O Fundo Francês para o Ambiente Mundial
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O Fundo Francês para o Ambiente Mundial
O Fundo Francês para o Ambiente Mundial FFEM tem como objectivo promover a protecção do ambiente mundial em projectos de desenvolvimento. O Este fundo promove, nesses projectos, a tomada em conta dos grandes equilíbrios ambientais do nosso planeta no que diz respeito: • • • • • à à à à à luta contra as alterações climáticas; protecção da biodiversidade; preservação das águas internacionais; luta contra a degradação das terras e a desertificação; eliminação dos poluentes orgânicos persistentes (POPs); bem como a preservação da camada de ozono estratosférico. O FFEM intervém: • no apoio a realizações concretas nos países beneficiários; • com um procedimento de aprendizagem e testando abordagens inovadoras e exemplares; • a pedido e sob a responsabilidade de uma das suas cinco instituições membro; • em co-financiamento minoritário; • como instrumento adicional à ajuda externa francesa, contabilizada em ajuda pública ao desenvolvimento. O Fundo Francês para o Ambiente Mundial FFEM é um fundo público bilateral que foi criado em 1994 pelo Governo Francês na sequência da Cimeira do Rio.Tem como objectivo promover a protecção do ambiente mundial nos países em desenvolvimento e em transição. Constituído inicialmente para 4 anos, foi de novo reconduzido em 1998, em 2003 e em 2006. O O FFEM apoia-se nas instituições membro Francesas: • Os ministérios encarregues: da Economia, das Finanças e da Indústria (MINEFI); dos Negócios Estrangeiros e Europeus (MAEE); da Ecologia, do Desenvolvimento e do Ordenamento Sustentáveis (MEDAD); do Ensino Superior e da Pesquisa (MESR); • A Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), que, para além disso, está encarregue da gestão do secretariado do FFEM. D otado através do orçamento do Estado, o FFEM contribui para a ajuda pública ao desenvolvimento, os seus recursos ascendem a 271 milhões de euros no período 1994-2010. Este fundo acrescenta-se à contribuição da França ao Fundo para o Ambiente Mundial (FEM, GEF em inglês) com o qual partilha os mesmos domínios de intervenção. Dos 159 projectos identificados a nível do FFEM no final do ano de 2006, 36 associam recursos do FEM. No entanto, o FFEM é independente do seu homólogo multilateral. Com uma doutrina de intervenção que lhe é própria, o FFEM é um instrumento da política francesa de cooperação e de desenvolvimento. 2 3 O funcionamento do FFEM O SECRETARIADO DO FFEM O secretariado do FFEM é uma estrutura ligeira, composta por nove agentes permanente.Tem por tarefa: O FFEM apoia-se em três instâncias: • a instrução e o acompanhamento dos projectos financiados pelo FFEM, em ligação com as instituições membro; • a preparação e a implementação das decisões do comité de orientação; • as relações sectoriais com os parceiros institucionais, científicos, económicos e associativos; • os acompanhamentos do FEM, do Fundo Multilateral do Protocolo de Montreal e das relações sectoriais com os doadores bilaterais e multilaterais. O COMITÉ DE ORIENTAÇÃO: A INSTÂNCIA DE DECISÃO Presidido pelo representante do Ministério encarregue da Economia (Direcção Geral do Tesouro e da Política Económica), ele é composto por cinco instituições membro. Nas reuniões plurianuais, o comité pronuncia-se sobre: • a política geral do FFEM, nomeadamente sobre as orientações geográficas, os seus domínios de intervenção e sobre o orçamento do secretariado; • as fichas de identificação, após parecer do comité científico e técnico; • os relatórios de avaliação, o que permite depois ao secretariado atribuir os fundos. Colocado no seio da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), numa estrutura específica, ele beneficia dos serviços contabilísticos e financeiros da AFD, bem como da rede dos seus agentes locais. Este comité nomeia os membros do comité científico e técnico. O COMITÉ CIENTÍFICO E TÉCNICO: A INSTÂNCIA CONSULTATIVA Este comité é composto por dez personalidades reconhecidas pelas suas competências científicas, técnicas e económicas nos domínios abrangidos pelo FFEM. • Encontra-se associado ao processo de instrução: faz recomendações na fase das fichas de identificação e faz observações na fase da atribuição. • Anima e efectua trabalhos relativos aos aspectos científicos, técnicos e socioeconómicos do ambiente mundial. • Participa, com as instituições membro e o secretariado, nas iniciativas visando informar e sensibilizar os parceiros franceses e internacionais sobre os desafios do ambiente mundial. 4 5 Os projectos do FFEM CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE Para ser elegível, um projecto deve: • ter um impacto significativo sobre o ambiente mundial; • contribuir para o desenvolvimento económico e social do pais e das populações beneficiárias; • ser inovador; • ter um efeito demonstrativo e reprodutível; • garantir uma sustentabilidade social, institucional e económica depois da sua realização; • ser implementado por um organismo eficaz e competente; • ser financiado maioritariamente por outros doadores (incluindo locais), contribuindo o FFEM com um financiamento complementar; • ser coerente com as prioridades da política francesa de cooperação e de desenvolvimento. Não são elegíveis: • os programas que se limitam à capacitação e ao reforço da pesquisa não relacionados com um projecto de desenvolvimento; • as actividades recorrentes e os custos de funcionamento de instituições ou de organismos. Os países elegíveis ao FFEM são todos os países em desenvolvimento e de economia em transição elegíveis à ajuda pública ao desenvolvimento no sentido da OCDE. No entanto, a prioridade do FFEM vai para os países da Zona de Solidariedade Prioritária (ZSP). Metade dos seus recursos beneficia o continente africano. O CICLO DOS PROJECTOS IDENTIFICAÇÃO AVALIAÇÃO EX-ANTE • redacção de uma ficha de identificação por uma ou várias instituições membro em ligação com o beneficiário potencial; • verificação da elegibilidade do projecto pelo secretariado do FFEM; • parecer do comité científico e técnico; • autorização pelo comité de orientação em submeter a avaliação ex-ante do projecto. 