Campaña de vacunación para la eliminación de la rubéola en el Brasil

Transcrição

Campaña de vacunación para la eliminación de la rubéola en el Brasil
ESTADO DE SANTA CATARINA
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
GERÊNCIA DE DOENÇAS IMUNOPREVENÍVEIS E IMUNIZAÇÃO
Protocolo de Monitoramento Rápido de Cobertura vacinal (MRC) em
crianças de 6 meses a < 5 anos de idade pós-campanha de multivacinação,
Brasil, 2015
(Adaptado pelo Programa Estadual de Imunizações- SC de documento produzido pela CGPNI/SVS/MS)
Novembro 2015
1
Justificativa
O Monitoramento Rápido de Coberturas vacinais (MRC) trata-se de uma atividade
recomendada pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) para supervisão das ações de
vacinação adotada em vários países das Américas como ação rotineira. É um método extremamente útil
para definir ou redefinir ações de vacinação, melhorar as coberturas vacinais e homogeneidade de
coberturas. No Brasil em geral, o MRC sucede a uma ação de intensificação vacinal (campanha de
vacinação específica ou multivacinação). Entretanto, pode e deve ser aplicado em qualquer época para
qualquer vacina do calendário de vacinação. É caracterizado por ser uma atividade de campo, feita a
partir da visita casa a casa, oportunidade na qual, o comprovante de vacinação do residente que faz parte
do grupo alvo da vacinação é avaliado para uma ou mais vacinas. É um método direto de avaliação
proporcionando a informação sobre a proporção de indivíduos vacinados em relação ao total de
indivíduos avaliados na visita domiciliar.
No que tange as vacinas do calendário da criança, em sua maioria têm como metas operacionais
coberturas mínimas de 95%. Exceção para as vacinas BCG e a vacina oral de rotavírus humano (VORH)
estabelecidas em 90%, e para a vacina febre amarela em áreas de recomendação de vacinação (ARCV)
estabelecida em 100%. Destaca-se que para a proteção coletiva contra as doenças imunopreveníveis, as
coberturas vacinais para cada vacina devem ser homogêneas nos distintos contextos geográficos - país,
estados, municípios e dentro do próprio município (bairros, ruas, domicílios).
O reconhecimento da importância dessa estratégia para o resgate de não vacinados levou a
Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) a institucionalizar o MRC para a vacinação de rotina com
aporte de recursos financeiros para os municípios conforme Portarias GM nº 1.182/2012 e 535/2012. A
partir de 2013, os recursos financeiros para as campanhas de vacinação foram regulamentados pela
Portaria 1.596 de 02/agosto de 2013 que define os valores do Piso Fixo de Vigilância em Saúde e dá
outras providências.
Este documento tem como objetivo subsidiar os técnicos das instâncias estaduais e municipais
no planejamento, execução e avaliação do MRC para as vacinas do calendário nacional de vacinação.
1. - Objetivos do MRC
2.1. Geral: Avaliar a situação vacinal das crianças de 6 meses a menores de cinco anos de idade para
todas as vacinas do calendário da criança.
2.2. Específicos: Resgatar e vacinar crianças não vacinadas, melhorar a cobertura vacinal e a
homogeneidade de coberturas no contexto dos municípios, estados e no país, além de aumentar a
imunidade da população garantindo manutenção do estado de eliminação, controle e ou a redução da
incidência de doenças imunopreveníveis sob vigilância no país.
3. Metodologia
Serão avaliadas as coberturas vacinais do calendário da criança seguindo a metodologia estabelecida
conforme critérios descritos abaixo:
O âmbito geográfico para avaliar a situação vacinal é o município.
O número de Monitoramentos Rápidos de Cobertura (MRC) a realizar no município depende da
população alvo e do número de salas de vacinas do mesmo.
2
A seleção dos setores para o MRC é aleatória.
Criança vacinada é aquela vacinada antes, durante, ou após a campanha de multivacinação
2015, que comprove a última dose do esquema recomendado para cada vacina do calendário de
vacinação da criança.
O MRC deve ser cruzado, ou seja, a coleta de dados deve ser realizada por equipes locais. Ou
seja, uma área selecionada deve ser monitorada pela equipe de outra área. Quando possível e
se necessário, com apoio estadual e nacional.
O MRC deve ser realizado em curto período de tempo (preferencialmente no mesmo dia em
que foi iniciado em cada área selecionada). Ele representa o retrato do momento da ação.
