Dissertação (versão traduzida)
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Dissertação (versão traduzida)
ORÇAMENTAÇÃO COMO FERRAMENTA DE GESTÃO NA ADMINISTRAÇÃO DA CIDADE DE SAN DIEGO Tese Apresentada ao Corpo Docente da Escola de Administração Pública The University of Southern California Em Atendimento Parcial dos Requisitos para o Grau de Mestre em Administração Pública Por Paulo Neves de Carvalho Janeiro de 1954 1 Esta tese, escrita por PAULO NEVES DE CARVALHO Sob a direção do Comitê Orientador abaixo assinado e aprovada por todos os seus membros, foi apresentada e aceita pelos Docentes da Escola de Administração Pública em atendimento parcial aos requisitos para o grau de MESTRE EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Data: Janeiro de 1954 Comitê Orientador: Presidente (Nota do Tradutor: Seguem três assinaturas ilegíveis) 2 ÍNDICE CAPÍTULO I. PÁG. O PROBLEMA E DEFINIÇÕES DE TERMOS ............................................... 9 O problema ..................................................................................... 9 Descrição do problema .............................................................. 9 Importância do estudo ............................................................... 9 Definições de termos ................................................................. 9 Forma de governo “gerente da cidade” (“City-manager”)* .. 9 Gestão .................................................................................. 10 Integração administrativa .................................................... 10 Orçamento ........................................................................... 10 Orçamento baseado em desempenho ................................. 10 Padrão .................................................................................. 10 Gestão fiscal ......................................................................... 11 Organização dos capítulos ................................................................ 11 Fontes de Materiais ......................................................................... 11 II. RESPONSABILIDADE PELO ORÇAMENTO ................................................ 12 Breve referencia à forma de governo “gerente da cidade”.............. 12 Governo municipal em San Diego .................................................... 13 Formas de governo .................................................................... 13 Governo Prefeito-Conselho Municipal ....................................... 13 A Nova Carta ............................................................................... 13 Análise da Carta ......................................................................... 15 Responsabilidade pelo Orçamento .................................................. 19 Princípios de administração financeira ............................................ 20 Ano fiscal ................................................................................... 20 Estimativa do Gerente ............................................................... 20 Transferência de dotações ........................................................ 20 Destinação de Verbas ................................................................ 20 Resumo ............................................................................................ 21 III. O GABINETE DO ORÇAMENTO ............................................................... 23 O Departamento financeiro ............................................................ 23 Integração Financeira ................................................................ 23 O Diretor do Departamento Financeiro ........................................... 24 O Gabinete do Orçamento ............................................................... 24 Resumo ............................................................................................. 25 IV. ORGANIZAÇÃO PARA A ORÇAMENTAÇÃO ............................................. 26 * Nota do Tradutor: Embora a função de Gerente da Cidade não seja consagrada nos meios jurídicos, ela aparece em alguns experimentos no Brasil. 3 A organização funcional do Gabinete ............................................... 26 Atividades executadas pelo Gabinete ......................................... 26 Formulação do Orçamento ............................................. 26 Administração Orçamentária .......................................... 26 Análise operacional ........................................................ 26 Desenvolvimento de Pessoal .......................................... 26 Contratação de Pessoal ...................................................................... 27 Histórico ...................................................................................... 27 Cargos .......................................................................................... 28 Chefe de Gabinete do Orçamento ................................... 28 Tarefas típicas .................................................... 28 Padrões exigidos para o cargo ............................ 28 Analista do Chefe de Orçamento .................................... 29 Tarefas típicas .................................................... 29 Padrões exigidos para o cargo ............................ 29 Analista Administrativo Sênior ....................................... 29 Tarefas Típicas .................................................... 30 Padrões exigidos para o cargo ........................... 30 Analista Administrativo Adjunto .................................... 30 Tarefas Típicas ................................................... 30 Padrões exigidos para o cargo ........................... 30 Relações Públicas ............................................................. 31 Tarefas Típicas .................................................... 31 Padrões exigidos para o cargo ........................... 31 Estagiário Administrativo ............................................... 31 Tarefas Típicas .................................................... 31 Padrões exigidos para o cargo ........................... 32 Proporções para a Contratação de Pessoal ................................. 32 Resumo ........................................................................................ 32 V. PLANEJANDO O ORÇAMENTO ................................................................... 33 Calendário do Orçamento .................................................................. 33 Formulários e instruções .................................................................... 33 Instruções do Gabinete do Orçamento ........................................ 33 Formulários .................................................................................. 33 Resumo ............................................................................................... 35 VI. ASPECTOS DA FORMULAÇÃO DO ORÇAMENTO ....................................... 42 Estimativa de despesas ...................................................................... 42 Funções governamentais ............................................................. 42 Principais Atividades .................................................................... 44 Subatividades (Operações) ........................................................... 44 Contas de custos .......................................................................... 57 Codificação ...................................................................... 57 4 Instrução sobre o uso de contas ....................................... 57 Determinação das unidades de trabalho ............................................. 57 Registro de despesas ........................................................................... 57 Relatório de despesas .......................................................................... 67 Relatório dos custos operacionais .................................................. 67 Análise de mão de obra .................................................................. 67 Despesas e receitas de equipamentos .......................................... 67 Estimativas baseadas em unidades de trabalho ................................. 74 Atividades recreativas ......................................................................... 74 Pesquisa sobre recreação .............................................................. 75 Centro recreativo comunitário modelo ..........................................76 Instalações ......................................................................... 76 Contratação de pessoal ..................................................... 76 Total média ponderada ..................................................... 76 Fórmula ............................................................................. 76 Exemplo ............................................................................. 77 Classificação de todas as operações de recreação ............................... 77 Classificação de pessoal alocado ........................................................... 77 Zeladoria ............................................................................................... 77 Orçamento de serviços que não envolvem pessoal .............................. 77 Suprimentos de Serviços Gerais ........................................................... 78 Resultados do Estudo ........................................................................... 86 Atividade de Inspeção ................................................................................. 86 Administração de incêndios ......................................................................... 86 Polícia .......................................................................................................... 91 Custo Histórico ............................................................................................. 93 Coordenação e integração das estimativas .................................................. 93 Estimativas de Receitas ............................................................................... 94 Resumo ........................................................................................................ 94 VII. ASPECTOS DA EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO ................................................ 96 Reajustes e controle orçamentário ........................................................ 96 Análise Gerencial ................................................................................... 96 Avaliação dos objetivos operacionais ............................................... 97 Estudos da organização .................................................................... 97 Estudos específicos ........................................................................... 97 Análise de processo e métodos de trabalho ....................... 97 Utilização de Equipamentos ................................................ 97 Planejamento de Layout das instalações ............................. 98 Mensuração do trabalho ...................................................... 98 Relatórios de Desempenho .................................................. 99 Formas de controle ............................................................. 99 Resumo ........................................................................................... 100 VIII.DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL ............................................................... 101 5 Programa de treinamento de estudantes ............................................... 101 Programa geral para estagiários administrativos .................................... 101 Programa de Estágio ................................................................................ 102 Objetivos gerais ................................................................................. 102 Objetivos específicos ......................................................................... 102 Revisão Orçamentária ........................................................... 103 Atividades de gestão administrativa ..................................... 103 Leituras profissionais ............................................................ 103 Visitas de campo ................................................................... 104 Orientação da equipe operacional .................................................... 105 Resumo .............................................................................................. 105 IX. O CONSELHO MUNICIPAL E O ORÇAMENTO ................................................. 106 Resumo ................................................................................................... 107 X. CONCLUSÕES ................................................................................................. 108 Finalidade do estudo .............................................................................. 108 Governo municipal ................................................................................. 108 Integração financeira .............................................................................. 108 Gabinete do Orçamento ......................................................................... 108 Funções do Gabinete .............................................................................. 109 Técnica de Desempenho ......................................................................... 109 Padrões ................................................................................................... 109 Contabilidade de custos .................................................................... 109 Abordagem horas/homem ................................................................ 109 Índices de pessoal ............................................................................. 109 Custo histórico ................................................................................... 110 Apresentação do orçamento ................................................................... 110 Orçamento e gestão ................................................................................ 110 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................. 111 6 LISTA DE FIGURAS FIGURA PÁGINA 1. Organograma Estrutural – Cidade de San Diego ........................................................ 22 2. Organograma Funcional do Departamento Financeiro – Cidade de San Diego ......... 23 3. Quadro Funcional do Gabinete do Orçamento – Cidade de San Diego – Estudo e Design por Orin K. Cope ......................................................................................................... 27 4. Funções Governamentais ........................................................................................... 43 5. Requisições de orçamento para a Divisão de Saneamento – Análise por Função e Atividades ................................................................................................................... 46 6. Cartão de Mão de Obra Diária .................................................................................... 59 7. Cartão de Mão de Obra Quinzenal ............................................................................. 59 8. Cartão de Equipamento .............................................................................................. 60 9. Cartão de Equipamento Quinzenal ............................................................................. 64 10. Cartão de Materiais .................................................................................................... 65 11. Regulamento do Almoxarifado ................................................................................... 66 12. Divisão de Saneamento – Relatório de Custos ........................................................... 68 13. Relatório de Despesas e Receitas de Equipamentos .................................................. 73 14. Tipos e Distribuição de Serviços de Recreação – Estudo e Design por Orin K. Cope .. 79 15. Fatores Básicos que Influenciam as Despesas do Centro Recreativo – Estudo e Design por Orin K. Cope ......................................................................................................... 80 16. Quadro de Distribuição de Pessoal para o Centro Recreativo – Estudo e Design por Orin K. Cope ....................................................................................................................... 81 17. Horas de Operação para Centros Recreativos Comunitários Plenamente Desenvolvidos – Estudo e Design por Orin K. Cope ........................................................................... 82 18. Avaliação do Trabalho do Zelador - Estudo e Design por Orin K. Cope ...................... 84 19. Subsídio para Despesas Não-pessoais - Estudo e Design por Orin K. Cope ................ 85 20. Atividade de Inspeção – Requisições de orçamento .................................................. 87 21. Fontes de Receita ....................................................................................................... 95 7 LISTA DE TABELAS I. II. III. IV. V. VI. Calendário Orçamentário na Cidade de San Diego ..................................................... 36 Cronograma para a Análise das Requisições Orçamentárias Departamentais ........... 39 Classificação de Despesas ........................................................................................... 49 Explicação dos Encargos nas Contas de Custos ........................................................... 61 Unidades de Trabalho na Manutenção do Serviço Central ......................................... 63 Classificação de Cargos na Área de Recreação ............................................................ 83 8 CAPÍTULO I O PROBLEMA E DEFINIÇÕES DE TERMOS O processo de gestão nas áreas governamentais, especialmente em nível local, tem sido objeto de intensivos e acurados estudos nas últimas décadas. O objetivo tem sido estabelecer e aperfeiçoar os métodos para a execução das rotinas administrativas do governo. É preciso alcançar as metas e isto exige que as pessoas e as funções sejam direcionadas, relacionadas e coordenadas a fim de que as iniciativas coletivas possam se tornar eficientes e efetivas. I. O PROBLEMA Descrição do problema. A finalidade do presente estudo foi (1) analisar as tendências mais amplas na administração da Cidade de San Diego; (2) apresentar, mais especificamente, a estrutura financeira dessa administração; (3) discutir, até um certo ponto, os aspectos da formulação e execução do orçamento; e (4) basicamente, demonstrar que a abordagem orçamentária tem sido um instrumento efetivo de gestão. Resumindo, o objetivo central é relacionar o orçamento baseado em desempenho com a eficácia da administração na cidade de San Diego. Importância do estudo. Recentemente, especialmente desde os estudos da Comissão para a Organização do Poder Executivo do Governo1, em 1949, tem havido um interesse crescente pelo chamado “orçamento baseado em desempenho”. Os méritos devem-se à abordagem, que, embora não seja nova, ainda não havia recebido o reconhecimento que hoje vem obtendo. A Cidade de San Diego, amplamente reconhecida pela eficácia de sua administração, tem dado ênfase à abordagem ao desempenho na formação e execução de seu orçamento. Foram adotados métodos e práticas que, além de aperfeiçoar os procedimentos orçamentários, têm sido considerados instrumentos eficazes no tratamento das questões municipais. Dentro dos limites permitidos por um estudo desta natureza, é nossa intenção analisar as práticas orçamentárias de San Diego, demonstrando o impacto dessas práticas sobre a administração geral da cidade. Obviamente, o tema é importante. O estudo procura descrever uma experiência de grande importância e aponta para algumas lições a partir da perspectiva da gestão. II. DEFINIÇÕES DE TERMOS Forma de governo “gerente da cidade”. De um ponto de vista teórico, a forma de governo “gerente da cidade” é um modelo de governo municipal onde toda a 1 Comissão para a Organização do Poder Executivo do Governo, Orçamento e Contabilidade, Relatório ao Congresso (Washington, D.C.: US Government Printing Office, fevereiro de 1949). 9 autoridade administrativa é conferida ao gerente, que é nomeado pelo Conselho Municipal e que presta contas por tudo em todos os momentos. A tarefa básica desse gerente é cuidar dos problemas da cidade conforme as políticas estabelecidas pelo Conselho Municipal. Nessa forma de governo, o Prefeito atua como chefe político e cerimonial da cidade. Gestão. O conceito de gestão implica em uma determinada estrutura institucional de funções e responsabilidade, ou seja, uma “estruturação de indivíduos e funções em relações produtivas”.2 Gestão é “o agente com propósito que vitaliza a organização, direcionando e dando o tom à estrutura formal”.3 Tendo em vista ser essencialmente um processo, a gestão expressa a dinâmica da administração realizada por meio de técnicas específicas, como planejamento, pesquisa, delegação, coordenação e controle. Integração administrativa. Um sistema administrativo integrado é um sistema administrativo onde a autoridade é investida por lei sobre o Chefe do Executivo. Um sistema em que a autoridade é conferida a diversos escritórios e comissões independentes pode ser descrito como um sistema desintegrado.4 Orçamento. Orçamento tem sido definido tradicionalmente como um plano abrangente com “uma estimativa dos gastos propostos durante um determinado período ou com uma finalidade, e os meios de financiamento propostos”.5 Orçamento baseado em desempenho. De acordo com a conceituação da Comissão para a Organização do Poder Executivo do Governo, orçamento baseado em desempenho refere-se a um orçamento apresentado de forma a enfatizar principalmente os programas ou projetos a serem realizados, ou seja, o trabalho a ser executado ou os serviços que serão prestados, em vez daquilo que será adquirido, como serviços pessoais, materiais, equipamentos, etc. Esses referidos objetos seriam, afinal, apenas um meio para alcançar um fim. O essencial no orçamento é o trabalho ou o serviço que será realizado, e o que aquele trabalho ou serviço irá custar.6 Padrão. Em termos de avaliação de trabalho, padrão é um conceito ligado a um índice ótimo para se atingir um resultado específico, como desempenhar uma operação ou produzir um produto ou simplesmente montar uma equipe para realizar uma determinada atividade. Enfim, um padrão traz consigo a ideia de desempenho máximo. 