Selfie Piadinhas

Transcrição

Selfie Piadinhas
Manaus, outubro 2015 – edição 109 – ano 9
Periódico Para Rir e Aprender
,
Precisa dar Opções
uma lida na NR
S ei que todo mundo já deuConforto
Mensagem
ao Leitor
Prezados Prevencionistas,
Neste mês o Segurito foi inspirado por
um treinamento sobre Proteção
Respiratória do excelente Prof. Antônio
Vladimir
Vieira
que
participei
recentemente e o jornal ficou recheado
com este tema.
Mas temos também: atenção com
talhas, versões de acidentes, absorção
cutânea de produtos químicos e texto
do Eng. Guilherme Caliri sobre Nível
Limiar de Integração.
E o que você está esperando para
iniciar? Boa leitura!!!
Prof. Mário Sobral Jr.
Pode ou não pode?
09, mas às vezes alguns itens acabam
passando sem que levemos em consideração a
sua importância ou até mesmo a sua
abrangência. Por exemplo, vejamos o item
9.3.5.5 e o seu primeiro subitem, transcritos
abaixo:
A utilização de EPI no âmbito do programa
deverá considerar as Normas Legais e
Administrativas em vigor e envolver no
mínimo:
a) seleção do EPI adequado tecnicamente ao
risco a que o trabalhador está exposto e à
atividade
exercida,
considerando-se
a
eficiência necessária para o controle da
exposição ao risco e o conforto oferecido
segundo avaliação do trabalhador usuário;
Neste primeiro subitem o trecho grifado é de
grande relevância, pois mesmo que o EPI
esteja tecnicamente adequado e seja eficiente
no controle da exposição, pelo menos
teoricamente, isto só será realmente efetivado
caso a empresa forneça EPIs com o conforto
validado pelo trabalhador.
Contatos:
Jornal Segurito
Manual de Atendimento a
Emergências Químicas - CETESB
Coordenação: Jorge Luiz Nobre
Gouveia - 2014.
Piadinhas
D igamos
que você chega no seu
almoxarifado de EPIs e verifica que não tem
mais no estoque nenhuma máscara com filtro.
Então busca novos fornecedores, faz os testes
necessários e passa a comprar uma máscara
de uma marca diferente da que você utilizava
anteriormente.
Os dias passam e finalmente a máscara chega,
porém quando você volta ao almoxarifado tem
alguns segundos de taquicardia, pois percebe
que ainda tem no estoque um número
elevado de filtros que seriam utilizados na
máscara anterior.
Na mesma hora, suando frio, abre a
embalagem de um dos filtros e tenta fazer o
encaixe no novo equipamento. Finalmente
respira aliviado ao perceber que o filtro
encaixa perfeitamente na máscara nova.
Agora eu gostaria de lhe fazer uma pergunta:
Você acredita realmente que está tudo certo?
Acho que sim, professor. Se a máscara e o filtro
forem de qualidade, está tudo ok.
Infelizmente, meu filho, há um problema sério
a ser resolvido, pois não é permitido utilizar
filtro de uma determinada marca em máscara
de outra marca. Isto descaracteriza o
Certificado de Aprovação, ou seja, ou joga fora
todos os filtros ou compra uma máscara da
mesma marca para acabar com o estoque de
filtros e depois passa a utilizar o novo modelo.
Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de
Segurança do Trabalho.
Não é bem minha área, mas
sempre é bom ter um título sobre
tema que você não domina para
uma consulta. E na minha opinião,
este é o livro para atendimento a
emergências químicas.
Dá uma visão geral sobre o
assunto, desde os conceitos
básicos,
até
tópicos
mais
avançados como uso de EPI,
descontaminação e comunicação
neste tipo de emergência.
E o tal do respirador é um dos EPIs de maior
dificuldade para adaptação, em função da
natural restrição respiratória.
Sempre falo para os meus alunos que antes de
criticar ou mesmo advertir um trabalhador por
não estar usando um respirador, acho
importante que passem pelo menos um dia
utilizando o equipamento. Depois desta
experiência (que eu já tive) tenho certeza que
o nosso objetivo será conseguir eliminar o uso
do EPI.
No entanto, enquanto isto não é possível, a
empresa por meio do SESMT, precisa dar
alternativas aos usuários para que estes
possam pelo menos optar por um
equipamento que lhe traga menos incômodo.
