newsletter aventura n 65 O Regresso da “Velha Raposa”... ao Deserto

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65
Marrocos, 2 a 7 de Dezembro de 2012
ZÉ PEDRO LEAL
O Regresso da “Velha Raposa”... ao Deserto
Nasceu na década de 60 do século passado e sempre viveu
com a urgência de quem tem a noção, a cada dia que passa, que o amanhã é sempre uma incógnita. Mas também a
possibilidade de, em cada dia, descobrir novos desafios e
interesses.
Para quem o conhece não é difícil concluir que o seu maior
culto é a amizade: «Nada me deixa mais feliz do que estar
rodeado de amigos, acompanhado de um bom prato e um
bom vinho».
Engenheiro informático de profissão, foi ganhando a vida
com as TI (Tecnologias de Informação) até se incompatibilizar de vez com os bites, os bytes, os megas e outros que
tais.
Aos 50 anos regressa a uma velha paixão: a mecânica e o
restauro de jipes antigos. Foi desportista federado, seleccionado, enfim, passou por quase tudo. Agora, quando vê
os jogos de rugby enerva-se de tal modo, muito mais do
que quando jogava, que esse nervosismo o leva a dizer-nos: «até me doem os joelhos, doem-me os artelhos,
etc.» O médico aconselha-o a fazer uma vida sossegada,
ao que responde: «Sabe lá ele o aborrecimento que isso é.
Não posso correr? Corre o jipe por mim. TT, turístico, navegação 4x4», o que lhe permite conhecer cantos e recantos
do nosso país e dos outros também. «Só não gramo aquilo
a que nos últimos anos chamaram Trial». Na sua opinião,
é uma feira de vaidades de quem tem as carteiras mais ou
menos recheadas e que opta por soluções mecânicas que
desafiam o bom senso e põem a integridade das pessoas
em perigo. «Falem-me em perícia 4x4, com obstáculos naturais e jipes praticamente de série e assim já nos entendemos», diz. E sobre o futuro, acha que «a Deus, a Alá ou
a quem quer que seja pertence». E acrescenta: «No meu
vou incluir os amigos e sempre que puder uma sonora
gargalhada. E já estou a estudar uma minigrua para subir
e descer do jipe quando o corpinho começar a resmungar.
Gostava que me vissem como um gajo porreiro».
Zé Pedro Leal (ao centro com a caneta), regressa ao
“Sahara Aventura”, para incorporar uma equipa dupla cheia
de ambições.
E o que é para ti um bom navegador?
É um tipo sensato, basicamente o único com juízo
dentro do carro. É o chato, o que dorme menos, o que
tem coisas amaricadas como marcadores de cores, fita
gomada, tubo de cola e, sobretudo, é o que gosta de
dar ordens. E precisa de as dar com ar convencido de
que de cada ordem depende o sucesso da prova. Precisa de ser calmo e assertivo nas horas complicadas, de
ser ágil e flexível. Muitas vezes o sucesso de uma navegação depende de uma decisão rápida, de alterar toda
a estratégia que parecia perfeita à partida mas que no
terreno se revelou inadequada ou pura e simplesmente
as condições de navegação mudaram e é preciso reinventar o percurso.
Achas que as condições adversas são um teste à
coesão de uma equipa de navegadores?
Não só de navegadores, mas da equipa como um todo.
As condições adversas revelam sempre o melhor e o
pior de cada um de nós. Em quatro edições do «Sahara
Aventura» e mais já não sei quantos de outros desafios
de navegação só uma vez tive a desagradável noção
do «erro de casting». E posso dizer-te que foi das piores
experiências da minha vida, tanto em relação à viagem como à aventura. A coesão da equipa tem que ser
sagrada: num dado momento todos cometem erros e
todos necessitam de que quem está ao seu lado lhe dê
uma palavra de conforto e de incentivo. Só assim existe
a possibilidade de sucesso e, digo eu, só assim vale a
pena partir à aventura. E eu tenho a certeza de que vou
com a melhor equipa do mundo.
Estás de regresso ao «Sahara Aventura». O que esperas desta edição?
O que esperava e encontrei em todas as anteriores:
novos horizontes, desafios de navegação interessantes, camaradagem e paisagens de cortar a respiração.
Tudo isto com uma organização exemplar e, sobretudo,
rigorosa.
Vais encontrar um cenário novo, com condições mais
agrestes; na tua opinião estas condições dificultam a
navegação?
A zona em que se desenrola esta edição tem características que aconselham uma cuidada preparação antes de
cada uma das etapas. Desde logo a duração da primeira
etapa e a presença das sebkas condicionarão o primeiro
dia. Tendo em conta que estamos sempre perto da orla
marítima atlântica de Marrocos, o controlo dos horários
das marés será fundamental para evitar percalços nas
previsíveis passagens pelas extensas praias. Penso que
nesta edição, em particular, as equipas que optarem por
participar a solo terão que ter cuidado para não ficarem
nas armadilhas uma vez que não têm o segundo jipe
para ajudar a resolver eventuais problemas. Será porventura uma edição onde o espírito de camaradagem e
a entreajuda nas pistas poderão fazer a diferença para
alguns. E pode bem ser preciso usar os sacos cama para
uma noitada no deserto! Em resumo, essas condições
mais agrestes não dificultam a navegação mas tornam-na mais exigente para um bom resultado.
Porquê a ideia de dar à equipa de o nome «Revista
4x4 Vintage Team»?
