Capo Verde

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Capo Verde
Bollettino N° 1 Ottobre/Novemre 2007 - Pubblicazione sperimentale - Progetto “Campagna sensibilizzazione all’Associazionismo comunitario“ OMCVI - Provincia di Roma
Caras Sócias,
Carissimi lettori,
Sin dalla sua creazione,
l'OMCVI, l'Associazione delle
Donne Capoverdiane in Italia,
ha avvertito la necessità di un
servizio di informazione e
comunicazione per la comunità. Così, grazie alla diligenza
delle sue prime dirigenti e alla
gentile collaborazione della
Radio Proletaria, divenuta poi
Radio Città Aperta, ha avuto
già dal 1988, anno della sua
fondazione, la trasmissione
Onda Capo Verde, oggi Radio
B.Leza, molto apprezzata
dalla comunità. Coordinatrice
ne è l'OMCVI che la porta
avanti grazie alla preziosa collaborazione di diverse persone, tra cui alcuni giovani.
Anche se la Radio rimane la
forma principale di comunicazione con la comunità,
l'OMCVI non ha mai snobbato
altre forme di comunicazione.
Nel 1993 ha lanciato, infatti, il
bollettino di informazione,
“Recordai” e ancora prima,
agli inizi degli anni 80, un
gruppo di ragazze, alcune
delle quali verranno poi ad
essere membri dell'OMCVI,
danno vita, grazie all'aiuto dei
Fratti Cappuccini di Torino,
alla rivista “Cabo Verde, Nha
Terra”. Purtroppo, per motivi
differenti, entrambi questi tentativi, hanno avuto vita breve,
come del resto altri simili nella
comunità. Ricordiamo qui la
rivista “Promocabo” sorta nel
1999. Ma la sete di informazione e comunicazione nella
nostra comunità rimane insaziata. Voi stesse ce lo avete
manifestato, caras sócias, in
alcune nostre assemblee.
Allora, abbiamo pensato di
riprendere il tentativo di un
bollettino scritto. Lo abbiamo
chiamato Kriol-Ital, in onore
dei due paesi a cui apparte-
niamo: Capo Verde e l'Italia.
Ma “ital” sta anche a voler dire
apertura ad altri popoli e culture, poiché anche se veniamo
da isole, non vogliamo isolarci. Vogliamo sì, essere noi
stessi, per meglio dialogare
con gli altri nell'ottica delle
sfide che il mondo di oggi ci
colloca: “osare essere liberi,
osare agire, essere migliori in
un mondo migliore”, come
diceva la Ministra degli Esteri
del Sud-Africa nell'incontro
tenutosi a Parigi nel settembre
scorso fra l'Unione Africana e
la sua diaspora in Europa.
L'Unione vuole, infatti, lanciare un ponte tra l'Africa e la sua
ampia diaspora sparsa per il
mondo, affinché gli africani e i
loro discendenti vivano meglio
ovunque si trovino. E' qualcosa che noi capoverdiani stiamo facendo da circa 20 anni
ormai, sia attraverso una
attenzione sempre maggiore
dei nostri governanti verso
quella che viene ora chiamata
l'undicesima isola, sia attraverso il Congresso dos
Quadros da Diáspora Caboverdiana. Ora, basta allargare
un po' la nostra visione in
modo da rispondere alla sfida
che ci viene anche dal grande
Continente a cui apparteniamo. Farlo in modo positivo,
significa organizzarci meglio,
essere più uniti, più critici, più
informati. Kriol-Ital vuole dare
una mano in tutto questo.
Speriamo dunque che possa
vivere a lungo e che possa
godere della tua stima e
appoggio. Ma non vuole
essere un mezzo a senso
unico. Come alla Radio
B.Leza, anche qui puoi dire la
tua. Scrivici, e le tue idee
saranno prese in considerazione. A presto, dunque, e
buona lettura.
La Direzione dell'OMCVI.
Ricordando Maria Teresa
Amica e benefattrice della comunità capoverdiana
Come nelle grandi occasioni,
l'ampia chiesa di Tra-Noi, in
Via Sicilia, si è riempita
domenica 21 ottobre per ricordare Maria Teresa Palazzolo
ad un anno dalla sua morte. La
Messa, con canti e letture in
italiano e portoghese e con
un'omelia vivace come sa fare
il P. Tarcisio, cappellano della
comunità capoverdiana, è
stata preceduta da un omaggio
culturale a questa “donna di
ottobre”. Teresa è nata, infatti,
a Rimini, il 15 ottobre del
1932, ed è morta a Roma il
giorno del suo 74º compleanno. Assistente Sociale e fotografa, Teresa si avvicinò nel
1986 a Capo Verde, dove svolse attività di consulente di
comunicazione sociale per il
“Programma Allargato di
Vaccinazione” e di animazione del personale sanitario. Vi
ritornerà nel 1998, anno in cui
intervista, insieme ad un'amica, lo scrittore Germano Almeida per il documentario
“Germano Almeida - Scrittore”.
Ma già negli anni precedenti
aveva tradotto un'opera dello
stesso scrittore e una di
Orlanda Amarílis. Nel 2002 fa
parte del gruppo che partecipa,
a Praia, al III Congresso della
Diaspora Capoverdiana sulle
Seconde Generazioni.
La sua particolare sensibilità
per le problematiche sociali e
il profondo desiderio di contribuire alla costruzione di un
mondo migliore, la portò a
lavorare sempre a favore dei
più disagiati in Italia e in
diversi paesi dell'Africa e
dell'America Latina, realizzando, tra l'altro, vari reportage fotografici e libri didattici
per animazione culturale tra
bambini. In Africa dedicò
una particolare attenzione alla
donna, sulla quale scrisse con
molto rispetto ed equilibrio.
Non stupisce quindi, che
abbia scelto di includere tra i
suoi eredi proprio un'associazione di donne africane,
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All’interno le Rubriche:
Capo Verde/Italia
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Venti anni di Omcvi
a Pag. 5
Vita Comunitairia
Spazio Giovani
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a Pag. 9
Capo Verde - Italia
Presidente da República estará entre nós em Novembro
O Presidente da República de Cabo
Verde, Pedro Pires, estará na Itália de 19
a 25 de Novembro. É convidado de
honra no “Evento Especial sobre
Florestas e Energia”, que terá lugar a 20
de Novembro, em Roma, no âmbito da
34a Conferência da FAO, Organização
das Nações Unidas para a Alimentação e
a Agricultura. O convite foi-lhe dirigido
pelo próprio Director desta Organização,
o senegalês, Jacques Diouf.
Durante a sua estada na Itália, o Chefe
de Estado cabo-verdiano terá encontros
com Responsáveis italianos ao mais alto
nível e com a comunidade cabo-verdiana
em Roma e Turim. Segundo uma nota
dirigida às associações cabo-verdianas
na Itália pela Embaixada de Cabo Verde
Câmaras Municipais mais
próximas dos emigrantes
As Câmaras Municipais de Cabo Verde
têm vindo, nos útlimos anos, a fazer um
grande esforço no sentido de se aproximar cada vez mais dos munícipes radicados além fronteira, reservando-lhes um
caloroso acolhimento durante o período
de férias. Um primeiro contacto destinado
a durar e a dar frutos. Do Sal, a São
Vicente, a São Nicolau, um pouco por
todo o arquipélago, multiplicam-se, no
Verão, os “Encontro do Emigrante em
Férias” e, no país, já houve até cursos de
formação sobre “Atentimento aos
Emigrantes” destinados ao pessoal ligado
às Câmaras Municipais.
A título de exemplo trazemos aqui alguns
momentos da “Semana do Emigrante”
realizada de 23 a 27 de Agosto deste ano
no Sal, onde os emigrantes de férias
foram acarinhados com diversas inciati-
junto do Estado Italiano, por razões
“estritamente protocolares”, o Presidente
não poderá “infelizmente delocar-se às
diversas áreas de concentração de
núcleos comunitários cabo-verdianos na
Itália”, entre as quais, Nápoles, Sicília,
Milão, Florença.
