KARINE BERTELLI TANG Análise sobre a utilização do E
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KARINE BERTELLI TANG Análise sobre a utilização do E
FACULDADE DE TECNOLOGIA DA ZONA LESTE KARINE BERTELLI TANG Análise sobre a utilização do E-commerce na Organização Decolar.com São Paulo 2009 FACULDADE DE TECNOLOGIA DA ZONA LESTE KARINE BERTELLI TANG Análise Sobre a Utilização do E-commerce na Organização Decolar.com Monografia apresentada no curso de Tecnologia em Logística com ênfase em transporte na FATEC ZL como requerido parcial para obter o Título de Tecnólogo em Logística e Transporte Orientador: Abel Baptista São Paulo 2009 Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte. Tang, Karine Bertelli Análise sobre a utilização do e-commerce na Organização Decolar.com / Karine Bertelli Tang – São Paulo, SP: [s.n], 2009. Orientador: Abel Baptista Monografia (Graduação) – Faculdade de Tecnologia da Zona Leste. Bibliografia: f. 1. Introdução. 2. Logística. 3. E-commerce. 4. Estudo de Caso 5. Conclusão. 6. Referências Bibliográficas. FACULDADE DE TECNOLOGIA DA ZONA LESTE KARINE BERTELLI TANG Análise Sobre a Utilização do E-commerce na Organização Decolar.com Monografia apresentada no curso de Tecnologia em Logística com ênfase em transporte na FATEC ZL como requerido parcial para obter o Título de Tecnólogo em Logística e Transporte. COMISSÃO EXAMINADORA ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ São Paulo, ____ de ____ de 2009. A Deus e a minha amada família, que me deram suporte para ser o que sou hoje... Sem vocês, nada seria possível. AGRADECIMENTOS Ao meu namorado pela força e apoio em todos os momentos difíceis. A minha família, pelo apoio e amor incondicional. Aos amigos, que de alguma maneira me ajudaram nesta caminhada. Ao Prof. Dr. Orientador, pela colaboração em todos os estágios deste trabalho. Aos companheiros de trabalho que colaboraram para a realização e finalização deste trabalho. Ao meu chefe, pela disposição e ajuda, sem o qual este trabalho não poderia ter sido concluído. “Não se deve ficar triste quando ninguém nota o que você fez de bom, afinal o sol faz um enorme espetáculo ao nascer, e mesmo assim, a maioria de nós continua dormindo”. Charles Chaplin RESUMO TANG, Karine Bertelli. Análise Sobre a Utilização do E-commerce na Organização Decolar.com. 2009. Trabalho de Conclusão de Curso – Faculdade de Tecnologia da Zona Leste – FATEC – ZL. São Paulo, 2009. O presente estudo analisou quais as ferramentas do E-commerce o Grupo Decolar.com utiliza para alavancar as suas vendas e se destacar em um mercado tão competitivo. O mercado de turismo está se canalizando rapidamente através da Internet e o Decolar.com conta com todos os recursos para liderar esse mercado. Para tanto foi desenvolvido um trabalho exploratório com o método de estudo de caso da empresa, o qual teve como propósito analisar as vantagens obtidas com o uso do e-commerce, e como a logística pode auxiliar na hora das vendas pela Internet, apontando as alternativas tecnológicas utilizadas para se sobressair em um mercado onde a concorrência fica cada vez maior. Palavras-chave: E-commerce, Logística de Serviço, Vantagem Competitiva. ABSTRACT TANG, Karine Bertelli. Analysis About the Use of E-commerce in the Organization Decolar.com. 2009. Paper of Course Conclusion – Faculdade de Tecnologia da Zona Leste – FATEC – ZL. São Paulo, 2009. The current study analyzed wich tools of E-commerce the group Decolar.com uses to lift their sales up and how to stand out in a so competitive market. The market of tourism is channelling quickly through the Internet, and Decolar.com disposes of all the resources to lead this segment. For that, was developed an exploratory paper using the case study of the company, that had the purpose to analise the advantages obtained with the use of e-commerce, and how Logistics can help in the hour of the sales for the Internet, pointing the alternatives to stand out in a market where competition is increasing. Key words: E-commerce, Logistics of Service, Competitive Advantage LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Logística de Serviços................................................................................20 Figura 2 – Participação dos Setores Econômicos no Produto Interno Bruto em 2003............................................................................................................................25 Figura 3 – O Triangulo de Serviços...........................................................................26 Figura 4 – Percentual da População Empregada por Setor Econômico....................27 Figura 5 – Compressão da Janela de Serviço...........................................................27 Figura 6 – Gráfico da Evolução do Faturamento........................................................32 Figura 7 – Organização Global da Empresa..............................................................48 Figura 8: Organograma da Estrutura Local................................................................49 Figura 9: Fluxograma das Atividades da Empresa.....................................................50 Figura 10: Google AdWords.......................................................................................51 Figura 11: Plataforma Yahoo......................................................................................52 Figura 12: Motor Buscador de Viagens......................................................................54 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Ranking do Consumo Eletrônico..............................................................31 Tabela 2 – Porcentagem Produtos Mais Vendidos....................................................31 Tabela 3 – Raio-x do Crescimento.............................................................................33 Tabela 4 – Evolução do Faturamento........................................................................34 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 13 2. LOGÍSTICA ................................................................................................................ 15 2.1 Logística no Brasil .................................................................................................. 20 2.2 Logística Globalizada ............................................................................................. 23 2.3 Logística de Serviços ............................................................................................. 24 2.3.1 A nova realidade para a Logística de Serviços (HighPluss, 2008) ............. 28 2.3.2 Cultura da Logística de Serviços / Produtos (HighPluss, 2008) .................. 28 3. E-COMMERCE ......................................................................................................... 29 3.1 Dados Atuais do E-commerce .............................................................................. 31 3.2 Ranking de produtos mais vendidos - 1° semestre 2009 (em Volume de Pedidos) .......................................................................................................................... 32 3.3 Aplicações de comércio eletrônico ...................................................................... 35 3.4 Terminologias do E-commerce............................................................................. 36 3.5 Internet ..................................................................................................................... 39 3.5.1. A Origem da Internet ......................................................................................... 40 3.5.2. Os Estágios da Internet ..................................................................................... 41 3.5.3. A Internet e o Comércio Eletrônico (e-commerce) ....................................... 41 3.5.4. A Internet como Instrumento na Conquista da Lealdade ............................ 42 4. ESTUDO DE CASO ................................................................................................. 45 4.1 Missão ...................................................................................................................... 47 4.2 Visão ......................................................................................................................... 47 4.3 Valores ..................................................................................................................... 47 4.4 Organização Global ................................................................................................ 48 4.5 Organograma .......................................................................................................... 49 4.6 Fluxograma da Empresa ....................................................................................... 50 4.7 Marketing On Line .................................................................................................. 51 4.7.1 Links patrocinados (SEM – Search Engine Marketing)................................. 51 4.7.2 Links na busca Orgânica (SEO – Search Engine Optimization) ................. 51 4.7.3 Mídias Sociais ...................................................................................................... 53 4.7.4 Parcerias ............................................................................................................... 53 4.7.4.1 Companhias Aéreas ........................................................................................ 55 4.7.4.1.1 Nacionais ....................................................................................................... 55 4.7.4.1.2 Internacionais ................................................................................................ 55 4.8 Tecnologia da Informação (T.I) ............................................................................ 57 4.9 Webdesigner ........................................................................................................... 57 4.9.1 Comunicação Externa ........................................................................................ 