Capo Verde
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Bollettino N° 1 Ottobre/Novemre 2007 - Pubblicazione sperimentale - Progetto “Campagna sensibilizzazione all’Associazionismo comunitario“ OMCVI - Provincia di Roma Caras Sócias, Carissimi lettori, Sin dalla sua creazione, l'OMCVI, l'Associazione delle Donne Capoverdiane in Italia, ha avvertito la necessità di un servizio di informazione e comunicazione per la comunità. Così, grazie alla diligenza delle sue prime dirigenti e alla gentile collaborazione della Radio Proletaria, divenuta poi Radio Città Aperta, ha avuto già dal 1988, anno della sua fondazione, la trasmissione Onda Capo Verde, oggi Radio B.Leza, molto apprezzata dalla comunità. Coordinatrice ne è l'OMCVI che la porta avanti grazie alla preziosa collaborazione di diverse persone, tra cui alcuni giovani. Anche se la Radio rimane la forma principale di comunicazione con la comunità, l'OMCVI non ha mai snobbato altre forme di comunicazione. Nel 1993 ha lanciato, infatti, il bollettino di informazione, “Recordai” e ancora prima, agli inizi degli anni 80, un gruppo di ragazze, alcune delle quali verranno poi ad essere membri dell'OMCVI, danno vita, grazie all'aiuto dei Fratti Cappuccini di Torino, alla rivista “Cabo Verde, Nha Terra”. Purtroppo, per motivi differenti, entrambi questi tentativi, hanno avuto vita breve, come del resto altri simili nella comunità. Ricordiamo qui la rivista “Promocabo” sorta nel 1999. Ma la sete di informazione e comunicazione nella nostra comunità rimane insaziata. Voi stesse ce lo avete manifestato, caras sócias, in alcune nostre assemblee. Allora, abbiamo pensato di riprendere il tentativo di un bollettino scritto. Lo abbiamo chiamato Kriol-Ital, in onore dei due paesi a cui apparte- niamo: Capo Verde e l'Italia. Ma “ital” sta anche a voler dire apertura ad altri popoli e culture, poiché anche se veniamo da isole, non vogliamo isolarci. Vogliamo sì, essere noi stessi, per meglio dialogare con gli altri nell'ottica delle sfide che il mondo di oggi ci colloca: “osare essere liberi, osare agire, essere migliori in un mondo migliore”, come diceva la Ministra degli Esteri del Sud-Africa nell'incontro tenutosi a Parigi nel settembre scorso fra l'Unione Africana e la sua diaspora in Europa. L'Unione vuole, infatti, lanciare un ponte tra l'Africa e la sua ampia diaspora sparsa per il mondo, affinché gli africani e i loro discendenti vivano meglio ovunque si trovino. E' qualcosa che noi capoverdiani stiamo facendo da circa 20 anni ormai, sia attraverso una attenzione sempre maggiore dei nostri governanti verso quella che viene ora chiamata l'undicesima isola, sia attraverso il Congresso dos Quadros da Diáspora Caboverdiana. Ora, basta allargare un po' la nostra visione in modo da rispondere alla sfida che ci viene anche dal grande Continente a cui apparteniamo. Farlo in modo positivo, significa organizzarci meglio, essere più uniti, più critici, più informati. Kriol-Ital vuole dare una mano in tutto questo. Speriamo dunque che possa vivere a lungo e che possa godere della tua stima e appoggio. Ma non vuole essere un mezzo a senso unico. Come alla Radio B.Leza, anche qui puoi dire la tua. Scrivici, e le tue idee saranno prese in considerazione. A presto, dunque, e buona lettura. La Direzione dell'OMCVI. Ricordando Maria Teresa Amica e benefattrice della comunità capoverdiana Come nelle grandi occasioni, l'ampia chiesa di Tra-Noi, in Via Sicilia, si è riempita domenica 21 ottobre per ricordare Maria Teresa Palazzolo ad un anno dalla sua morte. La Messa, con canti e letture in italiano e portoghese e con un'omelia vivace come sa fare il P. Tarcisio, cappellano della comunità capoverdiana, è stata preceduta da un omaggio culturale a questa “donna di ottobre”. Teresa è nata, infatti, a Rimini, il 15 ottobre del 1932, ed è morta a Roma il giorno del suo 74º compleanno. Assistente Sociale e fotografa, Teresa si avvicinò nel 1986 a Capo Verde, dove svolse attività di consulente di comunicazione sociale per il “Programma Allargato di Vaccinazione” e di animazione del personale sanitario. Vi ritornerà nel 1998, anno in cui intervista, insieme ad un'amica, lo scrittore Germano Almeida per il documentario “Germano Almeida - Scrittore”. Ma già negli anni precedenti aveva tradotto un'opera dello stesso scrittore e una di Orlanda Amarílis. Nel 2002 fa parte del gruppo che partecipa, a Praia, al III Congresso della Diaspora Capoverdiana sulle Seconde Generazioni. La sua particolare sensibilità per le problematiche sociali e il profondo desiderio di contribuire alla costruzione di un mondo migliore, la portò a lavorare sempre a favore dei più disagiati in Italia e in diversi paesi dell'Africa e dell'America Latina, realizzando, tra l'altro, vari reportage fotografici e libri didattici per animazione culturale tra bambini. In Africa dedicò una particolare attenzione alla donna, sulla quale scrisse con molto rispetto ed equilibrio. Non stupisce quindi, che abbia scelto di includere tra i suoi eredi proprio un'associazione di donne africane, CONTINUA A PAG. 3 Radio B.Leza. In onda ogni domenica dalle ore 14.00 alle 16.00. FM 88.9 www.radiocittaperta.it Tel. 06-4393512 Informazione, musica, approfondimenti in creolo, italiano, portoghese. All’interno le Rubriche: Capo Verde/Italia a Pag. 2 Venti anni di Omcvi a Pag. 5 Vita Comunitairia Spazio Giovani a Pag. 8 a Pag. 9 Capo Verde - Italia Presidente da República estará entre nós em Novembro O Presidente da República de Cabo Verde, Pedro Pires, estará na Itália de 19 a 25 de Novembro. É convidado de honra no “Evento Especial sobre Florestas e Energia”, que terá lugar a 20 de Novembro, em Roma, no âmbito da 34a Conferência da FAO, Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura. O convite foi-lhe dirigido pelo próprio Director desta Organização, o senegalês, Jacques Diouf. Durante a sua estada na Itália, o Chefe de Estado cabo-verdiano terá encontros com Responsáveis italianos ao mais alto nível e com a comunidade cabo-verdiana em Roma e Turim. Segundo uma nota dirigida às associações cabo-verdianas na Itália pela Embaixada de Cabo Verde Câmaras Municipais mais próximas dos emigrantes As Câmaras Municipais de Cabo Verde têm vindo, nos útlimos anos, a fazer um grande esforço no sentido de se aproximar cada vez mais dos munícipes radicados além fronteira, reservando-lhes um caloroso acolhimento durante o período de férias. Um primeiro contacto destinado a durar e a dar frutos. Do Sal, a São Vicente, a São Nicolau, um pouco por todo o arquipélago, multiplicam-se, no Verão, os “Encontro do Emigrante em Férias” e, no país, já houve até cursos de formação sobre “Atentimento aos Emigrantes” destinados ao pessoal ligado às Câmaras Municipais. A título de exemplo trazemos aqui alguns momentos da “Semana do Emigrante” realizada de 23 a 27 de Agosto deste ano no Sal, onde os emigrantes de férias foram acarinhados com diversas inciati- junto do Estado Italiano, por razões “estritamente protocolares”, o Presidente não poderá “infelizmente delocar-se às diversas áreas de concentração de núcleos comunitários cabo-verdianos na Itália”, entre as quais, Nápoles, Sicília, Milão, Florença. Durante a sua estada em Itália, Pedro Pires deslocar-se-á ao Piemonte para encontros com a Congregação dos Frades