Aula 04 - Indústria de Defesa no Brasil
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Aula 04 - Indústria de Defesa no Brasil
Indústria de Defesa no Brasil Dezembro/2015 Indústria de Defesa no Brasil Objetivo A presente apresentação tem como principal objetivo oferecer um panorama da indústria de defesa no Brasil e no mundo, as transformações previstas para o país nos próximos anos, principalmente decorrentes de marcos regulatórios e da implementação de políticas e modelos e acordos de incentivo a indústria. Indústria de Defesa no Brasil Ambientação histórica da indústria de defesa nas últimas décadas Após o movimento de 1964, o Brasil deu grande prioridade ao equipamento militar. Essa fase durou até 1985. O país desenvolveu tecnologias bélicas nas décadas de 1960, 70 e 80. Ao final desta última, a indústria de defesa atingiu seu maior nível e o país se tornou o 8º maior exportador mundial. Nesta época, a Engesa fabricante de blindados, vendia para as forças armadas de 32 países. A Avibras, somente em 1985, vendeu cerca de US$ 1 bilhão em veículos lançadores de mísseis e foguetes. O Papel das F.A. Até o final da década de 80, cerca de 90% dos meios que mobilizavam o Exército Brasileiro eram fabricados em território nacional. O regime militar foi encerrado em 1985, numa transição de redemocratização, e os militares passaram a ser subordinados aos governantes civis, que é característica das democracias. Desse modo, o presidente da República, eleito pelo voto popular, retomou o posto de comandante supremo das Forças Armadas. Desde então as transformações políticas e sociais das décadas de 1990 e 2000 trouxeram consigo o desmantelamento da base industrial de defesa e uma considerável redução das atividades dos centros de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) nacionais, notadamente naqueles que constituem a base científico-tecnológica da defesa do país. Indústria de Defesa no Brasil Ambientação histórica da indústria de defesa nas últimas décadas Notadamente como explicitado adiante neste trabalho, mostra a implantação de marcos regulatórios delineados pelo Governo principalmente a partir de 2008, o setor de defesa tem mostrado reação positiva. Em valores orçamentários a Defesa do Brasil hoje está entre as quatro pastas com maiores previsões orçamentárias da União e entre as três de maiores execuções orçamentárias direta. Os gastos militares no Brasil são superiores aos de qualquer outra nação da América Latina e encontra-se na 11ª posição mundial. No entanto, o item pessoal ocupa a maior parte do orçamento. Indústria de Defesa no Brasil Aspectos Regulatórios A política do Estado brasileiro para a Defesa Nacional é estabelecida por dois documentos principais: A Política Nacional de Defesa (a PND) e a Estratégia Nacional de Defesa (END). A PND, aprovada pelo Decreto Presidencial 5.484, de 30 de junho de 2005, e revisada recentemente, em julho de 2012, pelo Congresso Nacional, tem como premissas os fundamentos, objetivos e princípios dispostos na Constituição Federal e encontra-se em consonância com as orientações governamentais e a política externa do país, alicerçada na busca de soluções pacíficas das controvérsias e no fortalecimento da paz e segurança internacionais. Segundo descrito na PND, o Brasil defende uma ordem internacional baseada na democracia; no multilateralismo; na cooperação; na proscrição de armas químicas, biológicas e nucleares; e na busca de paz entre as nações. Defende a reformulação e democratização das instâncias decisórias dos organismos internacionais como forma de reforçar a solução pacífica de controvérsias e sua confiança nos princípios e normas do direito internacional. Indústria de Defesa no Brasil Aspectos Regulatórios A END foi aprovada pelo Decreto 6.703, de 18 de dezembro de 2008, e recentemente revisada, em julho de 2012, também no Congresso Nacional, para aprovação. Busca dotar o país de estrutura de defesa capaz de atender aos objetivos estratégicos traçados pela PND, contemplando ações de curto, médio e longo prazos em três vertentes principais: (i) reorganização das Forças Armadas; (ii) reestruturação da indústria nacional de defesa; e (iii) política de composição dos efetivos das Forças Armadas. Na vertente da reorganização das Forças Armadas, a END preconiza sua atuação de forma conjunta, sob a coordenação do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA). Indústria de Defesa no Brasil Aspectos Regulatórios A END tem como aspecto importante