-CONGRESSO: INFECÇÕES e TRATAMENTO:
Atualização no diagnóstico e no tratamento do paciente reumático imunossuprimido
Presidente: Edgard Torres dos Reis Neto – UNIFESP
08h00 - 08h30 Imunização em pacientes imunossuprimidos
Maria Isabel de Moraes Pinto - UNIFESP
08h30 - 09h00 Indicações de profilaxia com drogas antimicrobianas em pacientes - imunossuprimidos
Otelo Rigato Júnior - UNIFESP
09h00 - 09h30 Quadro pulmonar agudo no paciente imunossuprimido
Luci Corrêa- UNIFESP
09h30 - 10h00 Perguntas
10h00 - 10h30 Intervalo
10h30 - 11h00 Infecções fúngicas em imunossuprimidos
Daniel Wagner de Castro Lima Santos - Instituto de Infectologia Emílio Ribas e UNIFESP
11h00 - 11h30 Infecções virais no paciente imunossuprimido
Celso F. H. Granato- UNIFESP
11h30 - 12h00 Manejo da neutropenia fora do contexto da quimioterapia
Paola Cappellano - UNIFESP
12h00 - 12h30 Infecção Relacionada a Assistência a Saúde:
Enfoque no paciente em hospital-dia e em Enfermaria
Eduardo Alexandrino Servolo de Medeiros - UNIFESP
12h30 - 13h00 Perguntas
13h00 – 14h00 Intervalo de almoço
14h00-14h10 Abertura Oficial do Evento
Presidente da SPR: Paulo Louzada Junior
Diretor Científico da SPR: Eduardo Ferreira Borba Neto
14h10-15h45 Reumatologia Pediátrica
Presidente: Clovis Artur Almeida da Silva - FMUSP
Moderadora: Virginia Paes Leme Ferriani – USP
14h10-14h30 Segurança do Uso de Biológicos na Reumatologia Pediátrica
Cláudia Saad Magalhães – UNESP
14h30-15h45 Apresentação de Trabalhos em Reumatologia Pediátrica
CO.01 - PROBABILIDADE DE REMISSÃO APÓS INFILTRAÇÃO ARTICULAR COM GLICOCORTICÓIDE NA
ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL. Sato JO1, Fernandes TAP2, Nascimento CB2, Capela RC2, Corrente JE3,
Magalhães CS2 - 1Departameno de Pediatria - Faculdade de Medicina de Botucatu-Universidade Estadual
Paulista - UNESP, 2Departamento de Pediatria - Faculdade de Medicina de Botucatu - Universidade
Estadual Paulista - UNESP, 3Departamento de Bioestatística - Instituto de Biociências - Universidade
Estadual Paulista - UNESP
CO.02 - EQUIVALÊNCIA MÉTRICA DO DISEASE ACTIVITY SCORE (DAS 28) E JUVENILE ARTHRITIS
DISEASE ACTIVITY SCORE (JADAS) NA ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL. Capela RC1, Sato JO1, Fernandes
TAP1, Corrente JE2, Magalhães CS1 - 1Departamento de Pediatria - Faculdade de Medicina de Botucatu
- Universidade Estadual Paulista (UNESP), 2Departamento de Bioestatística - Instituto de BiociênciasUniversidade Estadual Paulista (UNESP)
CO.03 - LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO E IMUNODEFICIÊNCIAS PRIMÁRIAS: UMA ASSOCIAÇÃO
POSSÍVEL TAMBÉM EM ADULTOS? Perazzio SF1, Granados A1, Silva NP1, Salomão R2, Andrade LEC3 1
UNIFESP - Reumatologia, 2UNIFESP - Infectologia, 3UNIFESP/Fleury Medicina e Saúde - Reumatologia
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PROGRAMAÇÃO XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
03 de maio – Quinta-feira
CO.04 - Avaliação da função gonadal em adolescentes e jovens do sexo masculino com espondilite
anquilosante. Nukumizu LA1, Saad CG, Ostensen M2, Almeida BP3, Cocuzza M4, Gonçalves C5, Saito O6,
Bonfá E5, Silva CAA1 - 1USP - ICr e Disciplina de Reumatologia, 2Pregnancy Research Unit - University of
Bern, Switzerland, 3USP - ICr e Disciplina de Reumatologia da FMUSP, 4USP - Departamento de Urologia,
5
USP - Disciplina de Reumatologia, 6USP - Departamento de Radiologia
CO.05 - Alterações morfofuncionais do pênis e da função gonadal em adolescentes e jovens com
síndrome antifosfolípide. Rabelo-Junior CN1, Bonfá E1, Carvalho JF1, Cocuzza M2, Saito OC3, Silva
CAA4 - 1USP - Disciplina de Reumatologia, 2USP - Departamento de Urologia, 3USP - Departamento de
Radiologia, 4USP - ICr e Disciplina de Reumatologia
15h45-16h15 Intervalo
16h15 - 17h00 Novos Procedimentos em Reumatologia
Presidente: Jose Eduardo Martinez – PUC SP
Moderador: Marcos Renato de Assis – FAMEMA
16h15-16h45 PRP / TOCE / Toxina Botulínica como novos procedimentos em Reumatologia
Rita Furtado – UNIFESP
16h45-18h00 Apresentação de Trabalhos Clínicos
CO.06 - TREINO AERÓBIO EM PACIENTES COM ESPONDILITE ANQUILOSANTE: UM ESTUDO
CONTROLADO E RANDOMIZADO. Fabio Jennings1, Hilda Oliveira1, Marcelo Souza1, Vaneska Cruz1, Jamil
Natour1 - 1UNIFESP - Disciplina de Reumatologia
CO.07 - EFEITO DOS BANHOS DE IMERSÃO EM ÁGUAS SULFUROSAS EM PACIENTES COM
OSTEOARTRITE DE JOELHO: ENSAIO CLÍNICO CONTROLADO E RANDOMIZADO. Branco M1,2, Trevisani
VM1,3 - 1UNIFESP, 2PUC MINAS Poços de Caldas - Fisioterapia, 3UNISA
CO.08 - TREINAMENTO SENSÓRIO-MOTOR VERSUS TREINAMENTO DE RESISTENCIA MUSCULAR
EM PACIENTES COM OSTEOARTRITE DE JOELHOS: UM ECCR. GOMIERO AB1, Kayo AH1, Abraão M1,
Peccin MS1, Trevisani VM1,2 - 1UNIFESP, 2UNISA
CO.09 - REVERSÃO DA SARCOPENIA EM PACIENTES COM ESPONDILITE ANQUILOSANTE TRATADOS
COM ANTI-TNF: ANÁLISE LONGITUDINAL DE 24 MESES. $ Barros MA1, Saad CGS1, Takayama L1,
Moraes JCB1, Ribeiro ACM1, Bonfa E1, Pereira RMR1 - 1Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
- Reumatologia
CO.10 - INCIDÊNCIA DE RETINOCOROIDITE POR TOXOPLASMA EM PACIENTES COM ESPONDILITE
ANQUILOSANTE APÓS O USO DE BLOQUEADORES DO TNF-α. Rodrigues KFP1, Faria e Arantes
TE1, Muccioli C1, Andrade Neto JL1, Pinheiro MM2 - 1Unifesp/ EPM - Oftalmologia, 2Unifesp/ EPM Reumatologia
18h00-20h00 Happy hour
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PROGRAMAÇÃO XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
04 de maio – Sexta-feira
08h15-09h15 Sessão Interativa: Prós e Contras no uso de DMARDs na AR Inicial
Presidente: Adil M. Samara – UNICAMP
Moderadora: Andrea Barranjard Vannucci Lomonte - Hospital Heliópolis.
08:15-08:30 Metotrexate
Manoel Barros Bertolo – UNICAMP
08:30-08:45 Leflunomida
Flavio Calil Petean – FMRP USP
08:45-09:00 Corticosteróides
Edgar Torres dos Reis Neto – UNIFESP
09:00-09:10 Cloroquina
Rubens Bonfiglioli – PUC Campinas
09:10-09:30 Debate
09h15-10h30 Apresentação de Trabalhos sobre Artrite Reumatóide
Presidente: Adil M. Samara – UNICAMP
Moderador: Rene Donizeti R Oliveira - FMRP USP
CO.11 - ASSOCIAÇÃO DA EXPRESSÃO DE CD39 EM CÉLULAS T REGULADORAS COM A EFICÁCIA
TERAPÊUTICA DO METOTREXATO NA ARTRITE REUMATÓIDE. Peres RS1, Carregaro V1, Talbot J1,
Oliveira RD2, Almeida SL2, França RFO1, Pinto LG1, Costa DL3, Silva JS3, Alves-Filho JC1, Cunha TM1,
Louzada-Júnior P2, Cunha FQ1 - 1FMRP/USP - Farmacologia, 2FMRP/USP - Clinica Médica, 3FMRP/USP Imunologia
CO.12 - AVALIAÇÃO DA OCORRÊNCIA DE TUBERCULOSE E DA REALIZAÇÃO DE TRIAGEM
E QUIMIOPROFILAXIA PARA TUBERCULOSE EM PACIENTES BRASILEIROS COM ARTRITE
REUMATOIDE EM USO DE BLOQUEADORES DO TNF. Yonekura CL1, Oliveira RDR1, Hayata AL2, Ranzolin
A2, Titton D2, Carvalho HM2, Ranza R2, Louzada-Júnior P1,2 - 1Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da
Universidade de São Paulo - Departamento de Clínica Médica, 2Registro Brasileiro de Monitorização de
Terapias Biológicas em Doenças Reumáticas (BIOBADABRASIL)
CO.13 - O ULTRASSOM ARTICULAR: UMA FERRAMENTA IMPORTANTE DE AVALIAÇÃO NO
DIAGNÓSTICO NA ARTRITE REUMATÓIDE INICIAL. Mendonça JA, Yazbek MA, Costallat BL2, Bértolo
MB1 - 1Universidade Estadual de Campinas - Reumatologia - UNICAMP, 2Hospital Vera Cruz - Radiologia
CO.14 - EFETIVIDADE E TOLERÂNCIA DA INFILTRAÇÂO INTRA-ARTICULAR COM CORTICOSTERÓIDE
DE ACORDO COM A DOSE. Pereira DF1, Furtado RNV1, Machado NP1, Natour J1 - 1Unifesp - Reumatologia
CO.15 - COMPARAÇÃO DA EFETIVIDADE DOS EXERCÍCIOS PRATICADOS DENTRO E FORA DA ÁGUA
SOBRE A FORÇA MUSCULAR ISOCINÉTICA DE MEMBROS INFERIORES EM MULHERES COM
ARTRITE REUMATÓIDE: UM ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO, CONTROLADO, COM 16 SEMANAS DE
INTERVENÇÃO (THE HYDRA TRIAL). Siqueira US1, Orsini LG1, Mello MT2, Szejnfeld VL1, Pinheiro MM1 1
Unifesp/ EPM - Reumatologia, 2Unifesp/ EPM - Psicobiologia
CO.16 - AVALIAÇÃO DA MARCHA EM PACIENTES COM ARTRITE REUMATÓIDE ATRAVÉS DA
BAROPODOMETRIA. Moreira E1, Jones A1, Oliveira HAV1, Jennings F1, Natour J1 - 1UNIFESP
10h30-11h00 Intervalo
11h00-12h00 Fórum de Biossimilar: Biosimilar, Biobetter or Bioworst
Presidente: Dawton Y Torigoe – Santa Casa de SP
Debatedor: Daniel Feldman Pollak – UNIFESP e Paulo Louzada Jr – FMRP USP
11h00 – 11h30 Palestrante: Cristiano A. Freitas Zerbini – Hospital Heliópolis
11h30- 12h00 Debate
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PROGRAMAÇÃO XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
04 de maio – Sexta-feira
12h00-13h00 Simpósio Roche
Perguntando ao especialista – AR: O que fazer quando um biológico falha?”
Moderador: Milton Jung - Rádio CBN
Debatedores: Wagner Weidebach
Maria Angela Gurgel Vianna
Cristiano A. Freitas Zerbini - Hospital Heliópolis
13h00-14h00 Intervalo de almoço
14h00-14h30 Células T reguladoras (TREG) e Doenças Reumáticas Autoimunes
Presidente: Cristiano Barbosa Campanholo – Santa Casa de São Paulo
Moderadora: Fabíola Reis de Oliveira – FRMP USP
Palestrante: Danilo Mesquita Jr - UNIFESP
14h30-15h30 Apresentação de Trabalhos Básicos
Presidente: Cristiano Barbosa Campanholo – Santa Casa de São Paulo
Moderadora: Fabíola Reis de Oliveira – FRMP USP
CO.17 - Engraftment of Peripheral Blood Mononuclear Cells From Systemic Lupus Erythematosus
and Antiphospholipid Syndrome Patient Donors Into BALB-RAG-2–/–IL-2Rγ–/– Mice : A Promising
Model for Studying Human Disease. DA1, PBR2, MV2, XQ2, GP2, JES2, GCK2 - 1Hospital das Clinicas da
Universidade de Sao Paulo - Reumatologia, 2Hospital for Special Surgery - Division of Rheumatology
CO.18 - Increased Relative Expression of the Interferon-Responsive Gene MX1 is Present in Pregnant
SLE Patients and May Distinguish SLE patients Prone to Have Preeclampsia. Andrade DCO1, GCK2,
PBR2, KAK2, MK2, MKC2, JES2 - 1Faculdade de Medicina da USP - Reumatologia, 2Hospital for Special
Surgery - Division of Rheumatology.
CO.19 - Aspects of innate immunity in Behçet´s Disease: a model of autoinflammatory disease?
Perazzio SF1, Soeiro-Pereira PV2, Silva de Souza, AW1, Condino-Neto A2, Andrade LEC3 - 1UNIFESP Reumatologia, 2USP - Laboratório de Imunologia Humana - ICB IV, 3UNIFESP/Fleury Medicina e Saúde
- Reumatologia
CO.20 - ALPHA-MELANOCYTE STIMULATING HORMONE ANALOGUE: BENEFICIAL EFFECT IN MURINE
LUPUS ACTIVITY. Botte, DA, Noronha,IL2, Malheiros,D, BORBA, E.F1, Mello, SBV1 - 1Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo - Department of Internal Medicine, Rheumatology Division, 2Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo - Department of Internal Medicine, Nephrology Division
CO.21 - OVEREXPRESSION OF ANKYRIN REPEAT DOMAIN CONTAINING PROTEIN 1 GENE (ANKRD1)
IN DERMATOMYOSITIS MUSCLE BIOPSIES IS CORRELATED TO HYPOXIA AND PERIFASCICULAR
ATROPHY. Shinjo SK1, Oba-Shinjo SM2, Uno M2, Marie SKN2 - 1FMUSP - Reumatologia, 2FMUSP Neurologia
CO.22 - COLÁGENO V: NOVO MÉTODO PARA DIFERENCIAÇÃO CONDROCITÁRIA EM CULTURA DE
CÉLULAS TRONCO MESENQUIMAIS DO TECIDO ADIPOSO DE COELHOS. $ Brindo da Cruz IC1, Velosa
APP1, Carrasco S1, Goldenstein-Schainberg C1, Pompeu E2, Fuller R1, Teodoro WR1 - 1Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo - Reumatologia, 2Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Centro de Bioterismo.
15h30-16h00 Intervalo
16h00-17h00 Pulmão e Doenças Reumáticas
Presidente: Luiz Carlos Latorre – Hospital Heliópolis
Moderadora: Rina Dalva Neubarth Giorgi - Hospital do Servidor Público Estadual - IAMSPE
16h00-16h30 Conferência – Pulmão e Doenças Reumáticas
Palestrante: Luis Renato Alves –FMRP USP
16h30-17h00 Discussão de Casos com os participantes do ERA
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PROGRAMAÇÃO XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
04 de maio – Sexta-feira
17h00-18h00 Apresentação de Trabalhos Clínicos sobre Colagenoses
Presidente: Luiz Carlos Latorre – Hospital Heliópolis
Moderadora: Rina Dalva Giorgi - Hospital do Servidor Público Estadual - IAMSPE
CO.23 - LUPUS ANTICOAGULANT: A MARKER FOR STROKE AND VENOUS THROMBOSIS IN PRIMARY
SJÖGREN’S SYNDROME. PASOTO SG1, Chakkour HP1, Natalino RR1, Viana VST1, Bueno C1, Lianza AC2,
Andrade JL2, Levy Neto M1, Fuller R1, Bonfa E1 - 1Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (USP) - Rheumatology, 2Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (USP) - Echocardiography.
CO.24 - EBV SEROLOGICAL REACTIVATION PROFILE IN PRIMARY SJÖGREN’S SYNDROME: A
POSSIBLE TRIGGER OF THE ACTIVE ARTICULAR INVOLVEMENT? PASOTO SG1, Natalino RR1, Chakkour
HP1, Viana VST1, Bueno C1, Leon EP1, Vendramini MBG1, Levy Neto M1, Bonfa E1 - 1Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) - Rheumatology.
CO.25 - Imunogenicidade e segurança a longo prazo da vacina contra influenza pandêmica A/H1N1 em
Síndrome de Sjögren primária. Pasoto SG1, Ribeiro ACM1, Viana VST1, Barbosa JA1, Bueno C1, Levy-Neto
M1, Bonfa E1 - 1USP - Reumatologia.
CO.26 - Participação da Neurotrofina “Brain Derived Nerotrophic Factor” no Lupus Eritematoso
Sistêmico Neuropsiquiátrico. $ Faleiros LM1, Oliveira R1, Frota ERC2, Donadi EA1, Del-Ben CM3, Louzada
P Jr1 - 1Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - Divisão de Imunologia
Clínica , 2Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais - Departamento de Medicina
Interna , 3Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - Divisão de Psiquiatria.
CO.27 - ANTI-SACCHAROMYCES CEREVISAE ANTIBODIES (ASCA) IN ACTIVE BEHÇET’S DISEASE: A
MARKER OF INTESTINAL INVOLVEMENT? Prado LL1, Augusto KL1, Magalhães PF1, Vilma VT1, Saad
CGS1, Goncalves CR1 - 1Hospital das Clínicas da FMUSP - Reumatologia.
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PROGRAMAÇÃO XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
05 de maio – Sábado
09h00-10h00 Sessão Interativa SNC e Imagem
Presidente: Eloisa Silva Dutra de Oliveira Bonfá – FMUSP
Moderadora: Lilian T. L. Costallat - UNICAMP
Desvendando as Imagens do SNC nas doenças reumáticas
Palestrante: Lauro Wichert-Ana- USP
10h00-10h30 Discussão de Casos com os participantes do ERA
10h30-11h00 Intervalo
11h00-11h45 Apresentação de Trabalhos Clínicos / Básicos - miscelânea
Presidente: José Carlos Mansur Szajubok – Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo
Moderador: Paulo Roberto Stocco Romanelli – Hospital Sirio Libanês
CO.28 - GENETIC POLYMORPHISMS AT ARYL HYDROCARBON RECEPTOR ARE LINKED TO
RHEUMATOID ARTHRITIS DEVELOPMENT AND ACTIVITY - MOLECULAR MECHANISM OF SMOKINGINDUCED ARTHRITIS ENHANCEMENT. Talbot J1, Peres RS2, Pinto LG1, Oliveira RDR3, Almedia SCL3, Silva
JR2, França RFO2, Saraiva, ALL1, Ferreira SH1, Cunha TM1, Liew FY4, Alves-Filho JC1, Ryffel B5, Cunha FQ1,
Louzada-Junior P3 - 1USP - FMRP - Farmacologia, 2USP - FMRP - Imunologia, 3USP - HCFMRP - Clínica
Médica/Reumatologia, 4University of Glasgow - Immunology, 5CNRS Orleans - Génétique Expérimentale
et Moléculaire, Institut de Transgénose.
