A Aprendizagem Precoce de uma Língua Estrangeira

Transcrição

A Aprendizagem Precoce de uma Língua Estrangeira
A Aprendizagem Precoce de uma Língua Estrangeira
Sensibilização à Língua Inglesa da Educação Pré-Escolar
Estagiárias:
Rita Lopes
[email protected]
&
Mafalda Napierala
Coordenadora e orientadora de estágio:
Joana Carvalho
[email protected]
Autor e coordenador do projecto:
Miguel Oliveira
[email protected]
Associação Nacional de Animação e Educação
Caldas da Rainha, Outubro de 2009
1
Introdução
O presente artigo resulta de um relatório realizado no âmbito de um estágio profissional
desenvolvido por duas educadoras de infância entre Setembro de 2008 e Junho de
2009. As duas estagiárias deram continuidade a um projecto iniciado em 2005 e que
funciona como exemplo para outros municípios e jardins-de-infância do país.
O Projecto de Sensibilização à Língua Inglesa na Educação Pré-escolar, desenvolvido
em parceria pela Associação Nacional de Animação e Educação (ANAE) e pelo
Município das Caldas da Rainha, decorreu pelo quatro ano consecutivo nos Jardins de
Infância das Caldas da Rainha, tendo como principal objectivo sensibilizar as crianças
para uma língua estrangeira e para a existência de outras línguas e outras culturas.
O projecto, no ano lectivo 2008/09, decorreu em 46 salas de Jardim-de-infância do
concelho das Caldas da Rainha. Depois de ter sido aplicado em todas as salas da rede
pública o projecto estende-se agora a alguns jardins-de-infância da rede particular e a
IPSS. O número de crianças também tem aumentado de ano para ano, tendo a ANAE
registado a participação de cerca de 900 crianças.
Uma das preocupações da equipa que desenvolve o Projecto de Sensibilização à Língua
inglesa nos jardins-de-infância do concelho das Caldas da Rainha prende-se com a
articulação entre a educação de infância e o 1º ciclo do Ensino Básico. É fundamental
promover a continuidade das aprendizagens tentando que educadores e professores dos
dois contextos trabalhem em equipa e partilhem informação acerca das aprendizagens
das crianças, conteúdos trabalhados e metodologias aplicadas.
O alargamento do ensino da língua inglesa aos 1º e 2º anos do 1º ciclo do Ensino Básico
no âmbito das Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC) veio dar um contributo
muito significativo para esta continuidade educativa e pedagógica no sentido de
eliminar a décalage que se previa entre este projecto de sensibilização e o
desenvolvimento das AEC apenas nos 3º e 4º anos do 1º ciclo.
Neste artigo apresentamos o projecto, os seus objectivos, metodologia e actividades.
Apresentamos uma breve fundamentação teórica e alguns dos aspectos mais relevantes
para melhoria do projecto,
2
Numa terceira parte faremos uma avaliação do projecto através da apresentação e
discussão de dados recolhidos através de inquéritos aplicados às educadoras de infância,
encarregados de educação, crianças, presidentes de agrupamentos e coordenadoras das
educadoras dos agrupamentos.
PARTE I – APRESENTAÇÃO DO PROJECTO
O projecto de Sensibilização à Língua Inglesa para a Educação Pré-Escolar surgiu no
concelho das Caldas da Rainha no ano lectivo 2005/2006, sendo este o quarto ano de
desenvolvimento do mesmo.
Este projecto nasceu de uma parceria estabelecida entre a Associação Nacional de
Animação e Educação (ANAE), Câmara Municipal das Caldas da Rainha, Escola
Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria (ESEL),
contando ainda com o apoio do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).
O projecto consiste na aprendizagem precoce de uma língua estrangeira, nomeadamente
a Língua Inglesa. Os seus principais objectivos encerram-se na sensibilização das
crianças para o inglês e para a existência de outras línguas; no desenvolvimento de
competências interculturais, tendo em conta o contexto multicultural e multilinguístico
envolvente; na facilitação da aquisição da proficiência da língua inglesa; no
conhecimento de aspectos de outras culturas, de outros países; no proporcionar de
novas experiências e vivências significativas para a vida da criança; no alargar do seu
conceito de mundo e no desenvolvimento de competências comunicativas; na facilitação
da transição do Pré-Escolar para o 1º Ciclo do Ensino Básico, onde se prevê a existência
da Língua Inglesa no Currículo1.
O projecto não visa ensinar vocabulário mas sim fazer com que a criança se sinta à
vontade com outras línguas, neste caso o inglês; que crie o gosto pela língua alvo; e, que
mais tarde, quando a estudar formalmente, não tenha tantos receios.
1
In Projecto de Sensibilização à Língua Inglesa para a Educação Pré-Escolar, p. 4.
3
Nas nossas sessões de inglês fazemos uma abordagem comunicativa (através da
oralidade) da língua estrangeira, utilizando actividades como jogos, canções e pequenos
diálogos que conduzam as crianças à repetição.
Através destas actividades é essencial criar um clima onde as crianças sintam
necessidade, curiosidade e interesse em comunicar em inglês. O contexto lúdico surge
então como um espaço fundamental para as experiências de aprendizagem. As sessões,
desenvolvidas uma vez por semana em cada uma das salas durante o seu horário lectivo,
são planeadas de acordo com o que está a ser desenvolvido na sala de actividades no
âmbito do Projecto Curricular de Turma. Isto torna-se possível através de conversas
regulares semanais com as Educadoras de Infância das salas, cujo propósito é que os
conteúdos façam sentido no contexto onde estão inseridas as crianças e se tornem
verdadeiramente significativas para todas.
Esta edição do projecto teve início no dia 1 de Setembro de 2008, com momentos de
formação e planificação específica para as sessões de inglês e para a definição da
metodologia a ser utilizada nas mesmas, com o apoio da Orientadora de Estágio Joana
de Carvalho. Durante o mesmo mês, estabeleceram-se os primeiros contactos e
realizaram-se as reuniões com as Educadoras de Infância dos jardins-de-infância, de
modo a partilhar experiências e acertar alguns dados para o início das sessões de Inglês.
No princípio do mês de Outubro deu-se início às sessões de língua inglesa com as
crianças.
No final de Novembro foi realizado um pré-teste às educadoras de modo a compreender
como estava a decorrer o projecto, a aceitação das crianças, encarregados de educação e
das próprias educadoras.
No mês final de Abril de 2009 desenrolou-se a avaliação do projecto, através da
aplicação de inquéritos por questionário, a todos os Encarregados de Educação e
Educadoras de Infância realizando-se, inclusivamente, entrevistas a seis crianças por
cada grupo de sala. De forma a perceber os efeitos do projecto em crianças de diferentes
idades, tentou-se, nos grupos em que tal foi possível, seleccionar crianças de três, quatro
e cinco anos.
4
PARTE II – DESENVOLVIMENTO DO PROJECTO
Apresentamos inicialmente uma fundamentação que vem complementar a informação
presente no Projecto Inicial (2005) e que tem sido enriquecido ao longo dos últimos
quatro anos.
Este trabalho resulta de uma apreciação e avaliação do Projecto, da pesquisa
bibliográficas e análise documental, bem como das experiências obtidas no decorrer do
estágio.
Neste âmbito, é salientado todo o feedback das crianças, adquirido nas sessões
presenciais, nas conversas com as educadoras de infância, com encarregados de
educação e pais das crianças que frequentaram as sessões de inglês.
No decorrer do estágio levantaram-se algumas questões entre as quais referimos as que
consideramos de maior importância e relevo para o projecto em causa.
1 - Qual a importância do contacto com uma língua estrangeira na idade pré-escolar?
2 - Porquê a Língua Inglesa?
3 - Objectivo da sensibilização da Língua Inglesa?
4 - Como estruturar as sessões?
5 - Como lidar com as crianças que já têm inglês há mais anos?
1- Qual a importância do contacto com uma língua estrangeira em idade
pré-escolar?
Para responder a esta questão considerámos importante recorrer a um documento que
orienta o trabalho desenvolvido nos jardins-de-infância da rede pública Portuguesa,
mais concretamente às Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar. É
portanto objectivo da Educação Pré-Escolar “desenvolver a expressão e comunicação
através de linguagens múltiplas como meios de relação, de informação, de sensibilização
estética e de compreensão do mundo.”2 Sendo parte deste objectivo “possibilidade de
sensibilização a uma língua estrangeira”1.