o estabelecimento das necessidades de meios de defesa do país no longo prazo, possibilitando o planejamento de aquisições compatível com o aumento gradual da participação da indústria nacional nas compras de defesa. As Forças Armadas brasileiras elaboraram seus planos de reaparelhamento, consolidando-os no Plano de Articulação e Equipamento da Defesa (Paed), que quantifica as demandas quanto a meios indispensáveis à satisfação de suas necessidades operacionais, considerando o horizonte temporal de vinte anos. Existem também projetos cujos objetivos são comuns às três Forças, que são administrados pelo próprio Ministério da Defesa. Indústria de Defesa no Brasil Aspectos Regulatórios Resumo dos principais programas no âmbito do Paed: Projetos Marinha Período Previsto* 1. Recuperação da Capacidade Operacional 2. Programa Nuclear da Marinha (PNM) 3. Construção do Núcleo do Poder Naval 2009 - 2031 1979 - 2031 2009 - 2047 Valor Global Estimado em R$ Milhões 5.372,30 4.199,00 168.020,80 4. Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul 5. Complexo Naval da 2a Esquadra /2ª Força de Fuzileiros da Esquadra (2ª FFE) 6. Pessoal 2011 - 2033 2013 - 2031 2010 - 2031 12.016,60 9.141,50 5.015,60 7. Segurança da Navegação 2013 - 2031 245,10 204.010,90 TOTAL MARINHA Projetos Exército Período Previsto* Valor Global Estimado em R$ Milhões 1. Recuperação da Capacidade Operacional 2011 - 2022 11.426,80 2011 -2022 11.426,80 2. Defesa cibernética 2010 - 2023 895,40 2010 - 2023 895,40 3. Guarani 2011 - 2034 20.865,70 2011 - 2034 20.865,70 4. Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON) 2011 - 2023 11.992,00 2011 - 2023 11.992,00 5. Sistema Integrado de Proteção de Estruturas Estratégicas Terrestres (PROTEGER) 2012 - 2031 13.230,60 2012 -2031 13.230,60 6. Sistema de Defesa Antiaérea 2010 - 2023 859,40 7. Sistema de Mísseis e Foguetes ASTROS 2020 2011 - 2023 1.146,00 2010 -2023 2011 - 2023 859,40 1.146,00 TOTAL EXÉRCITO 60.415,90 Indústria de Defesa no Brasil Aspectos Regulatórios Resumo dos principais programas no âmbito do Paed: Projetos Aeronáutica Período Previsto* Valor Global Estimado em R$ Milhões 1. Gestão Organizacional e Operacional do Comando da Aeronáutica 2010 - 2030 5.689,00 2010 -2030 5.689,00 2. Recuperação da Capacidade Operacional 2009 - 2019 5.546,70 2009 - 2019 5.546,70 3. Controle do Espaço Aéreo 2008 - 2030 938,30 2008 - 2030 938,30 4. Capacitação Operacional da FAB 2009 - 2030 55.121,00 2009 - 2030 55.121,00 5. Capacitação Científico-Tecnológica da Aeronáutica 2008 - 2033 49.923,90 2008 - 2033 49.923,90 6. Fortalecimento da Indústria Aeroespacial e de Defesa Brasileira 2009 - 2030 11.370,20 2009 - 2030 11.370,20 7. Desenvolvimento e Construção de Engenhos Aeroespaciais 2015 - 2030 A ser determinado pelo PNAE 2015 - 2030 8. Apoio aos Militares e Civis do Comando da Aeronáutica 2010 - 2030 3.229,60 2010 -2030 9. Modernização dos Sistemas de Formação e Pós-Formação de Recursos Humanos 2010 - 2028 352,00 A SER DETERMINADO 3.229,60 2010 - 2028 352,00 TOTAL AÉRONAUTICA Projetos Administração Central (Ministério da Defesa) 132.170,70 Período Previsto* Valor Global E st im ad o em R$ Milhões 1 Projeto Sistema de Comunicações Militares por Satélite — SISCOMIS (E) 2004 - 2031 369,00 2 Projeto Sistema de Comunicações Militares Seguras — SISTED (E) 2004 - 2031 217,40 3 Projeto Desenvolvimento do Sistema de Informações de Logística e Mobilização de Defesa - SISLOGD (E) 2012 - 2023 7,70 4 Projeto de Modernização da Defesa Antiaérea das Estruturas Estratégicas (E) 2012 - 2023 4.000,00 5 Projeto Modernização do Sistema de Proteção da Amazônia (E) 2012 - 2023 752,60 6 Projeto Sistema de Cartografia da Amazônia (E) 2012 - 2023 1.004,50 TOTAL ADM. CENTRAL 6.351,20 Indústria de Defesa no Brasil Aspectos Regulatórios Pode-se observar que os montantes previstos de investimentos são elevados, da ordem R$ 20 bilhões/ano, em média. Isso significa que, para satisfazer as necessidades do Paed, apenas com recursos do orçamento da União, será necessário um grande esforço, elevando-se substancialmente os investimentos em relação aos valores históricos. O desenvolvimento da indústria bélica é um dos três eixos estruturantes da Estratégia Nacional de Defesa, ao lado da reorganização das Forças Armadas e da recomposição do efetivo militar. Com uma indústria de defesa forte, o Brasil quer assegurar o domínio nacional da tecnologia com a qual são produzidos os equipamentos militares. Devemos destacar como marco regulatório