CO.29 - BAIXOS NÍVEIS DE ESCLEROSTINA: PREDITOR DE PROCESSO INFLAMATÓRIO PERSISTENTE
EM PACIENTES COM ESPONDILITE ANQUILOSANTE SOB TERAPIA ANTI-TNF. $ Saad CGS1, Ribeiro
ACM1, Moraes JCB1, Takayama L1, Gonçalves CR1, Rodrigues MB2, de Oliveira RM3, Silva, CA4, Bonfa E1,
Pereira RMR1 - 1Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - Reumatologia, 2Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo - Radiologia, 3RDO Diagnósticos Médicos, São Paulo, 4Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo - Unidade de Reumatologia Pediátrica.
CO.30 - CONDROGÊNESE A PARTIR DE CÉLULAS TRONCO DE LÍQUIDO AMNIÓTICO HUMANO
ESTIMULADAS COM TGF-B3 EM SISTEMA DE CULTURA DE MICROMASS. Bombini MF1, Andrade KC2,
Pereira AHM3, Zuliani CC, Coimbra IB - 1UNICAMP - Clínica Médica / FCM, 2UNICAMP - Medicina Fetal /
FCM, 3UNICAMP - Fisiopatologia / FC.
CO.31 - OPG GENE POLYMORPHISMS 1181G>C AND 245T>G ASSOCIATED WITH VERTEBRAL
FRACTURES IN A COMMUNITY-DWELLING ELDERLY: SAO PAULO AGEING HEALTHY STUDY (SPAH).
Pereira RMR1, Caparbo FV1, Matamouros SE1, Cha C C1, Lopes JB1, Figueiredo CP1, Castro I2, Oliveira RM3,
Martinhago CD3, Onucchi2 - 1FMUSP - Rheumatology, 2FMUSP - Nephrology, 3RDO Diagnosticos.
CO.32 - QUANTIFICAÇÃO DAS CÉLULAS PROGENITORAS ENDOTELIAIS E AVALIAÇÃO DE POSSÍVEL
CORRELAÇÃO COM ATIVIDADE DE DOENÇA EM PACIENTES COM ARTERITE DE TAKAYASU. Luiz S.
G. Machado (UNIFESP), Edgard T. dos Reis Neto (UNIFESP), patrícia Semedo (UNIFESP), Emilia I. Sato
(UNIFESP).
12h00-13h00 Simpósio Janssen
12h00 – 12h05 Estratégias de tratamento na artrite reumatóide
Moderador: Morton Aaron Scheinberg - Hospital Albert Einstein e Hospital Abreu Sodré/AACD
12h05 – 12h30 Resultados de 8 anos do estudo BeSt
Palestrante : Tom Huizinga- Universidade de Leiden - Holanda
12h30 – 12h50 Treat to target: experiência do grupo brasileiro
Palestrante: Licia Maria Henrique da Mota - UNB
12h50 – 13h00 DISCUSSÃO
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PROGRAMAÇÃO XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
05 de maio – Sábado
Pôsteres apresentados
PT.01 - POLICONDRITE RECIDIVANTE ASSOCIADA À VASCULITE CUTÂNEA: RELATO DE CASO.
Felicio PMN, Starling LJ1, Macedo RBV, Silva MPGU - 1Santa Casa Belo Horizonte – Reumatologia
PT.02 - LIPOMA ARBORESCENTE SINOVIAL: RELATO DE CASO.
Felicio PMN, Starling LJ1, Macedo RBV, Silva MPGU - 1Santa Casa Belo Horizonte MG - Serviço de Reumatologia
PT.03 - Experiência de um Serviço de Reumatologia com o uso de Rituximabe: Apresentação de 7 casos.
Forteski DF, Netto FCM, Montino Y, Mazzi LA, Zerbini CAF, Lomonte ABV
PT.04 - VASCULITE LIVEDÓIDE: RELATO DE CASO.
Reis, RML1, Fernandez, BSL1, Nacarato, R1, Artissian, VP1, Araujo, NF2, Chahade, WH3 - 1Hospital do Servidor Público Estadual
de São Paulo - Reumatologia/Especializanda, 2Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo - Reumatologia/
Preceptora assistente, 3Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo - Reumatologia/Médico chefe
13h30-15h00 Premiação dos melhores trabalhos do ERA 2012
Presidente: Eduardo Ferreira Borba Neto - FM USP
Moderadora: Virgínia Fernandes Moça Trevisani - UNISA
13h30-13h45 Anúncio dos Ganhadores e Premiação
13h45-14h15 Reapresentação 1º/2º lugar – Área Básica
14h15-14h30 Discussão com participantes do ERA
14h30-15h00 Reapresentação 1º/2º lugar – Área Clínica
15h00-15h15 Discussão com participantes do ERA
15h15 – 15h30 Encerramento do ERA 2012
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XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
APRESENTAÇÕES ORAIS
CO.01 - PROBABILIDADE DE REMISSÃO APÓS INFILTRAÇÃO ARTICULAR COM GLICOCORTICÓIDE NA
ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL. Sato JO1, Fernandes TAP2, Nascimento CB2, Capela RC2, Corrente JE3, Magalhães
CS2 - 1Departameno de Pediatria - Faculdade de Medicina de Botucatu-Universidade Estadual Paulista - UNESP,
2
Departamento de Pediatria - Faculdade de Medicina de Botucatu - Universidade Estadual Paulista - UNESP,
3
Departamento de Bioestatística- Instituto de Biociências- Universidade Estadual Paulista - UNESP
Introdução: A infiltração articular (IA) com hexacetonide de triamcinolona é recomendada para tratamento da
artrite idiopática juvenil (AIJ), com melhora clínica esperada dentro de 4 meses (ACR-2011), contudo o tempo deste
efeito é desconhecido.
Objetivo: Estimar a probabilidade de remissão (Wallace et al. 2004) em uma série de casos de AIJ tratados por IA,
como primeira abordagem.
Métodos: Análise retrospectiva dos desfechos artrite inativa (I), remissão com medicação (RCM) e remissão (R),
freqüência e tempo médio para cada um dos desfechos, por análise de sobrevida da primeira IA até a última consulta
ou introdução de DMARD.
Resultados: Foram revisados 77 casos de AIJ (254 articulações infiltradas), com acompanhamento médio de 4 anos,
de 1997 a 2011. Destes, 83 % tiveram apresentação oligoarticular e 57% curso oligoarticular persistente. Joelhos e
tornozelos foram as articulações infiltradas. O desfecho foi: R em 26%, RCM em 5%, introdução de DMARD e/ou
biológico em 38% e perda de seguimento em 17%. Na análise da sobrevida, a mediana para I, RCM e R foi 8, 11 e 21
meses, respectivamente. Aos 12 meses 58% estavam em RCM e 29% em R e aos 24 meses, 79% em RCM e 59%
em R, respectivamente. A freqüência de I, RCM e R foi menor após a segunda ou mais infiltrações subseqüentes.
Conclusão: A probabilidade de remissão foi maior na AIJ de início oligoarticular e nos que receberam uma única
infiltração. Os que tiveram indicação de infiltrações repetidas apresentaram proporcionalmente menor probabilidade
de remissão.
CO.02 - EQUIVALÊNCIA MÉTRICA DO DISEASE ACTIVITY SCORE (DAS 28) E JUVENILE ARTHRITIS DISEASE
ACTIVITY SCORE (JADAS) NA ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL. Capela RC1, Sato JO1, Fernandes TAP1, Corrente JE2,
Magalhães CS1 - 1Departamento de Pediatria - Faculdade de Medicina de Botucatu - Universidade Estadual Paulista
(UNESP), 2Departamento de Bioestatística - Instituto de Biociências- Universidade Estadual Paulista (UNESP)
Introdução: A atividade da artrite pode ser avaliada por diferentes instrumentos. Na Artrite Reumatóide (AR) o
Disease Activity Score (DAS28) e na Artrite Idiopática Juvenil (AIJ) o Juvenile Arthritis Disease Activity Score (JADAS)
são utilizados na prática.
Objetivo: Explorar a equivalência de medidas contínuas de atividade, o DAS 28 e as 3 versões do JADAS, pontuando
71, 27 e 10 articulações, em portadores de AIJ.
Método: Análise secundária de um ensaio clinico, testando o abatacepte em AIJ poliarticular, foi conduzida em 8
sujeitos durante 178 visitas, registrando-se a contagem articular, avaliação global pelo médico em escala analógica
visual 0-10 (VAS-MD), avaliação global pelos pacientes/pais (VAS- P) e velocidade de hemossedimentação (VHS)
normatizada para escala de 0-100. A comparação longitudinal foi por ANOVA ou modelo ajustado Gama. As
observações pareadas entre o DAS-28 e JADAS 71, 27 e 10, respectivamente, foram analisadas por regressão linear
após conversão logarítmica (ln).
Resultados: As observações longitudinais indicaram diferença significante nos parâmetros DAS 28, JADAS 71, 27 e
10, VAS-MD, VAS-P entre as primeiras duas visitas do estudo original quando 5 atingiram a resposta ACR-Pedi 30
com melhora. A regressão linear para ajustamento do DAS 28 e JADAS resultou em fórmulas para conversão: DAS
28=1.263 x ln (JADAS 71) - 1.267 (r2=0.81); DAS 28= 1.288 x ln (JADAS 27) – 1.297 (r2=0.80) e DAS 28= 1.285 x ln (JADAS
10) – 1.281 (r2=0.76).
Conclusão: O DAS 28 e JADAS 71, 27 e 10 são construtos distintos e não podem ser diretamente comparados,
contudo observou-se a correlação e conversão métrica para aplicação durante a transição do adolescente.
CO.03 - LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO E IMUNODEFICIÊNCIAS PRIMÁRIAS: UMA ASSOCIAÇÃO POSSÍVEL
TAMBÉM EM ADULTOS? Perazzio SF1, Granados A1, Silva NP1, Salomão R2, Andrade LEC3 - 1UNIFESP - Reumatologia,
2
UNIFESP - Infectologia, 3UNIFESP/Fleury Medicina e Saúde - Reumatologia
Introdução: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é associado com deficiência de C1q, C4 e C2. Existe maior
prevalência de lesões discoides (2,7%) e LES (0,5%) na Doença Granulomatosa Crônica (DGC). A Deficiência
Seletiva de IgA foi associada com LES formas juvenil (5,2%) e adulta (2,6%). Cerca de 25% dos pacientes com
Imunodeficiência Comum Variável (IDCV) desenvolvem manifestações autoimunes, incluindo LES. Apesar de haver
relatos de Imunodeficiências Primárias (IDP) individuais em LES, não há estudos sistemáticos estimando a fração
12
XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
APRESENTAÇÕES ORAIS
de lúpicos que apresentem qualquer IDP em adultos.
Objetivos:
1) Estimar a importância relativa da presença de um conjunto de IDP em adultos com LES.
2) Comparar as características clínicas dos lúpicos com e sem IDP.
Materiais e métodos: 300 pacientes LES e 301 doadores de sangue foram avaliados clinicamente e submetidos à
dosagem dos isotipos de imunoglobulinas e subclasses de IgG, complemento total hemolítico (CH100), C2, C3, MBL,
determinação do número de cópias de genes de C4A e B e quantificação da explosão respiratória de neutrófilos.
Aqueles com alteração indicativa de IDP foram submetidos à confirmação em 60 dias. Os casos com redução de
C2 foram submetidos à genotipagem por PCR para confirmação. Aqueles com redução isolada de CH100 foram
submetidos à determinação de C1q sérico. Casos com alterações e doença ativa foram submetidos à confirmação
após remissão ou excluídos do estudo se esta não fosse atingida. O diagnóstico de IDP foi definido de acordo com o
“2009 International Union of Immunological Societies Expert Committee on Primary Immunodeficiencies”.
Resultados: Foram encontrados 84 pacientes e 10 controles sadios com diagnóstico de IDP (p<0,001). O grupo LES
apresentou maior frequência de IDP simultâneas (1,3% vs 0%, p=0,05). Nos pacientes, houve frequência maior de
Deficiência de IgM (DIgM; n=24=8%) e Deficiência de Subclasses (DSubIgG), especialmente IgG2 (n=40=13,3%), IgG3
(n=24=8%) e IgG4 (n=11=3,6%). Apenas uma paciente foi identificada com status de carreadora do gene mutado para
DGC (0,33%). Não foram encontrados casos de IDCV, DGC, Síndrome Hiper-IgM, Síndrome Hiper-IgE, deficiência de C1q,
C2, C3 e C4. Os pacientes apresentaram menos cópias de C4 total, em especial C4A. Os subgrupos de lúpicos com e
sem IDP não diferiram entre si quanto às manifestações clínicas, infecções, uso de imunossupressores, idade de início
da doença, duração da doença, presença de comorbidades, SLEDAI e SLICC-DI. Os pacientes com DIgM apresentaramse com maior frequência de úlceras orais, enquanto aqueles com DIgG3 ou DIgG4 com mais nefropatia lúpica.
Discussão: Houve alta frequência de IDP em geral no LES (28%), sugerindo que um estado de imunodeficiência pode
representar um fator de risco para a doença. A presença de DIgM ou DSubIgG associaram-se com manifestações
específicas da doença. A alta frequência de DIgM e DSubIgG parece indicar um aspecto da fisiopatologia do LES, já
que tais Ig são importantes para a formação de imunocomplexos e a depuração de patógenos e corpos apoptóticos.
Baixos níveis desses componentes podem induzir ao hiperestímulo imunológico e favorecer o a autoimunidade
em indivíduos geneticamente predispostos. Nossos resultados sugerem que, em uma fração dos pacientes, a
fisiopatologia do LES está associada a um estado subjacente de imunodeficiência.
Financiamento: FAPESP nº 2009/53449-0; Fleury Medicina e Saúde
CO.04 - AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO GONADAL EM ADOLESCENTES E JOVENS DO SEXO MASCULINO COM
ESPONDILITE ANQUILOSANTE. Nukumizu LA1, Saad CG, Ostensen M2, Almeida BP3, Cocuzza M4, Gonçalves C5,
Saito O6, Bonfá E5, Silva CAA1 - 1USP - ICr e Disciplina de Reumatologia, 2Pregnancy Research Unit - University of
Bern, Switzerland, 3USP - ICr e Disciplina de Reumatologia da FMUSP, 4USP - Departamento de Urologia, 5USP Disciplina de Reumatologia, 6USP - Departamento de Radiologia
Objetivo: Avaliar a função testicular em pacientes do sexo masculino com espondilite anquilosante (EA).
Métodos: Vinte pacientes com EA e vinte e quatro adultos masculinos saudáveis foram avaliados quanto às
características demográficas, exame urológico, ultra-sonografia testicular, análise seminal, anticorpo antiespermatozóide e perfil hormonal. Os critérios de seleção foram período de pelo menos três meses sem o uso de
sulfasalazina e metotrexato e nunca terem usado agentes biológicos ou imunossupressores. A avaliação da EA
incluiram investigações clínica e laboratorial.
Resultados: A mediana da idade atual foi similar no grupo controle e EA (p=0,175). A freqüência de varicocele
foi significantemente maior nos pacientes com EA em comparação com os controles (40% vs. 8%, p=0,027). A
mediana das formas normais de espermatozóides foi similar em pacientes com EA versus controles [17,25 (2-32,5)
vs. 22,5% (1,5-45), p=0,215], assim como os outros parâmetros seminais (p>0,05). Em contraste, a mediana das
formas normais de espermatozóides foi significantemente menor em pacientes com EA com versus aqueles sem
varicocele [13,5 (2-27) vs. 22% (10-32,5), p=0,049]. Reforçando esse achado, não foi observada nenhuma diferença
nesse parâmetro comparando pacientes com EA e controles sem varicocele (p=0,670). Além disso, outros fatores
relevantes para a disfunção testicular (anticorpo anti-espermatozóide, hormônios, marcadores inflamatórios e
escores da EA) foram comparáveis em pacientes com ou sem varicocele (p>0,05).
Conclusão: Nós identificamos uma alta freqüência de varicocele em pacientes com EA associada a anormalidades
espermáticas, contudo sem associação com tratamento, anticorpos anti-espermatozóides, alterações hormonais
ou parâmetros da doença. A exclusão desses fatores sugere que a varicocele pode ser a responsável pela disfunção
testicular em pacientes com EA. Investigação da varicocele deve ser realizada em pacientes com EA que apresentem
problemas de fertilidade.
13
XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
APRESENTAÇÕES ORAIS
Financiamentos: Este estudo foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP
(2009/51897-5), pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq (301411/2009-3 para
EB e 302724/2011-7 a CAAS) e pela Federico Fundação para EB e CAAS.
CO.05 - ALTERAÇÕES MORFOFUNCIONAIS DO PÊNIS E DA FUNÇÃO GONADAL EM ADOLESCENTES E JOVENS
COM SÍNDROME ANTIFOSFOLÍPIDE. Rabelo-Junior CN1, Bonfá E1, Carvalho JF1, Cocuzza M2, Saito OC3, Silva CAA4
- 1USP - Disciplina de Reumatologia, 2USP - Departamento de Urologia, 3USP - Departamento de Radiologia, 4USP
- ICr e Disciplina de Reumatologia
Objetivo: Avaliar as funções gonadal e sexual em pacientes com síndrome antifosfolípide (SAF) primária (SAFP) e
secundária ao lúpus eritematoso sistêmico (SAF-LES).
Métodos: 22 pacientes (12 SAFP e 10 SAF-LES) e 20 controles saudáveis pareados por idade e sexo foram avaliados
em relação a: dados demográficos, exame urológico, função sexual, ultrassonografia testicular, perfil hormonal,
análise do sêmen e anticorpos anti-espermatozóides.
Resultados: A mediana da idade atual foi semelhante nos pacientes com SAFP e controles (p=0,27), assim
como SAF-LES e controles (p=0,31). Disfunção erétil foi significantemente maior em SAFP versus controles (25%
vs. 0%, p=0,044), assim como no SAF-LES (30% vs. 0%, p=0,029). A mediana da circunferência do pênis foi
significantemente menor em SAFP com versus sem trombose arterial prévia [8,1 (6-10) vs. 10,2 (10-11) cm, p=0,007],
bem como também observado em pacientes com SAF-LES [7,5 (7-8) vs. 9,18 (8-10,5) cm, p=0,039]. A mediana da
circunferência do pênis foi também significantemente menor nos pacientes com SAFP com disfunção erétil versus
sem essa alteração [7,5(6-9,5) vs. 9,5(7,5-11) cm, p=0,039], assim como no grupo de SAF-LES [8,17(8-8,5) vs. 9,14(710,5) cm, p=0,0397]. Os parâmetros da função testicular foram semelhantes nos pacientes com SAFP e controles
(p>0,05). As medianas da concentração e da contagem total de espermatozóides foram significantemente menores
nos SAF-LES que usaram ciclofosfamida endovenosa versus os que não usaram [6,87(0-23,5) vs. 63,9(7,5-145) x 106/
mL, p=0,04; 16,12(0-55,5) vs. 226,25(8,5-471) x 106, p=0,035; respectivamente].
Conclusões: Este estudo inédito evidenciou alterações morfofuncionais do pênis em pacientes com SAFP e SAF-LES,
assim como identificou disfunção gonadal secundária ao uso de agentes alquilantes nos pacientes com SAF-LES.
Financiamentos: A pesquisa foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP
(2004/07832-2 e 2005/56482-7 para CAAS), pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq (301411/2009-3 para EB e 302724/2011-7 a CAAS) e pela Federico Fundação para EB e CAAS.
