Revista Fecomércio
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SulAmérica: 2 revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012 Meu plano de saúde não cobre o médico e o hospital que eu prefiro pra me tratar. E agora? Profissional de Comércio ou Serviços: não se preocupe. Com a parceria da Qualicorp com a FECOMÉRCIO-DF, os planos de saúde que oferecem os melhores médicos, hospitais e laboratórios do Brasil já estão ao seu alcance.* Ligue e confira: 0800-777-4004 Ou acesse: www.qualicorp.com.br Planos de saúde coletivos por adesão, conforme as regras da ANS. Informações resumidas. Condições contratuais disponíveis para análise. Abril/2012. *A comercialização dos planos respeita a área de abrangência da operadora. A cobertura de hospitais e laboratórios, bem como de honorários profissionais, se dá conforme a disponibilidade da rede médica e as condições contratuais de cada categoria de plano. revista FECOMÉRCIO JULHO 2012 Qualicorp Adm. de Benefícios: 3 sumário Fotos: Joel Rodrigues Incentivo à leitura É com esse objetivo que o Sesc-DF promove, desde 2009, as Feiras Literárias 28 Empreendedor individual Francisco Lopes (foto) é um dos 2 milhões de cadastrados nessa modalidade de pessoa jurídica 36 Caso de sucesso Danielly Pereira (foto) descobriu a sua vocação depois de estudar no Senac-DF 40 Mordomia para os clientes Empresários investem em mimos como bebidas e brindes para conquistar fregueses 56 Lojas novas e consumidores de alto poder aquisitivo Com a concretização do Noroeste, o setor produtivo do DF ganha novas oportunidades de investimento. Serão 128 blocos destinados ao comércio 30 seções 8 Entrevista 17 EMPRESÁRIO DO MÊs 23 SINDICATOS 24Estilo Certo 29 Vitrine 39 agenda fiscal 42 Pesquisa Conjuntural 46 gastronomix 49Segredos do Marketing Digital 50 gente 52 economia 55 direito no trabalho 58 Pesquisa Relâmpago cartas Endereço SCS Qd. 6, Bl. A, Ed. Newton Rossi – 5º e 6º andares – Brasília – 70306-911 (61) 3038.7500 – www.fecomerciodf.com.br – twitter.com/fecomerciodf Presidente Adelmir Araújo Santana Diretoria Miguel Setembrino Emery de Carvalho • Antonio Augusto Carvalho de Moraes • Clayton Faria Machado • Francisco Maia Farias • Antônio Tadeu Peron • Edy Elly Bender Kohnert Seidler • Fábio de Carvalho • Francisco das Chagas Almeida • José Aparecido da Costa Freire • José Carlos Ulhoa Fonseca • José Geraldo Dias Pimentel • Oscar Perné do Carmo • Cecin Sarkis Simão • Hamilton César Junqueira Guimarães • Miguel Soares Neto • Paolo Orlando Piacesi • Roger Benac • Joaquim Pereira dos Santos • Diocesmar Felipe de Farias • Glauco Oliveira Santana • Suely Santos Nakao Diretores Suplentes Aldo Ramalho Picanço • Alexandre Machado Costa • Álvaro Jose da Silveira • Ana Alice de Souza • Antonio Delgado Torres • Bartolomeu Gonçalves Martins • Carlos Hiran Bentes David • Clarice Valente Aragão • Edson de Castro • Elaine Furtado • Francisco Joaquim Loyola • Francisco Valdenir Machado Elias • Jó Rufino Alves • João Ricardo de Faria • José Fagundes Maia • Luiz Alberto Cruz de Moraes • Milton Carlos da Silva • Osório Adriano Neto • Paulo Targino Alves Filho • Sandoval Antonio de Miranda Conselho Fiscal Arnaldo Sóter Braga Cardoso • Arnaldo Rocha Mudim Junior • Raul Carlos da Cunha Neto • Maria Auxiliadora Montandon de Macedo • Henrique Pizzolante Cartaxo Conselho Consultivo Mitri Moufarrege • Antônio José Matias de Sousa • Laudenor de Souza Limeira • Luiz Carlos Garcia • José Djalma Silva Bandeira • Orlando Antônio Vicente Taurisano • Rogério Tokarski Contribua com sugestões, críticas e comentários sobre os assuntos que são abordados na publicação. Envie sua mensagem para Assessoria de Comunicação da Fecomércio-DF – SCS Quadra 6, Ed. Jessé Freire – 5º andar – Brasília – 70306-908 ou para o e-mail [email protected]. (61) 3038.7527 Agradecimento Sinto-me lisonjeada e honrada por ter o meu trabalho reconhecido. Gostei muito da matéria dedicada a mim. As reportagens da revista são tratadas com seriedade e profissionalismo. Diretor Regional do SESC José Roberto Sfair Macedo Diretor Regional do Senac Luiz Otávio da Justa Neves Kelly Couto Diretora executiva do Espaço Catetinho SUPERINTENDENTE DA FECOMércio João Feijão DIRETORA-EXECUTIVA DO INSTITUTO FECOMÉRCIO Elizabet Garcia Campos Sindicatos filiados Sindicato do Comércio Atacadista de Álcool e Bebidas em Geral do DF (Scaab) • Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais do DF (Secovi) • Sindicato dos Salões de Barbeiros, Cabeleireiros, Profissionais Autônomos na Área de Beleza e Institutos de Beleza para Homens e Senhoras do DF (Sinccab) • Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do DF (Sincofarma) • Sindicato das Auto e Moto Escolas e Centros de Formação de Condutores Classes “A”, “B” e “AB” do DF (Sindauto) • Sindicato das Empresas de Representações, dos Agentes Comerciais Distribuidores, Representantes e Agentes Comerciais Autônomos do DF (Sindercom) • Sindicato das Empresas de Serviços de Informática do DF (Sindesei) • Sindicato das Empresas de Promoção, Organização, Produção e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos do DF (Sindeventos) • Sindicato das Empresas Videolocadoras do DF (Sindevídeo) • Sindicato do Comércio Atacadista do DF (Sindiatacadista) • Sindicato do Comércio Varejista de Automóveis e Acessórios do DF (Sindiauto) • Sindicato de Condomínios Residenciais e Comerciais do DF (Sindicondomínio) • Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes do DF (Sindifeira) • Sindicato do Comércio Varejista de Carnes, Gêneros Alimentícios, Frutas, Verduras, Flores e Plantas de Brasília (Sindigêneros) • Sindicato dos Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do DF (Sindilab) • Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindiloc) • Sindicato das Empresas de Loterias, Comissários e Consignatários e de Produtos Assemelhados do DF (Sindiloterias) • Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção do DF (Sindmac) • Sindicato do Comércio de Material Óptico e Fotográfico do DF (Sindióptica)• Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria e Livraria do DF (Sindpel) • Sindicato dos Supermercados do DF (Sindsuper) • Sindicato do Comércio de Vendedores Ambulantes do DF (Sindvamb) • Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista) • Sindicato dos Fotógrafos e Cinegrafistas Profissionais Autônomos do DF (Sinfoc) • Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindloc) Sindicatos associados Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar) • Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis) Coordenador de Comunicação do Sistema Fecomércio-DF Diego Recena Revista Fecomércio Coordenação Editorial - Editora Meiaum Diretor Editorial - Hélio Doyle Editora-chefe - Anna Halley Editora-executiva - Paula Oliveira Editor Fecomércio - Diego Recena Editora Senac - Ana Paula Gontijo Editor SESC - Marcus César Alencar Repórteres - Ana Carolina Freitas, Andrea Ventura, Camila Vidal, Eldo Gomes, Elsânia Estácio, Fabíola Souza, Haland Guilarde, Luciana Corrêa, Mariana Fernandes e Sílvia Melo Revisora - Bianca Stucky Editor de Fotografia - Leonardo Arruda Projeto gráfico e diagramação - Gustavo Pinto Capa - Anderson Ribeiro Impressão - Editora Gráfica Ipiranga Tiragem - 60 mil exemplares Contato comercial - Joaquim Barroncas (61) 3328.8046 – [email protected] Ceilândia Li a reportagem “Vantagem ou desvantagem” na edição de junho e realmente é de ficar indignada com a instalação do Na Hora no Shopping Popular da Ceilândia. Não devemos bagunçar o que já está pronto. Fátima Venzi Empresária editorial Desestímulo ao setor produtivo U m dos maiores obstáculos ao desenvolvimento do setor produtivo é o peso da carga tributária. Pagamos ao Estado para produzir, para empregar, para vender, para comprar, para exportar, para importar. Ou seja, não conseguimos dar um passo sequer sem mexer em nosso caixa. Não conheço um empresário que não sue para fugir do título de inadimplente, facilmente conquistado com tantas cobranças e poucos estímulos. O peso da carga tributária no Brasil está em torno de 35% do Produto Interno Bruto. Em 2009, esse percentual era de aproximadamente 32%. Esse aumento desestimula o setor produtivo. E, pior, desestimula o País inteiro. Infelizmente, temos a maior carga entre os países da América Latina. Na classificação mundial também não ocupamos um lugar que nos orgulha. Se pelo menos víssemos o retorno de tanto dinheiro, poderia valer à pena. Mas é fácil perceber que os impostos não estão sendo bem aplicados. Em todo o País, a saúde pública é um caos, a rede de ensino tem problemas tanto de infraestrutura quanto de pessoal , da segurança nem se fala. Pagamos os impostos, mas precisamos pagar também planos de saúde e escola particular, gastamos nosso dinheiro para nos sentirmos seguros, e não temos o retorno desejável. O Brasil tem uma infraestrutura deficiente em termos de transportes, energia, comunicações, saneamento, entre outros aspectos, o que prejudica os investimentos privados e o desenvolvimento do país, bem como a qualidade de vida da população. Os contribuintes, tão estimulados pelo governo a consumir, acabam por pagar a conta de forma indireta. Os preços dos nossos produtos estão altos graças aos impostos embutidos. Além disso, a população também sente o que esse peso representa ao procurar emprego. Não conseguimos contratar o quanto gostaríamos e o quanto precisaríamos, por causa dos elevados encargos sobre as folhas de pagamento. Nossa capacidade produtiva é alta, mas está ociosa. A discussão sobre carga tributária não é simples. Esperamos ansiosamente por uma reforma que há anos não sai do mundo das ideias. Como esse tema é de interesse de todos os empresários, procuramos um especialista para nos esclarecer a visão do Estado sobre a questão tributária. O economista Cláudio Hamilton Matos dos Santos, do Ipea, nos explica a lógica de tantos impostos, sob o ponto de vista do Estado, e é importante que conheçamos este ponto de vista. A Fecomércio-DF acredita que a discussão franca, em um ambiente democrático, é a melhor alternativa para resolver os graves problemas do País. E as páginas de nossa revista são um bom lugar para isso. Paulo Negreiros Adelmir Santana Presidente do Sistema Fecomércio-DF • Federação • Instituto Fecomércio • Sesc • Senac //entrevista O lado bom dos impostos // Por Paula Oliveira A alta carga tributária nem sempre é prejudicial para o País, tem aspectos positivos e pode beneficiar os empresários. Quem defende essas teses na contramão do senso comum é o economista Cláudio Hamilton Matos dos Santos, diretor-adjunto de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea – o renomado Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, vinculado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Para ele, o governo já está desonerando as atividades produtivas e o consumo por si só não é capaz de provocar o desenvolvimento das forças produtivas. É, porém, necessário para incentivar os investimentos. 8 revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012 Leonardo Arruda Cláudio Hamilton Matos dos Santos Diretor-adjunto de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea revista FECOMÉRCIO JULHO 2012 9 Qual a porcentagem ideal da carga tributária sobre o PIB? Isso não existe. Nenhuma teoria diz qual é a carga ideal. Para responder a essa pergunta é preciso se questionar para onde vão os recursos arrecadados. Fica difícil responder. As pessoas têm preferências diferentes. Um cidadão mais pobre, por exemplo, que recebe ajuda do governo, se beneficia muito do aumento da carga tributária porque é ela que viabiliza essa transferência de renda. Quem se beneficia dos serviços públicos, também. Já a parcela sobre a qual o peso da tributação recai tem bons motivos para reclamar. Para ter uma resposta técnica seria preciso estabelecer uma hierarquia de quem precisa mais. Essa decisão acaba sendo tomada democraticamente nas eleições e, pelo que percebemos, há muito mais beneficiados do que prejudicados. O que tem acontecido há décadas é um processo de distribuição de renda liderado por transferências públicas, viabilizado pelo aumento da carga tributária, que tem transformado o Brasil. A parcela que não se beneficia seria a formada pelos empresários? É fato. Mas novamente é uma ques- O governo tem feito diversos movimentos com o objetivo de dar uma resposta para os que empregam mais 10 tão de grau. Muitas vezes os empresários reclamam porque são eles que recolhem os impostos, mas também se beneficiam diretamente com eles. Está certo que os setores são tratados de forma desigual. Só que esse dinheiro da tributação é repassado para a população por transferências públicas e isso provoca alta do poder aquisitivo. E isso aconteceu de fato. Houve inclusão de milhões de brasileiros no mercado de consumo nos últimos anos. Os empresários podem se beneficiar também se parte dos impostos forem investidos em infraestrutura econômica – rodovias, aeroportos etc. Se tivermos uma infraestrutura que funcione, para os empresários fica melhor. Mas é bastante compreensível a reclamação do setor produtivo. O governo tem feito diversos movimentos com o objetivo de dar uma resposta para os que empregam mais. Já estamos em um ambiente de desonerações tributárias para a atividade produtiva. A reclamação é de que a carga tributária tem subido cada vez mais. Temos tributos sobre folha de pagamento, importação, atividade produtiva, patrimônio e renda. A carga tributária tem subido fundamentalmente na tributação sobre a folha de pagamento e a renda – sobre o lucro. Quando você tem um movimento de criação de milhões de empregos formais, significa dizer que quem estava na informalidade agora precisa pagar impostos. O processo de formalização nos últimos anos cresceu muito e, juntamente com o aumento das importações, provocou a alta na arrecadação. Incentivar o consumo é uma medida emergencial eficaz em longo prazo? Em longo prazo, o que aumenta a capacidade produtiva é o investimento. Quando você consome um sorvete, ele deixa de existir, mas quando é uma casa, ela vai ficar contigo por mais tempo. Ou seja, o consumo por si só não é capaz de provocar o desenvolvimento das forças produtivas. Por que as pessoas investem? Porque precisam aumentar a capacidade produtiva para vender mais e não para deixar produto parado no estoque. Mas, se as pessoas não consomem, também não há incentivo ao investimento. As duas coisas estão interligadas. É natural que em momentos de crise, com os estoques altos, se estimule o consumo. Nos últimos oito anos, o governo tentou montar um modelo de crescimento com base na dinamização do mercado interno. O poder aquisitivo da população aumentou e, por conta disso, ela pode comprar mais e poupar mais. Esse consumo extra cria demanda para as empresas e aumenta a produção. O consumo pede investimento. A não ser que a economia esteja muito aquecida, vendendo tudo o que produz e não tenha mais condição. Isso provoca inflação. Mas se tem capacidade, como é o caso agora, faz sentido incentivar o consumo e também o investimento. São coisas complementares. Mas o que fazer com uma população cada vez mais endividada? No Brasil, em geral, as pessoas se endividam para comprar geladeira, carro e, às vezes, até uma calça jeans. Isso é comum por causa da inclusão de milhões de brasileiros no mercado de consumo. O endividamento até certo ponto é legal. Se as pessoas tivessem que comprar a TV de plasma à vista, provavelmente não comprariam. Mas o crédito está facilitado e isso viabiliza essa inclusão, o aumento da demanda para os empresários, os lucros positivos – evidenciados pelo aumento dos impostos, porque a alíquota é a mesma há muito tempo. É reflexo de um desenvolvimento que está dando certo. Os empresários têm, com isso, incentivos para investir mais. Uma parte do aumento do endividamento é positiva. O que não revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012 queremos é que o cidadão fique afogado em dívidas. De fato, as famílias estão mais endividadas, mas isso aconteceu por dois motivos. O primeiro porque no final de 2010 o Banco Central do Brasil tomou medidas macroprudenciais para dificultar o acesso ao crédito e, assim, desaquecer a economia – aumentando as taxas de juros e reduzindo os prazos. Nesse período, a inflação estava em alta e o PIB havia crescido 7,5%, o maior em muitos anos. A situação mudou muito rapidamente e hoje a economia está praticamente estagnada e