Sob o comando do músico Dinho Nascimento, a `Orquestra de

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DIÁRIO DE S. PAULO - DOMINGO / 2 DE JANEIRO DE 2011
viva
Sob o comando do músico
Dinho Nascimento, a
‘Orquestra de Berimbaus do
Morro do Querosene’ mostra
que o instrumento vai muito
além da capoeira
Bruna Quintanilha
[email protected]
O
berimbau rompeu as
barreiras da capoeira. O
instrumento famoso
d a s ro d a s d o m ov imento agora é objeto
principal da Orquestra de Berimbaus do Morro do Querosene, na
Zona Oeste de São Paulo.
Ela nasceu de encontros do grupo em uma praça do morro e das
oficinas de capoeira e berimbau
comandadas por Dinho Nascimento. “Em 1998, organizei uma
orquestra de berimbaus para uma
apresentação em Florianópolis
(Santa Catarina). Foi um sucesso.
Depois, montei a orquestra de novo para um evento de percussão”,
afirma ele. A partir daí, o grupo
evoluiu e foi se fortalecendo até fechar uma parceria com a Prefeitura de Santo André: “A gente tocava
em escolas e eventos da cidade”.
Hoje, a Orquestra de Berimbaus
tem uma agenda cheia de shows e
um CD. “Sinfonia de Arame” traz,
entre os ritmos de capoeira, canções de grandes compositores,
como “Aquarela do Brasil” e “Na
Baixa do Sapateiro”, ambas de Ary
Barroso, além do Hino Nacional.
Dinho é o maestro. É ele também
quem afina os berimbaus e dá o
som da orquestra. “A partir da afinação dos instrumentos, conseguimos tocar vários ritmos diferentes”, explica. Ele ainda é o inventor do berimbau blues, estilo
no qual o instrumento é tocado
com um copo para chegar ao ritmo
pretendido, e do berimbau trance,
um gênero musical que só Dinho e
sua turma sabem tocar.
Assista um vídeo da
Orquestra de Berimbaus em
www.diariosp.com.br
Divulgação
O mestre Dinho
Nascimento (abaixo e ao
centro) e sua orquestra