57 4.9.2 Comunicação Interna .......................................................................................... 58 5. CONCLUSÃO ............................................................................................................ 59 6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 61 13 1. INTRODUÇÃO Há cerca de dez anos o Comercio Eletrônico ou E-commerce começava a ser desenvolvido no Brasil, e hoje o varejo tem apresentado índices de crescimento significativos em seus números, mantendo-se como um dos maiores setores da economia mundial. Em um artigo recente a revista The Economist (2009), uma das mais conceituadas do ramo, mostrou a explosão do comercio eletrônico no mundo. No Brasil o e-commerce começou a deslanchar logo no inicio do ano 2001. E hoje é o ramo que mais cresce no país. O grande crescimento de vendas pela Internet atinge o mundo todo, a empresa que não se adaptar aderindo ao e-commerce esta caminhando para um futuro colapso. Há neste cenário ainda espaço para o crescimento, pois apenas 16% dos internautas do Brasil realizam compras on-line. (IBOPE/NetRatings, 2006), mostrando-se um terreno fértil para o crescimento do ambiente de negócios. Para Kotler (2000) o termo E-commerce é como uma ampla variedade de transações eletrônicas, como envio de pedidos de compra para fornecedores via EDI (troca eletrônica de dados); o uso de fax e e-mail para conduzir transações; o uso de caixas eletrônicos e cartões magnéticos para facilitar o pagamento e obter dinheiro digital, assim como o uso da Internet e de serviços on-line. Já Bransky (1999), afirma que o comércio eletrônico (e-commerce) é compartilhar informações, manutenção de relacionamentos e condução de transações de negócios por meio de redes de telecomunicações dentro e fora das empresas. Assim, o comércio eletrônico é a maneira pela qual as vendas e as compras são geradas e também suas concretizações e as ações de marketing de pós-venda; tudo isso realizado on-line. Considerando o grande crescimento do comercio eletrônico no mundo, pode-se dizer que o e-commerce ainda esta na sua fase de crescimento aqui no Brasil, muitas empresas começaram a implantar esse sistema, e começaram a perceber o grande beneficio que é a venda através da Internet. Neste trabalho iremos apresentar um estudo sobre o comércio eletrônico em uma agencia de viagens on-line: A Organização Decolar.com. 14 Como problema temos a seguinte pergunta: Quais as ferramentas do Ecommerce o Decolar utiliza para alavancar as suas vendas e se destacar em um mercado tão competitivo? Este estudo tem por objetivo analisar as vantagens obtidas com o uso do ecommerce, e como a logística pode auxiliar na hora das vendas pela Internet, apontar as alternativas tecnológicas utilizadas para se sobressair em um mercado onde a concorrência fica cada vez maior, e através de informações coletadas em livros, sites, e artigos sobre o tema, analisar os dados adquiridos. Neste cenário, onde novos comportamentos se estabelecem e a concorrência acirrada é perceptível, o desenvolvimento de estratégias específicas para o mercado eletrônico alcança uma relevância fundamental, onde cada empresa tem que buscar cada vez mais novas maneiras de impressionar, atrair e fidelizar os seus clientes. A concorrência, no entanto, acompanha o crescimento das vendas on-line, onde o comércio corresponde à maior parte dos espaços na web (VASSOS, 1997). Quando uma pessoa se conecta a rede de Internet, ela tem o mundo na sua mão, basta dar um click com o mouse e pronto, esta feita à compra. Mas por que as compras efetuadas pela Internet estão ganhando espaço, será que não é melhor fazer uma compra física? Muitas pessoas discordam, pois com a Internet ficou muito mais fácil pesquisar preços, ver a diversidade de produtos e as informações em tempo real. E muitas vezes quando o comprador esta em duvida, não conhece muito bem o produto que ele deseja obter, ele vai a uma loja, vê como o produto realmente é, quais as suas funcionalidades, mas não o compra, prefere chegar em casa, ligar o computador e pesquisar na Internet o local que oferece maiores vantagens para somente depois de obter tais informações fazer a aquisição. O capítulo um vai falar sobre Logística, o seu histórico, como surgiu e como esta hoje no mundo. O capítulo dois falara sobre o E-commerce. E no capítulo três será desenvolvido o estudo de caso baseado na Organização Decolar.com. 15 2. LOGÍSTICA O início da Logística se deu por causa das necessidades resultante das guerras, e está ligada diretamente ao progresso das atividades militares. Uma das grandes lendas da historia, Alexandre o Grande, que inspirou outros grandes lideres como Napoleão, foi capaz de superar os exércitos inimigos e expandir o seu reinado justamente por causa da logística que ele aplicava em suas tropas (GOMES E RIBEIRO, 2004). Mas isso tudo só foi possível por que Alexandre tinha um conhecimento detalhado dos exércitos inimigos e também dos terrenos onde seriam os campos de batalha. Alem disso, os militares perceberam que seria necessário um planejamento muito bem elaborado, para que as tropas não morressem de fome ou ficassem sem suprimentos. Gomes e Ribeiro (2004) também afirmam que a logística teve seus primeiros indícios na Grécia Antiga. Com o distanciamento das lutas, era necessário um “estudo” do abastecimento das tropas com armamentos, alimentos e medicamentos além do estabelecimento de acampamentos. O Barão Antoine Henri de Jomini que era general de Napoleão Bonaparte dizia que Logística é “A arte de movimentar exércitos”. Como esse uso da logística foi um sucesso, ela posteriormente teve os seus conceitos aplicados na área empresarial. Primeiramente sendo utilizada somente pelos órgãos governamentais e depois aplicada a todo tipo de empresas (GS1 BRASIL, 2006). Como pode ser observado, o termo Logística, de acordo com o Dicionário da língua portuguesa (2009) vem do francês logistique e tem como uma de suas definições a parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realização de: projeto, desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, distribuição, reparação, manutenção e evacuação de material (para fins operativos ou administrativos). Porém a Logística apesar de ter sido descoberta há muitos séculos atrás, foi pouquíssimo utilizada e só foi ter o seu reconhecimento a partir de 1950, quando começou a crescer, e foi quando se começou a perceber a sua importância para o sucesso de uma empresa. 16 Até cerca de 1950, a logística permanecia oculta, não havia uma filosofia dominante para conduzi-la. Nessa época, a empresa dividia as atividades-chave da logística sob responsabilidade de diferentes áreas. [...] Atualmente, a logística empresarial, é uma área atraente que tem se propagado e vem ganhando o seu espaço como uma das mais importantes ferramentas para a alta administração, não sendo este o cenário há 20 anos atrás (CHING, 1999, p. 20). Não havia uma separação correta nos setores, Ballou (1993) considera que nesta época o transporte era encontrado freqüentemente sob o comando gerencial da produção; os estoques eram responsabilidade de marketing, finanças ou produção; e o processamento de pedidos era controlado por finanças ou vendas. Segundo Bowersox e Closs (2001), nesta época, as empresas executavam normalmente, a atividade logística de maneira puramente funcional. Não existia nenhum conceito ou uma teoria formal de logística integrada. No período que se seguiu, de 1950 até 1970 houve o avanço da teoria e da pratica da Logística. Com o crescimento da importância da logística, houve mudanças nos padrões de consumo e aumento da demanda, a indústria sofreu uma pressão na redução de custos, e o uso da informática com o desenvolvimento da computação foi um grande auxilio. Segundo Gomes e Ribeiro (2004), A partir da década de 1970, até a metade dos anos 80, houve a fase de “foco no cliente”, ressaltando produtividade e custos de estoques. [...] Atualmente, tem-se a fase “logística como elemento diferenciador”, destacando-se a globalização, a tecnologia da informação, a responsabilidade social e a ecologia. Ballou (1993) menciona algumas condições econômicas e tecnológicas que encorajaram o desenvolvimento da logística empresarial. Elas são apresentadas a seguir: Alterações nos padrões e atitudes da demanda dos consumidores: durante os anos de formação da logística empresarial existiram mudanças populacionais com substancial impacto nos custos logísticos. Ocorrendo migração das áreas rurais direcionadas aos centros urbanos já estabelecidos, simultaneamente populações começavam a migrar do centro 17 das cidades para os subúrbios circundantes. Os varejistas acompanharam a população para os subúrbios, tendo que adicionar mais pontos de venda, o que fazia com que tivessem que manter maiores estoques totais requeridos pelas filiais adicionais incrementando o custo da distribuição. [...] Mas os padrões de distribuição em si começaram a mudar. Onde antes o varejista caracteristicamente carregava estoques substanciais ele passou a manutenção do estoque para seu fornecedor ou para as centrais de distribuição mais especializadas. Pressão por custos nas indústrias: após a Segunda Guerra houve crescimento econômico substancial, seguido de recessão e um período de prolongada pressão nos lucros. Isso forçou os administradores a buscarem maneiras de melhorar a produtividade. Os novos conceitos logísticos ofereciam esta oportunidade. Por outro lado, os setores de produção da maioria das firmas já haviam sido bem examinados durante muitos anos pelos engenheiros de produção e as atividades promocionais e de vendas não se rendiam muito bem às tentativas de incremento da produtividade. A administração podia olhar para a logística como “a última fronteira para redução de custos nas empresas americanas”. [...] em meados dos anos 50, poucas firmas tinham uma idéia clara de quanto eram seus custos logísticos. [...] um estudo recente mostrou que os custos logísticos são 21% do PNB – Produto Nacional Bruto. O produto nacional bruto (PNB) é o valor de todos os bens produzidos nos Estados Unidos. Desse