Tomar decisões com base nos resultados encontrados durante o MRC. Considerar os
parâmetros de coberturas vacinais adotados pelo PNI para cada vacina: 90% para a vacina
rotavírus e BCG, 100% para a vacina Febre amarela e ≥95% para as demais vacinas contempladas
no MRC. A vacina BCG será avaliada neste MRC, porém, não está recomendada a vacinação
com BCG no momento do MRC em função da técnica de aplicação (crianças encontradas sem a
vacina devem ser encaminhadas ao serviço).
4. Critérios de inclusão e exclusão para realização das entrevistas
4.1. Critérios de inclusão
Crianças da população alvo, ou seja: seis meses a menor de cinco anos de idade (6 meses a
4anos, 11 meses e 29 dias de vida).
Crianças na faixa de idade acima referida, residentes no domicilio que estão presentes ou
ausentes, desde que para as crianças ausentes tenham comprovante de vacinação disponível no
domicílio no momento do MRC.
Deve ser considerada para efeito de avaliação do estado vacinal qualquer documentação que
comprove o estado vacinal da criança envolvida na entrevista.
Observação: Utilizar a planilha para registro das doses verificadas na caderneta de vacinação da
criança ou outro comprovante vacinal, para cada vacina.
4.2. Critérios de exclusão
Crianças fora da idade estabelecida. Ou seja, as crianças menores de seis meses de idade e
aquelas a partir de cinco anos de idade.
Crianças não residentes no domicílio que no momento do MRC estejam em visitas.
Observação: Se for informada a existência de criança residente que esteja ausente e sem comprovante
de vacinação no momento da visita para comprovar o estado vacinal, é recomendável retornar em outra
oportunidade no domicílio na perspectiva de encontrar essa criança e avaliar o seu estado vacinal. Se o
retorno não for possível, esta criança NÃO deve compor a amostra, pois não tem como avaliar a situação
3
vacinal tampouco intervir.
5- Procedimentos para verificação da caderneta de vacinação e registro.
Quadro 1: Procedimentos para verificação da situação vacinal durante o MRC
Vacina
Idade
Avaliar no
Registro da
MRC
Situação vacinal
BCG
6 meses a <5
Dose única
anos
Hepatite B
6 meses a <5
anos
Tetra ou Penta
6 meses a <5
anos
Rotavírus humano
Todas as crianças de 6 meses a <5
anos de idade. Considerar que
devem ser incluidas as crianças
que antes da implantação da penta
receberam a hepatite monovalente
e a tetra (DTP/Hib)
3ª dose
3ª dose
registrar na
coluna D.3 em
(D3)
Considerar as 3ªs (D3) doses de
VIP ou de VOP
12 meses a
Reforço 1
<5 anos
registrar na
coluna D.3 em
(REF1)
Todas as crianças de 1 a 4 anos de
idade
Crianças
com 4 anos Reforço 2
de idade
registrar na
coluna D.3 em
(REF2)
Todas as crianças com 4 anos de
idade
registrar na
coluna D.3 em
(D3)
registrar na
coluna D.3 em
(REF)
Todas as crianças de 6 meses a
menores de cinco anos de idade
6 meses a <5
Pneumocócica 10V
anos
(Pneumo 10) ou
Pneumo 13
Todas as crianças de 6 meses a
menores de cinco anos de idade
registrar na
coluna D.3 em
(D3)
6 meses a <5
anos
Poliomielite
Inativada ou Oral
(VIP ou VOP)
3ª dose
registrar na
coluna D.3 em
(DU)
registrar na
coluna D.3 em
(D3)
Observações
12 meses a
<5 anos
6 meses a <5
anos
3ª dose
Reforço
2ª dose
registrar na
coluna D.3 em
(D2)
Todas as crianças de 1 a 4 anos de
idade
Todas as crianças de 6 meses a
menores de 5 anos de idade.
Considerar também crianças
vacinadas com a Rotavirus
pentavalente (D3) feita em serviço
privado
4
Quadro 1: Procedimentos para verificação da situação vacinal durante o MRC (continuação)
Vacina
Meningocócica
conjugada C
(Meningo C)
Idade
Tetra
viral(DU)/VTV
(D2*)
Tríplice bacteriana
DTP
Observações
6 meses a
<5 anos
2ª dose
registrar na
coluna D.3 em
(D2)
Todas as crianças de 6 meses a menores de
cinco anos de idade
15 meses a
<5 anos
Reforço
registrar na
coluna D.3 em
(REF)
Todas as crianças de 1 a 4 anos de idade
9 meses a
<5 anos
Dose
inicial (DI)
ou D1
registrar na
coluna D.3 em
(DI ou D1)
Todas as crianças de 9 meses a menores
de 5 anos de idade. Não serão
consideradas para o cálculo de coberturas
vacinais crianças de 6 a 8 meses de idade.