as empresas estão com grande capacidade produtiva ociosa. Isso é ruim porque faltam empregos. O BC passou, então, a fazer movimento inverso, o de reduzir as taxas de juros, para estimular novamente o consumo e, consequentemente, ajudar os endividados. O segundo motivo é que existem os que se endividam para comprar casas. O que também não é ruim. Temos órgãos de fiscalização bastante competentes. Se o cidadão não paga uma dívida, é enquadrado. As pessoas se preocupam muito com isso. O que se percebe é que o brasileiro lida bem com o crédito. Qual a influência da crise internacional no baixo desempenho do PIB? Estamos menos fortes do que em 2008? A economia cresceu em 2008 e o PIB diminuiu em 2009. Então, sofremos com a crise financeira nos EUA também. E agora novamente com a da Europa, que não é tão forte. Não houve, por exemplo, a falência de um banco europeu. Mas há uma sequência de más notícias que desanimam o mercado. Ou seja, uma parcela importante da economia mundial tem a perspectiva de passar por um período ruim, cada vez pior. Isso nos afeta porque várias das empresas em crise estão no Brasil também. E também porque tem muito dinheiro de fora no País e, assim, o real revista FECOMÉRCIO JULHO 2012 se desvaloriza. Isso acontece porque o investidor estrangeiro vem aqui e compra ações da Petrobras, por exemplo, e com uma crise financeira talvez ele comercialize as ações. Ele vende os ativos e compra dólar porque precisa de capital conversível e isso pressiona a taxa de câmbio. Em 2008, foi particular porque o setor público brasileiro não devia tanto dinheiro em dólar. Mas, se o real se desvaloriza muito, apenas algumas pessoas, empresas e bancos privados sentem. E, mesmo assim, o BC tem mais de 300 bilhões de dólares para Se o cidadão não paga uma dívida, é enquadrado. As pessoas se preocupam muito com isso segurar os financiamentos. O que acontece com frequência com essas crises internacionais é que estrangeiros que investiram aqui são obrigados a vender as ações por preço menor. Em 2008, a Bovespa estava em 72 mil pontos. Em dado momento, ela baixou para 29 mil pontos. Lógico que os brasileiros que tinham ações na bolsa de valores perderam com isso, mas não precisavam de dinheiro naquele momento e podiam esperar subir de novo. Agora, uma pessoa que está precisando de dinheiro tem que vender as ações de qualquer maneira. Então, quem perde são aqueles que precisam de liquidez em moeda internacional. Outra coisa, milhões de brasileiros estão inseridos na rede de proteção social e recebem os benefícios do governo de qualquer maneira e isso assegura de certa forma a movimentação do mercado. Essas flutuações macroeconômicas não têm impactado a vida da população em geral. É uma conquista participar de uma sociedade em que as pessoas não dependem tanto das flutuações econômicas. Optamos por criar essas redes de proteção e decidimos pagar por isso, com os tributos. O investimento externo dos países em desenvolvimento tem crescido enquanto países mais ricos passam por crises. O que está acontecendo? Há a tese de descolamento. Os países desenvolvidos estão com crescimento baixo e, os em desenvolvimento, alto. Isso acontece por vários motivos. O primeiro é que a China continua crescendo e boa parte dessa dinâmica tem a ver com a lógica das commodities. O aumento do consumo faz com que os preços subam e os das empresas também. Temos recursos naturais fartos e produção agrícola forte. Com a subida da China, os preços aumentaram e o mercado percebeu que podia investir mais porque tinham que atender à demanda mundial, além da local. Quando aumenta o lucro, o setor produtivo investe mais, aumenta a capacidade produtiva, emprega mais gente e provoca o crescimento econômico. Mas, para crescer, é preciso ter divisas para importar máquinas e equipamentos e, assim, conseguir atender à demanda externa. Quando os países centrais desaceleram, provocam o aumento da liquidez internacional e a facilitação em conseguir divisas. Quando você tem taxa de juros mundial baixa e liquidez internacional, tem acesso facilitado ao mercado externo. O que houve foi uma conjunção de fatores. 11 economia o h l ato o e r t D ex no e ilard u G land r Ha o P // vem s e d es rança s t n a rci cob rejuízo e s m à Co ntos itar p r ate para ev a c fi rias á c ban S empre que uma pessoa física abre uma empresa e começa a responder como jurídica são necessários alguns cuidados para que o negócio vá em frente. Uma atitude a ser tomada é a abertura de conta bancária, com a finalidade de manter as finanças bem organizadas. É bem verdade que ao abrir um comércio, o empresário, por diversas vezes, não se atenta ao fato de observar as taxas que os bancos cobram para a manutenção de contas. Porém, mesmo que o comer- 12 ciante seja conhecedor de todos os tributos que vai pagar, é necessária fiscalização constante, uma vez que algumas agências bancárias costumam exagerar nas cobranças absurdas. O que é pior, sem oferecer nenhuma explicação mais detalhada para que o cliente fique ciente do que está sendo “obrigado” a pagar. O termo tarifa evidencia uma prestação de serviço. As instituições bancárias também são prestadoras de serviços e assim são enquadradas pelo Código de Defesa do Consumirevista FECOMÉRCIO | JULHO 2012 dor. Portanto, respondem pelo fornecimento de seus serviços da mesma forma como qualquer outro estabelecimento comercial, inclusive sendo responsáveis por valores abusivos. Entre os serviços oferecidos pelos bancos, pode-se destacar a oferta de crédito, a facilitação de serviços de cobrança, arrecadação e pagamentos das empresas, indivíduos e entidades públicas, além receita por administrar recursos de terceiros. A manutenção de uma estrutura que comporte a movimentação de todos esses serviços envolve, além de mão de obra qualificada, o investimento em tecnologia, telecomunicação, logística de transporte e rede de agências. Essa amplitude requer orçamento hábil e, para tanto, emerge a figura das tarifas que nada mais são do que o pagamento pela utilização e, em determinadas situações, pela mera disponibilidade de serviços contratados. Mas, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, o desrespeito aos usuários do sistema financeiro é flagrante em três aspectos: nos altos preços das tarifas, no tempo perdido nas filas e na discriminação aos cidadãos de menor poder aquisitivo. Porém, o consumidor dos serviços bancários pode, e deve, se defender desses abusos. O aparato legal para isso está no artigo 3º, parágrafo 2°, que identifica os serviços bancários como relação de consumo. Portanto, o empresário está amparado pela lei. O empresário Francisco Silva garante que deixou de utilizar sua conta bancária por causa das altas revista FECOMÉRCIO JULHO 2012 taxas cobradas pelo banco. “Prefiro cuidar do meu dinheiro por mim mesmo”, diz. Ele simplesmente parou de movimentar a conta. Em três anos de inoperância, a instituição financeira continuou cobrando as taxas de manutenção sem que Silva fosse informado. O resultado é uma dívida de R$ 1,6 mil. “Eu não sabia da cobrança, ou seja, nem comunicação eles fazem direito, deixam virar uma bola de neve para receberem mais dinheiro”, relata. Já o empresário Ricardo Maia jamais se preocupou em avaliar seus extratos bancários. O comerciante confessa ter conta em três bancos diferentes, mas nunca fez uma comparação. Ele está no ramo há aproximadamente 15 anos. “Eu não me preocupo muito com isso, mas, a partir de agora, sabendo que os bancos cobram taxas diferentes, vou passar a avaliar e escolher a melhor opção para o meu comércio”, diz Maia. Já para Marcelo Trindade o importante é observar constantemente o extrato bancário. Ele lembra que certa vez notou que estava sendo lesado pelas altas taxas que lhe eram impostas. Resolveu mudar de banco, mas o problema persistiu. A diferença é que o abuso não vinha da mesma modalidade de cobrança, mas haviam outros meios de iludir o correntista. “A partir do momento em que percebi cobranças indevidas, comecei a acompanhar mais atentamente meus extratos, consulto constantemente meu gerente e um contador”, afirma Trindade. As questões de tarifas bancárias são reguladas pelo Banco Central e pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). De acordo com o contador Antônio Albuquerque, existe a regulação, mas não há fiscalização rigorosa por parte desses órgãos. Ele diz ainda que, além das taxas, existem os impostos, que por si já são absurdos. “Estamos lidando com a questão da baixa nos juros, mas em compensação os bancos elevaram suas taxas, acaba ficando na mesma”, avalia Albuquerque. O professor de finanças públicas da Universidade de Brasília Roberto Piscitelli esclarece que, mesmo que o Banco Central e a Febraban tentem fiscalizar mais de perto essas cobranças de tarifa, é necessário que o empresário faça um acompanhamento rígido em seus extratos. “O ideal é que se faça uma análise pelo menos de 15 em 15 dias. Se a empresa tiver arrecadação maior, e com movimentação diária, esse controle deve ser ainda mais constante”, alerta. Roberto Piscitelli afirma ser complicado analisar situações de cobranças abusivas, pois cada banco tem sua tabela, além de taxas específicas de acordo com o padrão da instituição. Mas ele lembra que a agência tem a obrigação de fixar os valores em local visível, para ciência do consumidor. Além disso, sempre que um comerciante quiser um esclarecimento, deve haver um funcionário apto para atendê-lo. “Todos têm direito de cobrar explicação sobre sua conta bancária, principalmente um comerciante, pois sua movimentação geralmente é constante”, enfatiza o professor. 13 legislação Leonardo Arruda Facilidade Rilson Raposo, da Fábrica de Ideias, não vê dificuldade em solicitar o documento para estar apto a concorrer Agora é lei // Por Camila Vidal Nova regra exige certidão negativa de débitos trabalhistas de empresas interessadas em participar de licitações públicas L evantamento do Tribunal Superior do Trabalho (TST) divulgado em junho aponta que ao menos 1 milhão de empregadores não pagam dívidas trabalhistas, mesmo após terem sido condenados pela Justiça. No DF, cerca de 24 mil empresas são apontadas como devedoras e aumentam a lista de pessoas físicas e jurídicas em falta 14 com as obrigações impostas pela Consolidação das Leis do Trabalho. Como forma de dar segurança ao órgão contratante desde abril vigora a obrigatoriedade da emissão da Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT) para toda e qualquer empresa interessada em participar de licitação pública. A prova de inexistência de débirevista FECOMÉRCIO | JULHO 2012 tos trabalhistas, como estabelece a Lei 12.440/2011, é expedida gratuita e eletronicamente na página da internet do TST. Pela legislação, a empresa não tem direito ao nada-consta quando houver inadimplência de obrigações estabelecidas em sentença condenatória transitada em julgado proferida pela Justiça do Trabalho ou em acordos judiciais trabalhistas, como a falta de contriuição previdenciária ou a falta de pagamentos a honorários e recolhimentos determinados em lei. O caráter punitivo da legislação, no entanto, entra em vigor apenas em último caso, quando não há mais espaço para recurso ou negociação. A validade é de 180 dias, a contar pelo revista FECOMÉRCIO JULHO 2012 primeiro dia da emissão da Certidão Positiva de Débitos Trabalhistas (CPDT), que indica a existência de pendências trabalhistas e fiscais em nome de empresas e também de pessoas físicas que queiram disputar licitação. A outra modalidade possível e prevista por lei é a certidão positiva com efeito de negativa, dada quando o devedor, intimado para o cumprimento da obrigação em execução definitiva, garantir o juízo com depósito, por meio da quitação da dívida ou de penhora de bens suficientes ou maior que o total do débito ou, em último caso, se tiver em seu favor decisão judicial que suspenda a exigibilidade do crédito. O advogado trabalhista e sócio da Galvão & Candido Advogados Rodolfo Rodrigues Galvão acredita que a legislação veio para proteger a administração pública na contratação das empresas terceirizadas. “Em muitos casos, após o encerramento da prestação de serviço, é preciso rescindir o contrato com vários funcionários ao mesmo tempo e é nesse momento que muitas empresas não superam financeiramente essa carga, o que acarreta irregularidades trabalhistas”, argumenta. Para expedição da CNDT foi instituído o Banco Nacional de Devedores Trabalhistas (BNDT), centralizado no Tribunal Superior do Trabalho, a partir de informações remetidas por todos os 24 tribunais regionais do trabalho do País. Ao comparar os números levantados pelo TRT 10ª Região – responsável pelas ações trabalhistas do DF e do Tocantins – com o restante do País a média de devedores ativos no banco em atuação na capital federal é considerada baixa. Levantamento divulgado na primeira quinzena de junho mostra que, guardadas as devidas proporções, enquanto DF e Tocantins, conjuntamente, têm 23.725 casos de devedores, Goiás tem 26.775 empresas e pessoas físicas em débito com a Justiça Trabalhista. São Paulo lidera o ranking de devedores, com mais de 200 mil empresários em débito com funcionários ativos e inativos. De acordo com o juiz da 6ª Vara de Trabalho do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região e gestor regional da Semana Nacional de Execução Trabalhista Antônio Umberto Souza, a legislação alcança todo tipo de empresa, pois a lógica da certidão é a mesma do sistema de Centralização dos Serviços Bancários S/A e do Serviço de Proteção ao Crédito. “Antigamente a empresa podia dever na Justiça do Trabalho e continuar agindo sem restrição”, explica. O crescimento na participação de empresas de pequeno porte em concorrência de licitação pública fez com que o Sebrae criasse a Gerência de Políticas Públicas e Desenvolvimento Territorial, para fomentar a inclusão dessa parcela empresarial nas contas governamentais. As melhorias nas condições de participação das empresas atendidas pelo Simples Nacional motivaram o empresário Rilson Raposo, sócio e diretor de novos negócios da Fábrica de Ideias, a ampliar a atuação no setor público por meio de licitações. Atualmente, a empresa de clipping e monitoramento e análise das redes sociais tem contratos ativos com 15 setores da iniciativa pública, integrante da lista de 170 clientes da agência, com sede em Brasília e filiais em São Paulo e no Rio de Janeiro, e empregadora de 63 funcionários. Apesar de ainda não ter precisado emitir a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas, por não ter concorrido a licitações públicas em 2012, Raposo é favorável à nova regra e destaca o fácil acesso ao documento. “Concordo com a legislação, pois as empresas que pagam em dia as obrigações trabalhistas não precisam se preocupar em ter um certificado que é emitido pela internet”, explica. 