22 PFIFFNER, John M., Administração Pública , Nova Iorque, The Ronald Press Company, 1953, p.5. Op. Cit. 4 WHITE, Leonard D., Introdução ao Estudo da Administração Pública (Nova Iorque: The MacMillan Company, 1948, p. 35) 5 Comitê Nacional de Contabilidade Municipal, Terminologia de Contabilidade Municipal, Chicago: The National Committee on Municipal Accounting, 1941, p. 6. 6 Comissão para a Organização do Poder Executivo do Governo, op. Cit., p. 8 3 10 Gestão fiscal. Gestão fiscal inclui as operações criadas para disponibilizar recursos para as autoridades e garantir sua utilização eficiente dentro dos padrões legais. A gestão fiscal inclui como suas principais subdivisões a preparação de orçamentos, seguida pelo ato formal da dotação; supervisão executiva dos gastos (execução orçamentária); controle do sistema contábil e de relatórios; gestão do tesouro e coleta de receitas; auditoria7. III. ORGANIZAÇÃO DOS CAPÍTULOS O Capítulo II apresenta a descrição geral da teoria da forma de governo denominada gerente da cidade e serve de introdução para as características básicas de governo e administração na Cidade de San Diego. A principal finalidade deste capítulo é demonstrar os limites da área onde o gerente deve executar sua tarefa administrativa e as limitações estabelecidas pelo Conselho Municipal. O Capítulo III descreve o Departamento Financeiro e explica a posição do Gabinete Orçamentário. Esse cargo é intimamente relacionado ao conceito de gestão na Cidade de San Diego. O Capítulo IV esboça a organização funcional do Gabinete Orçamentário e descreve as especificações para os cargos desse Gabinete. O Capítulo V traz uma descrição do cronograma das operações orçamentárias, com ênfase em alguns aspectos essenciais do planejamento orçamentário. O Capítulo VI trata da parte mais importante deste estudo, ou seja, a formulação do orçamento. São apresentadas as técnicas básicas utilizadas para o cálculo de despesas na Cidade de San Diego, como também uma breve consideração sobre a previsão de receitas. O Capítulo VII estuda as operações realizadas pelo Gabinete Orçamentário, além da imediata formulação e execução do orçamento. Esse capítulo concentrase em análises e métodos profundamente relacionados às estimativas de receitas, que têm reflexos imediatos sobre o processo de gestão. O Capítulo VIII considera uma outra atividade desempenhada pelo Gabinete Orçamentário: o desenvolvimento do staff, por meio de programas de treinamento e procedimentos de doutrinação. O Capítulo IX busca mostrar a importância do orçamento baseado em desempenho no processo de análise orçamentária. O Capítulo X contém um resumo do estudo e algumas conclusões mais abrangentes. IV. FONTES DE MATERIAIS Os materiais usados neste estudo foram coletados a partir de entrevistas pessoais, observações pessoais, questionários, bem como ampla leitura da literatura e de publicações sobre administração pública em geral e de forma mais específica, no que tange à administração das finanças municipais. 7 WHITE, op. cit., p. 247 11 CAPÍTULO II RESPONSABILIDADE PELO ORÇAMENTO I. BREVE REFERÊNCIA À FORMA DE GOVERNO DENOMINADA “GERENTE DA CIDADE” Apesar de quarenta e cinco anos de experiência, ainda não foi possível desenvolver uma teoria geral e definitiva sobre a forma de governo conhecida como “gerente da cidade”. Em cada cidade onde predomina esse sistema, são encontradas tantas peculiaridades que os princípios comuns parecem se reduzir a umas poucas ideias. De qualquer forma, podemos afirmar que o governo das cidades que adotam essa modalidade, em termos mais gerais, é realizado em duas áreas distintas. A primeira é aquela onde a política é, em última instância, expressa e formalizada. A outra é aquela onde tal política é colocada em efeito, executada, realizada. A primeira, essencialmente legislativa, é restrita ao Conselho Municipal. A segunda, administrativa ou executiva, é dirigida por um gerente, de acordo com princípios que, em termos gerais, constituem a própria base da administração. Essas áreas possuem características distintas. Como norma, uma não pode desempenhar as tarefas da outra. Esta divisão de funções é a essência do sistema, que, nesse sentido, é semelhante ao rigoroso sistema de governo dos prefeitos. Na verdade, o gerente é responsabilizado, como chefe da atividade administrativa, pelos assuntos da cidade. Ele deve exercer sua função estritamente dentro dos limites da política definida pelo Conselho. O Conselho é o órgão dominante, uma vez que tem a responsabilidade final e total pelo governo da cidade diante do eleitorado.8 São investidos sobre ela os poderes para o controle efetivo da área administrativa. Entre eles, encontra-se um controle fundamental, que é o poder que o Conselho Municipal possui de escolher e remover o gerente ao seu bel prazer. É verdade que normalmente o gerente é protegido, de alguma forma, contra uma decisão arbitrária do Conselho para a sua demissão. Outra forma de controle é praticada quando o legislativo aprova os compromissos feitos pelo gerente. Às vezes, os poderes e responsabilidades do gerente são definidos na Carta. Em diversas situações, entretanto, eles são definidos pelo próprio Conselho Municipal. A partir de uma perspectiva teórica, o Conselho está envolvido principalmente com a formulação de políticas e a escolha do gerente. Ela tem a liderança sobre as questões de políticas. Na prática, entretanto, existem situações em que ela realiza funções de natureza administrativa, como a indicação de oficiais e a revisão de avaliações. O Prefeito, como membro do Conselho Municipal, participa do processo de determinação de políticas. Ele é o principal porta-voz do Conselho e tem ainda as suas próprias funções. Ele representa a cidade em cerimônias oficiais, recebe os visitantes, 8 SCHULZ, Ernst B., Governo da Cidade Norte-Americana, Nova Iorque e Harrisburg: Stackpole and Heck, Inc., 1949, p. 393. 12 frequenta jantares, faz discursos, representa a cidade nos tribunais, etc. Em algumas situações, o Prefeito também desempenha funções administrativas, como participar de diretorias ou comissões e nomear autoridades. II. GOVERNO MUNICIPAL EM SAN DIEGO Após caracterizar em termos gerais o histórico da forma de governo conhecida como gerente da cidade, o próximo passo será uma breve referência ao governo municipal em San Diego. Essa referência terá como alvo não apenas os elementos históricos, mas buscará também identificar e analisar os aspectos centrais do documento básico da cidade. A finalidade dessa análise é aprender como a realidade administrativa em San Diego coincide com os critérios teóricos estabelecidos como padrão geral desta forma de governo. Essas observações preliminares são importantes para uma compreensão mais clara do tema que escolhemos para esta dissertação. Formas de governo. Em 1850, o ano em que a Califórnia tornou-se um Estado, San Diego foi incorporada. Para os fins deste estudo, basta indicar que, a partir de 1905, a cidade já teve três formas de governo diferentes:9 1. Plano de Comissões, com cinco relatores eleitos entre o público geral (1905- 2. 3. Plano Prefeito-Conselho Municipal (1915-1931) Plano Conselho Municipal-Gerente (1932 até hoje) 1915) Governo Prefeito- Conselho Municipal. Já foi dito por aqueles que estudaram a história de San Diego que o governo da cidade entre 1915 e 1931 não se conformou com qualquer padrão definido ou geral.10 O Prefeito, eleito dentre o público geral, como também acontecia com os membros do Conselho Municipal, presidia sobre o Conselho, sem direito a voto. A Carta conferia a ele o poder de veto e a capacidade de principal autoridade executiva. O governo, entretanto, funcionava sob condições muito próximas à forma de governo de um prefeito. O gerente operacional, o agente de compras, o engenheiro da cidade e o superintendente de vias eram nomeados pelo Conselho. É verdade que a nomeação para essas três funções permanecia sujeita à aprovação do prefeito, porém a oposição do Prefeito poderia ser rejeitada por quatro dos cinco votos do Conselho. O Prefeito nomeava o chefe de polícia, o auditor e os membros das diretorias operacionais, porém a aprovação do Conselho também era necessária a fim de validar essas nomeações. A Nova Carta. Os eventos que precederam a adoção de uma nova Carta em 1932 merecem atenção especial, devido às lições que eles refletem. A participação dos cidadãos de San Diego na iniciativa para a melhoria do governo de sua cidade parece ser a lição mais significativa. Em 1928, um comitê de cidadãos representando os mais diversos interesses foi nomeado pelo prefeito. Esse comitê fez um estudo detalhado da Carta e, após concluir que 99 STONE, Harold A., PRICE, Don K. e STONE, Kathryn, Governo por intermédio de Gerentes Municipais em Nove Cidades. Chicago, Public Administration Service, 1940, p. 141. 10 Ibid., p. 141. 13 suas cláusulas eram obsoletas em vários aspectos, recomendaram que fosse redigida uma nova Carta e submetida ao povo. Três renomados professores, William B. Munro, Samuel May e Arthur G. Peterson, atuaram como consultores desse comitê. Naquela ocasião, o Conselho foi também convencida de que a atual Carta não tendia às novas condições sociais da cidade, nem os melhores princípios da administração. Um conselho de 15 cidadãos idôneos (“freeholders”), escolhido de acordo com a Constituição do Estado, então preparou e propôs uma nova Carta, segundo os princípios da forma de governo de gerente-da-cidade. Seguindo as disposições da nova Carta, a administração atingiu um alto nível de integração. O Conselho Municipal nomeava o gerente da cidade, o secretário, o auditor, o procurador, a comissão de funcionalismo público, o comitê de fundos e três membros da comissão de planejamento da cidade. O gerente da cidade nomeava todos os demais chefes de departamentos, seis membros da comissão de planejamento da cidade, quatro comissões operacionais não remuneradas (comissões de portos, parques, recreação e bibliotecas) e o conselho consultivo de saúde. A Carta foi submetida aos eleitores da cidade, conforme previsto na Constituição, porém foi rejeitada. Grupos de pressão, inclusive alguns setores do funcionalismo da cidade, tiveram um papel decisivo na rejeição da Carta. Em 1929, um segundo conselho de cidadãos idôneos (“freeholders”) foi eleito a fim de redigir uma nova Carta. Naquela ocasião, foram incluídos no conselho três agentes imobiliários, um banqueiro, duas mulheres, um secretário de sindicato e o editor de um jornal. A Carta foi preparada, aprovada pelos eleitores em 1931 e colocada em prática no dia 1 de julho de 1932. Diversos interesses especiais estiveram ativamente presentes durante a discussão dessa Carta, o que resultou necessariamente em comprometimentos. No entanto, pode-se afirmar que foi outorgada importante autoridade ao gerente da cidade em relação às operações da administração da cidade. Nos três anos que se seguiram à adoção da Carta, o padrão geral de administração não se conformou estritamente aos princípios básicos que definem a forma de governo de gerente municipal. Durante esse período, o Conselho ainda não tinha uma concepção clara da ideia central do novo sistema. A Carta tentou definir os limites da área que deveria pertencer ao gerente, como principal administrador da cidade, porém o Conselho simplesmente ignorou essas fronteiras. A Carta possuía um espírito claro, mas esse espírito havia sido esquecido. “O Conselho Municipal havia se tornado um grupo de gerentes da cidade que agiam como colegisladores e rivais, cada um buscando se imiscuir em todos os assuntos”.11 Era comum ao Conselho tratar diretamente com os chefes dos departamentos na área de administração. Antes de tratarmos diretamente da reação da comunidade contra o Conselho Municipal, cabe mencionar um movimento apoiado em 1929 pelos que defendiam a forma de governo de gerente da cidade. Foi organizada uma Liga da Carta, com a finalidade específica de apoiar a forma de governo pela qual a cidade havia lutado. Esses líderes estavam convencidos de que poderiam preservar um bom sistema de governo por meio do real 11 Ibid., p 169. 14 respeito às prerrogativas do gerente. Na verdade, em diversas ocasiões, nos anos que se sucederam, a Liga da Carta desempenhou um papel proeminente na defesa da forma de governo que havia elegido. A reação contra o Conselho ganhou forma definitiva com o Comitê de Convocação dos Cidadãos, organizado a fim de instituir procedimentos convocatórios contra quatro membros do Conselho e o procurador do município. No entanto, antes que esse comitê pudesse atingir suas metas específicas, foi convocada uma nova eleição em 1935. Nessa ocasião, os cidadãos imbuídos de espírito público de San Diego formaram uma organização bastante engajada, a Conferência para Assuntos de Interesse Público, 12 que teve uma influência decisiva sobre os próximos eventos. O objetivo dessa organização era persuadir os cidadãos honestos a se envolverem com a política. A finalidade básica era a renovação do Conselho Municipal. Candidatos e possíveis candidatos eram analisados cuidadosamente de acordo com critérios objetivos, e depois de aprovados pela Conferência por meio de voto secreto, seus nomes eram recomendados aos eleitores. Os critérios utilizados para a seleção de candidatos merecem destaque. (1) Os candidatos devem ser conhecidos por sua honestidade e habilidade; (2) eles devem estar livres de quaisquer alinhamentos com quaisquer interesses especiais ligados à política; (3) devem compreender e simpatizar com as intenções da Carta; (4) não devem estar à procura de um emprego.13 Os candidatos da Conferência para Assuntos de Interesse Público foram eleitos e teve início uma nova era no governo municipal. Hoje, San Diego possui uma das melhores administrações do país. Vários fatores contribuíram para este resultado: um grupo de cidadãos esclarecidos; membros do Conselho imbuídos de espírito público; prefeitos engajados e honestos e funcionários municipais sinceramente devotados à causa de uma administração eficiente e honesta. Análise da Carta. A seguinte análise será uma tentativa de apresentar os traços fundamentais da administração de San Diego, na forma como estão referidos na Carta Municipal. A. O Gerente da Cidade Área específica14 - Os poderes e funções do gerente municipal estão estabelecidos na Carta. Ele é o Chefe do Executivo e autoridade administrativa do município. Limitação geral 15 - O gerente é escolhido e nomeado pelo Conselho Municipal. Ele está sujeito à política determinada pelo Conselho e deve administrar o governo da cidade, conforme disposto na Carta. Qualificações 16 - O gerente é escolhido com base em suas qualificações executivas e administrativas devidamente comprovadas, interpretadas como: 12 Ibid, pág. 172. Ibid., pág. 172 14 Carta da Cidade de San Diego, Califórnia, Adotada na Eleição Geral de 7 de abril de 1931; edição 1951, seção 27. 15 Comissão do Funcionalismo da Cidade de San Diego, Especificações de Classe para a Cidade de San Diego (San Diego: adotada em 2 de julho de 1952), sem numeração de páginas. 13 15 1. Uma combinação de experiência e treinamento equivalente à extensa experiência administrativa em planejamento, coordenação e financiamento de diversas atividades; formação universitária; conhecimento abrangente da teoria e da prática da administração; conhecimento da organização e das práticas municipais. 2. Habilidade de planejar e colocar em prática um orçamento equilibrado. 3. Habilidade de planejar, dirigir e coordenar um programa de trabalho variado em grande escala. 4. Habilidade de manter relações públicas efetivas. 5. Habilidade de fazer e de manter relações de trabalho efetivas com a comunidade maior, o Conselho Municipal e outras autoridades. Termo ou Período – O gerente é escolhido por um período indefinido, porém ele poderá ser demitido de acordo com a discrição do Conselho Municipal. Essa demissão deverá ser aprovada por cinco membros do Conselho. Procedimentos para demissão17 - Antes da demissão do gerente, ele deverá, mediante sua própria solicitação, receber uma declaração por escrito dos motivos alegados para a sua demissão, com audiência pública perante o Conselho antes do voto final sobre sua demissão. Haverá um período mínimo de duas semanas entre a notificação e a audiência. Ação final e conclusiva18- A ação do Conselho Municipal de demitir ou remover o gerente é final. Salário19 - O gerente recebe um salário que é fixado pelo decreto de dotação anual. Esse salário não pode sofrer redução. Funções e Poderes Típicos a. Funções administrativas.20 (1) Coloca em prática e administra as disposições da Carta, leis e decretos que governam o município. (2) Planeja, coordena e dirige o trabalho dos departamentos da cidade. Pode prescrever as regras gerais e regulamentos que julgar necessários ou oportunos para a conduta geral dos departamentos administrativos. (3) Reunião com o Conselho Municipal para a determinação das políticas básicas e para prestar contas do trabalho executado. (4) Recomenda a legislação e as políticas necessárias ao interesse público. Faz recomendações ao Conselho com relação aos assuntos do município que julgar desejáveis. (5) Negocia e aplica as disposições dos franchises de utilidade pública, contratos, arrendamentos e contratos, 16 Comissão do Funcionalismo da Cidade de San Diego, op, cit., sem numeração de páginas. Carta da Cidade de San Diego, op. cit., seção 27. 18 Loc. cit. 19 Loc. cit. 20 Comissão de Funcionalismo Público da Cidade de San Diego, op.cit, sem numeração de páginas. 17 16 b. c. d. e. f. (6) Faz convocações para licitações e concede contratos para materiais, equipamentos e serviços. (7) Propõe um orçamento anual, assegurando o equilíbrio entre receitas e despesas. Como administrador do orçamento municipal, o gerente ficará responsável por planejar as atividades do governo da cidade e por adaptar essas atividades aos recursos disponíveis. (8) Representa a cidade em diversas reuniões e funções públicas. (9) Nomeia e demite chefes de departamentos e oficiais subordinados e funcionários. (10) Coordena as atividades gerais do governo do município junto às agências municipais que não estão sob sua supervisão e junto a outras agências do governo. Direitos no Conselho 21 - O gerente pode assistir a todas as reuniões da Câmera, porém sem direito a voto. Ele tem o direito de participar das discussões sobre as questões relativas ao seu trabalho perante o Conselho, podendo também participar das discussões nas reuniões, quando for solicitado a fazê-lo por algum membro do Conselho Municipal ou de alguma comissão. Autoridade22 - As comissões, os diretores ou chefes dos departamentos administrativos subordinados ao gerente são responsáveis imediatos pela administração eficiente de seus respectivos departamentos. Ele poderá anular qualquer ação realizada por um diretor ou departamento subordinado. Poder de nomeação23 - O gerente é responsável perante o Conselho Municipal pela correta administração de todos os assuntos do município que estiverem sob sua responsabilidade e, para esse fim, estará sujeito aos dispositivos da Carta que dizem respeito ao funcionalismo; ele tem autoridade para nomear todos os líderes e funcionários administrativos do município que estiverem sob seu controle. As nomeações feitas pelo gerente ou sob sua autoridade deverão se basear na capacidade executiva e administrativa, bem como no treinamento e experiência das pessoas nomeadas, conforme o trabalho que deverão desempenhar. Poder de transferência24 – O gerente poderá direcionar qualquer departamento ou divisão a realizar trabalhos para qualquer outro departamento ou divisão. A fim de agilizar o trabalho de qualquer departamento, o gerente tem autoridade para transferir funcionários temporariamente de um departamento, a fim de realizarem trabalhos semelhantes em outro departamento. No entanto, ele estará sujeito aos regulamentos do funcionalismo público. Limitações (1) Nenhuma pessoa diretamente ligada ao gerente municipal por laços de sangue ou matrimônio será elegível para emprego salvo se o parente já ocupasse função na administração municipal quando da nomeação do gerente da cidade.25 21 Carta da Cidade de San Diego, op,. cit., seção 32. Ibid., seção 28. 23 Ibid., seção 29. 24 Ibid., seção 28. 25 Ibid., seção 29. 