2
Ministério da Educação 1997.
5
Analisando as Orientações para a Educação Pré-Escolar percebemos que Isabel Lopes
da Silva, conhecedora do nosso projecto, aborda directamente a questão da inclusão de
actividades relacionadas com a abordagem a uma língua estrangeira, defendendo que “a
multiplicidade de códigos pode (…) referir-se à existência de diferentes línguas, não se
excluindo a sensibilização a uma língua estrangeira na educação pré-escolar, sobretudo
se esta tem sentido para as crianças, contactos com crianças de outros países, por
conhecimento directo ou correspondência, e se assume um carácter lúdico e informal.”1
Por outro lado autores como Orlando Strecht Ribeiro (1998) defendem que o contacto
precoce com outras línguas e culturas revela-se cada vez mais importante para o
desenvolvimento global e integral das crianças, nomeadamente no que diz respeito ao
despertar de atitudes positivas em relação aos outros, bem como no desenvolvimento da
autonomia, do espírito crítico, da criatividade, da autoconfiança e da capacidade sóciocomunicativa.
As crianças tornam-se mais tolerantes com os outros povos e culturas e esse facto tornase imprescindível, uma vez que o mundo é cada vez mais global e a longo prazo, pode
permitir a compreensão mútua entre indivíduos e nações.
Strecht Ribeiro (1998) diz ainda que as crianças que falam uma língua estrangeira
tendem a revelar uma forma mais abrangente de encarar o fenómeno cultural do que as
crianças monolingues, que frequentemente são da opinião de que os seus hábitos e a sua
cultura são os únicos importantes
Américo Dias e Sandie Mourão (2005) defendem ainda que existem vantagens na
aprendizagem precoce do inglês que se prendem com razões de desenvolvimento, razões
linguísticas e razões socioculturais.
Razões de desenvolvimento:
 As crianças mais novas estão mais receptivas e desejosas para aprender uma nova
língua;
 As crianças absorvem a língua estrangeira como uma esponja, não a vendo como um
problema;
 As crianças não se sentem tão inibidas frente às outras crianças, quer para realizar as
tarefas propostas, quer perante o erro;
6
 As crianças facilmente se envolvem nas tarefas e procuram superar obstáculos na
língua-alvo;
 As crianças mais novas aceitam mais facilmente tarefas “infantis”, como histórias e
canções, na Língua Estrangeira.
Razões linguísticas:
 A aprendizagem de uma língua estrangeira ajuda a consolidar conceitos básicos da
língua materna;
 A aprendizagem de uma língua estrangeira ajuda a criança a consciencializar
estruturas na nova língua e na língua materna e a inferir regras.
 A aprendizagem de uma língua estrangeira ajuda a educar o ouvido e a capacidade
articulatória ao realçar a sensibilidade para novos sons, entoações e ritmos;
 A aprendizagem de uma língua estrangeira desenvolve a capacidade de
audição/percepção e, consequentemente, a capacidade de concentração.
Razões Socioculturais:
 As crianças mostram empatia pelos estrangeiros, pela sua cultura e tradições;
 A aprendizagem de uma língua estrangeira desenvolve a autoconfiança e as
competências sociais e de comunicação, assim como aumenta a auto-estima das
crianças;
 A aprendizagem de uma língua estrangeira constitui, para a criança, uma capacidade
acrescida para a vida e uma estrutura para a futura aprendizagem de uma segunda
língua.
2 - Porquê em idade pré-escolar?
Em idade pré-escolar as crianças apresentam uma motivação intrínseca muito forte e a
sua vontade de assimilar uma nova língua é espantosa.
A sensibilização da língua inglesa no pré-escolar assenta essencialmente na oralidade de
modo a despertar a compreensão e expressão das crianças.
7
De acordo com Strecht Ribeiro (1998), quando as crianças nascem, têm o cérebro
preparado para aprenderem qualquer idioma. O facto de se iniciarem muito cedo noutra
língua, nada prejudica a materna, podendo inclusive beneficiá-la.
As crianças são capazes de compreender o que se lhe diz ainda antes de compreenderem
o significado das palavras. A entoação, os gestos, as expressões faciais, as acções e as
situações são factores que as ajudam a detectar o significado das palavras e expressões
desconhecidas, bem como os seus padrões de organização. Ao compreenderem uma
mensagem por este processo, começam a compreender a língua (Strecht Ribeiro, 1998).
Strecht Ribeiro defende ainda que esta característica nunca mais será perdida ao longo
da vida e que todos a reconhecemos como parte integrante e fundamental da
comunicação humana.
Para Dias & Mourão (2005), as razões da introdução precoce de uma língua estrangeira
estão relacionadas com o desenvolvimento neurológico da criança, considerando-se que
até aos seis anos existem condições psicológicas que favorecem a aprendizagem. Estes
autores consideram ainda que a criança até aos seis anos é um profissional da
aprendizagem de língua, devido à sua necessidade imperiosa de comunicar, à
identificação com os modelos da fala, os seus impulsos para a imitação e ao facto de
uma das suas principais actividades ser a aquisição da língua e de conhecimentos sobre
o mundo.
A criança que aprende muito cedo uma Língua Estrangeira tem melhores
“performances” do que as monolingues e níveis mais elevados de inteligência em
comportamentos de tipo verbal e não verbal. Ao experienciar dois sistemas linguísticos
diferentes as crianças adquirem maior flexibilidade mental, superioridade na formação
de conceitos e uma variada gama de capacidades mentais (Oliveira, 1993; Strecht
Ribeiro, 1998).
3 - Objectivo da sensibilização à Língua Inglesa.
O objectivo da sensibilização não é ensinar vocabulário mas sim fazer com que a criança
se sinta à vontade com outras línguas, crie o gosto pela língua inglesa e que mais tarde,
quando a estudar formalmente, não tenha tantos receios.
8
Numa sessão de inglês as crianças aprendem o significado pelo contexto, pelas
expressões faciais, mímica e gestos (por associações do que vêem e ouvem).
No entanto, não se deve estranhar se não se conseguir ouvir uma criança, pois cada
criança tem o seu período silencioso, que serve para a criança assimilar o que ouviu.
Reilly, Vannessa e Ward, Sheila (1997) dizem que é importante que o professor entenda
que as crianças podem passar um tempo a absorver língua antes de a produzirem. Não
será de todo boa ideia forçar a criança a falar sem que esta se sinta segura de si pois esse
facto pode provocar um stress emocional que poderá ser prejudicial à aprendizagem.
As crianças mais pequenas podem não dizer nada mas estão atentas e a prova disso é
que podem nem dizer nada na sessão mas quando chegam a casa conseguem relatar aos
pais as palavras que aprenderam.
Ao repetir as canções, rimas, jogos e muito trabalho coral, as crianças serão capazes de
produzir linguagem sem o stress de ter que se expressar oralmente para o grupo.
4 - Como estruturar as sessões? Como lidar com as crianças que já têm
inglês há mais anos?
É ideal uma abordagem oral, utilizando actividades como jogos, canções e pequenos
diálogos que conduzam as crianças à repetição. Também as dramatizações, as pinturas e
o desenhar, a utilização de objectos e fantoches, são actividades úteis para a
aprendizagem da Língua Estrangeira, prendendo a atenção da criança e motivando-a
(Cruz & Barreira, s/d). De facto, de acordo com o Decreto-Lei n.º 289/89 de 29 de
Agosto, é preconizado que a sensibilização a uma Língua Estrangeira deva ser feita
através da oralidade e da integração de actividades lúdicas que mobilizem o interesse
das crianças, tais como lenga-lengas, trava línguas e canções, as quais permitem uma
familiarização com os sons e respectiva produção (Cruz & Barreira, s/d).
Os recursos audiovisuais são outra ferramenta-chave que permite substituir o discurso e
a tradução do que está a ser transmitido. As crianças aprendem por associação do gesto
à palavra.
9
Existem várias formas de tornar a aprendizagem lúdica e divertida através de jogos,
canções, histórias, trava línguas, lengalengas, rimas, provérbios envolvendo a criança na
aprendizagem e tornando-a significativa.