de incentivo à indústria de defesa a Medida Provisória 544/11 que é um dos passos dados pelo governo federal para atingir esse objetivo. A matéria, aprovada pelo Senado, criou regime tributário especial para a indústria nacional de defesa (Retid) e institui normas específicas para a licitação de produtos e sistemas destinados ao setor. Indústria de Defesa no Brasil Aspectos Regulatórios O regime especial para a indústria suspende a cobrança de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de PIS-Pasep e de Cofins sobre peças, equipamentos, sistemas, matériasprimas e serviços usados em materiais de defesa, munições, armas, embarcações, aviões, satélites, foguetes, veículos, entre outros. Poderão obter o benefício as empresas estratégicas de defesa (EED) do país e as participantes da cadeia produtiva que comprovarem que, pelo menos, 70% de suas receitas sejam provenientes de vendas para as EED. Integrantes do Simples Nacional (Supersimples) não poderão se beneficiar do regime especial. Indústria de Defesa no Brasil Economia da Defesa no Brasil e no Mundo Estudos mostram que há uma correlação, no longo prazo, entre o Produto Interno Bruto (PIB) e o gasto militar [Ablett e Edrmann (2013)]. Em outras palavras, o crescimento econômico traz consigo uma preocupação em dispor de meios que permitam assegurar a defesa dos interesses nacionais. A seguir apresentamos Tabela que mostra o ranking dos 14 maiores PIB no Mundo em 2014. Rank País 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 Estados Unidos China Japão Alemanha Reino Unido França Brasil Itália India Rússia Canadá Coréia do Sul Espanha México PIB em trilhões US$ de 2014 17,41 10,38 4,61 3,86 2,94 2,84 2,35 2,14 2,05 1,85 1,78 1,41 1,40 1,28 Indústria de Defesa no Brasil Economia da Defesa no Brasil e no Mundo A Tabela a seguir mostra o ranking dos países com as maiores despesas de defesa no mundo em 2014, O destaque é os Estados Unidos, que gasta sozinho valor equivalente à soma dos 7 países posicionados logo abaixo (cerca de 35% dos gastos mundiais em defesa). Observa-se também que o orçamento brasileiro, situado no 11º posto, é o menor entre os países do BRIC, tanto em termos absolutos, quanto em percentual * do PIB. O Brasil era a 7ª economia no mundo. Rank País 1 Estados Unidos 2 China 3 Russia 4 Arabia Saudita 5 França 6 Reino Unido 7 India 8 Alemanha 9 Japão 10 Coreia do Sul 11 Brasil 12 Itália 13 Australia 14 Emirados Arabes 15 Turquia 16 Canada 17 Israel 18 Colombia 19 Espanha 20 Argélia Total Gastos 20 maiores Total Gastos Mundial % Gastos com Defesa Gastos (US$ bi) Mundiais 609,9 216,4 84,5 80,8 62,3 60,5 50,0 46,5 45,8 36,7 31,7 30,9 25,4 22,8 22,6 17,5 15,9 13,1 12,7 11,9 1.497,6 1.746,5 34,92 12,39 4,84 4,62 3,57 3,46 2,86 2,66 2,62 2,10 1,82 1,77 1,45 1,30 1,30 1,00 0,91 0,75 0,73 0,68 85,75 100,00 % PIB 3,5% 2,1% 4,5% 10,4% 2,2% 2,2% 2,4% 1,2% 1,0% 2,6% 1,4% 1,5% 1,8% 5,1% 2,2% 1,0% 5,2% 3,4% 0,9% 5,4% Gastos com Defesa No Brasil em 2014, os gastos com defesa cerca 72% dos recursos destinaram-se ao pagamento de pessoal Esse fato se deve ao tamanho territorial e o grande efetivo, Do total, aproximadamente 15% vai para custeio (voltadas a manutenção de bens e serviços) e 11% são transformados em investimentos. Indústria de Defesa no Brasil Panorama Geral da Indústria de Defesa no Brasil Com o ganho de importância do Brasil na esfera internacional, o tema defesa ressurge nas discussões por sua relevância estratégica. A eliminação do hiato formado pelo baixo investimento em defesa nas últimas décadas, proporcionalmente inferior ao dos outros países, cria uma oportunidade de crescimento para a indústria. Um novo marco regulatório traz condições de preferência para empresas brasileiras, ao mesmo tempo em que o orçamento se mostra crescente e a desoneração de impostos impulsionaram o desenvolvimento da indústria de defesa no país. Panorama Geral da Indústria de Defesa no Brasil Nesta Apresentação procuramos demonstrar o panorama da indústria de defesa no Brasil e das transformações pelas quais vem passando em razão das recentes políticas públicas para o desenvolvimento da defesa e as possibilidades de atuação do BNDES. Na contramão da balança comercial brasileira, que registrou no ano de 2014 o primeiro resultado negativo desde o ano 2000, com déficit (exportações menos importações) de US$ 3,9 bilhões, de acordo com o site Stockholm International Peace Research Institute (SIPRI), a exportação de produtos da indústria de defesa do