22 17 (2) As nomeações do Chefe de Polícia, 26 do Chefe do Corpo de Bombeiros,27 e do Tesoureiro estão sujeitas à aprovação do Conselho. (3) O poder de transferir funcionários ou dirigir a execução do trabalho não se aplica à Polícia ou ao Corpo de Bombeiros.28 (4) O gerente não tem autoridade de nomeação acima do Auditor Municipal,29 dos membros da Comissão de Portos30 e dos membros da Comissão de Fundos.31 (5) O gerente nomeia apenas dois dos cinco membros da Comissão de Recreação. g. Poder de demitir32 - O gerente tem poderes para demitir todos os chefes e funcionários no serviço administrativo do município sob seu controle. Isto está sujeito a algumas limitações com o objetivo de evitar decisões arbitrárias. Departamento de Controle.33 A Carta traz referências específicas às nomeações do chefe do orçamento, do agente de compras e do engenheiro municipal, no item intitulado “Departamento de Controle do Gerente”. Cada uma dessas autoridades serve à discrição do gerente. O chefe do orçamento ajuda o gerente na preparação do orçamento anual e em todos assuntos ligados às despesas das dotações dispostas no decreto de dotação anual. O agente de compras prepara as especificações padrão e faz todas as compras de materiais, equipamentos e seguros requisitados pelos diversos departamentos ou escritórios do município. É responsabilidade do engenheiro municipal fornecer a quaisquer departamentos do município os serviços, mão-de-obra e materiais solicitados pelo chefe do departamento. As despesas relativas a esse serviço, mão-de-obra e materiais deverá ser cobrada ao departamento solicitante. B. O Conselho Autoridade Geral.34 A função legislativa do município é atribuída ao Conselho. O Conselho e seus membros devem cuidar dos serviços administrativos somente por intermédio do gerente da cidade e não por meio de seus subordinados. A violação deste dispositivo, bem como qualquer tentativa de coagir o gerente da cidade com relação à nomeação ou demissão de funcionários e à compra de materiais constitui infração pela qual o membro do Conselho Municipal será julgado por qualquer tribunal de jurisdição competente. A sentença imposta inclui a demissão do funcionário. Código Administrativo.35 O Conselho poderá alterar, abolir, combinar ou reorganizar os departamentos, divisões e conselhos do Governo Municipal, de acordo com o código administrativo, porém isto requer um voto afirmativo de cinco dos membros do Conselho. 26 Ibid., seção 57. Ibid., seção 58. 28 Ibid., seção 28. 29 Ibid., seção 39. 30 Ibid., seção 54. 31 Ibid., seção 41. 32 Ibid., seção 55. 33 Ibid., seção 33. 34 Ibid., seção 11. 35 Ibid., seção 28. 27 18 Poder de nomeação – O Conselho (a) nomeia o gerente, o secretário municipal, o auditor e o controlador municipal, bem como três membros da Comissão de Planejamento; (b) aprova os membros da Comissão de Fundos da Comissão de Funcionalismo Público, da Comissão de Portos, o Tesoureiro, o membro escolhido pelo gerente para a Comissão de Recreação, o Chefe de Polícia e o Chefe do Corpo de Bombeiros. C. O Prefeito Autoridade Geral36 - O prefeito, um dos sete membros do Conselho Municipal, preside as reuniões do Conselho. Ele não tem poder de veto, porém pode votar como membro do Conselho. Ele é reconhecido como autoridade máxima na cidade para todos os fins cerimoniais. Em momentos de perigos ou emergências públicas, ele poderá, com o consentimento do Conselho, assumir o comando da polícia, manter a ordem e aplicar a lei. Poder de Nomeação – O Prefeito nomeia a Comissão de Fundos, a Comissão de Funcionalismo Público, três membros da Comissão e Portos e um membro da Comissão de Recreação. D. O Povo O direito de convocar as autoridades municipais e os poderes de iniciativa e referendo são reservados ao povo da cidade. Podem ser passados decretos e podem haver referendos sobre quaisquer decretos do Conselho, salvo no caso de decretos que sejam implementados imediatamente após sua emissão, de acordo com o disposto na Carta; qualquer autoridade eleita poderá ser removida do cargo que ocupa. 37 III. RESPONSABILIDADE PELO ORÇAMENTO O objetivo básico deste capítulo foi apresentar algumas informações que caracterizam o poder real investido sobre o gerente. Em outras palavras, nosso interesse principal é o grau de integração administrativa da cidade de San Diego. Esse conceito está intimamente ligado ao conceito de gestão, que constitui o tema central desta tese. A integração administrativa na Cidade de San Diego não deve ser considerada ideal. A unificação do poder administrativo sob a função do gerente não está completa. No entanto, ela alcança um nível muito próximo à unidade. A difusão de poder que ainda existe não impede o gerente de exercer, com ênfase, em uma área relativamente extensa, uma gestão efetiva. A Carta conferiu autoridade e controle reais ao gerente na quase totalidade da área propriamente administrativa. A Carta reconhece o gerente como Chefe do Executivo, tornando-o de fato responsável por uma administração adequada de todos os assuntos municipais a seu cargo, conferindolhe poderes que podem ser considerados compatíveis com sua autoridade. A 36 37 Ibid., seção 24. Ibid., seção 23. 19 preparação e execução do orçamento, que são claramente definidas entre os referidos poderes,38 são parte essencial da forma de governo do gerente da cidade. O orçamento é, portanto, executivo. Nossa intenção é demonstrar que, na Cidade de San Diego, o orçamento é mais do que um dispositivo fiscal. Ele é principalmente uma ferramenta poderosa no planejamento, coordenação e controle da atividade administrativa. IV. PRINCÍPIOS DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Entre os princípios da administração financeira que constam da Carta da Cidade de San Diego, alguns possuem reflexos imediatos sobre a formulação e execução do orçamento. Ano Fiscal.39 O ano fiscal começa no primeiro dia de julho e termina no dia trinta e um de junho. Estimativa do Gerente. Na proposta orçamentária a ser apresentada ao Conselho Municipal, o gerente da cidade deve incluir entre outros elementos: 1. Um resumo da política fiscal da cidade para o exercício orçamentário. 2. Cálculo detalhado das despesas, mostrando os itens de despesas, que devem ser resumidos como verbas, unidades da organização e natureza da despesa. 3. Uma justificativa de aumentos ou reduções recomendados. 4. Uma estimativa de receitas. 5. Um programa de longo prazo de atividades preparadas, desenvolvimentos e melhorias relacionadas em ordem de importância relativa, especificando se o trabalho deverá ser feito por emissão de obrigações ou por taxação.40 Transferência de dotações. Mediante recomendação por escrito do gerente, o Conselho pode a qualquer momento transferir todo ou parte de um saldo não designado de uma determinada dotação para uma finalidade ou objeto para o qual a dotação do exercício corrente não foi suficiente.41 Destinação de Verbas. O gerente deverá solicitar aos chefes administrativos de todos os departamentos que apresentem a ele um programa de trabalho, imediatamente após a adoção de um Decreto de Dotação Anual. Este programa de trabalho deverá demonstrar a destinação de todas as dotações por trimestres para o ano inteiro. Após analisar as alocações de cada departamento sob seu controle, o gerente poderá, caso necessário, analisar, alterar ou mudar quaisquer destinações. O auditor e controlador deverão autorizar as despesas das dotações, com base nessas destinações. Os chefes de departamentos poderão solicitar ao gerente que aprove uma revisão do programa de trabalho no início de qualquer trimestre.42 38 Ibid., seção 28. Ibid., seção 69. 40 Ibid., seção 69. 41 Ibid., seção 73. 42 Ibid., seção 81. 39 20 V. RESUMO Os dispositivos da Carta da Cidade de San Diego atribuem ao gerente uma quantidade enorme e claramente definida de autoridade administrativa (Figura 1). A integração administrativa não é ideal, a partir do ponto de vista gerencial, já que algumas áreas tipicamente administrativas não estão sob autoridade do gerente, como também devido ao fato de que as nomeações feitas pela principal autoridade administrativa do município estão sujeitas à aprovação do Conselho, em determinados casos. Em termos gerais, porém, o documento básico estabelece condições que favorecem uma atividade gerencial integrada, destacada pelo controle do preparo do orçamento pelo gerente. A preparação e execução do orçamento pertencem ao gerente. 21 FIGURA 1 ORGANOGRAMA ESTRUTURAL – CIDADE DE SAN DIEGO, CALIFÓRNIA 22 CAPÍTULO III GABINETE DO ORÇAMENTO I. DEPARTAMENTO FINANCEIRO A Figura 2 apresenta a atual estrutura do Departamento Financeiro na administração da Cidade de San Diego. FIGURA 2 ORGANOGRAMA FUNCIONAL DO DEPARTAMENTO FINANCEIRO CIDADE DE SAN DIEGO Integração financeira. San Diego adotou recentemente um tipo de organização financeira que integra as funções fiscais , com apenas uma exceção, sob o Diretor Financeiro, que presta contas diretamente ao gerente da cidade. Na cidade de San Diego, a administração sente que essa integração das operações financeiras e fiscais são essenciais. Isto tem origem, principalmente, em um princípio simples e amplamente aceito, que é a unifuncionalização na administração pública. O resultado é que as atividades básicas de controle estão sob a responsabilidade de uma autoridade centralizada. Essa unificação conduz, obviamente, à coordenação e ao controle sobre as operações. Isto significa que, por intermédio do Diretor do Departamento, o 23 Chefe do Executivo poderá de fato assegurar a unidade e a continuidade dos programas de acordo com as políticas governamentais existentes. As operações financeiras em San Diego podem ser divididas em cinco grupos: 1. 2. 3. 4. 5. 6. Gabinete do Orçamento. Auditor e Departamento de Controladoria Departamento do Tesouro. Divisão de Propriedade. Departamento de Compras. Serviços Gerais e Venda de Águas Esta divisão deve ser considerada tendo em vista as dimensões da cidade e a complexidade de sua administração. Se a organização administrativa for pequena, todas essas funções geralmente são agrupadas e desempenhadas pelo chefe do setor executivo. Deve-se acrescentar ao que já foi mencionado que, na Cidade de San Diego, o administrador possui uma percepção muito clara da relação básica entre gestão e integração administrativa. Ele está ciente do fato de que a gestão eficaz e a difusão da autoridade administrativa entre as autoridades eleitas independentemente são ideias contraditórias. Em outras palavras, ele não concorda com o mito da desintegração como condição para o governo honesto. O Diretor do Departamento Financeiro. O auditor e controlador municipal , nomeado pelo Conselho, é também o Diretor do Departamento Financeiro. Assim, funções diferentes estão reunidas em uma pessoa, que tem dois cargos diferentes na hierarquia organizacional. Como diretor do Departamento, ele está subordinado ao Gerente da Cidade. Essa subordinação não existe quando ele atua como auditor e controlador municipal. Nessa última capacidade, ele é responsável especificamente pelas funções de auditoria e contabilidade geral da cidade. Auditoria engloba (1) a pré e a pós auditoria do administrador interno; (2) e também a fiscalização de licenças e impostos sobre vendas. O setor de contabilidade geral é subdividido em: (1) orçamento, controles gerais e contabilidade de máquinas; (2) contabilidade patrimonial; (3) custos e folha de pagamento; (4) contas a pagar; e (5) receita e gestão da dívida. O cargo do Diretor do Departamento Financeiro é, naturalmente, bastante peculiar. No entanto, essa peculiaridade não impede a plena aplicação dos princípios da boa gestão. A relação entre o chefe do Departamento e o Diretor Administrativo é conduzida em um clima de confiança, integridade e real entendimento. A administração acredita que a eficácia da organização atual pode resultar em uma emenda à Carta que irá conferir status normativo à integração das operações financeiras. II. O GABINETE DO ORÇAMENTO O organograma mostra que o Gabinete do Orçamento desempenha a única função fiscal não incluída no Departamento Financeiro. O Gabinete está diretamente subordinado ao gerente. Essa situação tem origem em um ponto de vista bem 24 estabelecido na administração da cidade: as operações orçamentárias possuem, sem qualquer dúvida, uma natureza fiscal, porém devem ser consideradas principalmente como uma ferramenta de gestão. Assim, elas devem estar diretamente vinculadas ao Chefe do Executivo. Os principais executivos na administração da cidade expressaram claramente um entendimento sobre essa abordagem de gestão e estão convencidos de que: 1. A formulação e execução do orçamento colocam nas mãos do Chefe do Executivo elementos importantes de planejamento, coordenação e controle. 2. O uso permanente desses elementos torna possível a continuidade do processo de supervisão, assegurando um contato mais próximo com as fases básicas da dinâmica da administração. 3. Planejamento, controle e coordenação são ingredientes essenciais à gestão. O orçamento é a “essência da gestão”. 4. A contiguidade é considerada como condição para que as operações orçamentárias permaneçam de fato nas mãos do Chefe do Executivo. Continuidade não significa meramente proximidade física. A ideia implica uma integração operativa, decisões imediatas, contato pessoal e um fácil exercício da autoridade sobre todos os níveis da administração, além do ajuste permanente da atividade total às metas e programas da administração. Aqui vemos que o princípio de integração administrativa, expresso no início deste capítulo é levado um passo adiante. As atividades essenciais de planejamento, coordenação e controle são protegidas ao máximo contra a descontinuidade. A conclusão é que o posto de Gabinete do Orçamento precisa ser considerado a partir da ênfase colocada na finalidade das operações orçamentárias. Elas ficarão localizadas no Departamento Financeiro se forem consideradas principalmente como atividades fiscais. O princípio da unifuncionalização, além do princípio da integração administrativa, conduzem a esse resultado. Esta é a convicção da administração da Cidade de San Diego e, consequemente, as operações orçamentárias são designadas para o Gabinete do Orçamento diretamente sob o Diretor Executivo. III. RESUMO Na Cidade de San Diego, as operações financeiras, com exceção do orçamento, foram integradas ao Departamento Financeiro sob um diretor que presta contas diretamente ao gerente. O administrador está ciente dos benefícios dessa integração administrativa. As funções desempenhadas pelo Gabinete do Orçamento são consideradas principalmente como um instrumento de gestão. Este pressuposto determinou uma subordinação direta desse gabinete ao gerente. 25 CAPÍTULO IV ORGANIZAÇÃO PARA A ORÇAMENTAÇÃO Este capítulo irá tratar da organização do Gabinete do Orçamento. Ele englobará (1) a organização funcional do gabinete; (2) uma breve referencia às diferentes atividades realizadas; e (3) um estudo dos cargos alocados nas diversas unidades. I. A ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL DO GABINETE Atividades realizadas pelo Gabinete. A organização funcional do gabinete está claramente evidenciada na Figura 3. Portanto, basta demonstrar que algumas das atividades relacionadas estão ligadas a problemas que não são de natureza orçamentária. No entanto, elas tem um impacto inevitável sobre o orçamento, já que o principal objetivo dessas atividades é a eficiência e a eficácia da administração. Em outras palavras, essas atividades são diretamente relacionadas ao conceito de orçamento como ferramenta de gestão. Formulação do orçamento. Este subtítulo é autoexplicativo. Ele inclui os diversos passos pelos quais o orçamento é formulado: 1. Obter estimativas orçamentárias dos chefes das várias unidades, com base nos programas de trabalho. 2. Coordenar, integrar e analisar as estimativas. 3. Preparar o documento (orçamento). 4. Auxiliar na análise legislativa. Administração orçamentária. A administração orçamentária envolve essencialmente uma supervisão contínua. Ela busca familiarizar as unidades administrativas com as questões que mostram desvio da rotina ou das operações planejadas. Análise operacional. Na Figura 3, podemos ver como as atividades desse subtítulo são abrangentes. Elas indicam basicamente um processo contínuo de planejamento administrativo e avaliação de desempenho. Desenvolvimento de pessoal. Os procedimentos de desenvolvimento de pessoal por meio do Gabinete do Orçamento receberam atenção específica e incluem programas internos, programas de estagiários e treinamento em serviço para o gabinete do orçamento. 26 FIGURA 3 QUADRO FUNCIONAL DO GABINETE DO ORÇAMENTO CIDADE DE SAN DIEGO ESTUDO E DESIGN DE ORIN K. COPE Fonte: Gabinete do Orçamento II. CONTRATAÇÃO DE PESSOAL Histórico. Alguns dados irão demonstrar o desenvolvimento do pessoal responsável pelo orçamento. No ano fiscal 1936-1937, havia apenas um cargo: um responsável pelo orçamento desempenhava todas as atividades relativas a operações orçamentárias. Em 1940-1941, um estagiário foi acrescentado em um programa acadêmico especial. No ano seguinte, o programa foi considerado inviável e abandonado. Um assistente administrativo foi nomeado em 1944-45 e um vice diretor de orçamento em 1945-1946. Em 1946-47, o programa acadêmico teve início novamente. Em 1950-51, havia três cargos de analista administrativo e dois de estagiário 27 administrativo. Em 1951-52, foi acrescentado um técnico em estatística de pesquisa, porém durante apenas um ano, já que o programa não teve êxito. Cargos. No ano corrente (1953-1954), houve destinação de verbas para onze cargos: Chefe de Gabinete do Orçamento Assistente do Chefe do Orçamento Analista Administrativo Sênior Analistas administrativos adjuntos Relações Públicas Estagiários Administrativos Secretário – Estenógrafo 1 1 1 4 1 2 1 Chefe de Gabinete do Orçamento.43 Sujeito à liderança administrativa, o chefe do orçamento planeja o orçamento, prescreve os procedimentos orçamentários, exerce os controles orçamentários e dirige a pesquisa e análise administrativa, atuando também em atividades associadas, conforme a necessidade. Tarefas típicas: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Estabelece as formas e procedimentos pelos quais os requisitos orçamentários serão apresentados pelos departamentos. Auxilia o gerente da cidade no estabelecimento de políticas para orientar a preparação do orçamento anual. Analisa os pedidos de orçamento dos departamentos. Assiste o gerente da cidade no desenvolvimento do orçamento anual final para a recomendação do Conselho. Mantém controles orçamentários contínuos a fim de assumir as despesas de acordo com as autorizações e políticas administrativas estabelecidas. Planeja e dirige um programa de pesquisa e análise administrativa para o aperfeiçoamento da organização e das práticas municipais. Reúne-se com os chefes de departamentos a fim de obter sua aceitação para os métodos administrativos desenvolvidos e aperfeiçoados. Padrões exigidos para o cargo. Exige-se uma combinação de experiência e treinamento equivalente a uma experiência extensa e responsável pela preparação do orçamento, administração e pesquisa em administração, além de formação universitária com especialização em administração pública. Além disto, é necessário atender também aos seguintes padrões mais detalhados: conhecimento amplo dos princípios e práticas do planejamento e controle do orçamento municipal e das funções e objetivos do governo municipal; conhecimento dos princípios e práticas da pesquisa e análise administrativa; discernimento na previsão dos requisitos financeiros; habilidade de analisar problemas administrativos e fiscais complexos e de preparar solicitações claras e convincentes; habilidade de manter relações efetivas com as pessoas; habilidade de planejar e liderar o trabalho de outros. 43 Comissão de Funcionalismo Público da Cidade de San Diego, op. Cit., sem número de páginas. 28 Analista do Chefe de Orçamento.44 Sob liderança administrativa, o assistente de chefe de orçamento auxilia o chefe em suas tarefas, assumindo a chefia na sua ausência e executando funções relacionadas, na medida da necessidade. Tarefas típicas: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Auxilia na preparação do orçamento anual e em todos os assuntos ligados aos gastos das dotações que constam do decreto anual de dotações. Coopera com o auditor e controlador e também com o agente de compras nas questões financeiras da cidade. Realiza estudos sobre organização, estrutura, procedimentos e métodos dos departamentos municipais, fazendo recomendações para melhorias. Investiga as requisições de adição e substituição de pessoal. Auxilia os chefes de departamento na preparação de relatórios regulares adequados sobre atividades e no estabelecimento de padrões de desempenho. Analisa e investiga os pedidos de equipamentos. Investiga e relata sobre operações, métodos e a eficiência de cada atividade, agindo como chefe do orçamento, na ausência do chefe. Padrões exigidos para o cargo. Os padrões exigidos para este cargo são: formação equivalente à universitária, com especialização em administração pública ou de empresas e três anos de experiência em preparação de orçamentos e administração ou pesquisa administrativa ou gerencial, preferencialmente junto a agências do governo, tendo passado um ano exercendo uma função de supervisão; a experiência administrativa ou orçamentária adicional pode ser substituída pela formação superior ano a ano. Os conhecimentos, habilidades e qualificações necessários incluem um amplo conhecimento sobre a preparação e administração de orçamentos e conhecimento geral de contabilidade de fundos públicos; amplo conhecimento de procedimentos administrativos e gerenciais; compreensão de métodos de se obter, analisar e descrever os procedimentos e métodos operacionais, bem como familiaridade com os métodos estatísticos e apresentações gráficas; habilidade de prever e analisar as necessidades orçamentárias e coordenar o trabalho de diversos departamentos para uma maior eficiência e utilização dos recursos, assumir responsabilidade e trabalhar de forma independente; habilidade de planejar programas de longo prazo; tato e adequação pessoal para lidar com os chefes de departamento, autoridades públicas e outros buscando a solução de assuntos fiscais controvertidos; iniciativa, capacidade e engenhosidade, confiabilidade e senso comum. Analista administrativo sênior.45 Auxilia na supervisão das análises das atividades orçamentárias e administrativas, encarregando-se de uma dessas funções e exercendo outras, conforme a necessidade. 