Capuchinhos que, este ano comemora 60 anos de presença em Cabo Verde (onde tem actuado a favor do povo das ilhas), com as autoridades locais e com a comunidade cabo-verdiana em Turim. Em Roma, já estão em curso, da parte da Embaixada e das associações, os preparativos para rece- ber com honra e dignidade o Presidente da República. O lugar e a data do encontro serão comunicados oportunamente através da Rádio B.Leza. vas visando favocecer o intercâmbio de experiências e um mergulho na cultura cabo-verdiana. Manifestações como “o emigrante em poesia”, espectáculos musicais, de dança tradicional e mesmo o teatro enchiam os dias até a noite descer de mansinho com o seu manto de nostalgia. Pelo meio, um olhar à natureza, aparentemente escarna, mas com as suas maravilhas, únicas talvez no mundo, como o espectáculo das “tataruga ta sei na praiona” ou os nossos ricos fundais marítimos. Não faltou uma visita panorâmica pela ilha, bem como um encontro com algumas instituições particularmente ligadas aos emigrantes: banco, transportes aéreos, alfândega, estruturas hoteleiras, etc. É, portanto, notável o esforço que as várias Câmaras vêm fazendo com o intento de prestar um bom serviço aos munícipes residentes fora do país, com particular atenção aos aspectos sócioculturais. Um esforço que é também um convite aos emigrantes a participarem activamente no crescimento humano e material das nossas ilhas. K. - Porque é que os emigrantes devem votar nas autárquicas? V. E. - Sem um estudo prévio, penso ser prematuro afirmar com segurança que os emigrantes cabo-verdianos devem votar nas autárquicas e em que moldes. Não há dúvidas sobre o papel dos emigrantes no desenvolvimento político, social e económico de Cabo Verde. Já participam nas eleições legislativas e presidenciais, estando-lhes vedado apenas a participação nas autárquicas. Por isso e também no âmbito do governo dos municípios, à primeira vista, deveriam ter uma palavra a dizer. I. R. E. - Milão Não osbante este louvável esforço de aproximação, os emigrantes de férias enfrentam ainda muitos problemas que, por vezes, acabam por transformar o merecido período de repouso numa imerecida canseira, frustração e stress. Problemas que serão, talvez, melhor tomados em consideração quando o emigrante tiver direito ao voto também nas autárquicas. A questão já está a entrar na ordem do dia e é suportada pela ADECO, Associação de Defesa do Consumidor, cuja Presidente do Conselho Fiscal, a advogada Vanda Evora, Kriol-Ital entrevistou. Acontece, porém, que os emigrantes, apesar de terem fortes interesses no País, não vivem directamente e na pele, o nosso dia a dia. Sendo que o governo das nossas cidades, das nossas vilas, dos nossos montes e vales, repercute-se diariamente nas nossas vidas pode-se perfeitamente equacionar a hipótese de alguém ser eleito com votação expressiva dos emigrantes contra a vontade da maioria dos que vivem no País. Esta questão talvez se resolvesse com uma quota de representação para os emigrantes com ligação efectiva ao País (alguns há que não têm CONTINUA A PAG. 4 2 eresa Ricordiamo Maria Teresa con la poesia “LEI”di Humberto Ak'abal, poeta del Guatemala, la terra da cui lei iniziò il suo appassionato percorso di lavoro e dove, dopo aver attraversato l'Africa, è approdata con il suo ultimo viaggio: Grazie Maria Teresa da tutti noi di SCRITTI D'AFRICA : Anna, Rosella, Daniela, Laura, Giulia, Luciana, Habté, Cristina, Jorge, Marie-José, Alessia. Ausência O relógio do tempo parou e os olhinhos do sol adormeceram. O vento melancólico levou a nefasta nova à Africa, Europa e América Latina da despedida saudade. LEI Come la luna dietro gli eucalipti galante e bella così era lei umile, semplice, silenziosa scalza come la mia tristezza. I suoi occhi, chicchi di mais nero. Me la portò il mattino, la portò via la sera. Anche il cielo s'innamorò di lei. Mensageira de olhos doces Com a voz melódica de um rouxinol. Guerreira da paz, do tempo e da vida. Dorme no arco-íris do paraíso mágico com o amor e a saudade. Anusca Maria Teresa in Guatemala Ricordando Maria Teresa foto:Luis Barros quella delle Donne Capoverdiane in Italia, con la quale mantenne sin dall'inizio un rapporto di stima e ammirazione per l'orientamento e le attività in favore della comunità capoverdiana in Italia. La Messa di domenica ha voluto essere un'atto di ringraziamento da parte di questa associazione e di tutta la comunità per il gesto benevole di Teresa, che ha lasciato al mondo un'esempio di umiltà e attenzione verso gli altri, senza mai vantarsi, mettersi in evidenza, o considerare la sua visione la migliore di tutte. Insomma, una donna di ottobre, “missionaria” il cui cuore batteva squilibrato di fronte ai problemi planetari, come recita il Poema Manifesto di Vera Duarte a lei dedicato in quell'occasione e declamato da Cateline Almada. Una ampia nota biografica presentata da Filomena Évora ha fatto conoscere ai presenti il ricco ed esemplare vissuto di Teresa. L'incontro, reso commovente e sentito anche dalla partecipazione attiva di Rosella Clavari che ha rappresentato Scritti D'Africa (Associazione per la diffusione della cultura africana in Italia, voluta e co- fondata da Teresa nel 1997), ha contato anche con la lettura di poesie di H. Ak'abal del Guatemala che Teresa amava molto. Invitato a partecipare alla cerimonia, l'Ambasciatore di Capo Verde in Italia (che vi è giunto più tardi), si è fatto rappresentare dalla consorte, Sig.ra Ana Paula Barbosa che, ispirata dal fascino di Teresa, l'indomani le ha dedicato con affetto il poema “Ausência”. Ciao Teresa. Grazie di cuore. ASSOCIAZIONE DONNE CAPOVERDIANE IN ITALIA 3 CAPO VERDE - ITALIA qualquer relação com Cabo Verde e nem estão interessados com o que cá se passa), sempre inferior à dos residentes. Do lado inverso e no âmbito das políticas de integração dos imigrantes na nossa sociedade, os imigrantes têm legitimidade eleitoral activa e passiva, precisamente porque vivem no País e as decisões dos órgãos municipais lhes interessam também directamente. Se deverá ou não haver mais limites a essa intervenção política, é outra questão que reputo importante, tendo em conta os riscos que a liberdade de circulação entre os países da CEDEAO e a pequenez do nosso País, podem acarretar em termos de soberania. K. - A que ponto está o processo e quais os possíveis obstáculos? V. E.- Não creio que estejam sequer a ser equacionados os mecanismos de participação dos emigrantes nas eleições autárquicas, tanto que a última Lei de Revisão do Código Eleitoral os não consagra. K. - Porque é que a ADECO assumiu esta causa? V. E. - A ADECO suscitou esta questão porque é uma Associação que promove também a cidadania e entende que para este fim não deve haver assuntos tabus e que, a ser devidamente equacionada, pode ser proposta para futuras eleições o início dos debates públicos e a sensibilização dos interventores políticos e da sociedade civil. Actualmente os imigrantes com residência legal e habitual em Cabo Verde podem votar nas autárquicas (artigo 407.º, n.º 2 do novo Código Eleitoral) e podem também ser elegíveis se residem em Cabo Verde há mais de cinco anos (artigo 408.