CO.06 - TREINO AERÓBIO EM PACIENTES COM ESPONDILITE ANQUILOSANTE: UM ESTUDO CONTROLADO
E RANDOMIZADO. Fabio Jennings1, Hilda Oliveira1, Marcelo Souza1, Vaneska Cruz1, Jamil Natour1 - 1Universidade
Federal de São Paulo- UNIFESP - Disciplina de Reumatologia
Introdução: Espondilite anquilosante (EA) é uma doença inflamatória sistêmica que afeta principalmente o
esqueleto axial e que compromete globalmente a capacidade física dos pacientes. Apesar dos avanços no tratamento
medicamentoso, os exercícios físicos permanecem como elementos fundamentais no tratamento da EA. Contudo,
faltam estudos que demonstrem os efeitos de programas de exercícios específicos e quais os programas mais
efetivos para os pacientes com EA.
Objetivo: avaliar os efeitos do exercício aeróbio na capacidade funcional, atividade de doença, mobilidade e
capacidade aeróbia de pacientes com EA.
Materal e Métodos: Foram incluídos 68 pacientes com diagnóstico de EA pelos critérios modificados de Nova
Iorque e com medicação de base estável há pelo menos 3 meses. Os pacientes foram randomizados em 2 grupos.
O grupo-intervenção (GI) realizava 50 minutos de caminhada na frequência cardíaca do limiar anaeróbio seguida de
alongamentos para coluna cervical e lombar e para membros superiores e inferiores. O grupo-controle (GC) realizava
somente os exercícios de alongamento. Ambos os grupos realizavam os exercícios 3 vezes por semana por um
período de 12 semanas sob supervisão de fisioterapeutas. Eram realizadas avaliações imediatamente antes da
randomização, após 6 e 12 semanas do início do programa. Os avaliadores não conheciam os grupos de alocação
dos pacientes. Para avaliação da capacidade funcional foram utilizados o BASFI (The Bath Ankylosing Spondylitis
Functional Index) e o HAQ-S (Health Assessment Questionnaire for spondyloarthritis) e para a mobilidade, o BASMI
(The Bath Ankylosing Spondylitis Metrologyl Index). A atividade de doença foi avaliada pelo BASDAI (The Bath
Ankylosing Spondylitis Disease Activity Index) e pela dosagem de PCR (Proteína C reativa). A capacidade aeróbia
foi avaliada através do pico de VO2 e do limiar anaeróbio mensurados pelo teste ergoespirométrico em esteira,
seguindo um protocolo incremental. Foi realizado ainda, o teste de caminhada de 6 minutos (TC6).
Resultados: Sessenta e quatro pacientes (32 no GI e 32 no GC) completaram o estudo. Os quatro pacientes (2 do GI
14
XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
APRESENTAÇÕES ORAIS
e 2 do GC) que sairam do programa alegaram dificuldades de permissão no trabalho. Na avaliação inicial, os grupos
eram homogêneos quanto às variáveis clínicas e demográficas. Houve melhora significante na capacidade funcional
(BASFI e HAQ-S) e na atividade de doença (BASDAI) em ambos os grupos (p< 0,05). Contudo, não houve diferença
entre os grupos ao longo do tempo. Não houve diferença nos escores de BASMI e nos níveis de PCR em ambos os
grupos. O GI mostrou aumento significante do pico de VO2 e do limiar anaeróbio ao longo do tempo, enquanto que o
GC permaneceu inalterado. Porém, não houve diferença estatisticamente significante na capacidade aeróbia entre
os grupos ao final de 12 semanas. Houve aumento significante na distância percorrida no TC6 no grupo-intervenção
em comparação com o GC (p< 0,004). Não houve relatos de eventos adversos durante o programa.
Conclusão: Em pacientes com EA, a realização de um treino aeróbio e de exercícios de alongamento determinou
efeitos benéficos na capacidade funcional e atividade de doença. O treino aeróbio determinou um aumento da
distância percorrida durante a caminhada e da capacidade aeróbia, sem eventos adversos associados.
Apoio: FAPESP
CO.07 - EFEITO DOS BANHOS DE IMERSÃO EM ÁGUAS SULFUROSAS EM PACIENTES COM OSTEOARTRITE DE
JOELHO: ENSAIO CLÍNICO CONTROLADO E RANDOMIZADO. Branco M1,2, Trevisani VM1,3 - 1UNIFESP, 2PUC MINAS
Poços de Caldas - Fisioterapia, 3UNISA
Introdução: O emprego das águas medicinais como recurso terapêutico tem sido utilizado desde a época do Império
Grego onde as propriedades curativas das águas exerciam um grande poder e predominância entre os povos antigos.
Objetivo: O objetivo do presente ensaio clínico randomizado foi avaliar a efetividade de um programa de banhos de
imersão em água sulfurosa, comparado com banhos em água termal potável na melhora da qualidade de vida e da
dor de pacientes com osteoartrite de joelho.
Metodologia: 130 pacientes com osteoartrite de joelho, com idade entre 50 a 90 anos foram alocados em três
grupos: controle (não recebeu banhos), água termal potável e água termal sulfurosa (30 banhos de 20 minutos
cada). Os indivíduos passaram por três avaliações de qualidade de vida, através de questionários específicos, sendo
uma antes do inicio dos tratamentos (baseline), uma após (endpoint) e a última realizada dois meses após a segunda
avaliação (follow-up). Os instrumentos avaliados foram Índice Funcional de Lequesne, Escala Visual Analógica
de Dor (EVA), Western Ontario and McMaster Universities Osteoarthritis Index (WOMAC) e Health Assessment
Questionnaire (HAQ).
Resultados: 120 indivíduos finalizaram o estudo. Após as intervenções foram verificadas mudanças estatisticamente
significantes na qualidade de vida e dor por meio do Teste de Variância (ANOVA) com Medidas Repetidas. Os
resultados mostraram melhora significante entre 60 e 80% (p<0,001) nos grupos tratados com ambas as águas na
avaliação endpoint quando comparados ao grupo baseline, com um destaque importante para os banhos sulfurosos
na avaliação follow-up (60 a 80%, p<0,001), indicando um efeito duradouro deste recurso.
Conclusão: os banhos de imersão em águas termais sulfurosas mostram-se como uma importante ferramenta
terapêutica no tratamento da osteoartrite de joelho.
CO.08 - TREINAMENTO SENSÓRIO-MOTOR VERSUS TREINAMENTO DE RESISTENCIA MUSCULAR EM
PACIENTES COM OSTEOARTRITE DE JOELHOS: UM ECCR. GOMIERO AB1, Kayo AH1, Abraão M1, Peccin MS1,
Trevisani VM1,2 - 1UNIFESP, 2UNISA
Introdução: Dor, edema, rigidez articular, instabilidade e fraqueza muscular, são alguns dos sintomas experimentados
por pacientes com osteoartrite (OA) de joelhos, levando a um comprometimento funcional e redução na qualidade
de vida (Bennell KL et al, 2011). Devido a grande quantidade de evidências demonstrando os efeitos benéficos dos
exercícios em pacientes com OA, estes são frequentemente apontados como um dos principais componentes no
processo de reabilitação (Biljlsma JWJ et al, 2011). Neste contexto, o objetivo deste estudo foi comparar a efetividade
do treinamento sensório-motor (TSM) com um treinamento de exercícios resistidos (ER) na dor e função de um
grupo de indivíduos portadores de OA de joelhos.
Métodos: 64 pacientes com OA de joelhos foram randomizados em um dos dois grupos intervenção: TSM (n=32)
e ER (n=32) para um programa de reabilitação de 16 semanas com freqüência de 2 vezes/semana. As avaliações
foram feitas por avaliador cego e realizadas antes (T0) e após a intervenção (T16) e incluíram as variáveis escala
analógica visual de dor (EAV), força isométrica do músculo quadríceps (através de célula de carga), ativação
mioelétrica do quadríceps (EMG), teste Timed up Go (TUG), e os pacientes responderam ao questionário de autoavaliação Western Ontario and McMaster Universities Osteoarthritis Index (WOMAC). Os resultados obtidos foram
analisados utilizando análise de variância (ANOVA) com medidas repetidas, indicando haver diferenças entre os
grupos, ou entre os tempos, quando p-valor<0,05.
15
XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
APRESENTAÇÕES ORAIS
Resultados: Não houve diferença entre os grupos quanto as características descritivas p>0,05 (distribuição do
gênero, idade, altura e peso). Houve diferenças significativas entre os tempos avaliados independentemente do
grupo para as variáveis EAV (P<0,001), força isométrica do quadríceps (p<0,001) e TUG (p<0,001). No questionário
WOMAC houve diferenças significativas entre os tempos avaliados independentemente do grupo (p<0,0032) e
diferença entre os momentos para o grupo ER (p=0,004). Para a variável EMG não houve diferença significativa
entre os tempos ou entre os grupos (p>0,005).
Conclusão: Através dos resultados obtidos, verificamos que tanto um treinamento de resistência muscular quanto
um treinamento sensório-motor são capazes de melhorar a dor e função em indivíduos com OA de joelhos. Também
observamos que ambos os tipos de treinamento podem melhorar a força do músculo quadríceps e a avaliação autopercebida destes indivíduos. Mais estudos são necessários para verificar a efetividade do treinamento sensóriomotor quando realizado em conjunto com um treinamento de resistência muscular.
Referências Bibliográficas:
•Bennell KL et al. A review of the clinical evidence for exercise in osteoarthritis of the hip and knee. J Sci Med Sports
2011; 14:4-9.
•Bijlsma JWJ et al. Osteoarthritis: an update with relevance for clinical practice. Lancet 2011; 377: 2115-26.
•Fitzgerald GK et al. Agility and perturbation training techniques in exercise therapy for reducing pain and improving
function in people with knee osteoarthritis: A randomized clinical trial. Phys Ther 2011; 91(4):452-69.
CO.09 - REVERSÃO DA SARCOPENIA EM PACIENTES COM ESPONDILITE ANQUILOSANTE TRATADOS COM
ANTI-TNF: ANÁLISE LONGITUDINAL DE 24 MESES. Barros MA1, Saad CGS1, Takayama L1, Moraes JCB1, Ribeiro
ACM1, Bonfa E1, Pereira RMR1 - 1Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - Reumatologia
Introdução: A sarcopenia é uma síndrome caracterizada por perda progressiva da força muscular, associada ao
prejuízo da capacidade física e funcional. Não existem dados a respeito dessa condição em pacientes com Espondilite
Anquilosante (EA) e o possível efeito benéfico da terapia anti-TNF nessa complicação.
Objetivos: Determinar a frequência de sarcopenia em pacientes com EA e avaliar longitudinalmente o efeito da
terapia anti-TNF nesta síndrome.
Métodos: Trinta pacientes com EA ativa foram avaliados no tempo basal (TB), 6 (6M), 12 (12M) e 24 meses (24M)
após terapia anti-TNF. Os pacientes foram avaliados através de parâmetros clínicos (BASDAI, BASFI, BASMI, ASQol)
e marcadores de inflamação (VHS e proteína C reativa). A atividade física dos pacientes permaneceu estável durante
o período do estudo. Peso corporal e Índice de Massa Corpórea (IMC) também foram medidos. Massa gorda (MG),
massa magra total (MM) e massa magra apendicular (MMA = soma de braços e pernas) foram analisados por
absotometria radiológica de dupla energia (DXA). Sarcopenia foi definida quando o índice relativo de musculatura
esquelética (IRME = MMA/altura2) fosse menor que 5,45 kg/m2 para mulheres e 7,26 kg/m2 para homens (Critérios
de Baumgartner).
Resultados: A sarcopenia foi encontrada em 16,6% dos pacientes com EA. Houve uma redução progressiva na
frequência de sarcopenia, com reversão completa em todos os pacientes após 24 meses de tratamento (TB: 16,6%
vs. 6M: 13,3% vs. 12M: 6,6% vs. 24M: 0%, p<0,001). Esse achado foi concomitante a um aumento de peso corporal
dos pacientes (TB: 72,65 kg vs. 6M: 73,87 kg vs. 12M: 74,65 kg vs. 24M: 75,01 kg, p=0,007), IMC (TB: 25,66 kg/m2
vs. 6M: 26,07 kg/m2 vs. 12M: 26,34 kg/m2 vs. 24M: 26,90 kg/m2, p=0,038) e massa magra total (TB: 52,56 kg vs.
6M: 53,19 kg vs. 12M: 54,08 kg vs. 24M: 54,01 kg, p=<0,001), que ocorreu principalmente nos primeiros 12 meses de
tratamento (TB vs. 12 meses, p<0,05). Não foi observada diferença na massa gorda (TB: 17,79 kg vs. 6M: 18,10 kg vs.
12M: 18,14 kg vs. 24M: 18,90 kg, p=0,07) e porcentagem de massa gorda (TB: 24,14% vs. 6M: 24,27% vs. 12M: 54,08%
vs. 24M: 24,86%, p=0,146). BASDAI (LB: 5,11 vs. 6M: 2,79 vs. 12M: 2,79 vs. 24M: 2,57, p<0,001), BASFI (TB: 5,40 vs.
6M: 2,97 vs. 12M: 2,86 vs. 24M: 2,41, p<0,001), BASMI (TB: 4,07 vs. 6M: 3,23 vs. 12M: 3,07 vs. 24M: 3,00, p=0,001)
e ASQoL (LB: 10,03 vs. 6M: 6,43 vs. 12M: 6,40 vs. 24M: 5,80, p<0,001) melhoraram durante o período de estudo,
com considerável redução nos níveis de VHS (TB: 23,75 mm/h vs. 6M: 8,17 mm/h vs. 12M: 7,30 mm/h vs. 24M: 9,87
mm/h, p<0.001) e proteína C reativa (TB: 37,03 mg/L vs. 6M: 3,36 mg/L vs. 12M: 7,22 mg/L vs. 24M: 5,32 mg/L ,
p<0,001) após terapia anti-TNF.
Conclusões: A recuperação da sarcopenia induzida após tratamento com anti-TNF, concomitante com a resolução
da inflamação, ressalta o efeito benéfico desta terapia na massa muscular e capacidade funcional dos pacientes
com EA.
Referências: Baumgartner RN, Koehler KM, Gallagher D, Romero L, Heymsfield SB, Ross RR et al (1998) Epidemiology
of sarcopenia among the elderly in New Mexico. Am J Epidemiol 147:755-63.
16
XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
APRESENTAÇÕES ORAIS
CO.10 - INCIDÊNCIA DE RETINOCOROIDITE POR TOXOPLASMA EM PACIENTES COM ESPONDILITE
ANQUILOSANTE APÓS O USO DE BLOQUEADORES DO TNF-α. Rodrigues KFP1, Faria e Arantes TE1, Muccioli C1,
Andrade Neto JL1, Pinheiro MM2 - 1Unifesp/ EPM - Oftalmologia, 2Unifesp/ EPM - Reumatologia
Introdução: Os agentes antagonistas do fator de necrose tumoral alfa (TNF) constituem uma nova classe terapêutica
no tratamento de doenças reumáticas, possibilitando controle da atividade inflamatória e melhora da qualidade de
vida. Por outro lado, várias infecções, incluindo tuberculose, histoplasmose, aspergilose, toxoplasmose e outras
doenças oportunistas têm sido relatadas durante a terapia anti-TNF, mas, apenas, a tuberculose é rotineiramente
pesquisada para o início do tratamento.
No Brasil, evidência sorológica da infecção por Toxoplasma gondii é encontrada em até 70% da população adulta
saudável e 6% apresentavam evidência de lesão ocular.
Objetivo: Avaliar a incidência de retinocoroidite aguda e crônica causadas pelo Toxoplasma gondii em pacientes
com espondilite anquilosante (EA) após 12 meses de uso dos bloqueadores do TNF-α. Pacientes e Métodos:
Um total de 74 olhos de 37 pacientes com EA foram avaliados prospectivamente por experiente oftalmologista,
incluindo fundoscopia sob midríase, por meio de oftalmoscópio binocular indireto contendo lentes 20D, ao longo
de 12 meses. Além disso, foi realizada sorologia IgM e IgG para T. gondii. Pacientes com catarata uni- ou bilateral
foram excluídos. Lesões ativas foram definidas como alterações focais esbranquiçadas da retina ou coróide, bem
como pela presença de células inflamatórias no vítreo ou comprometimento papilar. Lesões hiperpigmentadas com
bordas bem delimitadas foram definidas como crônicas.
Resultados: A média de idade e tempo de doença foi de 42,6±11,5 anos e 13,4±7,6 anos, respectivamente.
Aproximadamente 33% dos pacientes com EA tinham uveíte anterior prévia e 81% deles eram HLA-B27 positivo.
Uveíte posterior ativa não foi observada na primeira avaliação em nenhum dos pacientes. Nenhum dos pacientes
tinha IgM reagente para T. Gondii e cerca de 60% era reagente para anticorpos IgG. Dos 74 olhos examinados, 6,8%
tinham lesões crônicas, dos quais somente um paciente (1,3%) tinha achado patognomônico de cicatriz ocular por
toxoplasmose. Após 12 meses de seguimento, não foi observada nenhuma recorrência de uveíte por toxoplasmose
ou surgimento de novas lesões na retina ou coróide.
Conclusão: Pacientes com EA em uso de terapia anti-TNF-a não têm maior risco de reativação de lesões crônicas
causadas pelo toxoplasma, bem como apresentam baixo risco de surgimento de novas lesões pelo menos durante
o primeiro ano de tratamento.
CO.11 - ASSOCIAÇÃO DA EXPRESSÃO DE CD39 EM CÉLULAS T REGULADORAS COM A EFICÁCIA TERAPÊUTICA
DO METOTREXATO NA ARTRITE REUMATÓIDE. Peres RS1, Carregaro V1, Talbot J1, Oliveira RD2, Almeida SL2,
França RFO1, Pinto LG1, Costa DL3, Silva JS3, Alves-Filho JC1, Cunha TM1, Louzada-Júnior P2, Cunha FQ1 - 1FMRP/USP Farmacologia, 2FMRP/USP - Clinica Médica, 3FMRP/USP - Imunologia
Introdução: Artrite reumatóide (AR) é uma doença autoimune caracterizada por uma inflamação crônica das
articulações. A estratégia terapêutica mais utilizada na AR consiste no uso de doses baixas de Metotrexato
(MTX), um antagonista do folato, que promove a manutenção de altos níveis de adenosina (ADO) extracelular. No
entanto, uma parte considerável dos pacientes é refratária ao tratamento com MTX e o mecanismo pelo qual este
fenômeno ocorre ainda não é estabelecido. Estudos demonstram que células Tregs expressam em suas superfícies
as ectonucleotidases CD39/ENTPD1 e CD73/ecto-5 ‘nucleotidase, enzimas que geram ADO através da degradação
de ATP. Estes achados, associados ao fato que a ADO possui potente atividade imunomoduladora, sugere que a
atividade antiinflamatória do MTX está relacionada com os efeitos das Tregs.
Objetivos: Investigar se os mecanismos de refratariedade ao MTX em pacientes com AR podem estar relacionados
com uma deficiência na atividade bioquímica e função supressora de células Tregs, focando principalmente na
expressão das ectonucleotidases CD39 e CD73.
Pacientes e Métodos: No presente estudo, amostras do sangue periférico de pacientes com AR (n= 89) e doadores
saudáveis (n =16) foram coletadas. Por citometria de fluxo, as populações leucocitárias de PBMC foram fenotipadas
para a avaliação da expressão das ectonucleotidases CD39 e CD73 nos diferentes tipos celulares. A atividade das
ectonucleotidases em células TCD4+ na geração de ADO extracelular foi avaliada por cromatografia líquida de alta
performance (HPLC) e ensaios colorimétricos de Verde Malaquita.