15 serviço Espaços para eventos // Por Sílvia Melo Quatro unidades do Senac-DF alugam seus auditórios totalmente equipados E mpresas que precisam de espaços para a realização de palestras, reuniões, debates, seminários, conferências, congressos, mostras e exposições podem contar com os auditórios de quatro unidades do Senac-DF. A instituição oferece o serviço de locação de espaço físico para a realização de eventos de qualquer empresa nas unidades da 903 Sul, do Gama, de Ceilândia e do Setor Comercial Sul. Para ter acesso e reservar o dia, basta entrar em contato com a unidade responsável. Os auditórios são confortáveis e equipados com recursos tecnológicos. As salas comportam de 65 a 245 pessoas. O Senac faz a emissão de nota fiscal, sendo que o pagamento deve ser realizado na própria unidade. Além disso, é assinado um contrato de locação de espaço físico e equipamentos em que constam as obrigações do locador e do locatário. No auditório do Senac 903 Sul são 215 cadeiras fixas, com espaço para mais 30 móveis. O locatário tem a opção de utilizar o foyer para coquetéis, coffee breaks, exposição de produtos e recepções diversas. O preço do aluguel da primeira hora é R$ 350 e das horas subsequentes é R$ 250. Quando o cliente aluga a sala por dois períodos consecutivos (manhã e tarde ou tarde e noite), há desconto de 20%, totalizando R$ 1.680. Além da entrada exclusiva, o auditório tem palco; púlpito com microfone; mobiliário específico para composição de mesa (poltronas e mesas); bebedouro; projetor multimídia; tela de projeção eletrônica; flipshart; serviço de som completo; microfones sem fio e com fio; computador; internet sem fio; espaço atrás do palco para armazenamento de materiais; banheiros exclusivos; ar-condicionado canalizado; e estrutura com acessibilidade para pessoas com deficiência. No Gama, o auditório tem capacidade para cem pessoas. A primeira hora de aluguel custa R$ 200 e as subsequentes saem por R$ 150. A unidade também oferece desconto de 20% caso o cliente alugue por dois períodos consecutivos, totalizando Unidade do Senac Telefones Capacidade do auditório Valor (1ª hora) 903 Sul (61) 3217.8801 (61) 3217.8802 215 pessoas R$ 350 Gama (61) 3385.3411 100 pessoas R$ 200 Ceilândia (61) 3373.3646 (61) 3373.3648 70 pessoas R$ 100 Jessé Freire (SCS) (61) 3226.5235 (61) 3223.9188 65 pessoas R$ 150 16 R$ 1 mil. O auditório do Senac Gama tem entrada exclusiva; cadeiras para obesos; palco; púlpito com microfone específico; mobiliários para composição de mesa; bebedouro; projetor multimídia; tela de projeção eletrônica; flipshart; serviço de som completo; microfones sem fio e com fio; computador; banheiros exclusivos; e acesso para pessoas com deficiência. O auditório do Senac Ceilândia tem espaço para 70 pessoas sentadas; palco; púlpito; projetor multimídia; tela de projeção eletrônica; flipshart; serviço de som completo; microfones sem fio e com fio; computador; ar-condicionado; e acesso especial para pessoas com deficiência. A primeira hora de aluguel custa R$ 100 e as subsequentes ficam por R$ 90. Na unidade do Senac do Setor Comercial Sul (Jessé Freire) o auditório tem 65 cadeiras fixas com prancheta retrátil; quatro cadeiras tipo presidente; amplificador de som; datashow; ar-condicionado; computador; tela de projeção; microfone com fio; púlpito; sala para coffee break e outros eventos; flipshart; e quadro branco. O valor do aluguel é R$ 150 por hora. @senacdf /senacdistritofederal revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012 //empresário do mês Dedicação e competência // Por Elsânia Estácio Prazer e profissionalismo são as ferramentas utilizadas por Vera Caixeta para manter o restaurante há mais de 20 anos M ineira, mãe de dois filhos e proprietária do Restaurante e Café Made In Brazil há 23 anos, Vera Caixeta começou sua vida de empresária aos 28, quando abriu uma lanchonete. Ela e a sócia vendiam café espresso e pão de queijo no edifício Palácio do Rádio II, no Setor de Rádio e TV Sul. “Quando abríamos a loja pela manhã era muito engraçado, pois já tinha um monte de gente esperando os nossos famosos pães de queijo e húngaro, este feito com canela”, lembra. O cheiro se espalhava pelos prédios vizinhos e o sucesso estava feito. Na época, no fim da década de 1980, o café de Vera era o único nas redondezas. O começo, como o de todos os empresários, foi difícil, mas ela teve paciência e foi persistente. “Tinha certeza de que estava investindo em um futuro melhor e que um dia a gente conseguiria se estabelecer no mercado”, conta. Poucos anos depois, sua perspectiva de retorno viria e seu negócio passou por várias transformações. Vera expandiu a empresa e a lanchonete ganhou um vizinho: um restaurante self-service, o Made in Brazil. “No início, eu tinha uma sócia, trabalhamos juntas por 7 anos, mas desfizemos a sociedade e eu decidi tocar as lojas sozinha”, diz. O espírito empreendedor de Vera não a deixa estagnar e ela já pensa em abrir franquias do restaurante. “Made In revista FECOMÉRCIO JULHO 2012 Brazil é tradição há 23 anos e é um empresa sobrevive a tantos plaaprendizado muito importante para nos econômicos, como o restauos pequenos empreendedores que rante e a lanchonete, ela é vitoestão começando”, acredita. riosa. “Já enfrentamos inflação de O nome estrangeiro foi esco50% ao mês. Tínhamos que pegar lhido para reforçar a brasilidade o dinheiro no caixa e correr para da marca e para dar um selo simcomprar arroz porque no dia sebólico de qualidade aos produtos guinte o preço era outro”, lembra. vendidos por Vera. “Apesar da rePersistência e flexibilidade. É sistência pelo fato de o nome ser assim que a mineira Vera Caixeta inglês, o Made In Brazil passou a mantém a sua empresa há mais de ser pra mim uma marca de refeduas décadas. É preciso se adaptar rência, qualidade e responsabilidaàs mudanças necessárias e focar de em relação ao nosso trabalho, profundamente na questão da qualivalorizando o melhor da culinária dade do atendimento. “Eu tenho uma dos cardápios brasileiros”, explica. equipe que reza antes de trabalhar, Vera não teve dificuldades para meus funcionários sabem que eles lidar com o mundo dos negócios. são importantes e estão felizes traEla entrou para o setor de alibalhando aqui”, acredita. mentação por cauJoel Rodrigues sa da necessidade íntima de servir, nutrir e alimentar as pessoas. Ela é figura constante no restaurante e não abre mão de acompanhar tudo de perto. “Posso dizer que, por um período, eu trabalhei de graça para manter a empresa viva. As dificuldades Dobradinha estão sempre preVera Caixeta comanda há 23 sentes, você precianos um café e um sa resolvê-las”, diz. restaurante no Setor de Rádio e TV Sul Para ela, a partir do momento que uma 17 A A A A tecnologia A A A Cuidado com o A mais barato A //Por Fabíola Souza Programas piratas podem custar menos no início, mas, com eles, os computadores da sua empresa correm sério risco de serem infectados por vírus embutidos A A A A A A A A s modernas tecnologias de informação e de comunicação permitem melhorar a qualidade de vários aspectos do negócio. A agilidade e o poder de resposta são as novas regras no ambiente empresarial atual, facultadas pela tecnologia. Entretanto, é preciso ter cuidado na hora de comprar programas de instalação e ao contratar uma pessoa para fazer a manutenção das máquinas. O presidente do Sindicato das Empresas de Serviços de Informática do DF (Sindesei-DF), Charles Dickens, alerta os empresários sobre os riscos de se adquirir um produto falsificado, como o antivírus ou mesmo o Pacote Office – que consiste em editor de textos (Word), planilhas (Excel) e apresentações (Power Point). Ele lembra também que a compra de produtos não originais é uma prática ilegal, pois é contrária à leA A gislação brasileira, em especial à lei 9.609. Quem utiliza software pirata corre sérios riscos de usar programas modificados que tenham vírus embutidos, por exemplo. “Esse tipo de produto não tem garantia de qualidade”, afirma Dickens. Outro ponto importante é que as multas por usar esse tipo de mercadoria podem chegar até 2 mil vezes o valor original do produto. Dickens diz ainda que o vírus mais comum que ataca os computadores é denominado de Trojans ou cavalos de Troia. Segundo ele, inicialmente, esses espiões permitem que o micro infectado possa receber comandos externos sem o conhecimento do usuário. Dessa forma, o invasor poderia ler, copiar, apagar e alterar dados do sistema. “Normalmente esse vírus é usado para procurar e roubar dados confidenciais do usuário, principalmente senhas bancárias”, afirma. A A A A A A A A A A A A A A A da CTIS, Felipe Pereira da Silva, afirma que garantir a proteção do negócio é uma grande preocupação tecnológica hoje em dia. Silva diz que diversas operações são executadas por meio de computadores, sobretudo as financeiras, que exigem um nível de proteção adequado para garantir que os bens financeiros do negócio não sejam fraudados. “O nível de segurança adequado depende da criticidade de cada negócio, mas o antivírus é um elemento básico, essencial e indispensável em qualquer ambiente computacional.” Ele ressalta a importância de manter os programas sempre atualizado, pois novos vírus surgem a todo momento. Silva acredita que a terceirização de um profissional na área de manutenção é relativa. Às vezes, é melhor ter uma pessoa contratada pela empresa para cuidar da área tecnológica. Segundo ele, o fator determinante é o nível de qualidade e de disponibilidade do serviço que o negócio exige e o comparativo do custo da terceirização com utilização dos recursos internos. “Quando analisamos esse processo, observamos que não estamos falando apenas de técnicos para dar manutenção. É necessário um gestor capaz de receber e interpretar as prioridades para o atendimento dos chamados, contatos e parcerias com fornecedores de peças e programas”, aponta. A diretora franqueada da escola de inglês Wizard do Paranoá e da Vila Planalto, Maria Amélia Franco, afirma que nunca passou por nenhum problema com vírus porque paga todo ano um programa de antivírus para proteger os 18 computadores que existem nas duas insituições de ensino. Para ela, essa medida é de extrema importância, pois isso garante a seguraça das informações das máquinas. “Sempre compro produto original, pois é melhor pagar um pouco mais caro em algo seguro e de qualidade do que ficar refém de hackers”, ressalta a empresária. O analista de sistemas Luiz Renato Feitosa trabalha há dois anos e meio no setor de tecnologia da Homer Center Cimfel, do SIA Sul. Para ele, o empresário precisa investir no segmento tecnológico, pois é um investimento que, se bem aplicado, aumenta consideravelmente as vendas do estabelecimento. Feitosa explica que o programa gerencial de vendas, estoque e financeiro é todo integrado na empresa onde trabalha e fica disponível para todos os setores. Ao todo, a loja possui 250 computadores e uma média de 500 funcionários. “O programa de estoque é fundamental para uma empresa que tem variedade grande de produtos. Se o estoque estiver negativo, o vendedor vai avisar imediantemente ao cliente que o produto está em falta e, assim, pedir reposição de mercadoria para o departamento responsável. É tudo mais rápido e prático, além de evitar aborrecimentos”, aponta o analista de sistemas. Feitosa comenta que o investimento em equipamentos tecnológicos e softwares é alto, porém necessário. “É uma questão de custo benefício. Hoje o mundo está muito rápido, é necessário economizar tempo nos negócios, e a tecnologia proporciona essa economia”, diz. O gerente da assessoria de segurança do departamento de infraestrutura de tecnologia corporativa A A A A A A A A A A A A A P A iii A a js prvkdn a á piiiiiiii édjdji va.jdls sljfj kf f pessoa fksjskc ck cui tecnológica. S A ermin aá A P A A iii A A A A ego ele, o fator A a A A s js prvkdn A A tes tes te tecnológica. S ero Cíc A A A A A A A A A A A egundo A A e Lop dar da A A A um piiiiiiii édjdji va.jdls sljfj kf f A A dar da área um pessoa fksjskc ck cui ele A A Joel Rodrigues interatividade r, não o v a f tão Por a d i om faça c para eu sa gosto gordar. n não e O bom e velho bilhetinho Por Fabíola Souza A prática vai contra as novas tecnologias, mas manter uma caixinha de comunicação com o cliente rende pelo menos boas histórias Q uem nunca ouviu falar da velha caixa de sugestões? É um método utilizado há anos para aproximar a empresa e o cliente. Sem necessidade de apresentações ou mesmo de contato direto, esse 20 procedimento é utilizado em diversos segmentos do comércio de bens e serviços. Principalmente naqueles que comercializam alimentação como lanchonetes e restaurantes. Renato de Sousa Almeida, prorevista FECOMÉRCIO | JULHO 2012 Não tanta coloque na c pimenta omid a! prietário do restaurante Brasileirinho, no Setor Comercial Sul, não abre mão da caixinha de sugestões por nenhuma tecnologia. O estabelecimento existe há um ano e meio e sempre usou esse método de comunicação. De acordo com ele, dessa forma ele sempre tem um feedback dos consumidores. “Normalmente eu vejo o comércio como uma vela ao vento, porque é o cliente que conduz o serviço do restaurante”, afirma. Almeida diz que todas as sugestões, reclamações ou mesmo elogios são apresentados para toda a equipe de servidores em reunião. Para ele, os funcionários devem participar dos acontecimentos do estabelecimento. Os recados deixados na caixa variam de sugestões de pratos a serem incluídos no cardápio, até elogios ao tempero da comida e mesmo críticas ao tamanho do estabelecimento. O empresário conta que já teve gente que escreveu pedindo para ele não aumentar o preço do prato, outros pedem para o chef maneirar na pimenta. “Teve um que foi muito engraçado. Uma moça que pediu para eu não fazer uma comida tão gostosa porque senão ela iria engordar”, comenta. Outra sugestão colocada na caixa foi para que Almeida estipulasse revista FECOMÉRCIO JULHO 2012 multa para quem desperdiçasse comida. Como o restaurante cobra um valor único por pessoa, alguns colocam muita comida e acabam deixando no prato. “Realmente o desperdício de comida é algo muito triste. Então, depois da sugestão, resolvi colocar uma placa avisando que tem uma taxa de R$ 2 para quem não comer tudo.” Há quatro anos, o quiosque do Sushi Loko do shopping Deck Norte, no Lago Norte, mantém esse canal de comunicação para medir a satisfação do cliente pelos serviços do restaurante. Segundo o sushiman-chefe, Matheus Roque, os recados mais comuns que os consumidores deixam são sobre a agilidade da entrega de pratos. “Nós demoramos uma média de três minutos para servir a pessoa na mesa, mas em horários de pico demora um pouco mais e os clientes se irritam”, afirma. Para Roque, o cliente expõe a opinião com o objetivo de ser atendido, por isso a importância de se ter um elo formal com o consumidor. Segundo ele, as pessoas gostam de se sentir especiais e quando veem que o estabelecimento põe em prática as sugestões oferecidas por elas, acabam frequentando o lugar com mais assiduidade. “A gente consegue fidelizar o cliente assim”, aponta o sushiman. “É o cliente que conduz o serviço do estabelecimento” Renato Almeida Brasileirinho Restaurante 21 O professor de marketing do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade de Brasília (UnB), Rafael Barreiros Porto, diz que as novas tecnologias estão tomando o lugar das caixinhas. “Com o advento do Sistema de Atendimento ao Consumidor e outras formas de comunicação como o e-mail, as pessoas acham mais fácil manifestar suas opiniões de forma virtual, pois não tem aquele constrangimento do cara a cara”, completa o professor. Mas, pondera, não importa qual é a forma, o estabelecimento deve se estruturar para oferecer algum tipo de ligação direta com o consumidor, seja por caixa de sugestão no local, pela internet ou mesmo por telefone. Ainda assim há quem prefira se manifestar por meio do computador. A gerente da Mormaii do Pátio Brasil, Mayara Bonito, afirma que a loja criou a Central de Relacionamento Mormaii (CRM) pela internet para ter um canal de comunicação com os clientes. Segundo ela, os consumidores não costumam deixar nada escrito na própria loja, preferem a internet. “Em todas as etiquetas dos nossos produtos está o mece o c e u q Sugiro ulta m r a r b o ac que s a o s s das pe ida. m o c m iça desperd absurdo. m Isso é u Já o sócio do restaurante Sinhá Moça, na 209 Norte, João José Costa Corrêa, afirma que não sente necessidade de implementar a caixa de sugestões no estabelecimento. Segundo ele, o comércio funciona há três anos e meio e os clientes conversam pessoalmente com ele e com a esposa sobre alguma opinião a respeito do restaurante. “Passam em torno de cem pessoas diariamente aqui e nós conhecemos a maioria pelo nome”, comenta Corrêa. O empresário conta que uma vez aconteceu uma história pitoresca. Uma moça começou a reclamar em voz alta que havia bicho na salada e que não queria mais o prato. Sem graça, ele foi verificar o que havia acontecido e constatou que não se tratava de nenhum animal, apenas de um broto de feijão que caiu sem querer no meio das folhas verdes. “Foi um misto de alegria com alívio. Ainda bem que tudo se resolveu sem grandes transtornos”, lembra. 