GiGante MunDial
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GiGante MunDial
J U N H O d e 2 0 0 9 | A no 4 0 | N º 6 | R S 3 , 5 0 Das Crises Mundiais ao Gigante Mundial 04 05 Índice Pr e z a d os A migos Publicação mensal Administração e Impressão: Rua Erechim, 978 | Bairro Nonoai | 90830-000 Porto Alegre/RS | Brasil Fone: (51) 3241-5050 Fax: (51) 3249-7385 [email protected] | www.chamada.com.br Endereço Postal: Caixa Postal, 1688 90001-970 | PORTO ALEGRE/RS | Brasil DA S C RI SES MU N DI AI S AO G I G AN T E MU N DI AL Preços (em R$): Assinatura anual...................................... 31,50 - semestral............................... 19,00 Exemplar Avulso......................................... 3,50 Exterior - Assin. anual (Via Aérea)....... US$ 35.00 Fundador: Dr. Wim Malgo (1922-1992) 10 Conselho Diretor: Dieter Steiger, Ingo Haake, Markus Steiger, Reinoldo Federolf Editor e Diretor Responsável: Ingo Haake Layout: Julia Wiesinger a profecia rev ela os segred os d o futuro INPI nº 040614 Registro nº 50 do Cartório Especial Edições Internacionais A revista “Chamada da Meia-Noite” é publica da também em espanhol, inglês, alemão, ita liano, holandês, francês, coreano, húngaro e cingalês. 14 As opiniões expressas nos artigos assinados são de responsabilidade dos autores. os “ha bitantes da terra” m e nciona d os em apocalipse “Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! saí ao seu encontro” (Mt 25.6). A “Obra Missionária Chamada da Meia-Noite” é uma missão sem fins lucrativos, com o objetivo de anunciar a Bíblia inteira como infalível e eterna Pa lavra de Deus escrita, inspirada pelo Espírito Santo, sendo o guia seguro para a fé e conduta do cristão. A finalidade da “Obra Missionária Chamada da Meia-Noite” é: 18 Do N osso Campo Visual Por que tantos focos de conflitos? 20 Diagramação & Arte: Roberto Reinke Acons e lham e nto B í b lico é verdade que o subconsciente dirige nossos atos? 1. chamar pessoas a Cristo em todos os lugares; 2. proclamar a segunda vinda do Senhor Jesus Cristo; 3. preparar cristãos para Sua segunda vinda; 4. manter a fé e advertir a respeito de falsas doutrinas chamada Todas as atividades da “Obra Missionária Chamada da meia-noite da Meia-Noite” são mantidas através de ofertas vo luntárias dos que desejam ter parte neste ministério. www.chamada.com.br amigos prezados Dieter Steiger 4 Roney nos escreveu por e-mail: “O problema é que não consigo aceitar os pastores de várias igrejas que na maior parte dos seus cultos se preocupam em ficar pedindo dinheiro de várias formas. Se fosse apenas o dízimo... Mas não é apenas isso. Ficam tentando vender produtos e águas, fazem rituais que prometem nos fazer vencer e virar grandes empresários, só falam em carros e casas e viagens”. Recebemos mensagens desse tipo com muita freqüência. Em evidente contraste, o Mestre Jesus declarou a Seus discípulos: “As raposas têm seus covis, e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça” (Mt 8.20). O apóstolo Pedro disse ao homem coxo de nascença: “Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!” (At 3.6). Sem dúvida isso era válido para todos os apóstolos, conhecidamente pobres em bens materiais. Mas dos falsos mestres a Bíblia nos diz o contrário: “...homens cuja mente é pervertida e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro” (1 Tm 6.5). Chama a atenção que se espera que os anciãos e diáconos sejam “não avarentos”, “não cobiçosos de sórdida ganância” (1 Tm 3.3,8). O mesmo se esperava do bispo da ilha de Creta: que ele não fosse “cobiçoso de torpe ganância” (Tt 1.7). O apóstolo Pedro escreveu aos anciãos: “pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não... por sórdida ganância” (1 Pe 5.2). Estamos bem conscientes de que o amor ao dinheiro, o desejo de lucro e o anseio por bens materiais que se alastra dentro do cristianismo de hoje pode se apossar de nós também. Ter dinheiro não é pecado, mas ai de nós quando o dinheiro nos comanda, quando ele domina nosso pensar e nosso agir. O apóstolo alerta: “Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e na perdição” (1 Tm 6.9). A Bíblia nos fornece três exemplos assustadores de pessoas que foram tomadas pela ganância: Acã, que na tomada de Jericó escondeu em sua tenda despojos que, segundo ordens bem claras de Deus através de Josué, deveriam ser destruídos. Esse pecado único causou uma terrível derrota ao povo de Israel diante de Ai, pois o Senhor não podia mais estar com eles. Acã confessou: “Verdadeiramente, pequei contra o Senhor, Deus de Israel, e... vi entre os despojos uma capa babilônica, e duzentos siclos de prata, e uma barra de ouro do peso de cinquenta siclos, cobicei-os e tomei-os...” (Js 7.20-21). Ele foi apedrejado. Balaão, o profeta gentio a quem o rei moabita Balaque fez uma proposta tentadora e vantajosa se amaldiçoasse Israel. O Novo Testamento usa-o como exemplo negativo, falando de homens que “abandonando o reto caminho, se extraviaram, seguindo pelo caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça” (2 Pe 2.15). Os corações cheios de cobiça daqueles que prestam serviços religiosos visando o lucro pessoal são “movidos de ganância” e “se precipitaram no erro de Balaão” (Jd 11). Balaão era um profeta mercenário e símbolo do dolo e da cobiça, segundo a Bíblia Anotada Expandida. Mais tarde ele foi morto pelos soldados de Josué. Geazi, servo do profeta Eliseu. Ele correu atrás de Naamã, que havia sido curado da lepra, e mentiu, pedindo “um talento de prata e duas vestes festivais” (2 Rs 5.23). Pelo visto, ele não queria deixar passar essa grande chance de, como servo do grande profeta, finalmente conseguir algum lucro. O profeta o repreendeu, dizendo: “...Era ocasião para tomares prata e para tomares vestes, olivais e vinhas, ovelhas e bois, servos e servas?” (2 Rs 5.26). Geazi foi castigado com a lepra de Naamã pelo resto de sua vida. A Palavra diz que não tem herança no reino de Cristo e de Deus “nenhum... avarento, que é idólatra” (Ef 5.5). “Uma pessoa avarenta é idólatra, pois coloca as coisas antes de Deus” (ABA). O Senhor Jesus diz na parábola do semeador: “O que foi semeado entre os espinhos é o que ouve a palavra, porém os cuidados do mundo e a fascinação da riqueza ofuscam a palavra, e fica infrutífera” (Mt 13.22). É hora de vigiar e orar para que o amor ao dinheiro e por tudo aquilo que o dinheiro pode comprar não encontre lugar em nossos corações. Como antídoto, peçamos com mais fervor que o Senhor abra nossos olhos espirituais para os valores eternos, orando sempre: “Inclina-me o coração aos teus testemunhos e não à cobiça” (Sl 119.36). chama da da m e ia-noit e | junho d e 2 0 0 9 ARTI GO 01 Das Crises Mundiais ao Gigante Mundial Norbert Lieth Três tipos de crises mundiais forçam a unidade das nações: a crise ambiental, o terrorismo internacional e as crises econômicas. Nesse sentido, alguém declarou: “Estamos sendo arrastados em direção à nova ordem mundial, empurrados pela histeria climática, esmagados pelas finanças”. A crise mais recente que nos atingiu foi a crise financeira mundial... a ntes de tratarmos de um tema polêmico, seguindo a orienta ção de Tiago 5.1-9, quero enfa tizar que, em princípio, a riqueza não é proibida pela Bíblia. Conhecemos ho mens da Bíblia que eram ricos, como o bem-sucedido Filemom, os ricos pa triarcas e o bilionário Davi. Se meus cálculos estiverem corretos, o rei Davi, por exemplo, possuía cerca de 3.400 to neladas de ouro e 34.000 toneladas de prata, que colocou à disposição para a construção do templo (1 Cr 22.14). E ele não ficou mais pobre por isso. A Bí blia não proíbe a riqueza, mas adverte acerca dos perigos que ela representa e lamenta seu uso fora da vontade de Deus (Mc 4.19; Lc 12.15; At 5.4; Cl 3.56; 1 Tm 6.9-10,17; 2 Pe 2.14-15). 