º do mesmo Código). MpD quer extinção do IC, Instituto das Comunidades Aproveitando da sua vinda a Roma para participar na Conferência da Internacional Democrática do Centro, ocorrida de 19 a 21 de Setembro, o líder do Movimento para a Democracia (MpD) teve encontros, primeiro, com os representantes do partido e depois com a comunidade em geral, no dia 23 à tarde, no clube “Criola”. Jorge Santos, anunciou a agenda do MpD para a emigração: integração plena no desenvolvimento de Cabo Verde, despartidarização da politica de emigração e extinção do IC que, deverá, a seu ver, ser substituído por um Provedor (onde o emigrante possa apresentar queixas), por estar demasiado politizado. A quem lhe fez notar que o que os emigrantes desejam e têm solicitado, em vão, através do Congresso dos Quadros da Diáspora, é um Ministério da Diáspora, o chefe do maior partido da oposição respondeu que o que é necessário é uma “política transversal de todos os Ministérios para a emigração”. Ainda em matéria de despartidarização, o Deputado do MpD para a emigração, Miguel de Sousa, também presente no encontro, falou na criação de um Pacto de Regime Parlamentar para impedir a partidarização da diáspora, e pôs em realce o extraordinário valor das associações de emigrantes que, disse, não devem ser politizadas. Sem poupar críticas ao partido actualmente no Governo, Jorge Santos, afirmou que o Estado de Cabo Verde não vai bem: instabilidade institucional, corrupção, desvio na gestão da coisa pública. Por fim anunciou a confirmação de João Câncio do Livramento como coordenador da equipa do MpD na Itália até Julho de 2008. Foi, depois, Miguel de Sousa, a frisar que 4 foto:Manuel Ramos Verde, onde gostaria de trabalhar, dizendo que em Itália não se vai avante porque “bô ê extra-comunitário e na Kab-Verd pamó bo ê emigrante”. Quem somos afinal, onde podemos exigir o reconhecimento dos nossos direitos? A pergunta ficou no ar. Dulce Araújo o seu partido vai levar a Parlamento o Código de Investimento do Emigrante. Balcão único, recenseamento demográfico da emigração, criação de um sistema de regresso voluntário dos emigrantes em São Tomé e Príncipe e mesmo da Europa, valorização dos recursos humanos na emigração, reforma fiscal do IVA, foram outras promessas feitas por Miguel de Sousa. Aliás, o MpD vai avançar com uma lei das associações - referiu - porque “Cabo Verde deve apoiar projectos relevantes das associações que não encontrem financiamento no estrangeiro”. A assembleia reagiu, propondo que haja um fundo (mais substancioso do já atribuido ao IC) a que as associações da diáspora possam concorrer com projectos. Outras propostas da assembleia, bastante numerosa, foram no sentido de representantes de Cabo Verde defenderem, junto das autoridades italianas, um tratamento preferencial para esta comunidade, antiga e bem comportada, por forma a poder trabalhar melhor na difusão da cultura de origem, prestação de serviços à comunidade, acompanhamento das segundas gerações. Foi precisamente uma jovem da segunda geração, recém formada, a arrancar o maior aplauso aos presentes, ao apresentar as dificuldades de reconhecimento do seu diploma em Cabo O Instituto das Comunidades, IC, foi criado a 3 de Setembro de 2001 por decisão do Conselho de Ministros para executar a política do Governo relacionada com as comunidades emigradas. Dispõe de um Fundo Autónomo de Solidariedade destinado a contribuir para a melhoria das condições de vida das comunidades emigradas através de financiamento ou co-financiamento de iniciativas das mesmas. Até agora tem dado particular atenção às comunidades mais vulneráveis, mormente a de São Tomé e Príncipe. Em Outubro de 2003, o Presidente do IC, Álvaro Apolo, esteve em Roma, onde tomou parte no colóquio: “OMCVI - Il Volto Femminile di una Comunità: Associazione Donne Capoverdiane, 15 anni di Storia”, ilustrando objectivos e acções daquela Instituição. CAPO VERDE - ITALIA CONTINUA A PAG. 12 Venti ANNI DI OMCVI Mamma e Papà a Scuola di Storia e Cultura di Capo Verde Le colonie culturali estive sono un importante momento di trasmissione della cultura di Capo Verde ai bambini. 15 giorni all'anno di intense attività permeate ovviamente da momenti di svago e di giochi. Ma non basta. Bisogna che i genitori facciano questo lavoro durante tutto l'anno, cominciandolo quando i bambini sono ancora piccoli. Ma, per diverse ragioni, i genitori non hanno, a volte, tutti gli elementi necessari per farlo. Per aiutarli in questo, l'OMCVI, (con finanziamenti della Regione Lazio) ha realizzato dal 12 Novembre 2006 al 3 Giugno 2007, a Roma, il corso “Seconde Generazioni: Trasmissione della Cultura di Origine nelle Famiglie Capoverdiane in Italia”. Il corso si è svolto presso l'hotel Casa Tra-Noi del Movimento Tra-Noi (da sempre vicino ai capoverdiani in Italia) in Via Monte del Gallo 113. Il corso è stato molto intenso e abbastanza seguito in tutte le sue varie fasi. 14 Lezioni di circa sei ore ciascuna (con pausa pranzo), tutte di domenica per permettere alle donne lavoratrici della comunità, ma anche ai papà di partecipare. Il centro del corso è stato naturalmente la storia e la cultura di Capo Verde, ma sono stati trattati a lato anche temi di grande importanza per la comunità come i punti in comune tra Capo Verde e Italia o la trasformazione dell'Italia da paese di emigranti a paese di immigrati. Diversi i docenti, italiani e capoverdiani: da sociologi, a storici, a pedagogisti, esperti di immigrazione, alcuni venuti apposta dal Portogallo e dalla Francia. L'indice di gradimento dei partecipanti al corso è stato molto alto. Tutti si sono espressi con grandi lodi per l'iniziativa, l'aggettivo più usato dai partecipanti è stato “utile”. Nessuno ha avuto mai la sensazione di perdere tempo o peggio di annoiarsi. Il giorno della valutazione finale, una delle partecipanti ha detto: “Non avevamo coscienza del compito di trasmettere la cultura di origine ai nostri figli. A scuola abbiamo studiato solo la storia del Portogallo. Non sapevamo le cose essenziali della storia e della cultura di Capo Verde”. La maggior parte delle partecipanti al corso sono state donne, che sacrificavano volentieri il loro unico giorno di riposo, per il futuro dei figli. Molte donne hanno proprio apprezzato l'orario del corso, perché era vicino alle loro esigenze di lavoratrici e di mamme. Inoltre c'è stata una buona copertura dell'iniziativa da parte di Radio B.leza, la trasmissione radiofonica settimanale, dedicata ai capoverdiani in Italia, permettendo così a chi era rimasto a casa di avere una sintesi delle tematiche trattate e ascoltare interviste in diretta dei diversi docenti. In alcune lezioni abbiamo avuto come ospite lo studioso Norvegese di emigrazione (capoverdiana), Jorgen Carling che dopo, da Capo Verde, ci ha inviato il messaggio che qui pubblichiamo. foto:Nancy Tolentino Caras amigas, Parabéns ao completar o curso! Gostei imenso dos domingos que passei convosco. Admirei a vontade de estudar nos dias de folga. Aprendi muitas coisas sobre a cultura e a história de Cabo Verde, e apreciei a boa convivência no grupo. Agradeço muito as contribuições que vocês deram ao meu estudo (...) . No mês de Maio completei o trabalho de terreno em Cabo Verde, onde fiz entrevistas em São Nicolau e São Vicente (...). Não sei quando posso voltar à Itália, mas espero que seja em breve. Quando o meu trabalho estiver pronto gostaria de o apresentar a vocês. Com