6 • com base na exequibilidade técnica, económica e institucional, definição detalhada das condições da sua implementação e dos pontos de aplicação do financiamento. IMPLEMENTAÇÃO PÓS-AVALIAÇÃO • aprovação do projecto pelo comité de orientação; • assinatura da convenção de financiamento com o beneficiário; • autorização do secretariado para atribuir os fundos correspondentes. • implementação do projecto pelo beneficiário da subvenção; • avaliação dos impactos e dos resultados depois da conclusão do projecto; ATRIBUIÇÕES • acompanhamento e supervisão pela instituição francesa com o apoio do secretariado; • gestão dos fundos pela AFD. 7 • comunicação a terceiros. Objectivos e domínios de intervenção do FFEM ÁGUAS ALTERAÇÕES INTERNACIONAIS Entende-se por «ÁGUAS INTERNACIONAIS», águas marinhas ou continentais às quais várias nações podem ter acesso e cujos recursos são partilhados e utilizados conjuntamente. CLIMÁTICAS AQUECIMENTO CLIMÁTICO resulta do reforço do efeito de estufa, efeito este causado pelo aumento da concentração na atmosfera de certos gases, nomeadamente o gás carbónico. Esses recursos em água estão a ser ameaçados, nomeadamente por uma exploração excessiva, pela poluição ou pela erosão dos solos. O O objectivo do FFEM é contribuir para uma melhor gestão das águas internacionais. Ele privilegia os projectos que: O FFEM encoraja os projectos que reduzem os consumos de carbono fóssil ou orgânico através: • dão um destaque à colaboração entre Estados, • reforçam as redes de medição e os sistemas de acompanhamento, • contribuem para diminuir as fontes de poluição. • da promoção de energias renováveis e energias com pouca emissão de gases de estufa; • do aproveitamento da biomassa; • da melhoria da eficácia energética nos sectores de consumo de energia; • do armazenamento do carbono nas florestas, nos solos e no subsolo. DEGRADAÇÃO DAS TERRAS / DESERTIFICAÇÃO é o produto das alterações climáticas e das acções A antrópicas que conduzem a uma degradação dos ecossistemas das zonas áridas. Este fenómeno afecta simultaneamente a biodiversidade e as DESERTIFICAÇÃO condições sociais e económicas das populações. BIODIVERSIDADE BIODIVERSIDADE é o conjunto de genes, de espécies e ecossistemas do nosso planeta. Ela está a ser gravemente ameaçada (desaparecimento de muitas espécies, desflorestação, poluição dos ecossistemas). Para a manter, os projectos do FFEM visam implementar as grandes orientações da Convenção sobre a Diversidade Biológica. Estes projectos são relativos: • à conservação das espécies e dos espaços, • ao uso tradicional dos recursos naturais pelas populações, • à exploração sustentável dos recursos para fazer deles um instrumento do desenvolvimento económico e social. A acção do FFEM localiza-se em grande parte nos países saharianos e sahelianos. Ele financia prioritariamente os projectos a nível local que visam apoiar a resiliência dos ecossistemas ou inverter o processo de desertificação nos casos em que tal ainda for possível.A agro-ecologia é particularmente apoiada. A Os projectos devem tomar em conta as populações locais, envolvê-las na protecção do seu ambiente e fazê-las beneficiar de vantagens correspondentes. POLUENTES ORGÃNICOS PERSISTENTES (POPS) (POP ) são doze O substâncias perigosas (pesticidas, produtos químicos industriais, subprodutos químicos) de longa duração de vida e que migram nos S POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES S solos e na água, por vezes para distâncias muito longas.Ao acumularse ao longo da cadeia alimentar, eles são facilmente ingeridos pelos seres vivos nos quais causam problemas imunitários e malformações genéticas. Tendo em conta o impacto importante dos POPs sobre o ambiente e a saúde, o FFEM, desde 2004, apoia projectos de eliminação desses 8 9 OS NÚMEROS CHAVE DOS PROJECTOS PROJECTOS DE IMPACTO MISTO O FFEM em alguns números: ão os projectos que têm um impacto sobre vários domínios de intervenção em simultâneo, por exemplo: S • BIODIVERSIDADE E ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS: o FFEM apoia projectos de gestão sustentável das florestas, em particular as florestas tropicais, para assegurar a conservação da sua biodiversidade e a perenidade dos recursos florestais. Neste contexto, o FFEM financia projectos que contribuem de maneira significativa para aumentar o armazenamento, ou reduzir a diminuição de carbono. No final de Julho 2007, estavam identificados 171 projectos, representando um montante potencial de compromissos do FFEM de cerca de 188 milhões de euros, fora dos projectos “ozono”.1 1) 93 projectos abrangem a preservação da camada de ozono financiados pelo Fundo Multilateral do Protocolo de Montreal num montante total de 15 milhões de euros. R E PA RT I Ç Ã O P O R D O M Í N I O * * Repartição em relação ao montante dos projectos • BIODIVERSIDADE E ÁGUAS INTERNACIONAIS: iapoia também projectos de gestão dos recursos marinhos. 8% 14 % 51 % 26 % CAMADA DE OZONO Biodiversidade secretariado do FFEM encontra-se encarregue de assegurar a implementação dos projectos apresentados pela França ao Fundo Multilateral do Protocolo de Montreal relativo à protecção da CAMADA DE OZONO. O Alteraes climticas çguas internacionais POP - degradao das terras Esses projectos são orientados para a eliminação das substâncias que empobrecem a camada de ozono (SAO). Os quatro tipos de intervenção são: R E PA RT I Ç Ã O G E O G R Á F I C A • a ajuda à elaboração de programas nacionais: situação geral do consumo dos SAO nos diferentes sectores: refrigeração, espumas, solventes, brometo de metilo, halons e sistemas de refrigeração móveis; 15 % • a ajuda na identificação de projectos de investimento: recenseamento das empresas abrangidas e avaliação das necessidades técnicas e financeiras correspondentes; • a implementação dos projectos de investimento: conversão de equipamentos industriais ou do processo de produção; • O montante médio de uma subvenção do FFEM é da ordem de 1 a 1,5 milhões de euros por projecto, representando em geral entre 15% e 35% do custo do projecto. 