recepção e encaminhamento

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recepção e encaminhamento
UEP-UNIÃO ESPÍRITA PARAENSE-COESP-COORDENADORIA DE ATENDIMENTO ESPIRITUAL-RECEPÇÃO E ENCAMINHAMENTO
RECEPÇÃO E
ENCAMINHAMENTO
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UEP-UNIÃO ESPÍRITA PARAENSE-COESP-COORDENADORIA DE ATENDIMENTO ESPIRITUAL-RECEPÇÃO E ENCAMINHAMENTO
União Espírita Paraense
Coordenadoria de Atendimento Espiritual
Atendimento Espiritual (AE)
Recepção e Encaminhamento
Belém – Pará
Apostila Atualizada em fevereiro de 2011
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Sumário
1. Introdução...............................................................................................................................04
2. Considerações Iniciais............................................................................................................04
3. Fundamentação Evangélico-Doutrinária................................................................................04
4. Conceito..................................................................................................................................05
5. Objetivos.................................................................................................................................05
6. Quadro Geral do Atendido.....................................................................................................05
7. Recepção e seu funcionamento...............................................................................................06
8. Recepcionista: Perfil e Funções..............................................................................................07
9. Condições à Realização da Tarefa..........................................................................................08
10. Considerações Finais..............................................................................................................08
11. Fontes de Consulta.................................................................................................................08
12. Bibliografia.............................................................................................................................08
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Coordenadoria de Atendimento Espiritual
Atendimento Espiritual (AE)
RECEPÇÃO E ENCAMINHAMENTO
1.INTRODUÇÃO
Do livro “JESUS no Lar”, pelo Espírito Néio Lúcio, psicografia Francisco Cândido Xavier, mensagem nº
30 “A regra de ajudar”
João Evangelista, no auge da curiosidade juvenil, compreendendo que se achava à frente de novos
métodos de viver, tal a grandeza com que o Evangelho transparecia dos ensinamentos do SENHOR,
perguntou a JESUS qual a maneira mais digna de se portar o aprendiz, diante do próximo, no sentido de
ajudar aos semelhantes, ao que o AMIGO DIVINO respondeu, com voz clara e firme:
João, se procuras uma regra de auxiliar os outros, beneficiando a ti mesmo, não te esqueças de amar o
companheiro de jornada terrestre, tanto quanto desejas ser querido e amparado por ele. ... recorda que
a maioria dos enfermos conhece, de algum modo, a moléstia que lhes é própria, reclamando amizade e
entendimento , acima de medicação. ... aprende a cortesia fraternal para com todos. Acolhe o irmão do
caminho... com o calor do teu sincero propósito de servir. Fixa nos olhos as pessoas que te dirigem a
palavra, testemunhando-lhes carinhoso interesse ....Abstém-te das conversações improfícuas; ... Usa a
chave luminosa do sorriso fraterno; ... Faze o possível para ser pontual; ... Agradece todos os benefícios...
2.CONSIDERAÇÕES INICIAIS:
A Recepção na Casa Espírita deve ser o modelo de acolhimento, onde a bondade e o sorriso fraterno são
os precursores da apresentação do Evangelho, àqueles que chegam à Casa.
Receber os que recorrem à Casa Espírita representa um esforço no sentido de fazer com que o atendido
perceba que lá JESUS o espera, não é apenas um gesto de educação e boas vindas.
O Atendimento Espiritual quase sempre é procurado por corações sob compungidas dores. O Ato de
Receber e Encaminhar , portanto, ganha destaque e acaba por assumir os contornos de uma atividade
especial e específica.
3.FUNDAMENTAÇÃO EVANGÉLICO-DOUTRINÁRIA
A Casa Espírita representa o sublime espaço onde se revive a época épica dos tempos de JESUS.
A Recepção é a porta de entrada para as pessoas que procuram à Casa Espírita, portanto, deve significar o
espaço agora revivido por essa Instituição que se ergue sob a chancela do Consolador Prometido.
Em várias passagens, JESUS como o Recepcionista Perfeito vivencia esses locais abençoados, nos quais
acolhia os sofridos e desesperançados: “A Casa de Simão Pedro”; “A Praia de Genezaré”; “O Poço de
Sicar” e todos os demais locais consagrados no Evangelho.
... “Envolvida por esses pensamentos profundos, Maria de Magdala penetrou o umbral da humilde
residência de Simão Pedro, onde JESUS parecia esperá-la, tal a bondade com que a recebeu num grande
sorriso. A recém chegada sentou-se com indefinível emoção a estrangular-lhe o peito”. (2)
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... “Cântaro ao ombro, mergulhada em íntimas inquietações, uma mulher desce ao poço sob o sol
queimante a pino. Surpreende-se com o estranho olhar que lhe dirige o forasteiro judeu, que ali parece
aguardá-la.”
“... Emoções desconhecidas tumultuavam-lhe o espírito. Quando se dispõe a tomar o vasilhame e retornar
ao lar, ouve: “Dá-me de beber!”
“- Como, sendo tu judeu, me pedes de beber, a mim, que sou mulher samaritana?”