22 nosso endereço eletrônico, além de um telefone de contato”, informa a gerente. Segundo ela, os comentários enviados por meio da CRM são encaminhados direto para o proprietário da loja. As lojas Renner resolveram inovar nesse segmento, juntando a tecnologia atual com a velha caixinha. Segundo a assessoria da loja, não basta satisfazer as necessidades de relacionamento do seu público, é preciso antecipar-se às expectativas dos clientes e buscar encantá-los. Com esse objetivo, o principal instrumento usado para medir a satisfação dos clientes na loja é o Encantômetro, painel posicionado na saída das lojas que convida o consumidor a opinar sobre a experiência de compra, em três níveis: muito satisfeito, satisfeito e insatisfeito. Colocado propositadamente na saída, permite o registro imediato após a experiência na Renner. Caso a opção escolhida seja a terceira, um colaborador oferece uma ficha ao cliente para que ele possa detalhar sua opinião e explicar o motivo da insatisfação. A Renner acredita na importância de ter um retorno instantâneo do cliente logo após a compra, pois é a hora que ele vai expor uma opinião sincera sobre o serviço. Até o fim de 2011 a companhia já contava com mais de 556 mil histórias registradas pelos seus colaboradores e 96% dos clientes disseram estar satisfeitos, entre mais de 22 milhões de opiniões coletadas nas lojas de todo o País no período de 15 anos. Ainda de acordo com a assessoria, a escolha pelo sistema deu-se pela interatividade e agilidade no processamento das informações. Pois, o mais importante na opinião da Renner é a rapidez na solução dos problemas. A comida é bo demora m a, mas uito para ser servid a. Invista em agilida de. revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012 //sindicatos Prazo prorrogado // Por Haland Guilarde Empresários têm até 1º de maio de 2013 para aderir ao Simples Candango O s feirantes, ambulantes, micro e pequenos empreendedores contam atualmente com o programa Simples Candango, uma forma de adequar o funcionamento de seus estabelecimentos às taxas exigidas pelo governo. Em tese, o projeto regulamenta o tratamento favorecido, diferenciado e simplificado quanto ao recolhimento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) para pequenos empresários no DF. Para o recolhimento de tal taxa, o feirante tem como obrigação uma tributação que varia de R$ 20 a R$ 100, paga aos órgãos competentes do governo. Em 9 de maio, a Câmara Legislativa aprovou, por unanimidade, a ampliação do prazo de adesão ao programa Simples Candango para 1° de maio de 2013. O PL 902/2012, de autoria do Poder Executivo, vai beneficiar micro e pequenos empresários, revista FECOMÉRCIO JULHO 2012 feirantes e ambulantes que ainda não migraram para o sistema de tributação. O fato agradou ao presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Feirantes do DF (Sindifeira-DF), Francisco Valdenir. “Estamos lutando para que se estabeleça de vez o Simples Candango, pois nem todos os feirantes terão condições de se adequar a outro sistema de tributação, por conta dos seus ganhos”, justifica. Segundo o presidente, existem feirantes, por exemplo, que além de não terem condições de pagar tributos de valores mais elevados, não terão como se adequar às normas e exigências de outros programas. Para ele, o Simples Candango tem que ser mantido como mais uma opção para o trabalhador individual. “Temos que ter opções, um feirante que tenha um faturamento X precisa ter o direito de saber onde o seu estabelecimento se enquadra. Com a obrigação de tributos, muitos terão que abaixar as portas, o que acarretará a volta às vias públicas”, reivindi- ca o presidente. Existem no DF cerca de 25 mil feirantes, dos quais aproximadamente 80% já aderiram ao sistema Simples Candango. Os demais estão cadastrados como empreendedores individuais ou microempresários. Ele calcula que até o prazo de adesão ao programa, haverá uma porcentagem ainda maior, podendo chegar até a totalidade. “Acredito que antes mesmo desse prazo limite, estaremos todos, ou quase todos, incluídos no programa Simples Candango.” O programa não foi revogado para aqueles que já eram optantes do regime (feirantes e ambulantes), mas terá validade até 30 de abril de 2013, conforme a Lei 4.834/2012. Após essa data, todas as inscrições serão baixadas automaticamente pela Secretaria de Estado de Fazenda. Quem não se regularizar, obtendo nova inscrição como empreendedor individual ou como empresa, não mais poderá exercer suas atividades como empresário. 23 Estilo Luciana Corrêa Certo Homens, tenham mais atenção com o visual É preciso saber se vestir adequadamente para não chamar a atenção de maneira negativa em ambientes profissionais. Andando pelas ruas de Brasília, percebo que os homens estão precisando de umas dicas de como ficar mais alinhados. Observei alguns visuais e pedi ao coordenador do curso de Design de Moda do Centro Universitário Iesb, Marco Antônio Vieira, para analisá-los. Marco Antônio explica que tudo depende da adequação da vestimenta e do tipo físico ao contexto profissional. Veja as dicas: A camisa para fora da calça pode denotar desleixo com as demandas mais formais do ambiente profissional. Um blazer cinza pede tons mais claros ou, em uma aposta mais ousada, laranja ou vermelho. Se a ideia é aparentar informalidade, até mesmo uma calça jeans com um bom cinto marrom, preferencialmente, e um par de sapatênis ou de mocassim marrom seria ótima escolha. Um homem de camisa de manga comprida branca, calça jeans e tênis vermelho e branco, como vi nas ruas, está totalmente inadequado. Ele poderia usar um mocassim para ficar um pouco menos informal. Cuidado com as camisas mais sociais: o tecido delas fica amarrotado mais facilmente. Elas precisam estar impecavelmente passadas. Se não, é melhor escolher outra peça para sair de casa. 24 Tome cuidado com os acessórios. Encontramos na rua uma pessoa com camisa social listrada, calça social listrada e sapatos pretos. O detalhe era uma pulseira preta no braço direito totalmente discordante do resto do visual. As listras da calça e da camisa devem seguir o mesmo esquema cromático para harmonizarem-se melhor. Adote as mesmas cores, ou seja, se há cinza em uma, deve haver cinza na outra peça ou cores complementares. Para quem está fora de forma, cuidado com a camisa polo. O tecido marca o corpo, sobretudo quando é de cor clara. Escolha tecidos que evidenciem menos as gordurinhas. A calça jeans é permitida, quando o ambiente é mais informal, mas escolha modelos discretos e mais clássicos. revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012 [email protected] – www.facebook.com/estilocerto Joel Rodrigues Moda para cabelos Está com vontade de mudar o visual do seu cabelo? O inverno vai até setembro, mas você já pode começar a pensar nas tendências em cores, tamanhos e modelagens que serão usadas durante a virada do inverno para a primavera e até o verão. Conversei com a cabeleireira Mia Lisboa, do Studio de Beleza Vanité (201 Norte), e ela me passou várias dicas interessantes sobre o que podemos usar e como cuidar do cabelo. Anote as dicas: • Cores: “Para quem gosta de ser morena ou ruiva, os cabelos acobreados e castanhos estarão em alta. Para as loiras, platinado!” • Tamanhos: Ou longo ou curto. “Usaremos os dois extremos. De qualquer forma, fica lindo!” • Modelagem: Use e abuse do volume no seu cabelo. Cuidado com o tempo seco A partir deste mês até setembro, nós, brasilienses, já sabemos: hidratar é a ordem! A secura do ar vem com tudo e vai nos maltratar durante o trimestre. A nossa pele não pode ser esquecida de jeito nenhum. Para ajudar, a marca Mary Kay tem a linha Satin Body®, com três cosméticos especiais para cuidar do corpo todo, com creme esfoliante, gel e loção hidratante. A indicação é aplicar o creme, enxaguar e, em seguida, aplicar o gel, ambos durante o banho. Depois, hidrate com a loção. Não deixe de proteger a sua pele! revista FECOMÉRCIO JULHO 2012 “A tendência é usar os cachos desfiados com muito volume. Mesmo no liso, deixe volumoso”. • Cuidados: Não se esqueça de tratar dos fios. “As cores acobreadas e loiras são delicadas e, além da manutenção, precisam de produtos de qualidade, hidratação e restauração.” Novidade virtual O Brasil ganhou uma marca de moda exclusiva on-line: a Lets. É um portal com produtos próprios com as mais recentes tendências em moda mundial. A expectativa de investimento é de US$ 15 milhões no primeiro ano. O site é constantemente atualizado com novidades no mundo da moda, porém, adequado à realidade e ao estilo brasileiro. Para dar uma consultoria completa aos clientes, todos os produtos oferecidos vêm com descrição detalhada, dicas de conservação e combinações com looks completos e inspiradores. Conheça: www.uselets.com.br. 25 esporte Joel Rodrigues Mexa-se //Por Mariana Fernandes “Elegemos a corrida o nosso esporte. Só depende da gente, ao contrário do futebol” Valdenir Gomes de Jesus Diretor técnico do Supercei 26 Empresários estimulam funcionários a praticarem atividades físicas. Alguns viram atletas competitivos D epois do futebol, só mesmo a corrida. Levantamento recente elegeu a corrida de rua ou o famoso cooper o esporte que mais cresce no País. Os motivos que levam à prática são inúmeros, vão desde a estética até a preocupação com a saúde e a necessidade por melhoria na qualidade de vida. Sabendo disso, empresários e empresas passaram a investir em seus funcionários e em pequenos atletas da cidade. É o caso da rede de supermercados Supercei, que até este ano já ajudou mais de 30 atletas amadores e profissionais com o custeio de material esportivo, suprimento alimentar, pagamento de inscrições, alimentação e estadia para provas. Essa história de investimento no esporte do Supercei começou em 2003, quando o diretor técnico Valdenir Gomes de Jesus, e o diretor Hélio Palazzo começaram a praticar a atividade e a participar das provas de corrida de rua do DF. “Tudo começou com a gente mesmo. Tomamos gosto e elegemos a corrida o nosso esporte, sentíamos que só dependeria da gente, bem diferente do futebol que quando se perde uma partida sempre tem um culpado ou uma justificativa para a derrota”, conta Jesus. Para ele, a corrida de rua é um esporte muito diferente. Por ser individual, precisa de mais revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012 apoio para que se tenha mais incentivo. “Ao competir com outros atletas, descubro que posso muito mais, me supero a cada prova e a cada treino realizado, desejo isso a outros corredores de rua também.” Foi então que surgiu a ideia do apoio empresarial. Em 2008, foi criada a Equipe Profissional Supercei, formada por funcionários que tinham interesse no esporte e por atletas amadores. Foi também criada a Corrida do Coração, em 2005, que nasceu de uma conversa entre os diretores Palazzo e Jesus em um treino de rotina. Hoje o grupo Supercei organiza o evento que já chegou à 8ª edição, faz parte do calendário oficial das comemorações do aniversario de Ceilândia e é considerado um dos maiores eventos de atletismo do DF. “Ter nossa marca relacionada ao esporte, nos dá credibilidade e responsabilidade social perante a sociedade, além de dar a nossa parcela de contribuição na formação do cidadão do futuro”, explica Jesus. Outro empresário que leva o esporte muito a sério e investe no atletismo é o professor José Wilson Granjeiro, dono da escola de concursos públicos Gran Cursos. Granjeiro começou a investir em atletas em 2005, mesma época em que voltou a correr, uma paixão antiga. Criou, então, dois projetos: o Casa do Atleta e o Correndo para o Futuro. Um ligado ao outro. O Correndo para o Futuro apoia garotos de escolas públicas e os disciplina por meio do atletismo, com treinamento e filosofia esperevista FECOMÉRCIO JULHO 2012 cíficos. Crianças de 10 a 14 anos recebem lanches, cestas básicas, uniformes, palestras e orientações técnicas. “O Casa do Atleta trabalha com os que se destacam no Correndo para o Futuro e estão prontos para competir. São jovens que competem em 5, 10, 21 e 42 quilômetros. Tem os mais velozes e os mais resistentes que correm meia maratona e maratona, por isso são divididos em categorias”, pontua Granjeiro. Ambos projetos ajudam com tudo que um atleta precisa para poder prosperar. Auxílio financeiro, bolsa de estudo, tênis, uniforme, inscrição das provas, alimentação, viagem, hospedagem. Além disso, tem plano de saúde, tratamento dentário, exames e fisioterapia. Funcionários e professores que se apaixonaram pela corrida graças à iniciativa do professor Granjeiro participam anualmente da Mini Maratona Gran Cursos, prova realizada pela empresa. “São cerca de 2,5 mil atletas correndo com os pais, professores, colaboradores, diretores, parceiros. Muitos dos meus funcionários eu trouxe porque eram atletas e eles continuam atletas, só que trabalham para mim, com carteira assinada”, conta orgulhoso. “Também já aconteceu o contrário. Tenho vários professores hoje que correm com a minha marca, que se inspiraram no meu exemplo e passaram a correr. Eu gosto de correr com eles, de treinar com eles, de participar do dia a dia. Na minha prova, para os professores mais bem classificados, eu dou prêmios em dinheiro, fora a medalha”, destaca. Para a escola de concurso públicos tem tudo a ver aliar sua marca à atividade física, uma vez que em ambos precisa-se de disciplina, rotina, dedicação e o alcance ao sucesso é o principal objetivo. O Programa Viva Bem, da Caixa Seguros, é outro projeto empresarial que trabalha o estímulo da atividade física aos seus funcionários. Foi criado com a intenção de reduzir o índice de sinistralidade do plano de saúde e funciona oferecendo reembolso de 70% do valor das inscrições nas provas de corridas que fazem parte do calendário anual da Caixa Econômica. Além disso, oferece o custeamento da hospedagem e do transporte para os funcionários de fora. “Os dez melhores no programa ganham a oportunidade de viajar com o nosso apoio para participar da Meia Maratona do Rio de Janeiro”, explica Maria Cláudia Garrido, responsável pelo programa. Mas não é só para o atletismo que o programa é voltado: oferece também reembolso para qualquer modalidade física à escolha do funcionário. “Temos convênio com duas academias, parceria com o vigilantes do peso, programa antitabagismo, serviço médico com pronto atendimento ambulatorial, psicólogo, nutricionista e odontologista.” Atualmente participam do Programa cerca de 700 colaboradores. “O importante é promover o esporte e oferecer qualidade de vida aos nossos funcionários, para que se sintam felizes com o trabalho e nos ajudem a crescer como empresa”, diz Maria Cláudia. 27 educação Semana poética Joel Rodrigues Sesc-DF incentiva a leitura nas crianças por meio de feiras literárias “A leitura, além de ser uma fonte inesgotável de conhecimento, é um dos elementos mais importantes na construção da cidadania. A leitura tem o poder de mudar a realidade do indivíduo, de fazê-lo crescer como pessoa e dá a ele a oportunidade de mudar sua própria realidade”, é o que diz a coordenadora de Educação do Sesc-DF, Roselita de Sousa Sales. E foi pensando assim que o EduSesc criou Feiras Literárias, um projeto que desde 2009 é desenvolvido em todas as unidades educacionais do Sesc-DF para incentivar a leitura aos seus alunos. As equipes pedagógicas e diretores de cada unidade educacional pesquisam e discutem autores que tenham livros que possam ser trabalhados de forma significativa com todos os alunos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio. Escritores renomados como Bartolomeu Campos de Queiros, Jonas Ribeiro, Rosana Rios, Wellington Lavareda já fizeram parte do projeto. Depois da escolha do autor e do tema da semana, eles começam a trabalhar para que apresentem releituras das obras de diferentes formas, por meio de teatro, dança, apresentação musical, desenhos, narração dos livros e oficinas. “Buscamos autores que podem ser trabalhados tanto na educação infantil como no ensino médio, então trabalhamos de acordo com cada faixa etária”, explica Roselita. 