40 % 18 % 10 % 17 % a assistência técnica, a formação, a sensibilização do público e o reforço institucional. Africa sub-sahariana Mediterrneo Amrica Latina çsia-Pacfico Europa do Leste 10 11 Comércio internacional 1,8 % Procedimentos industriais 3,3 % A FFEM e as alterações climáticas Solos e florestas 18,3 % Agricultura 13,5 % OUTROS SECTORES 18,6 % - 2,1 Gt LUTA CONTRA AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS representa um dos seis domínios de intervenção do FFEM e beneficia de um quarto dos seus recursos. A O planeta tende a aquecer devido às actividades humanas. Com efeito, essas actividades engendram emissões de gases que acentuam o fenómeno natural do efeito de estufa, que retém o calor solar na superfície da Terra. Uma parte desses gases, chamados GASES DE ESTUFA (GE), sde origem antrópica, acumula-se na atmosfera para além das capacidades de absorção dos reservatórios naturais da biosfera e dos oceanos. Após algumas centenas de anos, verificou-se um aumento da temperatura de cerca de 0,6°C na superfície da Terra. Este aumento poderá atingir os 2 a 6°C no decurso do século XXI (GIEC1 , 1996). As consequências deste aquecimento poderão ser importantes: aumento do nível dos mares, diminuição da cobertura de neve, amplificação da variabilidade climática, modificação dos regimes pluviais e fluviais, intensificação das tempestades, dos ciclones, das cheias e das secas. Estes fenómenos terão impactos sobre as paisagens, os ecossistemas e os recursos em água. Eles poderão modificar permanentemente as actividades económicas e a organização das nossas sociedades humanas. Os principais GE são o vapor de água (H20), o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4), o protóxido de azoto (N2O), o ozono (O3) e outros gases de síntese tais como os gases com flúor (CFC, HFC, PFC, SF6). O teor destes gases na atmosfera é baixo, mas o seu poder de aquecimento2 é elevado. A CONCENTRAÇÃO DE CO2 na atmosfera passou assim de 280 a 360 ppmv3 num século, sendo que estava na ordem dos 170 a 280 ppmv no decurso dos 400 000 anos anteriores (GIEC, 1996). Essas emissões de GE tendem a aumentar muito com o desenvolvimento económico dos países e o seu crescimento demográfico. A população mundial aumentou mais do que o dobro durante o último século (mais três biliões). Ela aumentará ainda em 50% até 20504, essencialmente nos países em vias de desenvolvimento e em transição que representarão então 85% da população mundial. Repartição das emissões de GE por sector em 2000 As emissões dos GE representam 11,4 BILIÕES DE TONELADAS (GT) de carbono equivalente em 2000. Essas emissões provêm da combustão de energias fósseis (carvão, petróleo, gás) (60%); da decomposição da matéria orgânica (20%) e de procedimentos industriais e técnicos agrícolas (16%). Segundo o World Ressources Institute (WRI), as emissões mundiais registaram, em 10 anos, uma progressão de 18,9%, desde 1990. Emissões fugitivas 3,9 % Outras combustões fósseis 11,3 % MATÉRIAS ORGÂNICAS 21,9 % - 2,5 Gt Lixos 3,6 % ENERGIA 59,5 % - 6,8 Gt Electricidade e calor 22,3 % Transporte 11,6 % Construção e habitação 10,4 % Fonte: Climate Analysis Indicators Tool (CAIT) Versão 2.0 (Washington, DC: World Resources Institute, 2005 Site Internet : http://cait.wri.org. Repartição das emissões dos GE por região em 2000 Os países industrializados e os grandes países emergentes muito povoados, que recorrem massivamente ao carvão, são os principais responsáveis por essas emissões. Médio Oriente 3,6 % - 407 Mt África 7,6 % - 875 Mt ANEXO I não ratificação do Protocolo de Quioto 17 % - 1,9 Gt América latina e Caraíbas 11,8 % 1347 Mt Fora do ANEXO I 57,5 % - 6,7Gt China 11,7 % 1340 Mt Estados Unidos 15,9 % - 1820 Mt ANEXO I ratificação do Protoloco de Quioto 25,5 % - 2,8 Gt Austrália 1,2 % - 138 Mt União Europeia 11,8 % -1348 Mt Rússia e países da Europa do Leste 7,9 % - 900 Mt Japão 3,3 % - 375 Mt Canadá 1,8 % - 204 Mt Outros 1 % - 51 Mt 1) GIEC: Grupo Internacional de Peritos sobre o Clima. 2) O poder de aquecimento dos GE representa a contribuição desses gases para o fenómeno de efeito de estufa. Ele é avaliado em relação ao poder de aquecimento do gás carbónico (1): CH4 (21), N2O (310), PFC (6 500 a 8 700), HFC (140 a 11 700) e SF6 (23 900) 3) 1 ppmv (parte por milhão em volume = 0,0001 % 4) Fonte: Fundo das Nações Unidas para a população (FNUAP), 2004. 12 Ásia / Oceânia 22,6 % - 2708 Mt Fonte: Climate Analysis Indicators Tool (CAIT) Versão 2.0 (Washington, DC: World Resources Institute, 2005) Site Internet : http://cait.wri.org. 13 A comunidade internacional decidiu mobilizar-se na luta contra as alterações climáticas de maneira concertada, assinando em 1992 a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (CCNUMC). O objectivo principal desta convenção é “estabilizar as concentrações de gases de estufa na atmosfera a um nível que impeça qualquer perturbação antrópica perigosa do sistema climático”. O Protocolo de Quioto, assinado em 1997, completado pelos acordos de Marrakesh de 2001, entrou em vigor desde 16 de Fevereiro de 2005. Os países industrializados, mencionados no Anexo I, comprometeram-se numa primeira etapa de 2008 a 2012, a reduzir as suas emissões de 5,2% em relação às suas emissões de 1990. Os principais sectores de intervenção para lutar contra as alterações climáticas encontram-se representados no diagrama abaixo. Eles encontram-se organizados em torno de três “temas” principais: • a promoção das energias renováveis e baixas em carbono; • a utilização racional da energia; • a captura e o armazenamento do carbono. A estratégia de intervenção do FFEM insere-se no quadro geral da CCNUMC e do Protocolo de Quioto. Para este efeito, o FFEM encoraja: 1.A realização de projectos exemplares, inovadores e reprodutíveis A acção do FFEM consiste em: • avaliar os desafios; • hierarquizar as prioridades; • realizar projectos-piloto em escalas significativas; • ajudar a definir as políticas de acompanhamento; • medir os impactos; • difundir a experiência. 2. A integração de “mecanismos de flexibilidade” do Protocolo de Quioto Sectores de intervenção de luta contra as alterações climáticas 1• LIMITAÇÃO E REDUÇÃO DAS EMISSÕES DE GASES DE ESTUFA : CO2, CH4, N2O, SF6, PFC, HFC 2 • CAPTURA E ARMAZENAMENTO O FFEM dá um apoio aos projectos emblemáticos, implementando os “mecanismos de flexibilidade”, previstos no Protocolo de Quioto.Estes mecanismos financeiros inovadores,em fase de experimentação, visam facilitar a transferência de tecnologias “limpas” nos países em vias de desenvolvimento e em transição, e reforçar as bases do seu desenvolvimento sustentável. DE CARBONO Promover energias renováveis e melhorar a eficácia energética Demanda Florestas primárias Luta contra Ia desflorestação Captação biológica Plantações florestais Promover modos de transporte colectivos integrados Comboio, metro, autocarro Melhorar os motores Motores com bom desempenho e combustíveis pobres em carbono Integrar as novas tecnologias da informação e de comunicação (NTIC) Difundir produtos acabados recicláveis de baixo conteúdo energético Agricultura Desenvolver sistemas de produção de energia eficazes Gás natural e gás de petróleo liquifeito (GPL) Carvão limpo, gás de mina Ciclo combinado