super20 - Evangeliza Brasil

Transcrição

super20 - Evangeliza Brasil
Ampliando a visão da igreja para
a evangelização no Brasil
AMME
José Bernardo
SUPER20
Versão 2010-1 / 3ª impressão
©2005 by AMME Evangelizar
Pesquisa e Design Gráfico - do
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AMME Evangelizar - 2009-1”.
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ajuda as igrejas evangélicas brasileiras a cumprir sua missão bíblica de evangelizar todo
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Porque o
Filho do Homem
veio buscar e salvar
o perdido.
Lc 19.11
AMME 5
Re-visão
Nosso ministério existe para
ajudar as igrejas evangélicas
brasileiras a cumprir sua tarefa
de evangelizar todo mundo.
Fazemos
pesquisa
continuamente,
desenvolvemos
programas, realizamos treinamentos e produzimos resultados junto com igrejas de todas
as denominações, no Brasil e
onde quer que a Igreja Brasileira possa atuar. Tais resultados
são animadores: milhões têm
ouvido o Evangelho, milhares
têm recebido a Cristo, centenas
de crentes têm descoberto sua
vocação missionária e dezenas de
novas igrejas têm sido plantadas.
Agora, ao apresentar a proposta
SUPER20, queremos levar a
Igreja Brasileira a olhar melhor
para aquele grupo que está mais
interessado e mais pronto a
aceitar e transmitir a mensagem
do Evangelho.
Chegou atrasada no rádio, na televisão e, verdade seja dita, ainda
não chegou no cinema e nem na
Internet. Estamos atrasados na
didática, no aconselhamento, na
discussão de temas atuais e no
enfoque da criança, do adolescente e do jovem. Enquanto a
ciência, a política e o marketing
concentram esforços em moldar
as novas gerações à sua conveniência, a Igreja ainda espera que
eles “amadureçam” para falarlhes seriamente de Cristo. Todo
esse atraso reduz a relevância da
Igreja para a sociedade moderna,
e dificulta seu crescimento.
SUPER20 é um chamado à atualização, é um convite à uma nova
postura na evangelização, mais
relevante, mais eficaz e mais frutífera. Resultado de um trabalho
cuidadoso e esmerado dos missionários da AMME Evangelizar,
essa proposta merece ser consiInfelizmente, nem sempre a derada com todo o cuidado e inevangelização tem contado com teresse pela liderança evangélica
os melhores recursos e atualiza- brasileira.
ção. A Igreja tem se demorado
em assimilar novas tecnologias, José Bernardo
novos meios e novos conceitos. AMME Evangelizar
6 SUPER20
AMME 7
Índice
03
Evangelizar
05
Re-visão
Evangelizar
10
14
Olhar brasileiro
Fatos do Argumento
22
26
Outro pensar
Está escrito
32
38
Todos todos
Agora e depois
38
40
Bibliografia
Obrigado
“E disse: Abre a janela para o oriente;
ele a abriu. Disse mais Eliseu: Atira! e ele
atirou...Flecha da vitória do SENHOR...” 2Rs 13:17
Algo que faz grande diferença na leitura desse relatório é o conceito
de “evangelizar”. Outras pesquisas poderiam apontar o potencial
de crianças, adolescentes e jovens, fundamentando propostas de
inclusão social. Nós, porém, a partir da perspectiva missionária
do Evangelho, fazemos isso com o propósito de Evangelizar com
melhor resultado.
Esse propósito nos obriga a definir o que entendemos por
Evangelizar. Temos dito que evangelizar é tornar conforme o
Evangelho. Sabemos que Evangelho se refere aos princípios que
estabelecem o Reino de Deus nas pessoas e, por isso, entre elas.
Portanto, evangelizar é levar uma pessoa a submeter-se ao governo
de Deus, necessariamente libertando-se do governo da carne, do
mundo e do maligno.
Há pessoas que se endurecem pelos anos sob o jugo de seus desejos,
das tentações mundanas e da opressão diabólica. Evangelizálas constitui-se em grande desafio. Já outras pessoas estão mais
abertas, mais dispostas, não só para serem evangelizadas, mas
consequentemente evangelizar. É delas que trata esta proposta.
8 SUPER20
Uma janela estrangeira
É bom quando se abre uma janela em um quarto escuro: Cria-se
uma perspectiva completamente nova. Foi assim com a janela 4/14,
um conceito que destaca a importância das crianças entre 4 a 14
anos no cenário cristão norte americano.
“A janela 4/14 - Ministérios para Crianças e Estratégias Missionárias”
foi o título de um artigo escrito pelo doutor Dan Brewster, diretor de
Defesa da Criança para a Compassion International na Ásia em 1996
(The “4/14 window” - Child Ministries and Mission Strategies). O
autor já atuou em ministérios para a criança e famílias por trinta anos
e é doutor em missiologia. Atualizado por ele mesmo em agosto de
2005, o artigo apareceu inicialmente como um capítulo de seu livro
Children in Crisis: A New Commitment.
A ideia para este documento em que o autor defende a importância
da mobilização missionária em favor das crianças veio de uma
exposição do Dr. Bryant Myers, diretor dos ministérios MARC
da Visão Mundial. A exposição, no início da década de 90, tinha o
título “O estado das crianças no mundo: um desafio cultural para
a Missão Cristã nos anos 90”. Brewster disse que, para ele, a parte
mais importante daquela apresentação foi o espantoso gráfico que
mostrava, nos Estados Unidos, que aproximadamente 85% das
pessoas que fazem uma decisão por Cristo o fazem entre as idades
de 4 a 14 anos.
Ele encontrou eco para esta afirmação no pesquisador cristão
George Barna. Em seu livro “Transformando crianças em campeões
espirituais” de 2003, Barna apresenta resultados de uma extensa
pesquisa prévia sobre decisões de fé nos Estados Unidos, conforme
Brewster observa: “Entre pessoas com 13 anos de idade, 93% se
considera cristã e, ainda que apenas 34% tem um entendimento
claro do que isso significa, parece que se as pessoas vão se tornar
cristãs elas estão muito mais propensas a fazer isso em torno dessa
idade” (Barna in Brewster, 2005). A conclusão de Barna é que a
probabilidade de alguém receber a Jesus como seu salvador foi de
AMME 9
32% entre as idades de 5 a 12 anos,
4% entre 13 a 18 e 6% para pessoas
acima de 19 anos. A partir dessas
informações Brewster conclui
que se alguém não recebe a Jesus
durante a adolescência, a chance de
fazê-lo depois é pequena.
No website de George Barna se
lê sobre sua pesquisa e o livro
que resultou dela: “Basicamente,
o que você acredita por volta dos
13 anos de idade, é o que você vai
morrer acreditando. Obviamente
há muitos indivíduos que passam
por experiências de transformação
de vida em que suas crenças
são alteradas, ou mesmo por
situações em que um bloco de
ensinos religiosos tem um ou mais
princípios mudados. No entanto,
a mente da maioria das pessoas
está formada e eles acreditam que
sabem o que precisam saber da
espiritualidade aos 13 anos. Seu
foco em absorver ensino religioso
a partir dessa idade se concentrará
em fortalecer e confirmar suas
crenças, muito mais do que colher
novas ideias para redefinir seus
fundamentos” (Barna, 2003).