total, transporte responde por 46%, armazenagem por 28%, manutenção de estoques por 18% e administração por 6%. Avanço na tecnologia dos computadores: os problemas logísticos tendem a tornar-se mais complicados com o passar dos anos. Esta complexidade poderia ser tratada efetivamente por novas tecnologias [...], como o computador que acabava de realizar sua estréia no mundo dos negócios. Ao mesmo tempo incrementava-se o uso de modelagem matemática, [...] particularmente, programação linear, teoria de controle de estoques e simulação são valiosas ferramentas para os profissionais da área. O 18 interesse gerencial por estas técnicas cientificas foi despertado porque elas poderiam auxiliar na identificação de economias significativas em áreasproblema da logística, que antes só podiam ser encontradas usando-se métodos intuitivos. A experiência militar: antes que as empresas em geral mostrassem interesse em administrar atividades logísticas de forma coletiva, a área militar do governo federal americano estava bem organizada para desempenhar estas funções. [...] Mais de uma década antes de o mundo dos negócios interessar-se pelo assunto, os militares haviam executado aquela que foi chamada a mais sofisticada e mais bem planejada operação logística da história – a invasão da Europa. Ballou (1993) afirma que o Controle de custos, produtividade e controle de qualidade passaram a ser áreas de interesse, à medida que as empresas tentavam enfrentar o fluxo de mercadorias importadas. [...] Atualmente a logística é entendida como a integração tanto da administração de materiais como da distribuição física. Pozo (2004) afirma que atualmente a logística é tomada e considerada como perfeita quando há integração da administração de materiais em sua totalidade e distribuição física dos produtos e serviços com plena satisfação dos clientes e dos acionistas. Segundo Ching (1999), O tratamento das atividades logísticas nas empresas pode ser classificado em várias fases, de acordo com o grau de interrelação existente entre os diversos agentes da cadeia. Esse relacionamento iniciase na fase em que a empresa trata os problemas logísticos somente em sua óptica interna, passa em seguida pelos primeiros passos rumo à integração empresa-cliente, progride posteriormente em direção ao tratamento integrado empresas-fornecedores e atinge a fase da logística integrada. Na década de 90 o Council of Logistics Management, definiu Logística como o processo de planejamento, execução, e controle eficiente e eficaz do fluxo e armazenagem de bens e serviços e da informação associada, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de satisfazer as necessidades 19 dos clientes. Porém no ano 2000, o Council of Logistics Management, concluiu que Logística são os processos da cadeia de suprimentos (supply chain) que planejam, estruturam e controlam, de forma eficiente e eficaz, o fluxo de armazenamento dos bens dos serviços e da informação relacionada, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, para satisfazer o requisito do cliente (GS1 BRASIL, 2006). Segundo Carvalho (2002) Logística é o processo de planejar, implementar e controlar eficientemente, ao custo correto, o fluxo e armazenagem de matériasprimas, estoques durante a produção e produtos acabados. Além das informações relativas a estas atividades, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender aos requisitos do cliente. Conforme Bowersox e Closs (2001), o objetivo central da logística é o de atingir um nível de serviço ao cliente pelo menor custo total possível buscando oferecer capacidades logísticas alternativas com ênfase na flexibilidade, na agilidade, no controle operacional e no compromisso de atingir um nível de desempenho que implique um serviço perfeito. Wood et al. (1999) descrevem que o serviço ao cliente é o conjunto de atividades desenvolvidas pela empresa na busca da satisfação dos clientes, proporcionando ao mesmo tempo, uma percepção de que a empresa pode ser um ótimo parceiro comercial. Como mostra a figura a seguir, o cliente tem que ser sempre a prioridade da empresa, que deve sempre buscar entender quais são as suas necessidades. 20 Figura 1: Logística de Serviços / Produtos Fonte: HighPluss Informações (2008) Sabemos que a Logística busca otimizar os fluxos de informações e materiais desde o ponto de origem (aquisição) até o ponto de destino final (consumidor), visando assim proporcionar níveis de serviço adequados às necessidades dos clientes/fornecedores e a um custo competitivo (BALLOU, 2007). Ballou (2001) ainda afirma que a logística envolve todas as operações relacionadas com planejamento e controle de produção, movimentação de materiais, embalagem, armazenagem e expedição, distribuição física, transporte e sistemas de comunicação que, realizadas de modo sincronizado, podem fazer com que as empresas agreguem valor aos serviços oferecidos aos clientes e também oportunizando um diferencial competitivo perante a concorrência. 2.1 Logística no Brasil Alves (2008) afirma que Logística é o processo de otimizar o gerenciamento estratégico da aquisição, movimentação, armazenagem, transformação e distribuição de materiais. As empresas buscam desenvolver suas atividades logísticas voltadas para a implementação de soluções integradas, que permitam, a 21 cada momento, estabelecer a melhor comunicação entre a empresa e os seus clientes, conseguindo melhores resultados. No Brasil, segundo Martins e Alt (2005) a Logística surgiu por volta dos anos de 1970, por meio de um de seus aspectos: a distribuição física, tanto interna quanto externa. Segundo Neves (2005), a origem da palavra logística vem do grego “LOGISTIKOS”, do qual o latim “LOGISTICUS” é derivado, ambos significando cálculo e raciocínio no sentido matemático. No Brasil, a história da Logística é ainda muito recente e, ainda Neves (2005), destaca os seguintes fatos históricos: a) Anos 70 Desconhecimento do termo e da abrangência da logística; Informática ainda era um mistério e de domínio restrito; Iniciativas no setor automobilístico, principalmente nos setores de movimentação e armazenagem de peças e componentes, em função da complexidade de um automóvel que envolvia mais de 20.000 diferentes SKUs; Fora do segmento automobilístico, o setor de energia elétrica definia normas para embalagem, armazenagem e transporte de materiais; 1977 são criadas a ABAM - Associação Brasileira de Administração de Materiais e a ABMM - Associação Brasileira de Movimentação de Materiais, que não se relacionavam e nada tinham de sinérgico; 1979 é criado o IMAM - Instituto de Movimentação e Armazenagem de Materiais. b) Anos 80 1980 surge o primeiro grupo de Estudos de Logística, criando as primeiras definições e diretrizes para diferenciar Transportes de Distribuição e de Logística; 1982 é trazido do Japão o primeiro sistema moderno de logística integrada, o JIT - Just in Time e o KANBAN, desenvolvidos pela Toyota; 1984 é criado o primeiro Grupo de Benchmarking em Logística; 1984 a ABRAS - Associação Brasileira de Supermercados cria um 22 departamento de logística para discutir e analisar as relações entre Fornecedores e Supermercados; É criado o Palete Padrão Brasileiro, conhecido como PBR e o projeto do Veículo Urbano de Carga; 1988 é criada a ASLOG - Associação Brasileira de Logística; Instalação do primeiro Operador Logístico no Brasil (Brasildock’s) c) Anos 90 Estabilização da economia a partir de 1994 com o plano Real e foco na administração dos custos; Evolução da microinformática e da Tecnologia de Informação, com o desenvolvimento de software para o gerenciamento de armazéns como o WMS. Warehouse Management System, códigos de barras e sistemas para Roteirização de Entregas; Entrada de 06 novos operadores logísticos internacionais (Ryder, Danzas, Penske, TNT, McLane, Exel) e desenvolvimento de mais de 50 empresas nacionais; Novas metodologias e técnicas são introduzidas: Enterprise Resource Planning (ERP), Eficient Consumer Response (ECR), Eletronic Data Interchange (EDI); Privatização de rodovias, portos, telecomunicações, ferrovias e terminais de contêineres; Investimentos em monitoramento de cargas; Ascensão do e-commerce. A logística não é mais vista apenas como um suporte operacional e de marketing, com a função de transportar, armazenar e disponibilizar bens para os processos de transformação e consumo. Atualmente, está se tornando cada vez mais necessária para chegar a uma alta vantagem competitiva nas organizações e, para sustentar este posto, está passando a ser analisada por seu caráter estratégico. Tal mudança está atrelada, principalmente, à busca por uma maior competitividade e níveis de custos reduzidos, em função do desafio global e da 23 necessidade de uma ação rápida frente às alterações ambientais (FARIA E COSTA, 2007). 