1. Um sinal dos últimos dias “Tesouros acumulastes nos últimos dias” (Tg 5.3). chama da da meia - noit e | junho d e 2 009 A palavra profética de Deus conec ta os tempos finais com o mundo fi nanceiro. Este é um sinal dos últimos tempos. O setor financeiro terá um pa pel significativo nestes dias e será um tema dominante. Não creio que Tiago 5 trate apenas de indivíduos ricos, que sempre existiram, mas de um mundo enriquecido e de nações economica mente ricas, como as de hoje. O cená rio predito na Bíblia condiz com o mundo financeiro dos últimos d ias. Alguns exemplos: A última hora “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concu piscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não pro cede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eterna mente. Filhinhos, já é a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também, agora, muitos anticristos têm surgido; pelo que conhecemos que é a última hora” (1 Jo 2.15-18). Nossa época, como nenhuma outra, é determinada por emoções, imagens e pela ostentação de riqueza e poder. Heinz Schumacher, na sua tradução da Bíblia [para o alemão], traz a seguinte explicação sobre “soberba da vida” (v.16): “Vangloriar-se daquilo que a pessoa é, do que tem e do que pode em sua vida terrena”.[1] O comentário bí blico de Menge diz que a “soberba da vida” é “orgulho como postura de vida (ou: gabar-se da fortuna, exibir-se com dinheiro, a pompa terrena)”. Com certeza, é muito significativo o fato de João ligar o mundo financeiro e sua derrota futura com a “última hora” e o “Anticristo” que virá. Ele o faz de modo semelhante a Tiago, que fala dos “últimos dias” nesse contexto. João tam bém é o escritor do Apocalipse, e justa mente quando trata da união mundial 5 anticristã e da derrocada da Babilônia financeira, ele repetidamente menciona esta hora (Ap 18.10,17,19). Jeroboão Os grandes bancos, que obti veram lucros bilionários, ainda assim demitiram e es tão demitindo milhares de empregados. A história de Jeroboão é relatada a partir de 1 Reis 11. Ele levou o povo a descaminhos como nenhum outro an tes dele. Por isso ele é um tipo de Anti cristo. E o Israel do seu tempo exem plifica um povo que, nos últimos dias, deixar-se-á seduzir novamente. Jero boão provocou uma revolta, dividiu o reino e tomou dez tribos para si. Con seguiu ser declarado rei sobre Israel (dez tribos). Erigiu um bezerro de ou ro em Betel e outro em Dã, uma con traposição ao serviço a Deus no tem plo em Jerusalém. Jeroboão instituiu um sacerdócio falso e mudou até mes mo as datas da festa dos Tabernáculos. “Pois, quando ele rasgou a Israel da ca sa de Davi, e eles fizeram rei a Jeroboão, filho de Nebate, Jeroboão apartou a Is rael de seguir o Senhor e o fez cometer grande pecado” (2 Rs 17.21). Os atos de Jeroboão foram tão terrí veis que a Bíblia repetidamente fala do “pecado de Jeroboão”. Porém, é interes sante ler o seguinte a respeito desse ho mem: “Ora, vendo Salomão que Jero boão era homem valente e capaz, moço laborioso, ele o pôs sobre todo o trabalho forçado da casa de José” (1 Rs 11.28). Um “último Jeroboão” se levantará sobre Israel e sobre o mundo, e ele também fará com que tudo gire em torno de finanças. A ira de Deus por causa do dinheiro “Fazei, pois, morrer a vossa nature za terrena: prostituição, impureza, pai xão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria; por estas coisas é que vem a ira de Deus sobre os filhos da de sobediência” (Cl 3.5-6). Essa ira de Deus não se refere ao Dia do Juízo, mas à Tribulação futura mencionada no Apocalipse, algo que Isaías também liga com a Babilônia dos últimos tempos (Is 13.1,9-13; cf Sf 2.2-3; Rm 1.18; Ap 6.16-17). O que será essa “idolatria” da qual o Apocalipse tanto fala, e da qual as pes 6 soas não se arrependerão (Ap 9.20-21)? Haverá novamente ídolos de pedra ou madeira para serem adorados, ou o ob jeto de culto será algo mais moderno? Basta lembrar que a carta aos Colos senses chama a avareza de idolatria e enfatiza que, por sua causa, a ira de Deus virá sobre o mundo desobediente (Cl 3.5-6) e que o Apocalipse descreve essa ira de Deus – então saberemos que idolatria é essa: a dança ao redor do be zerro de ouro (o mundo financeiro) nos tempos finais. “Assim, façam mor rer tudo o que pertence à natureza ter rena de vocês: imoralidade sexual, im pureza, paixão, desejos maus e a ganân cia, que é idolatria” (Cl 3.5; NVI). Pelo visto, acumular dinheiro, es banjá-lo e exibi-lo será um fenômeno característico dos tempos finais. 2. A atualidade das afirmações proféticas “Tesouros acumulastes nos últimos ias... Tendes vivido regaladamente so d bre a terra; tendes vivido nos prazeres; tendes engordado o vosso coração, em dia de matança; tendes condenado e matado o justo, sem que ele vos faça re sistência” (Tg 5.3,5-6). O cumprimento total do versículo 6 está reservado para a Grande Tribu lação futura, mas o que está descrito nos versículos 3 e 5 já é perfeitamente visível nos dias de hoje. A região da antiga Babilônia está se transformando numa nova Babilônia – basta ver o de senvolvimento de Dubai. Essa região mostra ao mundo inteiro o quanto a Bíblia é atual.[2] As chamadas “oligarquias” também voltaram a ter destaque desde a década de 90. O termo oligarquia deriva do grego do tempo de Platão (427-347 a.C.), e descreve o “governo sem lei dos ricos que só pensam em seu próprio benefício. Assim como a aristocracia, é o governo de poucos, com a diferença de que a aristocracia, ao contrário da oligarquia, é considerada como um go verno legal, voltado ao bem comum”. É interessante considerar que, desde a dé cada de 90, essa palavra voltou a ser significativa na Rússia. Ela refere-se a chama da da m e ia-noit e | junho d e 2 0 0 9 empresários “que em geral são suspei tos de terem obtido grande riqueza e influência política por meios escusos durante o período caótico que se se guiu ao fim da União Soviética”.[3] A respeito, li: ...em apenas 10 anos, alguns russos entraram, da noite para o dia, para o clube mundial dos hiper-ricos. Sem es crúpulos, tiraram proveito da transição do sistema comunista para um novo sis tema capitalista, garantindo para si, a preço de banana, o filé da economia russa. Estes assim chamados “oligar cas” são os vencedores de um enorme “Banco Imobiliário” (...) Os antigos ad ministradores soviéticos mostraram-se extremamente adaptáveis, descartando rapidamente a sua ideologia e privati zando as estatais para dentro de seus próprios bolsos. (...) Os banqueiros da primeira hora ganharam milhões em dinheiro público com especulação e câmbio, sem correr grandes riscos. Apenas, não concediam muitos emprés timos. Na primeira metade da década de 90, os banqueiros eram a elite da oligarquia. (...) Na fase inicial, a pro priedade das estatais foi distribuída amplamente entre a população, por meio de certificados de participação. Essa distribuição foi teórica, pois logo os antigos administradores e os novos ricos tinham garantido essas empresas para si. Isso foi possível graças à hipe rinflação e à crise”.[4] “Tesouros acumulastes nos últimos dias!”. O manuseio injusto de dinheiro e poder “Eis que o salário dos trabalhadores que ceifaram os vossos campos e que por vós foi retido com fraude está claman do; e os clamores dos ceifeiros penetra ram até aos ouvidos do Senhor dos Exércitos” (Tg 5.4). • A renda mensal média dos cida dãos de Dubai é de 2.400 euros; já o salário dos trabalhadores estrangeiros, que cumprem jornadas de 15 horas por dia, sob uma temperatura de 40 graus à sombra, é de apenas 100 euros. Esses são os escravos de hoje.