Durante a sua estada em Itália, Pedro
Pires deslocar-se-á ao Piemonte para
encontros com a Congregação dos
Frades Capuchinhos que, este ano
comemora 60 anos de presença em
Cabo Verde (onde tem actuado a favor
do povo das ilhas), com as autoridades
locais e com a comunidade cabo-verdiana em Turim. Em Roma, já estão em
curso, da parte da Embaixada e das
associações, os preparativos para rece-
ber com honra e dignidade o Presidente
da República. O lugar e a data do encontro serão comunicados oportunamente
através da Rádio B.Leza.
vas visando favocecer o intercâmbio de
experiências e um mergulho na cultura
cabo-verdiana. Manifestações como “o
emigrante em poesia”, espectáculos
musicais, de dança tradicional e mesmo o
teatro enchiam os dias até a noite descer
de mansinho com o seu manto de nostalgia. Pelo meio, um olhar à natureza, aparentemente escarna, mas com as suas
maravilhas, únicas talvez no mundo,
como o espectáculo das “tataruga ta sei
na praiona” ou os nossos ricos fundais
marítimos. Não faltou uma visita panorâmica pela ilha, bem como um encontro
com algumas instituições particularmente
ligadas aos emigrantes: banco, transportes aéreos, alfândega, estruturas hoteleiras, etc. É, portanto, notável o esforço
que as várias Câmaras vêm fazendo com
o intento de prestar um bom serviço aos
munícipes residentes fora do país, com
particular atenção aos aspectos sócioculturais. Um esforço que é também um
convite aos emigrantes a participarem
activamente no crescimento humano e
material das nossas ilhas.
K. - Porque é que os emigrantes devem votar nas autárquicas?
V. E. - Sem um estudo prévio, penso ser prematuro afirmar com
segurança que os emigrantes cabo-verdianos devem votar nas
autárquicas e em que moldes. Não há dúvidas sobre o papel
dos emigrantes no desenvolvimento político, social e económico
de Cabo Verde. Já participam nas eleições legislativas e presidenciais, estando-lhes vedado apenas a participação nas autárquicas. Por isso e também no âmbito do governo dos municípios, à primeira vista, deveriam ter uma palavra a dizer.
I. R. E. - Milão
Não osbante este louvável esforço de
aproximação, os emigrantes de férias
enfrentam ainda muitos problemas que,
por vezes, acabam por transformar o
merecido período de repouso numa imerecida canseira, frustração e stress.
Problemas que serão, talvez, melhor
tomados em consideração quando o emigrante tiver direito ao voto também nas
autárquicas. A questão já está a entrar na
ordem do dia e é suportada pela ADECO,
Associação de Defesa do Consumidor,
cuja Presidente do Conselho Fiscal, a
advogada Vanda Evora, Kriol-Ital entrevistou.
Acontece, porém, que os emigrantes, apesar de terem fortes
interesses no País, não vivem directamente e na pele, o nosso
dia a dia. Sendo que o governo das nossas cidades, das nossas
vilas, dos nossos montes e vales, repercute-se diariamente nas
nossas vidas pode-se perfeitamente equacionar a hipótese de
alguém ser eleito com votação expressiva dos emigrantes contra a vontade da maioria dos que vivem no País. Esta questão
talvez se resolvesse com uma quota de representação para os
emigrantes com ligação efectiva ao País (alguns há que não têm
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eresa
Ricordiamo Maria Teresa con la
poesia “LEI”di Humberto Ak'abal,
poeta del Guatemala, la terra da
cui lei iniziò il suo appassionato
percorso di lavoro e dove, dopo
aver attraversato l'Africa, è
approdata con il suo ultimo viaggio:
Grazie Maria Teresa da tutti noi di
SCRITTI D'AFRICA : Anna,
Rosella, Daniela, Laura, Giulia,
Luciana, Habté, Cristina, Jorge,
Marie-José, Alessia.
Ausência
O relógio do tempo parou
e os olhinhos do sol adormeceram.
O vento melancólico levou a nefasta nova
à Africa, Europa e América Latina
da despedida saudade.
LEI
Come la luna
dietro gli eucalipti
galante e bella
così era lei
umile, semplice, silenziosa
scalza come la mia tristezza.
I suoi occhi,
chicchi di mais nero.
Me la portò il mattino,
la portò via la sera.
Anche il cielo
s'innamorò di lei.
Mensageira de olhos doces
Com a voz melódica de um rouxinol.
Guerreira da paz, do tempo e da vida.
Dorme no arco-íris do paraíso mágico
com o amor e a saudade.
Anusca
Maria Teresa in Guatemala
Ricordando Maria Teresa
foto:Luis Barros
quella delle Donne Capoverdiane in
Italia, con la quale mantenne sin dall'inizio un rapporto di stima e ammirazione per l'orientamento e le attività in
favore della comunità capoverdiana in
Italia. La Messa di domenica ha voluto
essere un'atto di ringraziamento da
parte di questa associazione e di tutta la
comunità per il gesto benevole di
Teresa, che ha lasciato al mondo un'esempio di umiltà e attenzione verso gli
altri, senza mai vantarsi, mettersi in evidenza, o considerare la sua visione la
migliore di tutte. Insomma, una donna
di ottobre, “missionaria” il cui cuore
batteva squilibrato di fronte ai problemi
planetari, come recita il Poema
Manifesto di Vera Duarte a lei dedicato
in quell'occasione e declamato da
Cateline Almada. Una ampia nota biografica presentata da Filomena Évora ha
fatto conoscere ai presenti il ricco ed
esemplare vissuto di Teresa. L'incontro,
reso commovente e sentito anche dalla
partecipazione attiva di Rosella Clavari
che ha rappresentato Scritti D'Africa
(Associazione per la diffusione della
cultura africana in Italia, voluta e co-
fondata da Teresa nel 1997), ha contato
anche con la lettura di poesie di H.
Ak'abal del Guatemala che Teresa
amava molto. Invitato a partecipare alla
cerimonia, l'Ambasciatore di Capo
Verde in Italia (che vi è giunto più
tardi), si è fatto rappresentare dalla consorte, Sig.ra Ana Paula Barbosa che,
ispirata dal fascino di Teresa, l'indomani le ha dedicato con affetto il poema
“Ausência”.
Ciao Teresa. Grazie di cuore.
ASSOCIAZIONE DONNE CAPOVERDIANE IN ITALIA
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CAPO VERDE - ITALIA
qualquer relação com Cabo Verde e nem estão interessados
com o que cá se passa), sempre inferior à dos residentes.
Do lado inverso e no âmbito das políticas de integração dos imigrantes na nossa sociedade, os imigrantes têm legitimidade
eleitoral activa e passiva, precisamente porque vivem no País e
as decisões dos órgãos municipais lhes interessam também
directamente. Se deverá ou não haver mais limites a essa intervenção política, é outra questão que reputo importante, tendo
em conta os riscos que a liberdade de circulação entre os países da CEDEAO e a pequenez do nosso País, podem acarretar
em termos de soberania.
K. - A que ponto está o processo e quais os possíveis obstáculos?
V. E.- Não creio que estejam sequer a ser equacionados os
mecanismos de participação dos emigrantes nas eleições autárquicas, tanto que a última Lei de Revisão do Código Eleitoral os
não consagra.
K. - Porque é que a ADECO assumiu esta causa?
V. E. - A ADECO suscitou esta questão porque é uma
Associação que promove também a cidadania e entende que
para este fim não deve haver assuntos tabus e que, a ser devidamente equacionada, pode ser proposta para futuras eleições
o início dos debates públicos e a sensibilização dos interventores políticos e da sociedade civil.
Actualmente os imigrantes com residência legal e habitual em Cabo Verde podem votar nas
autárquicas (artigo 407.º, n.º 2 do novo Código Eleitoral) e podem também ser elegíveis se
residem em Cabo Verde há mais de cinco anos (artigo 408.º do mesmo Código).