Mais recentemente, o evangelista
Luis Bush, nascido na Argentina
e criado no Brasil, iniciou um
movimento para levantar uma
10 SUPER20
nova geração na janela 4/14.
Nas palavras dele, que no final
do século passado divulgou
o conceito da Janela 10/40 e
influenciou fortemente o trabalho
missionário: “Nos primeiros
anos deste novo milênio eu
estou impulsionando um novo
foco missionário: A janela 4/14.
Mesmo que por outras razões,
este também pode ser chamado
a essência do essencial. A janela
10/40 se refere ao contexto
geográfico; a Janela 4/14 descreve
um contexto demográfico uma
época da vida que compreende
dez anos entre os 4 e 14 anos de
vida.” (Bush, 2009)
Em seu livreto “Raising Up a New Generation
from the 4/14 Window to Transform the
World” (Levantando uma nova geração na
janela 4/14 para transformar o mundo), Luis
Bush, líder do ministério Transform World
reafirma a ideia da janela 4/14 começando pelo
pensamento de que qualquer pai ou qualquer
pessoa que já foi criança sabe que a infância é
um período formativo. Baseado na bibliografia
que consultou, Bush toma como certo que
90% de nosso cérebro está formado quando
chegamos à idade de três anos, e que 85%
de nossa personalidade adulta está formada
quando chegamos aos 6 anos de idade. O artigo
de Brewster faz parte da bibliografia do livreto
e, a partir dele, Bush retoma os resultados da
pesquisa de Barna, quem achou, em pesquisa
AMME 11
anterior a 2003, que aproximadamente 85% das decisões por Cristo
nos Estados Unidos acontecem na faixa dos 4 aos 14 anos de idade.
Uma porta nativa
Onde se abre uma janela, pode-se abrir também uma porta.
Pessoalmente, tomei conhecimento da Janela 4/14 quando trabalhei
como diretor nacional de marketing da Visão Mundial a partir de
1997. Aqueles dados me intrigaram, mas logo supus, de minha
experiência na evangelização de crianças, que a janela brasileira
deveria ser no andar de cima. Nosso cenário religioso é muito
diferente do norte-americano. A simples extrapolação de dados
coletados em outro contexto me pareceu indigno, ainda que o
conceito fosse muito interessante. Por isso, a partir de 2.000,
quando fundamos a AMME, começamos a coletar informações
sobre a idade de conversão dos brasileiros. As informações que
obtivemos ao longo de vários anos, em todo o país, indicaram um
cenário muito diferente daquele indicado pela Janela 4/14. Mais
recentemente decidimos compartilhar o que descobrimos de forma
objetiva. Foi assim que surgiu a proposta SUPER20.
A AMME Evangelizar tem mobilizado a Igreja Brasileira para a
evangelização de jovens, adolescentes e crianças desde a fundação.
Isso foi um reflexo de minha própria experiência, inserido na
evangelização desde os cinco anos, trabalhando na evangelização de
crianças e adolescentes durante toda a minha adolescência e dando
especial destaque a esse ministério no pastorado. Com o lançamento
da proposta SUPER20 em outubro de 2009, a AMME iniciou uma
nova fase no esforço para ajudar a Igreja Brasileira a melhorar a
evangelização. Agora, alguns meses depois, desenvolvendo várias
ações conectadas à proposta, apresentamos a revisão do SUPER20,
inclusive com um novo visual.
Nosso objetivo é ajudar as igrejas evangélicas brasileiras a investir
seus melhores esforços na vanguarda, contando com os crentes
quando estão mais ousados e motivados para evangelizar as pessoas
na idade em que estão mais abertas a ouvir e aceitar o Evangelho.
12 SUPER20
Olhar brasileiro
Os discípulos de Jesus ocupados com a comida que buscaram com
tanto interesse e prioridade, não podiam ver a multidão faminta do
conhecimento de Cristo, não enxergavam aquilo que Jesus enxergava. Nascida sob as sombras do catolicismo, entrincheirada por leis
da religião oficial, o evangelicalismo brasileiro herdou uma personalidade ensimesmada, tímida e egocêntrica. Levantar os olhos e ver
os campos brancos não tem sido um exercício fácil, nem mesmo na
oportunidade do crescimento acidental das últimas décadas do século XX. Nosso entendimento, contudo, é que não faremos a obra
de Deus olhando apenas para o próprio prato e por isso nos dispusemos ao esforço de superação que a pesquisa evangélica demanda.
Enquete Frutificar
Frutificar é uma conferência sobre evangelização realizada durante
vários anos em muitas cidades do país. As reuniões, que foram sempre abertas e amplamente divulgadas, atraíram um público bastante variado em termos de denominação, gênero, idade, escolaridade
e serviço. O público distinguiu-se apenas por ser urbano, evangélico e razoavelmente interessado em evangelização. Cada participante
foi solicitado a preencher uma ficha de cadastro e avaliação, na qual
incluiu-se, além de questões demográficas, perguntas sobre agente da
evangelização e idade da conversão. As informações coletadas ofereram recursos para uma pesquisa quantitativa sobre a conversão.
Para a proposta SUPER20 foram selecionadas as fichas preenchidas nos anos de 2007 e 2008 nos estados da Bahia, Ceará, Goiás,
Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul,
São Paulo e no Distrito Federal. As fichas válidas consideradas
para este relatório foram 5.209. Foram desconsideradas fichas em que as informações
tabuladas não foram encontradas. Foram
descartadas as fichas respondidas por pessoas
que, no momento da resposta, tinham menos
de 20 ou mais de 60 anos de idade. Quanto ao
gênero, 46,82% dos respondentes foram homens, 53,18% mulheres. Os 2.741 ou 52,62%
dos respondentes declararam serem ativos
em algum ministério na igreja.
Seguindo a orientação da proposta SUPER20,
três faixas de idade de conversão foram destacadas do universo dos respondentes: 4-10; 11-17;
18-24 anos de idade. O universo assim delimitado consistiu em 4.016 figuras.
Experimento Janela da Conversão
Para aprofundar as considerações sobre a pesquisa qualitativa baseada na Enquete Frutificar,
desenvolvemos um Experimento que ficou
conhecido como “Janela da Conversão”, e ofereceu subsídios para uma pesquisa qualitativa
que amplia a categorização dos dados coletados
inicialmente, permitindo o desdobramento da
informação em novas hipóteses.
O Experimento foi lançado através de um artigo explicando a pesquisa e o questionário a
ser respondido, postados no portal da evangelização, website da AMME Evangelizar,
em <www.evangelizabrasil.com/2009/09/25/
teste>. Duas comunicações foram emitidas
por e-mail para a base de relacionamentos da
AMME e em quatro dias obteve-se 221 questionários corretamente preenchidos. O Ex-
14 SUPER20
perimento incluiu um viés, já que os respondentes foram líderes,
envolvidos com evangelização e com acesso à internet, mesmo assim se constituiu em excelente contribuição no aprofundamento da
Enquete Frutificar.
Quanto ao gênero, 48,41% dos respondentes foram mulheres e
51,59% homens. Quanto à idade os respondentes tinham entre 10
e 79 anos de idade sendo que 81,45% estava entre vinte e 49 anos. A
afiliação também foi bem variada: 36,65% dos respondentes era de
denominações conservadoras; 14,48% de igrejas renovadas; 36,20%
de denominações pentecostais; 10,86% de igreja neopentecostais
e 1,81% não declarou sua filiação. A maioria dos respondentes,
88,23%, eram ativos no ministério, contra 52,62% da Enquete
Frutificar. Dos respondentes ativos no ministério, 40% eram
pastores ou líderes. Também, 94,57% do total evangelizava.