44 45 IBID., sem número de páginas. Ibid., sem número de páginas. 29 Tarefas típicas: 1. 2. 3. 4. 5. Planeja e dirige o trabalho dos analistas envolvidos na preparação e controle do orçamento ou avaliando as organizações e estruturas administrativas. Participa do trabalho, executando as fases mais difíceis das tarefas. Analisa dados, descobertas preliminares e inclusões. Edita os relatórios. Investiga as despesas propostas e recomenda ações. Padrões exigidos para o cargo. Os seguintes padrões são exigidos: uma combinação de formação e experiência equivalente a quatro anos de experiência na análise administrativa do planejamento orçamentário e formação universitária com especialização em administração pública. Amplo conhecimento dos princípios e práticas da análise administrativa e da preparação e controle do orçamento; conhecimento da organização e funções do governo municipal; habilidade de planejar e liderar o trabalho das pessoas envolvidas em uma variedade de estudos complexos, habilidade de avaliar fatos e preparar relatórios concisos e informativos; habilidade de planejar e dirigir o trabalho de outras pessoas, mantendo relações de trabalho efetivas e bom senso financeiro. Analista administrativo adjunto. 46 Espera-se que este analista seja capaz de realizar estudos sobre a organização, procedimentos e divisões administrativas, e auxiliar os departamentos operacionais na preparação do orçamento. Tarefas típicas: 1) 2) 3) 4) 5) 6) 7) 8) 9) 10) Investigar e analisar a organização e os procedimentos administrativos. Recomendar melhorias para a organização e seus métodos. Preparar manuais de procedimentos e formulários originais. Auxiliar os departamentos introduzindo novos métodos. Investigar reclamações relativas aos métodos municipais. Estudar a carga de trabalho a fim de estabelecer os requisitos orçamentários. Investigar os pedidos de despesas. Investigar as solicitações de pessoal. Fazer estudos sobre a utilização dos espaços. Escrever e preparar relatórios periódicos especiais de natureza complexa, detalhada e abrangente. Padrões exigidos para o cargo. Uma combinação de experiência e treinamento equivalente a três anos de experiência em análise administrativa ou experiência técnica na condução de pesquisas administrativas, inclusive projetos organizacionais, fiscais e de pesquisa. De forma mais detalhada, esses requisitos vão demandar: amplo conhecimento dos princípios e práticas da análise administrativa, preparação de orçamentos e administração; compreensão da organização e das funções do governo municipal; habilidade de aplicar princípios administrativos sob condições operacionais; habilidade de escrever relatórios 46 Ibid., sem número de página. 30 concisos e informativos; habilidade de usar o tato no trato com as pessoas; discernimento administrativo. Relações Públicas.47 Planeja e conduz um programa que fornece informações sobre as atividades do departamento para grupos públicos e para a mídia; realiza trabalhos relacionados, conforme a necessidade. Tarefas típicas: 1. Prepara material publicitário para jornais, prepara boletins, panfletos, programas de rádio e cartazes para informar o público sobre as atividades do departamento. 2. Reúne-se com outros funcionários do departamento a fim de planejar um programa de relações públicas e publicidade para acompanhar no desenvolvimento das atividades especiais com as quais estiverem envolvidos, bem como programas gerais do departamento. 3. Prepara seus próprios discursos e ajuda na preparação dos discursos das demais autoridades. 4. Garante a edição de materiais por meio de várias mídias públicas. 5. Participa de reuniões como representante do departamento. 6. Explica as atividades do departamento e seus objetivos para o público e busca a cooperação de outros grupos para que o programa seja bem sucedido; investiga as reclamações dos cidadãos e auxilia na elaboração de ajustes. 7. Orienta as autoridades sobre as relações públicas. Padrões exigidos para o cargo. Além de uma combinação de experiência e formação equivalente a dois anos de experiência responsável em algumas fases do trabalho de relações públicas e a formação universitária, os padrões incluem: amplo conhecimento dos métodos de preparação de materiais informativos e sua divulgação efetiva por meio de todas as mídias disponíveis; amplo conhecimento das práticas e problemas do campo publicitário, habilidade de escrever e falar em público; habilidade de adaptar as informações aos interesses e à compreensão dos diversos grupos; habilidade de manter relações de trabalho efetivas com todos os meios publicitários; habilidade de ganhar a confiança e a amizade das pessoas, a fim de entender seus problemas e perguntas, oferecendo explicações satisfatórios e buscando sua cooperação para a realização de um programa eficaz de relações públicas; habilidade em encontrar e avaliar os fatos relativos a reclamações; habilidade de manter boas relações de trabalho com outros membros do departamento, na qualidade de dirigente. Estagiário administrativo. Sob supervisão imediata, o estagiário realiza uma série de tarefas administrativas, operacionais e de pesquisa, como parte de um plano sistemático de treinamento em métodos administrativos, desempenhando também funções relacionadas, conforme a necessidade. Tarefas típicas: 1. Sob supervisão imediata, auxilia na análise da organização e procedimentos administrativos, orçamentos e preparação de relatórios. 47 Ibid. 31 2. Auxilia nos controles administrativos internos e serviços de um departamento operacional. 3. Analisa e resume as publicações e documentos. 4. Prepara tabulações e relatórios. 5. Auxilia em determinadas fases do trabalho de escritório. 6. Observa o trabalho realizado e discute os princípios e práticas com os responsáveis. 7. Participa de reuniões de treinamento. 8. Participa de reuniões oficiais como observador. 9. Prepara relatórios sobre o trabalho realizado. Padrões exigidos para o cargo. O estagiário deve possuir uma combinação de experiência e treinamento equivalente à formação universitária, com ênfase em administração pública ou de empresas ou áreas afins. O estagiário deve também demonstrar conhecimento sobre os princípios básicos da boa gestão; interesse e aptidão para a administração pública; habilidade de coletar e analisar dados e preparar relatórios concisos, bem como habilidade de se relacionar bem com as pessoas. Proporções para a Contratação de Pessoal. Várias tentativas vêm sendo feitas para estabelecer critérios de contratação de pessoal para o gabinete do orçamento. Várias equações já foram sugeridas para os escritórios envolvidos nesse programa de análise. A Cidade de San Diego está entre os extremos propostos. Acredita-se que um analista de orçamento e gestão para cada 350 funcionários municipais representa um bom índice. III. RESUMO O Gabinete do Orçamento realiza variadas funções. Algumas têm relação imediata com a formulação e execução do orçamento. Outras, embora acabem influenciando o orçamento, têm uma natureza primordialmente gerencial. O analista recebe tarefas que vão familiarizá-lo com as técnicas básicas de gestão, além daquelas que possuem uma natureza puramente fiscal. 32 CAPÍTULO V PLANEJANDO O ORÇAMENTO I. CALENDÁRIO ORÇAMENTÁRIO A Tabela 1 apresenta um cronograma das operações orçamentárias adotadas pela Cidade de San Diego. Três fatores básicos foram considerados na preparação deste calendário: (1) uma classificação e subdivisão das operações orçamentárias; (2) um período de tempo definido para cada uma dessas subdivisões; e (3) as agências responsáveis pelas diversas fases do orçamento. A Tabela II apresenta com mais detalhes uma fase específica e bastante importante da operação do orçamento: o cronograma de conclusão para a análise dos pedidos de orçamento pelos departamentos. Esta fase é concluída pelo Gabinete do Orçamento nos meses de fevereiro e março. Deve-se observar que a cada funcionário do Gabinete é atribuído um certo número de departamentos. II. FORMULÁRIOS E INSTRUÇÕES O uso dos formulários adequados tem um papel importante na preparação do orçamento. Isto é particularmente verdade quando a abordagem orçamentária por desempenho é utilizada. Nos primeiros dias de janeiro, o chefe do orçamento da cidade de San Diego entrega aos chefes de departamentos um conjunto completo de instruções sobre a preparação dos pedidos de orçamento dos departamentos. A utilização de cada formulário está explicada por escrito e com detalhes nas instruções. Este capítulo se restringirá a uma breve referência aos objetivos que serviram de base para esses formulários e instruções. Instruções do Gabinete do Orçamento. Essencialmente, essas instruções incluem: (1) a responsabilidade e autoridade do Gabinete do Orçamento; (2) o nome do responsável pela análise dos pedidos de orçamento para aquele departamento específico; (3) uma previsão econômica do próximo ano fiscal; (4) a necessidade da carta de justificativa e de um organograma; e (5) o prazo limite para a preparação do orçamento departamental. Essas instruções são muito importantes do ponto de vista das declarações de políticas. Formulários. As instruções dão ênfase aos pontos de interesse especial, alguns dos quais são descritos abaixo: A. Deverão ser usados somente os nomes dos cargos atuais aprovados e/ou as taxas de pagamento determinadas pela Comissão de Funcionalismo Público na preparação das estimativas orçamentárias. Qualquer alteração deverá ser discutida na carta de justificativa do departamento. 33 B. C. D. E. F. G. H. I. As tabelas de salários preliminares detalhados foram preparadas pelos métodos de tabulação da IBM. Essas tabelas apresentam os salários médios de cada cargo classificado. Os funcionários de tempo parcial devem constar com base nos cargos de tempo integral equivalentes. Para isto, deve-se dividir o total de horas de trabalho da mão de obra parcial solicitada pela media de horas anuais dos funcionários de tempo integral. O resultado da divisão é o equivalente decimal dos cargos de tempo integral. É preciso ter uma clara percepção das classificações orçamentárias básicas: montante, melhoria, aperfeiçoamento, manutenção. Essa compreensão te influência na preparação do orçamento. As estimativas devem ser plenamente justificadas, especialmente quaisquer pedidos de aumento na dotação orçamentária resultante do aumento da carga de trabalho. Qualquer alteração proposta no programa de trabalho que resulte em aumento no nível do trabalho, em novo serviço ou nova instalação deverá ser apresentado como pedido suplementar para consideração especial. As instruções têm uma forte ênfase nesta afirmação: Uma estimativa orçamentária deve representar um programa de trabalho a ser realizado, interpretado em termos de custos monetários. São exigidas informações comprobatórias de todos os departamentos. A carta de justificativa é de vital importância, pois representa uma análise precisa das atividade e programas de trabalho. A análise mencionada deve incluir: (1) uma descrição de funções e objetivos de cada unidade organizacional do departamento e atividades realizadas; (2) uma exposição do volume de trabalho previsto, expressando sempre que possível a carga de trabalho em termos de volume específico. Se for solicitado aumento no orçamento, é necessário que ele seja e função do aumento nas unidades trabalho, devendo ser cuidadosamente explicado e justificado. Deve ser demonstrada uma estatística de comparação do trabalho durante vários anos, como também o volume de trabalho atual e esperado. Devem ser citadas várias afirmações das instruções, devido ao seu valor no orçamento por desempenho:48 As afirmações gerais são de pouco valor; é importante passar informações específicas, mostrando como as atuais tendências ou demandas afetam as operações do departamento, fazendo referencia às fontes de informação. Comentários explicativos devem ser feitos sobre todos ou aumentos ou reduções, comparado com o orçamento atual. Em toda a análise, os fatos e números devem ser apresentados em termos quantitativos. Sempre que possível, a apresentação de tabelas e gráficos deve ser usada no lugar da narrativa. As informações não devem conter infinitos detalhes, porém a informação deverá ser fornecida sobre todas as principais questões e elementos envolvidos. 48 Cidade de San Diego, Gabinete do Orçamento, Instruções para a Preparação dos Pedidos Orçamentários dos Departamentos, janeiro de 1933, mimeo., p. 13 34 J. Um organograma deverá acompanhar a carta de justificativa, indicando as linhas de autoridade e a designação de responsabilidades. Esse organograma é uma fonte de informações bastante útil no processo de preparação do orçamento. III. RESUMO A utilização correta dos formulários é muito importante no processo de preparação do orçamento. As instruções foram emitidas pelo Gabinete do Orçamento, a fim de familiarizar os chefes de departamento com as técnicas orçamentárias, enfatizando o desenvolvimento de programas de trabalho e suas justificativas detalhadas, em termos de custos e necessidades. A preparação do orçamento é um processo descentralizado na Cidade de San Diego, já que exige a participação ativa de diversos níveis de administradores. Na análise dos programas de trabalho e das despesas estimadas, o gerente encontra um recurso efetivo para a aplicação da política governamental. 35 TABELA I CALENDÁRIO ORÇAMENTÁRIO DA CIDADE DE SAN DIEGO 1.0 Operação Orçamento Operacional Operações Preliminares Data Departamento 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 1 – 30 nov 16 nov – 5 dez 16 nov – 25 dez 1 dez – 25 dez 20 dez – 15 jan 1 – 15 jan 5 – 20 jan 5-20 jan 25 jan Orçamento Orçamento Orçamento Orçamento Orçamento, Auditor e Funcionalismo Auditor Orçamento Orçamento e Auditor Gerente e Chefes de Departamentos 25 jan – 15 fev 25 jan – 5 mar 10 fev – 15 mar 10 fev – 20 mar 15 fev – 25 mar 20 – 31 mar 1 – 31 mar 5 mar – 15 abr 10 mar – 10 abr 5 – 10 abr 10 mar – 10 abr 5-25 abril 20 mar – 10 abr Orçamento Departamentos Municipais Orçamento Orçamento Orçamento Orçamento Equipe de Orçamento e Gerente Orçamento Orçamento Orçamento Orçamento Divulgação Central Orçamento Revisar formulários, pedidos Preparar planilhas, resumos e cronogramas Inserir dados históricos, Formulários de Estimativas dos Departamentos Preparar Instruções Orçamentárias Tabular Tabela de Salários Detalhada (6 primeiros meses) Preparar Despesas por Departamento Inserir Formulários de Estimativa de Despesas 6 meses por Departamento Receita Preliminar das Estimativas Reunião Orçamentária. Distribuição das instruções e formulários de estimativas Preparação das Dotações Orçamentárias 2.0 2.1 Preparar orçamentos fora do controle do Departamento 2.2 Preparar Pedidos de Orçamento dos Departamentos. 2.3 Verificar cálculos dos pedidos dos Departamentos. 2.4 Analise dos Pedidos de Orçamento dos Departamentos 2.5 Investimento e Preparação de Recomendações 2.6 Preparar Parágrafos para Mensagem do Orçamento 2.7 Revisar Pedidos Departamentos e Recomendações 2.8 Revisar Pedidos Departamentos, a pedido do Gerente 2.9 Programar Inserção de Orçamentos ou Resumos Departamentais 2.10 Preparar Mensagem Orçamentária 2.11 Concluir meios de divulgação 2.12 Imprimir e Montar Documento 2.13 Preparar Estimativas de Receita 2.14 Preparar cópias – Informação pública 36 2.15 Recomendação Salários Funcionalismo Público – Adotar decreto 2.16 Apresentar Orçamento Operacional ao Conselho Municipal 2.17 Seções do Orçamento Preliminar para Departamento 25 abr – 10 mai 1 – 30 mai 5 de maio 10 de maio Divulgação Central Servidores e Conselho Gerente Gerente 10 maio – 10 junho 15 maio – 5 junho 1 – 15 junho 16 – 22 junho 25 de junho 29 junho – 5 julho 7 de julho Conselho e Gerente Equipe Orçamentária Departamento e Equipe Orç. Procurador, Auditor Orçamento Conselho e Gerente Procurador & Orçamento Conselho Consideração do Legislativo sobre Orçamento Operacional 3.0 4.0 3.1 3.2 3.3 3.4 3.5 3.6 3.7 Conferências Orçamento do Conselho Preparar novas Cópias Suplementares a pedido do Conselho Revisar Orçamento de acordo com Decreto Salarial Preparar Decreto de Dotação Anual Audiências Públicas sobre o Orçamento Revisar Decreto de Dotação após audiências Adotar Decreto de Dotação Anual Preparação das Dotações Orçamentárias 4.1 4.2 4.3 4.4 5.0 6.0 Preparar Instruções Preparar e emitir dotações Preparar Dotações Propostas Revisar – Transmitir ao Auditor Tributação 5.1 Recomendar Avaliação ao invés de Índice Imposto Auditoria 5.2 Preparar Decreto sobre Tributação 5.3 Adotar Decreto Anual de Tributação 15 – 20 dez 1 – 15 junho 15 jun – 5 jul 25 jun – 10 jul 15 ago 19 – 24 ago 25 ago Orçamento Orçamento Todos os Departamentos Equipe do Orçamento Auditor e Controlador Auditor , Controlador e Procurador Conselho Municipal Preparar Documento Orçamental Final 6.1 6.2 6.3 6.4 6.5 6.6 Preencher resumos Revisar Mídia Divulgação (Detalhes) Mídia Pública Divulgação (Resumos) Imprimir e Montar Documentos Encadernar Documentos Distribuir Documentos 10 – 25 ago 10 jul – 15 ago 1 – 20 set 20 – 30 set 1 – 10 out Orçamento Orçamento Contrato Contrato Orçamento 37 38 TABELA II CRONOGRAMA PARA A ANÁLISE DOS PEDIDOS ORÇAMENTÁRIOS DOS DEPARTAMENTOS Departamentos 1a semana 2a semana 3a semana 4a semana Procuradoria 1 2 3 4 5 6 Prefeito Conselho Gerente Inst. Cultural Dotação Geral Esgotos Trat. esgoto Div. Prédios Div. Elétrica Veículos 1 1 1 2 3 2 3 2 3 4 5 4 5 4 5 6 6 6 1 1 1 2 2 3 2 3 2 1 2 1 Policia Bombeiros Engenharia Serviço Social Orçamento Defesa Civil Treinamento e Segurança 1a semana 2a semana 3a semana 4a semana 5a semana Analista Chefe Orçamento 6 1 1 1 1 1 1 1 2 2 1 2 2 1 3 3 2 3 3 2 3 5 5 6 3 5 4 5 6 4 3 2 3 2 4 3 4 3 3 5 6 4 4 5 6 5 3 6 4 5 6 Assistente Chefe Orçamento 5 6 4 5 6 5 6 6 Analista Sênior 3 2 4 4 5 6 6 39 City-Co. Camp City-Co. Adm. Saúde Água Diretor Engenharia Produção Controle e Res. Distribuição Vias Públicas Biblioteca 1 1 Audit. & Contr. Financeiro Gestão Propr. Tesouro Compras Serviços Gerais Parque Recreação Funcionalismo 1 2 Planejamento Inspeção Saneamento Estacionamento Adm. Secretário Eleições Aposentadoria Porto 1 2 2 3 4 1 2 3 1 1 2 5 6 1 5 2 3 3 5 5 6 6 4 5 6 1 2 2 3 3 4 5 4 5 6 6 Estagiário Adm. I 1 2 3 4 5 6 3 4 5 6 Analista Adjunto I 6 4 6 3 4 5 5 6 4 4 3 2 6 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 4 4 4 4 5 4 5 5 6 5 6 5 6 6 6 1 1 1 2 2 2 3 3 3 4 4 4 5 5 5 1 2 2 4 4 3 4 2 3 2 3 2 1 4 5 1 1 3 1 1 1 3 3 2 5 6 5 6 4 3 5 6 4 5 6 Analista Adjunto II 5 6 Analista Adm. Adjunto 6 6 6 2 Estagiário Adm. II 40 Fonte: Arquivos, Gabinete do Orçamento Legenda: 1. 2. 3. 4. 5. 6. Solicitações dos Departamentos Revisão aritmética completa Análise completa Reunião final com Chefe Dept. Cálculos finais completos Mensagem orçamentária preparada 41 CAPÍTULO VI ASPECTOS DA FORMULAÇÃO DO ORÇAMENTO I. ESTIMATIVA DE DESPESAS Os limites que traçamos para este estudo não permitem uma análise detalhada de todos os procedimentos relativos à formulação do orçamento na Cidade de San Diego. Portanto, serão consideradas apenas as áreas que parecem expressar as principais abordagens de todo o processo. Esperamos que as informações coletadas revelem essas abordagens adequadamente. Deve-se acrescentar também que este capítulo irá tratar principalmente das despesas no processo de cálculo, com ênfase nas ideias e métodos que substanciam a chamada abordagem de desempenho. Funções governamentais. Como primeiro passo, deve-se observar que o trabalho do governo no documento orçamental aparece sob vários itens amplos chamados funções: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. Governo Geral Segurança Pública Vias e Estradas Saneamento e Retirada do Lixo Serviços Gerais de Engenharia e Obras Públicas Conservação da Saúde Escolas Biblioteca Parque e Serviços de Recreação Contribuições para Projetos Comunitários Contribuições para Sistemas de Aposentadoria Serviço de Débito Provisão Reserva para Contingências Diversos. Essas funções são designadas a fim de expressar uma característica comum existente em um grupo de departamentos ou serviços. Não há regra para se determinar essas funções. No entanto, em sua maioria, como a segurança pública, saneamento, recreação, vias e estradas, elas são categorias amplamente reconhecidas na teoria e na prática do governo local. Uma classificação de despesas por funções oferece uma percepção sobre as políticas ou tendências de uma administração. A figura 4, por exemplo, indica a distribuição das despesas em dólar na Cidade de San Diego para o ano fiscal encerrado em 30 de junho de 1953, e também permite algumas generalizações sobre a importância relativa das áreas administrativas mais amplas. 