Aula 04 - Indústria de Defesa no Brasil

Transcrição

Aula 04 - Indústria de Defesa no Brasil
Indústria de Defesa
no Brasil
Dezembro/2015
Indústria de Defesa no Brasil
Objetivo
A presente apresentação tem como principal objetivo
oferecer um panorama da indústria de defesa no Brasil
e no mundo, as transformações previstas para o país
nos próximos anos, principalmente decorrentes de
marcos regulatórios e da implementação de políticas e
modelos e acordos de incentivo a indústria.
Indústria de Defesa no Brasil
Ambientação histórica da indústria de defesa nas últimas décadas
Após o movimento de 1964, o Brasil deu grande prioridade ao equipamento militar.
Essa fase durou até 1985.
O país desenvolveu tecnologias bélicas nas décadas de 1960, 70 e 80. Ao final desta última, a
indústria de defesa atingiu seu maior nível e o país se tornou o 8º maior exportador mundial.
Nesta época, a Engesa fabricante de blindados, vendia para as forças armadas de 32 países.
A Avibras, somente em 1985, vendeu cerca de US$ 1 bilhão em veículos lançadores de mísseis e
foguetes.
O Papel das F.A.

Até o final da década de 80, cerca de 90% dos meios que mobilizavam o Exército
Brasileiro eram fabricados em território nacional.

O regime militar foi encerrado em 1985, numa transição de redemocratização, e os
militares passaram a ser subordinados aos governantes civis, que é característica das
democracias.

Desse modo, o presidente da República, eleito pelo voto popular, retomou o posto de
comandante supremo das Forças Armadas.