muita saudade e gratidão. Um abraço. Jørgen. Un anno fa il convegno “Violenza Domestica. Meglio Prevenire Che Rimediare” Da allora diversi casi di violenza domestica si sono verificati a Capo Verde (e nel mondo). E nella nostra comunità in Italia? Se dovesse succedere, non aver paura di denunciare. Chiama l'Associazione delle Donne Capoverdiane: 340 59 12 951 o 333 3371135. “Atrás das portas fechadas e em segredo, as mulheres são sujeitas a violência por parte dos seus compenheiros, estão demasiado envergonhadas e receosas para os denunciarem e quando o fazem, raras vezes são levadas a serio” - Dina Salustio, escritora cabo-verdiana, citada pelo Ministro da Justiça, José Manuel Andrade, no Colóquio “Violência Doméstica: Melhor Prevenir do que Remediar”, organizado em Roma, pela OMCVI, a 29 de Outubro de 2006. Colonia culturale estiva Da più di un decennio l'OMCVI organizza colonie culturali estive dirette ai giovanissimi ragazzi-e della comunità. Le colonie sono realizzate grazie all'impegno costante dell'Associazione e ai finanziamenti della Regione Lazio. Esse costituiscono un momento importante di trasmissione della cultura di origine ai nostri bambini che, allo stesso tempo, interagiscono con coetanei italiani e conoscono le diverse realtà culturali e ambientali delle località della Regione Lazio dove soggiornano di anno in anno. In genere l'ultimo giorno è riservato ad una festa e riflessione insieme ai genitori su temi quali l'identità, il senso di solidarietà all'interno della comunità, l'importanza dell'associazioni- smo e la necessità di trasmettere la cultura di origine costantemente ai bambini. Le donne considerano la colonia una delle attività più importanti dell'OMCVI, anche se non è l'unica come sanno le socie e i simpatizzanti dell'Associazione. In questo primo numero abbiamo voluto presentare due testimonianze significative: Nara Monteiro, 14 anni che in questo 2007 era alla sua ultima esperienza in colonia, avendo ormai compiuto l'età limite per partecipare al progetto e Mirko Duarte Mendes, 9 anni, che racconta con la sua voce fresca la sua prima volta in colonia. Vi proponiamo anche l'esperienza di uno dei nostri operatori: Welles Soares detto Willy VENTI ANNI DI OMCVI CONTINUA A PAG. 7 5 Continuazione di CAPO VERDE - ITALIA Cabo Verde: importante passo em frente na parceria especial com a União Europeia A Comissão Europeia aprovou o estatuto de parceria especial entre a União Europeia e Cabo Verde. Para ser concretizado definitivamente, o acordo terá agora de ser enviado ao Parlamento Europeu para ratificação e ao Conselho de Assuntos Gerais, para aprovação final. O anúncio da aprovação do estatuto pela Comissão Europeia foi dado no passado dia 24 de Outubro, em Lisboa, pelo primeiro ministro português, José Sócrates, no final de um almoço com o seu homólogo cabo-verdiano, José Maria Neves, que o definiu um “momento histórico” para Cabo Verde. O acordo constituirá, segundo o chefe do governo cabo-verdiano, uma “mola impulsionadora para o desenvolvimento” do país. Cabo Verde faz parte do pacote de cooperação assinado no ano 2000 entre a União Europeia e os ACP (países da África, Caraíbas e Pacífico), mas quer ir mais longe e beneficiar de uma “parceira especial de vizinhança” com a Europa. Em vista está “mais segurança, desenvolvimento e a obtenção de mais recursos” através do Fundo Europeu de Desenvolvimento de que gozam actualmente os Açores, Madeira e Canárias. Dulce Araújo (con LUSA) 60 anni dei Frati Cappuccini in Capo Verde “60 anni di grazie. Il bilancio è positivo”. E' in questi toni che P. Matias Tavares, vice-provinciale dell'Ordine dei Fratti Cappuccini a Capo Verde parla dei 60 anni dell'arrivo dei primi fratti italiani in quelle isole, aprendo la strada al radicamento dell'Ordine nel Paese. Dai quattro fratti italiani arrivati nel 1947, oggi sono 36, 26 dei quali capoverdiani; da semplice Missione, si è oggi una Vice-Provincia (25º anniversario festeggiati anche quest'anno): segni di una camminata sicura verso una piena autonomia in termini di personale, di capacità di formazione dei propri candidati al sacerdozio e di autosostentabilità. Se nel primo aspetto si è raggiunto un livello incoraggiante, nelle altre due rimane ancora molta strada da fare affinché la Vice-Provincia possa staccarsi dalla Provincia Madre di Torino, che l'ha dato vita, e diventare una Provincia a sè. Una Congregazione che ha saputo stare al passo coi tempi e che ha accompagnato i capoverdiani “nella loro avventura umana, sociale ed economica”, sostiene Padre Ottavio Fasano, arrivato nel Paese 46 anni fa, e oggi punta di lancia di molti delle iniziative socio-pastorali dell'Ordine a Capo Verde, tra i quali il Centro Socio Sanitario all'Isola di Fogo. Ma, oltre alle otto parrocchie a loro carico, i cappuccini sono presenti anche nel mondo dell'infanzia con 28 asili, nell'animazione giovanile, nell'ausilio alla donna e alla famiglia, nel mondo della comunicazione con la Radio Nova e una produttrice televisiva in incubazione. CONTINUA A PAG 12 Continuazione di VITA COMUNITARIA Fini e un Manifestazioni d'Ottobre L'autunno 2007 sarà ricordato come la stagione delle manifestazioni. Grillo ha aperto le danze che poi sono continuate con il milione di persone in piazza del 20 Ottobre, manifestazione congiunta portata avanti da tre giornali della sinistra (Il Manifesto, Liberazione, Carta) con i movimenti di cittadini, donne, migranti, studenti, precari. La gente è stata spinta dalla voglia di trovare una soluzione reale ai problemi del paese, da una voglia di dire “No all'immobilismo” che non porta trasformazioni positive alla vita quotidiana dei singoli. La lotta alla precarietà è stata la bandiera che ha accomunato le manifestazioni autunnali italiane, lotta che ha visto come protagonisti anche molti migranti. Già il 20 Ottobre i migranti con la loro rabbia colorata, le loro richieste, hanno sottolineato che un'Italia diversa è possibile. Sull'intervento dal palco la portavoce dei migranti ha chiesto a gran voce l'abrogazione della Bossi 6 accesso “umano” alla cittadinanza italiana. Nota curiosa, è stato citato alla fine dell'intervento il nostro dolce Amilcar Cabral, di cui durante la manifestazione girava una figurina (la numero 167 dell'album di famiglia curato da Il Manifesto, uno dei promotori della manifestazione). I migranti però non stanchi di lottare si sono ritrovati in piazza anche una settimana dopo. Esattamente il 27 Ottobre a Brescia e il 28 a Roma. La motivazione di questa nuova mobilitazione era ribadire i concetti già espressi il 20, ossia l'abrogazione della Legge Bossi-Fini. Il governo Prodi in carica da oltre un anno, a detta di molti migranti, non ha mantenuto le promesse fatte nel programma elettorale sull'immigrazione. La situazione per i migranti non è minimamente migliorata, anzi per certi versi si è fatta pesante e drammatica. Critica netta alla fumosa proposta di legge Amato - Ferrero che si limita, secondo gli organizzatori della manifestazione, a promettere piccole migliorie (tra l'altro tutte da verifica- re), lasciando però sicuramente intatto i pilastri fondamentali della BossiFini: il legame tra il permesso di soggiorno e il contratto di lavoro che rappresenta (uno dei principali strumentidi ricatto in mano padronale), il