[5] • A oligarquia, nome para um go verno sem lei exercido pelos ricos, só chama da da meia - noit e | junho d e 2 009 Em princípio, a riqueza não é proibida pela Bíblia. O rei Davi era bilionário; entre outros bens, ele possuía cerca de 3.400 toneladas de ouro. tem seu próprio benefício em vista, e não se importa com o bem comum. • Os grandes bancos, que obtive ram lucros bilionários, ainda assim de mitiram e estão demitindo milhares de empregados. • No final de novembro de 2008, a União Européia (UE) decidiu reduzir drasticamente as subvenções para os agricultores europeus, privando-os de uma receita importante para a manu tenção de seus empreendimentos. O colapso econômico foi predito “Atendei, agora, ricos, chorai lamen tando, por causa das vossas desventuras, que vos sobrevirão. As vossas riquezas estão corruptas, e as vossas roupagens, comidas de traça; o vosso ouro e a vossa prata foram gastos de ferrugens, e a sua ferrugem há de ser por testemunho con tra vós mesmos e há de devorar, como fogo, as vossas carnes. Tesouros acumu lastes nos últimos dias” (Tg 5.1-3). O repentino colapso financeiro é um exemplo para o Dia do Senhor, que sobrevirá ao mundo como um ladrão à noite. Justamente no meio de um pico econômico, quando todos estavam oti mistas, veio o crash, a crise financeira atual. A miséria e a aflição literalmente desabaram sobre o mundo das finan ças. Grandes setores industriais (in dústria automobilística) ruíram, e os bancos se tornaram devedores. De uma hora para outra, a recessão e a de pressão se tornaram os assuntos do dia nos países mais ricos. Bilionários e suas famílias perderam grandes fortu nas em poucos dias. A economia mun dial e todo o sistema financeiro estão abalados. Mas tudo isso é apenas o co meço, pois o juízo da própria Tribula ção ainda está por vir. 3. A volta do Senhor está próxima O retorno iminente do Senhor é mencionado três vezes em relação di reta com as crises econômicas mun diais: “Sede, pois, irmãos, pacientes, até à vinda do Senhor” (Tg 5.7). “Sede vós também pacientes e forta lecei o vosso coração, pois a vinda do Senhor está próxima” (Tg 5.8). “Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para não serdes julgados. Eis que o juiz está às portas” (Tg 5.9). Primeiro é dito duas vezes que o retorno do Senhor está próximo, e em seguida lemos que o juiz está às portas. Jesus virá para arrebatar os Seus e de pois virá como Juiz. Os acontecimen tos da Tribulação já serão os juízos ini ciais desse Juiz. A rebelião do mundo contra Deus e o seu Ungido é cada vez maior (Sl 2). As pessoas não querem saber de Cristo nem do cristianismo. Os cristãos são re jeitados com freqüência cada vez maior. 7 A depressão na década de 1930 na Alemanha selou o fim da democracia parlamentarista. Hitler subiu ao po der. Com mentiras, enganos, sedução e uma nova prosperidade econômica o país galopou em direção à catástrofe da ditadura, da Segunda Guerra Mun dial, da perseguição aos judeus e, fi nalmente, da derrocada total do “Ter ceiro Reich”. As crises atuais parecem servir para preparar os acontecimen tos do Apocalipse. Elas clamam por segurança confiável, por uma nova ordem mundial, impelem a globaliza ção e exigem um homem forte, um gigante mundial. No Portão de Brandenburgo (em Berlim) 200.000 pessoas aclamaram Barack Obama, mesmo sem conhecer seu programa de governo. E, você quer saber de uma coisa? O pró prio Deus vai tirá-los do meio das pes soas! O Arrebatamento extrairá o ver dadeiro cristianismo do mundo, para que o anticristianismo tenha seu espaço (2 Ts 2.5-12). Deus dará ao mundo o que ele deseja; Saul em vez de Davi, Barrabás em vez de Jesus, o Anticristo em vez de Cristo. O retorno do Senhor está próximo, e o Juiz está às portas. As crises ambientais, o terrorismo internacional e a crise financeira mun dial empurram o mundo para a unida de e na direção de um último “gigante mundial” profetizado na Bíblia. A re vista factum publicou um artigo que dizia: “...Os sinais dos tempos chamam a atenção e lembram que estamos na última etapa da história da humanida de. Os seis primeiros juízos dos selos do Apocalipse prevêem rupturas políti cas, sociais, econômicas e militares que remetem ao que já vivemos hoje”.[6] A Bíblia é clara quando fala de uma reunificação mundial, liderada por um “gigante” anticristão, a quem o dragão dará sua força, seu trono e seu poder absoluto (Ap 13.2). “Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não re ceberam reino, mas recebem autoridade como reis, com a besta, durante uma 8 hora. Têm estes um só pensamento e oferecem à besta o poder e a autoridade que possuem” (Ap 17.12-13). Diante de tudo isso, não é sur preendente que o presidente alemão, Horst Köhler, afirmou que desejaria que os governos escolhessem “alguns sábios” para regulamentar o mundo globalizado.[7] Ou que Kofi Annan (ex-Secretário-Geral da ONU) tenha enfatizado o fato de que a crise só po derá ser resolvida de forma global.[8] Já nos acostumamos a expressões como “cúpula econômica mundial”, “sistema financeiro mundial”, “ordem financeira mundial”, “controle finan ceiro mundial”, “fórum econômico mundial”. Ultimamente, também ouvese falar cada vez mais de uma “entida de ou banco central mundial”. Fica claro que os eventos descritos no último livro da Bíblia terão de se cumprir e que isso acontecerá de for ma repentina e rápida. Os rumos estão sendo estabelecidos hoje. É preciso formar uma plataforma para o futuro reino mundial anticristão e seu líder. Para isso é preciso que haja unidade e, através de manobras de engano em massa, também deverá ser produzida uma nova prosperidade. Exemplos da mídia • Romano Prodi (ex-primeiro-mi nistro da Itália) disse: “Não temos al ternativa senão formar os Estados Uni dos da Europa”.[9] • Em um artigo, a revista Die Zeit la mentou que não haja um “líder global” adequado em vista e considerou Barack Obama como “o presidente mundial certo para o século 21”.[10] O noticiário suíço 10 vor 10 tratou do tema “Barack, o salvador”. Em todo o mundo, os meios de comunicação competiram pa ra publicar relatos eufóricos a respeito dele. Ele foi chamado de “Messias” com freqüência cada vez maior. No Portão de Brandenburgo (em Berlim) 200.000 pessoas o aclamaram, mesmo sem co nhecer seu programa de governo. O en tão presidente George W. Bush, que se declarava cristão, era demonizado e odiado, mas as mesmas massas aclama ram um homem que mal conheciam. Isso tudo é um bom exemplo para o fu turo. Individualmente, as pessoas po dem ser inteligentes, mas as massas sempre estão sujeitas à sedução. A his tória prova isso, e as conseqüências são assustadoras. • O ex-secretário da Economia dos EUA, Prof. N. Cooper, já dizia em 1984: “Para o próximo século sugiro uma al ternativa radical: a criação de uma moeda comum para todas as democra cias industriais, com uma política cam bial comum e um banco comum para a fixação de uma estratégia monetária (...) Como países independentes po dem conseguir isso? Precisarão entre chama da da m e ia-noit e | junho d e 2 0 0 9 gar o controle da política cambial a uma corporação supranacional”.[11] • Neste contexto uma declaração do presidente francês Nicolas Sarkozy não causa qualquer espanto: “Durante anos tentamos alcançar algo. A crise deve ser aproveitada como a oportuni dade para que ela não se repita. Preci samos de uma economia de mercado humana que funcione. Isso só é possí vel com regras. Essas regras precisam ser definidas em âmbito global (...) precisamos de uma resposta global pa ra uma crise global...”[12] • A revista Veja lamentou a falta de um líder político adequado para o mun do, que precisa do estadista certo.