Desde então as transformações políticas e sociais das décadas de 1990 e 2000
trouxeram consigo o desmantelamento da base industrial de defesa e uma considerável
redução das atividades dos centros de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) nacionais,
notadamente naqueles que constituem a base científico-tecnológica da defesa do país.
Indústria de Defesa no Brasil
Ambientação histórica da indústria de defesa nas últimas décadas
Notadamente como explicitado adiante neste trabalho, mostra a implantação de marcos regulatórios
delineados pelo Governo principalmente a partir de 2008, o setor de defesa tem mostrado reação
positiva.
Em valores orçamentários a Defesa do Brasil hoje está entre as quatro pastas com maiores previsões
orçamentárias da União e entre as três de maiores execuções orçamentárias direta.
Os gastos militares no Brasil são superiores aos de qualquer outra nação da América Latina e
encontra-se na 11ª posição mundial.
No entanto, o item pessoal ocupa a maior parte do orçamento.
Indústria de Defesa no Brasil
Aspectos Regulatórios
A política do Estado brasileiro para a Defesa Nacional é estabelecida por dois documentos
principais: A Política Nacional de Defesa (a PND) e a Estratégia Nacional de Defesa (END).
A PND, aprovada pelo Decreto Presidencial 5.484, de 30 de junho de 2005, e revisada
recentemente, em julho de 2012, pelo Congresso Nacional, tem como premissas os fundamentos,
objetivos e princípios dispostos na Constituição Federal e encontra-se em consonância com as
orientações governamentais e a política externa do país, alicerçada na busca de soluções
pacíficas das controvérsias e no fortalecimento da paz e segurança internacionais.
Segundo descrito na PND, o Brasil defende uma ordem internacional baseada na democracia; no
multilateralismo; na cooperação; na proscrição de armas químicas, biológicas e nucleares; e na
busca de paz entre as nações.
Defende a reformulação e democratização das instâncias decisórias dos organismos
internacionais como forma de reforçar a solução pacífica de controvérsias e sua confiança nos
princípios e normas do direito internacional.
Indústria de Defesa no Brasil
Aspectos Regulatórios
A END foi aprovada pelo Decreto 6.703, de 18 de dezembro de 2008, e recentemente revisada,
em julho de 2012, também no Congresso Nacional, para aprovação.
Busca dotar o país de estrutura de defesa capaz de atender aos objetivos estratégicos traçados
pela PND, contemplando ações de curto, médio e longo prazos em três vertentes principais:
(i)
reorganização das Forças Armadas;
(ii) reestruturação da indústria nacional de defesa; e
(iii) política de composição dos efetivos das Forças Armadas.
Na vertente da reorganização das Forças Armadas, a END preconiza sua atuação de forma
conjunta, sob a coordenação do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA).
Indústria de Defesa no Brasil
Aspectos Regulatórios
A END tem como aspecto importante o estabelecimento das necessidades de meios de defesa do
país no longo prazo, possibilitando o planejamento de aquisições compatível com o aumento
gradual da participação da indústria nacional nas compras de defesa.
As Forças Armadas brasileiras elaboraram seus planos de reaparelhamento, consolidando-os no
Plano de Articulação e Equipamento da Defesa (Paed), que quantifica as demandas quanto a
meios indispensáveis à satisfação de suas necessidades operacionais, considerando o horizonte
temporal de vinte anos.
Existem também projetos cujos objetivos são comuns às três Forças, que são administrados pelo
próprio Ministério da Defesa.
Indústria de Defesa no Brasil
Aspectos Regulatórios
Resumo dos principais programas no âmbito do Paed:
Projetos Marinha
Período Previsto*
1. Recuperação da Capacidade Operacional
2. Programa Nuclear da Marinha (PNM)
3. Construção do Núcleo do Poder Naval
2009 - 2031
1979 - 2031
2009 - 2047
Valor Global Estimado
em R$ Milhões
5.372,30
4.199,00
168.020,80
4. Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul
5. Complexo Naval da 2a Esquadra /2ª Força de Fuzileiros da Esquadra (2ª FFE)
6. Pessoal
2011 - 2033
2013 - 2031
2010 - 2031
12.016,60
9.141,50
5.015,60
7. Segurança da Navegação
2013 - 2031
245,10
204.010,90
TOTAL MARINHA
Projetos Exército
Período Previsto*
Valor Global Estimado
em R$ Milhões
1. Recuperação da Capacidade Operacional 2011 - 2022 11.426,80
2011 -2022
11.426,80
2. Defesa cibernética 2010 - 2023 895,40
2010 - 2023
895,40
3. Guarani 2011 - 2034 20.865,70
2011 - 2034
20.865,70
4. Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON) 2011 - 2023 11.992,00
2011 - 2023
11.992,00
5. Sistema Integrado de Proteção de Estruturas Estratégicas Terrestres (PROTEGER) 2012 - 2031 13.230,60
2012 -2031
13.230,60
6. Sistema de Defesa Antiaérea 2010 - 2023 859,40
7. Sistema de Mísseis e Foguetes ASTROS 2020 2011 - 2023 1.146,00
2010 -2023
2011 - 2023
859,40
1.146,00
TOTAL EXÉRCITO
60.415,90
Indústria de Defesa no Brasil
Aspectos Regulatórios
Resumo dos principais programas no âmbito do Paed:
Projetos Aeronáutica
Período Previsto*
Valor Global Estimado
em R$ Milhões
1. Gestão Organizacional e Operacional do Comando da Aeronáutica 2010 - 2030 5.689,00
2010 -2030
5.689,00