mantenimento dei CPT o CDI, nonché la detenzione amministrativa dentro e fuori i confini italiani, il protocollo firmato tra Ministero degli Interni, Poste Italiane, Patronati e ANCI. Questo procedimento inefficiente ed inadeguato, sia nella forma e sostanza, porta al pagamento alle poste italiane di 72 euro per le pratiche di Permessi/Carta di Soggiorno ecc…Un'altra critica mossa al governo è quello di intensificare e sostenere le politiche repressive ad ogni livello, senza fare nulla per costruire una società interculturale. In piazza l'affluenza, sia a Brescia sia a Roma, è stata discreta. Molto alta la presenza di asiatici, pochi i capoverdiani, comunque in numero superiore delle altre volte, grazie alla diffusione della campagna tramite Radio B.Leza. Venti anni di OMCVI Quest'anno la Colonia si è tenuta a Norma. Nei quindici giorni di soggiorno abbiamo seguito un programma che ci ha portato a visitare molti posti del luogo, oltre che a insegnare la cultura di Capo Verde. Questo è il mio quarto anno come operatore ed ogni anno capisco sempre di più la funzione e l'importanza della Colonia, poiché non deve essere vista come una semplice vacanza, bensì come un privilegio per l'apprendimento delle proprie origini. Quest'anno la colonia è stata decisamente positiva, non solo per l'ottima struttura del soggiorno e del servizio ristorativo, ma soprattutto per la professionalità e l'unione tra noi operatori, che ci ha permesso di rendere costruttiva la colonia per i ragazzi. E' fondamentale, secondo me, che i genitori parlino e insegnino cose di Capo Verde ai propri figli affinché le nostre origini non si perdano strada facendo. Welles Soares Fortes foto:Welles Soares Sono Nara. Per me questo è stato l'ultimo anno della colonia. L'anno prossimo avrò più di quattordici anni e non potrò più andare. Nei quattro anni che ho frequentato la colonia, mi sono divertita molto a fare cose relazionate con la cultura del nostro Paese, a ricordare le persone che hanno segnato la nostra storia. La maggior parte di queste cose io non le sapevo. Ma grazie alla colonia, ora sono informata sulla nostra storia e cultura e ne sono orgogliosa. Secondo me, la colonia è molto utile per istruire e per divertirsi, perchè si organizzano balletti, si fanno cartelloni, e quando stai in compagnia dei tuoi connazionali è come se stai nel tuo Paese. Ringrazio tutti gli animatori e la presidente dell'OMCVI che ci hanno permesso di trascorrere una vacanza immaginando Cabo Verde. Continuate a fare questa attività perchè è una cosa meravigliosa. Baci. Nara Ciao, sono Mirko e ho 9 anni. Quest'estate sono andato alla colonia a Norma con degli accompagnatori di nome Céu, Angela e Willy. Dormivamo in un albergo molto grande e bello con un parco giochi. Abbiamo fatto tantissime cose belle. Siamo andati al castello di Sermoneta, ai Giardini di Ninfa e pure alla festa dei Norbanus. Abbiamo visitato anche l'antica Norba. Ma la cosa più bella è stata la recita insieme ai miei compagni. Andrei in Colonia di nuovo con piacere e non vedo l'ora di rivedere gli accompagnatori ed i miei amici. Mirko foto:Welles Soares 7 VITA COMUNITARIA La nostra comunità è sempre più dinamica. In questo numero vi presentiamo due nuove associazioni capoverdiane che cominciano il loro cammino. ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DE S.NICOLAU unidos para servir S. Nicolau Associação dos Amigos de São Nicolau, criada a 15 de Julho de 2007, encontra-se neste momento em fase de legalização, o que deverá acontecer dentro em breve. Um dos objectivos mais importantes da Associação é ajudar no desenvolvimento de São Nicolau, através de algumas instituições com sede nessa Ilha nomeadamente, escolas, jardins de infância, Cáritas e hospitais. Durante essa fase de legalização da Associação, tivemos já na Ilha dois elementos da Direcção a fim de contactar as referidas instituições e fazer um levantamento das necessidades mais urgentes da população da Ilha de São Nicolau. Aproveitando a oportunidade deste espaço, que nos é gentilmente concedido, gostaríamos de informar a todas as pessoas que se sentem de algum modo amigas de São Nicolau e que querem colaborar connosco, que podem contactar-nos nos seguintes endereços: e-mail: [email protected] telefones: 0744 993674 - 06 44249227 ou ainda 06- 44230367. Muito obrigado. Cabo Verde sai à rua em procissão na capital italiana Foram perto de quinhentos os imigrantes cabo-verdianos que, na tarde do domingo 7 de Outubro, Festa de Nossa Senhora do Rosário, sairam à rua em procissão para testemunhar a sua religiosidade e a devoção a esta festa litúrgica. Seguiu-se uma solene eucaristia, animada pelo coro da comunidade, e concelebrada por sacerdotes que acompanham os imigrantes. A Igreja é cedida pelas Missionárias Cabrinianas, onde se situa o Centro “Ritrovo Tra Noi”, em Via Sicilia. Todos os domingos, às 19 horas, há missa em língua portuguesa. A Festa da N. Sra do Rosário é, Associazione “CABOVERDEMANIA” L'Associazione CABOVERDEMANIA è nata recentemente da un gruppo di ragazzi delle Isole Capo Verde tutti residenti a Roma. L'Associazione si propone di favorire l'integrazione ed anche l'interscambio culturale con la comunità italiana affinché non vengano disperse la cultura, le tradizioni, i valori ed i principi del proprio paese di origine. La promozione della Cultura Capoverdiana attraverso l'organizzazione di incontri culturali, eventi musicali, spettacoli e moda, è tra le attività principali svolte dall'Associazione. Manuel Ramos Tel. 338.52.20.486 O Conselho de Direcção Migrazioni” (Caritas de Roma, III Rapporto, 2007) num universo de 3 milhões de imigrantes legalizados em Itália, encontrando-se em Roma 12% do total, a comunidade cabo-verdeana a residir no município romano é estimada em aproximadamente 3.000 presenças. Do total 74,8% são mulheres, sendo a segunda comunidade migrante, depois da ucraniana, que actualmente apresenta o segundo mais alto índice de feminização. No domingo 14 de Outubro foi a vez da comunidade brasileira comemorar Nossa Sra de Aparecida (padroeira do Brasil) também com uma procissão na Praça Navona, reflectindo e orando com Maria sobre a condição da mulher migrante. foto: Tra Noi Rui Pedro sem dúvida, uma das festas mais antigas dos imigrantes em Roma. Foi introduzida há mais de 30 anos pelas mulheres trabalhadoras, sobretudo, da ilha de São Nicolau, onde a devoção se encontra muito enraizada. Segundo o “Observatório Romano sulle Non solo Calcio… Não só Futeból Este ano pela terceira vez (2004, 2005, 2007) os cabo-verdianos de Roma venceram o Mundialito de Futeból. Em Milão, embora a nossa comunidade não tenha chegado à taça final (ficou no quarto lugar), venceu os prémios “melhor goleador”, “melhor guardaredes”, “melhor treinador” e, como não podia deixar de ser “melhores adeptos” . De Cabo Verde chegou a bela notícia de que a Equipa Nacional Masculina de Basquetball conquistou a Medalha de Bronze ao posicionar-se no terceiro lugar no Torneo de Basquet dos países africanos. Uma grande conquista num confronto com equipas altamente profissionais. Os nossos parabéns e votos de muito sucesso a todos os jogadores da nossa Nacional de Basquet e ao seu staff de suporte. I.R.E. - Milão Kriol-Ital: Parabéns a todos. Mas, cabo-verdianos de Milão, o que é que vos faltou