Desse universo foram destacadas as três faixas de idade de conversão
da proposta: 4-10, 11-17, 18-24 anos de idade. Resultaram então
171 figuras, sendo que o grupo de 50 respondentes convertidos com
25 anos de idade ou mais foi considerado para efeito de comparação.
AMME 15
Fundamentação teórica
Em pesquisas dessa natureza, o marco teórico tem sido quase exclusivamente o psicopedagógico. Na falta de pesquisa mais profunda no
funcionamento do cérebro humano, devido à falta de tecnologia suficiente, a psicologia do desenvolvimento, baseada na observação do
comportamento, evoluiu muito mais depressa do que a neurologia.
Psicólogos e pedagogos foram os principais explicadores dos processos de aprendizado e de decisão e Jean Piaget se destaca entre eles.
Durante os anos 90, novos e interessantes resultados obrigaram a revisão de muitas ideias e conceitos estabelecidos anteriormente, ou deram razão científica para observações do comportamento. Deveu-se
isso ao desenvolvimento das tecnologias de escaneamento do cérebro
e significativos investimentos financeiros no acompanhamento, pela
primeira vez, das mesmas crianças durante vários anos.
A insipiente neurologia anterior era baseada principalmente na morfologia. Dava conta, por exemplo, de que as grandes transformações
do cérebro teriam terminado por volta dos 10 anos de idade e creditava todas as transformações da adolescência aos hormônios. Hoje
se sabe que é na puberdade que o cérebro inicia a série de transformações sem precedentes, que fazem o cérebro do adolescente
muito distinto do da criança ou do adulto. Longe de ser uma idade
onde comportamentos e valores estão cristalizados, a adolescência
é uma nova e fértil oportunidade de educação e desenvolvimento.
Então, sem desprezar a sociologia, psicologia e pedagogia pertinentes,
descobrimos na nova neurologia, mais que excelente fundamento
para nossas pesquisas, uma fonte de informação que possibilitou
melhor interpretação dos dados e compôs a proposta SUPER20.
Nesse processo, entre outros, o trabalho de Suzana HerculanoHouzel, neurocientista brasileira, foi de grande importância.
Abram os olhos e vejam os campos!
Eles estão maduros para a colheita.
16 SUPER20
AMME 17
Fatos do argumento
Dizem que contra fatos não há argumentos, mas na pesquisa os
fatos são os argumentos. Aqui estão os nossos.
Ao apresentar os dados e comparar as duas pesquisas, consideraremos a nomenclatura crianças, adolescentes e jovens para facilitar
a referência às respectivas faixas de idade da proposta SUPER20:
4-10, 11-17 e 18-24.
1. Da idade
No total, as conversões de
crianças,
adolescentes
e
jovens representaram 77,10%
do total de respondentes
da Enquete Frutificar e
número bem semelhante
no Experimento (77,37%).
Portanto, a conversão dos
mais jovens representa mais
de três quartos de todas as
conversões.
vador da enquete, as conversões entre os adolescentes foram dois
terços maior do que entre as crianças, e quase um terço maior
do que entre os jovens. Nas duas pesquisas os adolescentes são a
faixa de maior conversão e, no Experimento Conversão, considerando apenas os adolescentes de 11-17, nos três primeiros anos
se converteu 30,95% da faixa, contra 40,81% nos três últimos
anos. Portanto, os adolescentes com mais idade se converteram
mais do que os mais jovens.
2. Do gênero
Os 46,82% respondentes da Enquete foram homens e 53,18%
mulheres. As mulheres se converteram mais do que os homens na
infância, 26,73% contra 22,37% e na adolescência, 44,88% contra
39,37%. Os homens se converteram mais do que as mulheres na
juventude, 38,26% contra 28,38%.
46,82%
38,26%
juventude
Conversões por idade
Na Enquete Frutificar 24,68% dos respondentes declarou haver
se convertido de 4 a 10 anos de idade, 42,28% de 11 a 17 anos e
33,04% entre 18 e 24 anos de idade. Com a última faixa virtualmente empatada com o Experimento (33,91%), houve uma discrepância nas duas primeiras faixas. No Experimento as conversões de
4 a 10 foram um terço menores 16,96% e as de 11 a 17 foram quase
20% maiores 49,12%. Mesmo considerando o número mais conser-
39,37
homens
53,18%
mulheres
28,38%
juventude
44,88%
adolescência
%
adolescência
22,37%
infância
26,73%
infância
Conversões por gênero e idade
No Experimento Janela da Conversão 48,41% dos respondentes
foram mulheres e 51,59% homens. A discreta inversão na proporção
em relação à Enquete é explicada pelo fato de o público do Experimento ser constituído por líderes. As mulheres se converteram
mais do que os homens apenas na infância: 19,51% contra 14,61%.
Na adolescência e na infância os homens se converteram mais:
50,56% contra 47,56% e 34,83% contra 32,93%. Ambas as pesquisas
18 SUPER20
indicam que as mulheres tenderam a se converter um pouco antes
do que os homens.
3. Da atuação ministerial
Dos respondentes à Enquete, os que fizeram seu compromisso com
Cristo ainda criança se envolveram um pouco menos no ministério (50,65%) do que os que fizeram seu compromisso na adolescência (59,48%) e na juventude (61,87%). Nesse aspecto o viés do
Experimento Conversão aparece mais nítido, já que 90,06% dos
respondentes se declararam envolvidos com o ministério, principalmente no pastoreio e liderança, ensino, diaconia e louvor, contra
58% dos respondentes da Enquete Frutificar. De qualquer modo
os números representam o fator preponderante no crescimento das
conversões evangélicas, a igreja participativa.
juventude
adolescência
infância
4. Do agente evangelizador
Os respondentes da Enquete
Agente Evangelizador
Frutificar disseram que seus
parentes foram os evangelistas em 67,30% das vezes
em que a conversão ocorreu
35,40 %
48,11
%
na infância, 48,11% das
vezes em que a conversão 67,30 %
ocorreu na adolescência e
49,28 %
em 35,04% das vezes em
39,46 %
que a conversão ocorreu 23 %
na juventude. É interes- 9,70 %
12,43 %
15,32 %
sante notar que, mesmo
parentes
amigos
outros
diminuindo em influência
conforme a idade das pessoas aumenta e provavelmente se tornam
mais independentes, a família permanece muito significativa. Por
outro lado os amigos, como evangelistas, cresceram em importância de 23% na infância, para 39,46% na adolescência e 49,28% na
juventude. Juntos, parentes e amigos foram responsáveis por 87%
das conversões em média, contra menos de dez por cento de todos
os outros meios ou agentes de evangelização.
AMME 19
No Experimento Janela da Conversão, os parentes representaram
68,96% dos agentes da evangelização de crianças, sendo que os pais
foram os evangelistas em 58,62% dos casos. Para os adolescentes
os parentes foram os evangelistas em 53,57% dos casos, e os amigos
da mesma idade foram os evangelistas em 11,9% dos casos, número
menor nesse caso porque no Experimento especificou-se amigos
da mesma idade, por isso também outros agentes da evangelização
somaram um número bem maior (34,52%), já que inclui amigos de
outras idades. A família diminui em influência para os jovens, representando apenas 20,69% dos agentes da evangelização e os amigos
da mesma idade crescem ainda mais, representando 29,31%, quase
um terço a mais do que a família, não contando com os amigos de
outras idades. Nas duas pesquisas fica patente a importância insuperável da evangelização relacional.