Brasil cresceu no ano passado 17,5%. Indústria de Defesa no Brasil Panorama Geral da Indústria de Defesa no Brasil E a expectativa para 2015 da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE) é de que este número cresça no mesmo ritmo, apesar da preocupação do setor com os cortes promovidos pelo governo no orçamento da União, que terão reflexos nas compras das Forças Armadas. Conforme estudo realizado pela ABIMDE, esse número pode mais que dobrar nos próximos 20 anos devido aos grandes projetos anunciados pelo governo nos últimos meses. Panorama Geral da Indústria de Defesa no Brasil A expectativa é de que os investimentos girem na ordem de US$ 120 bilhões a longo prazo, sendo US$ 40 bilhões já anunciados para programas voltados para vigilância das fronteiras marítimas, aéreas e terrestres do país, entre eles o Sisfron (Sistema de Vigilância da Fronteira), o Sisgaaz (Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul), o Prosuper (Programa de Aquisição de Navios de Superfície) e o F-X2 (que dotará a Força Aérea Brasileira de aeronaves de caça e ataque de última geração). De acordo com a entidade, o setor hoje é responsável pela geração de 30 mil empregos diretos e outros 120 mil indiretos. Indústria de Defesa no Brasil Panorama Geral da Indústria de Defesa no Brasil E conforme estimativas em 2020, os postos de trabalho ligados à indústria de defesa serão 50 mil diretos e 190 mil indiretos. O que mostra o otimismo no crescimento da Indústria de Defesa. Já para 2030, a expectativa é ainda melhor, passando para 60 mil novas vagas diretas e 240 mil indiretas. Esse cenário pode colocar a indústria brasileira em 15º lugar no ranking dos grandes players mundiais de defesa, em 2013 ocupávamos 27º lugar e em 2014 subimos quatro posições 23° lugar (conforme quadro a seguir) o que demonstra que as estimativas realmente podem se realizar. Gastos Militares A despesa militar mundial total aumentou de US $ 1,14 trilhões em 2001 para US $ 1.711 trilhões em 2014, um aumento de 50%. [Fonte: SIPRI - valores em preços constantes de 2011] • As despesas militares no Oriente Médio cresceram de US $ 99,0 bilhões para US $ 173 bilhões durante o mesmo período , um aumento de 75% [Fonte: figuras SIPRI- em constantes de 2011 os preços ] Estimativas Um número definitivo para o valor das transferências internacionais de armas convencionais é difícil calcular com precisão. Em 2010 , o valor global , como registrado nas estatísticas nacionais, foi de aproximadamente US $ 72 bilhões. Desde então, estima-se que trocá-lo nos braços foi se aproximando de US $ 100 bilhões anualmente. [ Fonte: Soluções , " O Tratado de Comércio de Armas : Construindo um Caminho para o Desarmamento " , de 2013] 10 Maiores Exportadores Exportador 1. USA 2. Russia 3. China 4. Alemanha 5. France 6. UK 7. Spain 8. Italy 9. Ukraine 10. Israel Participação (%) 31 27 5 5 5 4 3 3 3 2 10 Maiores Importadores Importador 1. India 2. Saudi Arabia 3. China 4. UEA (Dubai) 5. Pakistan 6. Australia 7. Turkey 8. USA 9. South Korea 10. Singapore Participação (%) 15 5 5 4 4 4 3 3 3 3 Tipo de Material Exportado Aircraft Air defence systems Armoured vehicles Artillery Engines Missiles Naval weapons Other Sensors Ships Total 2013 10774 1789 2615 384 1370 4412 174 246 1744 4408 27916 2014 13222 1300 2544 281 1423 3585 245 152 1624 3935 28308 Ranking dos maiores Exportadores de Armas no mundo (Fonte SIPRI) % partic. nas Em US$ exportações Rank 2014 Rank 2013 País Em US$ Milhões - 2004 mundiais 2003Milhões - 2014 a 2014 2014 1 2 Estados Unidos 10.194 86.377 30,45 2 1 Rússia 5.971 70.901 25,00 3 4 França 1.978 19.602 6,91 4 5 Reino Unido 1.704 12.509 4,41 5 7 Alemanha 1.200 21.509 7,58 6 9 Espanha 1.110 7.267 2,56 7 3 China 1.083 11.130 3,92 8 8 Israel 824 6.539 2,31 9 6 Itália 786 7.232 2,55 10 10 Ucrania 664 6.235 2,20 11 12 Holanda 561 6.674 2,35 12 11 Suécia 394 5.113 1,80 13 16 Suiça 350 3.106 1,10 14 17 Turquia 274 1.038 0,37 15 14 Canadá 234 2.869 1,01 16 15 Coréia do Sul 153 2.199 0,78 17 19 Noruega 127 1.123 0,40 18 39 Jordania 114 393 0,14 19 24 Australia 104 671 0,24 20 22 Finlandia 84 798 0,28 21 21 Africa do Sul 59 1.295 0,46 22 35 India 55 212 0,07 23 27 Brasil 47 581 0,20 24 33 Iran 42 372 0,13 Total de exportações no mundo 2014= US$ 28,1 bi 283.652 100,00 EUA Os Estados Unidos é o maior exportador mundial de produtos de defesa. No período de 2004 a 2014, o país exportou US$ 86,4 bilhões, o que representou 30,45% das exportações globais. A Rússia tem o