Tri/co-geração Inter-conexão Melhorar os edifícios Isolamento térmico: materiais com bom desempenho e concepção bio-climática Regulação dos sistemas energéticos 3. A implementação, em sinergia, das acções de luta contra as alterações climáticas com as dos outros temas do ambiente O FFEM procura reforçar as sinergias com as temáticas ambientais, tais como a luta contra os poluentes atmosféricos, a protecção da biodiversidade e a preservação da camada de ozono, a fim de desenvolver o efeito multiplicador das suas intervenções a favor do ambiente mundial e local. Organizar as deslocações urbanas e interurbanas Viajantes / frete Transportes Aproveitar a biomassa Bio gás (lixos) Bio combustíveis Madeira – energia Desenvolver poços de carbono Planificar o desenvolvimento urbano Plano local de urbanismo (PLU) Gestão e reciclagem dos lixos orgânicos Difundir equipamentos domésticos com bom desempenho Lâmpadas e refrigerantes de baixo consumo Indústrias Promover as energias renováveis Hidráulica Eólica Geotermia Solar Habitação Oferta Preservar os reservatórios naturais de carbono Melhorar a produtividade dos procedimentos de fabricação Pesquisa de inovações eficazes, com baixo consumo de energia e não emissoras de GE Solos Agro-ecologia Agro-florestas Luta contra a desertificação Sequestro geológico Injecções nos reservatórios subterrâneos Promover a utilização das matérias-primas Recicláveis de baixo conteúdo energético Promover uma agricultura menos intensiva em energia (água, electricidade, transformação, transporte) e mais eficiente. Difundir os progressos técnicos Optimização da digestão dos alimentos nos ruminantes (produções animais). Utilização razoável dos fertilizantes (produções vegetais) Oceanos Fundo de Investimento especializado em eficácia energética e em energias renováveis Fundo Carbono e mecanismos de “flexibilidade”. 14 15 A CARTEIRA DE PROJECTOS “ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS” A carteira “alterações climáticas” continha 37 projectos, no final do ano 2006, identificados em mais de 20 países: 22 em África e Mediterrâneo, 3 na Europa do Leste, 4 na América Latina e 8 na ÁsiaPacífico, para um montante de 46,4 M€. REGIÃO NÚMERO DE PROJECTOS MONTANTE EM M€ % África sub-sahariana / Mediterrâneo 22 25,3 55 Europa do Leste 3 5,1 11 América Latina / Caraíbas 4 4,1 9 Ásia / Pacífico 8 11,9 25 37 46,4 100 TOTAL Por fim, contrariamente aos países industrializados que se desenvolveram graças a energias fósseis disponíveis e baratas, os países em vias de desenvolvimento ou em transição devem construir o seu futuro segundo modelos de desenvolvimento sustentável, menos dependentes desses energias fósseis, mais económicos em termos de energia e que recorram progressivamente às energias renováveis. O FFEM apoia a criação de tais modelos, capazes de dar resposta às necessidades cada vez maiores das populações em matéria de equipamento e de acesso aos serviços essenciais, no respeito pelo seu ambiente e o pelo nosso planeta. No quadro desta transição, o FFEM surge com um papel de clarificação, de estímulo e de acompanhamento, nas primeiras etapas da mudança, situadas entre a pesquisa e as práticas correntes do mercado. Metade dos projectos “alterações climáticas” do FFEM dizem respeito à África sub-sahariana e Mediterrâneo, em conformidade com a prioridade dada à Zona de Solidariedade Prioritária pelo Governo Francês. A carteira “alterações climáticas” é uma carteira diversificada: electrificação rural descentralizada com base em kits fotovoltáicos em Marrocos, melhoria da eficácia energética da habitação social na China, tratamento dos fosfatos carbonados no Senegal, desenvolvimento da área de transportes colectivos a gás natural no México, estruturação de uma área madeira – energia na Lituânia, estudo do sequestro de carbono na Amazónia. A característica comum dos projectos FFEM reside na criação de parcerias multi-actores que privilegiam a participação dos agentes locais: empresários, colectividades locais, administrações, instituições, associações profissionais… em torno de um projecto comum, portador de novas soluções que engendram a redução das emissões dos GE. Para os próximos anos, o FFEM procurará: • difundir os resultados dos projectos com os organismos locais, capazes de assumir a sua continuidade; • integrar os “mecanismos de flexibilidade” que permitam beneficiar das contribuições do sector privado; • aprofundar ainda mais a procura de soluções inovadoras e facilitar a sua inserção nos países. 16 17 GROENLAND (DANEMARK) ILE DE KOLGUJEV ISLANDE ALASKA (ETATS-UNIS) SUEDE FINLANDE NORVEGE RUSSIE LITUANIE CANADA DAN. G-B MOSCOU BIELORUSSIE POLOGNE IRLANDE ALLEMAGNE UKRAINE KAZAKHSTAN HONGRIE FRANCE MONGOLIE ROUMANIE EX. YOUG. HARBIN BULGARIE OUZBEKISTAN ITALIE ESPAGNE GRECE PORTUGAL COREE DU NORD PEKIN TURKMENISTAN TURQUIE KIRGHIZISTAN TADJIKISTAN ETATS-UNIS JAPON SYRIE TUNISIE LIBAN T.A.P. AFGHANISTAN IRAK COREE DU SUD CHINE IRAN CHINA Harbin – Pequim – Xangai Habitação social (eficácia energética) JORDANIE MAROC ALGERIE PAKISTAN 8 LYBIE SAHARA OCCIDENTAL MEXIQUE EGYPTE 7 ARABIE SAOUDITE BIRMANIE MAURITANIE OMAN TCHAD SENEGAL SOUDAN SIERRA LEONE VENEZUELA GUYANE LIBERIA CAMEROUN GUINEE EQUATORIALE GABON EQUATEUR VIETNAM LAOS Agro-ecologia PHILIPPINES CAMBODGE SURINAM COLOMBIE YEMEN DJIBOUTI SAO TOME ET PRINCIPE REPUBLIQUE CENTRAFICAINE SRI LANKA ETHIOPIE OUGANDA COSTA RICA PANAMA VIETNAME Hanoi Transportes colectivos HANOI NIGERIA CONGO GUINEE BURKINA FASO GHANA TOGOIN BEN GAMBIE GUINEE BISSAU COTED'IVOIRE HONDURAS EE HR YT ER NIGER MALI BELYZE 4 NICARAGUA OS LA DE AN AIL TH REPUBLIQUE HAITI DOMINICAINE SOMALIE AFEGANISTÃO Habitação saúde e educação (eficácia energética) M A L AY S I A KENYA RWANDA BURUNDI RD CONGO I TANZANIE PEROU N D O N E S I E NOUVELLE GUINEE COMORES ANGOLA SALVADOR BRESIL BOLIVIE ZIMBABWE NAMIBIE M OZ AM BI QU E MEXICO TAIWAN INDE CUBA GUATEMALA SHANGAI 9 ÁSIA MADAGASCAR VANUATU PARAGUAY CHILI AUSTRALIE ILE MAURICE AFRIQUE DU SUD URUGUAY ARGENTINE NOUVELLEZELANDE 18 19 A realização de projectos exemplares A limitação e a redução das emissões de gases de estufa • A PROMOÇÃO DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS • Actualmente, o essencial dos sistemas energéticos assenta na utilização das energias fósseis (carvão, petróleo, gás) gerando poluições locais importantes e que têm grandes emissões de GE. O FFEM procura substituir essas energias recorrendo a energias renováveis. • O APROVEITAMENTO DA BIOMASSA • As actividades