2.2 Logística Globalizada Operações globalizadas aumentam os custos e a complexidade da logística. Elas aumentam as incertezas e diminuem o controle. A incerteza decorre de percursos maiores, de períodos mais longos e do menor conhecimento do mercado que será atingido. As dificuldades de controle vêm da necessidade constante de intermediários, sem mencionar a regulamentação governamental na forma de exigências alfandegárias e de restrições comerciais. Tais desafios, que são típicos da logística globalizada, dificultam o desenvolvimento de sistemas eficientes e eficazes. No entanto, a globalização é um fato inevitável nos dias de hoje. Portanto, não tendo como evitar este fato, a logística deve estar preparada para encarar mais este desafio e suas complexidades (BOWERSOX E CLOSS, 2001). O gerenciamento de uma rede de fluxos e informações globais, além de ser mais complexo, envolve algumas considerações adicionais. As decisões de produzir em unidades locais ou centralizar a produção, o gerenciamento do serviço ao cliente, o gerenciamento das informações logísticas e a terceirização de operações são aspectos fundamentais no processo de globalização (CHRISTOPHER,1997) O gerenciamento do serviço ao cliente envolve a monitorização das necessidades de serviço e de desempenho e se estende para todo o processo de execução do pedido – desde o recebimento até a entrega do produto (CHRISTOPHER,1997) Como fator de sucesso, sem levar em consideração o tamanho e as metas de uma empresa, a logística global está assumindo, cada vez mais, uma posição de destaque no pensamento e na ação estratégica. Agora, devido aos desenvolvimentos da tecnologia da informação durante a última década e às necessidades de satisfazer as demandas cada vez maiores dos clientes em todo o 24 mundo, a logística tornou-se reconhecida como uma área de grande oportunidade. Em determinados setores, notadamente na distribuição e no varejo, as empresas não podem ignorar a importância da logística em relação à lucratividade. É imperativo fornecer serviço ao cliente e que não seja superado por ninguém; satisfazer totalmente as necessidades de escolha do produto, entrega em tempo e disponibilidade de estoques a um preço competitivo. Não somente a lucratividade, mas a sobrevivência da empresa depende destas questões. A fonte da vantagem competitiva é encontrada, primeiramente, na capacidade de a organização diferenciar-se de seus concorrentes aos olhos do cliente e, em segundo lugar, pela sua capacidade de operar a baixo custo e, portanto, com lucro maior (CHRISTOPHER, 1997). Contudo, é importante destacar que, apesar das tendências das operações sem fronteiras, existem algumas barreiras que prejudicam a logística globalizada. As empresas que se expandem internacionalmente deparam-se com custos e complexidades maiores, decorrentes da distância, documentação, diversidade de cultura e demanda de clientes, e, por isso, é preciso desenvolver estratégias e táticas para responder a este ambiente (POTTER, 2003). No Brasil, de acordo com Lopez e Silva (2004), o transporte interno ainda não está bem estruturado, pois as rodovias não possuem qualidade adequada, já que a maioria delas não é pavimentada, gerando gastos de tempo, combustível e manutenção. Há poucas ferrovias e estas poucas já estão em estado muito comprometido, além das aquavias, que são pouco aproveitadas. Estes fatores, mais a legislação tributária, políticas de governos, volumes negociados, modalidades de pagamentos e oscilações da taxa de câmbio, influenciam a formação dos altos preços de produtos que são destinados para exportação. 2.3 Logística de Serviços Para Kotler (1998) um serviço é definido como qualquer ato ou desempenho que uma parte possa oferecer a outra e que seja essencialmente 25 intangível e não resulte na propriedade de nada. Sua produção pode ou não estar vinculada a um produto físico. O setor de serviços vem ganhando importância cada vez maior em vários países em que a economia está fortemente baseada na atividade industrial. A urbanização das populações, a introdução de novas tecnologias e o aumento da qualidade de vida são fatores que contribuem para o crescimento deste setor nos países industrializados. Conforme pode ser observado na figura a seguir, o Brasil apresenta um forte setor de serviços, com uma participação que atinge quase 60%. Figura 2: Participação dos Setores Econômicos no Produto Interno Bruto em 2003 Fonte: IBGE – Sistema de Contas Nacionais – Brasil (2003). Gianesi (1994) por sua vez afirma que as atividades de serviços exercem papel importante no desempenho de outros setores da economia, por meio de um diferencial competitivo, ao destacar seus produtos; como suporte ao setor industrial, ao oferecer atividades complementares, como manutenção e pós-venda e, finalmente, como geradoras de lucro ao ultrapassarem a mera função de apoio. Karassawa (2003) afirma que a qualidade na prestação de serviços tornase cada vez mais uma condição de sobrevivência em um mercado extremamente competitivo e exigente. Como podemos observar na figura a seguir, o cliente tem que ser sempre a prioridade da empresa: 26 Figura 3: O Triangulo de Serviços Fonte: HighPluss Informações 2008 O serviço não é um bem físico, mas um conjunto de atividades ou processos, cujo consumo se dá simultaneamente à própria produção, torna-se mais difícil administrar o controle de qualidade, pois não há qualidade préproduzida para ser controlada com antecedência, antes do serviço ser vendido e consumido. [...] É o que acontece com o produto turístico, por exemplo, que na sua prestação de serviços, é quase todo produzido na presença do usuário, ou seja, sua produção e seu consumo são concomitantes. O usuário não vivencia o trabalho de bastidores, mas avalia o resultado desse esforço, aquilo que ele apreende por meio de sua percepção (KARASSAWA, 2003). Como podemos observar na figura a seguir, no Brasil a aérea de serviços é o setor que mais emprega, com quase 70% do total. 27 Figura 4: Percentual da População Empregada por Setor Econômico Fonte: IBGE – Sistema de Contas Nacionais – Brasil (2003). Segundo Bowersox e Closs (2001), existe uma crescente expectativa dos clientes quanto ao nível de serviço logístico. Para atender este exigente mercado, as empresas estão investindo alto nas operações logística, utilizando-as como um grande diferencial competitivo. Explicam que esta crescente expectativa por parte dos consumidores é ilustrado pelo comportamento freqüentemente conhecido como compressão da janela de serviço. Na figura abaixo percebe-se que a compressão da janela de serviço tende a um nível de desempenho cada vez melhor, em um ritmo muito mais rápido: 100% 90 % 2 dias 10 dias Tempo de Ciclo Figura 5: Compressão da Janela de Serviço Fonte: Bowersox e Closs (2001, P. 78). 28 Na definição de Ballou (1993, p. 73): Nível de serviço logístico é a qualidade com que o fluxo de bens e serviços é gerenciado. É o resultado líquido de todos os esforços logístico da firma. É o desempenho oferecido pelos fornecedores aos seus clientes no atendimento dos pedidos. O nível de serviço logístico é fator-chave do conjunto de valores logísticos que as empresas oferecem a seus clientes para assegurar sua fidelidade. Como o nível de serviço logístico está associado aos custos de prover este serviço, o planejamento da movimentação de bens e serviços deve iniciar-se com as necessidades de desempenho dos clientes no atendimento de seus pedidos. A logística de serviços tem como objetivos principais proporcionar simultaneamente, o máximo nível de serviço e o menor custo total possível nas suas atividades. 2.3.1 A nova realidade para a Logística de Serviços (HighPluss, 2008) • Atingir os resultados esperados • Identificar as necessidades • Entender como faz escolhas • Conhecer o perfil do cliente 2.3.2 Cultura da Logística de Serviços / Produtos (HighPluss, 2008) • Pensar Global e Agir no Local • Qualidade dos Serviços + Produtos • Tecnologia da Informação • Gestão Participativa + Equipe Multifuncional • Liderança Situacional • Responsabilidade Social + Ambiental • Sustentabilidade dos Negócios 29 3. E-COMMERCE Em Comércio Eletrônico não é suficiente ter uma excelente home page, produto de qualidade e preços competitivos. É necessário também que tenha excelência nas entregas: os produtos devem estar nos lugares certos, na hora certa, nas quantidades certas, ao menor custo possível, garantindo a satisfação do cliente e a maximização da rentabilidade do fornecedor, ou seja, para que o comércio eletrônico funcione bem e atinja as eficiência desejada, o e-commerce precisa andar junto com a logística. Segundo Andrade (2002) a web é capaz de aumentar a velocidade e a eficácia do acesso à informação de qualquer empresa, assim como expandir habilidades de comunicação, constituindo uma poderosa ferramenta facilitadora da comunicação global entre pessoas e instituições. Contudo para Limeira (2003), diversas pesquisas revelam que para os internautas a principal função da Internet é ser um meio de informação, comunicação e entretenimento. Segundo o Dalera.com (2009) E-Commerce ou comércio eletrônico, é a combinação entre o negócio tradicional e a automatização trazida pela Internet que permite às empresas, trocar informações ou dados sobre vendas, realizar transações financeiras, entrega e faturação de bens e serviços, de uma forma automatizada e sobre um protocolo de comunicação seguro e inovador, onde potencialmente estão presentes todos os potenciais compradores a nível mundial. Para Albertin (1999), comércio eletrônico é a realização de toda a cadeia de valor dos processos de negócio em um ambiente eletrônico, por meio da aplicação intensa das tecnologias de comunicação e de informação, atendendo aos objetivos do negócio. Desta forma, é uma ferramenta que permite reduzir os custos administrativos e o tempo do ciclo fabricar-vender-comprar, agilizar processos de negócios e aperfeiçoar o relacionamento tanto com os parceiros de negócios quanto com os clientes (FRANCO, 2001). Para Kalakota e Whinston (1997), o E-commerce pode ser definido sob várias formas, de acordo com diferentes perspectivas: 30 Comunicação: é entrega de informação, produtos, serviços ou pagamentos via linha telefônica, redes de computadores ou outros meios; Processos de negócios: é a aplicação de tecnologia na direção de automação de transações de negócios e fluxos de trabalho; Serviços: é a ferramenta que permite cortar custos, ao mesmo tempo em que se aumenta a qualidade e a velocidade de entrega; On-line: permite capacidade de compra e venda de produtos e informação na Internet e outros serviços on-line. Na definição de Zwass (1996), comércio eletrônico é o compartilhamento de informações do negócio, manutenção de relações de negócios e condução de transações por meio de redes de telecomunicação. Choi, Stahl e Whinston (1997) observam que a tecnologia está transformando muitos aspectos dos modelos de negócios e atividades do mercado, por isso, propõe uma definição mais ampla: comércio eletrônico se refere a usar meios eletrônicos e tecnologias para conduzir o comércio, incluindo interações dentro da empresa, entre empresas e da empresa com consumidores. Já Rayport e Jaworski (2001), propõem uma definição contemporânea de E-commerce: “trocas mediadas em tecnologia entre partes (indivíduos, organizações, ou ambos) bem como baseadas eletronicamente em atividades intra ou interorganizacionais que facilitam tal troca”. Desta forma, comércio eletrônico pode ser usado para aumentar o processo de prospecção, criação de credibilidade e qualificação e usado para substituir vendas representativas via serviço arranjo e gestão de pós-venda (MIRRE, 2000). No ano de 2007 o Comércio Eletrônico faturou somente no primeiro trimestre cerca de R$ 1,2 Bilhões, o que representa um aumento de 53% em relação ao ano anterior. 