Resultados: Citocinas inflamatórias IL-1β e TNF-α presentes no plasma e a frequência de células TCD4+ produtoras
de IL-17 e IFN-γ estavam significativamente aumentadas em pacientes não responsivos ao MTX (UR-MTX; DAS285,87±0,52; média de idade- 54,7 anos) quando comparadas com pacientes responsivos (R-MTX; DAS28- 2,23±0,57;
média de idade- 52,6 anos) e indivíduos saudáveis (IS). Na caracterização fenotípica dos leucócitos de mononucleares
do sangue periférico (PBMC), não houve diferença na porcentagem de linfócitos TCD4+, TCD8+, células B e células
dendríticas entre os grupos analisados. No entanto, observamos um aumento significativo na porcentagem e
17
XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
APRESENTAÇÕES ORAIS
número absoluto de células Tregs (CD4+CD25+ FoxP3+) em pacientes R-MTX. De maneira interessante, enquanto
que a porcentagem de células Tregs expressando CD73 não estava alterada, observou-se um aumento da frequência
desta população celular expressando CD39 em pacientes R-MTX. Adicionalmente, a ADO extracelular presente no
sobrenadante de células Tregs de pacientes UR-MTX estava reduzida quando comparada aos outros grupos, visto
que esse grupo de pacientes também apresenta uma expressão reduzida de CD39 na superfície das Tregs.
Conclusão: Em conjunto estes resultados demonstram que a refratariedade de pacientes ao MTX é associada
com o número e funções de células Tregs, especialmente na geração de ADO extracelular. Estes achados podem
proporcionar uma melhora significante na escolha dos fármacos rotineiramente utilizados para o tratamento da
doença, como o MTX, visto que a avaliação da expressão CD39 na superfície de células Tregs circulantes pode
representar um futuro biomarcador de responsividade ao MTX para o tratamento da AR. Além disso, seria plausível
sugerir que administração de agonistas de receptores de adenosina ou de drogas com habilidade de induzir células
Tregs e/ou expressão de CD39 podem gerar novas perspectivas em intervenções terapêuticas na atenuação do
processo inflamatório persistente na AR.
Apoio: FAPESP/CNPq
CO.12 - AVALIAÇÃO DA OCORRÊNCIA DE TUBERCULOSE E DA REALIZAÇÃO DE TRIAGEM E QUIMIOPROFILAXIA
PARA TUBERCULOSE EM PACIENTES BRASILEIROS COM ARTRITE REUMATOIDE EM USO DE BLOQUEADORES
DO TNF. Yonekura CL1, Oliveira RDR1, Hayata AL2, Ranzolin A2, Titton D2, Carvalho HM2, Ranza R2, Louzada-Júnior
P1,2 - 1Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - Departamento de Clínica Médica,
2
Registro Brasileiro de Monitorização de Terapias Biológicas em Doenças Reumáticas (BIOBADABRASIL)
Introdução: A terapia com bloqueadores do TNF (anti-TNF) proporcionou uma opção eficaz no tratamento da
artrite reumatoide (AR) aos pacientes não responsivos ao tratamento convencional com drogas antirreumáticas
modificadoras do curso da doença (DMDCs). Contudo, a ocorrência de tuberculose (TB) é um evento adverso grave,
que leva à descontinuidade do tratamento.
Objetivos: Avaliar a ocorrência de TB nos pacientes com AR e em uso de anti-TNF; avaliar se a triagem para a
identificação de TB latente nos pacientes está sendo realizada e quais testes têm sido empregados; e avaliar se a
quimioprofilaxia está sendo realizada e a sua eficácia na proteção de ocorrência de tuberculose.
Materiais e métodos: Foram avaliados os dados de pacientes com AR em uso de anti-TNF incluídos no Registro
Brasileiro de Monitorização de Terapia Biológicas em Doenças Reumáticas-BiobadaBrasil, no período de janeiro de
2009 a junho de 2011, sendo excluídos os pacientes que receberam medicação biológica de outra classe e aqueles
onde a ocorrência de TB foi anterior a janeiro de 2009. O grupo controle foi constituído de indivíduos com AR em uso
de uma ou mais DMDCs. A análise estatística foi realizada com teste t de Student e teste de Fisher bicaudal, com
significância se p<0,05.
Resultados: Obtivemos um total de 1555 tratamentos com anti-TNF, assim dividido: infliximabe (445), etanercepte
(227) e adalimumabe (378). Esses 3 grupos foram comparados entre si e com o grupo controle (n=505). Não houve
diferença entre os grupos para dados demográficos e clínico-laboratoriais. Houve 1 caso de TB no grupo controle,
com tempo de exposição de 18 meses ao metotrexato, e 5 casos nos grupos anti-TNF com tempo de exposição de
22,6 ± 16,2 meses. A incidência de TB no grupo controle foi de 49,9/100.000 pacientes-ano e nos indivíduos em
uso de anti-TNF foi de 237,3/100.000 pacientes-ano, todos em uso de adalimumabe (660,1/100.000 pacientesano). Esses 5 pacientes haviam sido submetidos à triagem habitual para TB, com PPD e radiografia de tórax, com
resultado negativo. O PPD foi realizado em 95,7% e a radiografia de tórax em 96,6% dos pacientes em uso de antiTNF, sem diferença estatística entre os grupos. A positividade do PPD, a presença de alterações na radiografia de
tórax e a realização de quimioprofilaxia também não mostrou diferença estatística entre os grupos.
Conclusões: A ocorrência de TB nos pacientes com AR em uso de anti-TNF é significativa no Brasil, reforçando a
importância da realização de triagem e quimioprofilaxia. É necessária triagem mais eficaz e melhor definição sobre
quais pacientes devem receber a quimioprofilaxia. O adalimumabe foi responsável por todos os casos de TB, mas
precisamos considerar que dois dos cinco pacientes já tinham feito uso de infliximabe antes, suspenso por falha
terapêutica.
Bibliografia:
Gardam MA. Lancet Infect Dis 2003; 3:148
Gómez-Reino JJ. Arthritis Rheum 2003; 48:2122-7
Titton D. Revista Brasileira de Reumatologia 2011; 51:152-60
Financiamento: Esse estudo foi financiado pelo CNPq e pela FAPESP
18
XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
APRESENTAÇÕES ORAIS
CO.13 - O ULTRASSOM ARTICULAR: UMA FERRAMENTA IMPORTANTE DE AVALIAÇÃO NO DIAGNÓSTICO NA
ARTRITE REUMATÓIDE INICIAL. Mendonça JA, Yazbek MA, Costallat BL2, Bértolo MB1 - 1Universidade Estadual de
Campinas - Reumatologia - UNICAMP, 2Hospital Vera Cruz - Radiologia
Introdução: O ultrassom (US) é uma importante ferramenta na detecção de alterações articulares na artrite
reumatoide (AR), considerado um método de imagem rápido e seguro, principalmente na fase inicial da doença
para ser instituido um tratamento precoce 1,2 e 3
Objetivo: mostrar os principais achados ultra-sonográficos em uma amostra dos pacientes com AR. Um segundo
objetivo foi o de demonstrar que o uso de 7 articulações para sinovite, pode ser prático e rápido.
Materiais e Métodos: 32 pacientes com RA, cumprindo critérios do ACR de 1987 foram examinadas por USGE Logiq XP, com transdutor linear de alta freqüência para escala de cinza (SG) e power Doppler (PD) com uma
escala semi-quantitativa (0 a 3) nas articulações das mãos e pés, depois foi calculado um escore de 7 articulações
(US7 SIN) para a detecção de sinovites da mão dominante e do pé nos recessos dorsais: central do punho, 2ª e 3ª
metacarpofalângicas (MCFs) e 2ª e 3ª interfalângicas proximais (IFPs), 2ª e a 5ª metatarsofalângicas (MTFs). O nível
de significância adotado para os testes estatísticos foi 5%., entre os achados clínicos, laboratoriais e de imagem.
Resultados: 832 articulações examinadas, 173 (20,79%) sinovites, 22 (4,91%) tenossinovites e 3 (1,56%) erosões;
mais casos de sinovite por SG no recesso dorsal 102 (73,38%) do que no recesso palmar 37 (26,61 %) foram detectadas
nas pequenas articulações das mãos. Correlações estatisticamente significativas na presença de sinovite por SG do
punho com PCR (r = 0,42; p = 0,0163) e SG de pequenas articulações dos pés com HAQ, RF e PCR (r = 0,37 a 0,42;
p = 0,0161 a 0,0337). O PD de punho apresentou correlação significativa com a PCR (r = 0,40; p = 0,00337). Houve
uma correlação negativa significativa da 2ª MCP direita no recesso palmar com o período e a dose de metotrexato
(r = -0,36 a -0,37; p = 0,0368 a p = 0,0445). Em relação ao US7 SIN, houve correlação significativa entre a SGUS7
SIN com DAS28 (CRP) (r = 0,38; p = 0,0332) e PDUS 7 SIN para PCR (r = 0,39; p = 0,0280). houve uma discordância
em relação a todas articulações, caracterizada por uma variação do coeficiente kappa de -0,2000 IC95% (-0.4972;
0.0972) a 0,3333 IC95% (-0.0469; 0.7136), quando compara os achados ultrassonográficos com os radiográficos.
Conclusão: O dano estrutural ósseo não foi muito evidente nesta amostra, talvez pelo estágio inicial da doença. O
recesso dorsal articular pode ser um importante local para detectar sinovite e o US7 SIN é um método prático de
imagem no segmento para avaliar a inflamação na AR inicial.
Referências:
1.Gutierrez M, Filippucci E, Ruta S, Salaffi F, Blasetti P, Geso L D, Grassi W. Inter-observer reliability of highresolution ultrasonography in the assessment of bone erosions in patients with rheumatoid arthritis: experience
of anintensive dedicated training programme. Rheumatology. 2011;50:373-80.
2.Backhaus M, Ohrndorf S, Kellner H, Strunk J, Backhaus T.M, Hartung W, et al. Evaluation of a Novel 7-Joint
Ultrasound Score in Daily Rheumatologic Practice: A Pilot Project.Arthritis Rheum. 2009; 61:1194-201.
3.Wakefield RJ, D’Agostino MA, Iagnocco A, Filippucci E, Backaus M, Scheel AK et al. OMERACT Ultrasound group
priorities. J Rheumatol. 2007;34:848–51
CO.14 - EFETIVIDADE E TOLERÂNCIA DA INFILTRAÇÂO INTRA-ARTICULAR COM CORTICOSTERÓIDE DE ACORDO
COM A DOSE. Pereira DF1, Furtado RNV1, Machado NP1, Natour J1 - 1Unifesp - Reumatologia
Introdução e objetivos: A dose ideal de corticoide (CE) utilizada em infiltrações intra-articulares (IIA) não é bem
estabelecida na literatura. O objetivo deste estudo é comparar a efetividade e tolerância em médio prazo entre as
doses pequena e grande de hexacetonide de triancinolona (HT) na IIA realizada em articulação de médio porte de
pacientes com artrite reumatoide (AR).
Material e Métodos: Foi realizado um estudo controlado, randomizado, prospectivo, duplo-cego em pacientes com
AR, que avaliou 52 articulações de punhos (representativo de articulação de médio porte) em pacientes portadores
de AR. Os critérios de inclusão foram: pacientes com diagnóstico de AR estabelecida, idade entre 18 a 65 anos, drogas
modificadora do curso da doença estáveis nos últimos 3 meses, sinovite em punhos com escala visual analógica de
dor (EVA) de 4 a 8cm. Pacientes com superposição com outra colagenose, sinovite poliarticular, diabetes melitus
ou hipertensão descontrolada foram excluídos. Os pacientes foram randomizados (tábua de randomização) em
2 grupos de 26 pacientes cada: o grupo 1 (dose alta) recebeu 40mg (2ml) de HT intra-articular e o grupo 2 (dose
baixa) recebeu 20mg (1ml). Foi infiltrada somente uma articulação por paciente (IIA às cegas). As avaliações foram
realizadas por um avaliador “cego” nos tempos: T0, T1, T4, T8 e T12 semanas, através dos seguintes instrumentos:
EVA (0-10cm) para dor e edema; Goniometria; Stanford health assessment questionnaire (HAQ) modificado; clinical
disease activity index (CDAI); porcentagem de melhora; Likert Scale de melhora (de 5 pontos); dose de CE, analgésico
e antiinflamatório utilizada por dor na articulação estudada. Os efeitos colaterais locais e eventos relacionados
foram relatados em um questionário médico. Todos os pacientes assinaram o termo de consentimento livre e
19
XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
APRESENTAÇÕES ORAIS
esclarecido. O nível de significância estatística adotado será de 5%.
Resultados: Foram infiltrados no total 52 pacientes (43 mulheres, 31 brancos). A idade média foi 49,15 (± 12,89)
anos no grupo dose alta e 52,34 (± 11,49) no grupo dose baixa (p=0,431). Não houve diferença estatisticamente
significante entre os grupos para EVA de dor, EVA de edema, CDAI e goniometria. Mas todas as variáveis melhoraram
no decorrer do tempo em ambos os grupos e particularmente no T0 houve melhora estatisticamente significante
em relação aos outros tempos para EVA de dor e edema e CDAI (todos com p<0.001). A goniometria do punho foi
estatisticamente diferente em alguns tempos e somente no grupo dose alta a melhora foi mantida no T12 (p<0.03).
Poucos efeitos colaterias e eventos relacionados foram relatados em ambos os grupos (p<0.05).
Discussão/ Conclusão: Dose alta de corticóide parece ser melhor para manter a melhora da goniometria de punho.
Infiltração intra-articular tem boa reposta no tratamento de dor e edema em pacientes com AR e também melhora
o CDAI independente da dose.
Referências: American College of Rheumatology Subcommittee on Rheumatoid Arthritis Guidelines: Guidelines
for the management of rheumatoid arthritis. Arthitis Rheum;46:328-46, 2002; Thiele K et al. Current use of
glucocorticoids in patients with rheumatoid arthritis in Germany. Arthritis Rheum ;53:740-747, 2005; Habib GS et al.
Local effects of intra-articular corticosteroids. Clin Rheumatol;29:347–356, 2010.
CO.15 - COMPARAÇÃO DA EFETIVIDADE DOS EXERCÍCIOS PRATICADOS DENTRO E FORA DA ÁGUA SOBRE A
FORÇA MUSCULAR ISOCINÉTICA DE MEMBROS INFERIORES EM MULHERES COM ARTRITE REUMATÓIDE:
UM ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO, CONTROLADO, COM 16 SEMANAS DE INTERVENÇÃO (THE HYDRA
TRIAL). Siqueira US1, Orsini LG1, Mello MT2, Szejnfeld VL1, Pinheiro MM1 - 1Unifesp/ EPM - Reumatologia, 2Unifesp/
EPM - Psicobiologia
Introdução: Ainda existem muitas controvérsias sobre a prescrição de atividade física em pacientes com artrite
reumatóide (AR), sobretudo pelas limitações e maior risco de lesão em articulações cronicamente inflamadas.
Além disso, pouco é sabido se os exercícios realizados dentro do ambiente aquático e sem o uso concomitante de
equipamentos de sobrecarga são suficientes para promover ganho de força muscular (FM).
Objetivos: Comparar o pico de torque dos músculos flexores e extensores de joelhos entre exercícios realizados
dentro e fora d’água, após intervenção de 16 semanas, em mulheres com AR, bem como verificar mudanças da
atividade de doença, capacidade funcional e composição corporal entre as intervenções.
Pacientes e Métodos: Um total de 133 mulheres com AR (ACR, 1987), de 40 a 65 anos de idade, foram incluídas
nesse ensaio clínico controlado, randômico, cego e prospectivo com duração de 16 semanas. Pacientes com atividade
intensa da doença (DAS28>5,2) e com classe funcional III e IV não foram incluídas. Programa de reabilitação ou
atividade física nos três meses antes da randomização não foi permitido. Indivíduos com problemas circulatórios,
úlceras em membros inferiores ou outras lesões de pele não tratadas foram excluídas. Aptidão cardiorrespiratória
foi avaliada após teste ergoespirométrico e exame cardiológico. Três grupos foram randomizados [GA – água (N=33)
e GS – solo (N=33) para execução de exercícios dentro e fora d’água, respectivamente, e GC – controles (N=34),
sem qualquer atividade física] e avaliados em três momentos: antes da randomização (T0), após oito (T8) e 16
(T16) semanas de intervenção. A FM foi medida com o dinamômetro isocinético (Biodex® Multi-Joint System3).
A atividade da doença e a capacidade funcional foram mensuradas pelo mesmo reumatologista, com o auxílio
do DAS28 e do HAQ, respectivamente. Densitometria óssea (DXA) de corpo total foi usada para avaliação da
composição corporal tricompartimental. A intervenção foi realizada três vezes por semana, durante 16 semanas
consecutivas, totalizando 48 sessões, por um profissional de educação física. Os dados foram analisados por meio
da intenção de tratar (ITT). Foi utilizado o nível de significância p<0,05.
Resultados: Das 133 pacientes recrutadas, 100 foram randomizadas e 82 completaram o estudo. Na primeira
avaliação, os três grupos estavam homogeneizados para idade, composição corporal, capacidade funcional, FM
e medicações concomitantes. Após 16 semanas de intervenção, não houve mudança significativa da FM dos
extensores e flexores de ambos os joelhos nem da composição corporal entre os três grupos. Houve melhora
significativa da atividade da doença e da capacidade funcional no GA após 8 e 16 semanas. Não houve mudança das
doses das medicações concomitantes, incluindo metotrexato, leflunomida e corticosteróides, ao longo do ensaio
clínico. O GA apresentou menor consumo de anti-inflamatórios não hormonais após 8 semanas. Verificou-se que o
GA apresentou significantemente melhor adesão à intervenção e menor relato de eventos adversos do que o GS ou
GC em 16 semanas. Dezoito pacientes (18%) foram descontinuados do estudo e o principal motivo foi a baixa adesão
ao programa de exercícios, especialmente no GS.
Conclusão: O programa de exercícios físicos praticados dentro d’água proporcionou melhora significativa da
atividade da doença e a capacidade funcional em mulheres com AR de longa evolução. No entanto, não promoveu
incremento significativo da força muscular ou modificações da composição corporal. Assim, somente a resistência
20
XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
APRESENTAÇÕES ORAIS
da água, sem sobrecarga adicional, não foi suficiente para aumentar significativamente a força muscular de flexores
e extensores de joelhos.
CO.16 - AVALIAÇÃO DA MARCHA EM PACIENTES COM ARTRITE REUMATÓIDE ATRAVÉS DA BAROPODOMETRIA.
Moreira E1, Jones A1, Oliveira HAV1, Jennings F1, Natour J1 - 1Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP
Introdução: A artrite reumatóide (AR) é uma doença auto-imune de etiologia desconhecida, caracterizada por
poliartrite periférica e simétrica que pode resultar redução da função e incapacidade. Alterações na marcha são um
problema comum em pacientes com AR. O comprometimento da marcha e da mobilidade estão associadas a dor
e deformidade do pé. Atualmente, não existe estudos que avaliam a marcha de indivíduos com artrite reumatóide
utilizando baropodômetro FootWalk Pro.
Objetivo: Avaliar variáveis da marcha em pacientes com artrite reumatóide com dores nos pés através da
baropodometria.