[13] As crises econômicas preparam o mundo para o gigante mundial que virá. 4. O Juiz está diante da porta, e um dia o homem estará diante do Juiz “Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para não serdes julgados. Eis que o juiz está às portas” (Tg 5.9). Cada homem será julgado, e nada será esquecido diante de Deus: “Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo” (2 Co 5.10). “Os pecados de alguns ho mens são notórios e levam a juízo, ao passo que os de outros só mais tarde se manifestam” (1 Tm 5.24). Diante do prédio da nossa missão na Suíça há um hotel muito bonito, cha mado Sonnental (= Vale do Sol). Ele foi reformado e parcialmente reconstruído por dentro e por fora, com novas de pendências e bela decoração. As cores são lindas e o atendimento é excelente. Há nele um grande spa e um restauran te de primeira linha. O Sonnental des fruta de uma boa reputação. Há algum tempo aconteceu algo estranho: uma parte do piso do estacionamento afun dou. O buraco era tão grande que um caminhão poderia ter caído nele. O mo tivo era a existência de uma fossa negra naquele local, da qual ninguém tinha conhecimento e que não aparecia em nenhum documento ou planta. Uma camada de terra de 2 metros de espessura cobria a fossa. O nível in ferior da fossa estava 4,5 m abaixo do piso do estacionamento. Ela tinha sido desativada há muito tempo sem ter si do limpa. Como o conteúdo é muito ácido, com o tempo ele corroeu a co bertura de concreto e causou o desaba mento. Cerca de 70m3 de esgoto que ainda estavam na fossa tiveram de ser aspirados por uma firma especializada e levados embora em dois caminhõestanque. No lugar do esgoto o buraco foi preenchido com 70m3 de bom ma terial e assim o problema foi resolvido. Um engenheiro comentou: “O fato de a fossa não ter sido esvaziada na época foi um grave crime ambiental, e as conseqüências estão se mostrando hoje. Ninguém sabe quanto esgoto pe netrou no lençol freático, já que o seu confira confira nível neste local é mais alto que o nível inferior da fossa”. Esse não é um bom exemplo para os seres humanos? Por fora muitos são um “Vale do Sol”, mas por dentro está escondida uma fossa negra. Por fora as aparências são ótimas, mas interior mente a profunda fossa dos pecados ainda não foi limpa. Os pecados cor roem nossa vida e podem causar gran des danos. Porém, quem permite que Jesus a limpe e depois a preencha com seus dons, experimentará a verdade bí blica: “Se, porém, andarmos na luz, co mo ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. Se dissermos que não temos pecado ne nhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessar mos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos puri ficar de toda injustiça” (1 Jo 1.7-9). Notas: 1. NT, Heinz Schumacher, Hänssler, pg 916, comentário 28. 2. “Blickfeld”: “Das Seiende, das vergeht, und das Blei bende, das k ommt”. 3.http://de.wikipedia.org/wiki/Oligarchie. 4. www.netstudien.de/Russland. 5. israel heute, a bril de 2008, PF. 28. 6. factum 4/2008, p. 44. 7. Reuters.com, 11 de outubro de 2008, 12h40. 8. w w w . 2 0 m i n . c h / n e w s / k r e u s – u n d – q u e r / story/15873676, 11 de outubro de 2008. 9. NZZ, 20 de novembro de 2008, International, pg. 7. 10. factum 8/2008, p. 6. 11. TOPIC, outubro de 2008, p. 5. 12. www.bundesregierung.de “Mitschrift Pressekonferenz: Pressekonferenz Bundeskanzlerin Merkel und Präsi dent Sarkozy”, 12 de outubro de 2008. 13. Veja, 1 de outubro de 2008. chama da da meia - noit e | junho d e 2 009 pedidos: 0300 789.5152 | www.chamada.com.br DVD livros recomendamos 9 ARTIGO 02 a PROFECIA REVELA OS SEGREDOS DO FUTURO Tim LaHaye 10 chama da da m e ia-noit e | junho d e 2 0 0 9 N a edição passada chamei a atenção para aquela que considero uma das passagens proféti cas mais ignoradas das Escrituras. Es se texto profético merece uma consi deração especial por parte daqueles que desejam utilizar o cumprimento das profecias bíblicas para comprovar as principais doutrinas da Bíblia. Elas vão desde a Criação por um ato direto de Deus, passando pela existência do próprio Deus, pela Sua natureza e Seus atributos, pela credibilidade das Escri turas, pela divindade de Jesus em pes soa, até a certeza de que a salvação em Cristo é eterna, entre muitas outras doutrinas. Em minha opinião, essa passagem profética é uma das mais im portantes provas da veracidade do pró prio Cristianismo e, quando usada de modo adequado, torna-se uma tre menda motivação espiritual. Quando Deus procurou chamar a atenção dos israelitas para que reconhe cessem que só Ele é Deus – não aqueles ídolos pagãos da Babilônia que eles ti nham adorado – o Senhor fez a seguin te declaração através do profeta Isaías: “Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro se melhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade” (Isaías 46.9-10). Essa é uma admoestação clara e desafiadora de Deus aos filhos de Is rael, para que soubessem que somen te Ele é Deus, digno de ser adorado – e a prova que lhes dava era o cumpri mento das profecias. Deus é o único que pode predizer o futuro com exa tidão! Já constatamos [no artigo an terior] que Ele predisse o futuro por mais de 500 vezes no Antigo Testa mento. Lembre-se que a definição mais simples de profecia é esta: “Pro fecia bíblica é o fato histórico escrito antes que aconteça”. Ainda que mui tos seres humanos tenham tentado, somente Deus é capaz de predizer os fatos com absoluta exatidão. chama da da meia - noit e | junho d e 2 009 A declaração de que esse Deus é o único Deus verdadeiro não se com prova apenas pelo fato de que Ele prediz o futuro, mas, sobretudo, pelo fato de que o futuro realmente se cumpre como Ele predisse. Ao fazer mos um exame cuidadoso, exata mente como as Escrituras nos ensi nam, constatamos que não há nada que certifique mais a nossa fé. Você lembra daquela situação ocorrida após a ressurreição de Jesus, quando Ele se encontrou com dois discípulos que estavam no caminho para Emaús? Aqueles discípulos estavam deprimidos pela desesperança, por que o homem que eles criam ser o Messias de Israel tinha sido crucifi cado e, agora, tudo estava perdido. Eles haviam ouvido que “algumas mulheres” (cf. Lc 24.22) encontraram o sepulcro vazio e tiveram “uma vi são de anjos, os q uais afirmam que ele vive” (Lc 24.23). Evidentemente, eles não deram crédito a esse relato e es tavam a caminho de sua aldeia, de volta para sua casa. Jesus, confronta do naquele momento por uma das concepções mais difíceis de ser ex plicada, indagou: “Porventura, não conv inha que o Cristo padecesse e en trasse na sua glória?” (Lucas 24.26). Os judeus esperavam que seu Mes sias viesse para libertá-los do jugo opressor dos romanos. Aqueles que não tinham estudado as Escrituras Proféticas (as quais continham pro fecias acerca do Messias e de Sua obra redentora) não conheciam (ou, em muitos casos, nem se importa vam com) o fato de que era necessá rio haver duas vindas do mesmo Messias; uma vinda com a finalidade de sofrer pelos pecados da humani dade e outra vinda em poder e glória para libertar S eus seguidores e reinar aqui na Terra. Ent ão o que Jesus fez naquel a hora? “...começando por Mois és, dis correndo por todos os Profetas, expu nha-lhes o que a seu respeito consta va em todas as Escrituras” (Lucas 24.27). Jesus fez uso das profecias do Ant igo Test amento referentes ao Messias, a resp eito dEle mesmo, pa ra convencê-los acerc a de quem Ele era e do que viera fazer neste mun Todo pastor precisa ensinar aos crentes de sua igreja acer ca das profecias que Jesus cumpriu, referentes a Si mes mo como Messias. 11 “O mistério que o rei exige, nem encantadores, nem ma gos nem astrólogos o podem revelar ao rei; mas há um Deus no céu, o q ual revela os mistérios, p ois fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de ser nos últimos d ias” (Daniel 2.27-28). 