terceiro orçamento mundial em defesa. A indústria de defesa russa permanece relevante, mesmo com o fim da União Soviética e dos vultosos gastos militares que eram praticados à época da Guerra Fria. O país é o segundo maior exportador mundial, com exportações acumuladas no período supracitado de US$ 70,9 bilhões. Ainda na mesma base de comparação, o Brasil ocupou apenas a 23ª posição, com participação ínfima de 0,2% nas exportações globais. Um fator que pode ser primordial para consolidar o setor no país é o apoio do governo. Em 2011, a presidente Dilma Rousseff assinou a Medida Provisória nº 544, que estabelece mecanismos de fomento à indústria brasileira de defesa. Trata-se de um desdobramento do Plano Brasil Maior que visa ao aumento da competitividade da indústria nacional a partir do incentivo à inovação tecnológica e à agregação de valor. Em março deste ano, a medida foi aprovada e transformou-se na Lei nº 12.598 – que, agora, será regulamentada sob a coordenação do Ministério da Defesa. Ponto de destaque para o setor de defesa que conta com R$ 100,4 bilhões de investimentos previstos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Perspectivas A exportação de produtos da indústria de defesa e segurança do Brasil cresceu em 2014 passado 38%. As exportações dos produtos de defesa, conhecidos pela sigla PRODE, saltaram de US$ 2,6 bilhões em 2013, para US$ 3,6 bilhões em 2014. E a expectativa para 2015 da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE) é de que este número cresça no mesmo ritmo, apesar da preocupação do setor com os cortes promovidos pelo governo no orçamento da União, que terão reflexos nas compras das Forças Armadas. Estudo da Cadeia Produtiva Estudo sobre a cadeia produtiva da indústria de defesa brasileira divulgado pretende sensibilizar a equipe econômica do governo sobre a importância do setor, que movimentou no ano passado R$ 202 bilhões ou 3,7% do PIB. A pesquisa foi desenvolvida a pedido da Abimde (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança) pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). Entre os números em defesa do setor, o economista e professor Joaquim José Martins Guilhoto, vice-diretor da FEA-USP/Fipe e coordenador do estudo, citou o retorno em tributos ao governo. A cada R$ 10 bilhões investidos no setor da Defesa e Segurança, o governo tem o retorno de R$ 5,5 bilhões em tributos. Este é um retorno muito maior que a média que ocorre na economia brasileira. Mercado Nacional O mercado de produtos de defesa no Brasil movimentou no ano passado cerca de US$ 7,5 bilhões e o setor dá emprego direto a cerca de 30 mil trabalhadores, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde). As perspectivas do setor são de um aumento dos investimentos e da mão-de-obra, que para 2020 pode chegar a gerar um total de 50 mil postos de trabalho no país, segundo a mesma fonte. Empregos A geração de empregos é considerado estratégico no levantamento. Cada bloco de R$ 10 milhões anuais investidos é equivalente à manutenção de 174 empregos direto (R$57.142,00) por ano e 352 postos de trabalho indiretos anualmente (R$28.402,00), totalizando (R$19.011,00) O Objetivo foi dar uma medida econômica ao governo, segundo o presidente da Abimde, Sami Youssef Hassuani. O estudo foi apresentado oficialmente ontem no auditório do Comando Militar do Sudeste, em São Paulo, com a presença de autoridades militares federais e estaduais, além de representantes das indústrias de defesa e segurança associadas. Criada em 1985, a Abimde supera a marca de 200 empresas associadas. A pasta da defesa foi a quinta a receber o maior volume de cortes orçamentários do governo este ano, na ordem de R$ 5,63 bilhões. Complexo Industrial-Militar brasileiro (Histórico) Praticamente todas as empresas do Complexo Industrial-Militar brasileiro fabricam, além de armas, outros tipos de equipamentos e produtos para uso civil e são filiadas a Abimde. A Associação tem em seu catálogo 352 empresas, mas pouco mais de 50 delas representam 90% do faturamento bruto do setor e só 25 exportam parte da produção. As seis mais importantes indústrias de defesa do Brasil, são: AVIBRAS Criada em 1961 para produzir aviões (chegou a lançar a aeronave de treinamento Falcão em 1962), a Avibras é a "jóia da coroa" do complexo industrial-militar brasileiro. Usando tecnologia própria, acabou se especializando, nos anos 80, em blindados e sistemas de artilharia antiaérea exportados com muito sucesso, principalmente para