5. Do contexto religioso
No Experimento Conversão
Contexto religioso
a maior parte das conversões de crianças aconteceu
em um contexto evangélico
(55,17%) e somente 44,83%
em
contexto
católico.
Como nessa faixa quase
metade dos que declararam
terem se convertido em um
contexto católico alegou
também terem sido pai/mãe
os agentes da evangelização,
é possível que tenham feito
seu compromisso com Cristo junto com seus pais, o que faria com
que até três quartos das conversões de crianças tivessem acontecido
em um contexto evangélico.
Na adolescência o contexto evangélico aparece em menos da
metade das conversões (47,62%), o contexto católico foi o segundo
(42,86%) e aparecem conversões em outros contextos religiosos
20 SUPER20
com 9,52%. Nessa faixa, as conversões em contexto evangélico
ainda declinaram conforme a idade dos adolescentes aumentou,
favorecendo o aumento das conversões em outros contextos. Diferente do que aconteceu com os que fizeram seu compromisso
na infância, somente menos de um terço dos adolescentes que se
converteu em contexto católico e somente 10% dos que se converteram em contexto de outras religiões declararam que o evangelista
foi pai/mãe, portanto, poucos foram os que podem ter se convertido
junto com seus pais.
Na juventude as conversões no contexto evangélico foram de
apenas 17,24% contra 63,79% das conversões em contexto católico. Também houve um forte acréscimo dos convertidos em outros
contextos religiosos (18,97%). Quando as faixas do SUPER20 são
comparadas com as conversões de adultos, a tendência fica ainda
mais clara: Acima de 25 anos de idade, as conversões em contexto
evangélico representam apenas 12% do total. É nítido que as crianças
nascidas em um contexto evangélico se convertem principalmente
na infância, e aquelas nascidas em outros contextos religiosos se
convertem principalmente na adolescência e juventude.
6. Do ouvir e decidir
Além do compromisso com Cristo, o Experimento Conversão
perguntou sobre a idade em que os respondentes ouviram o Evangelho, para identificar o tempo de resposta. Na faixa de 11 a 17 anos,
45,24% dos respondentes ouviram o Evangelho na faixa anterior,
quando criança; deles, a maioria (68,42%) era de família evangélica
e outros 13% declararam que o agente da evangelização foram pai/
mãe, podendo ter se convertido junto com eles. Na faixa dos que
fizerem seu compromisso com Cristo entre 18 e 24 anos, 13,8% dos
respondentes ouviu o Evangelho quando criança, número semelhante ouviu quando adolescente (12,06%).
Portanto, três entre cada quatro jovens, mas somente metade dos
adolescentes, se converteram na mesma faixa de idade em que
ouviram o evangelho. Nisso influiu um grande número de nascidos
AMME 21
em lar evangélico que ouviram o evangelho quando criança mas só
fizeram sua decisão na adolescência, possível reflexo da demora de
algumas famílias e igrejas em estimular o compromisso objetivo da
criança.
Idade de conversão / evangelização
04 | 10
11 | 17
100%
18 | 24
74%
53%
14%
12%
Ouviu a mensagem do evangelho entre
4 e 10 anos
11 e 17 anos
47%
11%
25 |+
58%
18 e 24 anos
20%
11%
após os 25 anos
7. Do local da evangelização
Os respondentes que se converteram dentro das três faixas de idade
declararam que sua própria casa foi o principal lugar onde ouviram
o Evangelho (42,10%), em segundo lugar veio a igreja (23,98%) e
em terceiro “outro lugar” (17,54%) – um convite à criatividade na
evangelização de crianças, adolescentes e jovens. Todos os outros
locais de evangelização somaram apenas (16,38%).
Os respondentes que foram evangelizados quando crianças ouviram
o Evangelho quase que exclusivamente em sua casa ou, na mesma
proporção, em uma igreja, o que reflete o grande número dos que
viviam em famílias evangélicas. Já para os que ouviram o Evangelho
na adolescência, sua casa (52,38%) foi o local mais de duas vezes que
a igreja (22,62%). A igreja foi ainda menos importante como local
para a evangelização de jovens (18,96%) que, mais do que os outros,
foram evangelizados em “outro lugar” (32,76%).
Assim, a igreja, local onde os cristãos concentram mais esforços para
22 SUPER20
trazer e evangelizar as pessoas, caiu de cerca de 40% em importância
na infância, para 22,62% na adolescência e 18,96% na juventude. Já
a grande importância da casa do respondente parece indicar novamente a importância da evangelização relacional superando a evangelização institucional. A escola, local onde a maioria das crianças,
adolescentes e jovens passa a maior parte de seu tempo revelouse uma opção pobre como local de evangelização: não pontuou na
infância, obteve menos de 4% de relevância na adolescência e menos
de 7% na juventude – isso parece refletir a falta de maturidade dos
programas de evangelização na escola.
casa 42
10%
Afastamento do Evangelho
juventude
37,93%
30,95%
infância
adolescência
9. Evangelização de crianças
escola,parque,
clube, faculdade outros lugares
23 17 16
98%
13,08%
O retorno aconteceu assim: 13,33% na adolescência, 35,55% na
juventude, 46,67% acima de 25 anos de idade. Esse tema não foi
suficientemente pesquisado e deve merecer atenção mais específica
nas próximas pesquisas.
Local de evangelização
igreja
pode indicar um menor
grau de realidade na
decisão de quem foi “criado
na igreja”. Não foram
considerados aqui aqueles
afastamentos de filhos de
famílias evangélicas que
aconteceram antes de um
compromisso com Cristo.
AMME 23
54%
38%
8. Do afastamento e retorno
Das pessoas que fizeram seu compromisso com Cristo na infância,
37,93% se afastou da fé, sendo que a maioria (63,6%) eram filhos
de evangélicos e quase metade se afastou na adolescência. Daqueles
que fizeram seu compromisso na adolescência 30,95% se afastou,
sendo que mais da metade (53,84%) eram filhos de evangélicos e
metade se afastou ainda na adolescência. Dos que se converteram na
juventude apenas 13,8% declarou haver se afastado e apenas cerca
de 10% era filho de evangélicos.
Portanto, a quantidade de afastamentos decaiu conforme a decisão foi
tomada mais tarde. Isso pode refletir uma falta de acompanhamento
dessas decisões temporãs. Onde havia muitos filhos de evangélicos,
eles representaram uma proporção muito maior dos afastados do
que entre os nascidos em lares de outras confissões religiosas. Isso
%
94
evangelizam
27%
não evangelizam
crianças
Evangelização de Crianças
Quase todos os respondentes (94,57%) do Experimento Conversão
declararam que evangelizavam. Isso é muito mais do que ocorre
na igreja em geral, mas perfeitamente aceitável no viés de 88,23%
de respondentes ativos no ministério. O que precisa ser considerado aqui é que 27,7%, ou seja, mais que um quarto daqueles que
declararam evangelizar, disseram que não evangelizavam crianças.