12 do. Que exp osiç ão bíblic a sens acio nal! Jesus utilizou o cumprimento profét ico para convencer aqueles homens acerc a da verd ade sobre Sua ident id ade e Sua miss ão. Não é de admirar que, mais tarde, eles diss es sem: “Porventura, não nos ardia o coração, quando ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras?” (Lucas 24.32). Que “Es crituras” eram ess as? Eram profecias do Ant igo Test amento que, a part ir dos liv ros de Mois és e em todos os profet as, refer iam-se ao Messias e à Sua miss ão. Eram profecias que já tin ham se cumprido! O coraç ão tamb ém “nos arde” quando estud a mos as muit as profecias que Jesus cumpriu durante Sua vid a neste mundo, as quais, sem sombra de dú vid a, comprovam que Ele é o único e verd adeiro Salvador. O cumpri mento profét ico prop orciona ess a certeza, p ois nos convence de que Jesus é o único Salvador, conforme Ele mesmo diss e (cf. J oão 14.6). Todo pastor precisa ensinar aos crentes de sua igreja acerca das profe cias que Jesus cumpriu, referentes a Si mesmo como Messias. Mesmo nos dias atuais, essa prática faria com que a congregação dos salvos desenvolvesse um “coração ardente” por Deus e lhes proporcionaria uma convicção resolu ta de que não estamos “...seguindo fá bulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas ocula res da sua majestade” (2 Pedro 1.16). Um estudo das profecias que já se cumpriram fortalece nossa confiança em Deus, pois nos leva a entender quem Ele é, demonstrando a razão porque todas as pessoas devem aceitar a Jesus Cristo. Numa época em que a pregação de Jesus como único caminho de salvação geralmente é taxada de pregação “bito lada” por aqueles que sugerem haver mais de um caminho para o céu, preci samos algo que nos assegure que Ele é verdadeiramente o único caminho. O cumprimento das profecias é a prova que certifica tal realidade, pois nin guém na história deste mundo cum priu sequer meia dúzia das 109 profe cias messiânicas. Jesus, porém, cum priu todas elas! As Coisas Encobertas Pertencem ao Senhor Salientei na edição passada que Da niel, um dos maiores profetas judeus, ao ser chamado à presença do rei Na bucodonosor, declarou: “O mistério que o rei exige, nem encantadores, nem magos nem astrólogos o podem revelar ao rei; mas há um Deus no céu, o qual revela os mistérios, pois fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de ser nos úl timos dias” (Daniel 2.27-28). Após di zer isso, Daniel relembrou o sonho que o rei tivera e expôs a interpretação dos “tempos dos gentios”, período esse que já está em andamento há 2.500 a nos. Deus é o único que pode revelar previamente os segredos do futuro e levá-los ao pleno cumprimento – co mo profetizou. No coração humano há um inacreditável anseio de conhecer o futuro. Essa é a razão pela qual mi lhões de pessoas procuram adivinhos, cartomantes, astrólogos, gurus, viden tes e falsos profetas, na vã esperança de obterem informações prévias acerca do futuro, para traçarem o curso de suas vidas a partir do que elas pensam que vai acontecer. Tudo isso não passa de falsa esperança, pois a Palavra de Deus afirma que “as coisas encobertas per tencem ao Senhor, nosso Deus” (Deu teronômio 29.29a). Aqui está a razão pela qual devemos investigar cuidado samente as Escrituras, buscando iden tificar as profecias que já se cumpriram e aquelas que ainda não se cumpriram na história, a fim de encontrarmos motivação e encorajamento para servir diariamente ao Senhor, à luz dos ma ravilhosos planos que Ele tem para nós, preparados para se cumprirem no fim dos tempos. Ao ler novamente o livro de Deu teronômio junto com minha esposa, achei interessante a constatação de que Deus insistentemente recomen dou aos filhos de Israel que se lem brassem da Sua presença, dos mila gres e livramentos que Ele efetuara, como uma motivação para guardarem Seus “...mandamentos, e os estatutos, e os juízos” (Deuteronômio 7.11). Deus lhes prometeu que, se fossem fiéis em chama da da m e ia-noit e | junho d e 2 0 0 9 obedecer ao que Ele ordenara, eles se riam abençoados muito além dos so nhos que mais acalentavam e Deus lhes concederia “longa vida”. Contu do, se eles Lhe desobedecessem, prin cipalmente adorando falsos deuses dos povos pagãos circunvizinhos, Ele os amaldiçoaria. Em suma, eles de viam ser encorajados à fidelidade no futuro, olhando para os atos do amor leal de Deus no passado, quando Ele os guiara pelo deserto com uma colu na de nuvem durante o dia e uma co luna de fogo durante a noite; quando manifestara Sua provisão fiel fazendo com que as roupas deles durassem quarenta anos; quando Ele providen ciara água da rocha e o maná que des cia do céu a cada dia. Por que Deus não requereu que eles se fortaleces sem na fé pela consideração das pro fecias que já tinham se cumprido? Eles não tinham uma Bíblia à qual re correr e, até então, poucas profecias já cumpridas estavam escritas de modo que pudessem aprender através delas (talvez ainda não houvesse nenhuma profecia escrita). Moisés foi o seu pri meiro grande profeta a escrever. Em Seu plano, Deus já tinha esta belecido profetas extraordinários que podiam revelar “as coisas encobertas [que] pertencem ao Senhor, nosso Deus”, bem como aquelas coisas “reve ladas [que] nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei” (Deuteronômio 29.29). Por conseguin te, embora naquela época (aproxima damente 1500 a.C.) não tivessem aces so a um registro escrito, eles tinham recordações suficientes da provisão de Deus para sustentar-lhes a fé de que Ele manteria Sua Palavra e os abençoa ria, SE e somente SE, não adorassem aos deuses dos povos pagãos circunvi zinhos. Infelizmente, a maioria foi in fiel, transgrediu o primeiro manda mento, adorou falsos deuses e sofreu as conseqüências da maldição que, se gundo a advertência de Deus, lhes so breviria pela desobediência. Durante o período de 1.500 anos que se seguiu, o Senhor lhes enviou “homens santos”, denominados profe tas, os quais proclamaram a mensa gem de Deus “movidos pelo Espírito Santo”. Poucos desses profetas foram escritores; temos alguns de seus escri tos preservados e classificados no câ non hebraico como Profetas Maiores e Profetas Menores do Antigo Testa mento. Nos escritos desses profetas há muitas profecias que predizem o futu ro, desde as 109 profecias (ou mais) relativas à primeira vinda do Messias, bem como as 321 profecias relativas à Sua Segunda Vinda, até profecias que dizem respeito a Israel e a seus mais ferrenhos inimigos. Hoje em dia, temos em nossas mãos as profecias da parte de Deus que nos foram deixadas por escrito, mencionadas por Daniel e referidas por Moisés como “...coisas encobertas [e... coisas] reveladas [que] nos per tencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para [nos motivar a] que confira confira cumpramos todas as palav ras desta lei” (Dt 29.29; grifo do autor). Como já vimos, das mais de 1.000 passa gens proféticas que prediziam o futu ro quando foram escritas, no mínimo 500 delas já se cumpriram. As profe cias que não se cumpriram dizem respeito a um momento ainda futu ro, porém muitas delas já estão se cumprindo durante nosso tempo de vida neste mundo, o que nos leva a crer que nossa geração pode muito bem ser a geração que verá o pleno cumprimento das profecias que se referem ao fim dos tempos. Nos con gressos que organizamos sobre a pro fecia bíblica, sempre procuro lembrar aos participantes que a nossa gera ção, mais do que qualquer outra ge ração anterior, tem motivos de sobra para crer que a Segunda Vinda de Cristo acontecerá durante os dias de nossa vida. Isso nos proporciona razão, mais do que suficiente, para acordar a cada manhã e dizer: “Talvez nosso Senhor volte hoje!”. Um dia isso vai se tornar realidade e pode ocorrer muito em breve. Minha mãe, uma estudante de dicada da Bíblia e das profecias bíbli cas, costumava dizer o seguinte: “Mantenha os olhos erguidos!”