MpD quer extinção do IC,
Instituto das Comunidades
Aproveitando da sua vinda a Roma para
participar na Conferência da Internacional
Democrática do Centro, ocorrida de 19 a
21 de Setembro, o líder do Movimento
para a Democracia (MpD) teve encontros,
primeiro, com os representantes do partido e depois com a comunidade em geral,
no dia 23 à tarde, no clube “Criola”. Jorge
Santos, anunciou a agenda do MpD para
a emigração: integração plena no desenvolvimento de Cabo Verde, despartidarização da politica de emigração e extinção
do IC que, deverá, a seu ver, ser substituído por um Provedor (onde o emigrante
possa apresentar queixas), por estar
demasiado politizado. A quem lhe fez
notar que o que os emigrantes desejam e
têm solicitado, em vão, através do
Congresso dos Quadros da Diáspora, é
um Ministério da Diáspora, o chefe do
maior partido da oposição respondeu que
o que é necessário é uma “política transversal de todos os Ministérios para a emigração”. Ainda em matéria de despartidarização, o Deputado do MpD para a emigração, Miguel de Sousa, também presente no encontro, falou na criação de um
Pacto de Regime Parlamentar para impedir a partidarização da diáspora, e pôs em
realce o extraordinário valor das associações de emigrantes que, disse, não
devem ser politizadas. Sem poupar críticas ao partido actualmente no Governo,
Jorge Santos, afirmou que o Estado de
Cabo Verde não vai bem: instabilidade
institucional, corrupção, desvio na gestão
da coisa pública. Por fim anunciou a confirmação de João Câncio do Livramento
como coordenador da equipa do MpD na
Itália até Julho de 2008.
Foi, depois, Miguel de Sousa, a frisar que
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foto:Manuel Ramos
Verde, onde gostaria de trabalhar, dizendo que em Itália não se vai avante porque
“bô ê extra-comunitário e na Kab-Verd
pamó bo ê emigrante”. Quem somos afinal, onde podemos exigir o reconhecimento dos nossos direitos? A pergunta
ficou no ar.
Dulce Araújo
o seu partido vai levar a Parlamento o
Código de Investimento do Emigrante.
Balcão único, recenseamento demográfico da emigração, criação de um sistema
de regresso voluntário dos emigrantes
em São Tomé e Príncipe e mesmo da
Europa, valorização dos recursos humanos na emigração, reforma fiscal do IVA,
foram outras promessas feitas por Miguel
de Sousa. Aliás, o MpD vai avançar com
uma lei das associações - referiu - porque
“Cabo Verde deve apoiar projectos relevantes das associações que não encontrem financiamento no estrangeiro”. A
assembleia reagiu, propondo que haja
um fundo (mais substancioso do já atribuido ao IC) a que as associações da
diáspora possam concorrer com projectos.
Outras propostas da assembleia, bastante numerosa, foram no sentido de representantes de Cabo Verde defenderem, junto
das autoridades italianas, um tratamento
preferencial para esta comunidade, antiga e bem comportada, por forma a poder
trabalhar melhor na difusão da cultura de
origem, prestação de serviços à comunidade, acompanhamento das segundas
gerações. Foi precisamente uma jovem
da segunda geração, recém formada, a
arrancar o maior aplauso aos presentes,
ao apresentar as dificuldades de reconhecimento do seu diploma em Cabo
O Instituto das Comunidades,
IC, foi criado a 3 de Setembro
de 2001 por decisão do
Conselho de Ministros para
executar a política do Governo
relacionada com as comunidades emigradas. Dispõe de um
Fundo Autónomo de
Solidariedade destinado a contribuir para a melhoria das condições de vida das comunidades emigradas através de financiamento ou co-financiamento
de iniciativas das mesmas. Até
agora tem dado particular atenção às comunidades mais vulneráveis, mormente a de São
Tomé e Príncipe.
Em Outubro de 2003, o
Presidente do IC, Álvaro Apolo,
esteve em Roma, onde tomou
parte no colóquio: “OMCVI - Il
Volto Femminile di una
Comunità: Associazione Donne
Capoverdiane, 15 anni di
Storia”, ilustrando objectivos e
acções daquela Instituição.
CAPO VERDE - ITALIA CONTINUA A PAG. 12
Venti ANNI DI OMCVI
Mamma e Papà
a Scuola di Storia e Cultura
di Capo Verde
Le colonie culturali estive sono un importante momento di trasmissione della cultura di Capo Verde ai bambini. 15 giorni
all'anno di intense attività permeate ovviamente da momenti di svago e di giochi. Ma
non basta. Bisogna che i genitori facciano
questo lavoro durante tutto l'anno, cominciandolo quando i bambini sono ancora
piccoli. Ma, per diverse ragioni, i genitori
non hanno, a volte, tutti gli elementi necessari per farlo. Per aiutarli in questo,
l'OMCVI, (con finanziamenti della Regione
Lazio) ha realizzato dal 12 Novembre 2006
al 3 Giugno 2007, a Roma, il corso
“Seconde Generazioni: Trasmissione della
Cultura di Origine nelle Famiglie
Capoverdiane in Italia”. Il corso si è svolto
presso l'hotel Casa Tra-Noi del Movimento
Tra-Noi (da sempre vicino ai capoverdiani
in Italia) in Via Monte del Gallo 113. Il corso
è stato molto intenso e abbastanza seguito
in tutte le sue varie fasi. 14 Lezioni di circa
sei ore ciascuna (con pausa pranzo), tutte
di domenica per permettere alle donne
lavoratrici della comunità, ma anche ai
papà di partecipare. Il centro del corso è
stato naturalmente la storia e la cultura di
Capo Verde, ma sono stati trattati a lato
anche temi di grande importanza per la
comunità come i punti in comune tra Capo
Verde e Italia o la trasformazione dell'Italia
da paese di emigranti a paese di immigrati.
Diversi i docenti, italiani e capoverdiani: da
sociologi, a storici, a pedagogisti, esperti di
immigrazione, alcuni venuti apposta dal
Portogallo e dalla Francia.
L'indice di gradimento dei partecipanti al
corso è stato molto alto. Tutti si sono
espressi con grandi lodi per l'iniziativa, l'aggettivo più usato dai partecipanti è stato
“utile”. Nessuno ha avuto mai la sensazione di perdere tempo o peggio di annoiarsi.
Il giorno della valutazione finale, una delle
partecipanti ha detto: “Non avevamo
coscienza del compito di trasmettere la cultura di origine ai nostri figli. A scuola abbiamo studiato solo la storia del Portogallo.
Non sapevamo le cose essenziali della storia e della cultura di Capo Verde”.
La maggior parte delle partecipanti al corso
sono state donne, che sacrificavano volentieri il loro unico giorno di riposo, per il
futuro dei figli. Molte donne hanno proprio
apprezzato l'orario del corso, perché era
vicino alle loro esigenze di lavoratrici e di
mamme. Inoltre c'è stata una buona
copertura dell'iniziativa da parte di Radio
B.leza, la trasmissione radiofonica settimanale, dedicata ai capoverdiani in Italia,
permettendo così a chi era rimasto a casa
di avere una sintesi delle tematiche trattate e ascoltare interviste in diretta dei diversi docenti. In alcune lezioni abbiamo avuto
come ospite lo studioso Norvegese di
emigrazione (capoverdiana), Jorgen
Carling che dopo, da Capo Verde, ci ha
inviato il messaggio che qui pubblichiamo.
foto:Nancy Tolentino
Caras amigas,
Parabéns ao completar o curso! Gostei imenso dos domingos que passei convosco. Admirei a vontade de estudar nos dias de folga. Aprendi
muitas coisas sobre a cultura e a história de Cabo Verde, e apreciei a boa convivência no grupo. Agradeço muito as contribuições que vocês
deram ao meu estudo (...) . No mês de Maio completei o trabalho de terreno em Cabo Verde, onde fiz entrevistas em São Nicolau e São
Vicente (...). Não sei quando posso voltar à Itália, mas espero que seja em breve. Quando o meu trabalho estiver pronto gostaria de o apresentar a vocês. Com muita saudade e gratidão. Um abraço.