Considerando o grande potencial de conversão das crianças, e o
fato de a maioria haver feito seu compromisso com Cristo ainda
bem jovem, isso denota um problema.
24 SUPER20
AMME 25
Outro pensar
É preciso habituar-se a isso: quanto mais
perguntamos, mais perguntas temos. Se
aprendemos, sabemos que precisamos saber. Nossa pesquisa suscita as seguintes
questões, para as quais buscamos respostas.
Porque a janela
brasileira fica no segundo andar?
Vários fatores parecem determinar que, no
Brasil comparado aos Estados Unidos, os
adolescentes e não as crianças sejam o principal grupo de conversão. O fator religioso é preponderante. A criança é usualmente ensinada na fé de seus pais e tem
pouca oportunidade e capacidade para
decidir-se diferentemente. Ora, os evangélicos representam menos de um quarto da
população, por isso é natural que a maior
parte das pessoas que se converte na infância seja nascida em lares evangélicos e que o
número total das crianças que se convertem
seja menor que o de adolescentes e jovens.
Agrava esse modelo a condição de proteção
da criança, causada pela violência e outras
ameaças nos grandes centros urbanos, que
diminuem o acesso da Igreja. Falando recentemente com líderes estadosunidenses
em uma conferência, ouvi que, com a des-
cristianização daquele país, os números achados anteriormente por
Myers, Brewster e Barna começam a mostrar claros sinais de mudança, tendendo para a nossa realidade. Também ouvi de uma missionária nas Filipinas, país de colonização católica, que os números
ali podem ser muito mais semelhantes aos nossos.
Porque os adolescentes se convertem mais?
Identidade – Os adolescentes estão em busca de uma identidade
adulta e, nesse processo, rejeitam aquilo que pode associá-los à infância, inclusive a influência da família e a religião dos pais. A fé
evangélica pode oferecer uma forte identidade a adolescentes originários de famílias de outras religiões. Insatisfação – Com um
sistema de recompensa empobrecido, o adolescente sai em busca
de experiências radicais que tenham o poder de produzir novas e
mais intensas sensações prazerosas. Novos relacionamentos e mesmo uma experiência religiosa mais intensa podem ser maneiras de
suprir essa carência. Argumentação – Com o aumento da massa
branca a velocidade do raciocínio do adolescente aumenta extremamente em relação à infância e ele se torna mais questionador e mais
argumentativo. O cristianismo evangélico tanto pode satisfazer melhor sua necessidade de uma fé mais racional como a defesa de uma
nova fé religiosa oferece a oportunidade de exercitar a argumentação. Relacionamentos – Na medida em que se torna mais hábil
nos relacionamentos o adolescente busca novas amizades e se torna mais sensível à evangelização relacional de outros adolescentes
preparados para evangelizar. Inovação – a adolescência é dominada
pela sede por coisas novas e a mudança de fé provê toda uma gama
de novidades. Todos esses fatores facilitam a conversão dos adolescentes e superam inclusive a inabilidade e despreparo da igreja para
alcançá-los e mantê-los.
Porque as mulheres se convertem primeiro?
Alcançando a puberdade antes dos meninos as meninas também entram antes no processo de transformação neurológica que amplia
as possibilidades de conversão entre os adolescentes. Vários fatores
sócioculturais também cobram maior responsabilidade das meninas
26 SUPER20
por sua vida e futuro, como a perspectiva antecipada de casamento,
por exemplo, já que as mulheres, tradicionalmente, casam-se mais
jovens. Um outro fator pode ser a identificação da fé com o universo feminino, e a carnalidade como uma prerrogativa masculina,
o que inicialmente previne a conversão dos meninos.
Porque a família diminui em
importância na evangelização?
A família, principalmente pela dificuldade dos pais para se ajustarem à demanda dos filhos por independência,
passa a representar um indesejável vínculo com a infância. Em seu processo de amadurecimento o adolescente rejeitará e se afastará
cada vez mais dos costumes e exigências da família, em busca de seu
próprio caminho. Nesse
processo os amigos da mesma
idade terão maior influência, já que
se tornam a referência preferencial no
processo de inclusão social.
Porque os filhos dos
crentes se afastam tanto?
A fé na infância é sobretudo afetiva. As
crianças creem no que seus pais creem,
e isso é determinado pela qualidade do
relacionamento, pelos vínculos de confiança e modelo da aprendizagem. Na
medida em que vivenciam as transformações da adolescência e o cérebro se
torna mais capaz, as coisas que eram
simplesmente aceitas passam a ser alvo
de contestação e escrutínio. Isso é bom,
AMME 27
mas família e igreja não estão preparadas para verem seus adolescentes contestarem a fé que tinham tão candidamente na infância. A
contestação é reprimida como algo indesejável e deixada sem as necessárias respostas. Pressionado pelos colegas, pelo mundo, por novas oportunidades, novas possibilidades e novos desejos carnais que
acompanham o crescimento, o adolescente cristão, sem elementos
para permanecer na fé, se desvia.
Porque a evangelização de crianças ainda é secundária?
O modo como a criança é vista na sociedade parece ser determinante em sua consideração como alvo de missões. Na medida em que
a criança não é vista como uma pessoa de pleno direito, também é
ignorada nos planos da Igreja. Jesus mandou pregar o Evangelho
a toda criatura, mas a criança não parece ser “criatura” suficiente
para receber o Evangelho. A criança como objeto de propriedade
dos adultos, como um ser informe, como uma possibilidade futura,
sofre dos novos discípulos a mesma antiga repreensão. Longe de
serem incentivadas a se aproximarem do Mestre, são afastadas dele.
Desse modo, muitos dos ministérios infantis, longe de serem ambiente mais apropriado para o desenvolvimento da fé infantil, são
retiros da fé e do culto.
Ide por todo
o mundo e pregai
o evangelho a toda
criatura: crianças,
adolescentes
ou jovens.
28 SUPER20
Está escrito!
“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará
dele.” Pv 22:6.
Esse é, possivelmente, o texto mais representativo da teologia evangélica da criança. O texto moldou nossa forma de ver a criança e
a oportunidade de influenciar sua vida espiritual. Sempre que
queremos enfatizar a importância de ensinar às crianças, este texto
nos ocorre. É de fato um texto de grande importância para o ensino,
mas o espectro que ele alcança é mais amplo do que pensamos
inicialmente, quando lemos nossas traduções e versões disponíveis.
É preciso olhar com muito mais atenção para o que está escrito, ou
nos arriscamos a um ministério insuficiente.
A sabedoria de saber
Este texto é um dos provérbios atribuidos ao rei Salomão, considerado um dos homens mais sábios de todos os tempos. A primeira
coisa que nos atrai quando examinamos este texto é o resultado que
podemos obter: “ainda quando for velho, não se desviará dele”. É
um resultado que certamente queremos, mas para obtê-lo devemos
compreender bem o que o texto está nos dizendo, as condições que
ele estabelece. Há aqui quatro palavras para examinarmos com mais
cuidado:
Ensina - O termo (chanak) da língua original traduzido por “ensina”,
significa “dedicar”. O modo como este texto prevê o ensino é
“dedicando-as”, tornando-as exclusivas do caminho em que devem
andar. Algo que é dedicado não pertence a ninguém mais, não pode
ser contaminado, não se divide. Se queremos que as pessoas que
AMME 29
ensinamos fiquem no caminho certo precisamos eliminar todo o
tipo de distração, contaminação ou influência. Elas precisam estar
dedicadas. Portanto, ensinar não é apenas falar, não é esbravejar,
não é negociar, mas dedicar, agir de modo que se esteja integralmente dentro do caminho em que devem andar. O próprio termo
que usamos em português tem um significado assim bem abrangente. Ensinar significa colocar um sinal, uma marca (ensinar =
en+signar). A pedagogia moderna, insegura e cheia de culpa, onde
quem ensina se coloca à margem,
como facilitador apenas, não tem
vontade e nem força para cumprir
as condições dessa promessa.