para chegar à taça final, visto que fostes melhor em tudo? E para quando o prémio do associativismo? Muoversi, Muoversi, Muoversi… 8 VITA COMUNITARIA CONTINUA A PAG. 9 Vita Comunitaria Retalhos da vida real - Frammenti di vita reale Histórias tristes, alegres, bizaras, histórias serenas e repletas de sucessos, histórias de amores que nascem e desvanecem, enfim, histórias da vida. Quantas histórias por detrás de cada um de nós, emigrantes! Jovens, deixamos a nossa terra e, por anos, remamos pelo mar das vicissitudes da emigração. E a velhice não se faz rogar. Chega pontual. Cabo Verde? Ali nascemos, ali está o nosso umbigo. É uma empresa manter-se totalmente cabo-verdiano às portas da velhice, depois de uma vida inteira absorvendo a cultura da terra que nos acolheu. Por vezes, o nosso coração sente-se interpelado por ambos os lados. Lá, na terra, estão as nossas raízes, os nossos antepassados, o vento que atirou o pó aos nossos cabelos, a brisa que nos acariciou o rosto, a chuva que não cai, o imenso mar azul, as rochas nuas - nossos pontos de referência. Aqui, estão os frutos das nossas entranhas, os cacos acumulados, relações tecidas no suor da diferença socio-cultural... O pecurso da Maria Rocha è um pouco isto. Emigrante do Sal, deixou a ilha aos vinte anos com destino a Roma. Como tantas outras, também ela se deixou guiar pelo sonho da terra longe. “Uma vida cheia de desafios”- diz dando graças a Deus por a força e a coragem nunca lhe terem faltado. Filhos? Teve dois, nas terras de Garibaldi. E com eles continuou a sua cavalgada à procura duma vida melhor. Migrou, então, para o Norte do país. Não se contam as batalhas milanesas que a viram na dianteira. Ganhou muitas delas e sobretudo ganhou a luta. Hoje, reformada, volta para a terra que a viu nascer. “Ma corenta óne d' “pasta asciuta” ca ta desengruda d'mi nunca más”. Não há dúvida, Maria Rocha permacerá ligada ao “Bel Paese” por um elo indistrutível: os seus dois filhos, seus grandes amores, seu grande orgulho. I.R.E - Milão Amilcar Cabral, un ricordo foto: Tabanka Onlus L'11 Ottobre Roma ha ricordato il nostro caro dolcissimo Amilcar Cabral. Una tavola rotonda alla sala del refettorio della camera dei deputati e una mostra fotografica alla fondazione Lelio Basso sono stati un modo della città di dire Grazie ad una persona che ha dato se stessa non solo a Capoverde e alla Guinea, ma all'Africa intera. A ricordarlo persone di grande rispetto quali Linda Bimbi, Maria Cristina Ercolessi, Piero Gamacchio, Corsino Tolentino, Luis Moita, Jorge Canifa Alves, Filomeno Lopes e Maria de Lourdes Jesus che ha chiuso la serata dando il premio Amilcar Cabral proprio a Piero Gamacchio e Corsino Tolentino per il loro lavoro di ricerca per l'Africa e con l'Africa. È stato un pomeriggio ricco di commozione e parole indimenticabili. In tanti sono accorsi ad abbracciare idealmente il leader che più di tutti ha capito che la rivoluzio- ne non poteva andare avanti senza una presa di coscienza culturale. Era bello vedere nella sala oltre i tantissimi capoverdiani, anche nigeriani, etiopi, somali, italiani. Cabral credeva che si doveva lottare per “liberare” il popolo dal colonialismo, ma anche dalla borghesia locale estranea agli interessi del popolo. La lotta era anche culturale perché in un certo senso erano i bambini a chiedere un mondo con più cultura, un mondo più giusto. Si doveva lottare perché “As crianças são as flores da nossa luta e a razão do nosso combate”. E per farlo Cabral si è diviso in tanti ruoli. Ed è questo che hanno sottolineato i vari relatori. I vari Cabral che vivevano dentro Amílcar. Il Cabral politico, il Cabral giovane, il Cabral agronomo, il Cabral rivoluzionario, il Cabral ideologo, il Cabral poeta, il Cabral filosofo, il Cabral migrante, il Cabral senza frontiere, si è parlato persino del Cabral sportivo. Tutti con le loro parole, mischiando italiano e portoghese, hanno sottolineato come Cabral sostenne il bisogno di una partecipazione attiva delle masse rurali alla lotta di liberazione e al parallelo processo rivoluzionario, nel corso del quale si doveva consolidare una coscienza nazionale. La politica di Amilcar era una politica degli affetti e della verità che ai nostri giorni manca un po' a tutti, sia in Africa sia in Europa. L'incontro pomeridiano si è concluso con l'apertura della mostra fotografica “La rivoluzione come atto di cultura” di Bruna Polimene. Foto splendide di un uomo splendido: Amilcar Cabral. Una persona che non dimenticheremo mai. Igiaba Scego. 9 SPAZIO GIOVANI Spazio Giovani è uno spazio sui figli, per i figli, con i figli della migrazione. Uno sguardo sulla gioventù a partire dalla nostra comunità abbracciando anche altre realtà immigrate. Spazio Giovani è la continuazione ideale su carta dello spazio omonimo radiofonico (Radio B.Leza), spazio pensato per voi giovani affinché ne facciate lo specchio della vostra visione del mondo. Uno sguardo fresco su una realtà sempre in movimento, uno spazio che parla delle generazioni che cambieranno l'Italia, rendendola a tutti gli effetti una società multiculturale e interculturale. La tua partecipazione in quanto giovane è importante. Non aspettare. Partecipa in tutte e due questi spazi. Giovani Energie Rinnovabili Alcuni di noi del gruppo “Spazio Giovani” abbiamo partecipato al Convegno “Giovani, Energie Rinnovabili” organizzato dal POGAS, Ministero delle Politiche Giovanili e delle Attività Sportive insieme alla Provincia Autonoma del Trento. L'incontro si è tenuto nei giorni 18 e 19 ottobre nel Palazzo delle Fierecongressi, a Riva del Garda. Vi hanno preso parte giovani di tutta l'Italia, molto motivati e pronti ad impegnarsi per cambiare le cose. E' stato davvero molto bello ed arricchente. Oltre all'ambiente simpatico ed accogliente, sia i relatori che gli organizzatori erano molto aperti al dialogo e a proposte. Il Convegno è stato articolato in delle plenarie e lavori di gruppo intorno a temi come economia, scienza e tecnica, territorio, socialità. La parola d'ordine era trovare soluzioni per il futuro dei giovani e soprattutto darci speranza, farci capire che il futuro è anche nelle nostri mani, basta crederci e sforzarci per costruirlo. Ma si è dato anche molto spazio alle difficoltà che i giovani incontrano nell'inserimento professionale e nel rendersi indipendenti dalle famiglie. A differenza di altri paesi europei, in Italia, i giovani si avvicinano al mondo del lavoro verso i 30 anni. Questo è dovuto al fatto che ci si laurea troppo tardi e non ai 22-23 anni, come dovrebbe essere, ha detto il demografo Livi Bacci. Ciò è aggravato dal fatto che se l'Università è aperta a tutti, al mondo del lavoro arrivano per primo i raccomandati. Inoltre, hanno sottoli- neato diversi relatori, tra cui Riccardo Grassi dell'Istituto IARD di Milano, si è restii nell'affidare ai giovani cariche di responsabilità. Questo porta molti ad andare all'estero, con gravi conseguenze per l'Italia, dove i dati demografici danno i giovani in diminuzione. A tutto questo si aggiungono le paure dei giovani e il sentimento di non sapere a chi rivolgersi per i problemi del lavoro. Il Convegno ha messo allora l'accento sul lavoro imprenditoriale e sulle vie e forme di finanziamenti per i giovani imprenditori. All'incontro ha partecipato, concludendolo, la