Crianças
com 4 anos
Reforço
registrar na
coluna D.3 em
(REF)
Criança aos 4 anos de idade que já
recebeu a dose inicial e o reforço
1 ano (12
meses) a <5
anos
1ª dose
registrar na
coluna D.3 em
(D1)
Todas as crianças de 1 a 4 anos de idade
Crianças a
partir de 15
meses (1
ano e 3
meses)
2ª dose
registrar na
coluna D.3 em
(D2)
Criança com 15 meses de vida. A
cobertura vacinal somente levará em conta
as crianças a partir de 15 meses de vida.
Crianças a
partir de 15
meses (1
ano e 3
meses)
Dose
única
(DU) ou
D2*
registrar na
coluna D.3 em
(DU/D2)
Crianças a partir de 15 meses de vida (1
ano e 3 meses).
*Considerar o registro de tetra viral (D2)
das crianças vacinadas no serviço privado.
Crianças a
partir de 15
meses (1
ano e 3
meses)
Reforço 1
registrar na
coluna D.3 em
(REF1)
Crianças a partir de 15 meses de vida
Crianças
com 4 anos
de idade
Reforço 2
registrar na
coluna D.3 em
(REF2)
Todas as crianças com 4 anos de idade
Febre Amarela
Tríplice viral
Avaliar no
Registro da
MRC
Situação vacinal
5
Vacina
Idade
Avaliar no
Registro da
MRC
Situação vacinal
Observações
6 meses a
<5 anos
2ª dose
registrar na
coluna D.3 em
(D2)
Todas as crianças de 6 meses a
menores de cinco anos de idade
15 meses a
<5 anos
Reforço
registrar na
coluna D.3 em
(REF)
Todas as crianças de 1 a 4 anos de
idade
9 meses a
<5 anos
Dose
inicial (DI)
ou D1
registrar na
coluna D.3 em
(DI ou D1)
Todas as crianças de 9 meses a
menores de 5 anos de idade. Não
serão consideradas para o cálculo
de coberturas vacinais crianças de 6
a 8 meses de idade.
Crianças
com 4 anos
Reforço
registrar na
coluna D.3 em
(REF)
Criança aos 4 anos de idade que já
recebeu a dose inicial e o reforço
1 ano (12
meses) a <5
anos
1ª dose
registrar na
coluna D.3 em
(D1)
Todas as crianças de 1 a 4 anos de
idade
Crianças a
partir de 15
meses (1
ano e 3
meses)
2ª dose
registrar na
coluna D.3 em
(D2)
Criança com 15 meses de vida. A
cobertura vacinal somente levará
em conta as crianças a partir de 15
meses de vida.
Tetra
viral(DU)/VTV
(D2*)
Crianças a
partir de 15
meses (1
ano e 3
meses)
Dose
única
(DU) ou
D2*
registrar na
coluna D.3 em
(DU/D2)
Crianças a partir de 15 meses de
vida (1 ano e 3 meses).
*Considerar o registro de tetra viral
(D2) das crianças vacinadas no
serviço privado.
Tríplice bacteriana
DTP
Crianças a
partir de 15
meses (1
ano e 3
meses)
Reforço 1
registrar na
coluna D.3 em
(REF1)
Crianças a partir de 15 meses de
vida
Meningocócica
conjugada C
(Meningo C)
Febre Amarela
Tríplice viral
6
Crianças
com 4 anos
de idade
Reforço 2
registrar na
coluna D.3 em
(REF2)
Todas as crianças com 4 anos de idade
A avaliação da situação da vacina febre amarela só se aplica para os
municípios que são área de recomendação para a vacinação.
Considerar vacinada a criança a partir de 9 meses de idade que tem o
registro da dose no cartão, lembrar que por ter havido mudança na
nomenclatura da dose no sistema poderá ser encontrado o registro no
cartão como 1ª dose (D1) ou dose inicial (DI).
O cálculo de coberturas vacinais será feito
automaticamente no sítio eletrônico. Entretanto, durante o
MRC é importante estar atento para a quantidade de crianças
encontradas não vacinadas, pois é possível que se trate de uma
área com possibilidade de formação de bolsões de não
vacinados (prováveis suscetíveis) e que mereça atenção especial
do serviço de imunizações. Isto deve ser observado para
qualquer vacina do esquema básico ou Reforço .