Métodos: Foram incluídos oitenta pacientes do gênero feminino com diagnóstico estabelecido de AR, com idade
entre 18 e 65 anos (52,72 ± 8,19 anos); dor nos pés variando de 4 a 8 cm em uma escala numérica de dor. Pacientes
com outras doenças musculoesqueléticas em MMII sintomáticas; doenças do SNC e SNP; DM; não deambulação
foram excluídos. Foi realizado avaliação de dor (EVA), função em AR (HAQ), função do pé (FFI), e o teste de
caminhada de seis minutos. A análise da marcha foi realizada utilizando um sistema de baropodometria AM Cube
Programa FootWalk Pro. Os pacientes foram estratificados em relação à função através do escore total do Health
Assessment Questionnaire (HAQ) em três grupos: Grupo 1: escore HAQ= 0-1,0; Grupo 2: escore HAQ= 1,1-2,0 e Grupo
3: escore HAQ= 2,1-3 para avaliar a correlação da função com parâmetros clínicos e da marcha.
Resultados: Os pacientes apresentavam tempo de doença 12,38(7,82) anos, e com tempo de diagnóstico em média
11,09(7,69) anos, e IMC 26,24(4,82). Destes pacientes, 86,25% pertenciam a classe funcional I e 13,75% classe funcional
II, 65% faziam uso de drogas anti-reumáticas modificadoras da doença (DMARD) e 35% faziam uso de biológicos. Os
dados analisados foram apresentados em média e desvio padrão como pode ser observado na tabela 1.
Tabela 1 – Parâmetros clínicos e da baropodometria e correlações com HAQ
Parâmetros
HAQ (0a 1)
HAQ
1.29 (0.52)
-EVA_pé_direito
6.94 (1.16)
0,39 *
EVA_pé_esquerdo
6.61 (1.48)
0,32
FFI
55.21 (16.44)
0,46 *
TC6’
352.31 (75.07)
-0,25
Baropodometria
Velocidade média_pé_D
0.25 (0.06)
0,11
Velocidade média_pé_E
0.24 (0.04)
0,02
Tempo_passo
4.58 (1.86)
0,21
Cadencia
1.19(0.23)
-0,14
Pressão média estática
1.39(0.30)
-0,18
Superficie de força corporal
4.40 (5.32)
-0,09
Superficie de força corporal _pé_D
2.53 (3.62)
-0,21
Superficie de força corporal _pé_E
1.86 (1.91)
0,28
Oscilação corporal_plano frontal
0.81 (0.79)
-0,48 **
Oscilação corporal_plano sagital
3.08 (1.57)
0,06
* Correlation is significant (p < 0.05) level; ** Correlation is significant (p < 0.01)
Correlações
HAQ (1,1 a 2)
--0,09
-0,05
-0,04
-0,35 *
HAQ (2,1 a 3)
-0,11
0,22
0.12
0.12 *
-0,01
-0,13
-0,43 *
0,16
-0,22
0,28
0,25
-0,01
0,19
0,13
-0,32
-0,36
0,31
-0,16
-0,22
0,4 *
0,37 *
0,09
0,45 *
-0,14
Conclusão: Pacientes com função moderada e ruim pelo HAQ apresentam correlação moderada com teste funcional
de caminhada do que com questionários de dor e função do pé que se correlacionam com pacientes com melhor
função. Além disto, pacientes com pior função apresentam mais correlações com os parâmetros da baropodometria.
Este trabalho foi realizado com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP.
21
XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
APRESENTAÇÕES ORAIS
CO.17 - ENGRAFTMENT OF PERIPHERAL BLOOD MONONUCLEAR CELLS FROM SYSTEMIC LUPUS
ERYTHEMATOSUS AND ANTIPHOSPHOLIPID SYNDROME PATIENT DONORS INTO BALB-RAG-2–/–IL-2RΓ–/–
MICE : A PROMISING MODEL FOR STUDYING HUMAN DISEASE. DA1, PBR2, MV2, XQ2, GP2, JES2, GCK2 - 1Hospital
das Clinicas da Universidade de Sao Paulo - Reumatologia, 2Hospital for Special Surgery - Division of Rheumatology
Objective: To construct a humanized mouse model of systemic lupus erythematosus (SLE) that resembles the
human disease in order to define the pathophysiology and targets for treatments.
Methods: We infused peripheral blood mononuclear cells (PBMCs) from SLE patients into BALB RAG-2–/–IL-2Rγ–/–
double-knockout (DKO) mice, which lack T cells, B cells, and natural killer cells. PBMCs from 5 SLE patients and
4 normal donors were infused intravenously/intraperitoneally at a density of 3–5 X106 cells per animal into nonirradiated 4–5-week-old mice. We evaluated the engraftment of human CD45 +cells and monitored the plasma
levels of human IgG, anti–double-stranded DNA (anti-dsDNA) antibody, and anticardiolipin antibody (aCL), as well
as proteinuria and kidney histology.
Results: There was 100% successful engraftment in 40 DKO mice infused with human PBMCs. In the PBMC fraction
from SLE PBMC–infused DKO (SLEDKO)mice and normal donor PBMC–infused DKO(ND-DKO) mice, an average of
41% and 53% humanCD45 +cells, respectively, were observed at 4 weeks postengraftment, with 70–90% CD3+cells.
There were fewer CD3+CD4+ cells (mean ± SEM 5.5 ± 2.1%) and more CD3+CD8+cells (79.4 ±3.6%) in the SLE-DKO
mice as in the SLE patients from which the PBMCs were derived. CD19+ B cells and CD11c+ monocytic cells were found
in the spleen, lung, liver, and bone marrow. There was no significant difference in plasma levels of human IgG and
anti-dsDNA antibodies between SLEDKO and ND-DKO mice. Levels of aCL were significantly higher in all SLE-DKO
mice infused with PBMCs from an SLE patient who had high titers of aCL. SLE-DKO mice had proteinuria, human
IgG deposits in the kidneys, and a shorter life span. In SLE-DKO mice engrafted with PBMCs from the aCL-positive
patient,we found microthrombi and infiltration of CD3+,CD8+, and CD19+cells in the glomeruli, recapitulating the
human antiphospholipid syndrome in these mice.
Conclusion: We established a novel humanized SLE-DKO mouse exhibiting many of the immunologic and clinical
features of human SLE.
Supported in part by the National Council of Technological and Scientific Development of Brazil (grant 200591/2008
to Dr.Andrade), the NIH (grant R01-AR-038889 to Dr. Salmon), and the Mary Kirkland Center for Lupus Research.
CO.18 - INCREASED RELATIVE EXPRESSION OF THE INTERFERON-RESPONSIVE GENE MX1 IS PRESENT IN
PREGNANT SLE PATIENTS AND MAY DISTINGUISH SLE PATIENTS PRONE TO HAVE PREECLAMPSIA. Andrade
DCO1, GCK2, PBR2, KAK2, MK2, MKC2, JES2 - 1Faculdade de Medicina da USP - Reumatologia, 2Hospital for Special
Surgery - Division of Rheumatology
Purpose: Type I IFN (IFN-I) contributes to the pathogenesis of SLE. Elevated levels of IFN-I stimulated genes have
been associated with increased disease activity. That IFN-α has anti-angiogenic effects raises the possibility that
it may be deleterious for developing placenta in pregnant SLE patients. We hypothesized that MX1 (myxoma
resistance protein 1), an IFN -I responsive gene, could be used as a single gene to determine the presence of IFN
signature and predict outcomes in pregnant lupus patients.
Methods: We performed a nested case-control study of SLE patients in the PROMISSE Study- Predictors of
Pregnancy Outcome: Biomarkers In Antiphospholipid Antibody Syndrome and Systemic Lupus Erythematosus.
Patients met ACR criteria for SLE. Exclusions were: prednisone >20mg, proteinuria >1gm/24 hr and creatinine >1.2
mg/dl. Each month, beginning at <12 wks gestation, SLEPDAI was measured and blood was collected. Poor pregnancy
outcome was defined as: fetal death >12 wks; placental insufficiency or preeclampsia (PE), severe IUGR or severe
hypertension and happened most often by 28-31 weeks of gestation (WG). Each of 28 patients with SLE and poor
pregnancy outcomes were matched 1:1:1 by age and ethnicity to an SLE patient with an uncomplicated pregnancy
and a healthy pregnant control. Serum samples from 3 matched pregnancies were assayed simultaneously for
IFN-α activity using a reporter cell assay. Real-time quantitative polymerase chain reaction was used to determine
the RE of MX1 from samples obtained each month. To assess IFN-α activity in non-autoimmune patients destined
for PE, we examined RE of MX1 through pregnancy in 11 healthy patients who developed PE and compared values
to patients with SLE and PE as a pregnancy outcome. All analyses for Relative Expression (RE) of MX1 were done
before the outcome at 8-27 WG.
Results: In early pregnancy, RE of MX1 was higher in SLE patients with outcome than controls (p=0.0058). Patients
were stratified according to outcomes. SLE patients with PE showed higher levels of RE MX1 than controls,
(p=0.0066) and than SLE patients with other outcomes than PE (p=0.0456). There was also a trend when SLE
patients with PE were compared to patients with no poor outcome (p=0.0648). No correlation between SLEPDAIs
and RE MX1 were oberseved before the outcome. RE of MX1 was not different in patients who were positive for
22
XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
APRESENTAÇÕES ORAIS
anti-Ro. Hydroxychloroquine use was also not associated with decreased expression of RE MX1 (p=0.529). SLE
patients with PE showed higher RE MX1 compared to non-autoimmune patients with PE (p=0.0002).
Conclusions: RE of MX1 may be used as a single gene to detect the IFN signature in pregnant SLE patients.
Pregnancy does not abrogate induction of IFN-α genes. Our data show that PE, in and of itself, is not associated
with increased IFN-α, and that high levels of RE of MX1 may help to predict among SLE patients who will develop
PE as poor outcome.
Supported in part by the National Council of Technological and Scientific Development of Brazil (grant 200591/2008
to Dr.Andrade), the NIH (grant R01-AR-038889 to Dr. Salmon), and the Mary Kirkland Center for Lupus Research.
CO.19 - ASPECTS OF INNATE IMMUNITY IN BEHÇET´S DISEASE: A MODEL OF AUTOINFLAMMATORY DISEASE?
Perazzio SF1, Soeiro-Pereira PV2, Silva de Souza, AW1, Condino-Neto A2, Andrade LEC3 - 1UNIFESP - Reumatologia,
USP - Laboratório de Imunologia Humana - ICB IV, 3UNIFESP/Fleury Medicina e Saúde - Reumatologia
Introduction: Behçet’s disease (BD) is a systemic vasculitis of unknown etiopathogenesis. Increased neutrophil
activation has been previously shown in BD patients and it is unclear whether neutrophil activation occurs
constitutively or if it is secondary to a yet unknown stimulus. Nor is it determined if PMN hyper-activated status is
induced by some serum or tissue soluble factor. The hypersensitivity to antigens of Streptococcus sanguinis suggests
that infectious agents may play a role in BD pathogenesis. Recently, because of physiopathogenic similarities with
autoinflammatory syndromes, it has been postulated that BD may be also part of this category. However, as there
are few studies of immunology in this condition, we decided to study the changes of PMN and monocytes in BD.
Purpose: to assess various aspects of cellular activation in neutrophils and PBMC of patients with active and
inactive BD.
Materials and methods: four study groups (n = 30 persons/group) were analyzed: active BD (aBD), inactive BD
(iBD); septic patients (SP); healthy controls (HC). BD activity will be established as BR-BDCAFs score >= 2. Flow
cytometry analysis will evaluate phagocytosis of zymosan particles, Stretococcus pneumoniae and Candida albicans
and the oxidative metabolism before and after stimulation with phorbol myristate acetate. The shedding of CD62L
will be determined after stimulation of TLR-2, -3, -4, -5, -7. The microbicidal activity against Streptococcus and
Candida will be determined by means of MTT reduction and absorbance read by ELISA. The supernatants PBMC
cultures with TLR or pathogens stimuli will be used for determination of TNFa, IFNg, IL-12p70, IL-23, IL-6 and IL-10
by ELISA. The supernatants PMN cultures with PMA, LPS or pathogens stimuli will be used for determination of
IL-1β and IL-8. Statistical analysis will be made with the Student’s t test for continuous variables and with Chi-square
test for qualitative variables.
Partial Results: Up to date, we included 17 aBD, 26 iBD, 10 SP and 10 HC. There was no difference in medication use
between aBD and iBD. Phagocytosis, microbial killing activity and oxidative burst assays in PMN and monocytes
showed no difference. The activated monocyte index of shedding assay showed higher activation by TLR3 in iBD
(31±28%, p=0.022) and aBD (27±20%, p=0.029) than in SP (3.4±25%). In contrast, there activation by TLR7 was
lower in iBD (27±23%, p=0.022) and aBD (32±27%, p=0.029) than in SP (74±39%). BD monocytes did not differ from
HC monocytes regarding activation via TLR stimuli. Neutrophils from aBD produced less IL-1β after stimulus with S.
pneumoniae (68±61 pg/mL) than HC (273±174 pg/mL, p=0.05) and showed a trend for lower values comparing to
iBD (175±93 pg/mL, p=0.076). There was no difference in the production rate of other cytokines.
Conclusions and Perspectives: These preliminary results showed that phagocytes in BD are not constitutively
activated. This negative evidence suggests that the marked involvement of neutrophils in BD pathophysiology
may be caused by some kind of disease stimuli produced by other cells. Previous studies already demonstrated
that BD serum is able to induce functional alterations in normal neutrophils. Thence, further studies should
address proteomic analyses of the serum and targeted tissue samples in an attempt to identify possible metabolic
pathways involved in neutrophil activation in BD.
2
CO.20 - ALPHA-MELANOCYTE STIMULATING HORMONE ANALOGUE: BENEFICIAL EFFECT IN MURINE LUPUS
ACTIVITY. Botte, DA, Noronha,IL2, Malheiros,D, BORBA, E.F1, Mello, SBV1 - 1Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo - Department of Internal Medicine, Rheumatology Division, 2Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo - Department of Internal Medicine, Nephrology Division
Introduction: α-MSH is a 13-amino-acid peptide hormone originated from ACTH, produced by multiple cells
including pituitary, skin, endothelial and immune cells (Getting, 2002). Although originally discovered in the
pituitary gland and named for its effects on skin-darkening effect in amphibians, more recent studies revealed
that α-MSH participates in the control of food intake and body weight and possess a potent anti-inflammatory and
23
XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
APRESENTAÇÕES ORAIS
immunomodulatory properties, since α-MSH acts downregulating pro-inflammatory molecules (IFN-g, TNFα, IL1β,
IL-6 and nitric oxide levels) and also blocks leukocyte migration to the site of vascular inflammation (Catania et al.,
2010). α-MSH has been demonstrated to reduce delayed-type hypersensitivity responses in the skin, and to inhibit
the development of several experimental autoimmune models, such as rheumatoid arthritis, inflammatory bowel
disease, uveitis, encephalomyelitis, oophoritis, and contact hypersensitivity (Brzoska et al., 2008).
OBJECTIVE: In this study we used the super analogue NDP-MSH to evaluate the participation of α-MSH in an
experimental systemic lupus erythematosus since there is no data of its effect in this disease.
Methods: Lupus-like model was induced in Balb/cAn mices by an intraperitoneal injection of a single dose of 500 μl
of pristane oil. After SLE induction, animals were daily treated with the MSH analog (Nle4, DPhe7-α-MSH, 1.25 mg/
Kg/day ip.) or saline 0.9%. After 6 month of SLE induction, animals were sacrificed and the following parameters
were evaluated: serum IgG isotypes and antinuclear antibodies (ANA), arthritis and glomerular lesion.
Results: SLE animals presented increase in IgG1, 2a, 2b and 3 subtypes and ANA positivity. Arthritis and glomerular
lesion score were increased when compared with normal animals (table). The treatment of SLE animal with α-MSH
promoted a reduction of seric IgG subtypes, as well as of ANA positivity. The arthritis score was 70% reduced. SLE
animals treated with α-MSH showed a reduction of 20% of glomerular cellularity and 50% reduction of glomerular
lesion scores (table), interstitial lesions was not demonstrated.
Groups
n
Normal
5
SLE
5
SLE+MSH
10
*P<0.05 vs. SLE values
ANA positivity
0/5
5/5
3/10*
Arthritis score
0
5.2 ± 1.2
1.6 ± 0.5*
Glomerular cellularity
26.1 ± 0.9
39.8 ± 1.1
32.1 ± 0.6*
Glomerular lesion score
0.6 ± 0.24
1.8 ± 0.2
0.9 ± 0.23*
Conclusion: Our results suggest, for the first time, that the use of the α-MSH analog ameliorates the disease
activity in an experimental model of lupus and seems to be a promising drug for treating SLE.
Brzoska, T., et al. Endocr Rev. 29: 581. 2008.
Catania, A., et al. ScientificWorldJournal. 10: 1840. 2010.
Getting, S. J. Trends Pharmacol Sci. 23: 447. 2002.
# Supported by Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) and Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
CO.21 - OVEREXPRESSION OF ANKYRIN REPEAT DOMAIN CONTAINING PROTEIN 1 GENE (ANKRD1) IN
DERMATOMYOSITIS MUSCLE BIOPSIES IS CORRELATED TO HYPOXIA AND PERIFASCICULAR ATROPHY. Shinjo
SK1, Oba-Shinjo SM2, Uno M2, Marie SKN2 - 1FMUSP - Reumatologia, 2FMUSP - Neurologia
Introduction: ANKRD1 codes for ankyrin repeat domain containing protein 1, which belongs to the muscle ankyrin
repeat protein family involved in a mechano-signaling pathway that links myofibrillar stress response to muscle
gene expression. In addition, ANKRD1 has an important role in transcriptional regulation, myofibrillar assembly,
cardiogenesis, myogenesis and also possibly in angiogenesis. Microvasculopathy is considered as a cornerstone and
early pathological change in dermatomyositis (DM), leading to hypoxia, capillary necrosis and muscle perifascicular
atrophy. These alterations could upregulate genes involved in myogenesis and angiogenesis like ANKRD1.
Objetives: To analyze ANKRD1 expression in muscle biopsies of DM patients and to correlate with other hypoxia
parameters.
Materials and Methods: RNA was extracted from frozen muscle biopsies samples of 30 untreated adult DM
patients (Bohan and Peter’s criteria, 1975). As a control group, we analyzed 20 muscle biopsies with no histological
change from untreated adult patients with non-inflammatory myopathy diseases. The gene coding for hypoxiainducible factor 1, alpha subunit (HIF1A) was analyzed to estimate hypoxia degree. The ANKRD1 and HIF1A transcript
expression levels were determined by quantitative real time PCR using Sybr Green method. Perifascicular atrophy
was analyzed histologically by semi-quantitative method of HE stained biopsies.
Results: Higher ANKRD1 and HIF1A expressions levels were observed in DM relative to control group (P<0.001 and
p<0.001). In addition, the expressions levels of both genes were correlated (r=0.703, P=0.001) and also correlated
positively to perifascicular atrophy (r=0.420, P=0.023 and r=0.404, p=0.030, respectively). However, ANKRD1 and
HIF1A expression levels did not correlate to demographic, clinical and laboratory features (P>0.05).
Conclusion: Our results demonstrated ANKRD1 overexpression in DM, correlating to HIF1A and perifascicular
atrophy. ANKRD1 involvement in myogenesis and angiogenesis mechanism will be further investigated.