Os relatórios e artigos sobre este projecto, em anos anteriores, revelam que as
aprendizagens mais significativas das crianças se fizeram pela utilização de: jogos,
canções, e histórias. E que o que teve menos resultado foram as actividades plásticas. A
resposta aos questionários das educadoras de infância nos mesmos anos revelou ainda
que as maiores dificuldades que sentiram no grupo foram a produção de palavras e a
compreensão.
Há estratégias úteis para tornar a aprendizagem mais significativa e acessível. O
educador do inglês deve recorrer a gestos, expressões. Mesmo ainda não dominando o
significado das palavras da nova língua as crianças vão gradualmente apropriando-se do
mesmo através da interpretação dos gestos e da sonoridade da palavra.
Reilly, Vannessa e Ward, Sheila (1997) afirmam que ao gesticular se ajuda
principalmente as crianças mais novas que ainda dependem da linguagem corporal e
expressões faciais para conseguirem comunicar. Como forma de auxílio pode-se ainda
utilizar imagens, mímica, histórias, canções, rimas com acções para que as crianças
consigam perceber o significado e criar ligações entre o que já conhecem e o que está a
ser introduzido.
Outra estratégia facilitadora da aprendizagem é a utilização de palavras em inglês que
são semelhantes em português. São exemplo disso “excellent”, “elephant”, “penguin”,
“no”. Ou mesmo “international english” como “t-shirt”, “cinema”.
Em cada sala pode existir uma “área do inglês” onde são afixados os registos feitos em
sessão. Pode também existir um “livro” onde se vão acrescentando os jogos, canções,
histórias das sessões para poder haver uma maior continuidade para o dia-a-dia do
Jardim-de-Infância; e um consequente maior envolvimento das Educadores dos
Jardins-de-Infância.
10
Numa sala de pré-escolar é fundamental ter em atenção que o tempo de concentração
numa actividade é reduzido e é necessário variar de actividade regularmente, de forma a
não saturar as crianças.
As sessões de inglês no PSLIPE têm aproximadamente 60 minutos e acontecem uma vez
por semana na sala de Jardim-de-Infância em horário lectivo.
Além do já referido, consideramos essenciais na planificação das sessões de
sensibilização à Língua Inglesa os seguintes pontos:
a)
Rotina da sessão
As crianças em idade pré-escolar têm uma grande necessidade de estrutura, de rotina,
de poderem prever o que vai acontecer no momento seguinte. Esta rotina dá-lhes
segurança. As sessões devem obedecer a uma “repetição” de actividades, terem uma
forma constante de iniciar, uma forma constante no decorrer da sessão e uma forma
constante no terminar. Ao preverem os passos da sessão as crianças sentem-se mais
confortáveis para a aprendizagem. De acordo com a resposta das crianças é fundamental
existir uma planificação reflectida das sessões, não deixando de ser flexível.
As sessões desenvolvem-se sempre no mesmo dia da semana e à mesma hora, esta
repetição semanal permite também às crianças saberem que a sessão de inglês está a
chegar, preparando-se para a mesma.
b)
Comunicação entre os vários intervenientes no dia-a-dia das crianças
A boa comunicação e troca de informações entre os educadores do inglês, educadores de
infância da sala e encarregados de educação é essencial para um cada vez maior
envolvimento do PSLIPE na vida das crianças.
Neste ano lectivo foi criado um blog “Fun English” cujo intuito foi envolver os
encarregados de educação nas sessões de inglês. Trata-se de uma página na internet que
permite aos encarregados de educação ter um contacto mais próximo com o Projecto de
Sensibilização à Língua Inglesa no Pré-Escolar e possibilita-os questionarem o Projecto.
Apesar de precisar de muitas melhoras recebemos feedback de alguns pais
11
relativamente ao blog. Sabemos que algumas famílias não têm hábitos de consulta da
internet, daí ser também necessário fazer chegar informação em suporte escrito.
c)
Ter em atenção as crianças que já têm inglês pela primeira vez e as
que têm há mais anos
Para as crianças que contactam com a língua inglesa pela primeira vez é importante
utilizar inicialmente também a língua mãe, dá-lhes um sentimento de segurança e
permite-lhes sentirem-se à vontade para se expressarem. Ao ouvir as suas ideias o
educador do inglês estrutura as suas planificações de forma mais coesa, organizada e
ciente tornando a sessão de inglês mais próxima dos interesses das crianças. É também
necessário nas primeiras vezes explicarem-se regras dos jogos em inglês para não haver
lugar a dúvidas. Gradualmente o educador do inglês vai-se expressando em inglês. A
utilização de uma boneca/boneco que só fala e percebe inglês é também uma boa
estratégia de aproximação à língua.
Para qualquer pessoa, independentemente da sua idade, aprender uma nova língua é
uma experiência traumática. As crianças de tenra idade, que passam o tempo entre os
entes e pessoas confiáveis, precisam de algum tempo para se ajustar ao ambiente
escolar. Pode ser útil falar primeiramente em português para que estes fiquem à vontade
e gradualmente fazer o “desmame” e utilizar mais Inglês no dia-a-dia.
As crianças adoram transmitir informações, algumas das quais podem ser totalmente
inconsequentes para adultos ouvintes, mas é muito importante as crianças transmitirem
e quererem transmitir.
A comunicação é uma parte vital do processo de aprendizagem, mas se dizemos às
crianças que só podem falar em Inglês (que, naturalmente, não pode fazer) é o mesmo
que lhes dizer que fiquem quietos. Pode-se ainda utilizar algumas das coisas que as
crianças comunicam como um trampolim para outro idioma relacionam-se as
actividades com os interesses das crianças.
As vezes para explicar alguma coisa ou fazer algum jogo perdemos muito tempo a dar
instruções em inglês em vez de usar a língua materna.
12
Nesta fase, pode-se dar as instruções primeiramente em Inglês e depois explicando na
língua materna. Gradualmente as crianças vão reconhecendo o que está a ser dito em
Inglês e já não necessitam da explicação na língua materna.
As crianças que já têm inglês há mais anos já tomaram contacto com alguns conteúdos e
recursos educativos das sessões e requerem novidade, para não se cansarem da
repetição e para tornar o contacto com a língua inglesa sempre desafiante.
Nestas sessões com crianças que já tiveram inglês è essencial envolve-las no que está a
ser trabalhado. Pode-se fazer um levantamento dos conhecimentos que já têm e dos
recursos que já conhecem no início do ano e planear as sessões de acordo com esse
levantamento. Ao repetirem-se conteúdos pode-se tentar variar os recursos ou utilizar
os mesmos aumentando o grau de dificuldade para estas crianças.
As crianças precisam de utilizar materiais, ideias e seus próprios corpos de uma forma
criativa. Ao fazerem escolhas sobre como se mover, o que a cantar, escolher canções,
histórias e que palavras e acções alterar nessas histórias as crianças sentem-se
envolvidas e muitas vezes geram soluções para os problemas.
Dados relevantes de 2008/2009
Numa tentativa de melhoramento do projecto as educadoras do inglês começaram por
fazer cartões com os seus contactos para dar às educadoras de infância das salas, de
forma a ser mais fácil a comunicação.
A introdução de pré-inquéritos foi uma mais-valia para o desenvolvimento das
actividades ao longo do ano pois permitiu identificar o que era necessário ser
modificado e o que necessitava de continuidade. Apesar destas mais-valias e de se
conseguir interceder de forma positiva e melhorar o projecto também notámos que
realizar dois inquéritos durante o projecto se torna desgastante e que acabámos por não
ter o número de respostas que desejaríamos no questionário final.
Na primeira fase de reconhecimento deixamos também cartazes nas salas de Jardim-deInfância de modo a dar conhecimento aos encarregados de educação do projecto em
questão e ao blog “Fun English”.
13
Elaboramos um plano (baseado nos Projectos Curriculares de Sala e nos Projectos
Educativos) de Outubro a Maio com as temáticas a tratar. (Ver anexo 1)
O blog “Fun English” foi outra das novidades introduzidas no início do ano que vieram
melhorar a comunicação entre todos os intervenientes. No blog eram inseridas
mensalmente as actividades realizadas, bem como, as canções e jogos de modo a que
houvesse um envolvimento por parte dos pais e uma continuação das aprendizagens.