2. Recuperação da Capacidade Operacional 2009 - 2019 5.546,70
2009 - 2019
5.546,70
3. Controle do Espaço Aéreo 2008 - 2030 938,30
2008 - 2030
938,30
4. Capacitação Operacional da FAB 2009 - 2030 55.121,00
2009 - 2030
55.121,00
5. Capacitação Científico-Tecnológica da Aeronáutica 2008 - 2033 49.923,90
2008 - 2033
49.923,90
6. Fortalecimento da Indústria Aeroespacial e de Defesa Brasileira 2009 - 2030 11.370,20
2009 - 2030
11.370,20
7. Desenvolvimento e Construção de Engenhos Aeroespaciais 2015 - 2030 A ser determinado pelo PNAE
2015 - 2030
8. Apoio aos Militares e Civis do Comando da Aeronáutica 2010 - 2030 3.229,60
2010 -2030
9. Modernização dos Sistemas de Formação e Pós-Formação de Recursos Humanos 2010 - 2028 352,00
A SER DETERMINADO
3.229,60
2010 - 2028
352,00
TOTAL AÉRONAUTICA
Projetos Administração Central (Ministério da Defesa)
132.170,70
Período Previsto*
Valor Global
E st im ad o em
R$ Milhões
1 Projeto Sistema de Comunicações Militares por Satélite — SISCOMIS (E)
2004 - 2031
369,00
2 Projeto Sistema de Comunicações Militares Seguras — SISTED (E)
2004 - 2031
217,40
3 Projeto Desenvolvimento do Sistema de Informações de Logística e Mobilização de Defesa - SISLOGD (E)
2012 - 2023
7,70
4 Projeto de Modernização da Defesa Antiaérea das Estruturas Estratégicas (E)
2012 - 2023
4.000,00
5 Projeto Modernização do Sistema de Proteção da Amazônia (E)
2012 - 2023
752,60
6 Projeto Sistema de Cartografia da Amazônia (E)
2012 - 2023
1.004,50
TOTAL ADM. CENTRAL
6.351,20
Indústria de Defesa no Brasil
Aspectos Regulatórios
Pode-se observar que os montantes previstos de investimentos são elevados, da ordem
R$ 20
bilhões/ano, em média. Isso significa que, para satisfazer as necessidades do Paed, apenas com
recursos
do
orçamento
da
União,
será
necessário
um
grande
esforço,
elevando-se
substancialmente os investimentos em relação aos valores históricos.
O desenvolvimento da indústria bélica é um dos três eixos estruturantes da Estratégia Nacional de
Defesa, ao lado da reorganização das Forças Armadas e da recomposição do efetivo militar. Com
uma indústria de defesa forte, o Brasil quer assegurar o domínio nacional da tecnologia com a qual
são produzidos os equipamentos militares.
Devemos destacar como marco regulatório de incentivo à indústria de defesa a Medida Provisória
544/11 que é um dos passos dados pelo governo federal para atingir esse objetivo. A matéria,
aprovada pelo Senado, criou regime tributário especial para a indústria nacional de defesa (Retid)
e institui normas específicas para a licitação de produtos e sistemas destinados ao setor.
Indústria de Defesa no Brasil
Aspectos Regulatórios
O regime especial para a indústria suspende a cobrança de Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI), de PIS-Pasep e de Cofins sobre peças, equipamentos, sistemas, matériasprimas e serviços usados em materiais de defesa, munições, armas, embarcações, aviões,
satélites, foguetes, veículos, entre outros.
Poderão obter o benefício as empresas estratégicas de defesa (EED) do país e as participantes da
cadeia produtiva que comprovarem que, pelo menos, 70% de suas receitas sejam provenientes de
vendas para as EED.
Integrantes do Simples Nacional (Supersimples) não poderão se beneficiar do regime especial.
Indústria de Defesa no Brasil
Economia da Defesa no Brasil e no Mundo
Estudos mostram que há uma correlação, no longo prazo, entre o Produto Interno Bruto (PIB) e o gasto militar
[Ablett e Edrmann (2013)].
Em outras palavras, o crescimento econômico traz consigo uma preocupação em dispor de meios que permitam
assegurar a defesa dos interesses nacionais.
A seguir apresentamos Tabela que mostra o ranking dos 14 maiores PIB no Mundo em 2014.
Rank
País
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Estados Unidos
China
Japão
Alemanha
Reino Unido
França
Brasil
Itália
India
Rússia
Canadá
Coréia do Sul
Espanha
México
PIB
em
trilhões US$
de 2014
17,41
10,38
4,61
3,86
2,94
2,84
2,35
2,14
2,05
1,85
1,78
1,41
1,40
1,28
Indústria de Defesa no Brasil
Economia da Defesa no Brasil e no Mundo
A Tabela a seguir mostra o ranking dos países com as maiores despesas de defesa no
mundo em 2014,
O destaque é os Estados Unidos, que gasta sozinho valor equivalente à soma dos 7 países
posicionados logo abaixo (cerca de 35% dos gastos mundiais em defesa).
Observa-se também que o orçamento brasileiro, situado no 11º posto, é o menor entre os
países do BRIC, tanto em termos absolutos, quanto em percentual
* do PIB.
O Brasil era a 7ª economia no mundo.
Rank
País
1
Estados Unidos
2
China
3
Russia
4
Arabia Saudita
5
França
6
Reino Unido
7
India
8
Alemanha
9
Japão
10
Coreia do Sul
11
Brasil
12
Itália
13
Australia
14
Emirados Arabes
15
Turquia
16
Canada
17
Israel
18
Colombia
19
Espanha
20
Argélia
Total Gastos 20 maiores
Total Gastos Mundial
%
Gastos com
Defesa
Gastos
(US$ bi)
Mundiais
609,9
216,4
84,5
80,8
62,3
60,5
50,0
46,5
45,8
36,7
31,7
30,9
25,4
22,8
22,6
17,5
15,9
13,1
12,7
11,9
1.497,6
1.746,5
34,92
12,39
4,84
4,62
3,57
3,46
2,86
2,66
2,62
2,10
1,82
1,77
1,45
1,30
1,30
1,00
0,91
0,75
0,73
0,68
85,75
100,00
% PIB
3,5%
2,1%
4,5%
10,4%
2,2%
2,2%
2,4%
1,2%
1,0%
2,6%
1,4%
1,5%
1,8%
5,1%
2,2%
1,0%
5,2%
3,4%
0,9%
5,4%
Gastos com Defesa