24
XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
APRESENTAÇÕES ORAIS
CO.22 - COLÁGENO V: NOVO MÉTODO PARA DIFERENCIAÇÃO CONDROCITÁRIA EM CULTURA DE CÉLULAS
TRONCO MESENQUIMAIS DO TECIDO ADIPOSO DE COELHOS. Brindo da Cruz IC1, Velosa APP1, Carrasco S1,
Goldenstein-Schainberg C1, Pompeu E2, Fuller R1, Teodoro WR1 - 1Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo - Reumatologia, 2Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - Centro de Bioterismo
Introdução: Osteoartrite (OA) é a doença articular mais prevalente do homem, entretanto os tratamentos
atualmente disponíveis são ainda pouco eficazes. A reparação tecidual pela promoção da diferenciação seletiva
de células tronco mesenquimais (CTMs) em condrócitos pode se constituir numa nova e promissora estratégia de
tratamento. Os métodos atualmente disponíveis para esse processo ainda apresentam limitações significativas
tais como a desdiferenciação dos condrócitos que são fenotipicamente e funcionalmente menos competentes na
produção de uma matriz normal. Sabe-se que o colágeno dos tipos V e XI (COLV e COLXI, respectivamente) atuam na
regulação do diâmetro das fibras e nas interações matriz-célula. Entretanto sua potencial influência na modulação
da diferenciação de CTMs em condrócitos nunca foi investigada anteriormente.
Objetivo: A proposta deste estudo foi avaliar a influência do COLV e COLXI na condrogênese de CTMs provenientes
do tecido adiposo de coelho.
Materiais e Métodos: As CTMs foram obtidas de tecido adiposo de coelhos (n=2) da linhagem Nova Zelândia
(Machos, com peso aproximado de 2300g e idade média de 2 meses) (CAPPesq 028/11) e isoladas usando liberase
(Roche Diagnostics GmbH, Mannheim; Germany) 12,5 mg/mL. O COLV foi obtido de placenta humana (CAPPesq028/11) e o COLXI de traquéia bovina. Foram adicionados os COLV, COLXI e COLV/XI na titulação de 1: 50 na cultura
de CTMs durante 72h. Após quatro semanas foram feitas lamínulas e lâminas (com pellet) e imunomarcação para
colágenos I, II, III, CD34 e vimentina e histoquímica para Picrosírius, azul de toluidina e azul de Alcian em pH ácido
para avaliação do fenótipo celular e a síntese de moléculas da matriz extracelular.
Resultados: Em cultura estimulada com COLV os proteoglicanos e colágeno foram demonstrados pela birrefringência
na coloração de Picrosírius analisada em microscópio sob luz polarizada, confirmando a expressão de colágeno. A
positividade para colágeno II confirmou a diferenciação em fenótipo condrocitário, o que não ocorreu com o estímulo
de COLXI e COLV/XI, visto que nestes houve a expressão de colágeno I e III.
Conclusão: Os resultados demonstram que apesar da semelhança química e estrutural dos colágenos V e XI, sua
ação modulatória sobre as CTMs in vitro é diferente. O COLV apresenta ação efetora na diferenciação das CTMs
em fenótipo condrocitário, caracterizado pela expressão aumentada de colágeno II, enquanto o COL XI influencia
a expressão de colágenos de reparação fibrótica. Estes resultados são inéditos e abrem perspectiva para um novo
método para a promoção da diferenciação das CTMs visando o tratamento da OA.
Apoio Financeiro: Fapesp-2010/17824-8, Federic Foundation Grants, HCFMUSP.
CO.23 - LUPUS ANTICOAGULANT: A MARKER FOR STROKE AND VENOUS THROMBOSIS IN PRIMARY
SJÖGREN’S SYNDROME. PASOTO SG1, Chakkour HP1, Natalino RR1, Viana VST1, Bueno C1, Lianza AC2, Andrade
JL2, Levy Neto M1, Fuller R1, Bonfa E1 - 1Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo (USP) - Rheumatology, 2Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP)
- Echocardiography
Background: Antiphospholipid antibodies (aPL) and antiphospholipid syndrome (APS) have been described in
primary Sjögren’s syndrome (pSS) with controversial findings regarding aPL prevalence and their association with
thrombotic events.
Methods: We evaluated 100 consecutive pSS patients (American-European criteria) and 89 age-, genderand ethnicity-matched healthy controls for IgG/IgM anticardiolipin (aCL), IgG/IgM anti-beta2-glycoprotein-I
(aβ2GPI) and lupus anticoagulant (LA) (positivity according to APS Sydney’s criteria). Clinical analysis followed
a standardized interview, physical examination and review of medical records, assessing thrombotic and nonthrombotic APS manifestations and thrombosis risk factors. In addition, all patients underwent electrocardiography
and echocardiography in order to exclude cardiac causes for thromboembolic events, such as heart failure,
tachyarrhythmia and thrombi in cardiac cavities.
Results: aPL were detected in 16% patients and 5.6% controls (p= 0.035). LA was the most common aPL in
patients (9%), followed by aβ2GPI (5%) and aCL (4%). Thrombotic events occurred in five patients [(stroke in two,
myocardial infarction in one and deep-vein thrombosis (DVT) in four], but in none of controls (p= 0.061). Of note,
mean age at time of stroke was 35 years. Three patients with thrombotic events (including the two with stroke) had
APS (Sydney’s criteria) and were positive exclusively for LA. In this regard, the diagnosis of APS was significantly
associated with the presence of the LA (3/9 vs. 0/91, p= 0.001). Additionaly, cardiac evaluation of the three patients
with APS revealed the presence of sinus rhythm, normal heart function and absence of enlarged heart chambers or
thrombi in cardiac cavities. Comparison of patients with (n= 16) and without (n= 84) aPL revealed similar mean age
25
XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
APRESENTAÇÕES ORAIS
(48.0 +- 11.0 vs. 47.6 +- 10.9 years, p= 0.886), female predominance (93.8 vs. 97.6%, p= 0.411), ethnicity (white: 53.3
vs. 69.1%, p= 0.387) and disease duration (7.5 +- 5.6 vs. 8.7 +- 5.0 years, p= 0.394). Frequencies of livedo reticularis
(25 vs. 4.8%, p= 0.021), stroke (12.5 vs. 0%, p= 0.024), DVT (18.8 vs. 1.2%, p= 0.013) and increased activated
partial thromboplastin time (APTT) (12.5 vs. 0%, p= 0.024) were significantly higher in APL+ patients. Conversely,
frequencies of hypertension (p= 0.781), dyslipidemia (p= 0.512), diabetes mellitus (p= 1.000), obesity (p= 1.000),
smoking (p= 1.000), sedentarism (p= 1.000), hormonal contraception (p= 0.253) and hormone replacement therapy
(p= 0.296) were similar in patients with or without aPL.
Conclusion: Our study identified LA as an important marker for APS in pSS, particularly for stroke in young patients,
warranting a routine evaluation of these antibodies and a rigorous intervention in modifiable risk factors.
Suuport: FAPESP # 2010/10013-4, 2010/10017-0 to RRN and 2010/13463-0 to HPC.
CO.24 - EBV SEROLOGICAL REACTIVATION PROFILE IN PRIMARY SJÖGREN’S SYNDROME: A POSSIBLE
TRIGGER OF THE ACTIVE ARTICULAR INVOLVEMENT? PASOTO SG1, Natalino RR1, Chakkour HP1, Viana VST1,
Bueno C1, Leon EP1, Vendramini MBG1, Levy Neto M1, Bonfa E1 - 1Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (USP) - Rheumatology
Background: Antibody to Epstein-Barr virus (EBV) early antigen diffuse (anti-EA-D) is associated with viral
replication. However, their possible associations with clinical/therapeutic features in primary Sjögren’s syndrome
(pSS) were not established.
Objectives: To evaluate the EBV serological profile in pSS patients, considering the current glucocorticoid and
immunosuppressive treatments, organic affections and the disease activity score.
Methods: We evaluated 100 pSS patients (American-European Criteria) and 89 age/gender/ethnicity-matched
healthy controls. Disease activity was measured by EULAR Sjögren’s Syndrome Disease Activity Index (ESSDAI).
Serum antibodies to EBV (anti-VCA IgG/IgM, anti-EBNA-1 IgG and anti-EA-D IgG) were determined by ELISA.
Results: Patients and controls had comparable frequencies and mean levels of anti-VCA IgG (90 vs. 86.5%, p=
0.501; 2.6 +- 1.1 vs. 2.5 +- 1.1 AU/mL, p= 0.737) and anti-EBNA-1 IgG (92 vs. 94.4%, p= 0.576; 141.3 +- 69.8 vs. 135.6
+- 67.5 RU/mL, p= 0.464), with anti-VCA IgM uniformly negative. Noteworthy, higher frequency and increased mean
levels of anti-EA-D occurred in patients than controls (36 vs. 4.5%, p< 0.0001; 38.6 +- 57.4 vs. 7.9 +- 26.3 RU/
mL, p< 0.0001). Frequency of anti-EA-D positive (28.6 vs. 4.5%, p= 0.0001) and mean levels of this reactivity
(30.2 +- 51.5 vs. 7.9 +- 26.3 RU/mL, p= 0.0002) were also higher in pSS patients without any glucocorticoid and/or
immunosuppressive therapy (n= 49) than in healthy controls (n= 89), in spite of comparable age (p= 0.628), gender
(p= 1.000) and ethnicity (p= 1.000). Further analysis of pSS patients with (n= 36) and without (n= 64) anti-EA-D
revealed comparable age (47.8 +- 11.0 vs. 47.6 +-10.8 years, p= 0.925), gender (female: 100 vs. 95.3%, p= 0.551),
ethnical distribution (white: 66.7 vs. 67.2%, p= 1.000), disease duration (8.9 +- 5.4 vs. 8.3 +- 5.0 years, p= 0.578),
current prednisone dose (4.8 +- 6.9 vs. 5.1 +- 10.4 mg/day, p= 0.319), current uses of prednisone (52.8 vs. 37.5%, p=
0.148) and immunosuppressants (44.4 vs. 31.3%, p= 0.201). ESSDAI values were comparable (p= 0.102), but joint
activity (ESSDAI criteria) was more frequent (25 vs. 9.4%, p= 0.045) in anti-EA-D positive patients. Anti-EA-D
was not associated with anti-Ro-SSA (p= 1.000), anti-La-SSB (p= 0.652), rheumatoid factor (p= 1.000), anti-alphafodrin (p= 0.390) or antiphospholipid antibodies (p= 0.573), not suggesting cross-reactivity. Differently, anti-EBNA-1
was associated with anti-Ro-SSA (p= 0.023).
Conclusions: The finding of elevated serum levels of anti-EA-D antibody even in the absence of glucocorticoid or
immunosuppressive treatment suggests the involvement of EBV in the pathogenesis of pSS. In addition, the novel
association of anti-EA-D with joint activity raises the possibility that a subclinical EBV reactivation may trigger or
perpetuate the articular involvement in pSS.
Support: FAPESP #2010/10013-4, 2010/10017-0 and 2010/13463-0
CO.25 - IMUNOGENICIDADE E SEGURANÇA A LONGO PRAZO DA VACINA CONTRA INFLUENZA PANDÊMICA A/
H1N1 EM SÍNDROME DE SJÖGREN PRIMÁRIA. Pasoto SG1, Ribeiro ACM1, Viana VST1, Barbosa JA1, Bueno C1, LevyNeto M1, Bonfa E1 - 1USP - Reumatologia
Introdução: Apesar das recomendações da OMS sobre a vacinação contra influenza pandêmica A/H1N1, não há
estudos sobre sua influência nas manifestações clínicas e no perfil de autoanticorpos na síndrome de Sjögren
primária (pSS).
Objetivos: Avaliar a segurança a curto e longo prazo e a influência da vacina contra influenza pandêmica A/H1N1 nas
manifestações clínicas e no perfil da autoanticorpos na pSS.
Métodos: 36 pacientes com pSS e 36 controles saudáveis, pareados para sexo e idade, foram avaliados antes e
26
XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
APRESENTAÇÕES ORAIS
depois de 21 dias após a vacinação com a vacina sem adjuvante contra influenza pandêmica A/H1N1 em relação a:
seroproteção, seroconversão, fator de crescimento da média geométrica dos títulos (FI-GMT) e efeitos colaterais.
A incidência de parotidite, artrite, vasculite, pneumonite e de danos neurológicos foi avaliada 1 ano antes e 1 ano
após a vacinação. O perfil de autoanticorpos (FAN, FR, anti-dsDNA, Ro/SS-A/La/SS-B, anti-alfafodrina, anti-CCP,
anti-RNP/Sm e anticardiolipina) foi avaliado antes e 21 dias e 1 ano após a vacinação.
Resultados: Pacientes e controles tiveram taxas similares de seroconversão (78 vs. 69%, p=0,42), seroproteção (83 vs.
72%, p=0,26) and FI-GMT (p=0,85). A seroconvesão não foi afetada pela duração da doença, uso de corticoide (dose
media <10mg/d), metotrexato ou azatioprina (p>0,05). A positividade do FAN foi mais frequente em pacientes que
seroconverteram (100 vs. 71%, p=0,042). Em relação aos efeitos colaterais de curto prazo (até 21 dias), apenas reações
leves foram observadas e foram comparáveis entre pacientes e controles (p>0,05). Após 1 ano de seguimento, a taxa
de novos surtos de doença foi semelhante à do ano anterior (11 vs.19%, p=0,51). Após 21 dias da vacinação, não houve
diferença na frequência ou títulos de autoanticorpos (p>0,05). Em relação à positivação de autoanticorpos após 1
ano, 5 pacientes positivaram para anti-Ro/SS-A/La/SS-B, anti-alfafodrina, anti-CCP e/ou anticardiolipina IgM. Houve
também aumento dos títulos totais de anti-Ro e anti-La (p<0,001) após 1 ano da vacinação.
Conclusão: Esse é o primeiro estudo que demostra segurança e imunogenicidade da vacina contra influenza
pandêmica A/H1N1 em pacientes com pSS. Mais estudos são necessários para avaliar o significado clínico das
alterações no perfil de autoanticorpos a longo prazo.
CO.26 - PARTICIPAÇÃO DA NEUROTROFINA “BRAIN DERIVED NEROTROPHIC FACTOR” NO LUPUS
ERITEMATOSO SISTÊMICO NEUROPSIQUIÁTRICO. Faleiros LM1, Oliveira R1, Frota ERC2, Donadi EA1, Del-Ben CM3,
Louzada P Jr1 - 1Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - Divisão de Imunologia
Clínica , 2Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais - Departamento de Medicina Interna ,
3
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - Divisão de Psiquiatria
Introdução: O lupus eritematoso sistêmico (LES) é uma desordem crônica, inflamatória, multissistêmica, do
tecido conectivo. O envolvimento do sistema nervoso no LES é muito freqüente, com prevalência variando entre
16,5 e 95%, dependendo dos critérios diagnósticos. O Brain-derived neurotrophic factor (BDNF) é importante no
desenvolvimento, sobrevivência e função dos neurônios mas participa também do sistema imunológico atuando
como um modulador de suas funções. Alterações no BDNF foram descritas em doenças neuropsiquiátricas, mas no
LES existem poucos estudos.
Objetivo: Avaliar se os níveis plasmáticos de BDNF se associam com a atividade da doença e com manifestações
neuropsiquiátricas graves do LES.
Materiais e Métodos: Foram avaliados 131 pacientes que preencheram os critérios do Colégio Americano
de Reumatologia para LES. Estes pacientes foram divididos segundo a presença ou não de manifestações
neuropsiquiátricas (NP) graves e segundo a atividade da doença, calculada através do SLEDAI (systemic lupus
erythematosus disease activity index). Foi considerado LES em atividade SLEDAI >5 e inatividade < 5. Foram
formados os grupos: LESNP ativo (n=40), LESNP inativo (n=26), LES não NP ativo (n=29), LES não NP inativo (n=36)
e grupo controle, com indivíduos saudáveis (n=24). Em 33 pacientes do grupo LESNP ativo, o BDNF foi quantificado
durante a atividade neuropsiquiátrica e após seu controle clínico. O sangue dos pacientes foi colhido pela manhã e o
plasma separado e estocado a – 70°C . O BDNF foi dosado por ELISA de acordo com o protocolo do fabricante (R&D
Systems, USA). A correlação dos valores de BDNF com o SLEDAI foi realizada através do coeficiente de Spearman.
Para comparar os níveis de BDNF entre os grupos foi utilizado o teste não paramétrico de Dunn e para o estudo
pareado foi utilizado o teste t pareado. Os resultados foram considerados significativos quando p < 0,05.
Resultados: A Correlação SLEDAI versus BDNF em todos os pacientes foi: r=-0,54; somente em pacientes com
LESNP r=-0,44 e somente pacientes com LES não NP r=-0,62, mostrando uma relação inversa entre SLEDAI e
BDNF. Os níveis de BDNF nos grupos LESNP ativo (média + DP 2910 pg/ml ±1580) e LES não NP ativo (média +
DP 2522 pg/ml ±1647) não tiveram diferença estatística em relação ao grupo controle (média + DP 1836 pg/ml
±1021) ( p>0,05), mas quando comparado com LESNP inativo (média + DP 4663 pg/ml ±1552) e LES não NP inativo
(média + DP 4885 pg/ml ±1649) foram significativamente menores (p<0,001). A presença ou não de manifestações
neuropsiquiátricas não influenciou os níveis de BDNF. O estudo prospectivo dos 33 pacientes com LESNP mostrou
aumento do BDNF em paralelo com a melhora dos sintomas neuropsiquiátricos (média + DP = 2954 pg/ml ±1555
versus 4038 pg/ml ±1938, p=0,007).
Conclusão: Existe uma correlação inversa entre níveis de BDNF e SLEDAI tornando o BDNF um possível biomarcador
da atividade do LES. Por outro lado, concluimos que os níveis de BDNF não se associam com a presença de
manifestações neuropsiquiátricas graves no LES.
27
XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
APRESENTAÇÕES ORAIS
CO.27 - ANTI-SACCHAROMYCES CEREVISAE ANTIBODIES (ASCA) IN ACTIVE BEHÇET’S DISEASE: A MARKER
OF INTESTINAL INVOLVEMENT? Prado LL1, Augusto KL1, Magalhães PF1, Vilma VT1, Saad CGS1, Goncalves CR1 Hospital das Clínicas da FMUSP - Reumatologia
Background: Behçet’s disease (BD) differentiation from inflammatory bowel diseases (IBD) based on clinical
features is challenging, especially concerning gastrointestinal and articular involvement, relatively common in
enteroartrhitis (EA). The presence of anti-Saccharomyces cerevisae antibodies (ASCA), a valid serological marker in
Crohn’s disease, has been controversially described in BD series. On the other hand, anti-neutrophilic cytoplasmatic
antibodies (ANCA) are found in systemic vasculitides and ulcerative colitis, but not in BD.
Objectives: To evaluate ASCA and ANCA prevalence in BD and its possible clinical associations compared to EA.
Methods: One-hundred and thirty patients were studied, 87 BD and 43 EA. All patients were interviewed by a
rheumatologist, according to a standard protocol,for clinical features and disease activity indexes [Brazilian BD
Current Activity Form (BR-BDCAF) for BD, Simple Clinical Colitis Activity Index (SCCAI) and Harvey-Bradshaw Index
(HBI) for EA]. Autoantibodies were detected by ASCA IgG and IgA ELISA tests and ANCA indirect immunofluorescence
assays. Results were expressed in means and standard deviations and all variables were compared using the
student’s t-test and Fisher’s exact test. Statistical significance was determined at p<0.05.
Results: The mean age (44.7 ±10.6 vs. 46.2 ±12.2 years, p=0.03) and female frequency (78% vs. 79%, p=1.00) of
BD and EA patients were comparable. ASCA prevalence in BD compared to EA was similar (33% vs. 30%, p=0.84),
regardless of analyzed subgroups (IgG or IgA). Of note, in further analysis ASCA prevalence in active BD (BR-BDCAF>
4) was increased in male patients (62% vs. 9%, p=0.03) and in those with gastrointestinal symptoms (61% vs. 27%,
p=0.04), whereas no association was observed with EA disease activity indexes. Lower ANCA prevalence was found
in BD compared to EA (6% vs. 32%, p<0.001).