Criança - O termo (na’ar) traduzido como “criança” era igualmente aplicado para adolescentes
e para os servos. Presente em 238
vezes nas Escrituras, é traduzido
76 vezes como homem jovem, 54
vezes como servo, 44 vezes como
criança, 33 vezes como rapaz, 15
vezes como jovem, 7 vezes como
crianças, 6 vezes como juventude,
1 vez como bebê, 1 vez como
meninos, 1 vez como juvenil.
Portanto, a ideia do adolescente
ou jovem tem o dobro de possibilidades na tradução desse texto do
que a ideia de criança. Várias traduções concordam com isso, inclusive a Vulgata Latina que traduz
assim: “proverbium est adulescens iuxta viam suam etiam cum
senuerit non recedet ab ea”. Note
o termo adulescen substantivo
do latin que significa homem ou
30 SUPER20
mulher jovem, juventude. A raiz da palavra é “chacoalhar” como
se faz quando se quer saber o que há dentro. A ideia parece ser a
de uma pessoa dependente, um dependente como costumamos
dizer no Brasil, que ainda não tem o suficiente para conquistar
sua autonomia. As crianças são assim e também os adolescentes
ou os servos.
Caminho - O caminho ao qual a criança deve ser dedicada pelo
adulto é um modo de vida, um jeito de viver. Se supõe que o adulto
saiba que modo de vida é esse ou não poderá ajudar a criança ou
adolescente a se dedicar a ele. Quando o “caminho” é o próprio
modo de vida do adulto, a criança o adolescente ou jovem começam
a cometer os mesmos erros que veem o adulto cometer. Próximo da
adolescência a criança deixa os pais como modelo (na medida em que
se desmistificam como super heróis) e busca seu próprio caminho,
seguindo outros adultos, artistas, esportistas, figuras públicas como
modelo ou “caminho”. Os modelos tem grande poder no ensino,
mas grande parte das figuras públicas não tem o tipo de
vida a que queremos ver dedicados aqueles que
dependem de nós. É preciso um modelo infalível para inspirar uma verdadeira dedicação.
“Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho,
a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai
senão por mim.” João 14:6. Jesus se apresentou como “o caminho”, o modelo a ser
seguido.
Deve andar - Essa expressão é a tradução
de uma única palavra (peh) na língua
original. Essa palavra significa boca e,
por extensão, palavra ou mandamento.
Portanto aquele caminho em que a
criança, o adolescente, o jovem
devem andar é aquele que foi
falado, mandado por Deus.
As pessoas que dependem
AMME 31
de nós não existem para satisfazer nossas vontades e caprichos. - Faça
assim porque eu quero; porque eu estou mandando; porque eu sou
mais forte; porque eu sou mais capaz - agir dessa maneira produz
uma situação de injustiça que Deus repudia. O adulto é tão humano
e tão falho diante de Deus quanto a criança - “todos pecaram” Rm
3:23. A autoridade do adulto para dedicar quem depende dele ao
modelo de vida, vem de Deus. É Deus quem dá autoridade ao pai,
ao mestre, e essa autoridade brota do que foi mandado por Deus, a
Bíblia é a fonte. O modelo para a criança, o adolescente e o jovem
é o que foi mandado. Jesus mesmo seguiu o que Deus mandou.
Ele disse: “Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma; como
ouço, assim julgo, e o meu juízo é justo, porque não busco a minha
vontade, mas a vontade do Pai, que me enviou.” João 5:30. O adulto
que não sabe o que Deus mandou, fica sem autoridade.
A sabedoria de fazer
Porque as traduções tão comumente aplicam esse texto à criança,
eliminando um período tão próspero e frutífero de ensino, e diminuindo as chances de que a promessa incluída no texto se confirme
para benefício de quem aprende e de quem ensina? Tenho duas
hipóteses, uma literária e outra cultural.
Um dos recursos literários do livro de Provérbios é lidar com
extremos. Assim, pode ter parecido muito razoável aos tradutores
opor infância e velhice e, dessa forma, limitaram artificialmente o
período em que o ensino deve ser dado. A falta de uma palavra que
traduza a amplitude do termo hebraico também não ajudou. Semelhantemente os tradutores podem ter sido influenciados pela crença
comum de que a educação só produz efeito na infância, ideia corroborada pela aparente arrogância e obstinação do adolescente. O fato
é que usamos uma tradução pobre do termo, o que contribui para a
formação de uma ideia incompleta.
O texto que lemos inicialmente seria melhor interpretado assim:
“Dedique a pessoa que depende de você a seguir o modelo mandado
por Deus e até o fim da vida ela continuará assim.”. Essa versão deve
32 SUPER20
AMME 33
nos lembrar que: 1) Ensinar é levar à dedicação; 2) Somos responsáveis pelo futuro de quem depende de nós; 3) Não somos o melhor
modelo para seguir - Jesus é o caminho; 4) A autoridade que exercemos vem do que Deus mandou.
Coloque Jesus no centro - Jesus deve ser seu modelo de vida, você
deve estar seguindo e imitando Jesus em tudo o que faz para atrair
os mais jovens a viverem da mesma forma. Através de sua própria
vida, torne Jesus tangível para seus cérebros ávidos por sensações.
Ensinar adolescentes e jovens, não somente é tão eficiente do
que ensinar crianças, como também é a única maneira de assegurar que o ensino da infância produzirá os frutos que desejamos. Contudo, não é possível ensinar o adolescente da mesma
maneira que ensinamos a criança. Há profundas diferenças que
devemos atender para obtermos resultado. Adolescentes, por
exemplo, pensam mais rápido do que as crianças, ouvem, veem
com mais facilidade, e são dominados por um útil impulso de
independência. Sua aparente arrogância e obstinação são um
aviso de que é preciso apresentar-lhes o ensino de uma maneira
mais racional e mais participativa.
Ensine a Palavra de Deus - Não há outra fonte de autoridade válida
para ensinar alguém. Conheça a Palavra e transmita-a. Deixe que
Deus fale através de você. Leve o jovem a ouvir Deus falando.
A sabedoria de ensinar
Aqui estão algumas coisas práticas para você fazer. Olhe à volta para
tantas crianças, adolescentes e jovens. Jesus mandou pregar o Evangelho a toda criatura, ele estava pensando nessas pessoas também.
Como discípulo de Jesus você é responsável por fazer discípulos
entre as crianças, os adolescentes e os jovens e ensinar-lhes todas as
coisas que Jesus nos ordenou. Para fazer isso de modo efetivo, para
que eles permaneçam:
Assuma a responsabilidade - Ensinar é a Grande Comissão, é
a função fundamental de todo cristão bíblico. Exorte, console,
conforte eliminando as opções, até que as pessoas que dependem
de você estejam completamente dedicadas, e percebam que há
somente um caminho.