No Brasil em 2014, os gastos com defesa cerca 72% dos recursos
destinaram-se ao pagamento de pessoal

Esse fato se deve ao tamanho territorial e o grande efetivo,

Do total, aproximadamente 15% vai para custeio (voltadas a manutenção
de bens e serviços) e 11% são transformados em investimentos.
Indústria de Defesa no Brasil
Panorama Geral da Indústria de Defesa no Brasil
Com o ganho de importância do Brasil na esfera internacional, o tema defesa ressurge nas discussões por sua
relevância estratégica.
A eliminação do hiato formado pelo baixo investimento em defesa nas últimas décadas, proporcionalmente
inferior ao dos outros países, cria uma oportunidade de crescimento para a indústria.
Um novo marco regulatório traz condições de preferência para empresas brasileiras, ao mesmo tempo em que o
orçamento se mostra crescente e a desoneração de impostos impulsionaram o desenvolvimento da indústria de
defesa no país.
Panorama Geral da Indústria de
Defesa no Brasil

Nesta Apresentação procuramos demonstrar o panorama da indústria de
defesa no Brasil e das transformações pelas quais vem passando em razão
das recentes políticas públicas para o desenvolvimento da defesa e as
possibilidades de atuação do BNDES.

Na contramão da balança comercial brasileira, que registrou no ano de 2014
o primeiro resultado negativo desde o ano 2000, com déficit (exportações
menos importações) de US$ 3,9 bilhões, de acordo com o site Stockholm
International Peace Research Institute (SIPRI), a exportação de produtos
da indústria de defesa do Brasil cresceu no ano passado 17,5%.
Indústria de Defesa no Brasil
Panorama Geral da Indústria de Defesa no Brasil
E a expectativa para 2015 da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE)
é de que este número cresça no mesmo ritmo, apesar da preocupação do setor com os cortes promovidos pelo
governo no orçamento da União, que terão reflexos nas compras das Forças Armadas.
Conforme estudo realizado pela ABIMDE, esse número pode mais que dobrar nos próximos 20 anos devido aos
grandes projetos anunciados pelo governo nos últimos meses.
Panorama Geral da Indústria de
Defesa no Brasil

A expectativa é de que os investimentos girem na ordem de US$ 120 bilhões a longo
prazo, sendo US$ 40 bilhões já anunciados para programas voltados para vigilância
das fronteiras marítimas, aéreas e terrestres do país, entre eles o Sisfron (Sistema de
Vigilância da Fronteira), o Sisgaaz (Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul), o
Prosuper (Programa de Aquisição de Navios de Superfície) e o F-X2 (que dotará a
Força Aérea Brasileira de aeronaves de caça e ataque de última geração).

De acordo com a entidade, o setor hoje é responsável pela geração de 30 mil
empregos diretos e outros 120 mil indiretos.
Indústria de Defesa no Brasil
Panorama Geral da Indústria de Defesa no Brasil
E conforme estimativas em 2020, os postos de trabalho ligados à indústria de defesa serão 50 mil diretos e 190
mil indiretos.
O que mostra o otimismo no crescimento da Indústria de Defesa.
Já para 2030, a expectativa é ainda melhor, passando para 60 mil novas vagas diretas e 240 mil indiretas.
Esse cenário pode colocar a indústria brasileira em 15º lugar no ranking dos grandes players mundiais de defesa,
em 2013 ocupávamos 27º lugar e em 2014 subimos quatro posições 23° lugar (conforme quadro a seguir) o que
demonstra que as estimativas realmente podem se realizar.
Gastos Militares

A despesa militar mundial total aumentou de US $ 1,14 trilhões em
2001 para US $ 1.711 trilhões em 2014, um aumento de 50%. [Fonte:
SIPRI - valores em preços constantes de 2011] •

As despesas militares no Oriente Médio cresceram de US $ 99,0
bilhões para US $ 173 bilhões durante o mesmo período , um
aumento de 75% [Fonte: figuras SIPRI- em constantes de 2011 os
preços ]
Estimativas

Um número definitivo para o valor das transferências internacionais
de armas convencionais é difícil calcular com precisão.

Em 2010 , o valor global , como registrado nas estatísticas nacionais,
foi de aproximadamente US $ 72 bilhões.

Desde então, estima-se que trocá-lo nos braços foi se aproximando
de US $ 100 bilhões anualmente. [ Fonte: Soluções , " O Tratado de Comércio de Armas :
Construindo um Caminho para o Desarmamento " , de 2013]
10 Maiores Exportadores
Exportador 1. USA
2. Russia
3. China
4. Alemanha
5. France
6. UK
7. Spain
8. Italy
9. Ukraine
10. Israel
Participação (%)
31
27
5
5
5
4
3
3
3
2
10 Maiores Importadores
Importador 1. India
2. Saudi Arabia
3. China
4. UEA (Dubai)
5. Pakistan
6. Australia
7. Turkey
8. USA
9. South Korea
10. Singapore
Participação (%)
15
5
5
4
4
4
3
3
3
3
Tipo de Material Exportado
Aircraft
Air defence systems
Armoured vehicles
Artillery
Engines
Missiles
Naval weapons
Other
Sensors
Ships
Total
2013
10774
1789
2615
384
1370
4412
174
246
1744
4408
27916
2014
13222
1300
2544
281
1423
3585
245
152
1624
3935
28308
Ranking dos maiores Exportadores de
Armas no mundo (Fonte SIPRI)
% partic. nas
Em US$
exportações
Rank 2014
Rank 2013
País
Em US$
Milhões - 2004 mundiais 2003Milhões - 2014
a 2014
2014
1
2
Estados Unidos
10.194
86.377
30,45
2
1
Rússia
5.971
70.901
25,00
3
4
França
1.978
19.602
6,91
4
5
Reino Unido
1.704
12.509
4,41
5
7
Alemanha
1.200
21.509
7,58
6
9
Espanha
1.110
7.267
2,56
7
3
China
1.083
11.130
3,92
8
8
Israel
824
6.539
2,31
9
6
Itália
786
7.232
2,55
10
10
Ucrania
664
6.235
2,20
11
12
Holanda
561
6.674
2,35
12
11
Suécia
394
5.113
1,80
13
16
Suiça
350
3.106
1,10
14
17
Turquia
274
1.038
0,37
15
14
Canadá
234
2.869
1,01
16
15
Coréia do Sul
153
2.199
0,78
17
19
Noruega
127
1.123
0,40
18
39
Jordania
114
393
0,14
19
24
Australia
104
671
0,24
20
22
Finlandia
84
798
0,28
21
21
Africa do Sul
59
1.295
0,46
22
35
India
55
212
0,07
23
27
Brasil
47
581
0,20
24
33
Iran
42
372
0,13
Total de exportações no mundo 2014= US$ 28,1 bi
283.652
100,00
EUA