Para isso, precisamos chamar fornecedores,
comparar preços e disponibilizar os
equipamentos para teste dos usuários.
Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de
Segurança do Trabalho
www.jornalsegurito.com
Dois homens carregavam um piano
pelas escadas de um prédio. No quarto
andar um deles resolve ir ver quantos
andares ainda faltavam, na volta diz:
- Tenho duas notícias, uma é boa e a
outra ruim.
- Conte primeiro a boa.
- A boa é que faltam só 6 andares.
- A má é que o prédio não é esse.
Selfie
no tempo das cavernas!
[email protected]
J ORN AL S EG URI T O

Não basta fé para
Investigando as versões
uma boa capela I sto serve para inspeção de uma máquina, Bem estranha esta versão , professor.
E m relação à proteção dos trabalhadores,
todo mundo concorda que o EPI deveria ser a
última escolha, mas precisamos tomar muito
cuidado com outras formas de proteção.
Por exemplo, em laboratórios é comum o uso
de capelas com exaustores que teoricamente
poderiam substituir o uso dos respiradores.
Porém, uma capela é muito mais que uma caixa
vedada com um exaustor em cima.
Para que este sistema funcione é necessário um
projeto que considere a velocidade de face, ou
seja, o quanto o exaustor deve sugar o ar na
face de entrada da capela, layout interno (pois
dependendo do volume e posicionamento dos
materiais pode haver interferência no fluxo de
ar), avaliação do material que será jogado na
área externa do laboratório pelo exaustor. Pois
não podemos proteger o trabalhador e poluir o
ambiente externo à empresa etc.
Ou seja, não é possível realizar apenas a
aquisição de uma capela e mandar instalar, sem
avaliar todos as consequências da sua
utilização.
Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de
Segurança do Trabalho
Piadinhas
dados para uma análise ergonômica ou para o
preenchimento de uma análise de acidente.
Em relação aos acidentes, sempre lembro de
um caso que aconteceu comigo quando estava
trabalhando como engenheiro de segurança
de uma obra.
Após um acidente que poderia ter sido trágico:
o rolo compressor passou sobre a perna de um
trabalhador.
Poderia ser trágico, professor??? Para mim já
foi trágico demais.
Na verdade, meu filho, o trabalhador teve
muita sorte, o barro ainda estava bem solto e
apenas moldou a perna do trabalhador no
solo, tendo como consequência apenas uma
torção.
Ufa, professor!!! Caboquinho de sorte!
Pois bem, depois do ocorrido, levei o
acidentado para o pronto socorro e no
caminho perguntei a ele o que havia ocorrido.
Na versão dele, os fatos eram os seguintes:
estava caminhando próximo do rolo
compressor, quando escorregou e ocorreu o
acidente.
Tentei insistir, mas ficou nisso.
Falando sobre proteção respiratória, temos as
famosas máscaras autônomas que vemos
geralmente sendo utilizadas por bombeiros,
aquelas com um cilindro de ar nas costas.
Porém, em algumas empresas, de acordo com
o tipo de risco, também será necessário o seu
uso. O problema é que estas máscaras têm
uma imensa oscilação de preço, devido às
várias características que podem ser agregadas
ao equipamento.


Isto já ocorreu inúmeras vezes, versões bem
diferentes sobre um mesmo assunto e só após
uma boa investigação é que talvez seja
possível saber quem realmente está falando a
verdade.
Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de
Segurança do Trabalho
É uma questão de tempo
- Professor, eu não estou entendendo
nada.
- Tudo bem, meu filho. Quer que eu
explique a partir de onde?
L - É melhor não dizer!
- Pode falar!!!
- Professor, para eu entender mesmo vai
precisar que o senhor explique desde o
começo do ano.
- E como a gente fica agora?
- Fica normal, continuamos nossa
amizade.
- Mas eu te doei um rim...
- Eu sei, serei eternamente agradecida,
mas só podemos continuar como amigos.
- Se você não ficar comigo, devolve meu
rim.
Também achei. Tanto que quando retornei à
obra perguntei para os demais o que havia
realmente acontecido. E a versão de algumas
testemunhas foi a seguinte: o acidentado
estava colando pedaço de isopor no capacete
dos colegas para fazer de chifre, um destes viu
e saiu correndo atrás dele, e durante a corrida
acabou escorregando e se acidentando.