agrícolas nos países em vias de desenvolvimento e em transição, contam-se entre as actividades económicas essenciais. A utilização da biomassa para fins energéticos representa soluções a valorizar. O FFEM procura desenvolver essas utilizações com sistemas de produção adaptados aos contextos locais. MAURÍCIAS - DESENVOLVIMENTO DA CENTRAL DE BAGAÇO - CARVÃO DA AÇUCAREIRA DE BELLE VUE Financiamento do FFEM: 0,5 M€ - Custo total: 100,9 M€ Parceiros: Companhia Térmica de Belle Vue (CTBV), grupo Harel (Açucareira de Belle Vue), SIDEC O aproveitamento do bagaço, recurso local subutilizado da área “cana-de-açúcar”, permite satisfazer as necessidades energéticas da açucareira e alimentar a rede eléctrica nacional. MARROCOS - ELECTRIFICAÇÃO RURAL DESCENTRALIZADA E BOMBAGEM SOLARES Financiamento do FFEM: 1,6 M€ - Custo total: 19,4 M€ Parceiros: TOTAL, Energie Maroc/ TEMASOL, Gabinete Nacional de Electricidade (ONE), EDF Energie, Cooperação alemã: Kreditanstalt für Wiederaufbau (KFW), Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) LITUÂNIA - ESTRUTURAÇÃO DE UMA ÁREA REGIONAL DE MADEIRA - ENERGIA O projecto visa desenvolver em grande escala nas províncias de Khemisset, Khenifra, Khouribga e Settat, sistemas domésticos solares (16 000 equipamentos fotovoltáicos e cerca de dez bombas solares colectivas). A instalação, a manutenção, o crédito e a cobrança fazem-se no quadro de uma gestão delegada de longa duração a um operador privado (10 anos). BRASIL - ELECTRIFICAÇÃO DAS ZONAS RURAIS DA DAÍA COM ENERGIA Financiamento do FFEM: 1,0 M€ - Custo total: 10,8 M€ Parceiros: Ministério do Ambiente Lituânio; LITESKO, parceiros lituânios (MEDJIVA, SKYDRINE), Agência do Ambiente e do Controlo da Energia (ADEME), Ministério da Ecologia, do Desenvolvimento e do Ordenamento Sustentáveis (MEDAD) O objectivo do projecto é apoiar uma área madeira – energia na região do sudeste das Lituânia (Vilnius – Vilkasiskis – Marijampole) destinada a alimentar caldeiras municipais a partir de subprodutos da exploração florestal e das suas indústrias de transformação. FOTOVOLTÁICA Financiamento do FFEM: 0,4 M€ - Custo total: 1,5 M€ Parceiros: Governo de Salvador (Estado da Baía), EDF Energie, Direcção Geral do Tesouro e da Política Económica (DGPTE, ex- DREE) O FFEM apoiou os estudos de viabilidade e os estudos de montagem institucional de um projecto de electrificação rural em grande escala no Estado da Baía (15 000 kits fotovoltáicos). BURKINA FASO E MAURITÂNIA - ELECTRIFICAÇÃO RURAL DESCENTRALIZADA FOTOVOLTÁICA Custo total: 1,3 M€ (Burkina Faso) e 4,3 M€ (Mauritânia) Financiamento do FFEM: 0,2 M€ (Burkina Faso) e 0,8 M€ (Mauritânia) MAURITÂNIA - DESENVOLVIMENTO DE UMA ÁREA DE CARBONIZAÇÃO DE RESÍDUOS VEGETAIS Financiamento do FFEM: 0,6 M€ - Custo total: 1,9 M€ Parceiros: Sociedade de Desenvolvimento da Produção Agrícola (SDPA), Conservatório Nacional das Artes e Ofícios (CNAM), ADEME, Ministério dos Negócios Estrangeiros e Europeus (MAEE) O projecto visa desenvolver três carbonizadores semi-industriais de casca de arroz na zona rizícola de Rosso, no sul da Mauritânia, com vista a produzir um combustível doméstico comercializável nos mercados locais, bem como energia eléctrica para as instalações de descasque. Parceiros: Burkina Faso: Ministério da Agricultura, AFD e Mauritânia: Associação de Cooperativas de Camponeses (NASSIM), Agência de Desenvolvimento da Electrificação Rural (ADER), Célula de Electrificação Descentralizada (CELED) O projecto diz respeito ao desenvolvimento da electrificação rural, em várias aldeias, através da instalação de 700 kits fotovoltáicos no Burkina Faso e de 2 000 na Mauritânia, acompanhados de serviços de manutenção locais. 20 21 • O DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE ENERGIA EFICAZES • Muitos países possuem sistemas de produção com desempenhos energéticos pouco satisfatórios, em virtude, quer de atrasos de investimentos, quer de contextos não incitadores à poupança de energia. O FFEM apoia o desenvolvimento de novos sistemas de produção inovadores mais eficazes (ciclo combinado, co-geração…). A utilização racional da energia • O MELHORAMENTO DA EFICÁCIA ENERGÉTICA NA HABITAÇÃO • MARROCOS - PROGRAMA DE EFICÁCIA ENERGÉTICA DOS HAMMAMS (BANHOS) DA CIDADE DE CASABLANCA Financiamento do FFEM: 1,6 M€ - Custo total: 4,1 M€ Parceiros: Ministério da Energia e das Minas de Marrocos, Centro de Desenvolvimento de Energias Renováveis (CDER) e a Associação dos Proprietários e Exploradores de Hammams de Casablanca (APEHC), AFD O objectivo do projecto é o melhoramento do desempenho energético de cerca de cem hammams e padarias que funcionam a madeira na cidade de Casablanca e em várias cidades secundárias. Este melhoramento resulta da realização de um programa de modernização de caldeiras realizado em grande escala. Investimentos consideráveis permitem reduzir para metade o consumo em madeira dos hammams. • FUNDO DE INVESTIMENTO ESPECIALIZADO EM EFICÁCIA ENERGÉTICA E EM ENERGIAS RENOVÁVEIS • O financiamento dos investimentos dos projectos continua a ser o ponto fraco do desenvolvimento das políticas de eficácia energética.A principal inovação destes últimos anos no apoio a investimentos nestes sectores foi a criação de fundos de investimento público – privado especializados que permitem intervir directamente em apoio de projectos de dimensão importante, ou apoiar sociedades de serviço energético que realizam elas próprias projectos de grande desempenho (co-geração, projectos de utilização racional de energia, projectos de desenvolvimento de energias renováveis). EUROPA CENTRAL E DO LESTE - FUNDO DE EFICÂCIA ENERGÉTICA E DE REDUÇÃO DAS EMISSÕES DE CARBONO - DEXIA - FONDELEC Financiamento do FFEM: 2 M€ - Custo total: 100 M€ Parceiros: FondElec Management Corporation, Fundo Dexia, Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BERD) O FFEM intervém no apoio ao lançamento de um fundo especializado que visa o desenvolvimento de sociedades privadas de investimentos terceiros de alto desempenho energético (co-geração) e de energias renováveis. Essas sociedades equipadas com as últimas tecnologias procuram oferecer serviços energéticos avançados a industriais e colectividades locais, situadas na Europa do Leste (Polónia, Hungria, Roménia, Croácia, Bulgária…). RÚSSIA E EUROPA DO LESTE - CAPACITAÇÃO E APOIO NA CRIAÇÃO DE UM FUNDO PÚBLICO - PRIVADO DEDICADO À EFICÁCIA ENERGÉTICA Financiamento do FFEM: 2 M€ - Custo total: 6 M€ Parceiros: Comissão Económica para a Europa das Nações Unidas (CEENU), Fundação das Nações Unidas (FNU), Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUE) e Fundo para o Ambiente Mundial (FEM), países membros, MAEE Este projecto entra no quadro do programa “Eficácia Energética 21” da CEENU.Tem em vista promover a eficácia energética na Rússia e em vários países da Europa do Leste (Ucrânia, Bielo-Rússia…). Este projecto tem como objectivo a sensibilização dos actores e decisores, a criação de uma rede de peritos, o reforço das políticas de eficácia energética e de desenvolvimento das energias renováveis. Por último, visa apoiar a criação de um fundo de investimento público – privado de 300 M€ que permita iniciar o mercado da eficácia energética e das energias renováveis nesta região. 