Jørgen.
Un anno fa il convegno “Violenza Domestica. Meglio Prevenire Che Rimediare”
Da allora diversi casi di violenza domestica si sono verificati a Capo Verde (e nel mondo). E nella nostra comunità in Italia?
Se dovesse succedere, non aver paura di denunciare. Chiama l'Associazione delle Donne Capoverdiane: 340 59 12 951 o
333 3371135.
“Atrás das portas fechadas e em segredo, as mulheres são sujeitas a violência por parte dos seus compenheiros, estão
demasiado envergonhadas e receosas para os denunciarem e quando o fazem, raras vezes são levadas a serio” - Dina
Salustio, escritora cabo-verdiana, citada pelo Ministro da Justiça, José Manuel Andrade, no Colóquio “Violência Doméstica:
Melhor Prevenir do que Remediar”, organizado em Roma, pela OMCVI, a 29 de Outubro de 2006.
Colonia culturale estiva
Da più di un decennio l'OMCVI organizza colonie culturali estive dirette ai giovanissimi ragazzi-e della comunità. Le colonie
sono realizzate grazie all'impegno costante dell'Associazione e
ai finanziamenti della Regione Lazio. Esse costituiscono un
momento importante di trasmissione della cultura di origine ai
nostri bambini che, allo stesso tempo, interagiscono con coetanei italiani e conoscono le diverse realtà culturali e ambientali
delle località della Regione Lazio dove soggiornano di anno in
anno. In genere l'ultimo giorno è riservato ad una festa e riflessione insieme ai genitori su temi quali l'identità, il senso di solidarietà all'interno della comunità, l'importanza dell'associazioni-
smo e la necessità di trasmettere la cultura di origine costantemente ai bambini. Le donne considerano la colonia una delle
attività più importanti dell'OMCVI, anche se non è l'unica come
sanno le socie e i simpatizzanti dell'Associazione.
In questo primo numero abbiamo voluto presentare due testimonianze significative: Nara Monteiro, 14 anni che in questo 2007
era alla sua ultima esperienza in colonia, avendo ormai compiuto l'età limite per partecipare al progetto e Mirko Duarte Mendes,
9 anni, che racconta con la sua voce fresca la sua prima volta in
colonia. Vi proponiamo anche l'esperienza di uno dei nostri operatori: Welles Soares detto Willy
VENTI ANNI DI OMCVI CONTINUA A PAG. 7
5
Continuazione di CAPO VERDE - ITALIA
Cabo Verde: importante passo em frente
na parceria especial com a União Europeia
A Comissão Europeia aprovou o estatuto de parceria especial
entre a União Europeia e Cabo Verde. Para ser concretizado
definitivamente, o acordo terá agora de ser enviado ao
Parlamento Europeu para ratificação e ao Conselho de
Assuntos Gerais, para aprovação final. O anúncio da aprovação
do estatuto pela Comissão Europeia foi dado no passado dia 24
de Outubro, em Lisboa, pelo primeiro ministro português, José
Sócrates, no final de um almoço com o seu homólogo cabo-verdiano, José Maria Neves, que o definiu um “momento histórico”
para Cabo Verde. O acordo constituirá, segundo o chefe do
governo cabo-verdiano, uma “mola impulsionadora para o
desenvolvimento” do país. Cabo Verde faz parte do pacote de
cooperação assinado no ano 2000 entre a União Europeia e os
ACP (países da África, Caraíbas e Pacífico), mas quer ir mais
longe e beneficiar de uma “parceira especial de vizinhança” com
a Europa. Em vista está “mais segurança, desenvolvimento e a
obtenção de mais recursos” através do Fundo Europeu de
Desenvolvimento de que gozam actualmente os Açores,
Madeira e Canárias.
Dulce Araújo (con LUSA)
60 anni dei Frati Cappuccini in Capo Verde
“60 anni di grazie. Il bilancio è positivo”. E' in questi toni che P. Matias Tavares,
vice-provinciale dell'Ordine dei Fratti Cappuccini a Capo Verde parla dei 60 anni
dell'arrivo dei primi fratti italiani in quelle isole, aprendo la strada al radicamento
dell'Ordine nel Paese. Dai quattro fratti italiani arrivati nel 1947, oggi sono 36, 26
dei quali capoverdiani; da semplice Missione, si è oggi una Vice-Provincia (25º
anniversario festeggiati anche quest'anno): segni di una camminata sicura verso
una piena autonomia in termini di personale, di capacità di formazione dei propri
candidati al sacerdozio e di autosostentabilità. Se nel primo aspetto si è raggiunto un livello incoraggiante, nelle altre due rimane ancora molta strada da fare affinché la Vice-Provincia possa staccarsi dalla Provincia Madre di Torino, che l'ha
dato vita, e diventare una Provincia a sè. Una Congregazione che ha saputo stare
al passo coi tempi e che ha accompagnato i capoverdiani “nella loro avventura
umana, sociale ed economica”, sostiene Padre Ottavio Fasano, arrivato nel
Paese 46 anni fa, e oggi punta di lancia di molti delle iniziative socio-pastorali
dell'Ordine a Capo Verde, tra i quali il Centro Socio Sanitario all'Isola di Fogo. Ma,
oltre alle otto parrocchie a loro carico, i cappuccini sono presenti anche nel mondo
dell'infanzia con 28 asili, nell'animazione giovanile, nell'ausilio alla donna e alla
famiglia, nel mondo della comunicazione con la Radio Nova e una produttrice televisiva in incubazione.
CONTINUA A PAG 12
Continuazione di VITA COMUNITARIA
Fini e un
Manifestazioni d'Ottobre
L'autunno 2007 sarà ricordato come
la stagione delle manifestazioni.
Grillo ha aperto le danze che poi
sono continuate con il milione di persone in piazza del 20 Ottobre, manifestazione congiunta portata avanti
da tre giornali della sinistra (Il
Manifesto, Liberazione, Carta) con i
movimenti di cittadini, donne, migranti, studenti, precari. La gente è stata
spinta dalla voglia di trovare una
soluzione reale ai problemi del
paese, da una voglia di dire “No
all'immobilismo” che non porta trasformazioni positive alla vita quotidiana dei singoli. La lotta alla precarietà è stata la bandiera che ha accomunato le manifestazioni autunnali
italiane, lotta che ha visto come protagonisti anche molti migranti. Già il
20 Ottobre i migranti con la loro rabbia colorata, le loro richieste, hanno
sottolineato che un'Italia diversa è
possibile. Sull'intervento dal palco la
portavoce dei migranti ha chiesto a
gran voce l'abrogazione della Bossi
6
accesso “umano” alla cittadinanza italiana. Nota curiosa, è
stato citato alla fine dell'intervento il
nostro dolce Amilcar Cabral, di cui
durante la manifestazione girava una
figurina (la numero 167 dell'album di
famiglia curato da Il Manifesto, uno
dei promotori della manifestazione). I
migranti però non stanchi di lottare si
sono ritrovati in piazza anche una
settimana dopo. Esattamente il 27
Ottobre a Brescia e il 28 a Roma. La
motivazione di questa nuova mobilitazione era ribadire i concetti già
espressi il 20, ossia l'abrogazione
della Legge Bossi-Fini. Il governo
Prodi in carica da oltre un anno, a
detta di molti migranti, non ha mantenuto le promesse fatte nel programma elettorale sull'immigrazione. La
situazione per i migranti non è minimamente migliorata, anzi per certi
versi si è fatta pesante e drammatica.