o Oriente Médio. O famoso "Caveirão", que sobe os morros cariocas, é um blindado leve 4x4 Guará AV-Bope TP 10, especialmente configurado para o Batalhão de Operações Especiais da PM do Rio de Janeiro. E muitas das baterias que tentaram proteger o Iraque do bombardeio norte-americano em 2003 eram formadas por Sistemas para Lançamento de Foguetes de Saturação (Artillery SaturaTion ROcket System) Astros. A empresa também produz vários tipos de mísseis; sondas aeroespaciais; sistemas de radar e de comunicação para uso civil e militar; explosivos, tintas, resinas e selantes industriais, entre outros produtos. Com o desaparecimento do helicóptero em que viajava seu presidente e fundador João Verdi de Carvalho Leite e esposa em janeiro deste ano, a companhia passou por uma crise profunda e pensou-se que poderia até ser vendida para grupos estrangeiros ou que houvesse uma intervenção estatal. Mas no final de abril, em uma reunião com os acionistas, o herdeiro João Brasil assumiu o comando da empresa e manteve a gestão profissional dos demais diretores. Situação Atual Está em recuperação judicial Demitiu mais de 300 funcionários O Sindicato protocolou reunião com o ex-ministro da Defesa, Jacques Wagner, para relatar a situação dos 1.500 funcionários da AVIBRAS e reivindicar que o governo federal tome providências em favor dos trabalhadores. Em dezembro, foi deflagrada uma greve contra os atrasos salariais, que se repetiram diversas vezes ao longo de 2014. IMBEL A empresa administra cinco unidades para a fabricação de produtos de uso militar e civil no mercado doméstico e internacional desde 1977. A unidade mais antiga, a Fábrica da Estrela sediada em Magé (RJ), foi fundada há 200 anos com a vinda da família real portuguesa e produziu toda a pólvora utilizada na coroação de D. Pedro II e na Guerra do Paraguai. A Imbel tem o monopólio no Brasil para a fabricação e venda do Fuzil de Assalto Leve - FAL (como o .308 AGLC Sniper e o 7,62 M964), utilizado pelas Forças Armadas e também pelas polícias. De acordo com pesquisa apresentada no livro Brasil: As Armas e as Vítimas [uma parceria do Instituto de Estudos da Religião e a ONG Viva Rio], a empresa teria fabricado 334.534 armas de pequeno porte entre sua fundação e o ano de 2004. Dois de seus maiores sucessos são a pistola Imbel .45, adotada como arma padrão da equipe de resgate de reféns do FBI, e a Colt M911A1, que representa mais de 75% do faturamento da unidade de Itajubá. Todo ano, entre 40% e 50% da produção seria exportada, especialmente para os Estados Unidos (90% das exportações). A empresa também segue produzindo explosivos, como pólvora, nitrocelulose, trinitrotolueno (TNT) e nitroglicerina e munições para morteiros (60, 70 e 81 mm). Além disso, desenvolve e produz sistemas operacionais computadorizados, equipamentos-rádio (transceptores HF e VHF), centrais e até telefones. Situação Situalção financeira delicada. Em negociações Trabalhistas. EMGEPRON Assim como a Imbel, é ligada ao Ministério da Defesa pelo comando do Exército. A Emgepron, criada em 1982, é controlada pela Marinha para o desenvolvimento de tecnologia, sistemas navais, munições e navios de guerra. Se o projeto de submarino de propulsão atômica finalmente sair do papel, é na Emgepron, no Rio de Janeiro, que provavelmente será fabricado. Afinal, ele deverá usar a mesma carcaça do submarino classe Tupi IKL 209, com oito lançadores de torpedo - que faz parte da linha de produção da empresa. A Emgepron também fabrica fragatas Classe Niterói (com canhões 4.5 e 40 mm, lançador duplo de mísseis tipo Exocet MM-40, triplo lançador de torpedo MK-46 e duplo lançador de foguete Boroc), corvetas, navios-patrulha, lanchas de ação rápida (LARs) para patrulhamento e desembarque de tropas, munições para artilharia naval, sistemas de lançamento de despistadores de mísseis (SLDMs) e sistemas de controle tático (Sicontas). Situação Atual 2000 funcionários A empresa desenvolve e gere projetos de engenharia naval para a Marinha do Brasil. Complementarmente, comercializa produtos e presta serviços disponibilizados pelo setor naval da indústria de defesa brasileira, como o projeto, construção e modernização de embarcações militares, execução de reparos navais, desenvolvimento e manutenção de sistemas de combate embarcados, fabricação de munição de artilharia, prestação de serviços oceanográficos, de apoio logístico e de treinamento de pessoal, entre outros. É por meio da EMGEPRON que o Governo do Brasil realiza