22 Nos países em vias de desenvolvimento e em transição,os desempenhos energéticos dos edifícios residenciais e terciários nem são objecto de verdadeiras optimizações (escolha dos materiais, qualidade ambiental, desempenho dos equipamentos, custo da construção…). O FFEM procura melhorar os desempenhos energéticos dos edifícios nestes sectores, por meio da procura de soluções inovadoras adaptadas aos contextos locais (regulamentação, normalização dos equipamentos, tarifação encorajadora da energia, classificação dos edifícios, técnicas de construção…). CHINA - PROGRAMA DE EFICÁCIA ENERGÉTICA NA CONSTRUÇÃO DA HABITAÇÃO SOCIAL - FASE 1 Financiamento do FFEM: 3,3 M€ - Custo total: 96 M€ Parceiros: Províncias de Heilongjiang & Liaoning e cidade de Pequim, ADEME, MEDAD O programa desta fase 1 visa reduzir em 50% as emissões dos GE no sector da habitação social nas províncias de Heilongjiang e Liaoning no norte do país e cidade de Pequim. Esta fase engloba programas imobiliários piloto em grande escala (600 000 m2 de alojamentos). CHINA - PROGRAMA DE EFICÁCIA ENERGÉTICA NA CONSTRUÇÃO DA HABITAÇÃO SOCIAL - FASE 2 Financiamento do FFEM: 2,7 M€ - Custo total: 297 M€ Parceiros: Província de Heilongjiang, cidades de Pequim e de Xangai, Ministério da Construção, ADEME, Centro científico e Técnico de Engenharia Civil (CSTB), Banco Mundial, FEM, MEDAD. Esta fase 2 visa, no caso da Província de Heilongjiang, a melhoria da eficácia energética no quadro da reabilitação da habitação social e no quadro do desenvolvimento de casas rurais; no caso das cidades de Pequim e de Xangai, a introdução de procedimentos “Elevada Qualidade Ambiental” (HQE), nos programas imobiliários, permitirá ultrapassar a regulamentação em vigor através de custos controlados. TUNÍSIA - MELHORIA DA REGULAMENTAÇÃO TÉRMICA DOS EDIFÍCIOS Financiamento do FFEM: 1,9 M€ - Custo total: 8,1 M€ Parceiros: Agência das Energias Renováveis (ANER), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), FEM, MEDAD O projecto tem o objectivo de melhorar a regulamentação térmica da habitação, através de um acompanhamento técnico e institucional numa série de projectos-piloto que servem de referência. 23 LÍBANO - MELHORIA DA EFICÁCIA ENERGÉTICA NA HABITAÇÃO Financiamento do FFEM: 0,9 M€ - Custo total: 10,5 M€ Parceiros: Associação Libanesa para o Controlo da Energia e do Ambiente (ALMEE) e Ministério do Ambiente do Líbano, ADEME, MEDAD, AFD. O projecto diz respeito ao desenvolvimento de uma habitação eficaz a nível energético, recorrendo às técnicas de isolamento dos edifícios e à utilização de aquecedores solares. Este projecto envolve 26 000 m2 de alojamentos de renda moderada. Várias configurações são testadas: habitações colectivas, privativas e estabelecimentos públicos. MÉXICO - APOIO À CONVERSÃO DE MINI-AUTOCARROS PARA GÁS NATURAL NO DISTRITO FEDERAL DE MÉXICO Financiamento do FFEM: 1,4 M€ - Custo total: 5 M€ Parceiros: Distrito Federal, ECOMEX, Embaixada de França O projecto visa desenvolver a utilização do Gaz Naturel Véhicules (GNV) pelos operadores de transportes colectivos, na cidade do México. 777 mini-autocarros foram convertidos, paralelamente à criação de 2 estações de serviço especializadas. O FFEM apoia a estruturação desta nova área. AFEGANISTÃO - DIFUSÃO DAS BOAS PRÁTICAS DE EFICÁCIA ENERGÉTICA NO SECTOR DA CONSTRUÇÃO DOS EDIFÍCIOS PÚBLICOS (SAÚDE E EDUCAÇÃO) Financiamento do FFEM: 1,3 M€ - Custo total: 13 M€ Parceiros: Ministério do Ambiente do Afeganistão, ADEME, Grupo Enérgies Renouvelables Environnement et Solidarité (GERES), Cooperação Alemã (GTZ), MAEE O projecto centra-se no desenvolvimento e na implementação de medidas de eficácia energética, para a construção de cerca de cem escolas e dispensários novos ou em reabilitação nas zonas rurais.Tem como objectivo uma redução de 70% dos consumos de energia para o aquecimento e visa orientar de forma sustentável o sector da construção para uma tomada em conta das questões de energia particularmente importantes no contexto deste país. • A PROCURA DE NOVOS PROCEDIMENTOS INDUSTRIAIS MAIS EFICAZES E COM MENOS EMISSÃO DE GASES • O sector industrial é muitas vezes um grande consumidor de energia, de água e diversos insumos. Para além disso, certos procedimentos são fortemente emissores de GE. O FFEM procura melhorar a eficácia energética dessas indústrias e limitar as suas emissões de GE e outros efluentes. MARROCOS - REDUÇÃO DOS CONSUMOS DE ENERGIA E DE ÁGUA DA ZONA INDUSTRIAL DE SIDI BERNOUSSI ZENATA DE CASABLANCA • O DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS DE TRANSPORTES COLECTIVOS, POBRES EM CARBONO • Os países em vias de desenvolvimento e em transição registam uma forte urbanização. Este crescimento, ligado ao desenvolvimento económico e social, engendra novas necessidades em termos de mobilidade. A acção do FFEM visa desenvolver modos de transporte colectivos integrados e sustentáveis, utilizando combustíveis pobres em carbono e pouco poluentes. VIETNAME - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA INTEGRADO SUSTENTÁVEL DE TRANSPORTES COLECTIVOS DA GRANDE HANOI Financiamento do FFEM: 0,8 M€ - Custo total: 1,9 M€ Parceiros: Associação dos Operadores Económicos da Zona Industrial (IZDIHAR), Banco Mundial, FEM, MAEE A intervenção do FFEM centra-se na melhoria da eficácia energética de cerca de cem empresas industriais e no desenvolvimento de serviços especializados em matéria de energia e de ambiente. Encontra-se prevista uma vertente social a favor do realojamento dos bairros da lata. O objectivo de três anos é reduzir os consumos de gasóleo em 25%, da electricidade em 5% e da água em 20%. SENEGAL - APERFEIÇOAMENTO DE UM PROCEDIMENTO INDUSTRIAL POUCO EMISSOR DE GÁS CARBÓNICO Financiamento do FFEM: 2 M€ - Custo total: 178 M€ Financiamento do FFEM: 1,1 M€ - Custo total: 7,6 M€ Parceiros: Cidade de Hanoi, Tram and Public Transportation Development Management (HATD), Instituto das Ciências e das Técnicas do Equipamento e do Ambiente para o Desenvolvimento (ISTED), DGPTE (ex DREE), AFD Parceiros: Industries Chimiques du Sénégal (ICS), Bureau de Recherches Géologiques et Minières (BRGM), Ministério do Ensino Superior e da Pesquisa (MESR) As intervenções do FFEM têm por objectivo estudar a viabilidade de um sistema integrado sustentável de transportes colectivos, associando redes de transportes rodoviários e ferroviários no centro da cidade de Hanói e vias reservadas para os peões e as bicicletas. 