(ver anexo 2)
Tivemos também a preocupação em ter em cada sala uma área do Inglês onde eram
colocados num cartaz os temas abordados e palavras-chave para cada tema. Todos os
cartazes afixados eram elaborados pelas crianças para que todas percebessem o que
estava lá escrito. (ver anexo 3)
Semanalmente preenchíamos também uma tabela com as actividades realizadas e
palavras-chave da sessão para dar a conhecer aos encarregados de educação para que
estes fizessem um acompanhamento em casa. (ver anexo 4)
No final do ano realizamos um livro com canções e jogos de movimento realizados para
que as crianças pudessem consultar sempre que o desejassem. Juntamente com esse
livro anexamos um CD com essas mesmas canções e jogos de movimento de modo, a
que sozinhas, as crianças pudessem cantar e relembrar o que foi aprendido. (Ver anexo
5)
No final de cada período enviávamos também menagens aos encarregados de educação
para dar a conhecer as temáticas abordadas e de modo a haver uma continuidade do
trabalho realizado em casa. (ver anexo 6)
Tivemos também oportunidade de colaborar com um pequeno texto alusivo ao Projecto
de Sensibilização à Língua Inglesa no boletim de Santa Catarina (ver anexo 12)
14
PARTE III - TRATAMENTO DE INQUÉRITOS
À semelhança do ano anterior realizamos inquéritos às educadoras, encarregados de
educação e crianças para ficarmos cientes dos melhoramentos e criticas, deste ano.
Introduzimos um pré-teste às educadoras, e inquéritos aos presidentes dos
agrupamentos e às coordenadoras das educadoras.
Pré-testes às Educadoras (ver anexo 7)
No final de Março resolvemos inquirir as educadoras com um pré-teste acerca do
desenvolvimento, implementação e avaliação do projecto, avaliação do monitor e
propusemos também que estas deixassem sugestões para uma futura melhoria do
projecto.
Questionários educadoras (ver anexo 8)
Na primeira parte dos questionários que corresponde à identificação pudemos constatar
que todas as educadoras são do sexo feminino e se encontram numa faixa etária entre os
40 e os 50 anos de idade. A nível académico a grande maioria das educadoras possui o
grau de licenciatura.
Estes questionários foram implementados a educadoras da rede pública e da rede
privada nos Jardins-de-Infância do concelho das Caldas da Rainha totalizando 49
educadoras.
Das 49 educadoras inquiridas apenas 40 responderam aos questionários sendo os dados
obtidos resultado da análise dos mesmos. Estes resultados baseiam-se em dados
recolhidos nos 40 questionários, dos quais: 23 questionários do meio rural, 10
questionários do meio urbano e 7questionários do meio privado.
15
Na parte da Avaliação do projecto verificámos que a maioria das educadoras é da
opinião que as planificações do projecto de inglês deveria ter como base o trabalho
realizado na sala. (ver gráfico abaixo)
30
Trabalho na
sala
25
20
Programa prédefinido
15
10
5
outra
0
1
Em relação à evolução das crianças que já tinham tido inglês nos anos anteriores 28
educadoras disseram que houve evolução enquanto 4 disseram que não notaram
evolução do grupo. Podemos por isso constatar que a grande maioria das educadoras
nota evolução das crianças com o decorrer dos anos e com o decorrer do projecto. (ver
gráfico abaixo)
40
35
30
25
20
15
10
5
0
Sim
Não
1
No que diz respeito às maiores dificuldades sentidas no grupo 16 em 40 educadoras
apontaram a compreensão das crianças como a principal dificuldade sentida no grupo.
Muitas educadoras referiram que as crianças reproduzem palavras em inglês sem saber
o seu significado sendo este dado importante reflectir para um futuro melhoramento
(ver gráfico abaixo)
18
Compreensão
16
14
12
Produção
10
8
6
4
Motivação
Realização
actividades
Receptividade
Outra
2
0
1
16
Na questão “ Quais as actividades que resultam em maior número de aprendizagens?”
25 educadoras referiram as canções como a actividade que proporciona maior número
de aprendizagens. Muitas das educadoras assinalaram a junção das 3 actividades como
sendo a ideal. Podemos com isto concluir que os jogos e as canções são as actividades
que mais aprendizagens proporcionam às crianças. Podemos também concluir que estas
aprendizagens têm de estar inteiramente ligadas ao lúdico. (ver gráfico abaixo)
30
Canções
25
Jogos
20
15
Histórias
10
Outra
5
Cariz plástico
0
1
Em relação à receptividade das crianças às actividades propostas a grande maioria das
educadoras considerou-a boa. (ver gráfico abaixo)
30
Boa
25
20
15
Suficiente
10
Elevada
5
Inexistente
Fraca
0
1
Na questão relativa ao envolvimento do educador de infância nas actividades propostas,
25 educadoras mencionaram ser bom o envolvimento nas actividades, 9 disseram que
era suficiente, 5 referiram que o envolvimento era fraco e 5 preferiram não responder à
questão. Embora o envolvimento nas actividades seja considerado bom é de referir que
é imprescindível a presença/participação das educadoras nas sessões de inglês de modo
a dar continuidade ao trabalho desenvolvido nas sessões. (ver gráfico abaixo)
14
Boa
12
10
Suficiente
8
6
Fraca
Não Responde
4
2
Inexistente
Elevada
0
1
17
Na questão da relação do monitor com as crianças 25 educadoras referiram como boa a
relação e 5 educadoras mencionaram que era elevada. (ver gráfico abaixo)
30
Boa
25
20
15
10
Elevada
5
Inexistente
Fraca
Suficiente
0
1
Na pergunta de sugestão as educadoras deixaram sugestões a ter em conta nos próximos
ano, são elas:
“O monitor de inglês deveria permanecer no mínimo 2 anos para haver continuidade do
projecto.”
“ Deveriam separar as crianças que já têm inglês das que nunca tiveram para não se
tornar monótono.”
“O grupo deveria ser separado porque dava para realizar actividades consoante as faixas
etárias e com diferentes níveis de exigência.”
“Os monitores deveriam ir à reunião de Agrupamento do início do ano apresentar-se.”
“O Projecto deveria continuar.”
“Os temas deviam ser alterados de ano para ano para não se tornarem repetitivos.”
Inquéritos Pais (ver anexo 9)
Análise dos gráficos dos pais do Meio Rural
Relativamente aos questionários dos pais foram entregues no meio rural cerca de 600
questionários e recebidos apenas 265 questionários de modo que, estes dados, são
baseados nas respostas obtidas. Podemos também reflectir acerca de um dado curioso
que notámos: a maioria dos questionários foram respondidos pelas mães e uma ínfima
parte pelos pais. Ainda se nota uma responsabilização da mãe na educação das crianças.
Em relação à escolaridade dos pais concluímos que, na grande maioria, as habilitações
equivalem ao 12º ano. (ver gráfico abaixo)
18
100
12ºano
90
80
70
60
4ªcalsse
9ºano
50
40
outro
30
20
bacharelato
licenciatura
10
não responde
mestrados
0
1
Na questão relativa à pertinência e importância do projecto 116 pais referiram boa, 96
ser muito boa, 44 razoável e 1 fraca. (ver gráfico abaixo)
140
Boa
120
100
Muito boa
80
60
Razoável
40
20
Fraca
0
1
Referentemente à questão “o que pensa ser mais importante para crianças destas
idades?”, 105 pais referiram que o mais importante é ter contacto com a língua inglesa,
36 é que os filhos reproduzam palavras em inglês e 2 mencionam que ambas as alíneas
são importantes. Estes valores são positivos e vão ao encontro dos objectivos principais
do projecto. (ver gráfico abaixo)
120
Contacto com a
língua
100
80
60
40
Palavras em
inglês
20
outros
0
1
19
Quando perguntamos aos pais se estes questionavam os filhos acerca do que estes
tinham aprendido no inglês a resposta foi maioritariamente positiva o que indica que
243 pais estão interessados em saber o que se passa nas sessões de inglês e esse factor
de interesse é muito importante para haver um trabalho conjunto. (ver gráfico abaixo)
250
Sim
200
150
100
50
Não
0
1
Em relação aos educandos relatarem o que aprenderam nas sessões 128 pais respondem
positivamente enquanto 109 negam esse facto. (ver gráfico abaixo)
130
Sim
125
120
115
Não
110
105
100
95
1
Dos pais que responderam positivamente, 75 referem que os filhos verbalizam palavras
ou expressões em inglês, 29 pais dizem que os filhos relatam em português e 4 dizem
que os filhos cantam canções. (ver gráfico abaixo)
80
70
Verbalizar
algumas
palavras e
expressões
60
50
40
30
Relatar em
Português
20
10
As duas alíneas Cantar
0
1
20
Dos 265 pais inquiridos, 240 dizem que os educandos estão a gostar das sessões de
inglês enquanto 25 comunicaram que não. (ver gráfico abaixo)
300
Sim
250
200
150
100
50
Não
0
1
Na questão de opinião os pais deixaram algumas opiniões pertinentes que passamos a
citar:
“ Aos 3 anos é cedo para aprender inglês”
“ È um Projecto interessante para as crianças”
“ O grande factor de motivação tem sido as educadoras do inglês”
“ Devia haver mais contacto entre a educadora de inglês e os pais”
“Devia ser mais vezes por semana”
Análise dos gráficos dos pais do Meio Urbano
Relativamente aos questionários dos pais foram entregues no meio urbano cerca de 400
questionários e recebidos apenas 178 questionários de modo que, estes dados, são
baseados nas respostas obtidas. Podemos também comentar que à semelhança dos
questionários do meio rural a maioria foram respondidos pelas mães e por uma pequena
parte pelos pais. Verificamos que uma percentagem de questionários assinalava pai e
mãe, o que significa que foi respondido por ambos. Em relação à escolaridade dos pais
concluímos que o grau académico mais recorrente é o 12º ano seguido pela licenciatura.