parcerias no campo da marinha de guerra entre nações amigas como o Equador e a Namíbia . Desde sua criação, a empresa tem colaborado para o desenvolvimento e aprimoramento dos projetos da Marinha do Brasil, em especial o submarino nuclear e seu projeto de propulsão no Centro Experimental Aramar. CBC Fundada em 1926 por dois imigrantes italianos que não queriam importar munição para caça, a Companhia Brasileira de Cartuchos é hoje a única produtora de balas para o mercado civil no país. Assim como a Taurus, também foi vendida para estrangeiros (a norte-americana Remington Arms e a inglesa Imperial Chemical Industries). Com isso, a CBC começou a produzir armas para caça e tiro esportivo em 1960 e seis anos mais tarde passou a exportar espingardas para os Estados Unidos, que chegaram a adquirir mais de 1,5 milhão de armas da CBC. Em 1979 foi renacionalizada com investimento direto do governo e a aquisição de 30% de seu capital pela Imbel. Atualmente, cerca de 70% da produção da empresa é destinada ao mercado externo e, na mesma linha da Taurus, a Compahia Brasileira de Cartuchos também diversificou suas atividades produzindo coletes à prova de bala e equipamentos para pesca e camping. Hoje, além da carabina para uso policial Pump CBC 12, a espingarda para caça esportiva CBC 199 e o rifle calibre .22 CBC 7022, a empresa produz uma infinidade de munições para revólveres, pistolas, cartuchos de caça, de competição, calibre .12 (para uso policial), espoletas, projéteis e pólvoras. CBC A Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) é uma fábrica brasileira de munições e armas que detém praticamente o monopólio da produção de munições no Brasil. Sua composição social é do tipo Economia Mista, isto é, possui cotas estatais (não majoritárias). Fundada em 1926 por Giancola Matarazzo, com o nome de Fábrica Nacional de Cartuchos e Munição. Muda o nome em 1936 para Companhia Brasileira de Cartuchos, quando a empresa americana Remington Arms e a inglesa ICI assumem o controle acionário. Sua produção de armas de caça e esportivas inicia-se em 1960. Passa para o controle nacional em 1979. A partir 1993 passa a ser controlada pelo Grupo Arbi (70%). TAURUS Nascida como uma modesta fábrica de ferramentas em 1939, a Forjas Taurus tornou-se uma das maiores fabricantes de armas de cano curto do mundo. A produção começou logo após o fim da II Guerra Mundial e só cresceu até o aumento do controle de vendas de armas pelos militares a partir do golpe de 1964. Na época, a empresa chegou a ser vendida para a tradicional fabricante Smith & Wesson, mas teve seu controle retomado por brasileiros em 1977. Três anos mais tarde, comprou a operação da subsidiária brasileira da Beretta, passando a produzir também pistolas e submetralhadoras. Com a compra da Rossi em 1980, a Taurus se tornou a única fabricante de revólveres do Brasil. A exportação sempre foi um ponto de destaque da Companhia, que chegou a vender para o mercado externo 74% a 75% de sua produção em anos como 1993, 1994 e 2002 e possui uma subsidiária em Miami, nos Estados Unidos, desde os anos 1980. Sob o impacto do "Estatuto do Desarmamento" e do aumento nos impostos para exportação de armas para a América Latina, a empresa vem diversificando cada vez mais sua produção. Hoje, além de pistolas, revólveres e carabinas, a Taurus também fornece peças forjadas de metal para várias indústrias, máquinas-ferramentas, coletes à prova de bala, capacetes, ferramentas e até lixeiras industriais de plástico. Com isso, alcançou uma receita líquida no primeiro semestre de 2008 de R$ 262,4 milhões, um aumento de 22,9% sobre os R$ 213,4 milhões no mesmo período de 2007. Situação Atual A Taurus Armas e Acessórios é uma das três maiores fabricantes de armas leves do mundo. A empresa produz uma vasta gama de modelos de armas e acessórios, incluindo coldres, coletes, revólveres, pistolas, metralhadoras e armas longas, utilizadas tanto para os mercados das forças militares e policiais como também para o mercado civil. Os processos de fabricação e os modernos equipamentos utilizados na produção garantem a qualidade e confiabilidade que caracterizam os produtos Taurus. A empresa é conhecida pelo design arrojado e uso de tecnologia de última geração bem como por ser pioneira na utilização de polímeros e titânio. Atualmente a empresa exporta seus produtos para mais de 70 países. EMBRAER Fundada em 1969 para produzir aviões de uso militar e civil no Brasil, a empresa foi privatizada em 1994 e