28 // Por Mariana Fernandes EduSesc 4,3 mil alunos do programa participaram das feiras promovidas neste ano Aqueles que ainda não aprenderam a ler reproduzem seus trabalhos por meio de desenhos, por exemplo. “A literatura chama atenção de todos, depende só da forma como você trabalha pedagogicamente. Porque todos os autores são capazes de fazer trabalhos que possam ser significativos para todos os alunos”, conclui. Criar nas crianças a consciência de que por meio da leitura e consequentemente do conhecimento é possível transformar o ambiente em que vivem, é uma das ações desenvolvidas nesse projeto. Neste ano, a unidade do Sesc Gama, do Sesc Ceilândia e do Módulo de Educação e Cultura já realizaram a Semana de Arte Poética. Ao todo, 4,3 mil alunos do EduSesc participam do projeto. O Módulo de Educação e Cultura (MEC) foi um dos destaques, pois realizou recentemente a Semana de Arte Poética, de 11 a 15 de junho, que contou com a presença do es- critor João Bosco Bezerra Bonfim. Escolhido pelo MEC para o projeto, João Bosco é autor de livros de poesia lírica, cordéis e livros infantis, com isso as crianças tiveram que, entre muitas outras coisas, pesquisar sobre o cerrado, os bichos que vivem nesse tipo de vegetação, apontar e registrar as rimas da história e descobrir como eram as cidades antes dos prédios. @sescdf /sescdistritofederal revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012 //vitrine Caminhar com estilo // Por Eldo Gomes Taguatinga agora tem uma franqueada da loja de calçados femininos Scarpin Mania, que oferece sapatos bem coloridos fabricados em São Paulo. A novidade foi apresentada nas passarelas do São Paulo Fashion Week. A tendência do azul náutico já está na vitrine da loja, que também expõe bolsas em couro. Segundo Carina Lira Bastos, sócia-proprietária da marca, o diferencial da loja está na qualidade dos produtos. “Vendemos sapatos para as mulheres modernas, bonitos e, acima de tudo, confortáveis.” Com a abertura da Scarpin Mania em Ta- guatinga foram criadas cinco vagas de emprego diretos. São mais de 600 scarpins, botas, bolsas, sapatilhas. Especializada em calçados femininos, a franquia aposta em sapatos de couro. São oito unidades em todo o Brasil e mais 12 inaugurações previstas para o segundo semestre de 2012. A loja que está no Taguatinga Shopping é a primeira inaugurada no DF. Botas com solado italiano e no estilo montaria, sapatilhas e peep toes são apenas algumas das opções disponíveis. A Scarpin Mania fica no Taguatinga Shopping (próximo Relógios para usar e ousar // Por Eldo Gomes A era dos coloridos belgas chegou a Brasília para diversificar as opções de acessórios com a Ice-Watch. O conceito moderno, despojado e alegre, que permite a combinação dos relógios com as revista FECOMÉRCIO JULHO 2012 roupas, conquistou celebridades do mundo inteiro, como Madonna, Ferg i e e Paris Hilton. No Brasil, o relógio já foi visto em famosas como Ana Maria Braga e Heloísa Périssé. Para ter uma ideia, foi o relógio fashion mais comercializado no ao restaurante Mercado 153). O telefone de lá é o (61) 3562.6286. Fotos: Joel Rodrigues Reino Unido em 2011, além de ter sido, em 2009, o segundo produto mais vendido na Galleries Laffayete, em Paris. Há cinco anos no mercado internacional, a marca belga de relógios Ice-Watch chegou a Brasília em duas unidades: no Pátio Brasil Shopping e no Conjunto Nacional. Os empresários Josafá Martins, Daniela Martins e Diogo Lustosa são responsáveis pelas lojas no DF. Presente em 130 países, a marca é famosa por seus modelos coloridos. A expectativa é abrir 25 pontos de venda até o fim do ano. Os relógios podem ser encontrados no Brasil em mais de 27 multimarcas. 29 capa Novinho em folha // Por Ana Carolina Freitas O Setor Noroeste é aguardado não somente pelos futuros moradores. Empresários locais já estão de olho na infraestrutura moderna prometida para o bairro O s esqueletos dos prédios já prenunciam a chegada do Noroeste e, com o novo bairro, oportunidades de investimentos. O projeto, de autoria do arquiteto Paulo Zimbres – o mesmo que desenhou a região de Águas Claras –, prevê 238 hectares para edificação. Dessa área, 198 blocos serão destinados ao comércio e 220 a habitação. Cada quadra comercial terá oito ou nove prédios. A estimativa da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) é de que 40 mil pessoas passem a viver na nova região administrativa. O poder aquisitivo dos futuros moradores é proporcional ao valor do metro quadrado cobrado pelas construtoras, que está em média R$ 11 mil para imóveis residenciais e R$ 20 mil para comerciais. A Terracap é a responsável pelos processos de venda e 60 terrenos 30 já foram licitados para as construtoras. A comercialização das projeções começou em 2009 e a previsão de entrega dos primeiros prédios é para o próximo semestre. //Inspiração As edificações para o comércio local terão gabarito similar ao do Sudoeste: garagens subterrâneas, térreo e dois pavimentos. Contudo, não serão permitidas lojas no subsolo. Algo a ser questionado é se o Noroeste imitará também os problemas encontrados pelos frequentadores e moradores do Sudoeste, que se deparam constantemente com falta de estacionamento e grandes congestionamentos – por lá, a área para veículos é insuficiente para atender ao grande número de lojas. De acordo com a Terracap, o projeto do Noroeste contempla muitas vagas e ruas largas, o que evitará o tumulto. Outra demanda de quem revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012 R$ 20 mil é o valor do metro quadrado dos imóveis comerciais no bairro ecológico quer investir no bairro é se a área comercial abrigará quitinetes, o que foi confirmado pela Terracap. “O Setor Noroeste terá lojas comerciais e residência na parte superior. Será de destinação de uso misto”, afirma a assessoria de imprensa da empresa. O primeiro empreendimento comercial construído no Setor Noroeste é o Neo, das empresas Espaço Y Engenharia e Mark Imob. Segundo o diretor da Mark Imob, Bruno Bomtempo, das 30 lojas disponíveis do prédio, só restam seis para ser vendidas. A entrega das chaves está prevista para o fim deste ano. “O Noroeste será diferenciado por diversos aspectos, entre eles o fato de cada quadra ter seu próprio comér- cio. Isso evitará problemas como os que ocorrem no Sudoeste, por ter todas as lojas concentradas em apenas uma rua”, explica. “Os espaços de lá também serão bem maiores do que os da Asa Sul, em que há construções antigas e pequenas, e com preço altíssimo”, completa o diretor. Bomtempo acrescentou que as edificações do Noroeste serão semelhantes as da quadra 300 do Sudoeste, circundadas por amplos estacionamentos. “A nova região é um excelente investimento para empresários e quem chegar primeiro levará vantagem, pois daqui a alguns anos terá o seu comércio consolidado, com a grande demanda de pessoas que se mudará para lá”, Fotos: Joel Rodrigues revista FECOMÉRCIO JULHO 2012 31 Pelo projeto, problemas conhecidos pelos comerciantes e clientes, como a falta de estacionamentos em áreas comerciais, serão minimizados acredita Bomtempo. O diretor comercial da imobiliária Lopes Royal, Leonel Alves, afirma que o Noroeste já faz parte do mundo real e que cada vez mais as vendas aumentam, devido à obra de infraestrutura que está sendo feita pela Terracap.”O Sudoeste, no início, era conhecido como “barro oeste”, pois os apartamentos foram entregues antes de asfaltar as ruas. O caso do Noroeste será o contrário: os primeiros moradores e investidores já contarão com um bairro organizado. O prazo que a Terracap deu para os empresários foi de cinco meses para deixar tudo pronto”, diz. Alves reiterou que a empresa lançará diversos empreendimentos a partir do segundo semestre. “A parte comercial do local é muito procurada e isso justifica os preços altos da metragem”, acredita. Alves reitera que o planejamento do Noroeste foi feito para evitar o problema de aglomeração de lojas comerciais em pequenos espaços. “Os corredores de circulação das partes internas serão bem mais largos”, afirma. O gerente comercial da construtora Faege, Evandro Bueno, diz que apesar do boom de valorização do Noroeste, que ocorreu em 2010, os imóveis continuarão seguindo os passos do Sudoeste e de Águas Cla32 ras, que segundo ele, em dez anos, valorizaram mais de 500%. “Lançamos duas projeções no Noroeste e já vendemos todas as 20 lojas. Nove destas foram apenas para um comerciante”, disse. Bueno acrescenta que a grande procura deve-se ao fato de o Noroeste ser o último bairro do Plano Piloto. “Os investidores o consideram a galinha dos ovos de ouro. Mesmo os empreendimentos menores são ótimos negócios”, diz. //Especulação O professor de Economia da Universidade de Brasília Roberto Piscitelli é mais cauteloso em relação a investimentos no novo bairro e critica a grande especulação em relação aos preços cobrados no Noroeste. “São valores abusivos e que inviabilizam a instalação de comércios pequenos. Não é qualquer atividade que dará retorno ao investidor. É necessário ter grande capital de giro e muita paciência”, acredita. Piscitelli diz que o momento é delicado para quem deseja vender imóveis em Brasília. “Há muitas lojas comerciais à venda e muita gente levando prejuízo”, afirma. Quem deseja comprar um espaço no Noroeste e fazer dele uma fonte de renda também deve ter cuidado, na opinião oo economista. “Há pessoas que compram com a revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012 promessa de obter 0,5% do valor investido no aluguel. Isso é improvável”, alerta. Outro aspecto negativo ressaltado pelo professor é o tempo de maturação do comércio no bairro, que, segundo ele, será longo. “A ocupação está levando muito mais tempo do que o previsto e a estimativa de lucro deve ser revista. Até um possível prejuízo inicial deve ser considerado”, observa. //Projeto O Setor Habitacional Noroeste foi idealizado pelo urbanista Lucio Costa no Projeto Brasília Revisitada (1987) como forma de aumentar a área urbana do DF. No projeto, Lucio Costa previu duas expansões no Plano Piloto: na Asa Sul, o Sudoeste, ao lado do Parque da Cidade; na Asa Norte, o Noroeste, vizinho ao Parque Burle Marx. O licenciamento ambiental do Noroeste foi emitido em 14 de agosto de 2008 pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama). Em dezembro de 2008, a Terracap obteve o registro do Noroeste no cartório do 2º Ofício de Registro de Imóveis do DF. O conceito de cidade-parque do Noroeste acompanha as características de Brasília. No projeto, buscou-se o equilíbrio entre a ocupação urbana e a proteção dos parques e menos de 30% da área destinada ao bairro é edificável. As áreas ecológicas e protegidas são o Parque Burle Marx, a Área de Relevante Interesse Ecológico Cruls, e a reserva ambiental do córrego do Bananal, que liga o Noroeste ao Parque Nacional de Brasília. A proibição de se construir nessas áreas serve para limitar o número de moradores no bairro, adequar os impactos ambientais do empreendimento e explorar racionalmente as riquezas naturais. O Setor Noroeste lembra um revista FECOMÉRCIO JULHO 2012 triângulo e está entre a Avenida W5 Norte (quadras 900), a Estrada Parque Indústria e Abastecimento (EPIA ou rodovia DF-003) e a Estrada Parque Armazenagem e Abastecimento Norte (EPAA ou DF-061). O bairro ecológico ocupa uma área de 821 hectares, destes 238 são destinados a edificações. Contará com 44 superquadras, sendo 20 residenciais e 24 comerciais. A Terracap criou o Manual Verde do Noroeste, que reúne normas e procedimentos que devem ser adotados pelas empreiteiras durante a construção do bairro. O documento define a remoção e destinação da terra; o nível de ruído permitido durante as obras; o tráfego de caminhões; e a reposição e compensação da vegetação a ser retirada. Com o licenciamento ambiental, o Ibama define a localização, instalação, ampliação e operação de empreendimentos e atividades que utilizam recursos ambientais. O órgão garante que as medidas preventivas e de controle adotadas nas construções sejam compatíveis com a preservação do local. O comércio do novo bairro será no modelo usado no Sudoeste, com algumas alterações 33 relacionamento Jogo de cintura O vendedor Marcos Alves precisa ter muita paciência para se relacionar da melhor maneira com os clientes tem razão? O vendedor nunca // Por Mariana Fernandes Claro que tem! Falta de informação faz com que clientes exijam além dos seus direitos T odo empresário se preocupa com a sobrevivência de sua empresa e, por isso, já deve ter parado para se perguntar: o cliente tem sempre razão? A resposta provoca uma discussão que dá pano para manga, como dizem os antigos. E a pergunta não se trata somente de um jargão comercial e sim de uma cultura de empresas e empresários que até hoje defendem a ideia de que o cliente tem que estar sempre certo para que nenhuma 34 venda seja perdida. Mas o que os vendedores acham disso? Afinal, são eles que trabalham diretamente com clientes que muitas vezes chegam mal-humorados, muito apressados, sem paciência e cheios de exigências. Vendedor há cinco anos no ramo de calçados, Manoel Alves, de 25 anos, conta que o dia a dia não é nada fácil. A rotina como vendedor exige muita paciência e atenção, além de jogo de cintura para saber revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012 Joel Rodrigues Cinco coisas que mais irritam: 1 - Reclamar dos preços para quem não tem esse controle 2 - Exigir troca que não pode ser feita 3 - Olhar, olhar, olhar e não levar nada 4 - Exigir exclusividade 5 - Reclamar do produto e ainda comparar com o de outras lojas revista FECOMÉRCIO JULHO 2012 a hora de falar ou de ficar calado. Clientes se acostumaram com a sensação de que todos os direitos legais estão do seu lado, então exigem descontos, troca de produtos que algumas vezes foram usados. “O cliente não tem sempre razão porque em um relacionamento tem sempre as duas versões”, diz Alves. O que mais o chateia é quando um cliente quer trocar algum produto que já foi usado. “Ele dá aquela velha lavadinha com a escova e acha que pode nos enganar. Não podemos efetuar troca de produto usado, mas eles saem daqui depois de muito escândalo dizendo que vão ao Procon e que colocarão em exposição o assunto em redes sociais”, conta. O diretor geral do Procon-DF, Oswaldo Morais, explica que nem sempre o consumidor tem razão e quando isso acontece o órgão tem a obrigação de explicar ao cliente que a reclamação não procede. “Nesses casos, não acatamos e mostramos ao consumidor o embasamento legal do não atendimento”. E ainda tem aqueles que gostam de dar uma “choradinha” por desconto. O vendedor na maioria das vezes não tem autonomia para abaixar o preço de um produto, a não ser que ele seja o superior ou o dono do estabelecimento. Fora isso, existe uma regra estabelecida em cada empresa. “Eles acham que a gente pode dar, que eles têm direito a esse tal desconto, só que não funciona assim, não temos essa autonomia e essa autorização, só que é mais fácil achar que estamos de má vontade”, diz. Além disso, têm aqueles que reclamam dos preços. “Assim como o cliente, o vendedor também merece respeito, basta lembrar que eles estão ali trabalhando e cumprindo ordens que devem ser obedecidas hierar- quicamente, que não devem ser desobedecidas sem passar por seus superiores”, defende o empresário Marcos Souza. “Eles não entendem isso e acabam ofendendo a gente com palavras e temos que permanecer calados para não ficar uma situação pior e para não perder a razão”, diz Elis Raquel Oliveira, de 23 anos, vendedora e caixa. O jeito então é levar na esportiva e brincar com algumas situações. “Aqueles que entram na loja, olham tudo e não levam nada são os chamados clientes turistas”, conta aos risos Elis Raquel, que explica que a vitrine existe para isso: para olhar os produtos e ver os preços. Ainda têm as famosas histórias que só acontecem com vendedores. Elis Raquel conta que uma vez uma cliente colocou o pé no balcão e por isso quase caiu no chão. “Ela entrou na loja, comprou o sapato e saiu já usando, passou algum tempo ela voltou na loja e disse que queria trocar. Avisei que não podíamos fazer isso, pois ela já tinha usado e então ela começou a fazer um barraco e por fim colocou o pé no balcão para mostrar como não tinha usado.” Segundo Manoel, a gerente de uma loja em que ele trabalhava não pôde trocar uma bolsa que estava estragada por mau uso e a cliente ficou tão possessa que jogou a bolsa na gerente antes de sair da loja. “Se ela não tivesse se desviado, teria acertado nela”, lembra. O Procon deixa claro que o vendedor tem que usar a máxima transparência nas negociações e respeitar os direitos básicos de seus clientes, previstos no Art. 6º da Lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor). “Há casos em há uso indevido, o que vem ocorrer a perda de garantia contratual”, observa Oswaldo Morais. 