6. Setorização e seleção das localidades para realizar o MRC.
O primeiro passo é mapear o município. Essa é a informação básica para selecionar os lugares
onde se realizará a coleta dos dados. Para isso, as equipes deverão utilizar os mapas e croquis
disponíveis no município. Como exemplo, setores censitários, localidades do Programa de controle de
endemias (SISLOC), áreas territoriais do Programa Saúde da Família/Agentes Comunitários de Saúde
(PACS/PSF) regiões administrativas municipais, dentre outras, para identificar os setores colocando um
número em cada setor, como mostra a figura 3.
Figura 3. Divisão do município para sorteio de setores onde deverá realizar o MRC.
7
O número de Monitoramentos Rápidos de Cobertura (MRC) será baseado na população alvo e no
número de salas de vacina do município. O numero de MRC corresponde ao número de salas de vacina,
porém, a área do MRC não representa necessariamente a localidade da sala de vacina, e sim aquele que
foi selecionado aleatoriamente (por sorteio).
Tabela 1. Definição do número e tamanho de conglomerados segundo setor
População alvo dividida pelo total
de salas de vacina
Nº pessoas a ser entrevistadas
em cada MRC
< 1000
25
1000 – 4.999
50
Total de pessoas a serem
entrevistadas no município
25 multiplicado pelo total de sala de
vacinas
50 multiplicado pelo total de sala de
vacinas
Baixas coberturas vacinais também estão relacionadas a problemas de acesso a vacina. É
recomendável que nos maiores municípios sejam incluídas intencionalmente áreas nas quais acredite
haver fatores que possam contribuir para uma menor cobertura vacinal, como aquelas de difícil acesso,
áreas de pobreza, áreas com intenso fluxo migratório e/ou população flutuante, entre outros
(recomendação OPAS). No entanto, as localidades dentro deste setor escolhido intencionalmente
devem ser selecionadas aleatoriamente.
Na tabela 2 consta um exemplo de como efetuar o cálculo da população alvo a ser entrevistada,
tomando como base uma população alvo de quatro municípios catarinenses.
Tabela 2. População alvo do MRC em 4 municípios catarinenses.
Nome
Município
Nº de salas População
de vacinas alvo <5
anos
IPUACU
1
ITUPORANGA
1
SMOeste
9
BLUMENAU
50
578
1.415
1.943
17.489
Base de
cálculo
(a)
Monitoramento (MRC)
Nº de equipes
% da
Nº de
x 3 (vacinador, população a
entrevistas
ser
Nº total de entrevistas registrador e
por sala de
entrevistador) entrevistada
vacina
578
25
25
3
1.415
50
50
3
4,3
3,5
216
25
225
27
11,6
350
25
1.250
150
7,1
8
Nos municípios com população abaixo de 50 mil crianças (todos os municípios de SC) deve-se
seguir como indica a tabela 1. Por exemplo, considerando um município que tem 11.150 crianças <5
anos de idade e 32 salas de vacinas, aplicando-se a operação acima indicada tem-se o seguinte:
11.150/32 =348. Este resultado (348) é <1.000, então devem ser entrevistadas 25 pessoas em cada MRC.
Para saber o total de pessoas a serem entrevistadas no município multiplica-se o total de salas de vacinas
pelo número de entrevistas em cada MRC, ou seja, 32*25 = 800 pessoas. Isso representa 7,1% da
população alvo.
Em município com a mesma população, com apenas cinco (5) salas de vacinas teríamos a
seguinte situação: 11.150/5 = 2.230, ou seja, um valor maior que 1.000 e menor que 5.000. Pelo critério
definido aplica-se 50 entrevistas em cada MRC (quadro 1); 50*5=250 pessoas. Isto representa 2,2% da
população alvo. Ou seja, a quantidade de pessoas a serem entrevistadas depende do número de salas de
vacinas do município, entretanto, os setores sorteados não estão relacionados com a localização da sala
de vacina, sendo este número apenas um referencial. O sorteio dos setores é necessário para aplicação
adequada do método, mesmo naqueles bairros onde a seleção foi intencional conforme recomendação
descrita anteriormente.
7- Organização e programação do trabalho de campo
Definir o melhor dia para realizar a coleta dos dados, considerando os horários em que é mais
provável encontrar o público alvo e seus responsáveis em casa (em geral em horários final de tarde e
finais de semana).
A coleta e tabulação dos dados de cada área onde se iniciou o monitoramento devem ser realizadas
em um dia.
Definir os recursos necessários para o MRC: Transporte, vacina, seringas e agulhas, planilhas,
boletins de registro de doses aplicadas.