31 Tabela 1: Ranking do consumo eletrônico Fonte: E-bit Informação 2007 Ranking do Consumo Eletrônico 2006 Ranking do Consumo Eletrônico 2007 1º Livros Revistas e Jornais 21% 1º Livros Revistas e Jornais 19% 2º CDs, DVDs e Vídeos 16% 2º Eletrônicos 14% 3º Eletrônicos 14% 3º Informática 13% 4º Informática 8% 4º CDs, DVDs e Vídeos 8% Em uma reportagem feita à rede globo no dia 13 de abril de 2007, o Diretor Comercial da E-bit, Mauricio Salvador, esclarece que no Brasil são 35 milhões de internautas, mais de 7,2 milhões fazem compras on-line, porem são apenas 1/5 dos conectados a rede, o que significa que há muito espaço para crescer. Tabela 2: Porcentagem Produtos Mais Vendidos Fonte: E-bit Informação junho/2004, junho/2005 e junho/2006 2004 2005 2006 Livros, Jornais e Revistas 21,5% 16,8% 18,4% CD's, DVD's e Vídeos 27,3% 22,2% 15,9% Eletrônicos 10,1% 12,9% 14,3% Informática 6,1% 7,1% 8,4% Saúde e Beleza 6,7% 8,0% 7,9% Eletrodomésticos 5,8% 7,2% 6,9% 3.1 Dados Atuais do E-commerce O ano está quase no fim, e o comércio eletrônico continua a todo vapor. Somente nos seis primeiros meses do ano, foram faturados R$ 4,8 bilhões, crescimento 27% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando o faturamento foi de R$ 3,8 bilhões. Esses números mostram que o e-commerce não para de crescer e conquistar a confiança dos consumidores 32 virtuais. Já passam de 15,2 milhões de pessoas que já tiveram pelo menos uma experiência de compra pela Internet. Na metade do ano passado, eram 11,5 milhões de e-consumidores (E-BIT 2009). 3.2 Ranking de produtos mais vendidos - 1° semestre 2009 (em Volume de Pedidos) 1º Livros e Assinaturas de Revistas e Jornais 2º Saúde, Beleza e Medicamentos 3º Informática 4º Eletrodomésticos 5º Eletrônicos Evolução do Faturamento dos Primeiros Semestres (em milhões de Reais) Figura 6: Gráfico da Evolução do Faturamento Fonte: E-bit Informação (2009) 33 Outra característica marcante do primeiro semestre de 2009 foi o alto valor do tíquete médio. Os consumidores que fizeram suas compras virtuais gastaram em média R$ 323 por compra. Tudo isso pode ser creditado à maior venda de produtos de maior valor agregado, como Eletrodomésticos e artigos de Informática. A categoria, aliás, é a 3ª mais vendida no e-commerce. Abaixo um Raio-X do 1° semestre 2009: Tabela 3: Raio-x do Crescimento Fonte: E-bit Informação (2009) Crescimento nominal em relação a 2008 Faturamento R$ 4,8 bi 27% Tíquete médio R$ 323 Após registrar médias recordes em Julho e Agosto, com 87,02% e 87,29% respectivamente, o "Índice de Confiança do e-consumidor" registrou aprovação de 86,59% dos e-consumidores em Setembro. O resultado mostra que os consumidores virtuais continuam amplamente satisfeitos com os serviços prestados pelas lojas on-line, apesar da pequena queda dos números, causada principalmente pela greve dos Correios no mês analisado. O “Índice de Confiança do e-consumidor”, é um estudo desenvolvido pela consultoria e-bit, em parceria com o Movimento Internet Segura (MIS), iniciado em janeiro de 2009. De acordo com um levantamento feito pela E-bit, o Dia das Crianças faturou R$ 450 milhões, o que significa um aumento de 25% acima do valor registrado no mesmo período em 2008, quando o faturamento foi de R$ 360 milhões. O principal fator para esse forte crescimento foi o alto tíquete médio das compras realizadas: R$ 339. “É uma tendência que estamos acompanhando este ano. A elevação do tíquete médio no Dia das Crianças é causada principalmente pela preferência dos jovens em serem presenteados com produtos mais caros”, explica Pedro Guasti, diretor geral da E-bit. “Não acredito que os tradicionais brinquedos tenham sido deixados de lado. Mas, na Internet, existem recursos que facilitam a compra de produtos de maior valor agregado como, por exemplo, a 34 possibilidade de comparar preços e parcelar em até 12 vezes sem juros”, comenta Guasti. Entre as categorias mais vendidas nos carrinhos de compras dos econsumidores estiveram Informática e Telefonia Celular, confirmando a previsão da E-bit de que os pais presenteariam seus filhos com produtos de maior valor agregado. Além disso, Eletrônicos também ocupou um lugar significante no ranking das categorias mais vendidas, enquanto que Brinquedos dobrou a participação de vendas na data sazonal, com 5% do volume de pedidos. Abaixo a tabela mostra a Evolução do faturamento – Dia das Crianças: Tabela 4: Evolução do Faturamento Fonte:E-bit Informação (2009) Ano Faturamento Crescimento Nominal 2009 R$ 450 milhões 25% 2008 R$ 360 milhões 30% 2007 R$ 276 milhões 40% 2006 R$ 196 milhões Apesar dos consumidores serem sensíveis à percepção de que o Brasil também foi prejudicado pela crise econômica, a previsão de crescimento nas compras pela Internet foi ligeiramente elevada já que os efeitos da crise vão sendo superados e novas pessoas a cada dia aderem a essa prática que já virou mania entre o segmento B2C. Assim, se os primeiros seis meses do ano foram positivos para o comércio eletrônico, atingindo o patamar de R$ 4,8 bi faturados, o 2° semestre de 2009 promete ser ainda melhor para as lojas virtuais, elevando a expectativa de crescimento em 2009 para 28% com previsão de faturamento de 10,5 bilhões de Reais (E-BIT, 2009). 35 3.3 Aplicações de comércio eletrônico No início da utilização da Internet para fins comerciais, vender era a única experiência em comércio eletrônico (Amor, 2000). Aos poucos, com o refinamento das técnicas e estruturas de venda pela Internet, a ação de vender foi sendo refinada, aprimorada, dando origem a diversos termos (e-procurement, e-learning, e-banking, e-gambling, e-auctioning), que representam diferentes aplicações dentro do comércio eletrônico: e-procurement: é a automação da compra de bens e serviços nãoprodutivos, os chamados bens MRO (Manutenção, Reparo e Operações), tais como material de escritório e de informática, copa, serviços de manutenção (Amor, 2000). Iniciando a desintermediação de vendas pelos produtos MRO, as empresas podem testar a integração de seus dados com os das empresas conveniadas para a compra, podendo então partir para compra de outros produtos. Com a desintermediação, a venda ocorre direto do fabricante ao consumidor, tendo uma intermediação eletrônica do portal de e-procurement (Schutz, Freitas e Luciano, 2002). Os benefícios para os compradores são a agilidade e dinamismo das compras, redução expressiva de custos, menos burocracia, decisões de compra mais rápidas (Franco, 2001). Para os vendedores, as vantagens são a ampliação da carteira de clientes, maior exposição através da Internet, redução de custos na administração de vendas (Rayport e Jaworski, 2001). e-learning: é também conhecido como educação à distância através da Internet. O objetivo do e-learning é fazer com que o conhecimento chegue a um grande número de pessoas, e que estas possam ‘acessar’ este conhecimento de qualquer lugar, a qualquer hora do dia, que possam voltar a ele rapidamente quando sentir necessidade, enfim, que seja algo constante, contínuo (Amor, 2000). e-banking: “o e-banking é um dos mais bem sucedidos negócios on-line” (Amor, 2000), que possibilita que os clientes de um banco façam, à distância, uma série de operações em suas contas bancárias. Movidos pelo ambiente digital ou por força dos concorrentes, o setor bancário é um dos 36 mais afetados pela nova realidade do comércio eletrônico, e esta situação tem exigido um grande esforço para a assimilação e utilização da tecnologia referente a comércio eletrônico, na sua operacionalização e na sua estratégia competitiva (Ramos e Costa, 1999). A atratividade do ebanking é que o cliente não necessita um software específico para acessar a sua conta bancária, basta um computador conectado à Internet e um browser (Amor, 2000). O e-banking tem crescido intensamente, pois é extremamente vantajoso ao cliente e também ao banco: ao cliente, traz comodidade e agilidade, para os bancos, uma redução de custos considerável. e-gambling: refere-se aos cassinos eletrônicos, com apostas reais em dinheiro (cartão de crédito ou débito). Segundo Amor (2000), o e-gambling é um dos negócios mais rentáveis da Internet. A grande astúcia do egambling é contornar a ilegalidade do jogo em alguns países, armazenando o site em um país que autoriza o jogo, mas podendo ser acessado e utilizado por pessoas de qualquer país (FRANCO, 2001). e-auctioning: os leilões ganharam uma nova dimensão na Internet. Nos leilões tradicionais, os lances são limitados a um certo número de pessoas, além da necessidade do deslocamento físico até o local onde se realiza o leilão. Através do e-auctioning, os leilões tornaram-se mais acessíveis, mais democráticas e mais rápidos (AMOR, 2000). Além das citadas acima, há ainda outras categorias de menor expressão, como o e-directories (catálogos eletrônicos), e-franchising (franquias eletrônicas), e-trade (compra eletrônica de ações), e-engineering (desenvolvimento colaborativo de projetos), e-drugs (farmácias on-line), entre outras (AMOR, 2000; FRANCO, 2001). 