(ver gráfico abaixo)
60
12ºano
Licenciatura
50
40
30
9ºano
20
4ª classe
Bacharelato
10
Não Responde
Curso
profissional
Mestrado
0
1
21
Relativamente ao conhecimento do Projecto, 110 pais referiram ter conhecimento do
projecto de Sensibilização à Língua Inglesa no Pré-Escolar enquanto 78 mencionaram
desconhecer o Projecto. 132 pais referiram ainda que estavam a par do que se pretendia
para esta ano enquanto 46 disseram que não sabiam. (ver gráfico abaixo)
120
Sim
100
80
Não
60
40
20
0
1
Relativamente à pertinência do projecto 2 pais referem que é fraca, 6 que é razoável, 94
que é boa e 75 que é muito boa. Estes dados são positivos pois a maioria das respostas
situa-se no boa e muito boa. (ver gráfico abaixo)
Boa
100
90
Muito boa
80
70
60
50
40
30
20
10
Fraca
Razoável
0
1
Na questão “o que pensa ser mais importante nestas idades?” 140 pais referiram que é
estar em contacto com a língua inglesa, 30 pais mencionaram a reprodução de palavras
em inglês e 10 pais mencionaram os 2 itens. Estas respostas à semelhança das respostas
dos pais do meio rural são um factor muito importante pois permitem-nos ter noção que
os pais têm consciência do essencial para os seus filhos nestas faixas etárias. (ver
gráfico abaixo)
160
140
Estar em
contacto com
LI
120
100
80
60
40
Dizer palavras
em inglês
20
os dois itens
0
1
22
Quando perguntamos aos pais se questionavam os filhos acerca do que estes tinham
aprendido no inglês a resposta foi maioritariamente positiva o que indica que 108 pais
estão interessados em saber o que se passa nas sessões de inglês. Neste caso temos que
referir que 78 pais responderam negativamente e sabendo que o número de respostas a
esta pergunta foi 186 é um valor um pouco elevado. (ver gráfico abaixo)
120
Sim
100
80
Não
60
40
20
0
1
Há que referir ainda que 76 pais relataram que os educandos se prenunciam sobre as
sessões sem que lhes seja questionado enquanto 102 disseram que os educandos não se
prenunciam. Este facto, explicado na fundamentação teórica, pode não querer dizer que
as crianças não sabem o que se está a passar nas sessões de inglês mas talvez
corresponda ao momento de silêncio das crianças ou de se sentirem inibidos em
expressar algo com que não se sintam seguros. (ver gráfico abaixo)
120
Não
100
80
Sim
60
40
20
0
1
Para 95 pais o mais importante nas sessões de inglês é que os filhos verbalizem palavras
ou expressões, 17 pais referem que é relatar em português, e 71 não respondem. O
número de pais que não respondeu é bastante elevado mas não conseguimos perceber se
os pais não responderam porque não sabiam o que responder ou por descuide. (ver
gráfico abaixo)
100
90
Verbaliza
palavras ou
expressões
80
70
Não
responde
60
50
40
30
20
10
0
Relatar em
Português
Outros
1
23
Em relação à questão “o seu filho está a gostar das sessões de inglês”, podemos constatar
que 163 pais respondem positivamente enquanto apenas 15 dizem que não. (ver gráfico
abaixo)
180
Sim
160
140
120
100
80
60
40
Não
20
0
1
Na questão de opinião os pais deixaram algumas opiniões pertinentes que passamos a
citar:
“Era essencial dar uma perspectiva do projecto aos pais e um relatório da
evolução da criança”
“Deviam mandar vocabulário para casa e actividades para os pais poderem
auxiliar e interagir”
“Devia haver mais contacto entre os pais e a professora do inglês e vice-versa”
“ Deveria continuar o projecto com a mesma professora”
Inquéritos Crianças (ver anexo 10)
Os questionários às crianças foram implementados em todas as salas de Jardim-deInfância da rede pública e privada do concelho das Caldas da Rainha.
Em cada sala seleccionámos 6 crianças segundo os seguintes aspectos: duas crianças
que tenham frequentado o inglês há 3 anos, duas crianças que tenham frequentado o
inglês há 2 anos e 2 crianças que em que fosse o primeiro ano de contacto com a língua.
O total dos questionários realizados perfaz os 424 no meio rural e meio urbano.
Chegámos à conclusão que o ideal seria juntar os dados visto que os resultados obtidos
eram muito semelhantes e, posto isto, não fazia sentido serem analisados
separadamente.
Analisamos, em ambos os lados as questões que nos interessavam mais saber os
resultados. São elas: “Do que gostas mais de fazer no inglês?”; “Consegues cantar
alguma canção?”; “O que não gostaste de fazer no inglês?”; “Porque é que é importante
aprender inglês?”
24
Relativamente à questão “ Do que gostas mais de fazer no inglês?” podemos verificar
que 193 crianças preferem os jogos enquanto 156 as canções e 75 as histórias.
Os jogos foram eleitos como o que as crianças mais gostam de fazer nas sessões de
inglês. (ver gráfico abaixo)
250
200
Jogos
Canções
150
100
Histórias
50
0
1
Na questão “Consegues cantar alguma canção?” a maioria das crianças cantou a canção
dos nomes e do Hello na totalidade pois eram estas as canções que iniciavam as sessões
e a que sabiam melhor. Ainda assim tivemos muitas crianças que optaram por cantar o
“twinkle, twinkle little star” ou mesmo a do Hokey Pokey.
Em relação ao que as crianças não gostaram temos dados curiosos visto que, 287
crianças referiram que gostaram de tudo, 51 disseram que não gostaram de cantar, 23
crianças não gostaram de estar sentados, 20 crianças de ouvir histórias em inglês, 22
crianças não gostaram de jogos e 21 de dançar. (ver gráfico abaixo)
350
300
Gostei
de tudo
250
200
150
100
Cantar
50
Estar
sentado histórias
jogos
Dançar
0
1
25
Na questão porque é que é importante aprender inglês obtivemos algumas respostas
interessantes que passamos a citar:
“Porque na escola primária não há inglês e temos de ter agora”;
“Para crescer e ser forte”;
“Porque pudemos ter uma reunião em Lisboa com ingleses”;
“Para falar com a minha namorada Morgan”;
“ Porque o meu pai disse”;
“Para ver filmes em inglês e sem ler as legendas perceber tudo”.
Inquérito aos Presidentes do Agrupamento (ver anexo 11)
Era nossa intenção realizar também inquéritos a todos os Presidentes dos
Agrupamentos nos quais o projecto decorreu (Santa Catarina, Santo Onofre, D. João II).
Por motivos de incompatibilidade de horário e disponibilização de ambas as partes,
apenas obtivemos resposta positiva do Presidente do Agrupamento da D. João II.