Ministra Giovanna Melandri, secondo la quale si deve intervenire con maggiore incisione nelle politiche giovanili includendo in esse anche altri settori collegati ai giovani come la famiglia, il lavoro, la casa. Dopo si è soffermato con i giovani della Regione Lazio, illustrando i vantaggi della “Carta Giovani” che ci permette di usufruire di molti sconti al cinema, teatro, centri commerciali, ecc. Non sono mancati momenti di svago come il bellissimo concerto dei Funk Off in stille jazz, che ci ha rilassati, la prima sera, dal lungo viaggio durato quasi 10 ore, la visita al Museo del Mart, a Rovereto, con le sue opere di artisti del Novecento (ad alcuni di noi sono piaciute ad altri no - questione di gusto e di stile) e la performance di giovani artisti con la rete GAI. Anche il mangiare non era male e ha consentito di apprezzare le prelibatezze del Trento. Fradilson Évora, Liliana Duarte, Massimo Masci. Baptistinha Sono giovani, sono fratelli e, dal padre, Maestro Baptista, hanno ereditato la passione per la musica e soprattutto per la costruzione di strumenti musicali a corde, da cui traggono, loro stessi, struggenti note delle melodie tradizionali capoverdiane. Sono i Baptistinha: cinque fratelli e una sorella. A Capo Verde suonano nei bar e ristoranti, hanno la loro ufficina e fanno lezione di musica ad altri giovani e bambini. Ora sono conosciuti anche in Italia. Dal 20 settembre al 2 ottobre hanno partecipato in Piemonte ai festeggiamenti dei 60 anni dell'arrivo dei fratti cappuccini della Provincia di Torino a Capo Verde. Un esperienza meravigliosa che gli ha aperto piste di collaborazione con l'Italia, dice nel suo modo dolce e simpatico, Luís Baptista, il più grande dei sei fratelli che fanno parte del gruppo. Ma nella famiglia c'è un altro fratello, Bau, musicista anche lui, molto conosciuto. È il “consigliere del gruppo, quando abbiamo dubbi andiamo da lui” ci fa sapere Luís con un sorriso. Quest'anno è il decimo anniversario della scomparsa del Maestro Baptista, uno dei più noti costruttori di strumenti musicali a Capo Verde. In omaggio a lui i Baptistinha faranno questo anno un CD, la loro opera prima. Ma hanno tanti sogni nel cassetto, e per realizzarli possono contare con il sostegno dei frati cappuccini che vedono in loro un'esempio per altri giovani. Un appoggio apprezzato da Luís che non perde l'occasione per ringraziarli. Dulce Araújo Sei giovane, vuoi essere orientato nelle tue scelte lavorative o nello studio? Chiama l'Associazione delle Donne Capoverdiane in Italia. Ti saprà dare una mano. Tel. 340 59 12 951 o 333 33 711 35. 10 Spazio Giovani Lutchinha em Roma Algumas das suas amigas e colegas de Escola, como a Dulce, já não se lembravam que Lutchinha cantava. Por isso, foi uma surpresa saber que ela estava em Roma de férias no mês de Agosto, e que ia cantar no ristobar “Morabeza” e depois no Clube “Criola”. Mas a surpresa maior, foi descobrir a sua bela voz, uma voz grave, grossa, de que ela se sente orgulhosa, pois esse tipo de voz não é muito comum. Nós, meninas do grupo “Espaço Jovem” da Rádio B.Leza, fomos ouvi-la cantar e apreciamos não só a sua voz como também o seu carácter alegre, amável, espontâneo. Lutchinha é “mnininha d'Itália”. Roma foi, de facto, a cidade onde viveu ao longo de 15 anos nas décadas de 70 e 80, e onde trabalhou, estudou na Escola Portuguesa e participou nas actividades culturais da comunidade. Na realidade as actividades desse tipo, na altura, não eram muitas. Isso era terrível para a Lutchinha, que morria de saudades da atmosfera agradável do Mindelo, onde estava sempre em contacto com a música e cantava já de pequena. De qualquer modo, em Roma conseguiu inserir-se num coro internacional que lhe serviu também para modelar a voz. Entretanto, ia sempre de férias à França, onde conheceu muita gente cabo-verdiana ligada à música e que a encorajou a cantar, dado que tinha uma boa voz. Foi assim que acabou por se transferir para Paris, cidade onde havia mais espaço para a cultura, a música tradicional cabo-verdiana que é o que ela gosta mais de cantar. Hoje ela considera-se realizada e contente dessa mudança. Em França arranjou trabalho, casou-se e tem dois filhos a quem dá toda a prioridade. O canto permanece, de momento, um hobby, talvez um dia venha a ser a sua profissão, mas não tem pressa nisso. Também ainda não tem CD publicado. Apenas uma amostra da sua voz, onde estão as suas duas canções preferidas: “Caminho di Mar” que o pai lhe dedicou quando saiu de Cabo Verde e “Figura de Criola”, composta por Jorge Humberto e que quer ser uma homenagem não só às crioulas cabo-verdianas como também a todas as mulheres do mundo. Mas Lutchinha promete que vai publicar um CD, não fosse mais para contentar a comunidade cabo-verdiana nos Estados Unidos que lho solicitou quando lá esteve G2 la rete dei figli di immigrati Ne carne…ne pesce…ma uovo. In una frase la Italo-etiope Lucia Ghebreghiorges, ex collaboratrice di Left e membro attivo della rete G2, ha condensato il dilemma di essere figli di migranti qui in Italia oggi. La rete G2 secondegenerazioni, di cui la Ghebreghiorges fa parte, è nata grazie all'unione spontanea di alcuni figli e figlie di immigrati/rifugiati, nati in Italia o arrivati da minorenni. Si tratta di una rete di cittadini, originari di Africa, Asia, Europa e America Latina, che hanno pensato di unire le forze per lavorare su due punti fondamentali: i diritti negati alle seconde generazioni senza cittadinanza italiana e la costruzione di una identità meticcia, favorevole ad un incontro di civiltà. La rete ha natali romani, ma dalla capitale il dialogo è in costante movimento verso altre realtà italiane cittadine e non. Da Milano a Palermo il network è in continua espansione. Nel 2006, per rendere la comunicazione tra i membri più dinamica, si è pensato ad una serie di iniziative che hanno portato alla costruzione di un blog al cui interno i membri potevano iscriversi ad un em concertos no mês de Abril. Mas já teve também a honra de cantar em Paris com Cesária, Lura, Mariana, Dulce Matias, a favor das crianças de Cabo Verde. Tem também cantado sozinha, pela Europa, com pessoas sentadas a ouvir em silêncio, o que aprecia muito, mas que não aconteceu em Roma, onde soube contudo, com toda a delicadeza que lhe é característica, convidar os presentes a ouvirem a mensagem que ela queria deixar ao interpretar canções de compositores importantes como Manuel d'Novas, Dany Mariano, Teófilo Chantre. Sandra da Rocha e Andresa Ramos foto:Andresa Ramos forum di discussione. Oltre a questo, nello stesso anno, sono stati realizzati due video e un fotoromanzo. Strumenti collettivi che servivano per sensibilizzare la società italiana sulle problematiche che vivono quotidianamente le seconde gene- razioni. G2 ha partecipato, tra il 2006 e il 2007, agli incontri convocati dal Ministro dell'Interno e dal Ministro della Solidarietà Sociale sulle linee di riforma del Testo Unico sull'immigrazione ed è stata ricevuta in commissione Affari costituzionali della Camera per esprimere un parere sulla riforma della legge sulla cittadinanza. Collabora attivamente con l'assessorato alle politiche giovanili del comune di foto: Andresa Ramos Roma e con il centro interculturale della Provincia di Mantova. Il successo della rete