42 Deve-se observar que o documento do orçamento apresenta as solicitações também por unidades governamentais, porém cada unidade refere-se a uma das principais funções. FIGURA 4 FUNÇÕES GOVERNAMENTAIS Cidade de San Diego Relatório Financeiro Anual 43 Principais atividades. Em cada unidade, frequentemente um departamento ou divisão, a função é subdividida e analisada por atividades principais, e um número diferente é designado a cada uma (Fig. 5). Descobrir essas atividades é uma questão que envolve muito discernimento pessoal e experiência administrativa. A Tabela III indica a classificação das despesas totais por departamento, função e atividade, em efeito no início do ano fiscal 1953-1954. Deve-se ter em mente que o documento orçamental geralmente apresenta apenas um resumo do processo de orçamento de desempenho. Pode-se notar, por exemplo, que na Cidade de San Diego as estimativas de despesas das atividades são apresentadas por meio das tradicionais contas-objeto. Este termo, usado na classificação de despesas, “aplica-se ao artigo comprado ou ao serviço obtido, diferentemente dos resultados obtidos das despesas, por exemplo, serviços pessoais, serviços de controle, materiais e suprimentos.”49 O orçamento baseado em desempenho, no entanto, dá ênfase aos controles orçamentários e contábeis dos fundos, primordialmente com base em uma atividade. Este conceito será analisado com mais profundidade neste capítulo. Subatividades (Operações). Outra subdivisão é o detalhamento das atividades em subatividades ou operações. Vejamos, por exemplo, a maneira como duas atividades – Coleta e Destinação de lixo Orgânico e Coleta e Destinação de lixo comum – são detalhadas: 34.02 34.03 3402 49 Coleta e Destinação do lixo Orgânico Supervisão Coleta de Lixo Orgânico Destinação do lixo Orgânico Coleta e Destinação de lixo comum Supervisão da coleta de lixo Coleta de Lixo Supervisão da Destinação do lixo comum Destinação do lixo Coletas Mercado Limpeza de lixões ilegais Limpeza Manual de Ruas Limpeza Manual de Becos 4021 4022 4024 Descrição No. Conta de Custos Coleta e Destinação do lixo Orgânico Supervisão Mão de Obra Equipamentos 4041 4042 4043 4044 4045 4046 4048 4049 4021 MIKESELL, R. M., Contabilidade Governamental, Chicago: Richard D. Irwin, Inc., 1951, p. 679. 44 Coleta do Lixo Orgânico Mão de obra Material Equipamento Despesas Fixas Serviços Contratuais (Toneladas Unidade de Trabalho) Eliminação Lixo Orgânico Mão de obra Serviço contratual (Toneladas Unidade de Trabalho) 4024 Coleta e Destinação do lixo comum Supervisão da Coleta de Lixo comum Mão de Obra Equipamento 4022 Coleta de Lixo Mão de Obra Material Equipamento Taxas Fixas (Toneladas Unidade de Trabalho) Supervisão Destinação do lixo comum Mão de Obra Equipamento Coleta Mercado Mão de Obra Material Equipamento (Toneladas Unidade de Trabalho) Limpeza de Lixões Ilegais Mão de obra Material Equipamento (Unidade de Trabalho: Local) Limpeza Manual de Ruas Mão de Obra Equipamento 4041 4042 4043 4045 4046 4048 Limpeza Manual de Becos Mão de Obra Equipamento 45 FIGURA 5 REQUISIÇÕES DE ORÇAMENTO PARA A DIVISÃO DE SANEAMENTO ANÁLISE POR FUNÇÃO E ATIVIDADES CIDADE DE SAN DIEGO, CALIFÓRNIA ORÇAMENTO DEPARTAMENTAL 1. FUNDO 100 2. FUNÇÃO 3. No. DEPT. 4. DEPARTAMENTO Saneamento e Remoção 34.00 Obras Públicas – Divisão Saneamento de Resíduos 5. CLASSIFICAÇÃO 6. DESPESAS ATUAIS 7. ORÇ. ATUAL 8. ORÇ. PROPOSTO 9.ORÇ. FINAL 1951-1952 1952-1953 1953-1954 1953-1954 RESUMO SERVIÇOS PESSOAIS DESPESA NÃO-PESSOAL EQUIPAMENTO TOTAL DOTAÇÃO PARA DIVISÃO DESPESA ALOCADA TOTAL ORÇAMENTO DIVISÃO ANÁLISE POR ATIVIDADES 34.01 SUPERINTENDÊNCIA DA DIVISÃO, DESPESAS GERAIS E DE ESCRITÓRIO Serviços Pessoais Serviços Contratuais Materiais e Suprimentos Taxas Fixas Aluguel de Equipamentos Orçamento Total Atividade 34.02 COLETA E DESTINAÇÃO DE LIXO ORGÂNICO Serviços Pessoais Serviços Contratuais Materiais e Suprimentos Taxas Fixas Aluguel de Equipamentos Orçamento Total Atividade 34.03 COLETA E DESTINAÇÃO DE LIXO COMUM Serviços Pessoais Serviços Contratuais Materiais e Suprimentos Taxas Fixas Aluguel de Equipamentos Orçamento Total Atividade 34.04 COLETA ANIMAIS MORTOS Serviços Pessoais Materiais e Suprimentos Aluguel de Equipamentos Orçamento Total Atividade 46 34.05 LIMPEZA DA PRAIA Serviços Pessoais Materiais e Suprimentos Aluguel de Equipamentos Orçamento Total Atividade 34.06 LIMPEZA DO ESTÁDIO Serviços Pessoais Materiais e Suprimentos Aluguel de Equipamentos Orçamento Total Atividade ATIVIDADES DE OBRAS PÚBLICAS ALOCADAS Divisão de Ruas Divisão de Prédios Públicos Divisão Elétrica Total 47 FIGURA 5 (cont.) REQUISIÇÕES DE ORÇAMENTO PARA A DIVISÃO DE SANEAMENTO ANÁLISE POR FUNÇÃO E ATIVIDADES CIDADE DE SAN DIEGO, CALIFÓRNIA TABELA DE CARGOS E SALÁRIOS 1. FUNDO 100 2. FUNÇÃO Saneamento e Remoção de Resíduos 5. ÍNDICE SALARIAL No. TITULO CARGO 28 24 23 20 20 20 19 18 17 17 15 15 13 12 Superint. Saneamento Sup. Saneamento Adj. Gerente Const.Manut. Assist. Pessoal (San.) Operador Gerente Saneamento Operador Equip. II Tripulante San. II Operador Equip. I Condutor Caminhão Tripulante San. I Gerente Estoque Secr. Datilógrafo Trabalhador Braçal 3. No. DEPT. 34.00 4. DEPARTAMENTO Obras Públicas – Divisão Saneamento 7. QUOTA CARGO ORÇ. ATUAL ORÇ. PROP. ORÇ. FINAL 8. ORÇAMENTO ATUAL 1952-1953 9. ORÇAMENTO PROPOSTO 1953-1954 10.ORÇAMENTO FINAL 1953-1954 Total Cargos Permanentes 18 15 Recrutamento Adicional Permitido Tripulante San. II Tripulante San. I Total Recrut. Permit. Teto Total Recrut. 48 TABELA III CLASSIFICAÇÃO DE DESPESAS Nr. Dept. Nr. Dept. e Atividade 01.00 02.00 03.00 06.00 Função Governo Geral Governo Geral Governo Geral Governo Geral 06.11 06.12 06.13 06.20 06.30 Governo Geral Governo Geral 06.31 06.32 06.33 06.34 06.40 06.50 Governo Geral Governo Geral 06.51]06.52 06.53 06.54 06.55 06.56 07.00 10.00 Governo Geral Governo Geral 10.01 10.02 10.03 10.04 11.00 Engenharia Municipal 11.01 11.02 11.03 11.04 11.05 11.05 11.07 11.09 11.10 11.11 Unidade Governamental e Atividades Prefeito Conselho Municipal Secretário Municipal Gerente Municipal Auditor e Contr. Municipal Administração Auditoria e Aplic. Contab. Geral Gestão Patrimonial Tesoureiro Municipal Administração Coleta Fundos Avaliações Especiais Licença e Vendas Seções Tributos Agente de Compras Serviços Gerais e Água Comercial Administração Serviços Escritório Tabulação Máq. Contab. Cliente Água Serviço Cliente Água Serviço Notação Água e Campo Gabinete do Orçamento Procurador Municipal Procurador Munic. Promotor Municipal Despesa Litígio Seguro Responsabil. Engenheiro Municipal Administração Engenharia Geral Eng. Vias Principais Eng. Subdivisões Regulamentos de Engenharia Eng., Abertura e Fechamento Vias Eng. Tráfego Eng. Melhorias Públ. e Despesas Sup. Vias Eng. Iluminação Vias Eng. Dept. Águas 49 11.12 11.13 11.14 11.15 12.00 Governo Geral 12.01 12.02 13.00 Governo Geral 14.00 Governo Geral 14.01 14.02 14.03 14.04 15.00 Segurança Pública 15.01 15.02 15.03 15.04 15.05 15.06 15.07 15.08 15.09 15.10 15.11 15.12 15.13 15.14 15.99 16.00 Eng. Dept. Portos Eng. p/ agências externas Eng. Mission Bay Eng. Reproduções Departamento Planejamento Adm. Planejamento Zoneamento Dept. Funcionalismo Administração Municipal Construções e Terrenos Superint. Prédios Operação Elevador Operação e Manutenção Manutenção áreas Departamento de Policia Desp. Gerais e Administ. Divisão Registros Escr. Comércio e Comunic. Prisão Divisão Detetive Patrulha Uniform. Combate ao Vicio Gabinete Juvenil Divisão Tráfico Serviço Medico Div. Treinamento Manut. Equip. Autom. Prédios e terrenos Lab. Foto. e Criminal Canil Municipal Segurança Pública 16.01 16.02 16.03 16.04 16.05 16.06 16.07 17.00 Segurança Pública 17.01 17.02 17.03 17.04 18.00 19.00 20.00 Segurança Pública Preservação da Saúde Biblioteca 20.01 20.02 20.03 Corpo de Bombeiros Desp. Gerais e administ. Prevenção Incêndios Combate a Incêndios Manutenção equipam. Bote combate incêndio e bote patrulha marinha Escr. Alarme Incêndio Manut. Alarme Incêndio Departamento Inspeção Administração Inspeção prédios Inspeção elétrica Inspeção hidráulica Dept. Serviço Social Departamento de Saúde Departamento Biblioteca Despesas Gerais e Administr. Divisão Biblioteca Principal 50 20.04 20.05 20.06 21.00 a 22.00 Parque e Recreação 21.00 21.01 21.20 21.30 21.40 21.41 21.50 21.61 21.62 21.63 21.64 21.68 21.69 21.70 21.80 21.90 22.10 22.11 22.20 22.30 22.40 22.50 22.61 22.62 22.63 22.71 22.72 22.73 22.81 22.82 22.91 22.92 Divisão Bibliotecas filiais Biblioteca Ref. Governamental Despesa Realocação Compras de Livros Dept. Parque e Recreação Adm. Parque e Recreação Sup. Divisão Parque Manut. Parque – Distrito Leste Manut. Parque – Distrito Oeste Construção Parque Mission Bay Nursery Árvores Vias Públicas Superv. Cemitério e Escritório Operações Cemitério Manut. Área Cemitério Modernização Registros Cemitério Contas Cemitério Nova construção cemit. Campo de golfe Concertos Cívicos Exibições zoológicas – Fundo 222 Sup. Div. Recreação e Serviços Staff Estádio Atividades Recreativas – North Shore District Atividades Recreativas – Bay District Atividades Recreativas – Northeast District Atividades Recreativas – Southeast District Atividades Recreativas – Central District Recreação – Central Dist. Serviços Comunitários – Central District Superv. Aquática e eventos especiais Recreação Aquática Mission Bay Mission Beach Plunge Piscina Municipal e “Casting Pool”(Lago treino de pesca) Supervisão Salva-Vidas Serviço Salva-Vidas 51 25.00 22.93 26.00 31.00 Escolas Governo Geral 26.01 26.02 Vias e Estradas 31.01 31.02 31.03 31.04 31.05 31.06 31.07 31.08 31.09 31.10 31.11 31.12 31.13 31.14 31.15 31.16 31.17 32.00 Saneamento e Remoção de Resíduos 32.01 32.02 32.03 32.04 33.00 32.05 32.06 32.07 32.08 33.01 Saneamento e Remoção de Resíduos South District Serviço Salva-Vidas North District Div. Treinamento e Segurança Seção Treinamento Seção Segurança Dept. Obras Públicas – Div. Vias Supt. Div., Despesas Gerais e de Escritório Manut. Vias e Becos sem pavimentação Manut. Vias e becos pavimentados Manut. Estrut. Concreto Limpeza bacias coletoras e esgotos Limpeza das Vias Pintura Sinais e marcações tráfico Manut. Pontes e Cercas Manut. Áreas Recreação Manut. e Reparos vias parques e passeios públ. Manut. pista estádio Manut. instalações outros departamentos Manut. instalações outras Div. Obras Públicas Serviços para outras agencias governamentais Serviços para Dept. Águas Preparação para eventos comunitários Serviços para Projetos Especiais Dept. Obras Públicas Divisão de Esgotos Superint. Div., Despesas Gerais e de Escritório Limpeza Sist. Esgotos Reparos Conexões do serviço de esgotos Reparos e reformas rede de esgotos Reparos e ajustes bueiros Remoção bloqueios Instalação novos serviços Instalação nova tubulação Departamento de Obras Públicas Div. Tratamento de Esgotos Superint. Div., Despesas 52 33.02 33.03 33.04 33.05 34.00 Saneamento e Remoção de Resíduos 34.01 35.00 3402 34.03 34.04 34.05 34.06 Outros Serviços e Obras Públicas 35.01 35.02 35.03 35.04 35.05 35.06 35.07 35.08 35.09 35.10 35.11 35.12 35.13 35.14 35.15 35.16 36.00 35.17 36.01 Outros Serviços e Obras Públicas Gerais e de Escritório Operação Estação de Tratamento Principal Operação Est. Tratam. De Camp Callan Lab. e controle sulfeto Manut. e Operação de instal. de bombeamento Departamento de Obras Públicas Div. Saneamento Superint. Div., Despesas Gerais e de Escritório Coleta e Rem. Lixo Org. Coleta e REM. Lixo Com. Coleta Animais Mortos Limpeza Orla Limpeza Estádio Departamento de Obras Públicas Div. Prédios Públicos Superint. Div., Despesas Gerais e de Escritório Manutenção Prédios e terrenos do Governo Manutenção Prédios e terrenos Dept. Policia Manutenção Prédios e áreas Corpo Bombeiros Manutenção Prédios e terrenos Dept. Saúde Manutenção Prédios e terrenos Biblioteca Manut. prédios e áreas parque e recreação Manut. Prédios e áreas Mission Beach Center Manutenção Prédios e áreas Dep. Obras Públicas Manutenção Dept. Águas e instalações Reparos vandalismo em instalações municipais Reparos móveis e equip. todos os Departamentos Serviços Limpeza Preparação eventos com. Fabricação sinalização Construção – prédios e equipamentos Projetos Especiais Departamento de Obras Públicas Divisão 53létrica Superint. Div., Despesas 53 36.02 36.03 36.04 36.05 36.06 36.07 36.08 37.00 Outros Serviços e Obras Públicas 37.10 37.20 38.00 37.30 Outros Serviços e Obras Públicas 38.10 39.00 40.00 40.21 40.22 40.23 40.31 51.00 40.33 40.34 40.91 40.92 40.93 40.94 40.95 40.96 Contribuição para Sistema de Aposentadoria 51.01 51.02 52.00 Governo Geral Gerais e de Escritório Manut. e Operação de sistemas Iluminação Vias Manut. e Operação Sistema Semáforos Manut. Operação Rádio e outros equip. eletrônicos Manutenção outras instalações elétricas Operação quadro distribuição telefones Manut. motores, geradores e equip. controle Serviço Eng. Elétrica Superint. Div., Despesas Gerais e de Escritório Departamento de Obras Públicas Divisão Parquímetros Superint. Div., Despesas Gerais e de Escritório Manut., reparos e consertos parquímetros Coleta moedas parquím. Departamento de Obras Públicas Divisão Administração Superint. Div., Despesas Gerais e de Escritório Departamento de Obras Públicas Trabalho em andamento Dotações Gerais Comitê Munic.- Escritório administração Comitê Munic. – Camp Cuyamaca Comitê Munic. – Palomer Camp. Incêndio, Fid. e Seguro Geral Serviços Profissionais Diversos Galeria de Artes Museu Serra Museu História Natural Museu do Homem Orquestra Sinf. San Diego Orquestra Fil. San Diego Sistema de Aposentadoria Sist. Apos. Funcionários Municipais Sistema Apos. Policia e Corpo de Bombeiros Propaganda e Publicidade – 54 52.02 52.03 52.04 52.05 54.00 Serviço da Dívida 56.00 Melhorias Públicas Permanentes Promoção Comunitária Câmara do Comércio Câmara Comércio Junior Gabinete Conv. San Diego Califórnia Club – San Diego Feira e Exibição Munic. Saldo Transportado Reserva Salários Ajustes Portaria Saldo Transport. Reserva Contingências anos anteriores Juros e Resgate de Obrigações 60.00 Serviços de Utilidade Pública Despesas de Capital 53.00 52.06 Reserva Contingências 53.10 53.20 53.60 53.70 61.00 62.00 63.00 64.00 66.00 Departamento de Águas Diretor Águas Div. Engenharia Div. Produção Div. Controle e Pesquisa Divisão Distribuição 70.01 Departamento Portos Manutenção instalações Fort Ronecrans p/ US Training Center Lagoon Manut. instalações Center Lagoon Ash Street Manut. instalações Lindbergh Field Manut. Instalações Coronado Ferry Landing Manut. Instalações Coronado Ferry – Beardsley Street Manut. Instalações Beardsley St. – US Naval Station Administ. Departamento Tráfico e Oper. Porto Manut. Reparo equipamentos Despesas Gerais Atividades Diversas Compras, alterações e instal. equipamentos Apropr. Contingências Engenharia construções Constr. Instal. Tideland Gráfica – Fundo Capital de Giro 70.00 70.02 70.03 70.04 70.05 70.06 70.21 70.22 70.23 70.24 70.25 70.26 81.00 70.27 70.30 70.31 81.01 55 81.02 83.00 81.03 81.08 81.09 Almoxarifado Central 83.01 83.02 83.03 83.04 85.00 88.00 Segurança Pública Outros Serviços e Obras Públicas 88.10 88.20 88.30 88.40 Despesas supervisão e desp. Gerais Operações impressão e encadernação Cópias e serviços diversos Receita serv. Prestados Contas estatísticas, despesas e compensação Almoxarifado Central Fundo Capital de Giro Materiais e suprimentos comprados para estoque Despesas supervisão Operações Almoxarifado Operações Recuperação Defesa civil Oficina Central – Fundo Capital de Giro Despesas Superint., Escritório e Áreas Publ. Manutenção, reparos e remessa equipamentos Oficina Central e Serviços de transportes Compras, alterações e inst. novos equipamentos Fonte: Arquivos, Gabinete do Orçamento 56 Contas de custos. Neste tópico serão discutidos os códigos e as instruções para o uso das contas. Codificação. Os Departamentos, como também as atividades departamentais são identificados mediante códigos (Tabela III). Para cada subatividade existe um número de conta. Esses códigos são estabelecidos para facilitar a identificação do departamento, a atividade e a subatividade. Isto pode ser observado nos exemplos citados acima. Instrução sobre o uso de contas. A cobrança das contas de custos codificadas demanda explicações detalhadas. Um conjunto completo de instruções foi preparado pelo auditor e controlador municipal a fim de que os supervisores, staff, Departamento Financeiro e funcionários possam entender o uso das contas. Um único exemplo, na Tabela IV, mostra a natureza e a importância dessas instruções. Determinação de unidades de trabalho. A estimativa das despesa para um programa de trabalho vai resultar da aplicação de custos unitários desenvolvidos, dentre um número estimado de unidades de trabalho. O desenvolvimento de ambos os fatores será objeto de análise complementar. Neste ponto, demonstra-se que a escolha da unidade de trabalho é um passo muito elementar. As operações realizadas pelo Departamento de Obras Publicas geralmente são mensuráveis em termos de unidades de trabalho. A Tabela V, por exemplo, apresenta unidades amplamente usadas nesta área. Essas unidades atendem a condições exigidas pela teoria de mensuração do trabalho. Elas são simples, reconhecíveis, controláveis, facilmente calculadas e associadas ao trabalho desempenhado. Resumindo, essas unidades constam dos critérios gerais do Professor Frank Sherwood: Para cada atividade, subatividade ou operação, fazer uma escolha provisória das atividades, subatividades ou operações mais importantes. A unidade de trabalho selecionada deve ser aquela que refletir melhor uma iniciativa de trabalho, e isto é uma indicação razoável do volume de trabalho realizado. Ela deve expressar o produto e não necessariamente o resultado da atividade. A unidade selecionada precisa ser facilmente contável. Ela deve ser expressa em terminologia que seja familiar à atividade mensurada, com dados comparativos facilmente disponíveis, seja por meio de relatórios atuais ou de análise de registros do departamento. Registro de despesas. Uma vez que seja possível mensurar e que as unidades de trabalho adequadas tenham sido selecionadas de acordo com os critérios recomendados, um sistema de prestação de contas de custos torna-se um passo elementar para o orçamento por desempenho: esse sistema fornecerá as despesas acumuladas e as unidades de trabalho acumuladas em cada operação para o ano fiscal corrente. O custo unitário, que é um dos elementos da formula, é facilmente obtido dividindo-se as despesas acumuladas pelas unidades de trabalho acumuladas. 57 Na Cidade de San Diego, os procedimentos da IBM são usados na preparação dos relatórios mensais. Isto significa que a seção atual deve começar a partir da análise de cartões onde as unidades de trabalho e os custos são registrados pelos funcionários e, em seguida, perfurados e organizados automaticamente. Encargos trabalhistas são relatados em cartões tabulados da IBM fornecidos pelo Escritório de Auditoria. Cartões de mão-de-obra diários (Figura 6) são fornecidos aos funcionários que trabalham para diferentes contas de custos. Para todos os funcionários são fornecidos cartões de mão-de-obra duas vezes por mês. As frações de hora são registradas em décimos de hora. Tanto as horas inteiras como as frações de horas são expressas em decimais. Exemplos: 6 minutos = .1 hora/homem 1 h e 12 = 1.5 horas/homem O tipo de trabalho realizado é identificado por códigos usados em conjunto com cada conta ou ordem de serviço. As informações a seguir são inseridas em todos os cartões de tabulação usados para o registro dos encargos trabalhistas: 1. O número da conta de custo ou da ordem de serviço designada à tarefa. 2. O número do departamento solicitante e o número da função, caso se aplique. 3. As horas/homem cobradas na conta ou ordem de serviço. 4. Tipo de número de código de trabalho. 5. Assinatura do empregador 6. Assinatura do supervisor. 7. Breve descrição do trabalho. 8. Número do respectivo departamento, número do funcionário, nome do funcionário e data quando a informação não for escrita previamente. Os cartões de trabalho, como também os outros descritos abaixo, são analisados cuidadosamente em busca de exatidão na prestação de contas e tempo de trabalho. No exemplo (Figura 6), três operações diferentes foram executadas em 8 horas: 91) coletar o animal morto; (2) limpar o lixão ilegal; e (3) limpar a praia. As informações acima e o custo de mão de obra em dólares são perfurados no cartão. 58 FIGURA 6 CARTÃO DE TRABALHO DIÁRIO Descrição: 1. Coletar carcaça de cão na Rua Adams, 30. 2. Limpar lixão irregular na Rua Broadway, 3 3. Limpar orla Pacific Beach FIGURA 7 CARTÃO DE TRABALHO QUINZENAL Fonte: Arquivos, Departamento Financeiro 59 A utilização de equipamentos também é relatada diariamente ou quinzenalmente por meio de cartões IBM sempre que for necessário. As milhas ou horas que cada equipamento for operado devem ser registradas nos cartões de uso de equipamentos (Figura 8). Vários dados são registrados: equipamentos, funcionários, supervisor, conta de custo ou ordem de serviço, número de milhas ou horas, pedidos e números de departamento e uma breve descrição do trabalho. FIGURA 8 CARTÃO DE EQUIPAMENTO Descrição: 4. Coletar carcaça de cão na Rua Adams, 30. 5. Limpar lixão irregular na Rua Broadway, 3 6. Limpar orla Pacific Beach Fonte: Arquivos, Departamento Financeiro 60 TABELA IV EXPLICAÇÃO DOS ENCARGOS NAS CONTAS DE CUSTOS 34.01 4001 Supervisão Administrativa Salário do superintendente da divisão e qualquer pessoa atuando nesta função, bem como todos os custos relativos à superintendência da divisão. 4002 Despesa de Escritório Salários administrativos e outra despesas de escritório, como materiais, postagem, telefone, telégrafo, custos de manutenção de equipamentos de escritório, etc. 4003 Férias Férias pagas aprovadas 4004 Licença médica Licença por motivo de saúde paga aprovada 4005 Férias e Licença médica Para uso apenas do Escritório do Auditor. O valor creditado nesta conta representa as despesas estimadas de férias e licença medica distribuídas entre as várias contas de custos, usando as taxas de hora padrão. Essas taxas incluem provisão para esses fatores. 