Em entrevista com o presidente do Agrupamento de Escolas da D. João II chegámos à
conclusão que existe uma preocupação com o Projecto de Sensibilização à Língua
Inglesa e com a maneira como este está a ser implementado.
“Sim, mas penso que deveria haver mais articulação entre o Agrupamento e a
vossa entidade. Deveriam vir ao Agrupamento às reuniões dos Departamentos de
Língua Inglesa para haver uma articulação. Há uma grande falha na articulação!”
O presidente mostrou-se ainda preocupado com a repetição dos conteúdos
programáticos por haver uma falha na comunicação entre a Associação Nacional e
Animação e Educação e o Agrupamento de Escolas D.João II do que é trabalhado nas
aulas.
“No pré-escolar e no 1º ciclo pode não haver repetição mas posteriormente há
porque nós desconhecemos o que vocês deram. Não pode haver um desligar na
parte da supervisão pedagógica. E ao haver uma articulação e um trabalho com o
nosso departamento de inglês ”. “O problema não está nas metodologias está é no
26
nosso conhecimento do que se trabalha no pré-escolar para depois haver
articulação.”
Em relação à aceitação das educadoras e do feedback que chega ao Agrupamento, o
Presidente disse que pensa que sim embora não tenha dados concretos sobre o assunto.
No entanto, o Presidente ia fazer por mudar essa situação e implementar uma questão,
relativa ao inglês, no questionário de satisfação feito por todas as educadoras
pertencentes ao Agrupamento.
“Vou criar um observatório de qualidade e introduzir no inquérito de satisfação
uma questão sobre o inglês nos questionários das educadoras para saber a opinião
delas e também gostaria de ter acesso aos inquéritos que vocês fizeram”
O Presidente sugeriu que houvesse mais articulação entre todas as entidades para que o
trabalho pudesse ter resultados mais proveitosos e curto e longo prazo.
“Tenho uma sugestão deveria haver mais articulação entre todos os actores. O
agrupamento, a direcção do agrupamento, os profissionais do agrupamento e os
profissionais da entidade”
Inquérito à coordenadora das educadoras dos Agrupamento (ver anexo11)
Era nossa intenção realizar também inquéritos a todas as Coordenadoras da Educadoras
dos Agrupamentos nos quais o projecto decorreu (Santa Catarina, Santo Onofre, D. João
II). Por motivos de incompatibilidade de horário e disponibilização de ambas as partes,
apenas obtivemos resposta positiva da Coordenadora das Educadoras do Agrupamento
de Santa Catarina e da Coordenadora das Educadoras do Agrupamento de Santo
Onofre.
A Coordenadora das Educadoras do Agrupamento de Escolas de Santa Catarina revelou
ter conhecimento do projecto e disse que para ela faz sentido as crianças em idade préescolar terem um contacto com a língua inglesa visto ser um experiencia inovadora que
contribui para o desenvolvimento das crianças.
27
A coordenadora disse ainda que o projecto esta a ter resultados positivos e que a
metodologia é adequada embora ache que deve haver continuidade do corpo docente.
Disse que o projecto de Sensibilização á Língua Inglesa não fazia parte do Projecto
Educativo pois este encontra-se em construção mas faz parte sim do Projecto Curricular.
Deixou ainda uma sugestão:
“Há necessidade de uma maior articulação com o agrupamento logo no início do ano.
Se a Câmara não o faz tem de ser a Associação a fazê-lo. Deveriam também participar
nas reuniões das educadoras no início do ano”
A Coordenadora das Educadoras do Agrupamento de Santo Onofre reforçou que só
tomou posse no início do 3º período e baseando o questionário na sua experiencia até
então. Referiu ainda, ter conhecimento do projecto e é da opinião que faz sentido as
crianças em idade pré-escolar terem uma sensibilização a uma língua.
Referiu ainda eu o projecto faz parte do Projecto Educativo do Agrupamento e está a ter
resultados positivos nomeadamente por parte das crianças e dos pais.
A coordenadora deixou algumas sugestões e comentários ao Projecto:
“ A falta de articulação entre ciclos tem como resultado a transmissão repetida de
conhecimentos, ao nível da iniciação pré-escolar, no 1º ciclo e no 5º ano. Por este
motivo, alguns encarregados de educação demonstram não fazer sentido o projecto no
Jardim-de-infância, apesar de se considerar uma idade óptima para aprendizagem de
outra língua especialmente o inglês, uma vez que está instalado na nossa sociedade
através da televisão, computadores, o acesso a inúmeros termos ingleses que por sua
vez já entraram no léxico do dia-a-dia.
A forma lúdica como é apresentado, transmitido o conhecimento de forma interactiva
contribui para o sucesso da adesão das crianças. “
28
CONCLUSÃO
Findo o projecto podemos dizer que além de aliciante foi também um projecto
desafiador todos os dias e todas as horas em que decorreu.
O balanço de todo o ano é muito positivo quando nos apercebemos não só do trabalho
desenvolvido nas salas mas também da empatia criada entre nós, as educadoras, as
crianças, os pais, os encarregados de educação e todos os elementos da comunidade
educativa.
Consideramos o Projecto de Sensibilização à Língua Inglesa muito gratificante sendo
uma mais-valia para as crianças do concelho das Caldas da Rainha a curto e longo prazo.
Concluindo apresentamos as reflexões das duas estagiárias envolvidas no
projecto:
Reflexão Rita
Este estágio no Projecto de Sensibilização à Língua Inglesa no Pré-Escolar teve um
balanço positivo.
Inicialmente a incerteza e a instabilidade que senti eram enormes porque além de não
saber como dar as sessões de inglês, o que tinha sido trabalhado, os materiais que podia
utilizar, não em sentia minimamente à vontade com os trajectos que tinha que fazer,
com as diferentes personalidades e maneiras de trabalhar das educadoras, com as
crianças, com esta “coisa” de ser educadora de inglês.
Posso por assim dizer que os primeiros tempos foram tempos de absorção do que ouvia,
via e sentia! Com o tempo fui-me adaptando aos percursos entre os jardins, às
personalidades das educadoras, às crianças, aos temas que tinha que trabalhar. Toda
esta fase de adaptação é normal e requer tempo pois tal como nós nos adaptamos, as
crianças e as educadoras também têm que se adaptar. É um processo as vezes
complicado mas nunca impossível.
29
Com o tempo percebi também que é humanamente impossível adaptar as sessões de
inglês a cada grupo de crianças pois o ajustamento que fazemos (às educadoras e às
crianças) 45 minutos em 45 minutos já requer uma capacidade de encaixe enorme.
Então fui experimentando e adaptando a minha forma de actuar às crianças e à medida
que elas me iam dando sinais. E foi com a ajuda e as pistas das crianças que fui
construindo, passo a passo, o meu percurso como educadora do inglês.
Por dia tinha que repensar a minha forma de actuar e introduzir os temas 5 vezes e por
essas 5 maneiras em prática. Ao início foi desgastante mas com o tempo as coisas iam
ficando mais fáceis e eu conseguia responder com mais eficácia e eficiência ao que me
era proposto e solicitado.
Ter alguém na mesma situação que eu foi importante pois permitiu-me trocar ideias,
trabalhar em conjunto e por vezes desabafar coisas que só quem está na mesma situação
entende. Coisas simples como trajectos, maneiras de introduzir temas, fazer
planificações, arranjar matérias, pesquisar na internet que em trabalho conjunto se
torna bem mais fácil.
Foi uma experiência enriquecedora para mim fundamentalmente porque me permitiu
ver 23 diferentes maneiras de trabalhar e interagir com elas. O único aspecto menos
positivo é não puder haver continuidade do projecto pois certamente que o trabalho
para o ano iria ser muito mais rico e os resultados muito melhores.
Reflexão Mafalda
Considerei esta experiência de estágio profissional bastante positiva. Nos últimos nove
meses tive oportunidade de experienciar sensibilizar crianças em idade de pré-escolar
para a língua inglesa, num projecto muito interessante, que desconhecia anteriormente.
O primeiro mês foi um mês de preparação para o ano lectivo. Este primeiro mês
permitiu-me contactar com o projecto e perceber quais eram os objectivos do mesmo.