E uma das características que sempre é
considerada na hora da aquisição é a sua
autonomia, ou seja, o tempo que o
trabalhador vai poder utilizar o equipamento.
Mas, professor, esta não é uma característica
realmente importante?
Com certeza, meu filho. No entanto,
precisamos ter cuidado com o valor
apresentado pelo fabricante. Perceba o
seguinte, o cilindro tem um determinado
volume de ar respirável e a autonomia irá
depender diretamente do consumo de ar do
usuário.
Por exemplo, imagine que o cilindro possui
1800L de ar respirável e o consumo de ar do
trabalhador é de 50 L/min, com estes dois
valores fica fácil saber que a autonomia do
cilindro seria de 36 min (basta dividir 1800 por
50).
Porém, se a atividade realizada pelo usuário
for de maior intensidade e o consumo de ar for
de 80L/min, neste caso a autonomia do
cilindro seria apenas de 22min, ou seja, não
tem como saber o tempo exato para uso de
um cilindro de ar, tudo irá depender do tipo de
atividade que está sendo realizada.
Ok, professor! Entendi suas continhas, mas
estou achando estranho este volume do
cilindro, 1800L, só tinha visto cilindro de 6L o
maior que eu já vi foi o de 9L. Mais 1800L é
muito!
Na verdade, acho que realmente não expliquei
direito. É lógico que o cilindro não tem 1800L,
tem realmente 6L, mas para que aumente o
tempo de uso precisamos fazer que caiba mais
ar dentro do cilindro, e como o ar é
compressível, podemos pressurizá-lo. E
digamos que esteja a 300Bar de pressão. Se
multiplicarmos 300bar pelos 6L do cilindro
termos 1800L de ar pressurizado.
Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de
Segurança do Trabalho
2
J ORN AL S EG URI T O

Cuidado com
o FIT TEST Para
V ocê já fez o teste de vedação de máscara
utilizando o fit teste? Caso queira detalhes
basta você baixar o Programa de Proteção
Respiratória da Fundacentro (corre lá no tio
google que eu espero), pois bem, no item .....
tem explicação de como realizar esta
verificação.
Mas um detalhe que nem todo mundo
considera é o tipo de filtro que deve ser
utilizado durante o teste.
Como assim, professor, não é para testar a
vedação da máscara, o que o filtro tem a ver
com isso?
a substituição de um filtro de um
respirador
é
comum
ouvirmos
a
recomendação para o usuário realizar a troca
assim que ele perceber o odor do produto. No
entanto, precisamos tomar cuidado com esta
prática, pois podemos ter bastante problema.
Por que mesmo, professor?
Pelo seguinte: para que o usuário perceba o
produto
é
preciso
avaliarmos
antecipadamente o valor do limiar de odor, ou
seja, a partir de qual concentração o produto
Caso você tenha lido o tópico do PPR indicado
vai perceber que o teste é realizado por meio
de uma bombinha que joga um determinado
produto próximo à zona respiratória do
trabalhador, que estará protegido pela
máscara, em forma de névoa. A névoa é uma
espécie de aerodispersóide e para proteger o
trabalhador é preciso um filtro mecânico.
Agora digamos que na sua empresa o
trabalhador trabalhe com um solvente. Para
este caso a proteção adequada seria a de um
filtro químico.
Entendi, professor!!! Eu não posso utilizar no
fit teste um filtro de vapor se o produto que eu
estou jogando para teste está presente como
névoa.
Exatamente, pelo menos durante o teste é
preciso trocar o filtro por um filtro para névoa
para verificar se realmente a máscara está
protegendo o trabalhador .
Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de
Segurança do Trabalho
Piadinha
- Seguritinho, diga uma palavra que
comece com a letra D.
- Ontem, professora – responde o
Seguritinho .
- Ontem? Mas ontem não começa com a
letra D.
- Começa sim, professora. Ontem foi
Domingo.
Trocar só no cheiro?
começa a ser percebido e ao encontrarmos
este valor precisamos comparar com o limite
de tolerância do mesmo produto.
Já sei, professor. Tem produto que o limiar de
odor é superior ao limite de tolerância?
Exatamente, meu filho. Por exemplo, em uma
pesquisa rápida no tio Google, achei que a
Acetonitrila tem limiar de odor superior ao seu
limite de tolerância. Com isso o trabalhador já
estará em concentração inadequada quando
perceber a presença do produto.