Desenvolva relacionamentos - Não é possível ensinar se não se
desenvolve um relacionamento responsável. Assuma sua posição
como adulto, não se deixe enganar pela ilusão de que é preciso ser
irresponsável para ter acesso aos mais jovens.
Uma sociedade orgulhosa e soberba é humilhada todos os dias no
insucesso da educação formal. Não é no ter, nem no ser, nem no
estar, nem no fazer que reside a transformação. É no crer! Quando
cremos o pouco se torna muito; quando cremos nos tornamos
confiantes; quando cremos produzimos mais; quando cremos
mudamos o ambiente em que estamos. É crendo que mudamos
a nós mesmos e mudamos o mundo. Ensinar a crer é a vocação
suprema da Igreja e a chave da transformação do mundo.
Não é possível
ensinar se não se desenvolve
um relacionamento
responsável.
34 SUPER20
Todos todos
“E disse-lhes: Vão pelo mundo todo e
preguem o evangelho a todas as pessoas.”
Mc 16:15
O conceito de Evangelização Total tem fundamentado as ações da
AMME Evangelizar e também foi um dos princípios que impulsionou a proposta SUPER20. A ideia, baseada no texto da Grande
Comissão conforme Marcos, sublinha os quatro “todos” implícitos
ou explícitos na ordem de Jesus: Todo crente; Todo mundo; Todo
Evangelho e Toda criatura.
Estamos convictos de que “todo crente” deve anunciar o Evangelho,
e isso inclui as crianças, os adolescentes e os jovens. Se eles creem,
devem ir! Os crentes devem ir por “todo mundo”, e mundo aqui
significa muito mais as diferentes culturas e segmentos sociais, o
que inclui o peculiar mundo das crianças e as tantas tribos e movimentos de adolescentes e jovens. Em todo mundo, “todo o Evangelho” deve ser anunciado, isso quer dizer que o Reino dos céus
deve ser estabelecido para a transformação das pessoas. Também,
toda criatura deve ouvir, isso significa que crianças, adolescentes e
jovens também precisam do Evangelho do Reino. As pesquisas que
resultaram na proposta SUPER20 fortaleceram essa ideia.
Tanto os números obtidos na Enquete e no Experimento, como
a fundamentação teórica na neurologia moderna determinaram
a contemplação de três faixas de idade, que foram denominadas
como: Crianças, compreendendo pessoas de 4 a 10 anos; Adolescentes, compreendendo pessoas de 11 a 17 anos – portanto uma
adolescência neurológica; Jovens, compreendendo pessoas de 18 a 24 anos de idade.
Em cada uma dessas faixas de idade, há uma
ênfase nuclear do relacionamento com a fé
e com Deus: Acesso para as crianças, vivência para os adolescentes e resultado para os
jovens. As cinco dimensões da pessoa gravitam em torno da ênfase nuclear: Razão,
Emoção, Memória, Consciência e Imaginação. A Igreja deve aprender a interferir
produtivamente nesse conjunto, evangelizando as pessoas quando elas estão
mais sensíveis ao Evangelho.
ACESSO para as crianças
(4 a 10 anos)
A principal característica da criança
é sua secundarização. Mal representadas
pelos adultos, elas ainda são impedidas de
se aproximarem de Cristo e desfrutarem
plenamente da libertação que existe nele.
A maior responsabilidade e grande desafio
da Igreja é garantir o acesso das crianças a
Cristo, dentro do contexto de sua família.
Razão: Mais do que em qualquer outra fase
da vida o aprendizado depende de modelos
a serem imitados. O acesso a Cristo depende do provimento de modelos dignos, da
interferência ativa da Igreja na relação entre
adultos e crianças.
Emoção: Afetividade é a principal via de
acesso da fé infantil. As convicções da
criança dependem de um ambiente pleno
AMME 35
36 SUPER20
AMME 37
de amor e segurança. A Igreja precisa transpor
o templo e garantir esse ambiente no lar.
dos eventos que o afetam. A Igreja deve garantir que a fé se torne uma
experiência racional para ele.
Memória: A memória operacional (de curto
prazo) que vai de nula a muito pequena é um
gargalo no aprendizado. A Igreja deve desenvolver suficiente didática para garantir o acesso de Cristo à memória de longo prazo.
Emoção: Sem a inibição das funções elevadas de previsão e planejamento, o adolescente vive para o prazer sensorial. A Igreja precisa
estar pronta a facilitar a experiência positiva da fé na música, cor,
forma, som, ritmo e movimento.
Consciência: A criança precisa ser protegida
dos efeitos do relativismo, da amoralidade e
da imoralidade que obstruem o acesso a Cristo. A igreja deve estabelecer uma luta sem tréguas contra o mundanismo no ambiente da
criança.
Imaginação: A imaginação da criança torna
ambiente único o real e o fantástico. A Igreja
deve administrar essa ponte de modo produtivo, cuidando que a fantasia não se torne uma
porta de entrada para o mundanismo.
VIVÊNCIA para os adolescentes
(11 a 17 anos)
Mal compreendidos em sua condição particular, diferente da criança e do adulto, falta ao
adolescente a chance de uma situação onde
expectativas e oportunidades estejam plenamente ajustadas a sua capacidade. A
Igreja precisa aceitar o desafio de traduzir a fé de modo que o adolescente
possa vivenciá-la integralmente.
Razão: Com a rápida ampliação da
velocidade do pensamento, o adolescente passa a exigir explicação lógica
Memória: A memória de curto prazo em desenvolvimento precisa ser suprida continuamente pela Igreja que deve ajudar também
na construção e administração da memória de longo prazo, vital na
composição da identidade.
Consciência: O adolescente vive um inevitável confronto com
a imoralidade. Mesmo assim sua experiência cristã pode ser
positiva, se a Igreja municiá-lo dos recursos racionais e morais
para o debate.
Imaginação: A inventividade dos adolescentes e sua propensão
para a inovação são potencial destacado para sua liderança e contribuição social. A Igreja deve facilitar sua experiência cristã absorvendo esse potencial.
RESULTADO para os jovens (18 a 24 anos)
Raramente bem preparados para os desafios da vida moderna, os
jovens enfrentam com dúvidas, receio, muita dificuldade e pouca
ajuda o fluxo crescente das responsabilidades da vida adulta. A Igreja deve estar disposta a acompanhar a integração social do jovem,
ajudando-o a viver uma fé cheia de resultados.
Razão: A crescente capacidade de previsão e planejamento do jovem
confere com a demanda por decisões que começam a afetar também
a vida de outras pessoas. Para que sejam frutíferos dependem de
apoio nesses processos.
Emoção: A necessidade de companhia traz o tema do namoro e
38 SUPER20
AMME 39
Memória: O jovem passa operar com grande quantidade de
informação na universidade e no trabalho. Os princípios cristãos
devem estar dinamicamente associados a toda essa informação
para serem efetivos.
Todos os outros
Nossa pesquisa demonstrou que a partir dos 25 anos de idade a conversão se torna cada vez menos frequente, até que a evangelização
de idosos se torna muito difícil. Tal dificuldade não deve desestimular a Igreja, nem é essa a intenção da proposta. Nosso esforço é
para impulsionar a igreja a adiantar-se para apresentar o Evangelho
às pessoas quando elas são mais sensíveis ao Evangelho, e incluí-las
como agentes da evangelização quando são mais dispostas e ousadas.