24 Este novo procedimento industrial tem como objectivo permitir o tratamento diferenciado dos fosfatos carbonados do Senegal, minimizando as emissões de gás carbónico. O procedimento assenta na flutuação selectiva das partículas fosfatadas e carbonadas. 25 A captura e o armazenamento de carbono • A PRESERVAÇÃO DOS RESERVATÓRIOS NATURAIS • A biosfera e os solos são reservatórios naturais importantes de carbono. O FFEM encoraja a sua preservação através da promoção de modos de gestão sustentável. GABÃO - APOIO AO ORDENAMENTO FLORESTAL SUSTENTÁVEL Financiamento do FFEM: 1,2 M€ - Custo total: 11,2 M€ Parceiros: Thanry – CEB (Companhia Equatorial de Madeira), SBL (Société des Bois de Lastoursville), SHM (Société de la Haute Mondah), Leroy Gabon, Rougier Gabon, IFK (Industrielle et Forestière du Komo), CBG (Compagnie des Bois du Gabon), Syndicat des Forestiers Gabonais (Synfoga), a Association Technique Internationale des Bois Tropicaux (ATIBT), o Estado gabonês, AFD Este projecto visa ajudar os operadores florestais privados na implementação de planos de ordenamento, com vista a preservar a biodiversidade dos territórios explorados, zelando ao mesmo tempo pelo respeito pelas condições de vida das populações locais. Este projecto visa também lutar contra as alterações climáticas, favorecendo a fixação de carbono e a perenidade das florestas. BRASIL, CAMERÕES, LAOS, MADAGÁSCAR, MALI E TUNÍSIA - APOIO AO DESENVOLVIMENTO DA AGRO-ECOLOGIA E DA AGRICULTURA SEMI-DIRECTA Financiamento do FFEM: 4,1 M€ - Custo total: 52,9 M€ Parceiros: Parcerias locais, MAEE, AFD, Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronómica para o Desenvolvimento (CIRAD) O projecto visa desenvolver técnicas de cultura semi-directa sob cobertura vegetal permanente. Essas técnicas permitem lutar contra a degradação dos solos, melhorar a gestão dos recursos de água e favorecer o sequestro do carbono nos solos 26 27 A integração dos “mecanismos de flexibilidade” do Protocolo de Quioto PROJECTO PROMOTOR REGIÃO CUSTO TOTAL EM M€ Vivendi-Dalkia Europa do Leste 6,0 LAFARGE Europa do Leste 5,0 E7/EDF África sub-sahariana 2,2 Electrificação rural descentralizada (Mauritânia) AFD África sub-sahariana 3,1 Central eólica Koudia al Baida (Marrocos) EdF Mediterrâneo 50,0 Gestão sustentável da floresta (Chile) MAEE América do Sul 3,7 Electrificação rural descentralizada (Indonésia) E7/EDF Ásia 4,0 Reabilitação e extensão de uma rede de calor em Budapeste (Hungria) Reestruturação de uma fábrica de cimento (República Checa) Redes de aldeia com PV e mini-hidro (Zimbabwé) • OS “MECANISMOS DE FLEXIBILIDADE” • Para fazer com que os países do Anexo I alcancem os seus objectivos de redução dos GE, o Protocolo de Quioto definiu, como complemento dos esforços domésticos que os países deverão realizar, três mecanismos conhecidos pelo nome de “mecanismos de flexibilidade”.Esses mecanismos permitem realizar, em conjuntos geográficos alargados, reduções, a menor custo, transferindo ao mesmo tempo tecnologias de bom desempenho para os países do Sul: 1. “TROCA INTERNACIONAL DE ALOCAÇÕES NACIONAIS DE EMISSÕES”: os países do Anexo I podem directamente trocar entre si as suas quotas de emissão; A 1. do seu apoio aos projectos ditos “AEC fase piloto” (Acções Executadas Conjuntamente); 2. da sua participação na elaboração dos guias em francês do MDL e da MOC; 3. de um apoio à capacitação, nomeadamente em África; 4. de um acompanhamento dos primeiros projectos MDL exemplares. A participação na fase piloto AEC, a realização dos guias e o acompanhamento dos projectos MDL são realizados no quadro de um programa específico denominado FAAEC “Facilidade de Apoio às Acções Executadas Conjuntamente” ao qual foi atribuído um envelope de 2 M€. Este programa, gerido pelo FFEM, é conduzido sob a égide de um comité de orientação (MINEFI, MEDAD, MAEE,AFD, e ADEME) presidido pela Missão Interministerial do Efeito de Estufa (MIES). DE Parceiros: MIES, DGPTE(ex DREE), outros ministérios e empresas O FFEM participou na elaboração dos guias sobre a MOC e o MDL em parceria com a MIES e a DGPTE. Estes guias, em versão francesa e inglesa, são compostos por três tomos:Tomo A “Apresentação geral dos mecanismos de projecto”; Tomo B “O mecanismo para um desenvolvimento limpo (MDL)”; Tomo C “O mecanismo de implementação conjunta (MOC)”. Estes guias permitem aos actores abrangidos por estes mecanismos (investidores, exploradores, administrações, instituições, governos), nomeadamente nos países francófonos, disporem de instrumentos para preparar projectos MOC e MDL, conformando-se aos procedimentos determinados pelo Protocolo de Quioto. Estes guias foram objecto de uma segunda edição no final de 2004. 3. “MECANISMO PARA UM DESENVOLVIMENTO LIMPO” (MDL): os países do Anexo I podem contabilizar as reduções de GE de projectos de investimento que realizam nos países fora do Anexo I. Esses projectos que recorrem a tecnologias “limpas” ajudam esses países nos seus esforços de procura do desenvolvimento sustentável. esde a assinatura do Protocolo de Quioto em 1997, o FFEM acompanha a criação progressiva desses mecanismos através: “MECANISMOS FLEXIBILIDADE” 2. “IMPLEMENTAÇÃO CONJUNTA” (MOC): os países do Anexo I podem também trocar as suas quotas de emissão por intermédio de projectos de investimento cruzados, redutores de emissões de GE, realizados pelas suas empresas num outro país do Anexo I; D ELABORAÇÃO DOS GUIAS EM FRANCÊS RELATIVOS AOS A CAPACITAÇÃO EM ÁFRICA: “AFRICA ASSIST” Financiamento do FFEM: 2,0 M€ - Custo total: 14 M€ Parceiros: Banco Mundial, AFD, outros O FFEM contribui no financiamento do programa de capacitação para a preparação de projectos MDL em África, em parceria com o Banco Mundial e a AFD. Este programa visa desenvolver as capacidades de aprendizagem (formação de peritos, identificação e acompanhamento de projectos, e criação de redes de actores). Para além disso, o programa tem como objectivo a realização de cerca de quarenta projectos MDL de referência, assegurando assim um lançamento deste mecanismo em África. O ACOMPANHAMENTO DE PRIMEIROS MDL EÓLICO DE TETOUAN PROJECTOS MDL MARROCOS - PROJECTO Financiamento do FFEM: 0,1 M€ - Custo total: 0,2 M€ Parceiros: Lafarge Maroc OS PROJECTOS DITOS “AEC PHASE PILOTE” (ACÇÕES EXECUTADAS CONJUNTAMENTE) Parceiros: MIES, DGPTE (ex DREE), MAEE, MEDAD, ADEME O FFEM acompanhou empresas francesas na montagem de 17 projectos “AEC fase piloto” de 1997 a 2000. Esses projectos de tipo MDL precederam a implementação do Protocolo de Quioto (2005). Sete projectos franceses foram registados a nível do UNFCCC (160 projectos a nível mundial). 