4006 Licença Militar Salários e encargos pagos apenas durante licença autorizada por motivo militar. 4007 Férias não Programadas Férias não programadas oficialmente autorizadas. As férias padrão estão incluídas nas taxas de hora padrão e não devem ser reportadas. Treinamento em Serviço Os custos de mão de obra e outros custos relativos às reuniões de segurança, treinamento e programas de treinamento. Manutenção de Equipamentos e Despesas de Ferramentas Todos os custos relativos a despesas de ferramentas e manutenção de equipamentos aplicáveis a mais de uma conta de custos ou ordem de serviço. Incluir também todos os custos ligados a uniformes para funcionários. Despesas Diversas Despesas não cobradas em outras contas ou ordem de 61 serviço específica. Essas despesas devem ser mantidas nos valores mínimos. Conta de Compensação de Folha de Pagamento Esta conta representa a diferença entre a mão de obra cobrada das diversas contas de custos nas taxas médias hora, e as folhas de pagamento de controle. Seguro de Indenização Apenas prêmio de seguro de indenização do governo 34.02 4021 Coleta e Destinação do lixo Supervisão Tempo do encarregado e todos os custos relacionados à coleta e supervisão da destinação do lixo. 4022 Coleta de Lixo Todos os custos incorridos relativos à coleta de lixo. 4024 Destinação do lixo Todos os custos incorridos relativos à destinação do lixo. 34.04 Coleta de carcaças de animais mortos Coleta e destinação de carcaças de animais; todos os custos incorridos relativos à coleta e destinação de carcaças de animais mortos. Fonte: Departamento Financeiro 4061 62 TABELA V UNIDADES DE TRABALHO NA MANUTENÇÃO DE SERVIÇO CENTRAL Unidade de Trabalho 3102 3103 3106 3402 3403 3404 3405 Manutenção de Vias e Becos Sem Pavimentação 1022 Raspagem e borrifação 1023 Manutenção de prensa de drenagem Milhas Pé linear Manutenção de Vias e Becos Pavimentados 1043 Revestimento por lavagem 1045 Novo revestimento Jarda quadrada Toneladas pés quadrados Limpeza de Vias 1102 Varrição Manual 1107 Controle de ervas daninhas Milhagem meio fio Pés quadrados Coleta e Destinação de Lixo Orgânico 4022 Coleta de Lixo Orgânico 4024 Destinação de Lixo Orgânico Toneladas Toneladas Coleta e Destinação de Lixo Comum 4042 Coleta de Lixo 4044 Destinação de Lixo 4045 Limpeza de Lixões Ilegais Toneladas Toneladas Locais Coleta de Carcaças de animais mortos 4061 Coleta e Destinação de carcaças de animais Unidade Limpeza da Praia 4072 Área de Mission Bay Jardas cúbicas 3406 Limpeza do Estádio 4081 Limpeza Estádio 3602 Manutenção e Operação de Sist. Iluminação de Vias 6205 Limpeza luminárias Evento Unidade limpa Haste pintada 6207 Pintura hastes luminárias pendentes Tarefa 6231 Manutenção hastes luminárias pendente No. de lâmpadas 6242 Lâmpadas de luminárias incandescentes Tarefa 6263 Reparos em Sistema de Cabeamento Fonte: Arquivos, Departamento Financeiro 63 Para coletar a carcaça do animal mencionado acima, o equipamento no. 3310 (caminhão) percorreu 25 milhas. Uma lista de taxas de aluguel de equipamento, preparada para cada classe de transporte e revisada periodicamente, indica que a classe de equipamento no. 3301 deve ser cobrada a uma taxa de US$ 0.09 por milha. Esses dados, como também o custo total de despesas com equipamentos para aquela operação específica, ou seja, US$ 2.25, é perfurada no cartão. Quando não é possível cobrar com base nas operações específicas, um tipo diferente de cartão é utilizado (Figura 9). Aqui, a cobrança de uma atividade é feita apenas com base nas milhas ou horas de utilização. FIGURA 9 CARTÃO DE EQUIPAMENTO QUINZENAL Fonte: Arquivos, Departamento Financeiro O controle de material usado é obtido a partir de um tipo diferente de cartão (Figura 10), onde é registrada a informação principalmente de uma requisição de almoxarifado (Figura 11). As informações incluem: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. Data da operação Identificação detalhada do material Preço unitário Valor total No. de requisições do almoxarifado Quantidade utilizada Conta de custo ou ordem de serviço Departamento a ser cobrado Número do estoque Quantidade mínima (estoque) para aquele tipo de material Quantidade em mãos. 64 FIGURA 10 – CARTÃO DE MATERIAL 65 FIGURA 11 REQUISIÇÃO DO ALMOXARIFADO Fonte: Departamento Financeiro 66 Relatório de despesas Relatório dos custos operacionais. A cada mês os cartões perfurados são automaticamente tabulados e um relatório de custos operacionais é preparado para o mês corrente e ano fiscal corrente. Esse relatório fornece os dados sobre custos funcionais detalhados por contas de custo e elementos de custos dentro de cada conta. O relatório parcial abaixo (Figura 12) mostra, por exemplo, que 5.628,5 toneladas de lixo foram coletadas até outubro do ano fiscal 1953-1954. Essa operação custou US$ 74.943,79, indicando que a coleta de cada tonelada custou ao município em torno de US$ 13,20. É importante para o administrador saber que 11.415 animais mortos foram coletados durante 4 meses e que o contribuinte pagou US$ 2.796,39 pela coleta. Esses números representam uma media de US$ 0.24 pela coleta de cada animal. Um relatório de custos também fornece elementos de análise valiosos para o estabelecimento de custos padrão. Um custo padrão, de acordo com a definição de Frank Sherwood, “é o que deveria ser o custo de realizar uma operação ou produzir um produto, quando são usados mão de obra, material e equipamento de forma eficiente, sob condições normais e razoáveis.”50 Deve-se observar (Figura 12) que as despesas dessa operação são apresentadas por amplas classificações de contas de salários, serviços contratuais, materiais e suprimentos, encargos fixos e aluguel de equipamentos. Sempre que possível, o número de unidades de trabalho realizado em cada conta de custo é também indicado. Análise de Mão de obra. Uma análise de mão de obra para o mês corrente e ano fiscal até o momento identifica as diversas classes de mão de obra cobradas em cada conta de custos e fornece uma tabulação de mão de obra total resumida por classes. Despesas e receitas de equipamentos. Este relatório mostra como o equipamento é cobrado para o mês corrente e o ano fiscal até a data entre diversos outros elementos, existe apenas um que oferece informação valiosa para análise e controle: o custo total de crédito comparado com o custo total cobrado em uma classe de equipamentos (Figura 13). 50 Ibid., sem numeração de página. 67 FIGURA 12 DIVISÃO DE SANEAMENTO – RELATÓRIO DE CUSTOS GABINETE DO AUDITOR E CONTROLADOR MUNICIPAL CIDADE DE SAN DIEGO 68 FIGURA 12 DIVISÃO DE SANEAMENTO – RELATÓRIO DE CUSTOS (continuação) 69 FIGURA 12 DIVISÃO DE SANEAMENTO – RELATÓRIO DE CUSTOS (continuação) 70 FIGURA 12 DIVISÃO DE SANEAMENTO – RELATÓRIO DE CUSTOS (continuação) 71 FIGURA 12 DIVISÃO DE SANEAMENTO – RELATÓRIO DE CUSTOS (continuação) Fonte: Arquivos, Departamento Financeiro 72 FIGURA 13 RELATÓRIO DE DESPESAS E RECEITAS DE EQUIPAMENTOS Fonte: Departamento Financeiro 73 Estimativas baseadas em unidades de trabalho. A estimativa das unidades de trabalho a serem executadas no ano fiscal subsequente deve ser a mais objetiva possível. A coleta de lixo, por exemplo, é calculada como segue abaixo, de acordo com as instruções emitidas pelo gabinete do orçamento: 1. A tonelagem de lixo coletado por mês é marcada em um gráfico durante um período de três anos. 2. São considerados os fatores relacionados, como a atividade de construção, a quantidade de coleta de lixo particular e as flutuações sazonais na coleta, como indica a experiência dos anos anteriores. 3. Uma linha de tendência projetada é desenhada para o próximo ano orçamentário. 4. As coletas mensais projetadas são “retiradas” da apresentação gráfica e acumuladas para se chegar à estimativa total de coleta para o ano seguinte. O custo total da coleta estimada, bem como o custo de mão de obra, material, equipamento, encargos fixos, e serviços contratuais que englobam o custo total pode ser facilmente desenvolvido a partir dos relatórios de custos. Sendo calculado o total de horas/homem, as necessidades de pessoal serão estabelecidas. ... dividindo o total de horas/homem necessário pelas horas de trabalho padrão reais de cada trabalhador por ano. As equipes de coleta de lixo são compostas de um condutor de caminhão (Tripulante II de saneamento) e dois Tripulantes I de Saneamento. A necessidade total de mão de obra para esta conta de custos, portanto, é distribuída por classificação em uma relação de 2 por 1.51 Atividades recreativas. Até este ponto, a discussão se limitou às atividades e operações suscetíveis a mensuração objetiva, em termos de unidades de trabalho executadas e mão de obra necessária para a realização do trabalho. Esse sistema de mensuração, amplamente utilizado em áreas como a pavimentação e limpeza de ruas, coleta e destinação do lixo e inspeção de prédios, deu origem a padrões de desempenho desenvolvidos na Cidade de San Diego, com base em pesquisa continuada. No entanto, existem atividades, como policiamento, administração de incêndios, recreação, que, devido à sua natureza, não são compatíveis com as técnicas convencionais de mensuração de trabalho. Esta seção trata de uma dessas atividades – programas de recreação. A principal finalidade é mostrar ... como a cidade de San Diego estabeleceu padrões de pessoal e outros padrões de recreação para definir melhor os serviços administrados, melhorar os 51 Gabinete do Orçamento da Cidade de San Diego, Técnicas de Orçamento por Desempenho Instruções, outubro de 1953, p. 2. 74 métodos orçamentários, planejar e situar novos serviços e ajustar os requisitos de pessoal e de serviços de ano a ano. 52 Em outras palavras, o objetivo continua sendo estabelecer padrões, porém não padrões baseados nos critérios normais de desempenho. Em 1952, o Departamento de Parques e Recreação e o Gabinete do Orçamento da Cidade de San Diego realizaram um estudo53 que representou uma das maiores conquistas do pais com relação padrões da importante área de atividades de recreação. Nas páginas seguintes, será feita uma tentativa de apresentar os procedimentos básicos desse estudo.54 Pesquisa sobre recreação. O estudo foi elaborado para estabelecer critérios e padrões para calcular as necessidades anuais de pessoal, materiais e suprimentos para a operação dos centros de recreação e playgrounds comunitários. Obviamente, os padrões de pessoal são o item mais importante deste estudo, já que o custo de pessoal representa mais de 90% das despesas totais da atividade recreativa. O esboço que se segue indica a estrutura da pesquisa. Um breve comentário sobre cada um dos passos traz uma percepção sobre as técnicas envolvidas, principalmente do ponto de vista da objetividade. 1. 2. 3. Em primeiro lugar, os padrões básicos de planejamento dos serviços de recreação foram adaptados, conforme recomendação de fontes qualificadas, como a Associação Nacional de Recreação e a Sociedade Americana de Autoridades em Planejamento. Foi feito um estudo sobre a Cidade de San Diego a fim de determinar (a) “se os tipos adequados de serviços estavam sendo prestados e distribuídos de forma igual e lógica, e (b) a necessidade de redistribuição de antigos serviços por meio de um plano diretor ou outros meios.”55 Esse passo envolveu a mensuração e análise das áreas e da população dos serviços. O resultado foi uma avaliação cuidadosa dos serviços de recreação existentes, em relação aos padrões desejáveis (Figura 14). A fim de determinar padrões de amplo uso, tornou-se necessário determinar um modelo ideal de instalações recreativas para uma determinada população (Figura 15). Um cronograma de pessoal também foi criado para que as instalações tenham uma liderança profissional desejável (Figura 16). 52 Departamento de Parques e Recreação e Gabinete do Orçamento, Critérios e Padrões para Elaborar o Orçamento de Atividades do Centro Comunitário e do Playground para a Cidade de San Diego, junho de 1952, p. 1. 53 Loc. Cit. 54 Esta apresentação tem a intenção de ser apenas um resumo. Obviamente, a natureza desta dissertação não permitiria mais do que isto. 55 Ibid. Pág. 5. 75 4. 5. 6. 7. Este centro recreativo comunitário ideal atenderia aos padrões de mensuração das operações recreativas, exigindo uma equipe de pessoal menor. Foi então desenvolvida uma fórmula para determinar as diversas necessidades de pessoal para os locais que se encaixam nos padrões mínimo e máximo de contratação de pessoal. Depois que todos os locais foram mensurados e receberam uma pontuação, as áreas foram classificadas por tipo de operações e padrões de pessoal para cada tipo determinado. Os zeladores foram determinados mediante padrões normais de desempenho de unidade de trabalho. Com base nos cargos de liderança, foi desenvolvido um método de orçar serviços sem pessoal. Centro Recreativo Comunitário Modelo Instalações. Os padrões para a instalação de um centro recreativo comunitário bem planejado se basearam em um estudo cuidadoso das necessidades locais. Essas operações nos locais selecionados forneceram os elementos necessários para desenvolver os requisitos de pessoal desejáveis. Os estudos demonstraram que um total de 3.582 horas é o padrão máximo de operação para os centros recreativos comunitários amplamente desenvolvidos (Figura 17), levando em consideração os períodos escolares e as férias. Os resultados foram expressos primeiramente em horas/homem, porém foi feita uma conversão nas funções (Tabela VI). Total Média Ponderada . A Figura 15 mostra que foram considerados três fatores básicos na formulação do peso total de um centro recreativo comunitário ideal: 1. O nível das instalações e, portanto, o nível de programas que poderiam ser realizados. 2. A população atendida pelo centro (potencial de utilização) 3. Participação (utilização real das instalações). Os pesos 4, 2 e 1 foram designados respectivamente a esses fatores. Os componentes de cada fator também foram analisados e mensurados por administradores de recreação experientes. Um centro recreativo comunitário bem desenvolvido receberia então os seguintes pontos (máximo): Instalações: 400 População: 200 (população máxima: 25.000) População: 100 (média de 50 pessoas por hora) Total média ponderada: 700 Fórmula: Dividindo o número máximo de funções de um centro recreativo pleno, ou seja, 3.75 pessoas, pela pontuação máxima, 700 pontos, é obtido um fator de .00536. Isto significa que a equipe de liderança é alocada com base em .00536 funções avaliado por valor de ponto. É necessário um reajuste caso o centro recreativo não fique 76 aberto no período máximo de 3.582 horas por ano. A fórmula para o reajuste é a seguinte: P x Pl x H = RQ, onde P = pessoal por ponto (fator de valor) Pl = pontos avaliação do local H = percentual do horário máximo de operação (fator de reajuste) RQ = requisito de pessoal Exemplo: Usando um local com uma avaliação de 650 pontos, que fica aberto 3.250 horas por ano, a fórmula utilizada é a seguinte: .00536 x 650 x 3.250 = 3.582 .00536 x 650 x 90,7% = 3,16 funções No caso dos auxiliares de recreação, é usado um fator de .0081, em vez de um fator de .00536. Classificação de todas as operações recreativas. Todas as operações de recreação foram classificadas com base em um critério mínimo, como se segue: 1. Centros recreativos comunitários classe A 2. Centros recreativos comunitários classe B 3. Playgrounds escolares abertos à tarde e à noite. 4. Playgrounds escolares abertos somente durante o dia. Os critérios que definem o tipo de operação referem-se a localização, instalações externas, instalações internas, população atendida e distância mínima entre os centros comunitários. Classificação de pessoal alocado. A conversão de funções em classificação de cargos de pessoal alocado depende, principalmente, da classificação do centro recreativo comunitário. O pessoal de um centro classe A que foi orçado em 3 e ½ funções de liderança teria a seguinte classificação: 1 Líder de Recreação Principal, 1 Líder de Recreação Sênior e 1 ½ Lideres de Recreação Júnior. Em um centro recreativo comunitário classe B, não há Líder de Recreação Principal. Nesse caso, o Líder de Recreação Sênior fica responsável pelo local. Zeladoria. A Figura 18 mostra que o orçamento relativo à equipe de zeladoria baseia-se nos padrões de desempenho. Esses padrões de desempenho foram desenvolvidos por estudos de distribuição de trabalho, análise de atividades específicas e padrões desenvolvidos por outras agências. Orçamento de serviços que não envolvem pessoal. O custo das instalações, como gás, iluminação, energia e água, são orçados com base na experiência real de custos. A reserva para materiais e suprimentos – cozinha, recreação, equipamentos esportivos, etc. – baseou-se no número de lideres designados (Figura 19). Estudos cuidadosos demonstraram que cada função pode indicar uma necessidade de US$ 143 em materiais. O procedimento total é expresso por meio da seguinte formula: 56 56 Descobriu-se que uma soma fixa mínima de US$ 68 foi necessária em todas as localizações. 77 Posições de liderança designadas x US$ 143 / US$ 68 = Reserva anual para suprimentos de recreação. Suprimentos de Serviços Gerais. Análises demonstraram também que os zeladores utilizaram aproximadamente US$60 em materiais por ano. O número de zeladores, calculado com base nos padrões de desempenho, multiplicado por US$60, demonstra o total anual de suprimentos para uso da zeladoria (Figura 19). 78 FIGURA 14 TIPOS E DISTRIBUIÇÃO DE SERVIÇOS DE RECREAÇÃO ESTUDO E DESIGN POR ORIN K. COPE Fonte: Arquivos, Gabinete do Orçamento 79 FIGURA 15 FATORES BÁSICOS QUE INFLUENCIAM AS DESPESAS DO CENTRO RECREATIVO ESTUDO E DESIGN POR ORIN K. COPE 80 FIGURA 16 QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE PESSOAL PARA O CENTRO RECREATIVO ESTUDO E DESIGN POR ORIN K. COPE Fonte: Gabinete do Orçamento 81 FIGURA 17 HORAS DE OPERAÇÃO PARA CENTROS RECREATIVOS COMUNITÁRIOS PLENAMENTE DESENVOLVIDOS ESTUDO E DESIGN POR ORIN K. COPE TABELA DE PESSOAL DOIS DIAS TÍPICOS DE VERÃO Fonte: Arquivos, Gabinete do Orçamento 82 TABELA VI CLASSIFICAÇÃO DE CARGOS DE RECREAÇÃO Cargo Quantidade de Funções de tempo integral Função Lideres de Recreação (Principal, Sênior e Júnior) 3.75 Auxiliar de Recreação .56 1.58 h para operação de rotina, checagem de entrada e saída de equipamentos, ajudar os auxiliares Auxiliar de Recreação .112 208 h anuais ou dois períodos de 2 h semanais para a realização de eventos esportivos nos centros com as instalações apropriadas Acompanhante .112 208 h ou dois períodos semanais de 2 horas para acompanhar os programas de dança Fonte: Gabinete do Orçamento 83 FIGURA 18 AVALIAÇÃO DO TRABALHO DO ZELADOR ESTUDO E DESIGN POR ORIN K. COPE PADRÕES UNIDADE TIPO DE TRABALHO HOMENS ANO REQUISITOS CENTRO PLENAMENTE DESENVOLVIDO NUMERO EQUIVALENTE UNIDADES HOMENS ANOS LIMPEZA DO PRÉDIO CAMPO DE SOFTBALL (ILUMINADO) CAMPO DE BASEBALL (NÃO ILUMINADO) QUADRAS VÔLEI – BASQUETE (ILUMINADAS) ÁREA RECREAÇÃO CRIANÇAS PEQUENAS ÁREA RECR. CRIANÇAS INTERMEDIÁRIAS QUADRAS DE TÊNIS (ILUMINADAS) QUADRAS DE JOGOS DE TABULEIRO MANUTENÇÃO ÁREAS COM PAISAGISMO MANUTENÇÃO ÁREAS SEM PAISAGISMO TOTAL 1.502 FONTE: GABINETE DO ORÇAMENTO 84 FIGURA 19 SUBSÍDIO PARA DESPESAS QUE NÃO ENVOLVEM PESSOAL ESTUDO E DESIGN POR ORIN K. COPE MATERIAIS DE RECREAÇÃO E SUPRIMENTOS MATERIAIS PARA ZELADORIA 85 Resultados do Estudo.57 Orin Cope relaciona os resultados dos estudos conforme abaixo: 1. Os padrões básicos foram disponibilizados para se determinar a necessidade de abertura de novos centros recreativos e/ou o abandono de áreas existentes. 2. Foram fornecidas orientações para mensurar as necessidades relativas de despesas futuras para as instalações recreativas. 3. Agora é possível desenvolver 93% das despesas operacionais anuais orçadas para fins recreativos de acordo com padrões bem definidos. 4. Foi feita uma economia de US$ 25.000 no orçamento no primeiro ano de operações das atividades existentes. O estudo teve um custo aproximado de US$ 1.800 em tempo do staff. 5. O serviço de recreação agora é fornecido numa base mais igualitária para todos os cidadãos de San Diego. Atividade de inspeção. A solicitação de despesas para o Departamento de Inspeção (função de segurança pública) no ano fiscal de 1953-1954 revela que o item serviços de pessoal corresponde a 88% do total de despesas. Os equipamentos não representam mais de 0.3%. As solicitações de pessoal são analisadas em 4 atividades mais amplas: administração, inspeção de prédios, inspeção elétrica e inspeção hidráulica (Figura 20). Essas estimativas baseiam-se em elementos objetivos, principalmente o número de inspeções de prédios estimadas para o próximo ano fiscal. Os procedimentos podem ser resumidos como abaixo: 1. Os registros apresentam o número de inspeções realizadas e as horas/homem gastas com essas inspeções. Um simples cálculo mostra o número de horas/homem que corresponde à unidade de inspeção. 2. O número de inspeções para o próximo ano fiscal é projetado. Os pedidos de orçamento para o ano fiscal 1953-1954 preveem 97,450 inspeções, inclusive de prédios, inspeções elétricas e hidráulicas. 