Designar um supervisor das equipes de monitoramento.
Formar as equipes com 2 a 3 pessoas: Entrevistador, registrador e vacinador.
Solicitar apoio de agentes comunitários e outras lideranças que conheçam a localidade.
Padronizar as equipes na metodologia de entrevista, registro e tabulação de dados.
Registrar os dados no site (sipni.datasus.gov.br), em área definida para o MRC.
O entrevistador, preferencialmente deve ser externo (proveniente de unidade de outra área) ao
estabelecimento responsável pela área, para que o monitoramento seja o mais imparcial e objetivo
possível.
As pessoas “não vacinadas” para qualquer vacina do calendário (exceto a BCG devido requerer
técnica especial de administração) devem ser vacinadas e a dose administrada deve ser registrada nos
boletins diários de doses aplicadas correspondente a cada vacina, registrando os dados no site específico
para esse MRC e/ou no SIPNI Desktop (ver quadro 2).
8. Procedimentos para a coleta de dados.
Selecionar aleatoriamente um bloco/quadra/quarteirão do setor sorteado para iniciar a coleta dos dados.
Se o setor é muito grande, dividir novamente em setores para selecionar por sorteio o
bloco/quadra/quarteirão que iniciará o MRC.
Visitar o número necessário de casas até completar o número de pessoas entrevistadas, definidas no
9
MRC, segundo o tamanho do setor estabelecido no quadro 1.
Seguir a rota em sentido horário até completar o número de pessoas que precisam ser entrevistadas
como mostra a figura 5.
Figura 5. Setor e quadras sorteados para o MRC
Fonte: Google earth (adaptado)
ATENÇÃO: Considerar vacinada adequadamente toda criança na faixa
etária definida para o MRC que tenha registro comprovado da dose da
vacina conforme descrito no item 5 (Procedimentos para verificação da
caderneta de vacinação e registro).
9. Registro de informações do MRC e Análise dos dados
Devido a grande quantidade de vacinas elencadas para o MRC, o formulário de registro e a entrada de
dados no site tornaram-se extensas para visualização adequada. Visando a facilidade, praticidade e
segurança da informação, decidimos por separar o formulário e a entrada de dados no site, em duas
etapas: Boletim para Registro da Situação vacinal encontrada e Boletim para Registro de Doses
Aplicadas.
Ressaltamos que as imagens disponibilizadas para auxílio no registro das informações são meramente
ilustrativas e bem similares às que estarão disponíveis para acesso no site.
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9.1. Registro de informações sobre a situação vacinal encontrada
Os dados coletados durante o MRC sobre a situação vacinal encontrada nas crianças na faixa etária
compreendida entre 6 meses a < de 5 anos de idade devem ser feitos exclusivamente no site
sipni.datasus.gov.br, conforme orientações abaixo e ilustração do Quadro 3 do Anexo 1.
O registro dos dados do MRC poderá ser realizado por instância (Sala de Vacina/Estabelecimento de
Saúde, Distrito Sanitário, Regional Municipal, Secretaria Municipal de Saúde, Regional Estadual de
Saúde ou Secretaria Estadual de Saúde) desde que exista usuário/operador devidamente habilitado para
o registro.
Cada instância só poderá registrar informações por estabelecimento de saúde de seu nível de gestão
para baixo.
1º Passo: Ao fazer o login o operador deverá acessar o menu “VACINAÇÃO” -> “REGISTRO
DE VACINAÇÃO CONSOLIDADO” -> “BOLETIM DE MRC” (Telas 1 e 2);
Tela 1
2º Passo: Ao acessar a opção “BOLETIM DE MRC”, abrirá uma janela com as informações
referentes ao estabelecimento a que o usuário pertence e o grupo de boletim com o MRC ativo
vigente e disponível para entrada de dados (Tela 2).
Tela 2
11
3º Passo: Para dar início ao registro dos dados, deve verificar se a instância (sala de vacina) correta foi
selecionada nas caixas de seleção e uma grade com o boletim de MRC será exibida na parte inferior da
mesma janela aberta (Tela 3). Para abrir o boletim clique no ícone “ ” da coluna Ação.
Tela 3
Formatado: Fonte: Negrito
Código de campo alterado
4º Passo: Após acessar o boletim de registro de dados do MRC, o usuário poderá iniciar a inclusão dos
dados de acordo com as informações obtidas nos formulários impressos (Quadro 3 e 4 – Anexos II e
III). Abaixo seguem imagem ilustrativa da tela de registro de dados da situação vacinal encontrada no
MRC e as orientações detalhadas para registro de cada informação no site.