Conclusions: ASCA seems to be a valid serological marker to discriminate in active BD a subset of male patients
and gastrointestinal involvement.
References: 1. Filik L, Biyikoglu I. Differentiation of Behcet’s disease from inflammatory bowel diseases:
anti- Saccharomyces cerevisiae antibody and anti-neutrophilic cytoplasmic antibody. World J Gastroenterol.
2008;14(47):7271.
1
CO.28 - GENETIC POLYMORPHISMS AT ARYL HYDROCARBON RECEPTOR ARE LINKED TO RHEUMATOID
ARTHRITIS DEVELOPMENT AND ACTIVITY - MOLECULAR MECHANISM OF SMOKING-INDUCED ARTHRITIS
ENHANCEMENT. Talbot J1, Peres RS2, Pinto LG1, Oliveira RDR3, Almedia SCL3, Silva JR2, França RFO2, Saraiva,
ALL1, Ferreira SH1, Cunha TM1, Liew FY4, Alves-Filho JC1, Ryffel B5, Cunha FQ1, Louzada-Junior P3 - 1USP - FMRP Farmacologia, 2USP - FMRP - Imunologia, 3USP - HCFMRP - Clínica Médica/Reumatologia, 4University of Glasgow
- Immunology, 5CNRS Orleans - Génétique Expérimentale et Moléculaire, Institut de Transgénose
Introduction: There are increasing evidences showing a possible convergence point between immune activation and
environmental factors. For instance, it was described that the prototypical autoimmune mastermind cell, the CD4+
lymphocyte subtype T helper 17 (Th17) express a cytoplasmic receptor, the AhR, which is responsible by detection of
xenobiotic and pollutants. Moreover, AhR activation seems to act as an important co-factor in Th17 activity and IL-17
production. AhR is a ligand-dependent transcription factor that is activated by a organic compounds as halogenated
aromatic hydrocarbons (HAHs) and the non-halogenated polycyclic aromatic hydrocarbons (PAHs). These compounds
are organic environmental pollutants and human exposure sources are smoke (eg. wood and tobacco) and herbi/
insecticides. Even more, genetic polymorphisms in AhR can change response to aryl hydrocarbon compounds.
AIM: The aim of this study was to evaluate the influence of AhR genetic polymorphisms (SNPs) in human RA
susceptibility and activity as well as the interaction between smoking and genetic variants in disease outcome.
Addly, using an experimental arthritis model, we accessed the mechanism by which AhR plays its role in arthritis
development.
Methods: This study was approved by HCFMRP/USP Human Ethics Committee (2981/2009) and FMRP/USP
Animal Ethics Committee (038/2009). We evaluated the distribution of two AhR SNPs in healthy individuals (129)
and in RA patients (138) by Real-Time PCR using TaqMan Probes. Experimental arthritis was accessed by mBSAinduced arthritis in C57BL/6 mice, AhR or IL-17RA genetic-deficient mice (AHRKO or IL-17RAKO). Mice were treated
i.p. with vehicle (PBS), AhR agonist FICZ or daily with AhR antagonist CH223191, or exposed to cigarette smoking on
a controlled smoking machine. To access experimental arthritis activity we accessed: a) Articular hypernociception;
b) articular histopathology; c) Th17 frequencies.
Results: We found an up-regulation of AhR mRNA expression in PBMC from RA patients. Genetic analysis showed
association between AhR SNPs and RA (OR 2.08, CI 95% 1.1-3.8). We also identified that one of these SNPs was
associated with higher Disease Activity Score (DAS). It has been described that these SNP confers a phenotype of
28
XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
APRESENTAÇÕES ORAIS
higher AhR activity. Then, our hypothesis was that enhancement of AhR activation could be related to enhancement
of RA. In experimental arthritis we identified that AhR activation enhances inflammation while AhR blockage or
deficiency reduces arthritis. The enhancement of arthritis was followed by increased Th17, while AhR blockage
was followed by Th17 reduction. AhR activation-induced arthritis enhancement was impaired in IL-17RAKO mice.
Considering that smoking is a strong RA risk factor and there are potent AhR agonists in smoke, we accessed the
effect of interaction between AhR SNPs and smoking on RA activity. We found that RA smokers carriers of the high
activity allele have higher DAS than carriers of normal activity allele. In a murine model of experimental arthritis, we
observed that inhibition of AhR signaling impaired smoking-induced arthritis enhancement.
Conclusion: Our data suggest that AhR could be associated with human rheumatoid arthritis by enhancement of
Th17/IL-17 signalling. Even more, our findings identified AhR as the mediator of smoke-induced arthritis enhancement
and suggest that smoke could contribute to arthritis activity by up-regulation of Th17 due direct AhR activation.
Financial Support: CNPq, FAPESP, CAPES and FAEPA.
CO.29 - BAIXOS NÍVEIS DE ESCLEROSTINA: PREDITOR DE PROCESSO INFLAMATÓRIO PERSISTENTE EM
PACIENTES COM ESPONDILITE ANQUILOSANTE SOB TERAPIA ANTI-TNF. Saad CGS1, Ribeiro ACM1, Moraes JCB1,
Takayama L1, Gonçalves CR1, Rodrigues MB2, de Oliveira RM3, Silva, CA4, Bonfa E1, Pereira RMR1 - 1Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo - Reumatologia, 2Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Radiologia, 3RDO Diagnósticos Médicos, São Paulo, 4Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - Unidade
de Reumatologia Pediátrica
Introdução: Baixas concentrações séricas de esclerostina foram descritos em pacientes com Espondilite
Anquilosante(EA) e associados com formação óssea. No entanto, não existem dados sobre a importância deste
inibidor da via de sinalização Wnt em pacientes com EA durante o tratamento com anti-TNF.
Objetivos: Avaliar os níveis séricos de esclerostina e sua associação com inflamação e densidade mineral óssea(DMO)
de pacientes com EA em tratamento com anti-TNF.
Métodos: 30 pacientes com EA em atividade foram avaliados no início, 6 (6M) e 12 meses (12M), após terapia antiTNF. 30 indivíduos saudáveis pareados por idade e sexo constituíram o grupo controle. Pacientes foram avaliados
por parâmetros clínicos (BASDAI, BASFI, BASMI, AsQol), marcadores inflamatórios (VHS, proteína C reativa e MMP3), dano radiológico (mSASSS). A DMO e as análises laboratoriais de esclerostina (ELISA-SCLEROSTIN; Biomédica)
e da ligação da esclerostina ao receptor LRP6 (recombinante LRP6-Fc quimera humana; Biomedica; R&D sistemas
e anticorpos anti-humana esclerostina biotinilado) foram analisados em pacientes e controles.
Resultados: Na avaliação inicial, pacientes com EA apresentavam menores concentrações séricas de
esclerostina(60,5±32,7 vs. 96,7±52,9 pmol/l, p=0,002) e níveis comparáveis de concentração da ligação da
esclerostina-LRP6, em relação aos controles (p=0,387). A DMO da coluna, colo do fêmur e fêmur total foram
semelhantes em ambos os grupos(p>0,05). Os pacientes apresentaram melhora clínica significativa (inicial vs.
6M vs.12M, p<0,01). Concomitantemente, observou-se aumento da DMO da coluna e redução dos marcadores
inflamatórios (inicial vs. 6M vs. 12M, p<0,001). A avaliação radiológica (mSASSS) dos pacientes com EA foi
correlacionada com DMO da coluna (r=0,61, p<0,001) no início do estudo. Os níveis de esclerostina aumentaram
progressivamente desde o início até 6M e 12M após o tratamento com anti-TNF (p<0,001) e este aumento foi
sustentado entre 6M e 12M desta terapia(p=0,024). Entretanto, após 12 meses de terapia anti-TNF as concentrações
séricas de esclerostina permaneceram significativamente mais baixos em relação aos controles (72,7±32,3 vs.
96,70±52,85 pmol/l, p=0,038). Além disso, aos 12 meses, os níveis séricos de esclerostina ficaram mais baixos
nos 10 pacientes que ainda apresentavam proteína C reativa elevada (PCR≥5mg/l) comparados aos pacientes que
apresentaram normalização dos níveis de PCR (p=0,004). Interessantemente, estes 10 pacientes com inflamação
persistente já apresentavam concentrações séricas mais baixos de esclerostina quando comparados aos demais
pacientes (p=,0023) antes do tratamento com anti-TNF.
Conclusão: Concentrações permanentemente baixas de esclerostina estão associados a inflamação persistente em
pacientes com EA tratados com terapia anti-TNF. Outros estudos são necessários para determinar se esta alteração
pode explicar o aumento ósseo com formação de sindesmófitos em pacientes com Espondilite Anquilosante sob
terapia anti-TNF.
CO.30 - CONDROGÊNESE A PARTIR DE CÉLULAS TRONCO DE LÍQUIDO AMNIÓTICO HUMANO ESTIMULADAS
COM TGF-B3 EM SISTEMA DE CULTURA DE MICROMASS. Bombini MF1, Andrade KC2, Pereira AHM3, Zuliani CC,
Coimbra IB - 1UNICAMP - Clínica Médica / FCM, 2UNICAMP - Medicina Fetal / FCM, 3UNICAMP - Fisiopatologia / FCM
A utilização de células tronco mesenquimais (CTM) para a reconstrução da cartilagem articular é uma promissora
29
XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
APRESENTAÇÕES ORAIS
alternativa terapêutica, devido à vulnerabilidade do tecido a lesões e processo degenerativo irreversível.
O objetivo deste estudo foi investigar o potencial condrogênico de CTM do líquido amniótico humano (CTM-LA) em
sistema de cultura de micromass (alta densidade celular) com TGF-β3 por 21 dias.
Métodos: O líquido amniótico (LA) foi obtido de mulheres submetidas à amniocentese durante o segundo trimestre
de gravidez. A indicação da amniocentese foi feita pela obstetrícia, conforme protocolo específico do serviço de
medicina fetal. Foram selecionadas células tronco mesenquimais, caracterizadas por citometria de fluxo. Estas
células foram expandidas para obter um número populacional para o desenvolvimento do micromass. O micromass
foi realizado em placa de cultura de 96 poços com fundo em “v”, em cada poço foi pipetado 10µl contendo 5x105
CTM-LA e meio para diferenciação condrogênica contendo TGF-β3. Esta condição se manteve por 21 dias, e então, o
potencial condrogênico foi avaliado pela presença da proteína do colágeno II avaliado por western blotting. Também
foi avaliada a expressão dos genes Sox-9, colágeno II e agrecano pela técnica da PCR em tempo real (qRT-PCR).
Comparamos CTM-LA em monocamada a CTM-LA submetidas ao sistema de cultura de micromass e como controle
positivo utilizamos a cartilagem adulta humana.
Resultados: Confirmamos o potencial condrogênico pela diferenciação das CTM-LA em condrócitos através da
expressão dos genes Sox-9, colágeno tipo II e agrecano, bem como a proteína do colágeno II. A expressão de Sox-9
em micromass foi significativamente maior do que na cartilagem adulta.
Conclusão: A condrogênese foi desenvolvida a partir da combinação de uma fonte de célula tronco recém descrita,
proveniente do líquido amniótico humano, com o sistema de cultura de micromass. Esta fonte apresentou alto
potencial condrogênico e dessa forma, fortes evidências para aplicações clínicas. Os resultados são promissores e
sugerem a possibilidade de investimentos em bancos de líquido amniótico.
Apoio CNPq.
Palavras-chave: cartilagem, condrogênese, células-tronco, líquido amniótico humano, micromass.
CO.31 - OPG GENE POLYMORPHISMS 1181G>C AND 245T>G ASSOCIATED WITH VERTEBRAL FRACTURES IN A
COMMUNITY-DWELLING ELDERLY: SAO PAULO AGEING HEALTHY STUDY (SPAH). Pereira RMR1, Caparbo FV1,
Matamouros SE1, Cha C C1, Lopes JB1, Figueiredo CP1, Castro I2, Oliveira RM3, Martinhago CD3, Onucchi2 - 1FMUSP Rheumatology, 2FMUSP - Nephrology, 3RDO Diagnosticos
Introduction: Osteoprotegerin (OPG), a secreted member of the tumor necrosis factor receptor family, is a potent
inhibitor of osteoclast activation and differentation. With this key role in the control of resorptive activity, OPG is a
candidate gene for genetic control of bone mass and fractures. Vertebral fractures have important clinical implication
for future fracture risk, including hip fractures and are associated with an increase of mortality in the following decades.
There are no studies analyzing OPG gene polymorphism in a Brazilian community-dwelling elderly.
Objective: To evaluate the OPG gene polymorphism and OPG serum levels and its association with vertebral
fractures in a Brazilian community-dwelling elderly
Material and methods: 815 elderly subjects (510 women and 305 men) living in São Paulo Brazil were genotyped
for the presence of OPG gene polymorphism 1181G>C (rs2073618), 245T>G (rs3134069), 163C>T (rs3102735), 209G>A
(rs3134070). OPG serum levels were measured by ELISA (Biomedica, Viena, Austria). Vertebral fractures (VF) were
evaluated at thoracic and lumbar spine radiographs using Genant´s semiquantitative methods (Grade 0 - no
fracture, Grade 1- reduction of 20-25% of anterior, mild and/or posterior height, Grade 2 - reduction of 26-40% in
any height; Grade 3 - reduction of over 40% in any height).
Results: Vertebral fractures were found in 32.9% of subjects (14.6% Grade 1, 14.5% Grade 2, 3.4% Grade 3).The
prevalence of genotypes containing the 1181 C allele (CG and CC) was lower in the in the group of patients with
vertebral fractures (Grade 2 or 3) compared to the group of subjects without vertebral fractures (Grade 0) (52.1 vs.
63.0%, p=0.017). Moreover, the frequency of the genotypes containing the 245 G allele (GC and GG) was higher in
the patients with vertebral fractures (Grade 2 or 3) comparing to patients with vertebral fractures (Grade 1) (22.6 vs.
12.2%, p=0.026). No difference was found regarding 163 C>T and 209G>A OPG polymorphisms and the presence of
vertebral fractures.
Concerning osteoprotegerin serum levels, all OPG gene polymorphisms studied did not influences these levels
(p>0.05).
Conclusion: Our data demonstrate that 1181 C is a protector allele against development of VF and 245 G allele
consists in a risk factor for the severity of VF development in a Brazilian community-dwelling elderly.
CO.32 - QUANTIFICAÇÃO DAS CÉLULAS PROGENITORAS ENDOTELIAIS E AVALIAÇÃO DE POSSÍVEL
CORRELAÇÃO COM ATIVIDADE DE DOENÇA EM PACIENTES COM ARTERITE DE TAKAYASU. Luiz S. G. Machado
30
XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
APRESENTAÇÕES ORAIS
(UNIFESP), Edgard T. dos Reis Neto (UNIFESP), patrícia Semedo (UNIFESP), Emilia I. Sato (UNIFESP).
Introdução: Arterite de Takayasu (AT) é uma vasculite granulomatosa crônica que acomete grandes vasos e
que cursa com aterosclerose precoce. A presença de lesões ateroscleróticas prematuras em outras doenças
inflamatórias crônicas, como no lúpus eritematoso sistêmico, é explicada, em parte, pela redução dos níveis de
células responsáveis pelo reparo do endotélio, denominadas células progenitoras endoteliais (EPCs).
Justificativa: Elaboramos a hipótese de que na AT as EPCs também poderiam estar envolvidas na fisiopatogenia da
aterosclerose. Considerando que não existem trabalhos avaliando as EPCs na AT realizamos este estudo.
Objetivo: a) avaliar o número das EPCs em pacientes com AT; b) avaliar os níveis de VEGF em pacientes com AT;
c) comparar os número das EPCs e níveis de VEGF entre pacientes com AT e controles saudáveis; d) verificar se há
associação entre número das EPCs, níveis de VEGF e atividade clínica e laboratorial da doença.
Pacientes e métodos: Participaram do estudo 30 pacientes com AT e 30 controles. Realizado a avaliação das EPCs
por citometria de fluxo e cultura de células e quantificação de VEGF por ELISA.
Resultados: Quando comparado os grupos controle e paciente não foram encontradas diferenças significativas
em relação à quantificação das EPCs tanto por cultura celular (grupo controle: 29,0 ± 17,3 UFCs e grupo paciente:
36,7 ± 27,0 UFCs. P: 0,473) como por citometria de fluxo (grupo controle: 0,538 ± 0,367% e grupo paciente: 0,660 ±
0,494%. P: 0,403), também não houve diferença na dosagem de VEGF (grupo controle: 287,0 ± 175,5 pg/ml e grupo
paciente: 369,8 ± 280,0 pg/ml. P: 0,460). Quando comparado pacientes sem atividade e com atividade da doença,
não foram encontradas diferenças significativas em relação à quantificação das EPCs tanto por cultura celular (sem
atividade: 37,8 ± 28,9 UFCs e com atividade: 34,2 ± 23,3 UFCs. P: 0,929) como por citometria de fluxo (sem atividade:
0,665 ± 0,530% e com atividade: 0,649 ± 0,427%. P: 0,929)., também não houve diferença na dosagem de VEGF
(sem atividade: 349,6 ± 266,7 pg/ml e com atividade: 416,8 ± 320,8 pg/ml. P: 0,657).
Conclusão: Não foi encontrada diferença significativa nas quantificações de EPCs em relação aos grupos controle
e paciente tanto pela cultura celular, como pela citometria de fluxo. A causa para não diferença pode ser explicada
através do balanço entre fatores, intrínsecos a arterite de Takayasu, que aumentam a concentração de EPCs com
fatores que a inibem. Dos fatores inibitórios mais relevante pode ser citado o estado inflamatório crônico da doença.
Em relação aos fatores estimulatórios, o mais importante a ser ressaltado é o estado isquêmico crônico observado na
AT. Também não foi encontrada diferença significativa nos níveis de VEGF em relação aos grupos controle e paciente,
novamente a explicação pode ser dada pelo balanço entre os dois diferentes estados crônicos citados acima.
31
XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
PÔSTERES
PT.01 - POLICONDRITE RECIDIVANTE ASSOCIADA À VASCULITE CUTÂNEA: RELATO DE CASO. Felicio PMN,
Starling LJ1, Macedo RBV, Silva MPGU - 1Santa Casa Belo Horizonte - Reumatologia
Introdução: A Policondrite Recidivante (PR) é uma doença rara de etiologia desconhecida que parece estar
relacionada à autoimunidade. Caracteriza-se por inflamação recorrente com destruição das cartilagens nasais,
auriculares, traqueais, laríngeas e articulares, além de manifestações sistêmicas (ocular, cardiovascular, renal,
neurológica e mucocutânea).
Objetivo: Descrever um caso de PR associada à vasculite cutânea de membros inferiores, uma manifestação atípica.
Relato do caso: Mulher branca de 33 anos iniciou quadro de inflamação de pavilhões auriculares, poupando lóbulos,
há dois anos, com posterior acometimento da cartilagem nasal e deformidade em sela. Laboratório demonstrava
aumento de VHS e PCR, leucocitose e ANCA negativo.
Iniciou tratamento com prednisona 1 mg/kg/dia e metotrexate 15 mg/semana, porém a paciente abandonou o tratamento.
Evoluiu há 1 ano com perda auditiva bilateral condutiva e neurossensorial e há 6 meses com reativação da condrite
auricular bilateral, com esclerite ocular esquerda e com vasculite cutânea na face ínferolateral do membro inferior
esquerdo e no dorso do pé direito associada a infecção local. Iniciado antibiótico e 1 mg/kg/dia de prednisona.