Além disso, estes valores são apenas uma
referência, pois tanto o limite de tolerância
quanto o limiar de odor podem ser diferentes
de acordo com o trabalhador exposto.
Ou seja, caso não tenhamos informações
suficientes para estabelecer uma periodicidade
de troca segura para o usuário é melhor
utilizarmos respiradores de adução de ar.
Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de
Segurança do Trabalho
Não basta a força Dê uma olhada na
da corrente aba do capacete
E m alguma edição do Segurito, comentei Dando uma lida no item 6.9.1 da NR 6 vamos
sobre a importância de inspecionar as
correntes das talhas, pois devido ao desgaste
no esforço dos contínuos carregamentos
podemos vir a ter um acidente grave.
No entanto, um cuidado que ainda não havia
levado em consideração e que me foi alertado
recentemente em uma auditoria realizada por
outro engenheiro é referente à necessidade da
estrutura que suporta as talhas receber o
mesmo cuidado na inspeção.
Além disso, precisamos garantir a resistência
desta estrutura, para isto precisamos de teste
de carga e posteriormente sinalizar, no seu
corpo, qual a carga máxima permitida.
Por mais óbvia que seja a informação,
realmente tem sua importância, pois caso seja
necessário um carregamento de 2,5Ton
realizado por duas talhas de 1,5ton,
teoricamente estaríamos com folga, mas se
não avaliarmos a estrutura que pode ter
capacidade inferior à da carga total, podemos
ter um grave acidente.
Além de todo os testes e frequentes
inspeções, precisamos sempre solicitar a ART
(Anotação de Responsabilidade Técnica) do
profissional da empresa que dimensionou e
executou a estrutura.
Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de
Segurança do Trabalho
aprender o seguinte: Para fins de
comercialização o CA concedido aos EPI terá
validade:
a) de 5 (cinco) anos, para aqueles
equipamentos com laudos de ensaio que não
tenham sua conformidade avaliada no âmbito
do SINMETRO;
b) do prazo vinculado à avaliação da
conformidade no âmbito do SINMETRO,
quando for o caso.
E é bom ter em mente que este prazo de
validade se refere ao produto na embalagem,
sem uso. Quando você começa a usar, talvez
este prazo venha a reduzir devido à exposição
ao sol, produto químicos, batidas etc.
Temos que observar o prazo indicado para
todos os EPIs. No entanto, um dos
equipamentos que é meio deixado de lado é o
capacete.
Aproveite para dar uma olhada na aba do seu
capacete e verificar se ele ainda está no prazo
de validade. Alguns vêm com dois ou mais
“reloginhos” indicando o ano e a semana do
prazo, outros vêm com um calendário.
Porém, independente da forma como é
apresentado precisamos monitorar para
garantir que o trabalhador está protegido.
Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de
Segurança do Trabalho
3
J ORN AL S EG URI T O
Pequena ação, mas enorme resultado
Você tem realizado a verificação da vedação
das máscaras para proteção respiratória ou
melhor ainda, realizado o ensaio de vedação?
Mas no que isto ajuda tanto, professor?
Estas avaliações possibilitam verificar se o
equipamento está conseguindo uma boa
vedação. E caso não esteja, teremos como
I
estabelecer controles. Por exemplo, podemos
treinar melhor o trabalhador ou verificar se o
tamanho da máscara não está inadequado.
Ações simples que podem fazer a diferença
entre um trabalhador saudável ou doente.
Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de
Segurança do Trabalho
Discutindo sobre um “ruidinho”
nspirado por uma discussão técnica resolvi
escrever algumas palavras sobre um assunto
que é básico, mas que parece gerar dúvidas.