. (Pre- Trib Perspectives) Tim LaHaye escreveu mais de 40 livros e é co-autor dos best-sellers da série Deixados Para Trás. Ele também é um dos editores da Bíblia de Estudo Profética e um dos funda dores do Pre-Trib Research Center (Centro de Estudos PréTribulacionais). recomendamos livros pedidos: 0300 789.5152 | www.chamada.com.br chama da da meia - noit e | junho d e 2 009 13 a ARTIGO 03 os “habitantes da terra” mencionados em Apocalipse O texto de Apocalipse 3.10 é correta mente conhecido como uma das passa gens bíblicas que apóiam a doutrina do Arrebatamento pré-tribulacionista. Entre tanto, a segunda parte desse versículo menciona a expressão “habitantes da Ter ra” pela primeira vez no livro de Apoca lipse, conforme se lê: “Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para expe rimentar os que habitam sobre a terra”. Nesse versículo encontra-se a primeira ocorrência do que denomino de “habi tantes da Terra”, uma expressão que geral mente é traduzida por “os que habitam so bre a terra”. Essa frase ocorre onze vezes em nove versículos do livro de Apocalipse (Ap 3.10; Ap 6.10; Ap 8.13; Ap 11.10, 2 vezes; Ap 13.8,12,14, 2 vezes; Ap 14.6; Ap 17.8). “Habitantes da Terra” é um desig nativo para as pessoas descrentes que per sistirem na sua incredulidade durante o período da Tribulação vindoura. O contexto do Antigo Testamento Como a maior parte da terminolo gia neotestamentária, a expressão “ha 14 bitantes da terra” origina-se no Anti go Testamento. Algumas formas dela ocorrem cerca de 50 vezes no Antigo Testamento hebraico[1], sem incluir a expressão semelhante “habitantes do mundo”, que ocorre cinco vezes.[2] A esmagadora maioria das ocorrências dessa expressão “habitantes da terra” no Antigo Testamento é corretamente traduzida por “habitantes da terra” ou “os que habitam na terra”, uma vez que o contexto imediato faz referência a um determinado território ou a al gum país, como, por exemplo, Israel. Entretanto, num contexto global, a mesma expressão hebraica é traduzi da com mais propriedade por “mora dores da terra” (cf., Sl 33.14; Is 18.3; Is 24.6,17; Is 26.21; Jr 25.30; Jl 2.1; Sf 1.18). Todas as cinco ocorrências da expressão “habitantes [ou moradores] do mundo” parecem se enquadrar nesse contexto global (cf., Sl 33.8; Is 18.3; Is 26.9,18; Lm 4.12) e, com exce ção de uma ocorrência (Lm 4.12), to das aparecem no mesmo contexto em que se menciona a expressão “habi tantes da terra”. Quando as expressões “habitantes [ou moradores] do mun do” e “habitantes da terra” são usadas no mesmo contexto, fortalece-se a concepção de que não se referem a Thomas Ice um contexto local, mas a um contexto global ou mundial. Todas as ocorrências globais da ex pressão “habitantes da terra” no Anti go Testamento aparecem num contex to de julgamento e é provável que to das as afirmações relacionadas a ela se cumpram no futuro, durante o Dia do Senhor, também conhecido como pe ríodo da Tribulação. Um fato relevante é que tanto a expressão “habitantes da terra” quanto a expressão “habitantes [ou moradores] do mundo” são usadas por diversas vezes nos capítulos 24-27 de Isaías, uma seção do livro freqüen temente denominada de “o Apocalipse de Isaías”. O capítulo 24 nos informa que o juízo mundial de Deus sobrevirá a toda a humanidade por causa dos pe cados específicos dos “moradores da terra” (Is 24.5,6,17). O texto de Isaías 26.9b declara: “...porque, quando os teus juízos reinam na terra, os morado res do mundo aprendem justiça”. Os dois últimos versículos do capítulo 26 referem-se ao período da Tribulação. O versículo 20 menciona que Israel se esconderá e será protegido “...até que passe a ira”. Se o remanescente de Is rael será protegido durante a Tribula ção, qual será, então, o propósito de Deus em executar juízo durante esse chama da da m e ia-noit e | junho d e 2 0 0 9 “Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra”. (Apocalipse 3.10) período? O versículo 21 responde a es sa indagação nos seguintes termos: “Pois eis que o Senhor sai do seu lugar, para castigar a iniqüidade dos morado res da terra; a terra descobrirá o sangue que embebeu e já não encobrirá aqueles que foram mortos” (Is 26.21). Assim, percebemos que o propósito da Tribu lação vindoura é o de “castigar” os ha bitantes da terra. Isso se assemelha muito à afirmação encontrada em Apocalipse 3.10, na qual o Senhor de clara que usará a “provação que há de vir sobre o mundo inteiro” [i.e., a Tribu lação] com o propósito de “experimen tar os que habitam sobre a terra”. Pare ce evidente que os capítulos 24-27, es pecialmente o texto de Isaías 26.21, chama da da meia - noit e | junho d e 2 009 proporcionam o pano de fundo para que se possa entender o significado de Apocalipse 3.10, bem como compreen der o uso que o apóstolo João faz da expressão “habitantes da terra” ao lon go de todo o livro de Apocalipse. “Para experimentar os que habitam sobre a terra” Já que um dos principais propósitos dos juízos da Tribulação é o de “casti gar” (Is 26.21) ou “experimentar” (Ap 3.10) os habitantes da terra[3], é funda mental que saibamos o que isso signifi ca. O termo grego traduzido por “expe rimentar” é peirazo, que quer dizer “es forçar-se para descobrir a natureza ou caráter de alguma coisa por meio de teste; testar, experimentar, submeter à prova”.[4] É importante que se tenha em mente o fato de que um dos principais propósitos dos juízos da Tribulação descritos em Apocalipse (caps. 4-19) é o de testar os habitantes da terra sob as circunstâncias mais extremas, a fim de comprovar a rejeição deles ao Cordeiro (i.e., Jesus) e à Sua mensagem (i.e., o Evangelho). Apesar da severidade dos julgamentos que são desferidos do céu, nem ao menos um morador da terra se arrepende (veja Ap 6.15-17; Ap 9.20-21; Ap 16.9,11,21). 15 É possível que o texto de Isaías 26.21 tenha empregado o termo vin dicativo “castigar” pelo fato de que, segundo o relato detalhado de Apoca lipse, nem sequer um habitante da terra se arrependerá durante a Tribu lação. A profecia de Isaías retrata uma resolução definitiva tomada após ava liação, ao passo que o apóstolo João se refere ao propósito antes que o mesmo produza determinado efeito. Entretanto, os acontecimentos subse qüentes de Apocalipse não deixam a menor dúvida de que os habitantes da terra, após serem submetidos às pro vas da Grande Tribulação, merecem o justo juízo de Deus. Quem são “os que habitam sobre a terra”? Quando se faz um levantamento das onze ocorrências da expressão “ha bitantes da terra” em Apocalipse, per cebe-se um componente interessante e revelador. Esses habitantes não apenas precisam ser experimentados para re velar sua verdadeira convicção (Ap 3.10), mas também são identificados claramente como aqueles que perse guem e matam os crentes durante a Tribulação (Ap 6.10). Muitos dos juí zos da Tribulação têm como alvo “os habitantes [ou moradores] da terra” (Ap 8.13). São os “habitantes de terra” que se alegrarão e enviarão presentes uns aos outros quando as duas teste munhas forem mortas em Jerusalém na metade do período da Tribulação (Ap 11.10). Quando a besta (i.e., o An ticristo) é apresentada em Apocalipse 13, observa-se que “...adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra” (Ap 13.8,12). Portanto, cem por cento dos que “habitam sobre a terra” receberão a marca da besta em seus corpos e pas sarão a eternidade sob condenação no Lago de Fogo. Como seguidores da besta, os “habitantes da terra” serão enganados pelos sinais e milagres rea lizados pelo falso profeta durante a Tribulação e erigirão uma imagem da besta, provavelmente no interior da quele que será o templo dos judeus (Ap 13.14). Embora o público-alvo da pregação do Evangelho proclamada por um mensageiro angelical sejam os “habitantes da terra” (Ap 14.6), ne nhum dos ouvintes seguirá o Cordeiro; pelo contrário, todos se maravilharão com a besta (Ap 17.8). Tony Garland faz uma correta su posição de que a expressão “habitantes da terra” transmite um significado “so teriológico-escatológico[5] no livro de Apocalipse porque designa os perdidos [i.e., não-salvos] no tempo do fim, os quais continuam em sua firme rejeição a Deus”.[6] Portanto, em vez de ser uma designação geográfica, a expres são “habitantes da terra” é uma desig nação moral, ainda que a frase tenha conotação geográfica. A expressão “ha Ao contrário dos fiéis a Deus que são estrangeiros e peregrinos na terra, cu ja esperança se encontra no céu, esses que habitam sobre a terra põem sua confiança no homem e no meio-ambiente. 16 chama da da m e ia-noit e | junho d e 2 0 0 9 bitantes da terra” parece ser uma figu ra de linguagem denominada sinédo que, na qual o todo (i.e., os habitantes da terra) é usado para designar uma de suas partes (os descrentes do período da Tribulação).