hoje é a terceira maior fabricante do mundo, perdendo apenas para a Airbus e a Boeing. Com a reestruturação, tornou-se a maior exportadora brasileira entre os anos de 1999 e 2001 e a segunda maior entre 2002 e 2004. Já produziu mais de 5 mil aeronaves, que estão em funcionamento em cerca de 80 países. Seu principal sucesso comercial é a família ERJ de aviões para 37 a 50 passageiros. Desde o início dos anos 2000, a Embraer tem investido em uma nova família de aeronaves para até 122 lugares e brigado bastante no cenário internacional, principalmente com a canadense Bombardier, tanto no mercado de aviação civil como nos jatos executivos. Na área de defesa, a empresa alega que 50% dos aviões da Aeronáutica nacional foram fabricados por ela (e mais 99 Super Tucanos estariam "em carteira"). O avião de ataque leve que pode carregar até 1.500 kg de munição, incluindo sistemas de mísseis inteligentes, também foi vendido para as forças aéreas de 22 países. O Chile, por exemplo, assinou um contrato para adquirir 12 dessas aeronaves e as operações realizadas pelas forças armadas da Colômbia contra um acampamento das FARC em território equatoriano, no início do ano, tiveram o apoio de Super Tucanos. Os Super Tucanos também foram comprados pela Blackwater, empresa de soldados mercenários. A Embraer fabrica ainda aviões para treinamento militar e aeronaves de Inteligência, Reconhecimento e Vigilância (ISR). EMBRAER A empresa tem sede na cidade de São José dos Campos e possui diversas unidades no Brasil e no exterior (China e em Portugal) Com uma receita líquida de R$12,2 bilhões (US$ 6,1 bilhões) em 2012, passou à quarta posição mundial no setor, abaixo da principal concorrente, a canadense Bombardier (que encerrou 2012 com um faturamento de US$8,6 bilhões), da Airbus e da Boeing. Essa queda para a quarta posição foi uma decisão estratégica da empresa, que optou por reduzir a atuação no mercado de aeronaves comerciais (onde há maior concorrência internacional) e ampliar seu mercado na linha executiva e defesa. Essa mudança de estratégia levou a Embraer a ser, em 2012, a empresa que mais cresceu, entre as maiores exportadoras brasileiras (17,6% em relação a 2011). EMBRAER A Embraer foi a sétima empresa do Brasil que mais exportou no primeiro semestre de 2015. De janeiro a junho deste ano, a empresa, com sede em São José dos Campos, exportou US$ 1,69 bilhão. O levantamento é do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). Apesar da posição no ranking, os números deste ano são 0,77% menores, se comparado ao mesmo período de 2014, quando a empresa exportou US$ 1,71 bilhão. As exportações da Embraer seguem o cenário nacional. Segundo o MDIC, de janeiro a junho deste ano, as exportações brasileiras totalizaram US$ 94,32 bilhões, número 14,66% abaixo na comparação com o mesmo período do ano anterior. Entregas Nos primeiros seis meses deste ano, a Embraer registrou a entrega de 92 aeronaves -47 comerciais e 45 executivas. Somente no segundo trimestre de 2015, a empresa entregou 27 jatos comerciais e 33 para aviação executiva, com total de 60 aeronaves. Recorde histórico No segundo trimestre deste ano, a Embraer atingiu recorde de vendas com US$ 22,9 bilhões. O balanço foi divulgado pela empresa no dia 15 de junho e corresponde a maior carteira de pedidos da empresa. EMBRAER Ano 2013 2012 2011 2010 2009 2008 Lucro Receita Ebitda Aeronaves entregues líquido líquida (R$ (R$ (R$ Comerciais Executivas milhões) bilhões) bilhões) 777,7 13,64 90 119 697,8 12,2 1,766 106 99 156 9,86 0,923 105 99 574 9,32 1,069 101 145 895 10,81 125 119 429 11,75 165 37 AVIBRÀS Conclusões As transformações políticas e sociais das décadas de 1990 e 2000 trouxeram consigo o desmantelamento da base industrial de defesa e uma considerável redução das atividades dos centros de P&D. A implementação de políticas para defesa e segurança no Brasil, na medida em que cria um fluxo de investimentos no setor, traz consigo a oportunidade de crescimento e fortalecimento das empresas que atendem a esses segmentos. Além disso, a relação próxima entre pesquisa e desenvolvimento e o investimento em defesa cria a possibilidade de disseminação para outros setores. O revigoramento da Industria de Defesa no Brasil começou a ser esboçado com a implantação de marcos regulatórios delineados pelo Governo principalmente a partir de 2008, o setor de defesa tem mostrado reação positiva e resultados recentes do setor mostram otimismo se mantidos os valores orçamentários.