Critica netta alla fumosa proposta di
legge Amato - Ferrero che si limita,
secondo gli organizzatori della manifestazione, a promettere piccole
migliorie (tra l'altro tutte da verifica-
re), lasciando però sicuramente intatto i pilastri fondamentali della BossiFini: il legame tra il permesso di soggiorno e il contratto di lavoro che rappresenta (uno dei principali strumentidi ricatto in mano padronale), il
mantenimento dei CPT o CDI, nonché la detenzione amministrativa
dentro e fuori i confini italiani, il protocollo firmato tra Ministero degli
Interni, Poste Italiane, Patronati e
ANCI. Questo procedimento inefficiente ed inadeguato, sia nella forma
e sostanza, porta al pagamento alle
poste italiane di 72 euro per le pratiche di Permessi/Carta di Soggiorno
ecc…Un'altra critica mossa al governo è quello di intensificare e sostenere le politiche repressive ad ogni
livello, senza fare nulla per costruire
una società interculturale.
In piazza l'affluenza, sia a Brescia
sia a Roma, è stata discreta. Molto
alta la presenza di asiatici, pochi i
capoverdiani, comunque in numero
superiore delle altre volte, grazie alla
diffusione della campagna tramite
Radio B.Leza.
Venti anni di OMCVI
Quest'anno la Colonia si è tenuta a Norma.
Nei quindici giorni di soggiorno abbiamo
seguito un programma che ci ha portato a
visitare molti posti del luogo, oltre che a
insegnare la cultura di Capo Verde. Questo
è il mio quarto anno come operatore ed ogni
anno capisco sempre di più la funzione e
l'importanza della Colonia, poiché non deve
essere vista come una semplice vacanza,
bensì come un privilegio per l'apprendimento
delle proprie origini. Quest'anno la colonia è
stata decisamente positiva, non solo per l'ottima struttura del soggiorno e del servizio ristorativo, ma soprattutto per la professionalità e
l'unione tra noi operatori, che ci ha permesso di rendere costruttiva la colonia per i
ragazzi. E' fondamentale, secondo me, che
i genitori parlino e insegnino cose di Capo
Verde ai propri figli affinché le nostre origini
non si perdano strada facendo.
Welles Soares Fortes
foto:Welles Soares
Sono Nara. Per me questo è stato l'ultimo anno della colonia. L'anno prossimo avrò più di quattordici anni e non potrò più
andare. Nei quattro anni che ho frequentato la colonia, mi sono divertita molto a fare cose relazionate con la cultura del
nostro Paese, a ricordare le persone che hanno segnato la nostra storia. La maggior parte di queste cose io non le sapevo.
Ma grazie alla colonia, ora sono informata sulla nostra storia e cultura e ne sono orgogliosa. Secondo me, la colonia è molto
utile per istruire e per divertirsi, perchè si organizzano balletti, si fanno cartelloni, e quando stai in compagnia dei tuoi connazionali è come se stai nel tuo Paese. Ringrazio tutti gli animatori e la presidente dell'OMCVI che ci hanno permesso di trascorrere una vacanza immaginando Cabo Verde. Continuate a fare questa attività perchè è una cosa meravigliosa. Baci.
Nara
Ciao, sono Mirko e ho 9 anni. Quest'estate sono andato alla colonia a Norma con degli accompagnatori di nome Céu, Angela
e Willy. Dormivamo in un albergo molto grande e bello con un parco giochi. Abbiamo fatto tantissime cose belle. Siamo
andati al castello di Sermoneta, ai Giardini di Ninfa e pure alla festa dei Norbanus. Abbiamo visitato anche l'antica Norba.
Ma la cosa più bella è stata la recita insieme ai miei compagni. Andrei in Colonia di nuovo con piacere e non vedo l'ora di
rivedere gli accompagnatori ed i miei amici.
Mirko
foto:Welles Soares
7
VITA COMUNITARIA
La nostra comunità è sempre più dinamica. In questo numero vi presentiamo due nuove associazioni capoverdiane che cominciano il loro cammino.
ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DE S.NICOLAU
unidos para servir S. Nicolau
Associação dos Amigos de São
Nicolau, criada a 15 de Julho de
2007, encontra-se neste momento em fase de legalização, o que
deverá acontecer dentro em
breve. Um dos objectivos mais
importantes da Associação é ajudar no desenvolvimento de São
Nicolau, através de algumas instituições com sede nessa Ilha
nomeadamente, escolas, jardins
de infância, Cáritas e hospitais.
Durante essa fase de legalização
da Associação, tivemos já na Ilha
dois elementos da Direcção a fim
de contactar as referidas instituições e fazer um levantamento
das necessidades mais urgentes
da população da Ilha de São
Nicolau.
Aproveitando a oportunidade
deste espaço, que nos é gentilmente concedido, gostaríamos de
informar a todas as pessoas que
se sentem de algum modo amigas de São Nicolau e que querem
colaborar connosco, que podem
contactar-nos nos seguintes
endereços: e-mail: [email protected]
telefones: 0744
993674 - 06 44249227 ou ainda
06- 44230367. Muito obrigado.
Cabo Verde sai à rua em
procissão na capital italiana
Foram perto de quinhentos os imigrantes
cabo-verdianos que, na tarde do domingo
7 de Outubro, Festa de Nossa Senhora
do Rosário, sairam à rua em procissão
para testemunhar a sua religiosidade e a devoção a esta
festa litúrgica. Seguiu-se uma
solene eucaristia, animada
pelo coro da comunidade, e
concelebrada por sacerdotes
que acompanham os imigrantes. A Igreja é cedida pelas
Missionárias Cabrinianas, onde
se situa o Centro “Ritrovo Tra
Noi”, em Via Sicilia. Todos os
domingos, às 19 horas, há
missa em língua portuguesa.
A Festa da N. Sra do Rosário é,
Associazione
“CABOVERDEMANIA”
L'Associazione CABOVERDEMANIA è
nata recentemente da un gruppo di
ragazzi delle Isole Capo Verde tutti residenti a Roma. L'Associazione si propone di favorire l'integrazione ed anche l'interscambio culturale con la comunità italiana affinché non vengano disperse la
cultura, le tradizioni, i valori ed i principi
del proprio paese di origine. La promozione della Cultura Capoverdiana attraverso l'organizzazione di incontri culturali, eventi musicali, spettacoli e moda, è
tra le attività principali svolte dall'Associazione.
Manuel Ramos
Tel. 338.52.20.486
O Conselho de Direcção
Migrazioni” (Caritas de Roma, III
Rapporto, 2007) num universo de 3 milhões de imigrantes legalizados em Itália,
encontrando-se em Roma 12% do total, a
comunidade cabo-verdeana a residir no
município romano é estimada em aproximadamente 3.000 presenças. Do total
74,8% são mulheres, sendo a
segunda comunidade migrante,
depois da ucraniana, que actualmente apresenta o segundo
mais alto índice de feminização.
No domingo 14 de Outubro foi a
vez da comunidade brasileira
comemorar Nossa Sra de
Aparecida (padroeira do Brasil)
também com uma procissão na
Praça Navona, reflectindo e
orando com Maria sobre a condição da mulher migrante.
foto: Tra Noi
Rui Pedro
sem dúvida, uma das festas mais antigas
dos imigrantes em Roma. Foi introduzida
há mais de 30 anos pelas mulheres trabalhadoras, sobretudo, da ilha de São
Nicolau, onde a devoção se encontra
muito enraizada.
Segundo o “Observatório Romano sulle
Non solo Calcio… Não só Futeból
Este ano pela terceira vez (2004, 2005, 2007) os cabo-verdianos de Roma venceram o Mundialito de Futeból. Em Milão, embora a
nossa comunidade não tenha chegado à taça final (ficou no quarto lugar), venceu os prémios “melhor goleador”, “melhor guardaredes”, “melhor treinador” e, como não podia deixar de ser “melhores adeptos” .
De Cabo Verde chegou a bela notícia de que a Equipa Nacional Masculina de Basquetball conquistou a Medalha de Bronze ao
posicionar-se no terceiro lugar no Torneo de Basquet dos países africanos. Uma grande conquista num confronto com equipas altamente profissionais. Os nossos parabéns e votos de muito sucesso a todos os jogadores da nossa Nacional de Basquet e ao seu
staff de suporte.