Os Estados Unidos é o maior exportador mundial de produtos de defesa. No período de 2004 a 2014, o país exportou US$
86,4 bilhões, o que representou 30,45% das exportações globais. A Rússia tem o terceiro orçamento mundial em defesa. A
indústria de defesa russa permanece relevante, mesmo com o fim da União Soviética e dos vultosos gastos militares que
eram praticados à época da Guerra Fria. O país é o segundo maior exportador mundial, com exportações acumuladas no
período supracitado de US$ 70,9 bilhões. Ainda na mesma base de comparação, o Brasil ocupou apenas a 23ª posição, com
participação ínfima de 0,2% nas exportações globais.

Um fator que pode ser primordial para consolidar o setor no país é o apoio do governo.

Em 2011, a presidente Dilma Rousseff assinou a Medida Provisória nº 544, que estabelece mecanismos de fomento à
indústria brasileira de defesa.

Trata-se de um desdobramento do Plano Brasil Maior que visa ao aumento da competitividade da indústria nacional a partir
do incentivo à inovação tecnológica e à agregação de valor. Em março deste ano, a medida foi aprovada e transformou-se na
Lei nº 12.598 – que, agora, será regulamentada sob a coordenação do Ministério da Defesa.

Ponto de destaque para o setor de defesa que conta com R$ 100,4 bilhões de investimentos previstos pelo Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC).
Perspectivas

A exportação de produtos da indústria de defesa e segurança do
Brasil cresceu em 2014 passado 38%.

As exportações dos produtos de defesa, conhecidos pela sigla
PRODE, saltaram de US$ 2,6 bilhões em 2013, para US$ 3,6 bilhões
em 2014.

E a expectativa para 2015 da Associação Brasileira das Indústrias
de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE) é de que este
número cresça no mesmo ritmo, apesar da preocupação do setor
com os cortes promovidos pelo governo no orçamento da União,
que terão reflexos nas compras das Forças Armadas.
Estudo da Cadeia Produtiva

Estudo sobre a cadeia produtiva da indústria de defesa brasileira divulgado
pretende sensibilizar a equipe econômica do governo sobre a importância do
setor, que movimentou no ano passado R$ 202 bilhões ou 3,7% do PIB.

A pesquisa foi desenvolvida a pedido da Abimde (Associação Brasileira das
Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança) pela Fipe (Fundação Instituto
de Pesquisas Econômicas).

Entre os números em defesa do setor, o economista e professor Joaquim José
Martins Guilhoto, vice-diretor da FEA-USP/Fipe e coordenador do estudo, citou
o retorno em tributos ao governo.

A cada R$ 10 bilhões investidos no setor da Defesa e Segurança, o governo
tem o retorno de R$ 5,5 bilhões em tributos. Este é um retorno muito maior que a
média que ocorre na economia brasileira.
Mercado Nacional

O mercado de produtos de defesa no Brasil movimentou no ano
passado cerca de US$ 7,5 bilhões e o setor dá emprego direto a
cerca de 30 mil trabalhadores, segundo dados da Associação
Brasileira da Indústria de Materiais de Defesa e Segurança
(Abimde).

As perspectivas do setor são de um aumento dos investimentos e
da mão-de-obra, que para 2020 pode chegar a gerar um total de
50 mil postos de trabalho no país, segundo a mesma fonte.
Empregos

A geração de empregos é considerado estratégico no levantamento.

Cada bloco de R$ 10 milhões anuais investidos é equivalente à manutenção de 174 empregos
direto (R$57.142,00) por ano e 352 postos de trabalho indiretos anualmente (R$28.402,00),
totalizando (R$19.011,00)

O Objetivo foi dar uma medida econômica ao governo, segundo o presidente da Abimde, Sami
Youssef Hassuani.

O estudo foi apresentado oficialmente ontem no auditório do Comando Militar do Sudeste, em
São Paulo, com a presença de autoridades militares federais e estaduais, além de representantes
das indústrias de defesa e segurança associadas.

Criada em 1985, a Abimde supera a marca de 200 empresas associadas.

A pasta da defesa foi a quinta a receber o maior volume de cortes orçamentários do governo
este ano, na ordem de R$ 5,63 bilhões.
Complexo Industrial-Militar
brasileiro (Histórico)

Praticamente todas as empresas do Complexo Industrial-Militar
brasileiro fabricam, além de armas, outros tipos de equipamentos e
produtos para uso civil e são filiadas a Abimde.