3. As horas/homem que correspondem a uma inspeção multiplicadas pelo número estimado de inspeções para o próximo ano fiscal vão resultar nas solicitações de pessoal, em um total de horas/homem.O último passo será transformar essas horas/homem em posições de classificação. Administração de incêndios. O orçamento para a administração de incêndios envolve problemas semelhantes às atividades em que não é possível estabelecer unidades de trabalho tangíveis. Processos indiretos são desenvolvidos com o objetivo de distribuir pessoal para essas atividades. A ênfase é compreensível, já que é de 57 COPE, Orin K., Análise de Operações – a Base para o Orçamento de Desempenho (Palestra feita antes da Conferência da Associação Municipal de Oficiais de Finanças dos EUA e Canadá em 1953), p. 16. 86 conhecimento geral que o pessoal absorve a maior parte das despesas de proteção contra incêndios. FIGURA 20 ATIVIDADE DE INSPEÇÃO – REQUISIÇÕES DE ORÇAMENTO 87 FIGURA 20 (continuação) ATIVIDADE DE INSPEÇÃO – REQUISIÇÕES DE ORÇAMENTO 88 FIGURA 20 (continuação) ATIVIDADE DE INSPEÇÃO – REQUISIÇÕES DE ORÇAMENTO Fonte: Arquivos, Departamento Financeiro 89 Os processos aos quais nos referimos aqui baseiam-se em necessidades, e não em desempenho. A fim de estabelecer essas necessidades, foi realizada uma ampla pesquisa na Cidade de San Diego, fazendo uso extenso dos critérios desenvolvidos pelo próprio município, por outras comunidades ou por organizações especializadas nessa área. Alguns desses critérios são aqui mencionados: 1. Em cidades com mais de 200.000 habitantes, a brigada de incêndios deve estar disponível para lidar com dois grandes incêndios ao mesmo tempo. 2. Deve-se atender a qualquer incêndio dentro de 2 a 3 minutos. 3. Deve ser designada uma equipe dentro da brigada de incêndios para cuidar de um certo tipo de equipamento. 4. Deve haver uma equipe responsável pelos equipamentos durante 24 horas por dia. 5. É essencial um programa de prevenção de incêndio. Esses fatores são considerados, além da localização das estações, porém outros fatores também devem ser considerados na determinação da necessidade de pessoal, como a seguir: 1. 2. 3. 4. 5. Topografia da cidade. Densidade populacional e direção do crescimento. Tipo de uso e altura de prédios. Condições dos prédios. Experiências nas áreas. A contratação de pessoal nas atividades de combate a incêndio requer, como primeiro passo, a determinação das horas de trabalho anuais por pessoa. Dados: 52,134 semanas por ano 67,2 horas por semana 52,134 x 67,2 = 3504 horas por ano 3504 horas – 217,73 h (folgas, licenças medicas, férias) = 3286,27 365 dias x 24 horas = 8760 horas por ano 8760 = 2,6656 funcionários por função 3286,27 Uma equipe com 5 funcionários, uma com 4 e uma com 6 terão, respectivamente, os seguintes cargos: Capitão Tenente Engenheiro Bombeiro Equipe com 5 funcionários 1 1,67 2,67 8,01 13,35 Equipe com 4 funcionários 1 1,67 2,67 5,34 10,68 Equipe com 6 funcionários 1 1,67 2,67 10,68 16,02 90 Já foi mencionada a pesquisa que precede o estabelecimento de um bom programa de prevenção e combate a incêndio, bem como as estimativas de despesas para essas atividades. Essa pesquisa é abrangente e está vinculada aos Departamentos de Engenharia e Planejamento, uma vez que envolve diversos aspectos da vida comunitária. Frank Sherwood resume a importância dessa pesquisa, como se segue: Resumindo, a qualidade da pesquisa irá determinar o orçamento de proteção contra incêndios, fixando o número de empresas necessárias para oferecer o nível de atendimento desejado.58 Polícia. Geralmente, as requisições para a policia são definidas em termos de serviços e não de despesas individuais, como verbas para materiais e suprimentos, um novo cargo, etc. A abordagem básica é criar um programa definido de serviço policial em que as despesas são estimadas. Em termos gerais, duas situações devem ser consideradas: ampliar os serviços existentes e criar novos. Em ambos os casos, a justificativa das solicitações baseia-se no aumento das necessidades. Isto demanda um conhecimento detalhado da comunidade, do ponto de vista da atividade policial. Na Cidade de San Diego, isto se consegue por meio de relatórios mensais e anuais onde cada tendência é cuidadosamente analisada. Esses relatórios incluem: 1. Análise de pessoal. 2. Divisão de Comunicação (tempo no ar, mensagens via rádio para as viaturas, ambulâncias enviadas, guinchos enviados, etc.). 3. Divisão de delinquência Juvenil (prisões por idade, sexo, raça; distritos onde vivem, natureza das infrações cometidas por jovens, etc.). 4. Divisão de Patrulhamento (Análise por viatura: chamadas, prisões, citações, investigações, veículos recuperados, valor da propriedade recuperada, etc.). 5. Laboratório de Criminologia e Fotografia (exames). 6. Divisão de Detetives (classe das infrações, localização dos crimes por bairro). 7. Brigada Antivício (prisões e classificação) 8. Tráfico (análise detalhada dos acidentes: causas, tendências). 9. Tendências (crescimento populacional, aumento de pessoal, comparações com índices de outras cidades, tendências criminais). Outros elementos são acrescidos à análise antes que o departamento apresente suas requisições de orçamento: novas construções, novas instalações de serviços na Cidade, anexos, aumento dos valores econômicos em determinadas áreas, etc. Neste ponto, deve-se destacar que os grupos de contribuintes têm um papel importante no estabelecimento de novos serviços. O cidadão médio de San Diego parece ter uma compreensão muito clara de seu papel no governo. 58 SHERWOOD, op. cit. 91 Resumindo, deve-se afirmar que os pedidos devem ser avaliados pelo Gabinete do Orçamento antes de serem incluídos na proposta orçamental. Um dos resultados da análise em questão é uma revisão periódica da rondas. Ronda (“beat”) é a terminologia policial para uma área atendida por uma viatura de patrulhamento. Qual seria o tamanho de uma determinada ronda? Para responder a esta pergunta, o Departamento de Polícia considera fatores já mencionados, principalmente a incidência de chamadas na área, aspectos topográficos da região e o limite máximo de tempo para alcançar qualquer ponto onde existe uma chamada. Esse limite faz parte da política estabelecida pelo Conselho Municipal. Um estudo recente revelou o seguinte percentual: Ronda % Encaminhamentos Esses números podem levar a conclusões acertadas quanto à necessidade de novas ronda. Pode-se observar, por exemplo, que pelo menos três viaturas estão atendendo a áreas onde aparentemente existe alta incidência de chamadas. Estudos mais aprofundados podem apontar as causas e conduzir a uma definição de políticas. Uma análise dos limites das áreas atendidas pelas viaturas pode assegurar uma melhor distribuição do trabalho. O resultado também pode ser o estabelecimento de um novo sistema de ronda. Cada viatura de patrulhamento, de acordo com uma política estabelecida na Cidade de San Diego, deve ter três turnos, como indicado abaixo: Turno diurno (8 horas) 1o Turno noturno (8 horas) 2o Turno noturno (8 horas) Total 24 horas 1 policial de patrulhamento 2 policiais de patrulhamento 2 policiais de patrulhamento 5 policiais de patrulhamento 92 A distribuição de pessoal deve ser garantida durante 365 dias x 5 homens, ou seja, um total de 1825 dias/homem. Isto significa que procura-se contratar pessoal para uma viatura de patrulhamento, 24 horas por dia, de acordo com as condições dos turnos indicados acima. Cada homem trabalha uma média de 244 dias por ano, calculados a seguir: Dias Menos: a) Férias b) Folgas c) Licenças médicas Total....................... 365 16 98 5__ 121 244 dias por ano/homem Dividindo 1825 dias/homem por 244 dias por homem por ano, o resultado é 7,5 homens necessários para as 24 horas de uma viatura de patrulhamento de ronda por ano. Para se obter o custo total de um ronda de viatura de patrulhamento, devem-se adicionar outras despesas: equipamentos, materiais, etc. Os custos de uma ronda de patrulhamento de motocicleta e do patrulhamento feito a pé podem ser calculados seguindo procedimentos semelhantes. Assim, o trabalho do Conselho Municipal, ao considerar os pedidos de despesas do Departamento de Policia, será tomar a decisão em termos de dólares e dos serviços que cada dólar irá custear. Custo Histórico. A estimativa de despesas dos diversos setores da atividade do governo na Cidade de San Diego continua seguindo o processo tradicional de custos históricos. Nesse caso, as despesas são classificadas e atribuídas às contas por objeto. II. COORDENAÇÃO E INTEGRAÇÃO DAS ESTIMATIVAS Uma das fases mais importantes da formulação do orçamento na Cidade de San Diego é aquela em que as estimativas departamentais são analisadas, organizadas e integradas pelo Gabinete do Orçamento. Essas operações merecem referência especial do ponto de vista dos princípios de gestão. Elas são um meio de controle efetivo, porém, antes disto, e também de suma importância, elas oferecem uma participação real dos 93 diversos níveis na preparação dos programas administrativos. Essa descentralização parece ser um dos pontos mais importantes da administração municipal de San Diego. Por outro lado, como é possível ver claramente, essa revisão e coordenação limita a ação administrativa, estabelece os padrões para todas as atividades governamentais e ainda torna possível seguir precisamente a política estabelecida pelo Conselho Municipal. III. ESTIMATIVAS DE RECEITAS O administrador da Cidade de San Diego tem se preocupado muito com as despesas do orçamento. Assim, ele tem buscado uma maior precisão nas estimativas de receitas. Para isso, relatórios de receitas mais cuidadosos têm sido desenvolvidos, já que eles são valiosos para fins de projeção de tendências. Na verdade, foram usados ambos os processos geralmente mencionados na literatura – projeção de tendências e médias móveis – entretanto, com mais ênfase no primeiro. San Diego apresenta peculiaridades de crescimento que precisam ser cuidadosamente consideradas na estimativa de receitas. Este é o motivo pelo qual o Gabinete do Orçamento não se apega dramaticamente a cada um dos processos, usando ambos e considerando também outros fatores ligados à avaliação da comunidade. As receitas estimadas de licenças de construções e estruturas, por exemplo, não estão seguindo a tendência obtida pelas projeções. Parece que novas condições estão determinando uma forte redução no volume de construções. Antes de encerrar esta seção, deve-se observar que as receitas foram classificadas e analisadas por fonte e por verbas (Figura 21). IV. RESUMO Grande parte das áreas na administração da Cidade de San Diego estão orçadas de acordo com a abordagem de desempenho, ou seja, em termos de programas de desempenho ou de serviços prestados. Essa abordagem orçamentária exige muita pesquisa de mensuração de trabalho. Os padrões de desempenho e os índices de contratação de pessoal foram cuidadosamente desenvolvidos e são objeto de pesquisa 94 contínua. O documento orçamental não reflete as amplas pesquisas e investigações que servem de base para a maioria das estimativas de despesas. FIGURA 21 FONTES DE RECEITA Fonte: Arquivos, Departamento Financeiro 95 96 CAPÍTULO VII ASPECTOS DA EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO I. REAJUSTES E CONTROLE ORÇAMENTÁRIO Uma vez adotado o orçamento pelo órgão legislativo, tem início a fase de execução. Esse estágio envolve uma atividade que torna o orçamento um processo contínuo. Primeiro, como já foi mencionado, é necessário reconsiderar os programas de trabalho dos departamentos à luz das dotações reais feitas pelo Conselho Municipal. Nesse estágio, os decretos de dotação e de tributação são o quadro de referencia para quaisquer reajustes necessários. Mudanças nos cronogramas e programas de trabalho dos departamentos por parte da equipe de orçamento possuem um impacto inegável sobre todo o processo administrativo. Em outras palavras, esses reajustes têm a ver com a gestão, porém são apenas um passo preliminar em um processo contínuo de controle que acontece daí em diante. Outros passos vão dar origem a uma supervisão contínua das distribuições de dotações, controles de pessoal e de ordens de serviço (Figura 3, pág. 42). Nesse processo de supervisão, as ideias preponderantes são (1) determinar as causas de qualquer variação ou mudança no programa de trabalho e desempenho; e (2) recomendar ações corretivas. Na Cidade de San Diego, essa atividade é realizada principalmente por meio da análise dos relatórios de custos, que indicam a maneira como estão sendo feitas as despesas, comparado com a distribuição trimestral de verbas estabelecida previamente. Esse controle é realizado junto com o Departamento Financeiro. II. ANÁLISE GERENCIAL Começando com o conceito de que programas de trabalho sólidos são o fundamento dos orçamentos com base em desempenho, o administrador da Cidade de San Diego dá uma ênfase especial à análise – “análise operacional” – que fornece os fatos fundamentais para o desenvolvimento dos programas de trabalho. A necessidade dessa análise é defendida fortemente em um excelente estudo de Orin Cope, ex diretor do Gabinete do Orçamento em San Diego e hoje assessor do gerente municipal. No referido estudo, “análise operacional” significa ... um exame abrangente do trabalho da unidade governamental: (a) para determinar se esse trabalho apresenta o tipo, a qualidade e a quantidade estabelecidos pela política pública; (b) para confirmar se o trabalho considerado necessário está sendo executado com eficiência.59 59 COPE, Orin K., op. cit., p. 1 97 Os parágrafos seguintes tratam de forma resumida das áreas mais abrangentes que são incluídas no conceito de análise operacional, conforme o entendimento do Gabinete do Orçamento da Cidade de San Diego. Avaliação dos objetivos operacionais. O analista da equipe deve realizar a tarefa importante e fundamental de avaliar a atividade da unidade governamental em termos das políticas estabelecidas pela legislação, pela Carta, pelos decretos e pelo código administrativo, bem como as diretrizes administrativas. Essa avaliação busca confirmar se os programas estão mantendo os limites dos objetivos governamentais como deveriam, de acordo com a política dominante. Esse tipo de estudo é relevante para o conceito de gestão e apoia fortemente a ideia de uma subordinação direta do Gabinete do Orçamento ao diretor administrativo. Estudos da organização. Esses estudos são uma atividade importante realizada pelo Gabinete do Orçamento. Avaliando a organização existente em cada unidade do governo, o analista vai descobrir como os supervisores e funcionários entendem os conceitos básicos da área organizacional, como autoridade, responsabilidade, agrupamento de atividades, delegação, unidade de comando, âmbito de controle, relações entre grupos, etc. As recomendações para a melhoria dos padrões existentes, possivelmente condensadas em manuais ou orientações gerenciais, podem ser desenvolvidas sob novos conceitos. Estudos específicos. Esta seção trata de alguns estudos específicos na área de análise administrativa, que tornaram-se objeto de frequentes considerações pelo Gabinete do Orçamento aqui discutido. Esses estudos foram criados especialmente, de forma direta ou indireta, para o desenvolvimento ou análise de programas de trabalho. Na verdade, devese ter em mente que o impacto orçamental de qualquer estudo que resulte no desenvolvimento ou no aperfeiçoamento de práticas administrativas é inevitável. Isto pode ser facilmente percebido na tarefa realizada pelo analista,60 como o desenvolvimento de planos organizacionais sólidos e adequados, planos operacionais, instruções operacionais e manuais de procedimento; estudos comparativos de práticas administrativas em outras jurisdições; estudos comparativos sobre o custo benefício de máquinas e equipamentos; desenvolvimento de métodos de simplificação do trabalho; preparação de planos para alocação de espaço; análise e melhoria de utilização de formulários e análise de diversas fases de administração de pessoal e salários. Análise de processo e métodos de trabalho. A fim de preparar um orçamento sólido com base em desempenho, o analista tem um grande trabalho a desempenhar. As análises de processo e os estudos de métodos darão a ele uma percepção das operações que constituem os processos ou procedimentos, tornando possível a eliminação ou combinação das operações individuais, buscando a melhoria da eficiência e a redução de custos. Utilização de equipamentos. Em termos gerais, este estudo foi realizado a fim de determinar a utilização atual e a possível utilização dos equipamentos. A utilização atual é confirmada por meio destas perguntas: (1) O equipamento está sendo usado da forma mais 60 PFIFFNER, John M. e LANE, S. Owen, Manual para Análise Administrativa, Dubuque, Iowa, W. M. C. Brown Company, 1951), p. 4. 98 efetiva? (2) Estão sendo usados os equipamentos mais eficazes? (3) Está sendo usado equipamento suficiente? A possível utilização do equipamento é estudada a fim de determinar seu efeito sobre o custo de mão de obra, velocidade e precisão dos processos de trabalho e as necessidades de espaço. O estudo de Orin Cope menciona as seguintes finalidades: a. b. c. d. e. f. Determinar que equipamentos disponíveis estão sendo usados na execução das operações para as quais eles são mais adequados. Assegurar que as máquinas sejam usadas para suplantar ou facilitar os esforços manuais da melhor maneira e com a maior viabilidade econômica. Confirmar que todos os equipamentos disponíveis sejam usados em sua capacidade ótima antes de comprar unidades adicionais. Garantir a transferência de equipamentos ociosos utilizáveis para atender à necessidade atual ou para a devida destinação que seja vantajosa para o governo. Dispor de equipamentos obsoletos e/ou gastos da forma mais vantajosa possível. Planejar cronogramas de substituição de equipamentos de modo a permitir a máxima eficiência operacional e a evitar simultaneamente o desembolso excessivo ou desproporcional durante o período fiscal.61 Planejamento do layout das instalações. A melhoria dos métodos e procedimentos de trabalho depende muito do design adequado das necessidades espaciais e outras instalações físicas no ambiente de trabalho. Além de assegurar a utilização do espaço tirando a maior vantagem Possível, o projeto de layout leva em consideração (1) as condições de trabalho que garantem eficiência e conforto; (2) as necessidades de supervisão e controle de pessoal do ponto de vista da organização e do espaço adequados; (3) futuras necessidades de ampliação. Mensuração do trabalho. Esta é uma ideia essencial no orçamento com base em desempenho. Como já foi dito, a ênfase está principalmente nos programas de trabalho e um programa de trabalho é melhor interpretado com base em uma avaliação. Uma discussão sobre as várias complexidades apresentadas pelo problema de se avaliar as atividades não é compatível com os limites desta breve dissertação. Para os fins deste estudo, basta enfatizar o relevante papel desempenhado pelo analista no estudo e aperfeiçoamento de técnicas de avaliação do trabalho. A fórmula de avaliação do trabalho, como já foi demonstrado, contem basicamente dois elementos: o rendimento do trabalho realizado e a mão de obra necessária para a realização daquele produto. O primeiro ingrediente da fórmula é expresso em unidades de trabalho. O último, em tempo dos funcionários. A relação entre os dois elementos reflete a avaliação do trabalho. 61 COPE, Orin K., op. cit. , p. 6. 99 O analista do Gabinete do Orçamento da Cidade de San Diego tentou desenvolver os componentes da fórmula. As unidades de trabalho foram estabelecidas e aperfeiçoadas sempre que Possível de acordo com critérios desenvolvidos a partir da experiência administrativa do dia a dia e da contribuição dos estudiosos dessa área. Na verdade, o orçamento baseado em desempenho torna-se uma expressão vazia quando ele não é precedido por um sólido sistema de unidades de trabalho, cuidadosamente estabelecido e testado. Parece importante observar que o administrador da Cidade de San Diego tem sido muito cuidadoso em relação ao significado do termo “padrão”. O alerta de Frank Sherwood tem sido um constante lembrete: Um padrão não é o custo unitário do ano passado, nem o custo estimado, nem aquilo que outra jurisdição estabeleceu como índice na distribuição de determinado pessoal. Pelo contrario, o custo padrão é definido como: aquilo que deveria ser o custo de se realizar uma operação ou produzir um produto, quando mão de obra, material e equipamentos são utilizados de forma eficiente, sob condições normais e razoáveis. As palavras chaves nesta definição são deveria ser. Está indicado claramente que os totais assim calculados se baseiam em uma ampla pesquisa e que representam uma avaliação da eficiência. 62 Relatórios de desempenho. A partir do que foi discutido nos capítulos anteriores, a importância de um sistema de relatórios periódicos no processo de controle de funções, atividades e projetos é clara. Esse controle é essencial. Ele deve se basear num dispositivo que apresenta dois elementos básicos: (a) a quantidade de trabalho de fato concluída e o custo; e (b) o nível de alcance contemplado pelo orçamento. A relação abaixo resume alguns pontos que receberam atenção especial com relação aos relatórios de desempenho no Gabinete do Orçamento: 1. Os relatórios devem ser preparados junto com o usuário. 2. Os relatórios devem ser compatíveis com as responsabilidades do usuário. 3. Devem ser feitas comparações do desempenho real com o desempenho planejado contemplado pelo orçamento. 4. Merecem atenção especial e imediata as questões que estão fora dos padrões ou do desempenho esperado. 5. Os relatórios de desempenho são inúteis ou perdem grande parte de sua importância quando não são preparados prontamente e dentro do prazo. 