3.4 Terminologias do E-commerce A seguir, serão abordadas outras terminologias referentes a comércio eletrônico: 37 e-payment: é a parte financeira das transações de CE (Comércio Eletrônico), que permite o intercâmbio de dinheiro entre compradores e vendedores, para efetivar uma compra. Ainda aquém às expectativas, a meta é desenvolver conjuntos de métodos de pagamento que possam ser utilizados pelas pessoas e que sejam mais confiáveis às instituições bancárias (Kalakota e Whinston, 1997). Para Amor (2000) uma transação via web requer: confidencialidade (as informações só devem ser utilizadas para o que o cliente autorizou, ou seja, fazer a compra), integridade (a quantia deve ser a combinada, nunca com débitos inapropriados) e a autenticação (certeza de que realmente a operação foi feita com segurança).Ainda segundo Kalakota e Whinston (1997) e Rayport e Jaworski (2001), ainda há carência de métodos convenientes (que evitem o uso do telefone ou cheques), de segurança (quem paga com cartão precisa saber mais detalhes sobre sua compra) e carência de cobertura (nem todas as pessoas possuem cartão de crédito, e estes não suportam todos os tipos de compra). e-security: a segurança nas transações via web está muito próxima aos sistemas de pagamento. Turban et al. (1999) cita como requisitos a uma compra segura: autenticação (verifica a identidade do comprador antes do pagamento ser autorizado), encriptação (criptografia de mensagens entre comprador e vendedor, só descriptografa com um código chave autorizado) e a integridade (assegura que as informações não serão acidentalmente ou maliciosamente alteradas durante a transmissão). A criptografia pode ser com chave pública (é a mesma para criptografar e descriptografar) ou com chave privada (duas chaves, uma pública e uma privada) e a assinatura digital (feita por uma empresa certificadora); e-SCM (Supply Chain Management): quando o comércio eletrônico começou a se sobressair no Brasil, muitas empresas tinham constantes atrasos na entrega dos produtos, o que acabou criando uma consciência da necessidade de uma eficiente gestão da cadeia de suprimentos. Há alguns anos atrás, as empresas iniciavam as suas atividades no comércio 38 eletrônico preocupadas em como atrair clientes e vender pela Internet, e menos em como entregar nos prazos acordados, com custos competitivos. Este desafio é mais acentuado no Brasil, devido às suas dimensões, costumes e mercados diferentes, e baseado quase que exclusivamente no transporte rodoviário e aéreo. Portanto, é preciso um processo de planejamento, implementação e controle, de um eficiente e efetivo fluxo e armazenamento de produtos, serviços e respectivas informações desde a origem até o ponto de consumo (Franco, 2001). Muitos projetos de comércio eletrônico têm fracassado por problemas de logística, a qual precisa ser adequada ao tipo de produto comercializado e ao público-alvo. É preciso considerar onde o produto está, quanto tempo leva até o consumidor, quais os canais de distribuição, qual é a demanda, a sazonalidade, entre outras variáveis. e-taxas e aspectos legais: há uma grande indefinição e muitas dúvidas em relação a aspectos legais e éticos no comércio eletrônico. Estes aspectos envolvem problemas de taxação (como a colisão entre taxas de países diferentes), privacidade (em relação às informações coletadas numa transação eletrônica), propriedade intelectual (é quase impossível evitar cópias desautorizadas na Internet), direitos do consumidor (como no caso de fraudes em vendas realizadas por empresas no exterior), liberdade de expressão (que possibilita, por exemplo, a divulgação de idéias nazistas ou a promoção da pornografia), entre outros (Turban et al., 1999; Amor, 2000). Apesar de muitas vezes estes aspectos não estarem previstos em lei, certamente existem um problema ético envolvido. e-CRM (Customer Relationship Management – Gerenciamento do Relacionamento com o Cliente): o comércio eletrônico demanda mudanças radicais no processo de marketing, envolvendo o CRM, que propõe atender cada cliente de forma unificada, mesmo que através de meios de comunicação e interação diferentes (e-mail, telefone, mala-direta, pessoalmente na loja), enfim, fazer com que o cliente perceba ‘a empresa’ em cada atendimento. Junto a isso, pretende-se, com o CRM, chegar a um 39 atendimento maior das necessidades de cada cliente, através da identificação do que este valoriza, para então diferenciar o atendimento, interagir mais profundamente e customizar os produtos e serviços oferecidos a estes clientes. As possibilidades nesta área são imensas, mas ainda existem erros nas estratégias de empresas, que muitas vezes reduzem sua atuação ao envio de e-mails ou a publicação de páginas institucionais na Internet (KALAKOTA e WHINSTON, 1997). 3.5 Internet A Internet é definida por Kotler & Armstrong (2003) como a tecnologia que possibilitou um novo modelo de fazer negócios, pois ela permite que as pessoas tenham acesso a informações, entretenimento e comunicação a qualquer hora e em qualquer lugar. De acordo com Eddings (1994), a Internet é uma rede de computadores de cobertura mundial que utiliza um protocolo de comunicações denominado TCP/IPTransmission Control Protocol/Internet Protocol. Este TCP/IP fornece uma linguagem comum que possibilita a interconexão entre redes de computadores, e permite que seja utilizada a tecnologia de comutação de pacotes, cuja finalidade é facilitar o transporte de informações. No ambiente entre as redes são utilizados diversos equipamentos como hosts, repetidores, hubs, pontes e portas de comunicação. Neste ambiente os hosts (ou hospedeiros, que são os computadores principais) são conectados às redes que, por sua vez, são interligadas através de gateways (as portas de comunicação, também chamados routers, ou roteadores). As redes que compõem o ambiente inter-rede variam desde redes de dimensão local (LANs-Local Area Networks) ou metropolitanas (MANs-Metropolitan Area Networks), como por exemplo, as redes Netware, Ethernet e outras, até redes de grande porte (WANsWide Area Networks), como por exemplo, a ARPANET, ou a JANET européia. A recente abertura da Internet para a área comercial - inicialmente nos Estados Unidos e, em seguida, nos limites do território nacional - proporciona uma nova dimensão a esta rede. Como assinalado pelo Professor Sérgio Rezende 40 (1995), tal abertura configura a sua importância estratégica para o desenvolvimento econômico. Por outro lado Kanter (2001) afirma que a organização não é transformada pela simples criação de um web site. O sucesso de uma iniciativa deve incluir a remodelagem do trabalho, revisão das premissas sobre consumidores, comunicação externa e interna, processo decisório, operações, comportamento gerencial, motivação e retenção dos empregados. Segundo a autora, este novo modo de enxergar a organização não é um problema tecnológico, mas sim, humano. 3.5.1. A Origem da Internet De acordo com Cameron (1995), No final dos anos sessenta uma divisão do Departamento de Defesa dos Estados Unidos (a Advanced Research Projects Administration-ARPA) desenvolveu a ARPANET, uma rede que uniu universidades e empreendedores de contratos de defesa de alta tecnologia. No âmbito desta rede foi desenvolvida a tecnologia TCP-IP para fornecer um protocolo padrão para comunicações na ARPANET. Nos anos oitenta a National Science FoundationNSF criou a NSFNET para prover conectividade (através de redes de alta velocidade) para seus centros de supercomputação, bem como outros serviços. A NSFNET adotou o protocolo TCP-IP e passou a prover um backbone (espinha dorsal ou alicerce) para desenvolver a INTERNET. A Internet segundo Mackie-Mason e Varian (2004) tem uma característica suigeneris de organização. Ela é um conjunto de redes de computadores operado por diversas organizações (tais como a Internet Society) em mais de setenta países, onde as decisões de natureza tecnológica são tomadas em pequenos comitês de voluntários (como professores universitários e pesquisadores), os quais estabelecem os padrões de interoperabilidade da rede. Do ponto de vista da infra-estrutura física a Internet é usualmente entendida como apresentando uma hierarquia de três níveis: no nível inferior estão as redes de dimensão local-LANs, como as redes existentes nos campi universitários. Estas redes são conectadas às redes regionais ou de porte médio, como as redes 41 metropolitanas-WANs. Estas últimas redes se conectam a um o u mais backbones (redes principais ou alicerces) conformando o segundo nível hierárquico. Finalmente, estes backbones em um determinado país se conectam a outras redes de backbones em outros países. 3.5.2. Os Estágios da Internet Segundo Kosiur (1997), o surgimento da Internet percorreu quatro estágios: I - Presença: as empresas desenvolviam websites para publicar e tornar disponíveis informações institucionais e de seus produtos e serviços. Nos EUA, essa fase iniciou-se por volta de 1993 e, no Brasil, cerca de dois anos depois. II - Interação: os websites institucionais ganharam interatividade mediante consultas no próprio website, formulários, registros de informações, consultas online ao banco de dados e facilidade no envio de e-mails a partir do website. Além do acesso às informações da empresa, o usuário poderia interagir com o website, fazendo perguntas por meio de e-mails e realizando consultas a bancos de dados. III - Transação: é caracterizado pelo aperfeiçoamento da criptografia, a qual permitiu que uma informação sigilosa fosse enviada de maneira mais segura, como, por exemplo, o número de cartão de crédito. Iniciam-se, também, as primeiras transferências eletrônicas de fundos e surge o comércio eletrônico com o recurso de compra e venda pela Internet. IV - Processo ou Integração: marca-se a automatização total dos processos da empresa, incluindo os que envolvem o relacionamento com fornecedores e clientes, como os sistemas de pedidos e de pagamentos. 