Nós somos uma equipa descomprometida, quer dizer,
«não conseguimos arranjar patrocínios», ou, para ser
ainda mais claro, pagamos tudo do nosso bolso dividindo irmãmente as alegrias e as despesas. Chegada a
hora de escolher um nome para a equipa, decidimos
prestar duas homenagens, aliás, mais do
que merecidas. A primeira, a nós
próprios, pois apesar de o
calendário insistir que os
anos vão passando, nós
achamos que ainda
somos uns jovens à
altura destes desafios.
E como somos como
os bons vinhos, a coisa só pode melhorar,
daí o Vintage. A segunda, é uma homenagem à «teimosia»
da «Revista 4x4» em divulgar e promover este desafio (e, claro, também
o «Grândola Aventura»). Digo teimosia porque,
de facto, neste país e nesta conjuntura internacional é preciso ser teimoso e acreditar, não optando
O que significa para ti a navegação?
A navegação é fundamentalmente um jogo de estratégia em equipa. Tens que saber navegar, mas tens
também que saber conviver no espaço restrito de um
jipe com o teu companheiro de equipa. Tens que saber
avaliar em cada momento as tuas capacidades, as do
teu piloto e as da tua viatura face aos desafios apresentados pelo terreno. É um jogo de estratégia e de gestão
de recursos. Só tem hipóteses de ganhar quem chegar
ao fim e é função do navegador garantir que todos os
dias se chega e de preferência entro da hora.
Significa também a liberdade de poderes escolher os
teus caminhos sem estares confinado às pistas «turísticas». Em última análise, é a melhor forma de se conhecer um país e os seus recantos.
Quais são as possibilidades da tua equipa?
Nós somos modestos. O nosso objectivo é, obviamente,
a vitória. Ninguém se vai meter a fazer mais de 2000
quilómetros para lutar por algo menos do que a vitória.
A chatice é que vão mais uns tantos companheiros que
querem o mesmo. Mas uma coisa é certa: a jovem equi-
Jorge Cruz e Zé Pedro Pires formam a outra dupla
(que parece mais uma tripla: nunca falha!) da equipa
“Revista 4x4 Vintage Team”. A “coisa” promete...
pela atitude facilitista e tão lusitana de baixar os braços
e «deixar correr o marfim». A ti, Manolo, e à t ua equipa,
a nossa pequena mas sentida homenagem e o nosso agradecimento. Ah, e não esperamos
nenhuma «cunha» nos resultados por este facto. Esperamos
pa «Revista 4x4 Vintage Team» não vai facilitar a vida a
ninguém. Só pedimos que não nos preguem partidas do apenas a tua boa disposição e que te lembres
tipo «Le Mans», com mais de 20 metros para percorrer,
porque a «malta» aí fica atrapalhada. Não vamos de jipe de um vinho simpático, um Porto
para andar a fazer jogging no deserto. Para além de ser
ou umas cervejas
desleal para com tipos que são contemporâneos dos
Beatles. Prepara lá a garrafa de champanhe e, no final da bem geladinhas
para os amigos,
quinta etapa, lá estaremos para comemorar mais uma
como é costume.
vitória.
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Equipas portuguesas presentes
na 13ª edição do Sahara Aventura:
1 - Terceira Açores 4x4
(Ilha da Terceira)
2 - Móveis Nelo / Ericeira TT
(Pinhel e Ericeira)
3 - ONZZE
(Marinha Grande)
4 -Revista 4x4 Vintage Team
(Lisboa)
5 -Centroquímica Unimos.net 6-Pocas
(Coimbra)
(Lisboa)
Programa
Dezembro 4 a 9 de Dezembro 2011
Domingo, dia 4
16.00 -20.00h: Recepção de participantes em Ou
jantar e alojamento no Hotel Ke
8-Maxidriver 20.30h: briefing, 9-Duomaquete/Paredecar
(Lisboa)
(Porto
e Lisboa)
Segunda-feira, dia
5
Das 08.00 às 16.30h: Etapa de navegação.
Briefing, jantar
e alojamento
no Hotel Kenzi Azg
Sahara
Aventura
Terça-feira, dia 6. Das 08.00 às 16.30h
Etapa de navegação até Zagora. Briefing, jantar
e alojamento no
Quarta-feira, dia 7
Das 08.00 às 16.30h Etapa de navegação. Etapa
Briefing, Jantar e alojamento no Hotel Palais As
Quinta-feira, dia 8. Das 07.00 às 17.00h
“ETAPA MARATONA” de navegação até Rissani.
17.00- 18.00h Chegada do primeiro sector, reagr
e saída para a etapa nocturna.
18.00 -21.00h etapa Nocturna de navegação até
Jantar e alojamento no hotel Xaluca Maadid.
Sexta-feira, dia 9. Das 08.00h às 15.30h
ÚIltima etapa de navegação.
CAMINHO!
21.00hSEGUE
PublicaçãoO
dasTEU
classificações
finais. Jan
alojamento no hotel Xaluca Maadid. Cerimónia d
7 -Proseries TT Team
(Viana do Castelo)
sahraA5PUB2012.pdf
1
4/27/12
11:45 AM
Nova Ford Ranger
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
2 a 7 Dezembro
As inscrições
já se encontram abertas. Se pretende
DELEGADO EM PORTUGAL: MANOLO (REVISTA4X4) 00 351 96 4024683
fazer parte desta armada de «ninjas» da navegação
portuguesa forme a sua equipa e inscreva-se. A
leitura desta Newsletter não o isenta da leitura
atenta do regulamento.
Como ler um QR Code? Basta abrir a aplicação responsável no Telemóvel, tirar uma foto e deixar a App analisar.
Saiba mais no seu Concessionário Ford ou em ford.pt
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(manolo oliveira – delegado em Portugal)
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