A nível profissional pude pôr em prática conhecimentos adquiridos anteriormente,
enriquecendo o meu currículo pessoal de educadora com focalização na área da
30
expressão e comunicação - língua inglesa. O facto do projecto se desenrolar em
diferentes salas de jardim-de-infância teve os seus prós e contras. Foi positivo no
sentido em que lidei com vinte e quatro educadoras e grupos, tendo constantemente que
adaptar e flexibilizar as minhas planificações. Esta constante adaptação das
planificações deu-me mais rapidez de acção e permitiu-me reflectir sobre as diferenças
entre grupos de salas distintas. Não foi tão positivo ter de lidar com tantos grupos e
educadoras diferentes todas as semanas pois o enfoque que devia ser dado a situações
específicas de grupo é perdido. Isto é, imaginando que um grupo gostaria de aprender
mais palavras em inglês sobre os brinquedos, o tempo que eu poderia despender a
procurar materiais didácticos para esse efeito era reduzido. Mais ainda se imaginarmos
que cada grupo tem as suas necessidades e interesses específicos na aprendizagem da
língua inglesa. O projecto poderia ganhar qualidade se em vez de uma sessão por
semana em cada sala fossem duas.
A nível pessoal foi também um tempo enriquecedor. Penso só que se devia encontrar
uma forma de dar continuidade ao corpo docente não só por ser positivo para as
educadoras de inglês como para o projecto, ou encontrar-se uma forma de as manter
conectadas com o mesmo.
Em suma, foi um ano que serviu para aprender e enriquecer o meu currículo de
educadora.
31
Bibliografia
Cruz, M. & Barreira, C. (s/d). Ensino Precoce de Língua Inglesa e Educação de
Infância. Lisboa: Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti.
Dias, A. & Mourão, S. (2005). Inglês no 1º Ciclo – Práticas Partilhadas. Porto:
Edições ASA.
Gonçalves, I. (2003). O ensino precoce de uma Língua Estrangeira no 1.º
Ciclo do Ensino Básico como factor de sucesso da aprendizagem da Língua
Materna. Coimbra: Edições IPC.
Homann, Mary e Weikart, David (1995); Educar a criança; Fundação Calouste
Gulbenkian 2003.
Lopes, Ana Sofia et. al. (2006). “Sensibilização à língua inglesa na Educação
Pré-Escolar – Um projecto Itinerante no Concelho das Caldas da Rainha”
in VII Colóquio sobre Questões Curriculares – Globalização e (Des)igualdades: Os
Desafios Curriculares”. Universidade do Minho.
Ministério da Educação (1997); Orientações Curriculares para a Educação PréEscolar. Lisboa.
Oliveira, Luís Miguel (2007). Pensar a Infância em Inglês: Aprendizagem de
uma Língua Estrangeira na Educação Pré-Escolar in II Congresso
Internacional de Aprendizagem na Educação de Infância. Escola Superior de Educação
Paula Frassinetti.
Oliveira, Luís Miguel et. al. (Julho/ Agosto de 2007). Sensibilização à Língua
Inglesa na Educação Pré-Escolar: “Brincar” com o inglês no jardim-deinfância in Revista Educadores de Infância. N.º 27
Reilly, Vannessa e Ward, Sheila (1997); Very Young Learners; Oxford.
Ribeiro, Cátia et. al. (2009). Sensibilização à Língua Inglesa na Educação PréEscolar: Três anos de experiência e reflexão in Revista Animação e Educação, n.º 4.
Associação Nacional de Animação e Educação.
Strecht-Ribeiro, O. (1998). Línguas Estrangeiras no Primeiro Ciclo. Lisboa:
Livros Horizonte.
Strecht-Ribeiro, O. & Maia, M. (2001). Critérios de Elaboração de Materiais
Pedagógico-didácticos para a Iniciação às L.E.S no 1º ciclo. In Bárrios, A.
(Org.). Da Investigação às Práticas – Estudos de Natureza Educacional. Centro
Interdisciplinar de Estudos Educacionais da Escola Superior de Educação de Lisboa.
Strecht-Ribeiro, O. & Roso, A. (2001) Sensibilização às Línguas Estrangeiras na
Educação Pré-Escolar: Representações dos Educadores de Infância. In
Bárrios, A. (Org.). Da Investigação às Práticas – Estudos de Natureza Educacional.
Centro Interdisciplinar de Estudos Educacionais da ESE de Lisboa.
Mourão, Sandie Jones (2000). FOCO em Ensino Precoce da Língua Inglesa,
Escola Superior de Educação de Leiria.
32
Outras Fontes de Informação
50 Large Group Activities for young learners.
“Projecto Línguas Lúdicas”, Câmara Municipal de Leiria 2002.
“Projecto de Sensibilização para a Língua Inglesa no Pré-Escolar”, Setembro 2005.
Sites
- http://www2.ebi-sta-catarina.rcts.pt/
- http://www.uptoten.com/
- http://www.first-school.ws/
- http://www.activityvillage.co.uk
- http://www.teachchildrenesl.com
- http://www.britishcouncil.org/new/
- http://www.storyplace.org
33
Anexos
Anexo 1
Plano de temáticas e seu desenvolvimento
34
Outubro - Junho 2008/2009
Projecto de Sensibilização da Língua Inglesa no Pré-Escolar
Eds. Mafalda Napierala e Rita Lopes
Nota: Foram lidos e tidos em linha de conta para a elaboração deste plano o
“Plano Anual de Actividades 2008/2009 do Conselho de Docentes do Pré-Escolar
do Agrupamento de Escolas D. João II”; “Plano Anual de Actividades do 1º Ciclo
e Pré-Escolar do Agrupamento de Escolas de Santa Catarina”; “Plano Anual de
Actividades do Jardim de Infância de Nadadouro”; “Plano Anual de Actividades
do Jardim de Infância do Bairro dos Arneiros”; ”Plano anual da sala dos 4 anos
do Jardim de Infância Koalas”.
Outubro
Outono: características e frutos
halloween
Cores
Aniversários
Corpo humano
Novembro
Cores
Recordar outono
Natal
Dezembro
Twinkle twinkle little star
História
“Merry
Christmas
Big,
Hungry, Bear”
História “Get busy this Christmas”
Opostos
35
Janeiro
Emoções
Canção How old are you?
Roupa de inverno
Fevereiro
Canção Shake shake shake
Canção “Singing in the rain”
Anna at school
História “quick as a cricket”
História “Winnie Flies again”
Big little/ opostos / higiene-acções
Março
Família / Big little
Dia do pai, família / Corpo humano
/ Inglaterra
Primavera / Corpo humano
Páscoa/ animais
Abril
Primavera/ animais
Primavera registo / cores
Mares / Cores
Maio
Mãe / Mares
Natureza / Mãe
Transportes / Natureza
dia da criança - brinquedos
Junho
Despedida,
escolha
livre,
participação festas final ano.
- Outono:
Canção Autunm leaves
36
Palavras: “Autumn”, “Leaves”, Falling down”, “Whirling round”, “Yellow”, “red”,
“brown”.Tree, Leaves, Apple, Autumn, Falling down,
Grapes, Figs, Dry nuts, Nuts, Pear, “grapes”, “pomegranate”, “pear”, “apple”, “quince”,“
persimmon”,“ nuts”, “chest-nuts”, “Figs
- Halloween
Canção knock, knock trick or treat
Palavras:
“Halloween”,
“pirate”,
“ghost”,
“ballerina”,
“witch”,
“cowboy”,“monster”,“pumpkins”.
- Cores
“Rainbow colours e rainbow song”
Audição da história “Winnie the witch”, “Princess dress”
Princess, Yellow, Red, Green,Blue,Cow,Hungry,Eat,Orange,Colour,Sun
- Natal
Canção “Twinkle Twinkle little star”
Audição da história “Merry Christmas Big, Hungry, Bear”
Palavras: Christmas, “Christmas Tree”, “ Santa Claus”, “ Snowman”, “Star”, Twinkle,
Star, Up, Diamond, Happy birthday, Outside-inside, Open-close, Night-day, Cook
Aniversários - Canções-jogos: “Happy Birthday”
Palavras-chave:
Happy birthday
Opostos
Contactar com os opostos em inglês.
37
Palavras-chave possíveis: Inside-outside; Close-open; Night-day; Stand up-Sit down;
Up-Down; Quick-Slow; Small-Large; Big-little; Sad-Happy; nice-mean; cold-hot; weakstrong; loud-quiet.