Quadro 3: Boletim para registro da situação vacinal encontrada
12
 Coluna (A): Colocar o número de casas visitadas no MRC.
 Coluna (B): Registrar o número total de crianças residentes na faixa etária alvo do MRC (6
meses a < 5 anos), observando cuidadosamente a idade da criança no momento da visita (6 a 8
meses; 9 a 11 meses, 1ano; 2 anos; 3 anos; 4 anos). Chama-se a atenção para o registro correto por
idade considerando que as coberturas vacinais levarão em conta rigorosamente a idade na qual está
recomendada a vacinação para cada vacina e dose correspondente (dose do esquema regular ou
reforço).
 Coluna (C): Registrar o número de crianças residentes encontradas no domicílio e/ou ausentes,
mas que residam no domicilio e seja apresentado comprovante de vacinação. O registro deve ser
feito observando cuidadosamente cada faixa etária (6 m a 8 meses; 9m a 11 meses; 12 m a 23
meses; 2 anos; 3 anos e 4 anos).
 Coluna (D): Nesta coluna serão registradas as informações sobre a situação vacinal das crianças
alvo do MRC, por vacina e dose.
*(D.1): Representa as vacinas que fazem parte do MRC (previamente preenchidas pelo site).
*(D.2): Representa os tipos de doses monitoradas do MRC, por vacina (previamente preenchidas
pelo site).
*(D.3): Representa a quantidade de doses coletadas e registradas, por vacina e tipo de dose. Não
considerar informação verbal de vacinação.
 Coluna (E): Cálculo do número de crianças sem esquema vacinal completo, por vacina e dose.
Esse dado é obtido do site automaticamente e por vacina. Representa a diferença entre as
crianças alvo do MRC e aquelas encontradas com esquema vacinal completo para a vacina e
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dose correspondente (última dose do esquema vacinal ou reforço).
Fórmula: Coluna E = coluna C – coluna D.3 (para cada vacina e dose).
 Coluna (F): Cobertura vacinal para cada vacina e dose correspondente a última dose do
esquema regular ou dose de reforço. Esse cálculo é feito automaticamente. Representa a
proporção (%) de crianças vacinada com esquema completo dentre o total de crianças alvo do
MRC.
Fórmula: Coluna F (%) = coluna D.3 (total) / coluna C x 100
 Coluna (G): Registrar os motivos da não vacinação das crianças encontradas e NÃO
vacinadas. Para cada motivo deve ser registrado o valor consolidado referente às crianças não
vacinadas; A coluna Total de Justificativas representa a soma de todos os tipos de justificativas e
será calculada automaticamente pelo sistema.
Os motivos para justificativa de não vacinação são:
1. Perdeu ou está sem comprovante de vacinação.
2. Falta de tempo.
3. Dificuldade de ir ao posto de vacinação (não tinha transporte, o posto é muito distante de casa,
ou qualquer outra dificuldade para chegar ao serviço de vacinação - acesso).
4. Recusa da vacinação (não aceitou a vacinação).
5. Posto de vacinação estava fechado.
6. Faltou vacina no posto.
7. Contra indicação médica. Qual?(descrever a indicação no formulário impresso).
8. Evento adverso em vacinação anterior (com qualquer vacina).
9. A vacina não estava agendada (o responsável não sabia que a criança precisava da dose).
10. Várias vacinas injetáveis ao mesmo tempo.
11. Outros motivos (descrever em formulário impresso).
ATENÇÃO: Apesar de não haver campo no site para registro de qual o
outro motivo além dos elencados, esse dado deve ser registrado no
verso da planilha e/ou no campo OBSERVAÇÃO no registro do
vacinado no SIPNI desktop, consolidado e enviado ao Coordenador
Municipal de imunizações e ao Coordenador estadual para subsidiar o
planejamento de estratégias de intervenção.
9.1.1 - Registro para as vacinas Tetra/Penta, Poliomielite e doses de reforço de outras vacinas.
I.
Considerando que a vacina tetravalente (DTP/Hib) esteve disponível até junho de 2012, algumas
crianças que atualmente estão com 3 e 4 anos de idade podem ter recebido a vacina tetra ao
invés da vacina penta; no campo Tetra/Penta registrar as terceiras doses (D3) de crianças que
tenham sido vacinadas com esquema completo para uma ou outra vacina (tetra ou penta).
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Considerar também que podem ser encontradas crianças que foram vacinadas no serviço privado
com a vacina Hexa. Estas terceiras doses (D3) são somadas para a cobertura da DTP/Hib/HB.