35 mercado Joel Rodrigues Crescimento Legalizado, Francisco da Silva Lopes fatura 70% a mais do que quando estava na informalidade e já até comprou um carro com o lucro das vendas Dois milhões já aderiram // Por Andrea Ventura //Perfil da modalidade jurídica 97,8% têm renda bruta mensal de até 5 salários mínimos; aumento do empreendedorismo feminino (inserção da mulher nos negócios empresariais); aumento do empreendedorismo na faixa etária de 31 a 40 anos; na média, o empreendedor individual é mais escolarizado do que a população adulta brasileira, 47% têm ensino médio; alíquota de impostos reduzida pagando apenas 5% referente ao INSS, representando hoje o valor de R$ 31,27 Pesquisa realizada pelo Sebrae-DF em parceria com a Fecomércio-DF. 36 revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012 Lei do Empreendedor Individual completa três anos em 2012. Quem está cadastrado garante: se formalizar é muito melhor A modalidade de pessoa jurídica empreendedor individual (EI) completa três anos em julho. Foi criada com o objetivo de formalizar os trabalhadores que atuam por conta própria. De acordo com o Portal do Empreendedor, site vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o EI fechou 2011 com 1.871.176 empreendedores individuais cadastrados. Em Brasília, 34.697 mil trabalhadores aderiram ao programa. Em 2012 espera-se que muito mais pessoas se cadastrem, pois os limites de enquadramento do Simples Nacional aumentaram – o teto máximo da receita bruta anual passou de R$ 36 mil para R$ 60 mil. Em 2011 os segmentos que foram mais procurados para registro no EI foram comércio varejista de vestuário e acessórios, seguido por cabeleireiros e lanchonetes. É o caso de Francisco da Silva Lopes, de 29 anos. Comerciante na área de acessórios há oito anos, Chico Bijoux, como é conhecido, vende seus produtos em bares da Asa Sul, da Asa Norte e do Sudoeste. Há mais de dois anos se tornou EI. “Eu precisava me formalizar porque não tinha emprego fixo. Foi uma oportunidade”, avalia. O pagamento das suas mercadorias pode ser feito com cartão de crédito ou débito, pois ele carrega consigo a máquina para isso. “Como empreendedor individual tive acesso a linhas de crédito e inscrição no Instituto Nacional de revista FECOMÉRCIO JULHO 2012 Seguro Social. Meu negócio melhorou 70%, pois acabei vendendo mais com a máquina de cartão”, diz. Com o sucesso do seu negócio, Chico também melhorou de vida. “Meu poder aquisitivo aumentou e consegui até comprar um carro. Agora sonho com a minha casa própria”, conta. O segmento de cabeleireiros foi o segundo mais procurado para formalização. Siboney Teles Fagundes, de 46 anos, é um exemplo disso. Ela fez seu cadastro há cerca de seis meses e já pode contar os resultados. “A primeira providência foi colocar máquina de cartão no salão. Com isso a clientela aumentou”, destaca. Agora com as boas notícias ela pretende dar passos maiores. “Quero aumentar meu espaço para atender mais clientes e oferecer mais serviços”, planeja. A cabeleireira trabalha sozinha em uma sala reservada em sua casa, em Taguatinga Norte. Ela atua no setor há 17 anos e acha positiva a iniciativa de formalização de trabalhadores. “Há mais vantagens do que dificuldades. O valor de contribuição é praticamente irrisório”, diz. De acordo com o gerente da Unidade de Atendimento Individual do Sebrae no DF, Stefano Portuguez, a instituição tem papel importante no processo de formalização dos empreendedores individuais. “O Sebrae oferece ferramentas de planejamento que a visam melhor organização e estruturação do negócio. Além de capacitações por meio de palestras, cursos e oficinas, buscando fortalecer a cultura empreendedora e melhorando a consolidação dos empreendimentos”, explica. Atuando no segmento de lanchonetes, a comerciante Mirtes Lima de Azevedo, de 30 anos, é cadastrada no EI desde outubro de 2009. Ela tem o seu negócio em Planaltina (DF) e vende sanduíches, bebidas e sorvetes, todos os dias, das 10h às 20h. “Fiquei sabendo pela televisão, fui na administração da cidade e pedi o alvará de funcionamento. Em seguida fui ao Sebrae fazer minha inscrição”, detalha. Para a comerciante, o cadastro no EI trouxe melhorias para seu estabelecimento e sua vida pessoal. “Melhorou para comprar mercadorias, porque muitos fornecedores só vendem para quem tem Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica. E também me deu segurança, porque tenho INSS e consegui o benefício do auxílio-maternidade, quando engravidei”, explica. Para quem ainda está em dúvida quanto ao cadastro do EI, Mirtes aconselha: “Eu recomendo, pois além da segurança ao comerciante, conseguimos mais cursos e interagimos com outros negócios”. O trabalhador que se formaliza tem muitas vantagens, como cobertura previdenciária para ele e a família; contratação de até um funcionário com menor custo, isenção de taxa do registro da empresa e concessão de alvará para funcionamento; obrigação única por ano com declaração do faturamento; acesso a serviços bancários, inclusive crédito; compras e vendas em conjunto, por meio da formação de consórcios; redução da carga tributária; controles simplificados, sem necessidade de contabilidade formal; emissão de alvará pela internet; facilidade para vender para o governo; serviços de contabilidade gratuitos no primeiro ano e segurança jurídica, pois a formalização está amparada em lei complementar que impede alterações por medida provisória e exige quórum qualificado no Congresso Nacional. 37 cultura A arte fotografada // Por Ana Carolina Freitas Agosto é o Mês da Fotografia e o Sesc-DF está preparando uma série de eventos para comemorar Izan Petterle Exposição Fotógrafos brasileiros e estrangeiros apresentarão os seus trabalhos em agosto, como esta foto de Izan Petterle P ara os amantes da fotografia, o Sesc-DF, em parceria com a organização não governamental Lente Cultural, realizará em agosto a terceira edição do Mês da Fotografia com o tema: “Centro-Oeste: O Homem, a Cultura e o Meio”. O objetivo do evento é sensibilizar e formar novos públicos com ações de difusão. O festival reunirá exposições, oficinas, palestras, workshops e encontros com autores. A mostra ocorrerá simultaneamente nos espaços do Sesc da 504 Sul, 913 Sul, Ceilândia, Gama e Setor Comercial Sul. Haverá programação também na Estação do Metrô da Rodoviária; Museu Nacional; regionais de ensino do Gama e de Ceilândia; Gama Shopping e Praça do Relógio. Heraldo Peres, diretor executivo 38 do projeto, afirma que a escolha do tema foi para que a fotografia no Centro-Oeste fosse estimulada. “Brasília é a liderança da região e devemos fomentar e valorizar o trabalho dos fotógrafos do Centro-Oeste. A nossa mobilização é essencial, para nos equipararmos ao restante do País”, disse. Sobre a programação, Peres destaca a exposição coletiva de artistas do Centro-Oeste, que reunirá 113 trabalhos de todas as unidades da Federação da região. “Fizemos uma convocatória e a curadoria selecionou os melhores resultados.” Outra boa atração, segundo Peres, são os encontros com os autores, em que o público vai interagir e aprender sobre técnicas e olhares. A parte pedagógica do Mês da Fotografia ficará a cargo das oficinas lúdicas, como a “foto-lata” – um trailler que se transforma em uma grande câmera, em que os visitantes podem entrar e aprender sobre os princípios da fotografia. Esse workshop será exclusivo para alunos da rede de ensino do DF, que também terão a oportunidade de fazer retratos com uma máquina artesanal, feita com uma lata de leite. “Faremos uma exposição com os trabalhos dos estudantes”, conta. O fotógrafo Dirceu Maués, que cria máquinas com caixas de fósforo, convidará o público a produzir e a imprimir o material. Outra novidade será a exposição Avá Marandú, do grupo O Ponto de Cultura. É resultado do trabalho realizado em tribos indígenas, mostrando o cotidiano deles no pantanal sul-matogrossense. Peres indica alguns autores especiais que estarão na edição deste ano. São eles: Márcio Cabral (Patagônia Indomable); João Bittar (Fotojornalismo com Caráter); Olivier Boés (Ogues Indianos); Família Zupane (Seres em Movimento); e Roberto Castelo (Marcha para o Oeste). A programação completa está disponível na página do Sesc-DF: www. sescdf.com.br. @sescdf /sescdistritofederal revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012 //agenda fiscal Programa Nota Legal. Mais multas! O programa Nota Legal integra uma série de ações com vista ao aumento da arrecadação tributária e ressuscitou a figura do consumidor-fiscal. Desde então, os empresários e nós, contadores, estamos convivendo com as falhas e restrições da Secretaria de Fazenda do DF e agora os empresários precisam conviver com o título de sonegador. Vários foram os problemas ocorridos com a implementação do programa e empresários e profissionais da contabilidade tentaram solucioná-los. Recentemente, em ação conjunta do Conselho Regional de Con- tabilidade do DF com auditores da Secretaria da Fazenda, verificamos que expressiva quantidade de ocorrências tem origem na entrada de dados que ocorre nas empresas e nos setores responsáveis pelo registro das compras. Tal constatação foi confirmada ao analisar o banco de dados em que se verifica a ausência da informação sobre o valor da base de cálculo e da substituição tributária. Assim, quando importamos e convertemos os arquivos para o leiaute do programa Nota Legal, as informações totalizadoras são enviadas, mas sem a base indicada. Isso é punido com multa. Joel Rodrigues Adriano Marrocos Contador da Fecomércio e do IFPD e presidente do CRC/DF Calendário – De 13 a 31/7/2012 O QUE e QUANDO pagar? 13/7 • COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, de 16 a 30/6/2012. 16/7 • Contribuição Previdenciária (contribuintes individuais, facultativos e domésticos) referente a 6/2012. 20/7 • Imposto de Renda Retido na Fonte nos códigos 0561, 0588 e 1708 referente a 6/2012. • Contribuição Previdenciária (SIMPLES e Empresas em Geral) referente a 6/2012. • SIMPLES NACIONAL referente a 6/2012. • ISS e ICMS referente a 6/2012 (observar datas específicas para o ICMS – ST e outras situações). 25/7 • PIS e COFINS referente a 6/2012. 31/7 • Contribuição Sindical Laboral Mensal referente a 6/2012. • 1ª quota do IRPJ e da CSLL referente ao 2º trimestre/2012 pelo Lucro Real, Presumido ou Arbitrado. • Recolhimento do Carnê Leão referente a 6/2012. • IRPJ e CSLL referente a 6/2012, por estimativa. • COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, de 1º a 15/7/2012. • Recolhimento da parcela do REFIS, do PAES, do PAEX, do Parcelamento do SIMPLES Nacional e do Parcelamento da Lei 11.941/2009 (consolidado). O QUE e QUANDO entregar? 16/7 • Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (EFD • PIS/COFINS) a SRF/MF referente a 5/2012. 20/7 • Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF Mensal) a SRF/MF referente a 5/2012. 25/7 • Declaração de Dedução de Parcela da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Incidente sobre a Importação e Comercialização de Combustíveis das Contribuições para o PIS/PASEP e COFINS (DCIDE COMBUSTÍVEIS) a SRF/MF referente a 7/2012. 31/7 • Declaração de Operações Imobiliárias (DOI) a SRF/MF referente a 6/2012. Várias • Livro Fiscal Eletrônico a SEF/DF referente a 6/2012: observar Portaria/SEFP nº 398 (9/10/2009). revista FECOMÉRCIO JULHO 2012 39 caso de sucesso Descobrindo a profissão // Por Sílvia Melo Jovem que não tinha expectativas em relação ao mercado de trabalho encontrou sua vocação por meio de um curso do Senac A oportunidade de se profissionalizar apareceu para Danielly Jeissy Pereira, de 23 anos, quando ainda cursava o ensino médio em uma escola pública do DF. Por meio do Programa Escolas Técnicas (Protec), parceria entre o governo do DF e o Senac-DF, a jovem fez o curso Técnico em Secretariado Executivo em 2008 e conseguiu entrar para o mercado de trabalho. Atualmente é funcionária da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A história de sucesso profissional de Danielly começou justamente com o curso do Senac-DF. Antes, diz ela, não tinha expectativa alguma em relação à profissão que pretendia seguir. “Estava desempregada, sem qualquer experiência de trabalho. Sem conhe- cimento, minhas expectativas eram pequenas”, afirma. O curso no Senac foi o responsável por ampliar a visão de futuro dela. Moradora de Ceilândia, solteira e sem filhos, ela presta serviço para a Anvisa. “Alcancei o objetivo que esperava na profissão que escolhi. É visível o meu desempenho e eu atribuo isso ao Senac”, diz, destacando que indicaria os cursos da instituição para quem pretende ter sucesso no mercado de trabalho. “Os cursos são ótimos, pois o Senac-DF foca muito no profissionalismo”, completa. Danielly conta que o conteúdo do curso esteve dentro de suas expectativas e hoje aplica tudo o que aprendeu no desenvolvimento do seu trabalho. Atuando no setor de recursos huma- Joel Rodrigues Profissional Danielly Jeissy Pereira é secretária na Anvisa e recomenda o curso para quem quer ter sucesso profissional nos da empresa, ela faz atendimentos telefônicos, tira dúvidas em relação ao setor, entrega documentos e organiza arquivos. Feliz com o emprego e a profissão escolhida, a jovem brasiliense voltou este ano à unidade do Senac na Ceilândia para fazer o curso de Auxiliar de Pessoal. //Sobre os cursos O Técnico em Secretariado tem carga horária de 960 horas, incluindo estágio. O profissional formado assessora setores e pessoas, coordena equipes, executa deliberações e gere o fluxo de informações, podendo planejar, organizar e controlar atividades, junto ao público interno e externo da empresa ou instituição. As próximas turmas estão previstas para se iniciar em 7 e 30 de julho, na unidade do Senac em Sobradinho. Para participar é preciso ter idade mínima de 17 anos e estar cursando o segundo ano do ensino médio. O investimento é de R$ 3.250 ou 13 parcelas de R$ 250. Nele, o aluno aprenderá a executar processos admissionais, a auxiliar na elaboração de folhas de pagamento, férias, décimo terceiro, rescisão de contrato de trabalho; apoiar a área de recursos humanos e a representar a empresa diante de entidades trabalhistas. @senacdf /senacdistritofederal 40 revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012 14 a 29 de julho TeaTro SeSC GaraGem e Praça do Povo Veja toda a programação no www.sescdf.com.br Informações 0800 617 617 | twItter @SESCDF | facebook SESCDF revista FECOMÉRCIO JULHO 2012 41 //pesquisa conjuntural Números voltam a subir Vendas dos setores de comércio e serviços do DF crescem em maio A atividade comercial em Brasília teve desempenho positivo no quinto mês do ano. As vendas no comércio registraram alta de 5,07% em maio em comparação com abril. Já no setor de serviços, as vendas cresceram 3,63% em maio, também na análise com o mês anterior. É o que mostram os números da Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas do DF, realizada pelo Desempenho de vendas Comércio Setor Segmento Fev12 x Mar12 x Abr12 x Mai12 x Jan12 Fev12 Mar12 Abr12 Autopeças e Acessórios -8,40% -8,97% 16,33% -3,04% 4,24% Bares, Restaurantes e Lanchonetes -2,96% -3,59% 0,43% 4,89% -0,38% Calçados -25,05% -18,99% 8,65% 4,86% 10,74% Farmácia e Perfumaria -10,08% -6,85% 8,88% -3,15% -0,05% Floricultura -35,49% 6,88% 13,64% -22,50% 89,12% Informática -17,55% 2,04% 2,40% -1,41% 12,67% Livraria e Papelaria -15,25% -36,02% 1,92% -2,50% 5,72% Lojas de utilidades domésticas -37,62% -6,90% 11,92% -7,35% 8,21% Material de construção -12,63% 0,50% 7,28% -7,54% 6,95% Mercado e Mercearia -17,69% -15,54% 4,10% -4,53% 0,86% Móveis e Decoração -10,54% 8,48% -3,45% 6,10% -3,15% Óticas -16,96% -2,92% 4,70% -5,58% 5,34% Tecidos -9,49% -17,73% 12,56% -4,90% 26,90% Vestuário -33,79% -11,46% 9,59% 7,20% 18,11% -17,16% -8,36% 5,88% -0,30% 5,07% Agências de viagem -6,20% 21,47% -27,43% -4,69% 3,16% Autoescola 4,58% -16,11% 7,08% -26,65% 22,25% Pet shop -17,54% 26,74% 8,66% -11,33% 13,07% Salão de beleza -19,08% -13,32% 10,36% 0,55% -0,48% -16,20% -7,82% -8,44% -5,27% 3,63% 4,54% -0,71% 4,96% Total Serviços Jan12 x Dez11 Total Total -17,10% -8,32% Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. 