A Associação tem em seu catálogo 352 empresas, mas pouco mais
de 50 delas representam 90% do faturamento bruto do setor e só 25
exportam parte da produção. As seis mais importantes indústrias de
defesa do Brasil, são:
AVIBRAS

Criada em 1961 para produzir aviões (chegou a lançar a aeronave de treinamento Falcão em 1962), a
Avibras é a "jóia da coroa" do complexo industrial-militar brasileiro. Usando tecnologia própria, acabou
se especializando, nos anos 80, em blindados e sistemas de artilharia antiaérea exportados com muito
sucesso, principalmente para o Oriente Médio. O famoso "Caveirão", que sobe os morros cariocas, é
um blindado leve 4x4 Guará AV-Bope TP 10, especialmente configurado para o Batalhão de
Operações Especiais da PM do Rio de Janeiro. E muitas das baterias que tentaram proteger o Iraque
do bombardeio norte-americano em 2003 eram formadas por Sistemas para Lançamento de Foguetes
de Saturação (Artillery SaturaTion ROcket System) Astros.

A empresa também produz vários tipos de mísseis; sondas aeroespaciais; sistemas de radar e de
comunicação para uso civil e militar; explosivos, tintas, resinas e selantes industriais, entre outros
produtos. Com o desaparecimento do helicóptero em que viajava seu presidente e fundador João
Verdi de Carvalho Leite e esposa em janeiro deste ano, a companhia passou por uma crise profunda e
pensou-se que poderia até ser vendida para grupos estrangeiros ou que houvesse uma intervenção
estatal. Mas no final de abril, em uma reunião com os acionistas, o herdeiro João Brasil assumiu o
comando da empresa e manteve a gestão profissional dos demais diretores.
Situação Atual

Está em recuperação judicial

Demitiu mais de 300 funcionários

O Sindicato protocolou reunião com o ex-ministro da Defesa,
Jacques Wagner, para relatar a situação dos 1.500 funcionários da
AVIBRAS e reivindicar que o governo federal tome providências em
favor dos trabalhadores.

Em dezembro, foi deflagrada uma greve contra os atrasos salariais,
que se repetiram diversas vezes ao longo de 2014.
IMBEL

A empresa administra cinco unidades para a fabricação de produtos de uso militar e civil no
mercado doméstico e internacional desde 1977. A unidade mais antiga, a Fábrica da Estrela sediada
em Magé (RJ), foi fundada há 200 anos com a vinda da família real portuguesa e produziu toda a
pólvora utilizada na coroação de D. Pedro II e na Guerra do Paraguai. A Imbel tem o monopólio no
Brasil para a fabricação e venda do Fuzil de Assalto Leve - FAL (como o .308 AGLC Sniper e o 7,62
M964), utilizado pelas Forças Armadas e também pelas polícias. De acordo com pesquisa
apresentada no livro Brasil: As Armas e as Vítimas [uma parceria do Instituto de Estudos da Religião e a
ONG Viva Rio], a empresa teria fabricado 334.534 armas de pequeno porte entre sua fundação e o
ano de 2004.

Dois de seus maiores sucessos são a pistola Imbel .45, adotada como arma padrão da equipe de
resgate de reféns do FBI, e a Colt M911A1, que representa mais de 75% do faturamento da unidade
de Itajubá. Todo ano, entre 40% e 50% da produção seria exportada, especialmente para os Estados
Unidos (90% das exportações). A empresa também segue produzindo explosivos, como pólvora,
nitrocelulose, trinitrotolueno (TNT) e nitroglicerina e munições para morteiros (60, 70 e 81 mm). Além
disso, desenvolve e produz sistemas operacionais computadorizados, equipamentos-rádio
(transceptores HF e VHF), centrais e até telefones.
Situação

Situalção financeira delicada.

Em negociações Trabalhistas.
EMGEPRON
Assim como a Imbel, é ligada ao Ministério da Defesa pelo comando do Exército. A Emgepron,
criada em 1982, é controlada pela Marinha para o desenvolvimento de tecnologia, sistemas
navais, munições e navios de guerra. Se o projeto de submarino de propulsão atômica
finalmente sair do papel, é na Emgepron, no Rio de Janeiro, que provavelmente será
fabricado. Afinal, ele deverá usar a mesma carcaça do submarino classe Tupi IKL 209, com oito
lançadores de torpedo - que faz parte da linha de produção da empresa.
A Emgepron também fabrica fragatas Classe Niterói (com canhões 4.5 e 40 mm, lançador
duplo de mísseis tipo Exocet MM-40, triplo lançador de torpedo MK-46 e duplo lançador de
foguete Boroc), corvetas, navios-patrulha, lanchas de ação rápida (LARs) para patrulhamento
e desembarque de tropas, munições para artilharia naval, sistemas de lançamento de
despistadores de mísseis (SLDMs) e sistemas de controle tático (Sicontas).
Situação Atual

2000 funcionários

A empresa desenvolve e gere projetos de engenharia naval para a Marinha do
Brasil. Complementarmente, comercializa produtos e presta serviços
disponibilizados pelo setor naval da indústria de defesa brasileira, como o projeto,
construção e modernização de embarcações militares, execução de reparos
navais, desenvolvimento e manutenção de sistemas de combate embarcados,
fabricação de munição de artilharia, prestação de serviços oceanográficos, de
apoio logístico e de treinamento de pessoal, entre outros.