“JESUS conhece as dimensões que separam os dois povos: judeus e samaritanos.”
“... Tem uma mensagem a dar – mensagem de conciliação e consoladora ... Programara aquele encontro,
desde antes ...” (4)
O Recepcionista, portanto, que é o trabalhador dessa tarefa, dá início ao processo de atendimento e
encaminhamento, transmitindo ao recém-chegado, através da acolhida sincera e fraterna o clima de
AMOR que deve existir na Casa Espírita.
4.CONCEITO
Recepção é o ato, efeito ou maneira de receber e saber acolher pessoas.
É um recurso, entre os demais oferecidos pela Casa Espírita que recebe e encaminha pessoas (inicial
e continuamente), caracterizado, essencialmente, pela Fraternidade, cujo efeito será de propiciar a
sensação do conforto, confiança aos que chegam pela primeira vez e aos participantes e trabalhadores
que transitam recebendo os demais recursos do Atendimento Espiritual.
5.OBJETIVOS
Acolher, fraternalmente, as pessoas que chegam e durante sua permanência na Casa Espírita;
Orientar o início da participação de cada atendido, encaminhando seus passos iniciais na Casa;
6.QUADRO GERAL DO ATENDIDO
Os problemas que aturdem as criaturas humanas nos dias de hoje são os mais diversificados possíveis e
vão, desde a necessidade pura e simples do conhecimento às angústias superlativas dos que se encontram
sobraçando os mais pesados fardos, portanto, as pessoas que procuram a Casa Espírita, na grande maioria
das vezes, apresentam o seguinte quadro:
• Revoltados, pessimistas, com desânimo e desespero já instalados em seus corações;
• Decepcionados em relação aos recursos até então experimentados, sejam da Ciência ou da
Religião;
• Desajustados emocionalmente;
• Desconfiados e em expectativa permanente, devido concepções falsas acerca da Doutrina Espírita;
• Enganados, desiludidos, e ao recorrerem ao Espiritismo o fazem, muitas vezes, como derradeira
opção;
• Tristes, chorosos, depressivos, desesperançados;
• Em estado de incorporação freqüente;
• Angustiado perante os quadros em que está vivenciando;
• Doentes de toda ordem: corpo, espírito e perispírito;
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Chegam à Casa Espírita em busca de atendimento por outras pessoas
7.RECEPÇÃO E SEU FUNCIONAMENTO
A Recepção ocorrerá no espaço físico de entrada da Instituição Espírita, devendo o(s) Recepcionista(s)
utilizar(em) crachá(s).
Os atendidos aguardarão o início do Atendimento Espiritual em local adequado destinado pela
Coordenação e/ou Direção da Casa.
Oferecer mensagens edificantes, lê-las por ocasião da espera do participante, entregar senhas e
encaminhá-los ao ambiente onde será atendido com os recursos evangélico-doutrinários do Atendimento
Espiritual.
Dependendo da dinâmica interna de cada Casa Espírita, esses recursos são oferecidos concomitantemente
e/ou em dias diferentes.
Todos os atendidos, inclusive trabalhadores, deverão ser recebidos à porta da Casa Espírita em clima de
vibração e entusiasmo, sem exageros, com cumprimentos de boas vindas.
Para aqueles que estiverem iniciando, a Recepção dará um pouco mais de atenção para facilitar seu
processo de adaptação na Casa.
Aquele que chega, merece atenção plena, por isso o Recepcionista através de acolhida sincera e
fraterna, dá início ao processo de atendimento e integração, traduzindo ao recém-chegado o clima de
Fraternidade que deve viger na Casa Espírita. Se o fluxo de pessoas for grande, deverá haver o número de
recepcionistas proporcional a essa demanda.
Importante dizer que o trabalho da Recepção não se encerra ao encaminhar os participantes aos recursos
oferecidos pelo Atendimento Espiritual, pois poderá ocorrer a chegada de pessoas após o horário de início
que merecem acolhida fraternal e as orientações que se fizerem necessárias.
O material administrativo utilizado, como senhas, quadros estatísticos, etc. serão adotados para dar apoio
ao trabalho de forma organizada.
Todas essas atitudes do Recepcionista e da Direção e/ou Coordenação da Casa deverão ser realizadas com
carinho, alegria e atenção à fim de que o atendido se sinta tocado e possa se dar conta que ele acaba de
chegar em uma casa diferente: A CASA DE JESUS.
8.RECEPCIONISTA
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PERFIL
• Ser Espírita e estar familiarizado com a dinâmica da Casa Espírita;
• Ter boa apresentação, procurando conjugar a higiene pessoal à discrição e simplicidade no traje;
• Ter boa capacidade de expressão, sendo claro e objetivo para que o recém-chegado compreenda as
informações;
• Ser atencioso e interessado a fim de detectar, de forma genérica, as reais necessidades, para
proceder os devidos encaminhamentos de forma adequada;
• Ter segurança e tranqüilidade pois muitos chegam aflitos e carentes de paz;
• Ser fraterno e solidário, criando para a pessoa uma ambientação tranqüila;
• Ter compromisso com a Causa e Casa Espírita, desempenhando a tarefa em clima de
responsabilidade, alegria, equilíbrio e boa vontade;
• Ter participado do Curso de Capacitação para Recepção e Encaminhamento e que esteja
freqüentando o ESDE;
• Ter o hábito da Prece e do Estudo das Obras Básicas e Complementares da Doutrina Espírita;
• Possuir qualidades importantes para esta função: simpatia, paciência e fraternidade;
• Ter familiaridade com o Evangelho de JESUS.