[7] A realidade dos “habitantes da ter ra” é contrastada com o legítimo cen tro das atenções do livro de Apocalipse que é o templo celestial, do qual são expedidas as ordens divinas para o es tabelecimento do Reino de Deus na terra. Por outro lado, o centro das atenções e ambições dos “habitantes da terra” limita-se à terra, numa desconsi deração com a vontade de Deus profe rida do céu e decretada na terra. Gar land comenta que “esse fato explica a razão pela qual os acontecimentos de Apocalipse envolvem grandes juízos derramados sobre os sistemas naturais da terra, visto que a Terra se tornou um ídolo adorado pelos que nela habi tam”.[8] Ao contrário dos fiéis a Deus que são estrangeiros e peregrinos na terra (Lv 25.23; Nm 18.20,23; 1 Cr 29.15; Sl 39.12; Sl 119.19; Jo 15.19; Jo 17.14,16; Fp 3.20; Hb 11.13; 1 Pe 2.11), cuja esperança se encontra no céu (Hb 11.13-16; Ap 13.6), esses que habitam sobre a terra põem sua confiança no homem e no meio-ambiente”.[9] Re nald Showers declara: “Todas essas re ferências do livro de Apocalipse aos “que habitam sobre a terra” são uma clara indicação de pessoas não-salvas do futuro período de provação, as quais nunca serão salvas [...] Apesar dos devastadores horrores da sexta trombeta, que causarão a morte de um terço da humanidade, os habitantes da terra não se arrependerão de suas obras perversas (Ap 9.20-21)”.[10] Outras referências O texto de Lucas 21.35, que é parte do discurso sobre o fim dos tempos proferido por nosso Senhor no monte das Oliveiras, faz a seguinte advertên cia: “Pois há de sobrevir a todos os que vivem sobre a face de toda a terra”. Nesse caso em questão, os “habitantes da terra” são aqueles que serão pegos de surpresa pelos juízos do período da Tribulação. A mesma temática do des preparo se encontra em 1 Tessaloni censes 5 na referência aos “filhos das trevas” (1 Ts 5.1-11). Eles estarão des preparados porque não crerão em Je sus Cristo como seu Salvador. Uma outra passagem bíblica que não usa a expressão “habitantes da ter ra”, mas que muito provavelmente faz alusão aos “habitantes da terra” por outro designativo (i.e., “os que não aco lheram o amor da verdade para serem salvos” – cf. 2 Ts 2.10b), nos proporcio na uma compreensão mais ampla des sa questão: “É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira, a fim de serem julgados todos quantos não de ram crédito à verdade; antes, pelo con trário, deleitaram-se com a injustiça” (2 Ts 2.11-12). Tal declaração reforça a confira confira i déia de que um teste e um julgamento dos “habitantes da terra” estão incluí dos no propósito estabelecido por Deus para a Tribulação. Nesse contex to de 2 Tessalonicenses, Deus é visto como Aquele que permite ao “homem da iniqüidade” [i.e., o Anticristo] reali zar falsos sinais e prodígios da mentira pelo fato de que os “habitantes da ter ra” não amam a verdade. Maranata! (Pre-Trib Perspectives) Thomas Ice é diretor-executivo do Pre-Trib Research Center em Lynchburg, VA (EUA). Ele é autor de muitos livros e um dos editores da Bíblia de Estudo Profética. Notas: 1. Obtido por pesquisa eletrônica através do programa de computação Accordance, versão 7.4.2. 2. Obtido por pesquisa eletrônica através do programa de computação Accordance, versão 7.4.2. 3. O outro propósito principal da Tribulação é o de levar o povo de Israel à conversão e aceitação de Jesus co mo seu Messias (Is 26.11-20; Jr 30.1-24; Ez 20.3344; Ez 22.17-22; Dn 12.1-13; Zc 12.10-13.1, etc). 4. Walter Bauer, A Greek-English Lexicon of the New Testa ment and Other Christian Literature, traduzido e adap tado por William F. Arndt e F. Wilbur Gingrich, Chicago: The University of Chicago Press, 1957, p. 793. 5. Soteriológico relaciona-se com o estudo da doutrina da salvação, enquanto escatológico diz respeito ao estudo da doutrina das últimas coisas. 6. (Os termos em itálico são originais) Tony Garland, A Testimony of Jesus Christ: A Commentary on the Book of Revelation, 2 vols., Camano Island, WA: SpiritAnd Truth.org, 2004, vol. 1, p. 264-5. 7. Veja, Ethelbert W. Bullinger, Figures of Speech Used in The Bible, Grand Rapids: Baker Book House, (1898), 1968, p. 637-8. 8. Garland, Revelation, vol. 2, p. 281, nota explicativa nº 77. 9. (Os termos em itálico são originais) Garland, Revela tion, vol. 2, p. 265. 10. Renald E. Showers, Maranatha, Our Lord Come, Bell mawr, NJ: The Friends of Israel Gospel Ministry, 1995, p. 265, citado na o bra de Garland, Revelation, p. 265. recomendamos livros pedidos: 0300 789.5152 | www.chamada.com.br chama da da meia - noit e | junho d e 2 009 17 do nosso campo visual Notícias 01 Por que tantos focos de conflitos? O homem deveria tornar-se mais sábio com o passar dos milênios, mas na prática não somos muito diferentes dos nossos antepassados. As pessoas não melhoraram; seus armamentos, sim, pois com eles é possível matar cada vez mais gente em menos tempo. O ano de 2008 trouxe mais guer ras ao mundo, mas também trouxe um sinal de esperança. Foi registrado um aumento de conflitos violentos e, com a luta entre a Rússia e a Geórgia no início de agosto, a guerra retornou à Europa. Mas um evento do ano passa do anima os analistas: a eleição de Barack Obama como presidente dos Estados Unidos. Com ele aumentariam as chances de soluções diplomáticas e diminuiria o uso das armas por parte dos americanos – pré-requisito impor tante para um mundo mais pacífico, mesmo que o fim de todas as guerras continue sendo uma esperança irreal. Anualmente, o Instituto Para a So lução Internacional de Conflitos (de Heidelberg/Alemanha), estabelece uma “escala de conflitos” dividida em categorias. Nos dois níveis mais gra ves, o ano passado teria registrado aumento em relação ao ano anterior: o número de guerras subiu de 6 para 18 9 e os conflitos regionais aumentaram de 26 para 30... (N-tv) Repetidamente nos perguntamos como pode haver tanta brutalidade, tanto terror, opressão, ódio, inimizade e guerra no nosso mundo. O globo es tá cheio de focos de conflitos. Pelo vis to, o mundo não aprendeu absoluta mente nada do passado. A explicação é encontrada na Bí blia. O mundo continua lidando com o mesmo inimigo de sempre, tanto mais quanto avançamos nos tempos finais. “Ele (Deus) vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e peca dos, nos quais andastes outrora, se gundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do es pírito que agora atua nos filhos da desobediência” (Ef 2.1-2). É uma ver dade assustadora perceber que pode-se estar morto ainda em vida. O versículo 5 descreve o mesmo em outras pala vras: “estando nós mortos em nossos delitos”. E 1 Timóteo 5.6 também fala da possibilidade de, mesmo vivo, al guém estar morto. O homem vive fisicamente, mas desde a queda em pecado seu espíri to está morto. Isso traz conseqüên cias a todos os seus atos e, por exten são, a todos os acontecimentos no mundo. Efésios 2.12 nos diz porque é assim: “naquele temp o, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianç as da promessa, não tendo esp eranç a e sem Deus no mundo”. Esse é um balanço realmente deso lador: sem Cristo, sem esperança, sem Deus e sem vida! Quem não tem a Cristo, também não tem a Deus. Por isso, Efésios 4.18 diz acerca das pessoas que vivem conscientemente sem Deus: que elas têm seu “entendimento obs curecido” e estão “alheias à vida de Deus”, que vivem em “ignorância”, “pela dureza do seu coração”. Mesmo chama da da m e ia-noit e | junho d e 2 0 0 9 sendo tão trágica, essa afirmação é a mais pura verdade. Pessoas sem Jesus não conhecem a Deus e estão excluí das da vida dEle e, portanto, mortas espiritualmente. Nessa situação de morte espiritual, o homem não é dominado por Deus, mas por aquele que trouxe o pecado e a morte ao mundo, pelo príncipe deste mundo. A Bíblia nos explica que existe um curso deste mundo segundo o príncipe da potestade do ar, segundo o espírito que agora