É por meio da EMGEPRON que o Governo do Brasil realiza parcerias no campo da
marinha de guerra entre nações amigas como o Equador e a Namíbia . Desde
sua criação, a empresa tem colaborado para o desenvolvimento e
aprimoramento dos projetos da Marinha do Brasil, em especial
o submarino nuclear e seu projeto de propulsão no Centro Experimental Aramar.
CBC

Fundada em 1926 por dois imigrantes italianos que não queriam importar munição para caça, a
Companhia Brasileira de Cartuchos é hoje a única produtora de balas para o mercado civil no país.
Assim como a Taurus, também foi vendida para estrangeiros (a norte-americana Remington Arms e
a inglesa Imperial Chemical Industries). Com isso, a CBC começou a produzir armas para caça e tiro
esportivo em 1960 e seis anos mais tarde passou a exportar espingardas para os Estados Unidos, que
chegaram a adquirir mais de 1,5 milhão de armas da CBC. Em 1979 foi renacionalizada com
investimento direto do governo e a aquisição de 30% de seu capital pela Imbel.

Atualmente, cerca de 70% da produção da empresa é destinada ao mercado externo e, na mesma
linha da Taurus, a Compahia Brasileira de Cartuchos também diversificou suas atividades produzindo
coletes à prova de bala e equipamentos para pesca e camping. Hoje, além da carabina para uso
policial Pump CBC 12, a espingarda para caça esportiva CBC 199 e o rifle calibre .22 CBC 7022, a
empresa produz uma infinidade de munições para revólveres, pistolas, cartuchos de caça, de
competição, calibre .12 (para uso policial), espoletas, projéteis e pólvoras.
CBC

A Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) é uma
fábrica brasileira de munições e armas que detém praticamente
o monopólio da produção de munições no Brasil. Sua composição
social é do tipo Economia Mista, isto é, possui cotas estatais (não
majoritárias).

Fundada em 1926 por Giancola Matarazzo, com o nome
de Fábrica Nacional de Cartuchos e Munição. Muda o nome
em 1936 para Companhia Brasileira de Cartuchos, quando a
empresa americana Remington Arms e a inglesa ICI assumem o
controle acionário.

Sua produção de armas de caça e esportivas inicia-se em 1960.
Passa para o controle nacional em 1979.

A partir 1993 passa a ser controlada pelo Grupo Arbi (70%).
TAURUS

Nascida como uma modesta fábrica de ferramentas em 1939, a Forjas Taurus tornou-se uma das maiores
fabricantes de armas de cano curto do mundo. A produção começou logo após o fim da II Guerra
Mundial e só cresceu até o aumento do controle de vendas de armas pelos militares a partir do golpe
de 1964. Na época, a empresa chegou a ser vendida para a tradicional fabricante Smith & Wesson, mas
teve seu controle retomado por brasileiros em 1977. Três anos mais tarde, comprou a operação da
subsidiária brasileira da Beretta, passando a produzir também pistolas e submetralhadoras. Com a
compra da Rossi em 1980, a Taurus se tornou a única fabricante de revólveres do Brasil.

A exportação sempre foi um ponto de destaque da Companhia, que chegou a vender para o mercado
externo 74% a 75% de sua produção em anos como 1993, 1994 e 2002 e possui uma subsidiária em Miami,
nos Estados Unidos, desde os anos 1980. Sob o impacto do "Estatuto do Desarmamento" e do aumento
nos impostos para exportação de armas para a América Latina, a empresa vem diversificando cada vez
mais sua produção. Hoje, além de pistolas, revólveres e carabinas, a Taurus também fornece peças
forjadas de metal para várias indústrias, máquinas-ferramentas, coletes à prova de bala, capacetes,
ferramentas e até lixeiras industriais de plástico. Com isso, alcançou uma receita líquida no primeiro
semestre de 2008 de R$ 262,4 milhões, um aumento de 22,9% sobre os R$ 213,4 milhões no mesmo
período de 2007.
Situação Atual

A Taurus Armas e Acessórios é uma das três maiores fabricantes de
armas leves do mundo.

A empresa produz uma vasta gama de modelos de armas e
acessórios, incluindo coldres, coletes, revólveres, pistolas,
metralhadoras e armas longas, utilizadas tanto para os mercados
das forças militares e policiais como também para o mercado civil.

Os processos de fabricação e os modernos equipamentos utilizados
na produção garantem a qualidade e confiabilidade que
caracterizam os produtos Taurus.