42 revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012 Desempenho de vendas Comércio Serviços Jan12 x Dez11 Regiões Setor Fev12 x Mar12 x Abr12 x Jan12 Fev12 Mar12 Mai12 x Abr12 Plano Piloto/Sudoeste -19,53% -6,59% 6,69% 0,26% 6,49% Taguatinga/Ceilândia -10,58% -3,31% 0,89% -1,09% 2,95% Cruzeiro/Candangolândia/Guará/Núcleo Bandeirante -12,97% -16,49% 8,44% -0,31% 5,26% Paranoá/São Sebastião/Sobradinho -23,77% -10,63% 9,22% 4,06% 6,40% Gama/Recanto das Emas/Samambaia -21,76% -9,36% 6,45% -4,25% 2,91% Total -17,16% -8,36% 5,88% -0,30% 5,07% Plano Piloto/Sudoeste -16,14% -3,87% -17,77% -9,65% 5,80% Taguatinga/Ceilândia -5,93% -10,18% 7,54% 1,62% 3,39% Cruzeiro/Candangolândia/Guará/Núcleo Bandeirante -24,34% -12,41% 9,95% 0,82% 0,93% Paranoá/São Sebastião/Sobradinho -28,57% 80,68% 7,34% 6,73% -13,04% Gama/Recanto das Emas/Samambaia -7,91% -29,95% 10,06% 0,29% -0,91% Total -16,20% -7,82% -8,44% -5,27% 3,63% -17,10% -8,32% 4,54% -0,71% 4,96% Débito A prazo Boleto Total Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. Instituto Fecomércio. O resultado retrata, principalmente, o efeito que o Dia das Mães tem sobre o comércio. “Floriculturas, tecidos e vestuário foram os segmentos que mais cresceram. Exatamente os setores que mais agradam às mães”, explica o presidente do Sistema Fecomércio, Adelmir Santana. Em maio, as altas nas vendas do comércio, na comparação com abril, foram observadas nos segmentos de Floricultura (89,12%); Tecidos (26,90%); Vestuário (18,11%); Informática (12,67); e Calçados (10,74%). Apresentaram queda nas vendas os segmentos de Móveis e Decoração (-3,15%); Farmácia e Perfumaria (-0,05%); e Bares, Restaurantes e Lanchonetes (-0,38%). No setor de serviços, os maiores aumentos nas vendas, na análise com abril, foram registrados nos segmentos de Autoesrevista FECOMÉRCIO JULHO 2012 Formas de pagamento Setor À vista Cheque Cartão de Crédito Comércio jan/12 30,54% 4,91% 37,79% 19,85% 4,35% 2,57% fev/12 30,67% 3,98% 36,89% 19,47% 6,27% 2,71% mar/12 29,65% 3,83% 39,48% 18,93% 5,61% 2,51% abr/12 29,87% 3,28% 41,81% 18,04% 5,01% 1,98% mai/12 28,33% 3,57% 42,81% 17,83% 5,31% 2,15% jan/12 30,52% 5,97% 38,99% 19,65% 4,47% 0,40% Serviços fev/12 24,33% 6,26% 42,72% 15,57% 10,98% 0,15% mar/12 25,95% 4,71% 49,58% 10,13% 9,58% 0,04% abr/12 26,05% 6,90% 46,77% 12,52% 7,70% 0,06% mai/12 26,59% 7,52% 48,66% 13,41% 3,79% 0,04% jan/12 30,57% 4,72% 37,77% 19,31% 4,81% 2,82% Total fev/12 28,92% 3,85% 39,17% 19,11% 6,05% 2,91% mar/12 29,88% 3,29% 42,12% 17,85% 5,04% 1,83% abr/12 28,81% 3,62% 42,47% 17,69% 5,25% 2,17% mai/12 28,65% 3,12% 43,77% 17,92% 4,43% 2,10% Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. 43 cola (22,25%) e Pet shop (13,07%). Apresentou queda o segmento de Salão de beleza (-0,48%). A maior alta, por região administrativa, foi observada no Plano Piloto e Sudoeste, em que as vendas do setor de serviços cresceram 5,8%. A maior redução foi observada no conjunto das regiões do Paranoá, São Sebastião e Sobradinho (-13,04%). Quanto à geração de emprego, o comércio apresentou um peque- Fev12 x Jan12 Mar12 x Fev12 Abr12 x Mar12 Mai12 x Abr12 Autopeças e Acessórios -9,17% -2,01% 3,88% -0,75% -6,02% Bares, Restaurantes e Lanchonetes -4,63% 2,34% -3,57% 1,78% -1,12% Calçados -9,80% 0,00% -3,66% 1,32% -1,18% Farmácia e Perfumaria -9,65% -0,44% -7,83% 5,86% -0,45% Floricultura -36,84% 33,33% -6,67% 7,14% 20,00% Informática -1,67% 0,00% -10,00% 4,76% -1,52% Livraria e Papelaria 1,47% -17,28% -10,45% 3,33% 15,63% Lojas de utilidades domésticas -21,57% -8,51% -6,98% -5,13% 7,50% Material de construção -3,85% -1,80% 11,02% -8,33% 3,70% Mercado e Mercearia 0,00% 2,17% 4,86% -1,97% -3,38% Móveis e Decoração 5,26% -13,92% 12,28% -5,36% 1,85% Óticas -8,33% -3,85% -4,00% 0,00% 0,00% Tecidos 0,00% -5,00% 0,00% 7,89% 17,50% Vestuário -9,02% -15,00% 0,87% 6,99% 0,82% -5,95% -2,04% -1,19% 1,32% 0,04% -11,11% 0,00% 0,00% -1,67% 0,00% Autoescola 0,00% 3,23% 21,88% -46,15% 17,86% Pet shop 0,00% 10,00% 0,00% 0,00% 0,00% Salão de beleza 16,67% -10,29% -6,62% -5,51% -3,94% 13,89% -7,14% -0,84% -10,88% 0,00% -4,00% -2,51% -1,16% 0,12% 0,04% Segmento Total Agências de viagem Serviços das transações. A Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas do DF é realizada mensalmente pelo Instituto Fecomércio com o apoio do Sebrae. Foram consultadas 601 empresas, sendo 527 do comércio e 74 de serviços. A coleta de dados foi realizada do dia 6 ao dia 10 de junho. Os indicadores são levantados pelo Instituto Fecomércio desde 1997. Jan12 x Dez11 Setor Comércio no aumento de 0,04% no número de pessoas empregadas em comparação com abril. No setor de serviços, não houve variação no contingente de postos de trabalho. Entre as formas de pagamento, o cartão de crédito se destacou em ambos os setores pelo quinto mês consecutivo. No comércio, a modalidade respondeu por 42,81% das vendas. No setor de serviços, o cartão de crédito financiou 48,66% Total Total Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. 44 revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012 Regiões Comércio Setor Plano Piloto/Sudoeste -8,81% 1,03% -0,92% 4,99% 2,21% Taguatinga/Ceilândia 0,00% -3,32% -3,51% -0,64% -2,79% Cruzeiro/Candangolândia/Guará/Núcleo Bandeirante -4,49% -1,22% 3,69% -1,45% 1,46% Brazlândia/Paranoá/São Sebastião/Sobradinho -5,85% -7,87% 4,15% -4,82% 0,00% Gama/Recanto das Emas/Samambaia -12,26% -5,19% -8,81% 2,25% -4,12% -5,95% -2,04% -1,19% 1,32% 0,04% Plano Piloto/Sudoeste -1,67% -13,93% 2,22% -17,61% 1,59% Taguatinga/Ceilândia 73,17% 3,13% -6,06% -6,45% 6,25% Cruzeiro/Candangolândia/Guará/Núcleo Bandeirante -6,56% -1,92% -7,84% 4,26% -7,84% Brazlândia/Paranoá/São Sebastião/Sobradinho 0,00% 25,00% -33,33% 0,00% 0,00% Gama/Recanto das Emas/Samambaia 0,00% -10,00% 44,44% -7,69% 0,00% 13,89% -7,14% -0,84% -10,88% 0,00% -4,00% -2,51% -1,16% 0,12% 0,04% Total Serviços Jan12 x Fev12 x Mar12 Abr12 x Mai12 x Dez11 Jan12 x Fev12 Mar12 Abr12 Total Total Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. revista FECOMÉRCIO JULHO 2012 45 GASTRONOMIX Por Rodrigo Caetano Cachaça Informal Ter uma bebida de rótulo próprio é um dos sonhos de donos de bares e restaurantes. O Botequim Informal, que abriu as portas na capital federal faz poucos meses, fez parceria inédita com a cachaçaria pernambucana Carvalheira e está lançando a cachaça Santa Dose. O preço da garrafa é R$ 60, para consumo no bar, ou R$ 45, caso o cliente queira levar para casa. Com teor alcoólico mais baixo – 17,5% –, se comparado com cachaças puras, que vão de 38% a 50%, a Santa Dose é uma versão mais leve, com o toque fresco do limão e o sabor adocicado do mel. “A receita é uma reinvenção da antiga tradição nacional de se misturar cachaça com mel e limão e tem tudo a ver com o clima do Rio”, disse Mariano Ferreira, um dos sócios do Botequim Informal, com exclusividade para o Gastronomix. // Botequim Informal – 410 Sul, bloco D, loja 34 – (61) 3244.0421 Rosê para os dias de seca Os enólogos afirmam que o vinho perfeito para o clima seco é o rosê. Como a seca vem aí, é melhor preparar o estoque. O rosê é perfeito para acompanhar saladas, peixes grelhados e sanduíches como os de peru. A dica da coluna é o Haedus Rosé, da Château FerryLacombe, à venda na Zahil Brasília, presente no mercado brasiliense há seis anos. // Zahil Brasília 306 Sul, bloco B, loja 20 (61) 3248.3111/3366.4135/8268.2221 Expandindo... A agência de turismo que ficava ao lado do espaço comercial do Nossa Cozinha Bistrô será incorporada ao restaurante para alegria dos comensais. O chef Alexandre Albanese e seu sócio Otávio Soares afirmam que vêm mais novidades por aí. // Nossa Cozinha Bistrô 402 Norte, bloco C, loja 60 (61) 3326.5207 46 Viagens gastronômicas Zazá Bistrô Tropical – Rio de Janeiro Descontraído e “descolado”, tem comidas com toques orientais e uma carta de drinks pra lá de convidativa. Rua Joana Angélica, 40 – Ipanema (21) 2247.9101/2247.9102 www.zazabistro.com.br E&O – Londres No coração do charmoso bairro de Notting Hill, o E&O mistura comidas do ocidente e do oriente. Vale uma parada no sábado, dia da famosa feira de Portobello Road. 14 Blenheim Crescent – Notting Hill +44 20 7229 5454 http://rickerrestaurants.com/eando/index.php revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012 http://bloggastronomix.blogspot.com – [email protected] – facebook.com/rodrigocaetano Olimpíadas Gourmet //The Fifties Os Jogos Olímpicos de Londres serviram como inspiração para a hamburgueria The Fifties criar quatro sanduíches, que serão oferecidos até 12 de agosto. Aqui, em primeira mão: Pier 21 e no Espaço Gourmet do ParkShopping (61) 3234.8726 e 3223.4277 Brazilian Burger Hambúrguer de calabresa, maionese Fifties com vinagrete, queijo mussarela e folhas de agrião (R$ 18,90). Stadium Burger Hambúrguer de pernil com molho especial Bell Pepper, queijo prato (R$ 18,90). London Burger Hambúrguer Dream com cebola caramelizada e queijo cheddar no pão preto (R$ 18,90). Fish and Fries Dois filés de tilápia empanados com fritas (R$ 22,90). Tailandês + português O restaurante Oliver – o único de Brasília que pertence à Associação dos Restaurantes da Boa Lembrança – lançou sua receita para a edição 2012: o bacalhau thai, cozido no leite de coco com gengibre, capim-limão, molho de tomate e pimenta em pó, servido sobre cama de purê de bata- ta ao molho de cebola roxa, uvas-passas brancas, tomate italiano sem pele e sementes, e crisps de manjericão. Ao pedir a receita (R$ 69), o cliente leva para casa um prato decorativo, em cerâmica, pintado pela artista Margot Rost, de Gramado (RS). // Oliver Setor de Clubes Sul, lote 2, conjunto 2, Clube de Golfe (61) 3323.5961 Em pílulas... Restaurante Week De 16 a 29 de julho, 85 restaurantes em Brasília agitam a 7ª edição do RW. Os menus especiais, compostos por entrada, prato principal e sobremesa, saem por revista FECOMÉRCIO JULHO 2012 R$ 31,90 (no almoço) e R$ 43,90 (no jantar). Agenda cheia A chef Alice Mesquita vai ao Chile, neste mês, a convite do governo brasileiro, para cozinhar no Hotel W. Em agosto, é a vez do Festival de Tiradentes (MG). Em outubro, férias no Catar. E, em novembro, a chef cozinha em Alagoas com Wanderson Medeiros, do Picuí. 47 48 revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012 // segredos do marketing digital Seis formas de escrever para seu site vender mais V 1. Torne o texto fácil de ser escaneado Apenas 16% dos usuários leem palavra por palavra dos textos on-line. A maioria apenas passa o olho, ou seja, o “escaneia”. Prefira frases curtas e marcantes. Use itálico, negrito e listas para destacar as palavras mais importantes. 2. Direcione seus usuários O cliente nunca deve se perguntar “O que devo fazer agora?” Um experimento famoso de Dustin Curtis ilustra bem o poder da orientação. Dustin queria que as pessoas o seguissem no Twitter, então ele testou dois textos. Um deles dizia “Estou no Twitter” e o outro “Você deve me seguir aqui no Twitter”. O último aumentou os cliques em 173%. 3. Fale a língua de seus usuários Talvez você venda “Treinamento em Gestão” no seu site, contudo, se o termo que as pessoas buscam é “Curso em Gestão”, você muito provavelmente vai vender menos. Fale a língua deles. Outro erro comum é o uso de uma linguagem muito rebuscada. Escreva como se fosse para um adolescente de 14 anos. 4. Deixe claro qual é o seu benefício Você se lembra da promessa da Domino’s: “Sua pizza entregue em 30 minutos ou o pedido de graça”? Você sabe o que eles vendem (pizza) e o que é exclusivo da Domino’s (se ela não chegar em 30 minutos, é de graça). Consegue descrever o seu serviço em 15 palavras ou menos? Você tem 5 segundos para capturar o seu cliente. Giovanna Leal ocê pode não acreditar, mas a forma como escreve no seu site faz toda a diferença nas vendas. Essa redação tem como objetivo direcionar seus clientes a agirem conforme você deseja: clicar no botão comprar. Não importa se o texto é engraçado, poético ou inteligente. Se ele não provocar isso, você terá de mudá-lo. Jens Schriver Sócio da ClickLab Maximo Migliari Sócio da ClickLab //Envie perguntas para [email protected] ou @click_lab 39,1% É o aumento previsto em gastos com publicidade on-line no Brasil em 2012 Fonte: IAB Brasil 33 mil É a quantidade de vezes que o tuíte “Brazil, I love u.”, do cantor Justin Bieber, foi retuitado Fonte: http://topsy.com/twitter.com/justinbieber/status/27191829108 5. Seja breve O matemático francês Blaise Pascal certa vez terminou uma carta assim: “Sinto muito ter escrito uma carta tão longa; não tive tempo de escrever uma mais curta”. Seu objetivo deve ser sempre o de manter os textos, títulos e links curtos. Ninguém diz isso mais claramente do que Steve Krug no livro Não Me Faça Pensar: “Livre-se de metade das palavras em cada página, depois se livre da metade do que restou”. 6. Teste Agora é hora de testar! Mostre um texto para 50% dos seus usuários e outro texto para o restante. Meça qual versão provocou mais vendas. Criar um bom texto não é uma tarefa simples. Lembre-se de que seu usuário não terá interesse nem em 10% do que está escrito. Boa sorte! revista FECOMÉRCIO JULHO 2012 49 //gente Joel Rodrigues Carreira profissional reconhecida //Por Eldo Gomes Dalide Corrêa Diretora do IDP Dalide Corrêa, de 54 anos, foi advogada concursada da Caixa Econômica Federal por muitos anos e diretora jurídica da instituição, o posto mais importante para um advogado da empresa. Em 2008 foi convidada pelo ministro Gilmar Mendes, então presidente do Supremo Tribunal Federal, para assumir a chefia da assessoria parlamentar do STF. Após alguns anos, surge então a oportunidade de ser diretora-geral do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP). Experiência é o que não lhe falta, são 33 anos exercendo a advocacia. “Acho que o curso de direito é fundamental para qualquer cidadão, ainda que exerça outra profissão.” Baiana, a advogada é pós-graduada em Direito Constitucional e Tributário. Dalide veio para Brasília aos 4 anos com seus pais. Viúva, é mãe de dois filhos. O mais velho, Ernani Alves Corrêa Sobrinho, tem 25 anos, estuda engenharia e mora com a advogada. O mais novo, Estevão Alves Corrêa Bisneto, tem 23 anos, mora em Londres e estuda administração de empresas. Nas horas de lazer, gosta das áreas verdes da capital, da Ponte JK e do Pontão do Lago Sul. Um empreendedor da arte //Por Eldo Gomes Em 25 anos de carreira, foram mais de dez personagens e cerca de 30 peças de teatro encenadas. Fazer cultura no Brasil não é fácil, mas o ator, comediante e diretor teatral Cláudio Falcão, de 40 anos, conseguiu reconhecimento do trabalho que faz na capital federal. Ele começou no teatro ainda aos 14 anos por incentivo da mãe. Mesmo tão novo, não quis ficar apenas no amadorismo e se matriculou no curso do Instituto Nacional de Artes Cênicas. “Não basta ficar esperando o telefone tocar, é preciso produzir arte”, ensina o artista. Famoso por interpretar a típica adolescente brasiliense Mary e sua mãe mineiríssima Berenice, Cláudio não deixa de dar um toque nordestino aos seus espetáculos, até mesmo pela própria influência 50 familiar. Ele é um brasiliense filho de cearenses. A empregada de Mary e Berenice, Gorete, representa bem essa raiz nordestina do ator. Em setembro, volta a apresentar As Pérolas de Berenice, que já passou por várias temporadas nos dois anos em que está em cartaz. “Eu não me imagino fazendo outra coisa, pois amo a minha profissão e tenho grande paixão por ela.” Ele já trabalhou com grandes nomes do teatro brasileiro, como o diretor Hugo Rodas, e integrou a companhia A Culpa é da Mãe, hoje conhecida como Os Melhores do Mundo. Há dez anos ele apresenta o Elas Respondem, na Rádio Transamérica. No programa, Cláudio conversa com ouvintes no papel de Mary, de Gorete e de Berenice. Tudo, claro, com muito bom humor. Joel Rodrigues Cláudio Falcão Ator revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012 Joel Rodrigues Fátima Cabral Vice-presidente da 100 Dimensão O lixo também salva //Por Eldo Gomes Quem diria, ainda em 1998, que catar lixo seria uma boa alternativa de renda e de resgate de autoestima de mulheres sem esperança? “Você pode trabalhar com lixo, mas não precisa se misturar a ele”, é o que ensina a vice-presidente da cooperativa 100 Dimensão, Fátima Cabral, de 46 anos. Pedagoga e com habilitação em orientação educacional, Fátima esteve envolvida a vida inteira com lideranças comunitárias do DF. Em 1986, participou de um fórum que tinha como objetivo erradicar as favelas que nasciam ao redor de Brasília. Foi nesse período que conheceu um grupo de mulheres que catavam lixo para sobreviver. A maioria delas era semianalfabeta, tinha mais de 40 anos e criava os filhos sozinhas. “Foi quando começamos a procurar formas de melhoria das condições de trabalho delas e surgiu a ideia de criar uma cooperativa para profissionalizar o recolhimento de materiais recicláveis”, conta. Foi assim que nasceu a 100 Dimensão como cooperativa de coleta seletiva de lixo. O Sebrae-DF ajudou com a capacitação de cerca de 200 cooperadas, que hoje selecionam melhor o material reciclável e vendem as peças para ser reaproveitadas. A cooperativa cresceu e hoje ocupa três galpões. “No momento a nossa maior parceira é a Coca-Cola. Estamos em busca de ajuda, afinal é sempre difícil ter patrocínio nessa área”, destaca. //Sua excelência, o gerente Telmo Ximenes //Por Eldo Gomes Com experiência de 21 anos na área de comércio e de serviços, Marcos Augusto Atayde está no auge da sua carreira. Hoje ele ocupa o cargo de superintendente do Terraço Shopping. “Estou onde eu queria