28 No quadro da implementação do seu parque eólico em Tetouan (10 MW), integrado na sua fábrica de cimento, a Lafarge Maroc pediu ao FFEM para apoiá-la para desenvolver um projecto MDL que poderá servir de referência a muitos industriais na montagem desse tipo de projectos, desde a elaboração do “Project Design Document” (PDD), até à transferência dos créditos carbono ligados a esse investimento. 29 A colocação em sinergia das acções de luta contra as alterações climáticas com as dos outros temas do ambiente A s intervenções de luta contra as alterações climáticas cruzam-se com outras preocupações ambientais. O FFEM procura desenvolver sinergias entre a luta contra as alterações climáticas e outras temáticas ambientais, tais como a luta contra os poluentes atmosféricos, a protecção da biodiversidade e da camada de ozono, com vista a maximizar o impacto das suas intervenções. CHILE - GESTÃO SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS NATURAIS COM A PARTICIPAÇÃO DAS COMUNIDADES “MAPUCHES” NA REGIÃO DA ARAUCÂNIA Financiamento do FFEM: 1,7 M€ - Custo total: 4,5 M€ Parceiros: Corporação Nacional de Florestas (CONAF), Corporação Nacional de Desenvolvimento Indígena (CONADI), Serviço Nacional para a Formação e o Emprego (SENCE), Serviço de Cooperação Técnica (SERCOTEC), Fundo de Solidariedade e de Investimento Social (FOSIS), Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrícola (INDAP), comunidades “Mapuches”, União das Comunidades Autónomoas Mapuches de Lumaco, Municípios de Curarrehue e de Lumaco, Cooperação Alemã (GTZ), Banco Inter americano de Desenvolvimento (BID), PNUD, FEM, MAEE A fim de conservar a biodiversidade no seu território, favorecer a captura de gás carbónico atmosférico e oferecer rendimentos adicionais às comunidades indígenas Mapuches, um programa de plantio florestal está organizado em 1 500 ha de terrenos degradados. O FFEM intervém na criação de um dispositivo autónomo de florestação de 300 ha/ano financiado por um fundo rotativo. Este fundo deve permitir aos pequenos produtores beneficiar das ajudas nacionais para a reflorestação, que poderá ser facilitada graças à venda de certificações de redução de emissão de carbono. ÁFRICA (CAMARÕES, EGIPTO, NAMÍBIA, NIGÉRIA, SUDÃO, SENEGAL) – ELIMINAÇÃO DAS SUBSTÂNCIAS EMPOBRECEDORAS DA CAMADA DE OZONO E MELHORIA DA EFICÁCIA ENERGÉTICA NO SECTOR DA CLIMATIZAÇÃO Financiamento do FFEM: 0,75 M€ - Custo total: 5,3 M€ Parceiros: ONUDI, Fundo Multilateral do Protocolo de Montreal, Alemanha, França, Japão Este projecto entra no quadro dos protocolos de Montreal (preservação da camada de ozono) e de Quioto (luta contra o aquecimento climático). O projecto visa substituir/converter, em 6 países africanos (Camarões, Egipto, Namíbia, Nigéria, Sudão, Senegal), os arrefecedores centrífugos que funcionam com clorofluorocarbonos (CFC, substância empobrecedora da camada de ozono), utilizando equipamentos que funcionam com amoníaco e caracterizados por melhores rendimentos energéticos. 30 PAÍSES DO ANEXO I DO PROTOCOLO DE QUIOTO ALEMANHA AUSTRÁLIA ÁUSTRIA BÉLGICA BIELO-RÚSSIA BULGÁRIA CANADÁ COMUNIDADE EUROPEIA CROÁCIA DINAMARCA ESPANHA ESTÓNIA ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA FEDERAÇÃO RUSSA FINLÂNDIA FRANÇA GRÉCIA HUNGRIA IRLANDA ISLÂNDIA ITÁLIA JAPÃO LETÓNIA LIECHTENSTEIN LITUÂNIA LUXEMBURGO MÓNACO NORUEGA NOVA ZELÂNDIA PAÍSES BAIXOS POLÓNIA PORTUGAL REPUBLICA CHECA ROMÉNIA REINO UNIDO DA GRÃBRETANHA E DA IRLANDA DO NORTE ESLOVÁQUIA ESLOVÉNIA SUÉCIA SUÍÇA TURQUIA UCRÂNIA PAÍSES DE INTERVENÇÃO DA AFD ÁFRICA OCIDENTAL BENIN BURKINA FASO CABO VERDE COSTA DO MARFIM GÂMBIA GANA GUINÉ GUINÉ-BISSAU LIBÉRIA MALI MAURITÂNIA NÍGER NIGÉRIA SENEGAL SERRA LEOA TOGO QUÉNIA MADAGÁSCAR MOÇAMBIQUE NAMÍBIA UGANDA REPÚBLICA DA ÁFRICA DO SUL REPÚBLICA CENTRO AFRICANA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO RUANDA SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE SUDÃO TANZÂNIA CHADE IÉMEN ZÂMBIA ZIMBABWÉ ÁFRICA CENTRAL, AUSTRAL E OCEANO ÍNDICO MEDITERRÂNEO E MÉDIO ORIENTE ANGOLA BURUNDI CAMARÕES REPÚBLICA POPULAR DO CONGO DJIBOUTI ERITREIA ETIÓPIA GABÃO GUINÉ EQUATORIAL JORDÂNIA LÍBANO MARROCOS SÍRIA TUNÍSIA TURQUIA TERRITÓRIOS AUTÓNOMOS PALESTINIANOS ARGÉLIA EGIPTO 31 COLECTIVIDADES DO ULTRAMAR GUADALUPE GUIANA MARTINICA REUNIÃO SAINT-PIERRE & MIQUELON MAIOTE NOVA CALEDÓNIA POLINÉSIA FRANCESA WALLIS & FUTUNA TERRAS AUSTRAIS E ANTÁRCTICAS FRANCESAS ÁSIA E AMÉRICA LATINA AFEGANISTÃO BRAZIL CAMBOJA CHINA HAÏTI INDIA INDONESIA LAOS PASKISTÃO SANTO DOMINGO SURINAM TAILÂNDIA VIETNAME Redacção: FFEM - Philippe Bosse / Mathilde Cavalier Concepção gráfica: AFD/COM - Danièle Revel ISSN em preparação Créditos fotos Página de cobertura: CETE de Lyon, Daniel Riffet Página 1 : SEED/ B.Meunier Página 2 : ADEME/ R. Bourguet Página 3 : CIRAD / K. Vom Brocke, TEMASOL, WWF-Canon / M. Gunther Página 4 : AFD / C.Corbier-Barthaux Página 7 : CETE de Lyon Página 8 : TEMASOL Página 9 : IGF/P.Chardonnet Página 13 : CIRAD / M. Bourgarel, Fondation Pro Vertes Página 15 : ADEME/Michel Hamelin Página 17 : CETE de Lyon Página 20 : Bandeau: D. Riffet, DALKIA / S.Ducoloner, ADEME/ Michel Hamelin, AFD/ C. Corbier-Barthaux, CETE de Lyon, IED/ T. De Villers, SCAC Mexique/ P.Cheron, BRGM/M. Save, TEMASOL, IED/ T. De Villers Página 21 : CTBV, DALKIA / S.Ducoloner, CNAM Página 22 : CDER/P. Collignon, SEED/B.Meunier Página 23 : D. Riffet Página 24 : ADEME/ Michel Hamelin, GERES, CETE de Lyon Página 25 : SCAC Mexique/ P.Cheron, ADEME/ R. Bourguet, Daniel Riffet, BRGM/M. Save Página 26 : AFD/ I. Picard, AFD/ C. Corbier-Barthaux, BGRM/ J-P. Houix Página 27 : WWF-Canon / M. Gawler, N. Hertkorn Página 29 : ADEME, SEED/ B. Meunier Página 30 : ONFI/ J.C Lefeuvre 32