A empresa é conhecida pelo design arrojado e uso de tecnologia
de última geração bem como por ser pioneira na utilização de
polímeros e titânio. Atualmente a empresa exporta seus produtos
para mais de 70 países.
EMBRAER
Fundada em 1969 para produzir aviões de uso militar e civil no Brasil, a empresa foi privatizada em 1994
e hoje é a terceira maior fabricante do mundo, perdendo apenas para a Airbus e a Boeing. Com a
reestruturação, tornou-se a maior exportadora brasileira entre os anos de 1999 e 2001 e a segunda
maior entre 2002 e 2004. Já produziu mais de 5 mil aeronaves, que estão em funcionamento em cerca
de 80 países. Seu principal sucesso comercial é a família ERJ de aviões para 37 a 50 passageiros.
Desde o início dos anos 2000, a Embraer tem investido em uma nova família de aeronaves para até
122 lugares e brigado bastante no cenário internacional, principalmente com a canadense
Bombardier, tanto no mercado de aviação civil como nos jatos executivos. Na área de defesa, a
empresa alega que 50% dos aviões da Aeronáutica nacional foram fabricados por ela (e mais 99
Super Tucanos estariam "em carteira"). O avião de ataque leve que pode carregar até 1.500 kg de
munição, incluindo sistemas de mísseis inteligentes, também foi vendido para as forças aéreas de 22
países. O Chile, por exemplo, assinou um contrato para adquirir 12 dessas aeronaves e as operações
realizadas pelas forças armadas da Colômbia contra um acampamento das FARC em território
equatoriano, no início do ano, tiveram o apoio de Super Tucanos. Os Super Tucanos também foram
comprados pela Blackwater, empresa de soldados mercenários. A Embraer fabrica ainda aviões para
treinamento militar e aeronaves de Inteligência, Reconhecimento e Vigilância (ISR).
EMBRAER

A empresa tem sede na cidade de São José dos Campos e possui
diversas unidades no Brasil e no exterior (China e em Portugal)

Com uma receita líquida de R$12,2 bilhões (US$ 6,1 bilhões) em
2012, passou à quarta posição mundial no setor, abaixo da
principal concorrente, a canadense Bombardier (que encerrou
2012 com um faturamento de US$8,6 bilhões), da Airbus e
da Boeing.

Essa queda para a quarta posição foi uma decisão estratégica da
empresa, que optou por reduzir a atuação no mercado de
aeronaves comerciais (onde há maior concorrência internacional)
e ampliar seu mercado na linha executiva e defesa.

Essa mudança de estratégia levou a Embraer a ser, em 2012, a
empresa que mais cresceu, entre as maiores exportadoras
brasileiras (17,6% em relação a 2011).
EMBRAER

A Embraer foi a sétima empresa do Brasil que mais exportou no primeiro semestre de 2015. De
janeiro a junho deste ano, a empresa, com sede em São José dos Campos, exportou US$ 1,69
bilhão.

O levantamento é do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).
Apesar da posição no ranking, os números deste ano são 0,77% menores, se comparado ao
mesmo período de 2014, quando a empresa exportou US$ 1,71 bilhão.

As exportações da Embraer seguem o cenário nacional. Segundo o MDIC, de janeiro a junho
deste ano, as exportações brasileiras totalizaram US$ 94,32 bilhões, número 14,66% abaixo na
comparação com o mesmo período do ano anterior.

Entregas
Nos primeiros seis meses deste ano, a Embraer registrou a entrega de 92 aeronaves -47
comerciais e 45 executivas. Somente no segundo trimestre de 2015, a empresa entregou 27 jatos
comerciais e 33 para aviação executiva, com total de 60 aeronaves.

Recorde histórico
No segundo trimestre deste ano, a Embraer atingiu recorde de vendas com US$ 22,9 bilhões. O
balanço foi divulgado pela empresa no dia 15 de junho e corresponde a maior carteira de
pedidos da empresa.
EMBRAER
Ano
2013
2012
2011
2010
2009
2008
Lucro
Receita
Ebitda Aeronaves entregues
líquido
líquida
(R$
(R$
(R$
Comerciais
Executivas
milhões) bilhões) bilhões)
777,7
13,64
90
119
697,8
12,2
1,766
106
99
156
9,86
0,923
105
99
574
9,32
1,069
101
145
895
10,81
125
119
429
11,75
165
37
AVIBRÀS
Conclusões
As transformações políticas e sociais das décadas de 1990 e 2000 trouxeram consigo o
desmantelamento da base industrial de defesa e uma considerável redução das atividades dos
centros de P&D.
A implementação de políticas para defesa e segurança no Brasil, na medida em que cria um fluxo de
investimentos no setor, traz consigo a oportunidade de crescimento e fortalecimento das empresas
que atendem a esses segmentos. Além disso, a relação próxima entre pesquisa e desenvolvimento e
o investimento em defesa cria a possibilidade de disseminação para outros setores.
O revigoramento da Industria de Defesa no Brasil começou a ser esboçado com a implantação de
marcos regulatórios delineados pelo Governo principalmente a partir de 2008, o setor de defesa tem
mostrado reação positiva e resultados recentes do setor mostram otimismo se mantidos os valores
orçamentários.

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