Canções-jogos: “If you’re happy and you know it”; “I’m a big big cat”; ”Loud quiet”;
“Opposites”; “Shake shake shake”; “Jack”, “Get up and shake”, “Look up, look down”.
Livro: “Quick as a cricket”; “Big fish little fish”.
Higiene-acções
Palavras-chave: wake up, morning, comb hair, eat, brush teeth, put on clothes.
Canções: “Brand New Day”
Dia do pai
Palavras-chave: Father, I love you.
Canções-jogos: “Mommy, mommy”.
Livro: “A perfect day”, “Big fish little fish”.
Família
Nomear os elementos da família em inglês.
Palavras-chave: mother, father, baby.
Canções-jogos: “Mommy, mommy”.
Livro: “Baby Day”.
Primavera
Palavras-chave: Tree, sky, bird, flower.
Canções-jogos: “Betty the cow”.
Livro: “A perfect day”.
Corpo Humano
Nomear em inglês diferentes partes do corpo.
Palavras-chave: Head, shoulders, belly, legs,foot, hands, arms, eyes, nose, mouth,
ears.
Canções-jogos: “Betty the cow”; “Itsy Bitsy Spider”; “Old MacDonald”; “Tumble Bumble”,
“Head, shoulders,knees and toes”, “Head and shoulders baby”, “Hokie Pokie”, “Where
is baby tummy?”.
Livro: “Polar Bear”, “Does a kangaroo have a mother too?”.
38
Inglaterra
Palavras-chave: Reino Unido, inglês.
Animais
Palavras-chave: Cow, Dog, Cat, Mouse, Spider, Ship, Chicken.
Canções-jogos: “Betty the cow”; “Itsy Bitsy Spider”; “Old MacDonald”; “Tumble Bumble”;
“I’m a big big cat”, “There’s a tiger walking”, “Hear the little doggie”.
Livro: “Polar Bear”, “Does a kangaroo have a mother too?”
Páscoa
Palavras-chave: Eggs, Rabbit.
Mares
Palavras-chave: Boat, sea, fish, sun.
Canções-jogos: “Row your boat”.
Livro: “Big fish little fish” “Puffin”.
Mãe
Palavras-chave: Mother, I love you.
Canções-jogos: “Mommy mommy”.
Livro: “Baby Day”; “Does a kangaroo have a mother too?”; “My mom”.
Natureza
Palavras-chave: Tree, Sky, Flower.
Canções-jogos: “Betty the cow”.
Livro: “Quick as a cricket”; “A Perfect day”.
Transportes
Palavras-chave: Bus, Car, Truck, Boat, Train, Airplane.
Canções-jogos: “The wheels on the bus”, “Let’s go riding”.
39
Brinquedos
Palavras-chave: Doll, Car, Teddy Bear.
Final sessão
Canções-jogos: “Hokie-Pokie”.
Palavras-chave: Hand, foot, head, belly, ...
Início sessão
Canções-jogos: “Good day everybody”, “hello song”
Palavras-chave: Good day, Smile, Everybody.
Anexo 2
40
Anexo 3
41
Anexo 4
Anexo 5
Livro do Inglês…
(não ponho aqui porque a configuração das páginas é horizontal mas envio em
anexo)
42
Anexo 6
Mensagem aos pais
Exmo. Encarregado de Educação.
Grata pela resposta aos inquéritos de avaliação do projecto.
Agradeço desde já a resposta aos inquéritos de avaliação do projecto.
Nas sessões de inglês do segundo período trabalhámos:
- Identificação da bandeira do Reino Unido.
- Perguntar a idade em inglês: “How old are you?”.
- Contar em inglês.
- Vestuário para quando está frio “cold”: “scarf”, ”gloves”, ”hat”, ”coat”.
- Emoções: feliz “happy”, triste “sad”, zangado “mad”.
- Cores: amarelo “yellow”, verde “green”, azul “blue”, cor de laranja “orange”.
- Parabéns “Happy Birthday”.
- Noções: big “grande”- pequeno “little”, levantar “stand up”- sentar “sit down”,
dentro “inside”- fora “outside”.
Consulta do projecto, dúvidas e sugestões podem fazê-lo para o blog:
www.inglespre-anae.blogspot.com
Mafalda Napierala
Exmo. Encarregado de Educação.
Agradeço desde já a resposta aos inquéritos de avaliação do projecto.
Nas sessões de inglês do segundo período trabalhámos:
- Identificação da bandeira do Reino Unido.
- Perguntar a idade em inglês: “How old are you?”.
- Contar em inglês.
- Vestuário para quando está frio “cold”: “scarf”, ”gloves”, ”hat”, ”coat”.
- Emoções: feliz “happy”, triste “sad”, zangado “mad”.
- Cores: amarelo “yellow”, verde “green”, azul “blue”, cor de laranja “orange”.
- Parabéns “Happy Birthday”.
- Noções: big “grande”- pequeno “little”, levantar “stand up”- sentar “sit down”,
dentro “inside”- fora “outside”.
Consulta do projecto, dúvidas e sugestões podem fazê-lo para o blog:
www.inglespre-anae.blogspot.com
Rita Lopes
Anexo 7
43
Pré-teste às educadoras
Caras educadoras,
Para efeitos de balanço trimestral das sessões de Sensibilização à Língua
Inglesa em Idade Pré-escolar, vimos por este meio pedir a vossa colaboração
respondendo às seguintes questões:
1. Como acha que está a decorrer o projecto?
2. Considera que as crianças estão a aderir ao mesmo, i.e., estão motivadas,
relatam o que aprenderam, cantam em inglês, fazem questões relacionadas
com o idioma, etc?
3. Qual está a ser a reacção dos pais perante o projecto?
4. Considera que a metodologia das sessões está a ser adequada a cada
grupo?
Opiniões e sugestões para a (re) qualificar o projecto de inglês.
Agradecemos desde já a vossa colaboração.
Happy new year!!
Anexo 8
Questionários educadoras
44
(em falta - ficheiro no computador da ANAE)
Anexo 9
Inquéritos Pais
(em falta - ficheiro no computador da ANAE)
Anexo 10
Inquéritos as crianças
Parte I - Dados de Identificação
Género: a) Feminino___
1ºano inglês___
b) Masculino ___
2ºano inglês___
Idade:_____
3ºano inglês___
Jardim-de-Infância frequentado pela criança:________________________
Parte II- Avaliação do Projecto
1- Já tinhas tido Inglês no ano passado?
a)Sim
b)Não
2- O que é que aprendeste este ano no inglês?
______________________________________________________________________
________________________________________________________
3- Escolhe umas das tuas canções preferidas do inglês e canta-a.
______________________________________________________________________
________________________________________________________
4- Do que é que gostas mais? (ordem crescente de preferência)
Histórias___
Canções___
Jogos___
5- O que é que gostas mais de fazer?
______________________________________________________________________
________________________________________________________
6 – O que é que não gostaste de fazer no inglês?
45
______________________________________________________________________
________________________________________________________
7- Porque é que é importante aprender inglês?
______________________________________________________________________
________________________________________________________
Anexo 11
Inquérito aos Presidentes de Agrupamento e às Coordenadoras das educadoras
1- Tem conhecimento do Projecto de Sensibilização à Língua Inglesa para a Educação
Pré-Escolar?
Sim___
Não___
2- Na sua opinião, faz sentido as crianças em idade pré escolar terem uma sensibilização
à Língua Inglesa?
Sim___
Não___
Porquê?__________________________________________________________________
__________________________________
3- Considera que a metodologia utilizada nas sessões de Sensibilização à Língua Inglesa
para a Educação Pré-Escolar, nos Jardins-de-Infância, é adequada?
Sim___
Não___
Porquê?__________________________________________________________________
__________________________________
4- Considera que o projecto está a ter resultados positivos?
Sim___
Não___
Muito
Qual é a aceitação:
Satisfatória
satisfatória
Não
Sem dados
satisfatória
Por parte das educadoras?
Por parte das crianças?
Por parte dos pais?
5- O projecto Sensibilização à Língua Inglesa para a Educação Pré-Escolar consta no
vosso Projecto Educativo do Agrupamento?
6- Sugestões e comentários ao Projecto.
46
Anexo12
Artigo Publicado no Boletim do Pré-Escolar de Santa Catarina 3
3
http://www2.ebi-sta-catarina.rcts.pt/
47

Documentos relacionados