atua nos filhos da desobediência. Em Efésios 6, Paulo ex plica que nosso mundo é dominado por Satanás e seus demônios a partir do cosmo: “porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim con tra os principados e potestades, con tra os dominadores deste mundo te nebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Ef 6.12). A palavra grega para “domina dor do mundo” é “kosmokrator”, da qual deriva a palavra cosmo. Uma humanidade desobediente a Deus, que rejeita Seu Filho Jesus Cristo, está dependente do príncipe (ou domi nador), que age entre o céu e a terra e dali influencia o mundo. Mas Satanás e seus demônios não apenas influenciam, eles também dominam os povos da ter ra. É óbvio que isso tem conseqüências terríveis sobre os indivíduos, sobre as famílias, as sociedades e as nações. Os focos de conflitos e as crises são causa dos por Satanás e fazem parte de sua lu ta contra Deus. E, quanto mais avança mos nos tempos finais, maiores se tor nam os conflitos. Isso acontece justamente nas regiões que desempe nham algum papel importante no cená rio bíblico-profético. É literalmente per ceptível que “algo paira no ar”. O Apocalipse fala de um tempo fu turo em que Satanás será lançado so bre a terra (Ap 12.7-12), que então será tomada pelo terror, demonismo, domí nio da violência e guerras. Aquilo que acontece em escala glo bal também explica os conflitos na vida pessoal. Insatisfação e brigas, ódio e vio lência, desentendimentos e separações são constantes e continuam aumentan do. Mesmo que o homem não queira ser como é e sonha com amor e harmonia, é justamente a vida cotidiana que mos chama da da meia - noit e | junho d e 2 009 Insatisfação e brigas, ódio e violência, desentendimentos e separações são constantes e continuam aumentando. tra o quanto esses sonhos estão distantes da realidade. Milhares de vezes sonha-se com mudanças, e milhares de vezes na da acontece – até que chega a grande vi rada, quando alguém se volta para Aquele que mudou tudo, que pode alte rar tudo e que vai transformar tudo. Em Sua morte na cruz e em Sua ressurreição dentre os mortos Jesus trouxe a grande virada. E esta se torna uma realidade bem atual para cada um que se abre pa ra Ele. E quando Jesus voltar, trará a grande mudança para o mundo inteiro. O impossível se tornará possível através de Jesus! Cada um que está morto sem Cristo torna-se vivo com Ele! Deus é um Deus da vida e quer dar a vida a uma humanidade caída em pecados e, portanto, morta. Por isso Jesus veio, morreu por nós, ressuscitou dentre os mortos e foi elevado acima dos céus – para trazer vida. “(O poder de Deus), o q ual exer ceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potesta de, e poder, e domínio, e de todo no me que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro. E pôs todas as coisas de baixo dos pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu á igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude da quele que a tudo enche em todas as coisas” (Ef 1.20-23). Jesus está elevado acima de qual quer outro poder e tudo Lhe está sujei to. Assim, Jesus está muito acima da quele que, segundo Efésios 2.2, domi na nos ares e demoniza este mundo. Todo aquele que crê em Jesus renasce espiritualmente, sua posição “em Je sus” passa a ser nas regiões celestiais. Por isso, não está mais sob a esfera de ação de Satanás, mas sob o poder do Espírito (Cl 1.13). “Mas Deus, sendo rico em miseri córdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vi da juntamente com Cristo, – pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assen tar nos lugares celestiais em Cristo Jesus” (Ef 2.4-6). Satanás é o príncipe deste mundo (Jo 12.31; Jo 14.30; Jo 16.11), e por isso todo o mal vem dele. Mas se você está em Cristo, Satanás não é mais o seu príncipe. O domínio mudou. Jesus, o Príncipe da Paz, (Is 9.6) é agora o seu Príncipe, no lugar de Satanás. E Jesus é muito maior do que aquele que está no mundo (1 Jo 4.4). Essa mudança de domínio já foi experimentada por muitos, o que é uma prova evidente do poder de Jesus. (Norbert L ieth). 19 aconselhamento bíblico É verdade que o subconsciente dirige nossos atos? Pergunta: “A afirmação de que nossa mente é composta de duas partes, o consciente e o subconsciente, tem com provação científica? É verdade que é o subconsciente que rege a maioria das nossas ações e que ele também controla nossos comportamentos aprendidos?” 20 Resposta: Em primeiro lugar, a mente, que é a sede dos nossos pensamentos, é uma parte não-física da nossa constituição. Ela não deve ser confundida com o cérebro, que é um órgão físico pertencente ao corpo. Como a mente não tem propriedades físicas, ela está fora do alcance da investigação científica objetiva. A idéia de que nossa mente tem uma parte subconsciente ou inconsciente, que de termina ou influencia nosso comportamento, é um mito criado por Sigmund Freud que, segundo alguns, formulou a teoria quando estava sob o efeito da cocaína. Essa era a dro ga que ele usava para tratar de sua própria depressão e que recomendava aos outros com insistência. Mesmo que algo acontecesse num campo hipotético chamado inconsciente, não há nenhum meio de discernir, de forma cientificamente válida, quais teriam sido esses pensamentos. Deveria ser óbvio para todo mundo que essa suposta região incons ciente que determina nossos pensamentos e ações conscientes não passa de especulação em benefício próprio. Em seu livro intitulado Therapy’s Delusions: The Myth of the Unconscious and the Ex ploitation of Today’s Walking Worried (Ilusões da Terapia: O Mito do Inconsciente e a Explo ração dos Ansiosos de Hoje, em tradução livre), Richard Ofshe e Ethan Watters escrevem: Embora seja óbvio que todos nós temos processos mentais dos quais não es tamos plenamente conscientes, a idéia do inconsciente dinâmico propõe a exis tência de uma poderosa mente oculta que, sem o conhecimento de seu hospedei ro, influencia intencionalmente os mais ínfimos pensamentos e comportamentos. Não existe nenhuma evidência científica da existência desse tipo de inconsciente dotado de intenção e nem de que os psicoterapeutas tenham métodos especiais para desvendar realmente os processos mentais dos quais não temos consciên cia. No entanto, a alegação dos terapeutas de que têm condições de expor e modificar a mente inconsciente continua sendo a promessa sedutora de muitas terapias baseadas na interação verbal. Os cristãos têm sido levados a acreditar nessa falsa idéia de subconsciente devido à in fluência do aconselhamento psicológico na igreja, principalmente entre os chamados psi cólogos cristãos e os praticantes da cura interior. O resultado prático desse conceito pseu docientífico completamente antibíblico é que o indivíduo não pode ser responsabilizado por suas ações pecaminosas, porque elas foram determinadas sem o seu envolvimento consciente. Além disso, é um prato cheio de desculpas para a nossa natureza pecaminosa. A noção de inconsciente, ou subconsciente, é estranha ao ensino bíblico. A Palavra de Deus trata da humanidade com base no comportamento consciente sobre o qual todos nós temos controle, o que nos faz, portanto, responsáveis por nossos atos. Com certeza, existem áreas que são um mistério para nós; áreas relacionadas com o cora ção, a mente, a vontade, as emoções e o que a Bíblia chama de “o mistério da iniqüida de”, ou pecado. Mas essas áreas estão fora do alcance da investigação humana e só Deus as conhece: “Ouve tu dos céus, lugar da tua habitação, perdoa e dá a cada um se gundo todos os seus caminhos, já que lhe conheces o coração, porque tu, só tu, és conhe cedor do coração dos filhos dos homens. Enganoso é o coração, mais do que todas as coi sas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá? Eu, o Senhor, esquadrinho o co ração [...]” (2 Crônicas 6.30; Jeremias 17.9-10). (Dave Hunt, The Berean C all) chama da da m e ia-noit e | junho d e 2 0 0 9