Consciência: Atuando em um mundo de valores dúbios, cheio de
imoralidade, a vida cristã não escapa do testemunho apologético. A
Igreja deve ajudar o jovem a afirmar princípios e valores bíblicos de
modo produtivo.
Para aqueles que não alcançou antes, a Igreja deve sim desenvolver
estratégias adequadas e se esforçar em levá-los a Cristo. É uma responsabilidade inalienável. Mas é sábio adiantar-se e alcançar crianças, adolescentes e jovens.
do casamento para a ordem do dia. A Igreja deve ajudar o jovem a
construir o relacionamento heterossexual como o alicerce para um
casamento equilibrado.
Imaginação: No protagonismo social o jovem deve mostrar capacidade de desenvolver soluções que afetarão a vida de outras
pessoas e por isso devem ser conscientes e intencionalmente marcadas pela fé.
A dimensão social
Em um momento em que o crescimento populacional, a velocidade
da informação, os problemas e ameaças da urbanização, produzem
a sensação e a responsabilidade de uma vida coletiva, um exercício
tão focado na pessoa pode parecer carente da dimensão social. Contudo, a pressão por uma evangelização das estruturas sociais e da
cultura é apócrifa. A evangelização se destina às pessoas.
A proposta SUPER20 parte do princípio bíblico de que a dimensão
social é consequente. O ser humano verdadeiramente evangelizado
amará o próximo como a si mesmo. Crianças, adolescentes e jovens comprometidos com as Escrituras, serão verdadeiros agentes
de transformação: desejosos, capazes e hábeis. Sua principal ferramenta e recurso de transformação será a própria Evangelização: “O
que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo:
a nossa fé. Quem é que vence o mundo? Somente aquele que crê que Jesus é o
Filho de Deus.” 1Jo 5:4,5.
Crianças,
adolescentes
e jovens comprometidos
com as Escrituras serão
verdadeiros agentes de
transformação
40 SUPER20
AMME 41
Agora e depois
Bibliografia
Menos de um ano depois do lançamento da proposta SUPER20
lançamos a primeira revisão, refletindo o aprendizado e o
amadurecimento do tema. Nossa intenção é continuar revisando
a proposta SUPER20 e ampliando o suporte de pesquisa científica
e social. Também planejamos ampliar a discussão do tema com a
Igreja Brasileira e desenvolver ações próprias e em parceria, para
facilitar o trabalho da Igreja no conjunto da ênfase nuclear e das
dimensões da pessoa para cada faixa de idade.
BARNA, George. Research Shows That Spiritual Maturity Process Should Start at a Young Age.
Web site http://www.barna.org/barna-update/article/5-barna-update/130-research-shows-thatspiritual-maturity-process-should-start-at-a-young-age - 2003, disponível em outubro, 2009.
No esforço de ajudar a Igreja a cumprir sua tarefa de evangelizar todo
mundo, especialmente aqueles que estão mais prontos e dispostos
a aceitar o Evangelho e participar da evangelização, faremos e não
somente só:
•
•
•
•
Disponibilização da proposta em formato impresso e digital
Seminários em todo o Brasil para apresentação da proposta
Debates e oficinas para desenvolvimento das diretrizes
Consultoria para desenvolvimento e implementação de
programas
• Produção e distribuição de textos relacionados
• Novas pesquisas científicas e sociais sobre o tema
• Revisão da proposta em 2011.
BEVILAQUA, Lia R. M., CAMMAROTA, Martín e IZQUIERDO, Iván. Ganhos Cerebrais – O
olhar adolescente, N. 3. Editora Mente & Cérebro - São Paulo, Brasil – 2008.
BREWSTER, Dan. The “4/14 window”, child ministries and mission strategies. Arquivo PDF.
Agosto, 2005. This article first appeared as a chapter called “The 4/14 Window: “Child Ministries
and Mission Strategy” in Children in Crisis: A New Commitment edited by Phyllis Kilbourn,
published by MARC, 1996.
BUSH, Luis. Raising Up a New Generation from the 4/14 Window to Transform the World.
Transform World - 4-14 Window Booklet Full Resolution - Ready to Print (PDF) - Disponível
no site http://4to14window.com/ em agosto, 2009.
BUSH, Luis. Abraza al Futuro, Levantando una Nueva Generación de la Ventana 4/14 para
Transformar al Mundo. Associación de Naciónes de America para Cristo – Assunción, Paraguay,
2010.
DUNKER, Christian Ingo Lenz. Espelho, Espelho meu – O olhar adolescente, N. 1. Editora
Mente & Cérebro - São Paulo, Brasil – 2008.
HERCULANO-HOUZEL, Suzana. Novas Equações Cerebrais - O olhar adolescente, N1.
Editora Mente & Cérebro - São Paulo, Brasil - 2008.
HERCULANO-HOUZEL, Suzana. O Cérebro em Transformação. Editora Objetiva Ltda. –
Rio de Janeiro, Brasil – 2005.
MORA, Estela. Puberdade e adolescência, dos nove aos dezesseis anos - Psicopedagogia Infanto
Adolescente. Grupo Cultural - União Europeia, sd.
Bíblia On-line, Sociedade Bíblica do Brasil, 1.999.
O acompanhamento dessas ações poderá ser feito a partir do
web site da AMME Evangelizar em www.evangelizabrasil.com e
questões relativas ao tema podem ser enviadas por e-mail para a
administração em [email protected].
Biblioteca Digital da Bíblia, Sociedade Bíblica do Brasil, 2007.
RELIGIÃO E SOCIEDADE, Grupo de Trabalho. Jovens sem religião - XIV Congresso Brasileiro
de Sociologia, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP. Rio de Janeiro - RJ,
Brasil - 28 a 31 de julho de 2009.
42 SUPER20
Obrigado
SUPER20 é o relatório de pesquisa e proposta de ação
desenvolvida pelo departamento de desenvolvimento e editado pela SALVA VIDAS, departamento
de recursos evangelísticos da AMME Evangelizar.
Embora o relatório SUPER20 na versão 2010-1 seja ainda uma
proposta de discussão e desenvolvimento, só foi possível chegar até
aqui com a ajuda e o apoio de centenas de irmãos interessados na
salvação de vidas.
Nossos mantenedores que fielmente entregam o que Deus confiou
a eles para manter o ministério que é deles e nosso.
Aos respondentes da enquete Frutificar e do Experimento Janela
da conversão, por sua visão e interesse na evangelização inteligente.
A OneHope - nossos parceiros na Evangelização Total, pelo incentivo
e estímulo a fazer mais e melhor pelas crianças, adolescentes e
jovens.
www.salvavidas.biz - 0800 121 911
Aos nossos missionários que não se cansam de pesquisar melhores
meios de ajudar as igrejas.
A pesquisa e a proposta SUPER20 foram desenvolvidos com recursos de ofertas da Igreja
Brasileira. Para contribuir com a continuidade
deste programa deposite sua oferta para AMME
no Banco do Brasil, CC 15.278-1, agência 3279-4.
SUPER20 é uma proposta de atuação estratégica para a igreja
brasileira. Baseado em pesquisas realizadas pela AMME Evangelizar a proposta aponta para o público mais aberto e os objetivos
mais oportunos para a evangelização. É uma leitura essencial para
pastores e líderes de igrejas comprometidas com a Grande Comissão.