O Nível Limiar de Integração (NLI) é definido
como nível de ruído a partir do qual os valores
devem ser computados na integração, para
fins de determinação de nível médio ou da
dose de exposição. Para realização de
audiodosimetrias em ambientes com baixos
níveis de ruído, esta função deve ser
configurada com o menor valor em dB
disponível no audiodosímetro, pois somente
serão integrados ruídos que ultrapassem o
valor configurado. NLI não tem nenhuma
relação com Nível de Ação, se tivesse, a NHO01 recomendaria o NLI de 82,0 dBA (50% da
dose utilizando-se o incremento de Duplicação
de Dose = 3) e não 80,0 dBA como recomenda
atualmente. Digamos que você irá realizar uma
audiodosimetria em um ambiente onde na
avaliação preliminar se detecta não haver
exposições acima de 80,0 dBA (uma linha de
montagem por exemplo). Se o audiodosimetro
estiver configurado com um NLI de 80,0 dBA,
toda vez que na média do minuto não houver
exposições acima de 80,0 dBA, o
audiodosímetro entenderá o valor médio do
minuto como 0,0 dBA (pois nenhum valor foi
integrado), e aí basta um raciocínio aritmético
simples para saber que qualquer cálculo de
média (Lavg) onde há valores iguais a 0,0 dBA
“puxam a média para baixo”. Ao se verificar o
resultado do Lavg da audiodosimetria, valores
irreais ocorrerão, como por exemplo LAVG´s
de 35, 40 dBA (quase o silêncio absoluto), não
condizente com a realidade do ambiente.
Caberia ao profissional automaticamente
perceber que um Lavg de 40 dBA não é
compatível com o ruído de uma Linha de
Montagem, então alguma coisa está errada,
certo? O aparelho não erra (a não ser que
esteja danificado), quem erra é o operador
(erro de configuração ou amostragem).
Uma das provas do erro técnico de
configuração é que ao imprimir o histograma
da dosimetria, em vários intervalos o ruído
equivalente é apresentado como 0,0 dB(A).
Este “zero” significa que durante aquele
intervalo específico não existiu nenhuma
medição que ultrapassasse o valor do NLI
configurado (80,0 dBA).
Como exemplo didático, seguem abaixo duas
audiodosimetrias da mesma função/local de
trabalho, com exposição administrativa/
operacional. Na primeira, utilizou-se o NLI de
75 dBA, e obteve-se o Lavg de 57,5 dBA (muito
baixo para uma atividade que ocorre em
ambiente administrativo, e operacional com
exposição ao ruído). A segunda, com o NLI de
40 dBA, obteve-se o Lavg de 75,1 dBA,
condizente com a exposição do empregado.
O valor do NLI abaixo de 80 dBA não influencia
o resultado da audiodosimetria para
ambientes com ruído elevado, porém em caso
de ambientes com baixos níveis de ruído,
certamente influenciará. Espero que este
artigo tenha sido útil. Caso não, certamente
continuaremos a encontrar audiodosimetrias
ocupacionais com Lavg´s inferiores a 50 dBA
(similar ao interior de uma cabine
audiométrica). Autor: Guilherme José Abtibol
Caliri – Engenheiro de Segurança do Trabalho
N

Coisa de Pele
esta edição falamos bastante sobre
proteção respiratória, mas um problema que
nem sempre é levado em consideração é
relacionado à absorção do produto químico no
contato com a pele, que pode atravessá-la e se
incorporar ao sangue ou mesmo quando retido
nas barreiras da pele, causar uma irritação,
queimadura ou mesmo sensibilização.
Mesmo na nossa ultrapassada NR 15, no seu
anexo 11, há a indicação de alguns dos
produtos químicos que além da absorção por
via respiratória, também serão absorvidos pela
pele. Há uma coluna no referido anexo que
terá um sinal de “+” sempre que o produto
possuir esta característica. Para tirar a dúvida
dê uma olhada no anexo 11 e você verá que o
primeiro produto marcado é o Acetato de
cellosolve.
Ok, professor. Já conhecia esta tabela.
Acredito que a maioria já conhecia, mas o que
é importante destacar é que não podemos
deixar de lado estes produtos, mesmo quando
a concentração estiver abaixo do Limite de
tolerância (situação comum), pois apesar de
não haver quantidade elevada no ar, o referido
produto, em contato direto com a pele pode
vir a ser absorvido.
Outra recomendação, é não ficar restrito à
Norma Regulamentadora 15, procure verificar
se os produtos do seu trabalho possuem esta
característica e corra para proteger seu
trabalhador adequadamente.
Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de
Segurança do Trabalho
Piadinhas
Uma velhinha sentada atrás do motorista
do ônibus oferece para ele alguns
amendoins, o motorista aceita e depois
de um tempo ela oferece mais um
bocado, ele novamente aceita e
pergunta:
- Muito bom, por que a senhora não
come?
- Meu filho, olha minha boca, não tenho
dentes.
- E por que a senhora compra?
- Por que eu gosto da cobertura de
chocolate deles.
4