II.
No campo Poliomielite registrar o nº de terceiras doses (D3) ou reforços (REF 1; REF 2) de
crianças com esquema completo contra poliomielite. A criança pode ter sido vacinada com a
vacina poliomielite oral ou poliomielite inativada (VIP). Mesmo antes da introdução da VIP na
rotina ela estava disponível nos CRIE e clínicas privadas.
III.
O primeiro reforço da DTP, dose única da Tetra viral e 2ª dose de Tríplice viral, será
considerado em todas as crianças de 15meses a 23 meses de idade.
IV.
O reforço da Meningo C e da Pneumo 10 são recomendados aos 12 meses. Porém no formulário
de doses aplicadas do MRC, o registro das doses aplicadas do REF da meningo C está com 15
meses (diferenças regionais). Crianças menores de 15 meses que receberem o REF da vacina
durante o MRC deverão ter sua dose registrada aos 15 meses caso a faixa etária de 12 a 14
meses esteja bloqueada para registro.
V.
O segundo reforço das vacinas poliomielite DTP e reforço da vacina febre amarela serão
considerados somente em crianças de 4 anos de idade.
VI.
A vacina Febre amarela só será considerada em áreas com recomendação de vacinação (ACRV)
e a partir de 9 meses de idade.
VII.
Para avaliar a cobertura vacinal da tríplice viral será considerada a proporção de crianças que
receberam a D1; a cobertura de D2, para não haver duplicidade, deve ser registrada somente a
dose de Tetra viral se a criança tiver recebido as duas doses (D2VTV e tetraviral). Isto visa
evitar a “sobrecobertura” da D2 quando se somam as D2 da tríplice viral com a DU da tetra
viral. Isto porque muitas crianças que estavam na idade de receber a tetra viral foram
contempladas com a D2 da tríplice viral por razão do desabastecimento da tetra viral. Entretanto
ao ser normalizado o abastecimento essas mesmas crianças foram também contempladas com a
dose da tetra viral. Observem o esquema abaixo para realizar o registro.
Criança com D1 (VTV) = registrar D1(VTV)
Criança com D1 (VTV)+D2 (VTV) = registrar D1(VTV) e D2(VTV)
Criança com D1 (VTV)+D2 (VTV)+DU(Tetraviral) = registrar D1(VTV) e DU(Tetraviral)
Criança com D1 (VTV)+DU(Tetraviral) = registrar D1(VTV) e DU(Tetraviral)
ATENÇÃO: Na conclusão do monitoramento, a equipe deve tabular os
dados coletados. Caso sejam detectadas inconsistências deve-se corrigir
imediatamente e, se necessário, revisitar o domicílio.
15
9.2. Registro de dados sobre doses aplicadas durante o MRC
A entrada de dados sobre as doses aplicadas durante o MRC seguirá os passos 1, 2 e 3 do item 9.1 deste
protocolo, observando que o item a ser seguido é :
Ao fazer o login o operador deverá acessar o menu “VACINAÇÃO” -> “REGISTRO
DE VACINAÇÃO CONSOLIDADO” -> “REGISTRO DE DOSES”.
As informações sobre doses aplicadas, para serem validadas, devem ser registradas no site
(sipni.datasus.gov.br). Aqueles que optarem por inserir seus registro nominalmente no SIPNI Desktop,
devem seguir as orientações descritas abaixo, no item 9.2.1.
Após acessar o boletim de registro de informações do MRC, o usuário poderá iniciar a inclusão dos
dados de acordo com as informações obtidas nos formulários impressos (Quadro 4 – Anexo II).
Segue abaixo imagem ilustrativa da tela de registro de dados das doses aplicadas durante o MRC as
orientações detalhadas para registro de cada informação no site (sipni.datasus.gov.br).
Quadro 4: Boletim para registro de doses aplicadas durante o MRC
Quadro 4: MONITORAMENTO RÁPIDO DE COBERTURA VACINAL (MRC) - REGISTRO DE DOSES APLICADAS
Faixa Etária
Data e Hora
Tetra
Total de Doses
DTP
da
Viral
Aplicadas no
Informação
MRC
D1 D2 D3 REF1 REF2 Total D1 D2 Total D3 REF1 REF2 Total DU D1 D2 D3 REF Total D1 D2 Total DU D1 D2 REF Total DI/D1 REF Total D1 D2 Total DU REF1 REF2 Total
Penta
VIP
VOP
Pneumo 10
VORH
Meningo C
F.A.
T.V.