I.R.E. - Milão
Kriol-Ital: Parabéns a todos. Mas, cabo-verdianos de Milão, o que é que vos faltou para chegar à taça final, visto que fostes
melhor em tudo? E para quando o prémio do associativismo? Muoversi, Muoversi, Muoversi…
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VITA COMUNITARIA CONTINUA A PAG. 9
Vita Comunitaria
Retalhos da vida real - Frammenti di vita reale
Histórias tristes, alegres, bizaras, histórias serenas e repletas de sucessos, histórias de amores que nascem e desvanecem, enfim, histórias da vida. Quantas histórias por detrás
de cada um de nós, emigrantes! Jovens, deixamos a nossa
terra e, por anos, remamos pelo mar das vicissitudes da emigração. E a velhice não se faz rogar. Chega pontual. Cabo
Verde? Ali nascemos, ali está o nosso umbigo. É uma
empresa manter-se totalmente cabo-verdiano às portas da
velhice, depois de uma vida inteira absorvendo a cultura da
terra que nos acolheu. Por vezes, o nosso coração sente-se
interpelado por ambos os lados. Lá, na terra, estão as nossas raízes, os nossos antepassados, o vento que atirou o pó
aos nossos cabelos, a brisa que nos acariciou o rosto, a
chuva que não cai, o imenso mar azul, as rochas nuas - nossos pontos de referência. Aqui, estão os frutos das nossas
entranhas, os cacos acumulados, relações tecidas no suor
da diferença socio-cultural... O pecurso da Maria Rocha è
um pouco isto. Emigrante do Sal, deixou a ilha aos vinte
anos com destino a Roma. Como tantas outras, também ela
se deixou guiar pelo sonho da terra longe. “Uma vida cheia
de desafios”- diz dando graças a Deus por a força e a coragem nunca lhe terem faltado. Filhos? Teve dois, nas terras
de Garibaldi. E com eles continuou a sua cavalgada à procura duma vida melhor. Migrou, então, para o Norte do país.
Não se contam as batalhas milanesas que a viram na dianteira. Ganhou muitas delas e sobretudo ganhou a luta. Hoje,
reformada, volta para a terra que a viu nascer. “Ma corenta
óne d' “pasta asciuta” ca ta desengruda d'mi nunca más”.
Não há dúvida, Maria Rocha permacerá ligada ao “Bel
Paese” por um elo indistrutível: os seus dois filhos, seus
grandes amores, seu grande orgulho.
I.R.E - Milão
Amilcar Cabral, un ricordo
foto: Tabanka Onlus
L'11 Ottobre Roma ha ricordato il
nostro caro dolcissimo Amilcar
Cabral. Una tavola rotonda alla sala
del refettorio della camera dei deputati e una mostra fotografica alla fondazione Lelio Basso sono stati un
modo della città di dire Grazie ad una
persona che ha dato se stessa non
solo a Capoverde e alla Guinea, ma
all'Africa intera. A ricordarlo persone
di grande rispetto quali Linda Bimbi,
Maria Cristina Ercolessi, Piero
Gamacchio, Corsino Tolentino, Luis
Moita, Jorge Canifa Alves, Filomeno
Lopes e Maria de Lourdes Jesus che
ha chiuso la serata dando il premio
Amilcar Cabral
proprio a Piero
Gamacchio e Corsino Tolentino per il
loro lavoro di ricerca per l'Africa e
con l'Africa. È stato un pomeriggio
ricco di commozione e parole indimenticabili. In tanti sono accorsi ad
abbracciare idealmente il leader che
più di tutti ha capito che la rivoluzio-
ne non poteva andare avanti senza
una presa di coscienza culturale. Era
bello vedere nella sala oltre i tantissimi capoverdiani, anche nigeriani,
etiopi, somali, italiani. Cabral credeva che si doveva lottare per “liberare”
il popolo dal colonialismo, ma anche
dalla borghesia locale estranea agli
interessi del popolo. La lotta era
anche culturale perché in un certo
senso erano i bambini a chiedere un
mondo con più cultura, un mondo più
giusto. Si doveva lottare perché “As
crianças são as flores da nossa luta
e a razão do nosso combate”. E per
farlo Cabral si è diviso in tanti ruoli.
Ed è questo che hanno sottolineato i
vari relatori. I vari Cabral che vivevano dentro Amílcar. Il Cabral politico, il
Cabral giovane, il Cabral agronomo,
il Cabral rivoluzionario, il Cabral
ideologo, il Cabral poeta, il Cabral
filosofo, il Cabral migrante, il Cabral
senza frontiere, si è parlato persino
del Cabral sportivo. Tutti con le loro
parole, mischiando italiano e portoghese, hanno sottolineato come
Cabral sostenne il bisogno di una
partecipazione attiva delle masse
rurali alla lotta di liberazione e al
parallelo processo rivoluzionario, nel
corso del quale si doveva consolidare una coscienza nazionale. La politica di Amilcar era una politica degli
affetti e della verità che ai nostri giorni manca un po' a tutti, sia in Africa
sia in Europa. L'incontro pomeridiano
si è concluso con l'apertura della
mostra fotografica “La rivoluzione
come atto di cultura” di Bruna
Polimene. Foto splendide di un uomo
splendido: Amilcar Cabral. Una persona che non dimenticheremo mai.
Igiaba Scego.
9
SPAZIO GIOVANI
Spazio Giovani è uno spazio sui figli, per i figli, con i figli della migrazione. Uno sguardo sulla gioventù a partire dalla
nostra comunità abbracciando anche altre realtà immigrate. Spazio Giovani è la continuazione ideale su carta dello spazio omonimo radiofonico (Radio B.Leza), spazio pensato per voi giovani affinché ne facciate lo specchio della vostra
visione del mondo. Uno sguardo fresco su una realtà sempre in movimento, uno spazio che parla delle generazioni che
cambieranno l'Italia, rendendola a tutti gli effetti una società multiculturale e interculturale. La tua partecipazione in quanto giovane è importante. Non aspettare. Partecipa in tutte e due questi spazi.
Giovani Energie Rinnovabili
Alcuni di noi del gruppo “Spazio Giovani” abbiamo partecipato al
Convegno “Giovani, Energie Rinnovabili” organizzato dal
POGAS, Ministero delle Politiche Giovanili e delle Attività
Sportive insieme alla Provincia Autonoma del Trento. L'incontro
si è tenuto nei giorni 18 e 19 ottobre nel Palazzo delle
Fierecongressi, a Riva del Garda. Vi hanno preso parte giovani
di tutta l'Italia, molto motivati e pronti ad impegnarsi per cambiare le cose. E' stato davvero molto bello ed arricchente. Oltre
all'ambiente simpatico ed accogliente, sia i relatori che gli organizzatori erano molto aperti al dialogo e a proposte. Il Convegno
è stato articolato in delle plenarie e lavori di gruppo intorno a
temi come economia, scienza e tecnica, territorio, socialità. La
parola d'ordine era trovare soluzioni per il futuro dei giovani e
soprattutto darci speranza, farci capire che il futuro è anche nelle
nostri mani, basta crederci e sforzarci per costruirlo. Ma si è dato
anche molto spazio alle difficoltà che i giovani incontrano nell'inserimento professionale e nel rendersi indipendenti dalle famiglie. A differenza di altri paesi europei, in Italia, i giovani si avvicinano al mondo del lavoro verso i 30 anni. Questo è dovuto al
fatto che ci si laurea troppo tardi e non ai 22-23 anni, come
dovrebbe essere, ha detto il demografo Livi Bacci. Ciò è aggravato dal fatto che se l'Università è aperta a tutti, al mondo del
lavoro arrivano per primo i raccomandati. Inoltre, hanno sottoli-
neato diversi relatori, tra cui Riccardo Grassi dell'Istituto IARD di
Milano, si è restii nell'affidare ai giovani cariche di responsabilità. Questo porta molti ad andare all'estero, con gravi conseguenze per l'Italia, dove i dati demografici danno i giovani in
diminuzione. A tutto questo si aggiungono le paure dei giovani e
il sentimento di non sapere a chi rivolgersi per i problemi del
lavoro. Il Convegno ha messo allora l'accento sul lavoro imprenditoriale e sulle vie e forme di finanziamenti per i giovani imprenditori. All'incontro ha partecipato, concludendolo, la Ministra
Giovanna Melandri, secondo la quale si deve intervenire con
maggiore incisione nelle politiche giovanili includendo in esse
anche altri settori collegati ai giovani come la famiglia, il lavoro,
la casa. Dopo si è soffermato con i giovani della Regione Lazio,
illustrando i vantaggi della “Carta Giovani” che ci permette di
usufruire di molti sconti al cinema, teatro, centri commerciali,
ecc. Non sono mancati momenti di svago come il bellissimo concerto dei Funk Off in stille jazz, che ci ha rilassati, la prima sera,
dal lungo viaggio durato quasi 10 ore, la visita al Museo del
Mart, a Rovereto, con le sue opere di artisti del Novecento (ad
alcuni di noi sono piaciute ad altri no - questione di gusto e di
stile) e la performance di giovani artisti con la rete GAI. Anche il
mangiare non era male e ha consentito di apprezzare le prelibatezze del Trento.