3.5.3. A Internet e o Comércio Eletrônico (e-commerce) Kotler (2000) define o termo e-commerce como uma ampla variedade de transações eletrônicas, como envio de pedidos de compra para fornecedores via EDI (troca eletrônica de dados); o uso de fax e e-mail para conduzir transações; o uso de caixas eletrônicos e cartões magnéticos para facilitar o pagamento e obter dinheiro digital, assim como o uso da Internet e de serviços on-line. 42 Já Trepper (2000) afirma que o e-commerce é muito mais do que a mera troca de produtos e serviços por dinheiro pela Internet. É uma tecnologia capacitadora que permite as empresas aumentar a precisão e eficiência do processamento das transações do negócio. O e-commerce é também um meio que possibilita a troca de informações entre a empresa e seus clientes e fornecedores, beneficiando todos os envolvidos. Para Bransky (1999), o comércio eletrônico (e-commerce) é compartilhar informações, manutenção de relacionamentos e condução de transações de negócios por meio de redes de telecomunicações dentro e fora das empresas. Assim, o comércio eletrônico é a maneira pela qual as vendas e as compras são geradas e também suas concretizações e as ações de marketing de pós-venda; tudo isso realizado on-line. De acordo com os ensinos de Potter e Turban (2005), existem vários tipos de Comércio Eletrônico. Os mais comuns são: B2B – (BUSSINES-TO-BUSSINES) é a Negociação Eletrônica entre empresas. B2C – (BUSSINES-TO-CONSUMERS) é a Negociação Eletrônica entre empresas e consumidores. C2B – (CONSUMERS-TO-BUSSINES) é a Negociação Eletrônica entre consumidores e empresas. É o reverso do B2C, também chamado de leilão reverso. Acontece quando consumidores vendem para empresas. Esta modalidade começa a crescer no Mercado eletrônico, pois uma empresa que deseja adquirir um produto, anuncia na rede a intenção de compra. Os consumidores que possuem o que a empresa quer, faz a oferta. C2C – (CONSUMER-TO-CONSUMER) é a Negociação Eletrônica entre consumidores. Esta modalidade é muito comum, efetua muitas negociações, mas de valores pequenos. 3.5.4. A Internet como Instrumento na Conquista da Lealdade Conforme Lamb & McDaniel (2004) as empresas constroem relacionamentos com os clientes oferecendo-lhes valor e satisfação. As empresas beneficiam-se com as compras repetidas e com as referências que levam ao aumento nas vendas, participação no mercado e lucros. Com o advento da 43 Internet, o mundo dos negócios se transformou e conseqüentemente os relacionamentos também. De acordo com Kotler & Armstrong (2004) a Internet é considerada a tecnologia que possibilitou um novo modelo de fazer negócios, pois ela permite que as pessoas tenham acesso a informações, entretenimento e comunicação a qualquer hora e em qualquer lugar. As empresas estão utilizando a Internet para construir relacionamentos com seus clientes e seus parceiros de negócios, bem como para vender e distribuir seus produtos de maneira mais eficiente. Empresas de todos os segmentos estão agora tentando atrair novos clientes na Web e muitas empresas tradicionais estão se aventurando on-line num esforço para atrair novos clientes e construir relacionamentos mais fortes. Por meio do relacionamento as empresas podem perceber possíveis reclamações dos clientes e elaborar estratégias mercadológicas. Para Fiori (2001), uma mudança importante aconteceu no varejo. O poder passou para o comprador. Uma vez que a Internet dá aos compradores mais opções. O autor diz ainda que os clientes estão cada vez mais no controle tanto da transação quanto das vendas. Onde antes havia escassez de escolhas, agora há abundancia de opções. As empresas precisam formular estratégias de emarketing para conseguir uma vantagem competitiva. Por outro lado Seybold (2000), acredita que a empresa deve seguir algumas etapas para conquistar o e-consumer: conhecê-lo e facilitar seus negócios com a empresa; manter foco no cliente final; e redesenhar os processos de acordo com as necessidades e expectativas deste cliente. Segundo Janal (1996), para gerar vantagens competitivas as atividades das organizações precisam ser repensadas frente às novas tecnologias emergentes. Entretanto, as organizações ainda não estão completamente familiarizadas com a rede e seu potencial comercial. 44 Para Drucker (2000), a sociedade está apenas começando a sentir os seus impactos. O computador representa, para a Revolução da Informação, o que a máquina a vapor foi para a Revolução Industrial. Enquanto as ferrovias encurtaram as distâncias, o e-commerce praticamente as elimina. 45 4. ESTUDO DE CASO O Decolar.com é considerado hoje em seu segmento, o maior portal de viagens de vendas on-line da América Latina. Oferecendo serviços completos de viagem, permiti aos usuários do site escolher vôos em mais de 750 companhias aéreas, efetuar reservas em mais de 100.000 hotéis, reservar automóveis em mais de 50 locadoras, e comprar milhares de pacotes para viajar ao redor do mundo. Enquanto o atual CEO e co-fundador Roberto Souviron estudava mestrado em Administração de Empresas na Universidade Duke, na Carolina do Norte, realizou várias viagens entre os Estados Unidos e América Latina, onde experimentou em primeira mão as vantagens de utilizar sites de Internet para comprar suas viagens. Ao voltar a morar na América Latina, pode constatar a falta de um serviço eficiente de viagens on-line para o mercado latino-americano. Por esta razão, no ano de 1999 decidiu criar o Decolar.com ( no restante da América Latina e Estados Unidos é Despegar.com) com a finalidade de reinventar a indústria turística da América Latina. Para tal finalidade convocou um seleto grupo de colegas, muitos dos quais continuam hoje formando parte da equipe diretiva da empresa. O Decolar.com recebeu um investimento de US$ 30 milhões. Este investimento foi liderado por Hicks, Muse, Tate & Furst, Merrill Lynch Global Emerging Market Partners y Newbridge Andean Partners L.P. (um afiliado de Texas Pacific Group y ACON Investments). Além disso, a empresa tem como investidor estratégico o Grupo Accor, (maior operador e proprietário de hotéis do mundo e sócio-proprietário da Carlson Wagonlit Travel, a segunda maior agência de viagens do mundo); e a Yahoo! Inc. A empresa iniciou sua atuação no mercado em dezembro de 1999, estabelecendo suas operações em nove países já nos 8 meses de sua implantação. Hoje possui mais de 4,5 milhões de usuários registrados e tem um faturamento de aproximadamente US$ 120 milhões por ano. Recebe mais de 2 milhões de viajantes por mês, o que equivale dizer que a 3 pessoas que viajam ao exterior uma visita o web site antes de viajar! A empresa cresce a passos largos, aproveitando as oportunidades do 46 segmento de viagens. O mercado de turismo está se canalizando rapidamente através da Internet e o Grupo Decolar.com conta com todos os recursos para liderar esse mercado. É a excelência na qualidade de serviço que diferencia o Decolar.com da concorrência o que lhe permite alcançar todas as metas e objetivos. Hoje, o Decolar.com conta com sites e escritórios na: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Uruguai, USA, Venezuela e Perú sendo o site líder mundial de viagens pela Internet dedicado às comunidades de língua espanhola e portuguesa. Dado o sucesso da proposta de valor, Decolar.com é hoje uma das 5 maiores agências de viagens da América Latina. Muitos clientes pesquisam pela internet, mas preferem comprar por telefone, por isso o Decolar.com disponibiliza uma central de atendimento personalizado em todos os países que tem o site. Uma das prioridades da empresa é otimizar a experiência virtual do usuário, de modo que resulte em rapidez, segurança e praticidade para o internauta navegar e programar suas viagens e compras on-line. Para proporcionar a melhor relação custo-beneficio do mercado, a força e a diferença estão na coordenação. Os clientes primeiro interagem com o site (composto de várias seções e feito por uma equipe de mais de 30 profissionais de tecnologia), logo interagem com um ou mais agentes do call center e finalmente dependem da equipe de emissão, administração e entrega para que seja processado o pagamento, emitido o bilhete, o voucher e entregar a fatura. No Grupo Decolar.com acredita-se que todos podem contribuir muito com suas idéias e avaliações para o desenvolvimento da empresa e a melhor forma de atender o cliente. Também é uma empresa que deseja o desenvolvimento de cada colaborador, por esta razão nossa gerência aderiu a política de “portas abertas” , ou seja, dar suporte e guiar todos aqueles que necessitam de ajuda. Todos podemos ter acesso aos nossos gerentes, country managers e inclusive ao presidente da empresa quando assim necessitarmos.” Roberto Souviron. A proposta do Decolar.com é clara: quanto mais cresce a empresa mais cresce sua equipe de colaboradores. Ao integrar a equipe o colaborador assume o 47 compromisso de dedicação e comprometimento para proporcionar a máxima satisfação aos clientes através da forma como foi recomendado a cada um. Quase todos os colaboradores que formam o Grupo Decolar.com têm metas tangíveis e recebem bônus ao atingir essas metas. Certamente, o compromisso é com a realização de todas as metas e objetivos, por parte de todos os colaboradores, independente de bonificação. 4.1 Missão Ser o canal de vendas de viagens mais prático para os nossos clientes e mais eficientes para as companhias aéreas, redes hoteleiras e demais fornecedores do mercado. Ser líder em preço e volume, nos apoiando na excelência dos nossos recursos humanos e nossa plataforma tecnológica. 4.2 Visão Ser a maior agência de turismo (tanto on-line como tradicional) da América Latina, obtendo uma rentabilidade final de pelo menos o triplo da média do mercado. 4.3 Valores Vocação pelo serviço: contribuir para que nossos clientes obtenham o melhor serviço na compra das suas viagens. Inovação e participação: desafiar os paradigmas e nossos métodos de trabalho e da indústria, procurando continuamente oportunidades de melhora. As idéias são valorizadas pelos métodos próprios independentemente de quem seja seu autor, por isso, todos podem propor idéias! Integridade e respeito: obter excelentes resultados, mantendo a integridade e o respeito nas nossas ações. Estamos comprometidos em não enganar nossos clientes fazendo falsas promessas e em sempre debater nossas idéias com outros membros da equipe, partindo da base que todos queremos o mesmo: o bem do Decolar.com. 48 Profissionalismo: ser os melhores em tudo o que fazemos. Sabemos que há muitas oportunidades de melhora, por isso a dedicação e o compromisso com os resultados fazem parte da nossa cultura de trabalho. 