è stato totale. Sia come impatto sui media mainstream, ma soprattutto come punto di aggregazione per giovani confusi in cerca di conforto legislativo e morale. I contatti giornalieri al Forum sono sempre più numerosi e gli incontri pubblici si stanno moltiplicando a vista d'occhio. Dopo lo storico gemellaggio con Associna, la rete delle seconde generazioni cinesi in Italia, la rete cerca oggi di miscelare le energie con altri gruppi sul territorio italiano impegnati nelle stesse battaglie. Il 17 Novembre Roma ospiterà un workshop della rete aperto a tutti i figli di migranti che vogliono dire la loro e partecipare. Si parlerà molto di politica, la legge sulla cittadinanza, ma ci sarà spazio anche per l'arte e per la creatività. Igiaba Scego www.secondegenerazioni.it CONTINUA PAG. 12 11 Spazio Giovani cittadinanza Le modalità di accesso alla cittadinanza italiana sono molto difficili. Non tutti i minori cresciuti in Italia sono automaticamente italiani. I bambini nati da genitori stranieri, infatti, prendono la nazionalità dei loro genitori. Però se nati sul suolo italiano hanno la possibilità di richiedere la cittadinanza italiana entro un anno dal raggiungimento del diciottesimo anno d’età. Dovranno tuttavia dimostrare al momento della domanda la loro residenza continuativa in Italia. Il Consiglio dei Ministri ha approvato nella riunione del 4 agosto 2006, su proposta del Ministro dell´Interno, Giuliano Amato, http://www.governo.it/GovernoInforma/Dossier/ cittadinanza/disegno_legge_cittadinanza.pdf un disegno di legge che aggiorna la normativa sulla cittadinanza modificando la legge n. 91 del 1992. http://www.governo.it/GovernoInforma/Dossier/c ittadinanza/legge5febbraio1992_91.pdf Tale disegno di legge prevede una serie di interventi che prendono in considerazione le varie situazioni che contraddistinguono la presenza degli stranieri nel paese e, in particolare, i nati nel territorio, i minori che si ricongiungono ai propri familiari in età infantile o adolescenziale, gli stranieri extracomunitari maggiorenni. Però in sostanza non sono ancora cambiate molto le cose, in Italia per quanto riguarda la cittadinanza regna incontrastato lo jus sanguinis, il diritto di sangue. Per i minori non nati in Italia molto spesso c’è solo la possibilità di richiedere il permesso di soggiorno, si è nella situazione di essere stranieri nella propria nazione. Infatti si deve fare la domanda (legata al reddito) come i migranti della prima generazione. La cittadinanza e il suo difficile ottenimento per i minori stranieri sono questioni dolorose nonché tortuose dal punto di vista burocratico e sociale. Si è stranieri anche se “emigrati da nessun luogo” quindi. Perché non tutti, pur condividendo il vissuto italiano (formazione scolastica, atmosfera culturale) hanno accesso alla cittadinanza. Mostra del cinema di Venezia 2007 La graine e le moulet, di Abdellatif Kechiche continuazione di “60 anni di frati cappuccini in Capo Verde” La graine è la semola, le moulet un pesce, esattamente la muggine. Sono i due ingredienti base del cous cous di mare. Il regista franco-tunisino Abdellatif Kechiche ne ha fatto nel suo ultimo film, ancora non uscito in Italia, il simbolo di una migrazione che è piena di dolore, ma anche di speranza. Il film alla mostra di Venezia ha ricevuto dieci minuti di applausi e fino all’ultimo tutti speravano in una sua vittoria del Leone d’oro poi andato al film mediocre di Ang Lee. La storia ruota intorno al personaggio di Slimane (Habib Boufares) un sessantenne che viene licenziato dal cantiere dove lavorava da 35 anni. Riparare pescherecci non lascia molto in mano al vecchio sciupato dal lavoro duro. L’uomo si fa tentare così dall’idea di trasformare un vecchio peschereccio in disuso in un ristorante etnico. Sa che può sfruttare la bravura in cucina della sua ex moglie, soprattutto nel fare il cous cous di pesce. La cucina è anche motivo di incontro per la famiglia allargata del vecchio tunisino. Ogni Domenica tra figli, nuore, amici il cous cous diventa un rito….un rito di cui usufruisce anche Slimane alla lontana. Infatti ogni Domenica l’uomo non va nella casa della sua ex moglie, ma riceve comunque il suo piatto di cous cous bello impachettato nella pensione di cui è proprietaria la sua nuova donna. Però più che la sua nuova donna quella che lo supporta di più è la figlia di lei, Rym (la bravissima Hafsia Herzi) che è forse più golosa di cous cous dello stesso Slimane. Il regista mostra che le cose non sono facili per un ex operaio con un sogno. Difficile avere prestiti, difficile avere un appoggio, difficile avere anche la fiducia della famiglia. E lì la genialità del regista. Kechiche (di cui vi consigliamo di vedere anche il film precedente a questo la schivata sui giovani delle banlieu parigine). Mostra molto bene le incomprensioni e le cattiverie che a volte i membri di una famiglia allargata possono farsi. Solo Rym crede in Slimane in modo puro. Durante l’inaugurazione del ristornate succederà un fatto terribile (che non vi raccontiamo, non possiamo rovinarvi il film vi pare amici?) e sarà solo Rym, più dei suoi figli, più della ex moglie, più della nuova donna, a cercare di rimediare alla situazione. Si parla di Francia in questo film, ma sembra tanto l’Italia. Da non perdere la meravigliosa scena finale con la danza del ventre. Igiaba Scego Progetti in cui sono coinvolti i fratti, ma anche tanti laici volontari intenti a collaborare nella costruzione di una “chiesa nuova” attenta all'evoluzione dei tempi. Si, perché se 60 anni fa i capoverdiani erano forse più ricettivi al Vangelo e riempivano le chiese, oggi non sono immuni dal secolarismo che invade il mondo intero. Bisogna, quindi, essere innovativi nel modo di evangelizzare e soprattutto essere attenti sia agli aspetti spirituali che alle condizioni di vita delle persone. Ed è questo che i Fratti della Provincia di Torino, da dove sono partiti i primi quattro per Capo Verde, hanno voluto mostrare con i festeggiamenti avvenuti dal 22 settembre al 2 ottobre nella capitale piemontese: dialogo nelle scuole, bande musicali, mostre fotografiche, video, stand e persino un corteo e camminata conclusisi al Monte dei Cappuccini dove gente comune e personalità politiche italiane e capoverdiane si sono confluiti per una giornata di riflessione e festa per il legame indissolubile tra i capoverdiani e i fratti cappuccini. Il tutto per lasciare nel visitante la convinzione “che il cuore dell'uomo è buono e quando ha l'opportunità di fare del bene lo fa”, parole di P. Ottavio che, da anni si divide tra Capo Verde e l'Italia coinvolgendo tutti quelli che può in questo progetto missionario in cui “laici e religiosi lavorano insieme per un mondo nuovo”. Fiducioso che un giorno il “seme lanciato darà frutti” sente che l'Ordine è pronta a continuare il cammino con le nuove generazioni in una prospettiva di “fede, lavoro, famiglia e società”, valori che Capo Verde è chiamato a testimoniare in un'epoca in cui è visto come un'esempio di riuscita in Africa. 12 OMCVI - Associazione Donne Capoverdiane in Italia Via della Lungara n° 19 - 00165 Roma Tel. 340 59 12951 - 333 33 71 135 Cordinatrici - Redattrici: Dulce Araújo / Igiaba Scego Grafico/impaginatore: Dario Di Teodoro Stampa: Tipografia FRA.MAR. - Roma Dulce Araújo