Fradilson Évora, Liliana Duarte, Massimo Masci.
Baptistinha
Sono giovani, sono fratelli e, dal padre, Maestro Baptista, hanno
ereditato la passione per la musica e soprattutto per la costruzione di strumenti musicali a corde, da cui traggono, loro stessi,
struggenti note delle melodie tradizionali capoverdiane. Sono i
Baptistinha: cinque fratelli e una sorella. A Capo Verde suonano
nei bar e ristoranti, hanno la loro ufficina e fanno lezione di musica ad altri giovani e bambini. Ora sono conosciuti anche in Italia.
Dal 20 settembre al 2 ottobre hanno partecipato in Piemonte ai
festeggiamenti dei 60 anni dell'arrivo dei fratti cappuccini della
Provincia di Torino a Capo Verde. Un esperienza meravigliosa
che gli ha aperto piste di collaborazione con l'Italia, dice nel suo
modo dolce e simpatico, Luís Baptista, il più grande dei sei fratelli che fanno parte del gruppo. Ma nella famiglia c'è un altro fratello, Bau, musicista anche lui, molto conosciuto. È il “consigliere del gruppo, quando abbiamo dubbi andiamo da lui” ci fa
sapere Luís con un sorriso.
Quest'anno è il decimo anniversario della scomparsa del
Maestro Baptista, uno dei più noti costruttori di strumenti musicali a Capo Verde. In omaggio a lui i Baptistinha faranno questo
anno un CD, la loro opera prima. Ma hanno tanti sogni nel cassetto, e per realizzarli possono contare con il sostegno dei frati
cappuccini che vedono in loro un'esempio per altri giovani. Un
appoggio apprezzato da Luís che non perde l'occasione per ringraziarli.
Dulce Araújo
Sei giovane, vuoi essere orientato nelle tue scelte lavorative o nello studio? Chiama l'Associazione
delle Donne Capoverdiane in Italia. Ti saprà dare una mano. Tel. 340 59 12 951 o 333 33 711 35.
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Spazio Giovani
Lutchinha em Roma
Algumas das suas amigas e colegas de Escola, como a Dulce,
já não se lembravam que Lutchinha cantava. Por isso, foi uma
surpresa saber que ela estava em Roma de férias no mês de
Agosto, e que ia cantar no ristobar “Morabeza” e depois no
Clube “Criola”. Mas a surpresa maior, foi descobrir a sua bela
voz, uma voz grave, grossa, de que ela se sente orgulhosa, pois
esse tipo de voz não é muito comum. Nós, meninas do grupo
“Espaço Jovem” da Rádio B.Leza, fomos ouvi-la cantar e apreciamos não só a sua voz como também o seu carácter alegre,
amável, espontâneo.
Lutchinha é “mnininha d'Itália”. Roma foi, de facto, a cidade
onde viveu ao longo de 15 anos nas décadas de 70 e 80, e onde
trabalhou, estudou na Escola Portuguesa e participou nas actividades culturais da comunidade. Na realidade as actividades
desse tipo, na altura, não eram muitas. Isso era terrível para a
Lutchinha, que morria de saudades da atmosfera agradável do
Mindelo, onde estava sempre em contacto com a música e cantava já de pequena. De qualquer modo, em Roma conseguiu
inserir-se num coro internacional que lhe serviu também para
modelar a voz. Entretanto, ia sempre de férias à França, onde
conheceu muita gente cabo-verdiana ligada à música e que a
encorajou a cantar, dado que tinha uma boa voz. Foi assim que
acabou por se transferir para Paris, cidade onde havia mais
espaço para a cultura, a música tradicional cabo-verdiana que é
o que ela gosta mais de cantar. Hoje ela considera-se realizada
e contente dessa mudança. Em França arranjou trabalho,
casou-se e tem dois filhos a quem dá toda a prioridade. O canto
permanece, de momento, um hobby, talvez um dia venha a ser
a sua profissão, mas não tem pressa nisso. Também ainda não
tem CD publicado. Apenas uma amostra da sua voz, onde estão
as suas duas canções preferidas: “Caminho di Mar” que o pai
lhe dedicou quando saiu de Cabo Verde e “Figura de Criola”,
composta por Jorge Humberto e que quer ser uma homenagem
não só às crioulas cabo-verdianas como também a todas as
mulheres do mundo. Mas Lutchinha promete que vai publicar
um CD, não fosse mais para contentar a comunidade cabo-verdiana nos Estados Unidos que lho solicitou quando lá esteve
G2 la rete dei figli di immigrati
Ne carne…ne pesce…ma uovo. In una
frase la Italo-etiope Lucia Ghebreghiorges,
ex collaboratrice di Left e membro attivo
della rete G2, ha condensato il dilemma di
essere figli di migranti qui in Italia oggi. La
rete G2 secondegenerazioni, di cui la
Ghebreghiorges fa parte, è nata grazie
all'unione spontanea di alcuni figli e figlie
di immigrati/rifugiati, nati in Italia o arrivati
da minorenni. Si tratta di una rete di cittadini, originari di Africa, Asia, Europa e
America Latina, che hanno pensato di
unire le forze per lavorare su due punti
fondamentali: i diritti negati alle seconde
generazioni senza cittadinanza italiana e
la costruzione di una identità meticcia,
favorevole ad un incontro di civiltà. La rete
ha natali romani, ma dalla capitale il dialogo è in costante movimento verso altre
realtà italiane cittadine e non. Da Milano a
Palermo il network è in continua espansione. Nel 2006, per rendere la comunicazione tra i membri più dinamica, si è pensato ad una serie di iniziative che hanno
portato alla costruzione di un blog al cui
interno i membri potevano iscriversi ad un
em concertos no mês de Abril. Mas já teve também a honra de
cantar em Paris com Cesária, Lura, Mariana, Dulce Matias, a
favor das crianças de Cabo Verde. Tem também cantado sozinha, pela Europa, com pessoas sentadas a ouvir em silêncio, o
que aprecia muito, mas que não aconteceu em Roma, onde
soube contudo, com toda a delicadeza que lhe é característica,
convidar os presentes a ouvirem a mensagem que ela queria
deixar ao interpretar canções de compositores importantes
como Manuel d'Novas, Dany Mariano, Teófilo Chantre.