AÇÃO
6M a 8 M
9 M a 11 M
12 M a 14 M
15M a 23 M
2 ANOS
3 ANOS
4 ANOS
TOTAL
9.2.1. Registro de doses aplicadas no SIPNI desktop
Para os municípios que estão utilizando o SIPNI (registro nominal), esses dados devem ser registrados
no módulo “Registro de Vacinados”, selecionando a estratégia “MRC”. Para esta estratégia estarão
disponíveis somente as vacinas elencadas para o MRC e suas respectivas doses. As doses aplicadas
informadas nominalmente para esta estratégia não serão validadas para os relatórios do MRC e da
vacinação de rotina, permanecendo visíveis somente para consulta local no SIPNI Desktop. Estas doses
aplicadas irão compor a movimentação de imunobiológicos do SIPNI no final do mês de competência da
vacinação.
Caso optem por inserir os registros em ambos os sistemas (site + SIPNI),
devem selecionar a Estratégia “MRC” no SIPNI porém, as doses
somente serão validadas se inseridas no site.
ATENÇÃO: Reforçamos que é fundamental que se faça a movimentação
mensal de imunobiológicos no SIPNI Desktop, referente às vacinas
utilizadas no MRC a fim de informar, monitorar e avaliar as perdas para
melhor planejamento futuro das ações a serem desenvolvidas.
16
Anexo I
Erros comuns que devem ser evitados:
Não realizar a escolha da área para o MRC obedecendo a conveniência do serviço e da equipe.
Campos em brancos. NENHUM campo deve deixar de ser preenchido, pois compromete os
cálculos e a análise do MRC.
O Número de vacinados (numerador) NUNCA é maior do que o número de crianças
entrevistados (denominador), portanto a cobertura vacinal NUNCA é maior que 100%.
NUNCA o número de crianças VACINADAS pode ser maior que o número de CRIANÇAS
RESIDENTES.
(A) Nº de casas visitadas no MRC:
BCG
DU
Hep. B
D3
Tetra/Penta
D3
VIP ou VOP
VOP
Pneumo 10
VORH
Meningo C
Febre
Amarela
Tríplice Viral
Tetra Viral
DTP
Outros motivos
Várias injeções ao
mesmo tempo
A vacina não estava
agendada
Evento adverso em
dose anterior
Faltou vacina no
posto
Contra indicação
médica
Posto de vacinação
fechado
(G) Motivos informados da NÃO vacinação
Recusa da vacinação
(E)
Cálculo do
nº de
(F)
crianças Cobertur
sem o a vacinal
esquema no MRC
vacinal
completo
Falta de tempo
(D.1)
Vacinas
(D.3)
Crianças
(D.2) de 6 m a
Tipo de <5 anos de
Dose
idade
vacinadas
com
Dificuldade de ir ao
posto de vacinação
(muito longe; não
tem transporte)
(D) Situação Vacinal encontrada
Perdeu/sem
comprovante
(C) Crianças de 6 meses a < 5 anos de idade residentes
(B) Crianças encontradas no domicílio e/ou ausentes, com comprovante
de vacinação.
residentes
na faixa
15 a 23
etária 6 m a
meses
6
a
8
9
a
11
12
a
14
2 3 4
< 5 anos de
(1 ano e 3
TOTAL
meses
meses
meses
Anos Anos Anos
idade
meses a
< 2 anos)
(H)
Data e Hora
Total de
da
Justificativas
Informação
D3
REF 1
REF 2
D3
REF
D2
D2
REF
D1 ou DI
REF
D1
D2
DU
REF1
REF2
Anexo II
17
Faixa Etária
Data e Hora
Tetra
Total de Doses
DTP
da
AÇÃO
Viral
Aplicadas no
Informação
D1 D2 D3 REF1 REF2 Total D1 D2 Total D3 REF1 REF2 Total DU D1 D2 D3 REF Total D1 D2 Total DU D1 D2 REF Total DI/D1 REF Total D1 D2 Total DU REF1 REF2 Total MRC
Penta
VIP
VOP
Pneumo 10
VORH
Meningo C
F.A.
T.V.
6M a 8 M
9 M a 11 M
12 M a 14 M
15M a 23 M
2 ANOS
3 ANOS
4 ANOS
TOTAL
Contatos:
Vanessa Silva (gerente GEVIM) 48 36647474
Rose Deitos, Arieli Fialho, Luciana Amorim, Rogério Berlinck e Jean Carlo dos Santos
(equipe técnica da divisão de imunização) 48 36647463, 7464, 7462 e 7403
e-mail: [email protected]
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