FUNÇÕES
• Conhecer a fundamentação e diretrizes da tarefa;
• É imprescindível que faça o Curso de Recepção, adquirindo conhecimento geral das atividades
da Casa: funcionamento, dias, horários de atendimento ao público, nome dos trabalhadores,
dirigentes e coordenadores das tarefas, espaços e sua utilização, normas que regulamentam os
trabalhos da Casa;
• Receber, fraternalmente, as pessoas que procuram a Casa;
• Prestar informações e esclarecimentos, com cordial afabilidade, acerca das atividades da Casa
Espírita, estando atento quanto à inconveniência de opiniões pessoais, pois nesta atividade
representa a Instituição Espírita; entregar mensagens e informativos sobre a Casa;
• Controlar o trânsito das pessoas no interior da Casa;
• Conduzir adequadamente a pessoa que procura a Casa até o local onde receberá o(s) recurso(s)
evangélico-doutrinário(s);
• A cada dez minutos, fazer leituras breves e profundas de livros contendo Mensagens Espíritas
no ambiente onde são recepcionadas as pessoas, para evitar conversas paralelas e nem sempre
edificantes, propiciando, portanto, uma ambientação favorável ao atendimento pela Equipe
Espiritual;
• Responsável pela preparação, organização e harmonia do ambiente durante a realização do
trabalho e no horário que antecede o mesmo.
• Proceder anotações, informações relacionadas ao quantitativo de atendidos, a fim de subsidiar a
direção da Casa em seus relatórios de atividades.
9.CONDIÇÕES À REALIZAÇÃO DA TAREFA
• Importante lembrar que as pessoas que chegam à Casa Espírita devem sentir-se agradavelmente
acolhidas, enquanto esperam o encaminhamento aos recursos do atendimento espiritual, portanto,
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a condição fundamental à boa realização da tarefa é o preparo evangélico-doutrinário e a conduta
espírita pela Equipe de Trabalhadores da Recepção;
• O(s) Recepcionista(s) trabalhará(ão) no local onde for indicado, conforme as normas e a
realidade de cada Casa Espírita, assim como organizando o atendimento baseado nos critérios
previamente estabelecidos na fundamentação e no material organizativo da Casa.
10.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Recepção e Encaminhamento acontece com o recebimento da pessoa à porta da Instituição Espírita e
termina quando o participante recebeu os recursos do Atendimento Espiritual, conforme seu caso.
Durante esse tempo, a Recepção e o Encaminhamento torna-se responsável no monitoramento do
atendido, de forma que ele se sinta integrado na Instituição Espírita
11.FONTES DE CONSULTA:
1. ALMEIDA, Alberto Ribeiro de. Apostila sobre Atendimento Fraterno. Pará, Belém, 2001.
2. Conselho Federativo Nacional. Orientação ao Centro Espírita. 1ª edição. Brasília – D.F. Federação
Espírita Brasileira. 2007.
3. Fundação Allan Kardec – FAK – Apostila de Entrevista do Atendimento Espiritual. Amazonas,
Manaus.
4. Fundação Allan Kardec – FAK – Apostila de Recepção e Encaminhamento. Amazonas – Manaus.
12.BIBLIOGRAFIA
OBRAS BÁSICA:
1. KARDEC, Allan. Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo VI: O Consolador Prometido. Itens
3 e 4. Os bons espíritas. Capítulo XVII: item 47. FEB.
OBRAS COMPLEMENTARES:
1. ATENDIMENTO FRATERNO. Projeto Manoel Philomeno de Miranda. 4ª edição. Editora
Alvorada, 1998
2. CAMPO, Humberto de, Espírito. Psicografia Francisco Cândido Xavier. “Boa Nova”, capítulo 20,
página 132: “Maria de Magdala”, 32ª edição, Federação Espírita Brasileira. Brasília, BR, 2004.
3. LÚCIO, Néio, Espírito. Psicografia Francisco Cândido Xavier. “JESUS no Lar”, mensagem nº
30 “A regra de ajudar”, 31ª edição. Federação Espírita Brasileira. Brasília BR.
4. ROGRIGUES, AMÈLIA, Espírito. Psicografia Divaldo Pereira Franco. “Primícias do Reino”,
capítulo 9, páginas 111, 112, 113: “A Mulher de Samaria”, 9ª edição, Livraria Alvorada Cristã,
Bahia, Salvador, 2003.
5. Sociedade de Divulgação Espírita Auta de Souza. “Compreendendo a Dor Humana”, página 336.
1ª Edição, 2008.