Sandra da Rocha e Andresa Ramos
foto:Andresa Ramos
forum di discussione. Oltre a questo, nello
stesso anno, sono stati realizzati due
video e un fotoromanzo. Strumenti collettivi che servivano per sensibilizzare la
società italiana sulle problematiche che
vivono quotidianamente le seconde gene-
razioni. G2 ha partecipato, tra il 2006 e il
2007, agli incontri convocati dal Ministro
dell'Interno e dal Ministro della Solidarietà
Sociale sulle linee di riforma del Testo
Unico sull'immigrazione ed è stata ricevuta in commissione Affari costituzionali
della Camera per esprimere un parere
sulla riforma della legge sulla cittadinanza. Collabora attivamente con l'assessorato alle politiche giovanili del comune di
foto: Andresa Ramos
Roma e con il centro interculturale della
Provincia di Mantova. Il successo della
rete è stato totale. Sia come impatto sui
media mainstream, ma soprattutto come
punto di aggregazione per giovani confusi
in cerca di conforto legislativo e morale. I
contatti giornalieri al Forum sono sempre
più numerosi e gli incontri pubblici si stanno moltiplicando a vista d'occhio. Dopo lo
storico gemellaggio con Associna, la rete
delle seconde generazioni cinesi in Italia,
la rete cerca oggi di miscelare le energie
con altri gruppi sul territorio italiano impegnati nelle stesse battaglie. Il 17
Novembre Roma ospiterà un workshop
della rete aperto a tutti i figli di migranti
che vogliono dire la loro e partecipare. Si
parlerà molto di politica, la legge sulla cittadinanza, ma ci sarà spazio anche per
l'arte e per la creatività.
Igiaba Scego
www.secondegenerazioni.it
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11
Spazio Giovani
cittadinanza
Le modalità di accesso alla cittadinanza italiana sono
molto difficili. Non tutti i minori cresciuti in Italia sono
automaticamente italiani. I bambini nati da genitori
stranieri, infatti, prendono la nazionalità dei loro genitori. Però se nati sul suolo italiano hanno la possibilità di richiedere la cittadinanza italiana entro un anno
dal raggiungimento del diciottesimo anno d’età.
Dovranno tuttavia dimostrare al momento della
domanda la loro residenza continuativa in Italia. Il
Consiglio dei Ministri ha approvato nella riunione del
4 agosto 2006, su proposta del Ministro dell´Interno,
Giuliano Amato,
http://www.governo.it/GovernoInforma/Dossier/
cittadinanza/disegno_legge_cittadinanza.pdf
un disegno di legge che aggiorna la normativa sulla
cittadinanza modificando la legge n. 91 del 1992.
http://www.governo.it/GovernoInforma/Dossier/c
ittadinanza/legge5febbraio1992_91.pdf
Tale disegno di legge prevede una serie di interventi che prendono in considerazione le varie situazioni
che contraddistinguono la presenza degli stranieri
nel paese e, in particolare, i nati nel territorio, i minori che si ricongiungono ai propri familiari in età infantile o adolescenziale, gli stranieri extracomunitari
maggiorenni. Però in sostanza non sono ancora
cambiate molto le cose, in Italia per quanto riguarda
la cittadinanza regna incontrastato lo jus sanguinis,
il diritto di sangue. Per i minori non nati in Italia molto
spesso c’è solo la possibilità di richiedere il permesso di soggiorno, si è nella situazione di essere stranieri nella propria nazione. Infatti si deve fare la
domanda (legata al reddito) come i migranti della
prima generazione. La cittadinanza e il suo difficile
ottenimento per i minori stranieri sono questioni
dolorose nonché tortuose dal punto di vista burocratico e sociale. Si è stranieri anche se “emigrati da nessun luogo” quindi. Perché non tutti, pur condividendo il
vissuto italiano (formazione scolastica, atmosfera culturale) hanno accesso alla cittadinanza.
Mostra del cinema di Venezia 2007
La graine e le moulet, di Abdellatif Kechiche
continuazione di “60 anni di frati cappuccini in Capo Verde”
La graine è la semola, le moulet un pesce, esattamente la muggine. Sono i due ingredienti base del cous cous di mare. Il regista franco-tunisino Abdellatif Kechiche ne ha fatto nel suo ultimo
film, ancora non uscito in Italia, il simbolo di una migrazione che
è piena di dolore, ma anche di speranza. Il film alla mostra di
Venezia ha ricevuto dieci minuti di applausi e fino all’ultimo tutti
speravano in una sua vittoria del Leone d’oro poi andato al film
mediocre di Ang Lee.
La storia ruota intorno al personaggio di Slimane (Habib
Boufares) un sessantenne che viene licenziato dal cantiere dove
lavorava da 35 anni. Riparare pescherecci non lascia molto in
mano al vecchio sciupato dal lavoro duro. L’uomo si fa tentare
così dall’idea di trasformare un vecchio peschereccio in disuso
in un ristorante etnico. Sa che può sfruttare la bravura in cucina
della sua ex moglie, soprattutto nel fare il cous cous di pesce. La
cucina è anche motivo di incontro per la famiglia allargata del
vecchio tunisino. Ogni Domenica tra figli, nuore, amici il cous
cous diventa un rito….un rito di cui usufruisce anche Slimane
alla lontana. Infatti ogni Domenica l’uomo non va nella casa della
sua ex moglie, ma riceve comunque il suo piatto di cous cous
bello impachettato nella pensione di cui è proprietaria la sua
nuova donna. Però più che la sua nuova donna quella che lo
supporta di più è la figlia di lei, Rym (la bravissima Hafsia Herzi)
che è forse più golosa di cous cous dello stesso Slimane. Il regista mostra che le cose non sono facili per un ex operaio con un
sogno. Difficile avere prestiti, difficile avere un appoggio, difficile
avere anche la fiducia della famiglia. E lì la genialità del regista.
Kechiche (di cui vi consigliamo di vedere anche il film precedente a questo la schivata sui giovani delle banlieu parigine). Mostra
molto bene le incomprensioni e le cattiverie che a volte i membri
di una famiglia allargata possono farsi. Solo Rym crede in
Slimane in modo puro. Durante l’inaugurazione del ristornate
succederà un fatto terribile (che non vi raccontiamo, non possiamo rovinarvi il film vi pare amici?) e sarà solo Rym, più dei suoi
figli, più della ex moglie, più della nuova donna, a cercare di
rimediare alla situazione. Si parla di Francia in questo film, ma
sembra tanto l’Italia. Da non perdere la meravigliosa scena finale con la danza del ventre.
Igiaba Scego
Progetti in cui sono coinvolti i fratti, ma anche tanti laici volontari intenti a collaborare nella costruzione di una “chiesa nuova”
attenta all'evoluzione dei tempi. Si, perché se 60 anni fa i capoverdiani erano forse più ricettivi al Vangelo e riempivano le
chiese, oggi non sono immuni dal secolarismo che invade il
mondo intero. Bisogna, quindi, essere innovativi nel modo di
evangelizzare e soprattutto essere attenti sia agli aspetti spirituali che alle condizioni di vita delle persone. Ed è questo che i
Fratti della Provincia di Torino, da dove sono partiti i primi quattro per Capo Verde, hanno voluto mostrare con i festeggiamenti
avvenuti dal 22 settembre al 2 ottobre nella capitale piemontese: dialogo nelle scuole, bande musicali, mostre fotografiche,
video, stand e persino un corteo e camminata conclusisi al
Monte dei Cappuccini dove gente comune e personalità politiche italiane e capoverdiane si sono confluiti per una giornata di
riflessione e festa per il legame indissolubile tra i capoverdiani
e i fratti cappuccini. Il tutto per lasciare nel visitante la convinzione “che il cuore dell'uomo è buono e quando ha l'opportunità di fare del bene lo fa”, parole di P. Ottavio che, da anni si
divide tra Capo Verde e l'Italia coinvolgendo tutti quelli che può
in questo progetto missionario in cui “laici e religiosi lavorano
insieme per un mondo nuovo”. Fiducioso che un giorno il “seme
lanciato darà frutti” sente che l'Ordine è pronta a continuare il
cammino con le nuove generazioni in una prospettiva di “fede,
lavoro, famiglia e società”, valori che Capo Verde è chiamato a
testimoniare in un'epoca in cui è visto come un'esempio di
riuscita in Africa.
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OMCVI - Associazione Donne Capoverdiane in Italia
Via della Lungara n° 19 - 00165 Roma
Tel. 340 59 12951 - 333 33 71 135
Cordinatrici - Redattrici: Dulce Araújo / Igiaba Scego
Grafico/impaginatore: Dario Di Teodoro
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Dulce Araújo