6. Deve haver uma análise de rotina das variações significativas.63 Formas de controle. O estudo dos formulários de escritório foi outra tarefa importante realizada pelo analista. Os objetivos desse controle foram definidos abaixo: 1. Eliminação de formulários obsoletos e desnecessários. 62 63 SHERWOOD, Frank, op. cit., sem numeração de páginas. COPE, Orin K., op. cit.. p. 8. 100 2. Controle de design a fim de buscar uniformidade e simplicidade no registro, transmissão, relato e elementos de processamento de dados do programa da organização. 3. Revisão periódica dos formulários existentes e análise de propostas de novos formulários, a fim de identificar e resolver problemas de organização e procedimentos. III. RESUMO O Gabinete do Orçamento realiza operações de controle específicas, bem como outra funções, como estudos sobre organização, avaliação de objetivos operacionais e técnicas de análise administrativa. Essas funções fornecem ao administrador os elementos para avaliar a eficiência e eficácia da administração. 101 CAPÍTULO VIII DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL Às atividades realizadas pelo Gabinete do Orçamento, que já foram aqui descritas, deve-se acrescentar uma última tarefa, que resulta em uma real contribuição à administração da cidade. Trata-se do treinamento de futuros analistas, bem como a preparação do pessoal operacional em questões pertinentes à preparação e execução do orçamento. O desenvolvimento da equipe pelo Gabinete do Orçamento será considerado nos seguintes parágrafos. I. PROGRAMA DE TREINAMENTO DE ESTUDANTES Existe um programa de treinamento de estudantes que é realizado pelo Gabinete do Orçamento em parceria com a universidade local. Em termos gerais, o programa tem características de um plano de estágio pré-serviço, oferecendo aos alunos de pósgraduação interessados em se engajar com as ciências políticas e a administração pública, cursos com amplo entendimento da administração municipal e conhecimentos específicos sobre questões como organização e técnicas de trabalho. Dois alunos estão sempre envolvidos nesse programa de estágio a cada semestre, dedicando a ele dois dias por semana. O Gabinete do Orçamento destacou os seguintes princípios básicos do programa de estágio:64 PROGRAMA GERAL PARA ESTAGIÁRIOS ADMINISTRATIVOS Ao recebê-lo no staff do Escritório de Orçamento, faremos um roteiro breve to programa em que deverá participar. Esperamos que este relacionamento que começa aqui trará benefício mútuo a todos os envolvidos. 1. Relacionamentos Pessoais. Em todos os sentidos, vocês serão considerados membros de nossa equipe durante o período de seu “estágio”. Durante o trabalho, vocês terão ocasião de contatar pessoal dos departamentos operacionais. Esses contatos serão geralmente na forma de entrevistas a fim de determinar um procedimento departamental específico. Desejamos enfatizar que deve haver muito cuidado nos relacionamentos interdepartamentais. Sua abordagem deve evitar quaisquer antagonismos ou conflitos de personalidades. O trabalho do analista é principalmente buscar fatos, e não se engajar em criticas aos procedimentos ou políticas dos departamentos, que possam resultar no desgaste das relações. Recomendamos que tenham uma abordagem profissional e, acima de tudo, 64 Gabinete do Orçamento da Cidade de San Diego, Programa Geral para os Estagiários Administrativos, San Diego, Califórnia, Outubro de 1950. 102 que sejam amáveis e tenham consideração para com todo o pessoal com quem tiverem contato, em todo o tempo. 2. Sistema de Conselheiros. A cada um de vocês será designado um membro da equipe que servirá de conselheiro. Essa pessoa irá discutir suas tarefas com vocês, exercendo uma supervisão detalhada de seu trabalho. Ele irá sugerir onde encontrarão as informações necessárias, apontar Possíveis métodos e abordagens a um problema e contribuir com críticas construtivas que permitirão que vocês tenham a oportunidade de melhorar suas técnicas de trabalho. Antes de iniciar o trabalho de qualquer projeto, um esboço do curso de ação proposto será preparado por vocês e seus conselheiros. Esse esboço será revisado pelo Gabinete do Orçamento ou pelo Assistente do Diretor para fins de aprovação. À medida que o trabalho for progredindo, seu Conselheiro irá apresentá-lo às pessoas que você irá entrevistar, participando da entrevista inicial para ajudá-lo a estabelecer sua posição. Sempre que tiver de cruzar linhas departamentais, o conselheiro irá ajudálo. Caso, durante qualquer entrevista, surgir uma diferença de opiniões, é melhor encerrar temporariamente a entrevista e contatar seu conselheiro. Ele então irá acompanhá-lo no processo de retorno à entrevista, cuidando do caso de acordo com a situação. 3. Relatórios. Normalmente, qualquer estudo irá terminar com um relatório escrito ao Diretor do Orçamento ou o Gerente da Cidade. Sujeito à aprovação prévia do Diretor do Orçamento, cópias desses relatórios poderão ser enviadas ao San Diego State College. Será assegurada a aprovação em todos os casos, salvo se os relatórios contiverem material de natureza confidencial. Além dos próprios relatórios, vocês deverão preparar uma declaração contendo as seguintes informações: (a) Objetivos do estudo. (b) Técnicas utilizadas e sua relação com o estudo. (c) Determinação do que foi aprendido como resultado do estudo. O. K. Cope II. PROGRAMA DE ESTÁGIO Objetivos Gerais. Este programa possui duas finalidades básicas: (1) “dar aos jovens com uma formação educacional adequada uma oportunidade de ter experiência nas operações reais do governo municipal; e (2) contribuir com pessoal suplementar para a equipe, a fim de agilizar seus programas de controle orçamentário e gestão administrativa.”65 Objetivos específicos. O estagiário deve participar das seguintes áreas: 65 Um programa de estágio administrativo estabelecido pelo Gabinete do Orçamento, Cidade de San Diego, foi a primeira fonte de informações para este capítulo. 103 1. 2. 3. 4. Revisão dos orçamentos dos departamentos. Estudos de gestão administrativa. Um programa de leitura supervisionada. Visitas a departamentos municipais. Revisão Orçamentária. O estagiário administrativo participa plenamente da atividade de revisão dos pedidos de orçamento propostos pelos departamentos operacionais. Esta revisão busca certificar (1) se as atividades realizadas estão de acordo com a política legislativa e gerencial; (2) a exatidão das estimativas; e (3) em geral, que a realização do plano departamental atinja os objetivos do governo economicamente. Após a revisão, o estagiário deve obter um conhecimento amplo de todo o processo orçamentário. Atividades de gestão administrativa. Esta área mais ampla engloba a análise dos métodos operacionais utilizados pelos Departamentos Municipais na realização de suas funções, relatando as descobertas e recomendações de melhorias ao gestor da cidade. Os objetivos deste estudo são formulados especificamente como a seguir: 1. Aperfeiçoar a organização departamental. 2. Modernizar e padronizar os métodos e procedimentos operacionais. 3. Em termos gerais, promover a utilização eficiente de pessoal, materiais e instalações na condução das questões municipais. Exemplos de técnicas específicas com as quais o estagiário administrativo deve se familiarizar também foram indicados nas instruções: 1. 2. 3. 4. 5. Preparação de quadros de organização funcional e estrutural. Preparação de tabelas de fluxo de processo. Preparação de layouts de escritórios e oficinas. Criação de formulários governamentais. Desenvolvimento de padrões de desempenho. Leituras Profissionais. O estagiário administrativo deve se engajar em um programa sistemático de leituras profissionais que são consideradas indispensáveis para os futuros candidatos a cargos administrativos e gerenciais. O estagiário deve ler e resumir aproximadamente mil páginas de material relacionado em uma bibliografia preparada pelo Gabinete. Pede-se relatórios curtos de cada leitura, dando atenção especial à análise do valor prático do material lido. Seções da relação bibliográfica dão uma ampla ideia dos critérios que conduziram a seleção dos diversos itens para leitura: 1. Orientação geral 2. Organização 3. Métodos, Análise e Simplif. do Trabalho 4. Layout de Escritório e Instalações 5. Elaboração de Formulários 6. Administração de Orçamento e Finanças 7. Avaliação do Trabalho e Estudo de Tempo 7 unidades 5 unidades 8 unidades 4 unidades 7 unidades 10 unidades 5 unidades 104 8. Estatística e Apresentação Gráfica 9. Redação de Relatórios 10. Relações Públicas Total............................... 5 unidades 1 unidade 2 unidades 54 unidades Para fins de avaliação, vamos ver quais as leituras marcadas em duas áreas da relação acima. Orçamento e Administração Financeira 1. Associação Internacional de Gerentes de Cidades, Administração de Finanças Municipais, 4a edição, 1949. 2. BUCK, A. E., Orçamento Público, 1929. 3. GARDNER, Fred. V., Controle Orçamentário Variável, 1940. 4. Comissão de Organização da Div. Executiva do Governo. Relatório ao Congresso. Orçamento e Contabilidade, 1949. Relatório da Força Tarefa de Atividades Fiscais, Orçamentárias e Contábeis (Anexo F), 1949. 5. EMMRICH, H. e outros. Simpósio sobre Teoria Orçamentária, Análise de Administração Pública, Vol. X, no. 1, Inverno 1950. 6. COPE, Orin K., Orçamento baseado em Desempenho – San Diego Coloca Plano em Efeito, The Tax Digest, Vol. 28, no. 12, dezembro de 1950. 7. San José, Califórnia, Orçamento e Contabilidade Orçamentária em San Jose, 1950 (mimeografado). 8. DONAHO, John A. O Orçamento Baseado em Desempenho, Municipal Finance, Vol. XXII, No. 3, fevereiro de 1950. 9. COPE, Orin K. Controle de Custos para Operações do Gabinete, Municipal Finance, vol. XXII, no. 3, fevereiro de 1950. 10.Gabinete Executivo do Presidente, Gabinete do Orçamento (EUA), Justificativa Escrita das Estimativas Orçamentárias, 1947. Estudo de Tempo e Avaliação do Trabalho 1. BARNES, Ralph M., Estudo de Movimento e Tempo, 1940. 2. CARROLL, Phil Jr. Estudo de Tempo para Controle de Custos, 1943. 3. RIDLEY, Clarence E.; SIMON, Herbert A. Avaliando as Atividades Municipais, 1943. 4. Gabinete Executivo do Presidente, Gabinete do Orçamento (EUA), Um Sistema de Mensuração do Trabalho – Desenvolvimento e Utilização, 1950. 5. Gabinete Executivo do Presidente, Gabinete do Orçamento (EUA),Técnicas para o Desenvolvimento de um Sistema de Mensuração de Trabalho, 1950. Visitas de Campo. Para que o estagiário se familiarize com o governo municipal como um todo, visitas de campo foram programadas a diversos departamentos e atividades. O programa inclui também reuniões do Conselho Municipal, Comitê de Planejamento Municipal e Comitê de Funcionalismo. 105 ORIENTAÇÃO DA EQUIPE OPERACIONAL As atividades realizadas pelo analista administrativo não atingem cada nível da organização municipal, obviamente. Estudos detalhados de operações específicas em níveis inferiores, que incluem geralmente análise de tempo e movimento, são delegados a assistentes administrativos nomeados para cargos departamentais. A equipe do orçamento preocupa-se, em termos gerais, com assuntos mais amplos envolvendo a relação departamental ou as políticas e regulamentos. Existe, no entanto, um tipo de atividade realizada pelo Gabinete do Orçamento que resulta em um contato mais próximo do analista administrativo com a equipe operacional. Trata-se do treinamento que busca familiarizar os que ocupam determinados cargos, em nível departamental, com os aspectos elementares da formulação e execução do orçamento (Figura 3, pág. 42). Isto inclui conferências sobre técnicas orçamentárias, simplificação do trabalho, mensuração do trabalho e o desenvolvimento de programas de trabalho. Este treinamento tem sido muito eficaz quando os departamentos estão preparando os programas de trabalho e as requisições de orçamento. II. RESUMO Os programas de treinamento e orientação realizados pelo Gabinete do Orçamento levam à preparação de futuros analistas e familiarizam o pessoal operacional com as técnicas orçamentárias. O programa de estagiários dá ênfase à formação acadêmica e demanda leituras especializadas no campo da administração pública. 106 CAPÍTULO IX O CONSELHO MUNICIPAL E O ORÇAMENTO Este tema sugere tópicos do tipo: (a) a participação da comunidade de San Diego na tomada de decisões sobre o planejamento financeiro; (b) a publicidade do documento orçamental; (c) a importância da audiência pública; e (d) consulta com o diretor administrativo buscando explicações detalhadas e os programas de trabalho. Entretanto, a finalidade deste capítulo não é tão ampla. Ele pretende apenas enfatizar a importância da abordagem do desempenho na análise legislativa do orçamento proposto pelo Executivo. Frank Sherwood comenta que a interpretação do orçamento proposto pelo Conselho tem um significado novo nas situações em que foi adotada a abordagem baseada em desempenho.66 Segundo ele: Nesses casos, os legisladores estabeleceram a política mais ampla em discussões anteriores com o administrador; e uma vez que as estimativas são apoiadas por ampla pesquisa e dados estatísticos, as considerações do legislativo tendem a limitar-se a alguns pontos de pressão, como seu próprio orçamento, publicidade, construção de capital, etc. Aliviado pelo tipo de revisão detalhada que geralmente caracteriza sua ação, o legislativo então pode dedicar mais energia a aproximar o orçamento das pessoas. O exemplo da Cidade de San Diego comprova essa afirmação. O Conselho Municipal, ciente da importância da abordagem orçamentária na maioria das áreas governamentais, revisa a proposta em termos de programas ou serviços prestados. Isto é possível em todas aquelas áreas onde, por meio de padrões estabelecidos, os dólares estão relacionados a uma quantidade estimada de serviços. Considerando, por exemplo, a proposta de aumento no serviço de patrulhamento, o Conselho tem em suas mãos todas as informações necessárias para chegar a uma decisão bem fundamentada, ou seja, o custo do serviço a ser executado por uma viatura de patrulhamento, uma motocicleta ou um policial a pé. Obviamente, de acordo com a abordagem de orçamento baseado em desempenho, não faria sentido se o Conselho Municipal impusesse um percentual de corte ou de aumento nos números que expressam as despesas policiais. Qualquer quantidade de dólares precisa ter um valor correspondente de serviços previamente determinado com base em pesquisa. O fato de o Conselho aceitar ou não uma proposta de nova viatura de patrulhamento é uma questão de política. Aceitando a proposta, no entanto, o órgão legislativo sabe exatamente a quantidade de serviço adicional que está sendo contratada. 66 SHERWOOD, Frank, op. cit., sem numeração de páginas. 107 I. RESUMO A maioria das estimativas de gastos propostas no orçamento da Cidade de San Diego é comprovada por ampla pesquisa, podendo ser traduzida em quantidades de serviço. Este programa faz com que o Conselho analise o processo com mais exatidão e, em vários aspectos, de forma mais consistente. 108 CAPÍTULO X CONCLUSÕES I. FINALIDADE DO ESTUDO Este estudo teve a finalidade definida de (a) analisar os procedimentos orçamentários na Cidade de San Diego e (b) relacionar esses processos à atividade gerencial. Em outras palavras, buscamos demonstrar de forma mais ampla como e em que medida a formulação e a execução do orçamento constitui um instrumento de gestão. II. GOVERNO MUNICIPAL A forma de governo na Cidade de San Diego expressa quase todas as características de uma diferenciação funcional e de uma integração administrativa. Na Cidade de San Diego, a administração não é apenas um processo de adaptação às lições de prática e rotina. Mais que isto, ela parece se desenvolver em torno de conceitos. A teoria é testada. A formação cultural dos principais líderes administrativos parece explicar o interesse com o qual os problemas são abordados. Esta conciliação da teoria com a prática é provavelmente uma das marcas que distinguem a administração da cidade. III. INTEGRAÇÃO FINANCEIRA As operações fiscais foram centralizadas em um departamento, dirigido por um diretor que presta contas diretamente ao diretor administrativo da cidade. Acredita-se que essa integração teve um impacto significativo sobre a melhoria da administração. IV. GABINETE DO ORÇAMENTO A elaboração do orçamento é a única função fiscal que não está incluída no Departamento Financeiro. Esta separação se realizou devido à convicção de que as operações orçamentárias devem ser vistas principalmente como uma ferramenta de gestão e, como tal, elas devem estar diretamente subordinadas ao gerente municipal. Não há evidências de que o Gabinete do Orçamento irá constituir uma ferramenta de gestão apenas se ela estiver diretamente subordinada ao Chefe do Executivo; nem a teoria nem a prática confirmam essa conclusão. No entanto, o administrador na Cidade de San Diego está convencido de que a maior proximidade dos procedimentos orçamentários com o gabinete do Chefe do Executivo trará maior continuidade e unidade ao processo de supervisão, decisões mais imediatas e maior intimidade da administração com as fases decisivas das operações e programas. 109 V. FUNÇÕES DO GABINETE De acordo com o que foi mencionado neste estudo, é evidente que as funções desempenhadas pelo Gabinete do Orçamento podem ser reduzidas a algumas poucas categorias mais amplas e básicas: (a) revisar as estimativas governamentais; (b) recomendar a integração dos programas departamentais com os programas gerais da administração; (c) analisar a implementação do orçamento e recomendar ações corretivas; (d) avaliar a eficácia e a eficiência administrativas; e (e) estabelecer e aplicar programas de treinamento e orientação. Grande parte das funções acima contem uma ideia de avaliação e controle, motivo pelo qual a prestação de contas torna-se essencial. Pressupondo que um bom sistema de prestação de contas seja necessário quando as metas são a avaliação e o controle, o Gabinete do Orçamento estabeleceu e utilizou formulários, relatórios de custos e de desempenho, gráficos, etc., que facilitam ou aperfeiçoam os métodos de coletar e analisar os dados. VI. TÉCNICA DE DESEMPENHO A maioria das despesas foi calculada e analisada de acordo com a abordagem do desempenho. Isto indica que a ênfase principal está no trabalho ou nos serviços que serão realizados e nos custos desse trabalho ou serviço, em uma ampla área da administração. Para atingir esta meta, as requisições de orçamento foram analisadas por funções e, sempre que possível, subdivididas em atividades e subatividades ou operações definidas. Uma vez que esses programas de trabalho foram traduzidos em estimativas de despesas monetárias, os procedimentos de mensuração do trabalho foram amplamente estudados e desenvolvidos. VII. PADRÕES Estabelecer padrões é uma meta, porém é de conhecimento geral que os índices não se tornam padrões antes de serem testados e aperfeiçoados por meio de uma pesquisa intensa e extensa. Contabilidade de custos. A principal fonte de dados para a determinação do custo de trabalho unitário e do número de unidades de cada função a ser executada no próximo ano fiscal, na cidade de San Diego, é o sistema de contabilidade de custos. Esse sistema, que está sendo aperfeiçoado a cada ano no Departamento Financeiro, registra as experiências passadas em termos de output e input, ou seja, a quantidade de trabalho produzida em unidades e a mão de obra utilizada a fim de obter essa quantidade de trabalho. Abordagem horas/homem. Em determinados casos, como na atividade de inspeção, a base para as estimativas de despesas tem sido o número de horas/homem necessário para desempenhar uma unidade de trabalho. Índices de contratação de pessoal. Em algumas áreas, como o combate a incêndios, recreação e administração policial, os índices de contratação de pessoal e suprimentos foram desenvolvidos com base nas necessidades, por meio de passos que envolvem: (a) 110 análise dos atuais níveis de serviço, instalações utilizadas e métodos de trabalho; (b) pesquisa dos níveis desejáveis de serviços municipais e instalações recomendados para atender a essas necessidades; (c) determinação da relação entre tamanho e atividade de uma instalação e suas necessidades de pessoal; e (d) utilização desses índices na elaboração das estimativas de despesas.67 Custo histórico. O custo histórico tem sido usado quando a atividade não é mensurável. Mesmo nesses casos, um detalhamento de todas as despesas da atividade é desenvolvido, sempre que possível. VIII. APRESENTAÇÃO DO ORÇAMENTO Na Cidade de San Diego, o orçamento não reflete a ampla pesquisa realizada buscando uma estimativa de despesas com base no desempenho. Parece que a apresentação do orçamento poderia ser aperfeiçoada. IX. ORÇAMENTO E GESTÃO Este resumo do que foi descrito no presente estudo indica que as elaboração do orçamento na Cidade de San Diego concentrou nas mãos do diretor administrativo elementos positivos de planejamento, pesquisa, controle e coordenação. Essas são funções de gerenciamento. 67 SHERWOOD, Frank., op. cit., sem numeração de páginas. 111 BIBLIOGRAFIA 112 BENGE, Eugene; BURK, S. L. e HAY, H. N. Manual of Job Evaluation. Nova Iorque, Harper and Brothers, 1941, p. 198 p. BOLLENS, John C., Appointed Executive Local Government. The California Experience. Los Angeles, Aldine Company, 1952, 233 p. BRADSHAW, Thorton F. e HULL, Charles C., Controllership in Modern Management. Homewood, Illinois: Richard D. Irwin, Inc., 1949l, 241 p. BRESFORD, E.C., A Modern Approach to Budgetary Control, Section 7, Book 2. Nova Iorque: Funk and Wagnalls, 1948, 59 p. BRINK, Victor Z., Managerial Control Through Internal Auditing. 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