4.4 Organização Global A representação gráfica a seguir apresenta a Organização Global da empresa. A equipe do Decolar.com conta com mais de 500 profissionais em todo o mundo e este número cresce dia a dia. Figura 7: Organização Global da Empresa Fonte: Sistema Interno Decolar.com (2009) 49 4.5 Organograma Figura 8: Organograma da Estrutura Local Fonte: Sistema Interno Decolar.Com (2009) 50 4.6 Fluxograma da Empresa Figura 9: Fluxograma das Atividades da Empresa Fonte: Sistema Interno Decolar.com (2009) 51 4.7 Marketing On Line A empresa Decolar.com possui um departamento de Marketing On Line, que divulga a marca utilizando as seguintes estratégias que se seguem: 4.7.1 Links patrocinados (SEM – Search Engine Marketing) Anúncios pagos em: Google Adwords e Plataforma Yahoo, que são os maiores sites de busca no Brasil. Cada click que o anúncio do site recebe, o Decolar.com paga uma quantia em dinheiro pré-estabelecida. Figura 10: Google AdWords Fonte: Sistema Interno Decolar.com 4.7.2 Links na busca Orgânica (SEO – Search Engine Optimization) Além dos links patrocinados, há também os links na busca orgânica, que são links gratuitos que aparecem quando alguém realiza uma pesquisa nos sites de busca, onde a equipe de Marketing On Line do Decolar.com trabalha para que sempre esteja em uma ótima posição. Otimizando sempre, buscando a divulgação da marca e aumento das vendas de seus produtos. 52 O objetivo dos links é atingir um excelente ROI (Retorno Sobre Investimento), que visa obter um ganho sobre o que gastou. Com a estratégia de investimento que visa receber o dobro ou triplo do que foi investido. Estes links representam 50% das vendas totais do Decolar.com. Figura 11: Plataforma Yahoo Fonte: Sistema Interno Decolar.com Para a eficiência deste trabalho existe uma parceria entre a área do Marketing On Line, com a Área de Produtos da empresa, onde a equipe de produtos sempre passa ao Marketing On Line as principais promoções e melhores preços, para que seja feita a divulgação em todos os canais de mídia, sendo o Google o principal deles. Há um acompanhamento feito semanalmente e mensalmente das vendas que são geradas pelos links patrocinados, onde são verificados os custos, e analisado se a estratégia adquirida esta trazendo o retorno esperado. 53 4.7.3 Mídias Sociais Hoje em dia as pessoas estão conectadas no mundo todo através dos sites de relacionamentos, aproveitando esse espaço o Decolar.com esta sempre em foco nas mídias sócias para ter uma aproximação maior com seus clientes, são elas: Orkut; Twitter; Facebook; You Tube; Flickr; Blogs de Viagens. 4.7.4 Parcerias O Decolar.com está sempre em busca de parcerias Online e Offline que possam ajudar na divulgação dos seus produtos. A empresa conta também com o Programa de Afiliados que consiste na inserção dos sistemas de busca de produtos e/ou banners nos sites, e cada vez que uma pessoa comprar no Decolar.com proveniente do site onde tenha esse sistema – o site ganha uma comissão pela respectiva venda. Como os dados desta venda ficarão armazenados nos sistemas do Decolar.com, mesmo que a próxima compra deste cliente seja feita diretamente no site do Decolar.com, o primeiro site também será comissionado. O compromisso do Decolar.com é disponibilizar as melhores ofertas do mercado, as quais são atualizadas diariamente. O sistema de busca, através de matrizes de comparação de preços oferece uma gama de mais de 750 companhias aéreas, 100 mil hotéis e 50 locadoras de automóveis mundo afora. 54 Figura 12: Motor Buscador de Viagens Fonte: Sistema Interno Decolar.com As compras são efetuadas na forma On Line. Os clientes recebem, também de forma On Line, toda documentação de viagem de forma simples e rápida. Abaixo seguem alguns exemplos dessas parcerias: Bon Grillê: No restaurante Bon Grillê, há uma promoção do Decolar.com que oferece uma viagem ao Beto Carrero World com direito a 1 acompanhante, para o cliente do restaurante que escrever a frase mais criativa com as palavras “Bon Grillê” e “Decolar.com”. Em troca o Decolar.com é divulgado no restaurante através de Banners, Hotsite da Promoção e Panfletos promocionais. Mais Você: Houve uma parceria do Decolar.com e o Programa Mais Você, quando uma avó foi pedir ajuda para trazer os dois netos que estavam em um abrigo na Itália. Os meninos corriam o risco de serem adotados por uma família italiana. E através do Mais Você e Decolar.com, a avó foi à Itália e voltou com os netos. O Decolar.com foi elogiado e recomendado muitas vezes no programa. 55 Ana Maria Braga: No site pessoal da apresentadora há um buscador de passagens que faz parte do Programa de Afiliados, onde o internauta poderá pesquisar preços de vôos, hotéis, carros e pacotes para os mais variados destinos. Blog Melhores Destinos: há uma promoção, onde o internauta responde a pergunta: “Qual é a melhor cidade brasileira para viajar nas férias e por quê?”, e a resposta mais criativa ganha passagem aérea de ida e volta com acompanhante para a cidade que a pessoa escolher. Em troca o Decolar.com tem o seu nome divulgado no Blog. 4.7.4.1 Companhias Aéreas O Decolar.com está sempre divulgando promoções em conjunto com as companhias aéreas parceiras: 4.7.4.1.1 Nacionais Azul Gol Pantanal Passaredo Trip WebJet Ocean Air Tam 4.7.4.1.2 Internacionais AeroMexico Air France KLM Aero Sur Air Europa Air China Alitalia 56 ANA American Airlines Avianca British Airways Air Canadá Copa Airlines Continental Airlines Delta Airlines El Al Emirates Ibéria JAL Korean Air LAN Lufthansa Mexicana Qantas Qatar Airways South African Airways Pluna Swiss TAM TAP Portugal Taag Taca Turkish Airlines United 57 4.8 Tecnologia da Informação (T.I) No Decolar.com o departamento de T.I., utiliza a tecnologia de WebServices, que são os sistemas desenvolvidos para conectar o Decolar.com com as Companias Aéreas, fazendo parcerias com os sites. Para que possam ser efetuadas as pesquisas e as reservas das passagens aéreas, a empresa utiliza a tecnologia Visual Studio Dot.Net. Quando uma compra é realizada no Decolar.com, o cliente preenche uma ficha cadastral, e todas as informações ficam inseridas em um banco de dados – SQL Server, que controla todo o fluxo de compras do site. Que é o Front Office da Empresa, por motivos de segurança depois que a compra é finalizada o cadastro é apagado do sistema evitando fraudes e futuros ataques de piratas de computadores. Quando uma reserva é feita, ela é automaticamente inserida no Sistema Interno CRO (Controle de Reservas On Line), que é o Back Office da Empresa, e é por este sistema que os colaboradores controlam cada pedido. A empresa utiliza também um Sistema de Informação de disponibilidade de vôos e tarifas nacionais e internacionais das Companias Aéreas – Sabre, que é um dos melhores no serviço de viagens On Line existente no mercado. 4.9 Webdesigner Responsável pela criação e atualização das páginas do site e hotsites sites de promoção exclusiva de alguns parceiros, que tem um tempo limitado de duração, nele estão contidos as informações da promoção, e ele sempre anuncia uma promoção exclusiva do Decolar.com. 4.9.1 Comunicação Externa É responsável também pela criação de Banners em Flash (Animados), para o Google e sites parceiros, e NewsLetter, que são os e-mail marketing (alerta de tarifas) - o cliente faz o cadastro no site do Decolar.com e seus dados ficam armazenados no banco de dados, e este passa a receber e-mails com as promoções do Decolar.com. 58 Esta sempre interagindo diretamente com os departamentos de Marketing On Line, Produtos e Recursos Humanos. 4.9.2 Comunicação Interna Mural da Empresa Cartazes Material Promocional (Camisetas Comemorativas) Cartões de Visita 59 5. CONCLUSÃO Com o “boom” da Internet, as empresas perceberam que o melhor modo de crescer no mercado é através do Comércio Eletrônico (E-commerce). Este é o mercado que mais cresce no mundo todo, e que ainda tem muitas chances de crescimento. As empresas brasileiras que utilizam o E-commerce como uma de suas estratégias de consolidação no mercado, vem obtendo uma série de vantagens competitivas em relação a outras empresas de mesmo segmento que se utilizam somente das estratégias tradicionais de venda. Como a interação entre a empresa e seus clientes, baixo custo das campanhas se comparado às campanhas tradicionais, maior objetividade de comunicação com seu público alvo e maior fidelização dos clientes atingidos pelas campanhas feitas através das mídias sociais. A sinergia promovida pela organização Decolar.com e suas parcerias trazem conforto, praticidade, confiabilidade e plena satisfação aos seus clientes e colaboradores. Consideração-se os dados obtidos por meio da literatura e estratégias a respeito do E-commerce, estabeleceram-se algumas percepções sobre o tema e o objeto do estudo em questão. Este trabalho, por meio de pesquisa bibliográfica e pelo método de estudo de caso, teve como objetivo estudar o emprego do Ecommerce pelo grupo Decolar.com, e como este se utiliza das tecnologias existentes para se sobressair no mercado que a cada dia esta mais acirrado. Contando com campanhas de Marketing em todos os canais de mídia, o Decolar.com é uma empresa líder no seu segmento. Observou-se com este estudo que a empresa não mede esforços quando se trata da divulgação das suas promoções, sempre saindo na frente com grandes parcerias e fazendo uso das melhores tecnologias. O preço das campanhas promocionais realizadas pelo Decolar.com, é bem abaixo das campanhas realizadas em meios tradicionais, pois baseiam-se em sua 60 grande maioria na Internet, e parcerias que não possuem gasto algum, o que diminui drasticamente os custos de campanhas. Considerando o estudo de caso da empresa Decolar.com, percebe-se que a maior dificuldade é se manter líder de mercado. E para tanto existe a necessidade de constante atualização para atender as mudanças no segmento de viagens. 61 6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ALBERTIN, Alberto L. Comércio Eletrônico: modelos, aspectos e contribuições. São Paulo: Atlas, 1999. AMOR, Daniel. A (r)evolução do e-business. São Paulo: Makron Books, 2000. ANDRADE, R. Antonio. Comportamento e estratégias de organizações em tempos de mudança sob a perspectiva da tecnologia da informação. Caderno de Pesquisas em Administração, São Paulo, v. 9, n. 2, abr./jun. 2002. BALLOU, Ronald H. 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