Posteriormente foi reiniciado metotrexate 15 mg/semana e pulsoterapia mensal com ciclofosfamida e reduzido
corticóide para 0,5 mg/kg/dia. Houve melhora substancial das lesões cutâneas após seis meses de tratamento.
Conclusão: A PR é mais freqüente no sexo feminino e na população branca entre 20 a 60 anos. Parece haver
participação de mecanismos imunes na sua patogênese evidenciada pela forte associação com HLA-DR4 e presença
de anticorpos contra colágeno tipo II em ⅔ dos casos.
O diagnóstico é feito na presença de três dos critérios definidos por Mac Adam em 1976: condrite auricular bilateral,
condrite nasal, poliartrite inflamatória soronegativa não-erosiva, inflamação ocular, condrite do trato respiratório,
disfunção vestibular e/ou coclear e biópsia de cartilagem compatível com o quadro clínico.
A PR é uma doença progressiva com remissões e recidivas. As principais causas de óbito são infecção, vasculite
sistêmica e malignidade. O pior prognóstico envolve pacientes acima de 50 anos com nariz em sela, artrite,
estreitamentos laringotraqueais, vasculite e hematúria.
O envolvimento da pele é variável e ocorre em 17-39% dos casos, em especial associada à síndrome mielodisplásica.
A biópsia mostra vasculite leucocitoclástica em 5 a 14% dos casos.
A paciente não apresentava critérios de sobreposição.
Os corticóides são os mais importantes no tratamento e para poupá-los pode-se usar dapsona, penicilamina,
azatioprina, ciclofosfamida, ciclosporina e ou metotrexate.
Portanto, a PR deve ser incluída no diagnóstico diferencial dos casos de vasculite cutânea, especialmente se
associada a condrite, para se estabelecer uma conduta terapêutica adequada.
Bibliografia:
• Molina JF, Espinoza LR. Relapsing polychondritis. Bailliere Clin Rheumatol.14: 97; 2000.
• Piette JC, Vinceneux P. Relapsing polycondritis. In: Harris DEJ et al, editors. Kelley’s Text book of Rheumatology.
Philadelphia:Elsevier Saunders; p.1541;2005.
• Harisdangkul V. Relapsing polycondritis. In: Klippel JH et al, editores. Primer on the Reumatic Disease. 12nd ed.
Atlanta: Arthitis Foundation; p. 419;2001.
PT.02 - LIPOMA ARBORESCENTE SINOVIAL: RELATO DE CASO. Felicio PMN, Starling LJ1, Macedo RBV, Silva
MPGU - 1Santa Casa Belo Horizonte MG - Serviço de Reumatologia
Introdução: O Lipoma Arborescente Sinovial (LAS) é uma lesão intra-articular benigna rara, de etiologia desconhecida.
Cursa com tumefação articular indolor ou pouco dolorosa e derrame articular recorrente. A ressonância magnética é
o exame de maior especificidade para o diagnóstico desta patologia.
Objetivo: Descrever um caso de LAS que deve ser incluído no diagnóstico diferencial de uma articulação cronicamente
edemaciada.
Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 47 anos, iniciou há 3 anos quadro de edema intermitente e dor
inflamatória leve em joelho direito. Não referia traumatismo local.
Ao exame apresentava edema e discreto calor neste joelho com moderado derrame articular, sem acometimento
de outras articulações.
Exames evidenciavam provas inflamatórias normais, fator reumatóide negativo, análise do líquido sinovial normal
e RX de joelhos sem alterações. Ressonância nuclear magnética mostrou moderado-significativo espessamento
sinovial com isoissinal à gordura (compatível com LAS), moderado derrame articular, diminuto cisto poplíteo com
extravasamento de pequena quantidade de seu conteúdo para planos intramusculares adjacentes e discretas
alterações degenerativas.
32
XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
PÔSTERES
Frente ao diagnóstico de LAS em joelho direito a paciente foi encaminhada para o serviço de ortopedia, para
sinovectomia convencional ou artroscópica.
Conclusão: O LAS se caracteriza pela substituição difusa do tecido sub-sinovial por adipócitos maduros, dando
origem a proliferação vilosa lipomatosa do tecido sinovial.
É mais comum no sexo masculino, sobretudo na idade adulta (5ª e 6ª décadas).
Geralmente apresenta-se como um processo monoarticular de início insidioso, evoluindo durante meses a anos com
dor progressiva e derrame articular com exacerbações intermitentes. O joelho é articulação mais atingida, podendo
também acometer quadril, tornozelo, ombro, cotovelo e punho. Tem sido sugerida sua associação com osteoartrite,
artrite reumatóide, diabetes mellitus, artrite psoriásica.
Os achados da RNM são altamente sugestivos desta patologia, dispensando a realização de biópsia pré-operatória.
O tratamento é a sinovectomia, considerada curativa pela maioria dos autores.
Portanto o LAS deve ser sempre considerado em quadros que cursam com derrame articular crônico e espessamento
sinovial, sem envolvimento sistêmico e deve ser incluído no diagnóstico diferencial de outras patologias do tecido
sinovial como sinovite vilonodular pigmentada, hemangioma e osteocondromatose sinovial.
Bibliografia:
• Vilanova JC, Barcelo J, Villalon M, et al.: MR Imaging of lipoma arborescens and the associated lesions. Skeletal
Radiol 32: 504; 2003.
• Davies AP, Blewitt N: Lipoma arborescens of the knee. The Knee 12: 394; 2005.
• Adelani MA, Wupperman RM, Holt GE. Benign synovial disorders. J Am Acad Orthop Surg 16(5): 268; 2008.
PT.03 - EXPERIÊNCIA DE UM SERVIÇO DE REUMATOLOGIA COM O USO DE RITUXIMABE: APRESENTAÇÃO DE
7 CASOS. Forteski DF, Netto FCM, Montino Y, Mazzi LA, Zerbini CAF, Lomonte ABV
Introdução: Desde o início da década de 90, com os avanços da biologia molecular, uma série de novos tratamentos
para artrite reumatóide e outras doenças inflamatórias auto-imunes foram desenvolvidos. A maior parte dos
agentes biológicos atualmente em uso interferem na função de citocinas, inibem a coestimulação requerida para
ativação de células T ou induzem a depleção de células B.
O rituximabe é um anticorpo monoclonal anti CD20 que leva à depleção dos linfócitos B. Suas indicações iniciais
foram para tratamento de linfomas B e para Artrite Reumatóide. Mais recentemente tem sido utilizado em doenças
em que a atividade do linfócito B é comprovada.
Objetivo:
Relatar a experiência de um Serviço de Reumatologia no tratamento de pacientes com Artrite Reumatóide e Lúpus
Eritematoso Sistêmico com rituximabe.
Relato dos Casos:
Cinco pacientes receberam duas infusões de 1000mg de rituximabe com 15 dias de intervalo entre as doses. Apenas
um paciente recebeu o segundo ciclo de duas infusões, com intervalo mais prolongado (8 meses). Uma paciente
recebeu apenas a primeira infusão devido a intercorrência infecciosa (hidradenite supurativa).
Paciente
Gênero
Idade
Diagnóstico
Tempo de doença
Indicação do
rituximabe
Data das infusões
NAC
Feminino
LES + AR
5 anos
Artrite
Julho/09
Medicações utilizadas Prednisona
Metilprednisolona
Metotrexato
Azatioprina
Leflunomida
Abatacepte
Auto-anticorpos
FAN 1/320 homogêneo
Anti- DNA +
Fator Rematóide -
CLM
Masculino
35 anos
LES
9 anos
Nefrite
Pancitopenia
Novembro/10
FFB
Feminino
45 anos
LES
17 anos
Plaquetopenia
refratária
Janeiro/11
Prednisona
Metilprednisolona
Cloroquina
Ciclofosfamida
SRB
Feminino
42 anos
LES
27 anos
Nefrite
Cutâneo
Novembro 2010
Junho 2010
Prednisona
Cloroquina
Ciclofosfamida
Azatioprina
FAN 1/320 Homogêneo
Anticoagulante lupico
Anticardiolipina IgG
FAN
Anti-Ro +
Anti-Sm +
FAN 1/320
citoplasmático
pontilhado
Prednisona
Cloroquina
Azatioprina
33
XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
PÔSTERES
Intercorrências da
infusão
Resultados/desfecho
Nenhuma
Nenhuma
Nenhuma
Nenhuma
Melhora do quadro
articular
Perda de seguimento
Melhora com remissão
clínica
Sem resposta clínicolaboratorial
Paciente
Gênero
Idade
Diagnóstico
MC
Masculino
57 anos
LES
SAAF
14 anos
SMC
Feminino
45 anos
Artrite Reumatóide
Indicação do Rituximabe
Data das infusões
Medicações utilizadas
Pneumonite
Fevereiro/11
Prednisona
Metilprednisolona
Cloroquina
Ciclofosfamida
Azatioprina
Atividade da doença
Janeiro/12
Prednisona
Metotrexato
Leflunomida
Infliximabe
Etanercepte
Auto-anticorpos
FAN 1/160 pontilhado
nucleolar
Anticoagulante lupico +
Anticardiolipina IgG +
Nenhuma
Sem eficácia clínica
Fator Reumatóide 67
Tempo de doença
Intercorrências da infusão
Resultado/Desfechos
11 anos
Nenhum
Realizada apenas uma
infusão devido linfadenite
supurativa
GS
Feminino
28 anos
Artrite Reumatóide
LES
Artrite Reumatóide há 8
anos
LES há 5 anos
Atividade articular
Fevereiro/12
Prednisona
Cloroquina
Metotrexato
Azatioprina
Infliximabe
Adalimumabe
FAN 1/640 pontilhado fino
Anti-Ro +
Anticardiolipina IgM +
Nenhuma
Aguardando retorno
Conclusão: Os pacientes com Artrite Reumatóide apresentavam doença grave sendo refratários à terapia com
DMARDs sintéticos e biológicos. Estes pacientes apresentaram melhora clínica inicial, porém necessitam de
reavaliação ao médio prazo.
Os pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico que não apresentaram resposta clínica, tinham manifestações
graves da doença previamente ao uso do rituximabe. Um dos pacientes tratados não retornou para reavaliação.
Uma paciente apresentou boa resposta, com remissão clínica e laboratorial.
Não houve qualquer intercorrência na infusão do medicamento.
PT.04 - VASCULITE LIVEDÓIDE: RELATO DE CASO. Reis, RML1, Fernandez, BSL1, Nacarato, R1, Artissian, VP1, Araujo,
NF2, Chahade, WH3 - 1Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo - Reumatologia/Especializanda, 2Hospital do
Servidor Público Estadual de São Paulo - Reumatologia/Preceptora assistente, 3Hospital do Servidor Público Estadual de
São Paulo - Reumatologia/Médico chefe
Introdução: A vasculite livedóide (VL) é uma afecção cutânea vascular trombótica rara1. Pode permanecer por alguns
anos ou perpetuar-se com surtos e remissões2. Foi descrita inicialmente em 1929 por Milian, que a denominou
atrofia branca de Milian3. Em 1967 Bard e Winkelman descreveram a doença como a afecção atualmente conhecida
como vasculite livedóide4.
Objetivo: Relatar caso de vasculite livedóide.
Relato de Caso: Descrevemos relato de caso. RRO, 42 anos, masculino, hipertenso. Há seis meses com quadro
de lesões purpúricas palpáveis, fixas, não descamativas, pruriginosas ou dolorosas em membros inferiores que
evoluíram para lesões ulceradas necróticas. Tais lesões estavam associadas à livedo em membros inferiores,
abdome e tronco. Sem alterações ao exame físico.
Angiotomografia abdominal não mostrou alterações. FAN, Fator Reumatóide, anticorpo anticardiolipina,
anticoagulante lúpico, ANCA, Scl-70, anticentrômero, anti-SSA, anti-SSB, C3, C4, crioglobulinas, sorologias para
hepatites B e C, anti-HIV, VDRL, hemograma, plaquetas, TP e TTPa, eletroforese de proteínas normais.
Biópsia de pele com vasos de pequeno e médio calibre na derme profunda com trombo luminal de material fibrinóide
34
XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
PÔSTERES
e infiltrado linfocítico ao redor.
Paciente recebeu alta hospitalar e está em acompanhamento ambulatorial com redução gradual da dose de corticóide.
Resultados: A prevalência mundial é de um caso para cada 100 mil habitantes-ano 8.A proporção entre os sexos é
de 4 mulheres para cada homem acometido.9 Pico de incidência dos 30 aos 60 anos de idade.
A teoria patogenetica mais aceita é a vasoclusiva11. Há aumento dos níveis de fibrinopeptídeo A12. Presença de
plaquetas ativadas reativas, anticorpos anti P selectina e linfócitos ativados, reforçando a natureza trombótica da
doença13. Existe participação de níveis elevados de homocisteína sérica14. Estudo tailandês evidenciou que indivíduos
com genótipo CC e alelo MTHFR C677T são mais propensos ao desenvolvimento da doença15.
Define-se VL como afecção trombótica de vasos dérmicos superficiais e profundos caracterizada por hialinização da
parede vascular, proliferação endotelial, depósitos de fibrina e formação de trombos intramurais. Inicialmente, há
predomínio de neutrófilos e, posteriormente, o infiltrado é caracteristicamente linfocítico16. O infiltrado inflamatório
é escasso ou ausente, assim como a leucocitoclasia.
Descrita como idiopática ou associada a entidades bastante distintas entre si, porém assemelhando-se por
estarem associadas a um aumento no risco de trombose. Vem associada às síndromes de hipercoagulabilidade
congênitas e adquiridas17. Destacam-se: síndrome do anticorpo antifosfolípide, mutação do fator V de Leiden,
mutação do gene da protrombina, deficiência da antitrombina, deficiência da proteína C, anticoagulante lúpico,
hiper-homocisteinemia e criofibrinogenemia18.
Encontra-se lesões purpúricas dolorosas em membros inferiores, que formam úlceras crônicas e recorrentes. Podem
evoluir com cicatrizes atróficas, telangiectasias e hiperpigmentação livedóide de hemossiderina perilesional.
O tratamento deve ser direcionado para controle de eventos trombóticos. Uso de meias elásticas e cessação do
tabagismo são medidas aceitáveis. Considera-se o uso de ácido acetilsalicílico, assim como de outros antiagregantes
plaquetários21. O uso de pentoxifilina também é aceito.21-24
35
XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
LISTA DE AUTORES
Sato JO Abraão M Almedia SCL Almeida BP Almeida SL Alves-Filho JC Andrade DCO Andrade JL Andrade KC Andrade LEC Andrade Neto JL Araujo, NF Artissian, VP Augusto KL Barbosa JA Barros MA Bértolo MB Bombini MF Bonfa E BORBA, E.F Botte, DA Branco M Brindo da Cruz IC Bueno C Caparbo FV Capela RC Carrasco S Carregaro V Carvalho HM Carvalho JF Castro I Cha C C Chahade, WH Chakkour HP Cocuzza M Coimbra IB Condino-Neto A Corrente JE Costa DL Costallat BL Cunha FQ Cunha TM de Oliveira RM Del-Ben CM Donadi EA Fabio Jennings Faleiros LM Faria e Arantes TE Felicio PMN Fernandes TAP Fernandez, BSL Ferreira SH Figueiredo CP Forteski DF França RFO Frota ERC Fuller R 36
CO.01
CO.08
CO.28
CO.04
CO.11
CO.11, CO.28
CO.18
CO.23
CO.30
CO.03, CO.19
CO.10
PT.04
PT.04
CO.27
CO.25
CO.09
CO.13
CO.30
CO.04, CO.05, CO.09, CO.23, CO.24, CO.25, CO.29
CO.20
CO.20
CO.07
CO.22
CO.23, CO.24, CO.25
CO.31
CO.01, CO.02
CO.22
CO.11
CO.12
CO.05
CO.31
CO.31
PT.04
CO.23, CO.24
CO.04, CO.05
CO.30
CO.19
CO.01, CO.02
CO.11
CO.13
CO.11, CO.28
CO.11, CO.28
CO.29
CO.26
CO.26
CO.06
CO.26
CO.10
PT.01, PT.02
CO.01, CO.02
PT.04
CO.28
CO.31
PT.03
CO.11, CO.28
CO.26
CO.22, CO.23
XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
LISTA DE AUTORES
Furtado RNV Goldenstein-Schainberg C GOMIERO AB Gonçalves C Gonçalves CR Granados A Hayata AL Hilda Oliveira Jamil Natour Jennings F Jones A Kayo AH Leon EP Levy Neto M Lianza AC Liew FY Lomonte ABV Lopes JB Louzada-Júnior P Macedo RBV Machado NP Magalhães CS Magalhães PF Malheiros,D Souza M Marie SKN Martinhago CD Matamouros SE Mazzi LA Mello MT Mello, SBV Mendonça JA Montino Y Moraes JCB Moreira E Muccioli C Nacarato, R Nascimento CB Natalino RR Natour J Netto FCM Noronha,IL Nukumizu LA Oba-Shinjo SM Oliveira HAV Oliveira R Oliveira RD Oliveira RDR Oliveira RM Onucchi Orsini LG Ostensen M Pasoto SG Peccin MS Perazzio SF Pereira AHM Pereira DF CO.14
CO.22
CO.08
CO.04
CO.27, CO.29
CO.03
CO.12
CO.06
CO.06
CO.16
CO.16
CO.08
CO.24
CO.23, CO.24, CO.25
CO.23
CO.28
PT.03
CO.31
CO.11, CO.12, CO.26, CO.28
PT.01, PT.02
CO.14
CO.01, CO.02
CO.27
CO.20
CO.06
CO.21
CO.31
CO.31
PT.03
CO.15
CO.20
CO.13
PT.03
CO.09, CO.29
CO.16
CO.10
PT.04
CO.01
CO.23, CO.24
CO.14, CO.16
PT.03
CO.20
CO.04
CO.21
CO.16
CO.26
CO.11
CO.12, CO.28
CO.31
CO.31
CO.15
CO.04
CO.23, CO.24, CO.25
CO.08
CO.03, CO.19
CO.30
CO.14
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XVIII ENCONTRO DE REUMATOLOGIA AVANÇADA
LISTA DE AUTORES
Pereira RMR Peres RS Pinheiro MM Pinto LG Pompeu E Prado LL Rabelo-Junior CN Ranza R Ranzolin A Reis, RML Ribeiro ACM Rodrigues KFP Rodrigues MB Ryffel B Saad CG Saad CGS Saito O Saito OC Salomão R Saraiva, ALL Sato JO Shinjo SK Silva CAA Silva de Souza, AW Silva JR Silva JS Silva MPGU Silva NP Silva, CA Siqueira US Soeiro-Pereira PV Starling LJ Szejnfeld VL Takayama L Talbot J Teodoro WR Titton D Trevisani VM Uno M Vaneska Cruz Velosa APP Vendramini MBG Viana VST Vilma VT Yazbek MA Yonekura CL Zerbini CAF Zuliani CC 38
CO.09, CO.29, CO.31
CO.11, CO.28
CO.10, CO.15
CO.11, CO.28
CO.22
CO.27
CO.05
CO.12
CO.12
PT.04
CO.09, CO.25, CO.29
CO.10
CO.29
CO.28
CO.04
CO.09, CO.27, CO.29
CO.04
CO.05
CO.03
CO.28
CO.02
CO.21
CO.04, CO.05
CO.19
CO.28
CO.11
PT.01, PT.02
CO.03
CO.29
CO.15
CO.19
PT.01, PT.02
CO.15
CO.09, CO.29
CO.11, CO.28
CO.22
CO.12
CO.07, CO.08
CO.21
CO.06
CO.22
CO.24
CO.23, CO.24, CO.25
CO.27
CO.13
CO.12
PT.03
CO.30

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