estar há 20 anos, gosto muito do que faço e quero estar aqui até os 70 anos”, garante. O catarinense, de 43 anos, é formado em Administração Financeira na UDF. Você acha que Brasília oferece oportunidades? Em Brasília existem boas e grandes oportunidades, princi- revista FECOMÉRCIO JULHO 2012 palmente na parte de comércio e de serviços. Com um pouco de sorte e conhecimento você pode ir longe. Como ter sucesso na área comercial? O ramo de shoppings centers é muito dinâmico. É preciso gostar de números e de lidar com pessoas. Como organizar o orçamento do shopping? Não costumo fazer avaliações com o que quero, mas sim com o que tenho. Chova ou faça sol, nós sabemos o quanto podemos contar com os nossos lojistas. Marcos Augusto Atayde Superintendente do Terraço Shopping 51 //economia Por mais investimento de qualidade D iante do agravamento da crise externa, da desaceleração da expansão do crédito interno, e de um crescente viés anti-investimento-privado, a economia brasileira está claramente rateando. Assim, as projeções de crescimento do PIB, para este e o próximo ano, vêm caindo seguidamente. O pior é a constatação de que é a demanda de investimento que tem comandado a recente desaceleração. Não por acaso, o crescimento sustentável do PIB, que depende em grande medida de quanto do produto local se destina a investimento, se situa hoje na faixa de 3 a 3,5% a.a., abaixo do que se imaginava possível há bem pouco tempo. Ou seja, a demanda desacelera, mas os problemas do lado da oferta são ainda maiores. Outras constatações relevantes têm a ver com os investimentos em infraestrutura de transportes. Aqui, os gastos federais não conseguem decolar, e isso se deve mais à inoperância governamental do que à falta de recursos. Há reforma organizacional em curso na burocracia específica, mas os frutos ainda vão demorar. Do lado das concessões, a clara postura anti-investidor-sério tem predominado nas últimas levas, e isso pode significar investimentos que não ficam em pé ou que fa- çam pouca diferença em relação ao dramático quadro dos transportes brasileiros. Nesse quadro, a decisão de reativar a economia via investimento estadual e municipal pode fazer sentido, ainda que a dívida pública cresça um pouco mais. Primeiro, porque o Brasil acumulou créditos de realizações na área fiscal. Depois, porque a adoção de políticas anticíclicas, que implicam em gastar mais e reduzir os superávits em fases de baixa enquanto se poupa nas fases de alta, é correta e tem cada vez maior número de adeptos. Terceiro, porque essa política pode ser revertida facilmente à frente em contraste com o aumento de gasto corrente, sempre mais rígido. Por incrível que pareça, há ainda uma quarta razão: várias administrações subnacionais estão melhor aparelhadas para investir do que a União. Enquanto isso, cabe mudar a postura em relação aos investimentos privados, especialmente em infraestrutura de transportes, pois com ou sem crise esses precisam crescer, para tirar o País do buraco. A chave agora é aumentar a produtividade do País via expansão da área de transportes, e isso só se consegue com investimentos de qualidade. A decisão de reativar a economia via investimento estadual e municipal pode fazer sentido, ainda que a dívida pública cresça um pouco mais 52 Joel Rodrigues Raul Velloso Doutor em Economia pela Universidade de Yale (EE.UU). Atualmente, é consultor econômico em Brasília revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012 O Núcleo de Relações Empresariais do Senac-DF oferece cursos customizados para atender as necessidades da sua empresa. Nossa equipe de especialistas realiza o diagnóstico e prepara aulas na medida certa para capacitar os profissionais do seu empreendimento. São mais de 150 cursos nas áreas de gestão e negócios, hospitalidade e laze lazer, gastronomia, informática e imagem pessoal que podem ser adaptados ao que seu negócio precisa. Com aulas no Senac, in company ou a distância, sua empresa estará preparada para o sucesso. O NRE está pronto para receber novos clientes. Entre em contato pelo o telefone 3313.8714 ou acesse o nosso site: www.senacdf.com.br . revista FECOMÉRCIO JULHO 2012 53 agenda sesc 25 horas aquáticas Em de 1º de agosto, o Sesc-DF abre as inscrições para o 25 Horas Nadando. A competição, uma tradição na cidade, está marcada para começar em 25 de agosto, às 10h, e terminar no dia 26, às 11h. Serão oito raias que comportam até 150 nadadores, que vão competir na piscina da Secretaria de Esporte e Lazer, antigo Defer. Para esta edição o Sesc preparou uma raia especial. A raia social contará com crianças de instituições que desenvolvem trabalhos sociais, como organizações não governamentais e orfanatos. Para esses participantes, a inscrição será gratuita. Os interessados podem se inscrever até 22 de agosto. O valor a ser pago é de R$ 10 por atleta e as inscrições devem ser feitas no Sesc Estação 504 Sul e na Universidade de Brasília. Para participar, basta saber nadar. Não há limite de idade. “Nesta edição, vamos contar com a participação de um clube de Goiânia. A intenção // Por Andrea Ventura Joel Rodrigues Um dia e uma hora Atletas de todas as idades podem participar. Basta saber nadar é de que o evento deixe de ser local e torne-se nacional, atraindo equipes de todo País”, revela o coordenador de Esporte e Lazer do Sesc, Carlos Augusto de Carvalho. A expectativa é de que participem 1, 2 mil atletas. Vence a prova a equipe que ao final das 25 horas de revezamento somar a maior distância percorrida. A competição, que já está em sua 19ª edição, conta com a parceria da Universidade de Brasília. Copa Sesquinho será em setembro Crianças a partir dos seis anos já podem participar da tradicional Copa Sesquinho. Esta é a 11ª edição do torneio que reúne atletas de até 15 anos para jogar futebol soçaite na unidade do Sesc de Taguatinga Sul. O torneio é aberto a equipes de escolas matriculadas de futebol soçaite e futsal do DF. As inscrições iniciam em 6 de agosto e seguem até o dia 27, na unidade do Sesc de Taguatinga Sul e no Sesc Estação 504 Sul. O torneio será disputado de 1º a 30 de setembro, sempre aos sábados, domingos 54 e feriados. As categorias que disputam o torneio são chupetinha (até 7 anos), fraldinha (até 9), pré-mirim (até 11), mirim (até 13) e infantil (até 15 anos). “Já é um evento consagrado na cidade, afinal este será o 11º ano do torneio. As famílias participam, os pais acompanham e torcem”, diz o coordenador da Copa Sesquinho, Marcos Costa. Ele ressalta que a competição também faz sucesso pela sua organização. “Apesar de o torneio acontecer apenas em setembro, no mês de janeiro os téc- nicos de escolinhas de futebol da cidade já começam a ligar para pegar informações. Além disso, o evento é seguro, em ambiente fechado, com médico, brigadista e segurança”, aponta Marcos. Todos os atletas participantes recebem medalhas e há troféus para o primeiro, o segundo e o terceiro colocados, além dos melhores artilheiro e goleiro. @sescdf /sescdistritofederal revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012 //direito no trabalho Convenção coletiva de trabalho da Fecomércio O Meio Ambiente eleito pelo Constituinte de 1988 como matéria constitucional, conforme se observa no art. 225 e seguintes da Constituição Federal é direito de todos. É dever do Poder Público e da coletividade a sua preservação para as presentes e futuras gerações. E o Brasil tem participado desse cenário há anos, a exemplo da realização da Eco/92, da assinatura e ratificação do chamado Protocolo de Quioto e da realização da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20. E como uma das ações efetivas desse processo, destaca-se a publicação da Lei nº 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e traça as diretrizes gerais sobre o gerenciamento ou a gestão ambientalmente adequada dos resíduos sólidos. A previsão é de que a responsabilidade pelo ciclo de vida dos produtos seja compartilhada entre os fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, incluídos os consumidores. Assim, as empresas que geram direta ou indiretamente resíduos sólidos por meio de suas atividades também estão obrigadas ao cumprimento do disposto nessa lei. É que são considerados resíduos sólidos aqueles gerados pelos estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, sendo que os que não forem caracterizados como perigosos, podem em razão de sua natureza, composição ou volume, ser equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público. O que significa que se revista FECOMÉRCIO JULHO 2012 considerados os resíduos gerados por essas empresas como resíduos sólidos domiciliares a sua responsabilidade cessará com a disponibilização adequada para a coleta. No entanto, os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços geradores de resíduos perigosos ou que não possam ser caracterizados como resíduos domiciliares pelo poder público estão sujeitos à elaboração de plano de gerenciamento de resíduos sólidos, sendo que a própria lei tece detalhes a respeito da elaboração, requisitos, dentre outros aspectos, do referido plano. Por outro lado, ainda que a empresa elabore, implemente e operacionalize o plano de gerenciamento de resíduos sólidos, que deve ser aprovado pelo órgão competente, caso haja gerenciamento inadequado desses resíduos e venha a causar danos, mesmo tendo a pessoa jurídica ou física contratado serviços de coleta, armazenamento, transporte, transbordo, tratamento ou destinação final desses resíduos, responderá pelos danos causados pelo mau gerenciamento. De qualquer forma, essa lei também prevê acordos setoriais, sendo que as negociações entre os representantes sindicais dos segmentos econômicos produtores de resíduos sólidos, como é o caso dos eletroeletrônicos, medicamentos, embalagens em geral, dentre outros, e representantes do poder público via Ministérios do Meio Ambiente, da Agricultura, da Saúde, e outros, já estão em andamento, o que permitirá a assinatura desses acordos, instrumentos necessários para implementar a logística e gestão dos resíduos sólidos. Joel Rodrigues Cely Sousa Soares Ope Legis Consultoria Empresarial 55 marketing Pura mordomia // Por Andrea Ventura Com o objetivo de fidelizar clientes, empresas oferecem muito além do tradicional cafezinho A tradicional dupla cafezinho e água servida nas lojas já virou clichê. Hoje, para “segurar” o consumidor, as lojas apresentam muito mais, podem ser brindes como um jogo de panelas ou até mesmo um bar dentro da loja que oferece uma dose de uísque. Mas será que esse comportamento no segmento varejista é um diferencial que fideliza o cliente? De acordo com o pesquisador de marketing do grupo Experimenta da Universidade de Brasília Rafael Barreiros Porto, esta é uma prática do segmento de luxo. “Há mais de 30 anos as lojas utilizam essa prática, mas não acho que influencia o consumidor na decisão da compra. Dificilmente alguém vai comprar um produto porque ganhou um brinde. Acho que influencia o ambiente da loja que se torna mais agradável”, acredita o 56 pesquisador. A Cimfel, loja especializada em materiais de construção, oferece serviços diferenciados para fidelizar seus clientes. Um deles é distribuir presentes quando o consumidor está no caixa da loja. “Quando uma luz acende, o cliente é premiado. Pode ser um jogo de panelas ou um aparelho de jantar, por exemplo”, explica o gerente de comunicação, Allex Chaves. Há ainda degustação de alimentos associados à venda de um produto, como pão de queijo para a oferta de um forno. A loja oferece ainda pipoca, refrigerante, café e água. “Fazemos essas ações aos fins de semana para receber os clientes nas duas lojas do SIA e de Samambaia”, diz Chaves. Para ele, essas ações são muito positivas, pois fazem com que o cliente permaneça na loja por mais tempo. “Quando algum desses revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012 Joel Rodrigues Luxo Nas Óticas Diniz, cliente não passa sede, tem até espumante serviços não é oferecido, o consumidor sente falta. Uma vez a funcionária que prepara a pipoca faltou e aí teve cliente que reclamou”, conta. As óticas Diniz oferecem mimos aos clientes. Tudo começou no Maranhão no início da marca, quando era oferecido suco aos clientes. Com o calor da região Nordeste, os clientes aprovaram a iniciativa e depois a marca foi introduzindo outras benesses. Com o crescimento do grupo, em seguida foi montado um bar dentro das lojas. Hoje a iniciativa é padrão em todas as unidades do País. Em cada uma das lojas, uma profissional é destacada apenas para esse serviço. A funcionária oferece a todos os clientes bebidas, como água, café, refrigerante, espumante, vinho, uísque e licores, além de picolé. “No caso da Diniz Prime, direcionada para o mercado de luxo, há ainda um capuccino. Aqui na unidade do Lago Sul oferecemos os cafés acompanhados de um delicioso pão de mel, já bastante comentado revista FECOMÉRCIO JULHO 2012 entre os clientes. O barzinho das Óticas Diniz é um serviço primordial. Os clientes amam e comentam com amigos e familiares essa atenção especial. Um retorno maravilhoso e extremamente importante”, aponta a diretora da Diniz Prime, Leila Diniz. Tudo começou com uma gravidez. Ao saber que sua cliente estava grávida, a corretora de imóveis da M Garzon Brasil Brokers Débora Cristina Paes resolveu fazer um agrado para celebrar a data especial. “Era a minha primeira venda. Ela chegou para mim e disse: acabei de pegar meu exame de gravidez. Você é a primeira pessoa que sabe disso! Pensei em fazer alguma coisa”, lembra. Débora comprou um presente para o bebê, um almoço em um restaurante para o casal e enviou um cartão. Depois disso, a corretora já presenteou seus clientes com diversos mimos como, hospedagens, vinhos, espumantes e viagens internacionais. “O retorno é muito bom, as pessoas me indicam para outros clientes. Mas o cliente só fica sabendo do presente depois que fecha a compra. Não ofereço antes. Sempre é uma surpresa e de acordo com o perfil da pessoa. Em minha última venda dei uma adega climatizada, pois descobri que o cliente era um apreciador de vinhos”, conta Débora. A biomédica Lilia Regina Pinto, 32 anos, ganhou uma viagem para Cancun, no México. Ela e o marido fecharam a compra de um imóvel com a corretora e ganharam a hospedagem de oito dias na cidade mexicana. “Foi uma surpresa. Ela chegou e disse que ia dar um presente para nós. A viagem foi perfeita. Nunca pensamos em ganhar algo tão especial. Fomos agora em março e comemorei duas vezes: meu aniversário e o de casamento”, conta. Para Lilia foi uma jogada de marketing perfeita. “Poucas pessoas têm esse feeling, acho que todos deveriam adotar essa tática. Indico os serviços sem medo”, aponta. 57 pesquisa relâmpago Fotos: Joel Rodrigues Natália Pacini Diretora do Hospital Oftalmológico Pacini Creomar Souza Professor de Relações Internacionais Universidade Católica da Brasília Marco Antônio Campanella Diretor geral do DFTrans Código Florestal Influência das férias escolares no trânsito Fim do cheque caução nos hospitais Relação do Judiciário com o Executivo REGULAR O que estavam discutindo era que a vegetação desmatada em área de proteção permanente deverá ser recomposta, mas não estou ciente sobre as regras. BOM Ainda sentimos um fluxo melhor dos carros quando há férias escolares. Falam que em oito anos o trânsito de Brasília estará constantemente congestionado. BOM Entendo que nos momentos de emergência é preciso levar em consideração a gravidade. Porém, não concordo em proibir o hospital de manter a garantia que o cheque caução traz. RUIM A maior parte dos nossos representantes está trabalhando para benefício próprio e deixando de lado as obrigações com a sociedade. BOM Infelizmente, ele reflete a dificuldade da sociedade em conseguir construir um caminho que alie desenvolvimento e sustentabilidade. BOM Se há dez anos, o trânsito se tornava mais calmo em período de férias escolares, hoje não acontece mais. Isso é reflexo da falta de capacidade das autoridades. BOM É uma arbitrariedade condicionar o direito à vida e à assistência ao depósito de uma determinada quantia de dinheiro. BOM O problema com negociatas escusas e ilegais só será solucionado quando o cidadão tornar-se parte ativa no controle das instituições. BOM Reúne dois fatores fundamentais: a preservação e a renovação dos recursos naturais, sem comprometer o desenvolvimento econômico e o social. BOM É preciso e possível melhorar mais. O que só vai ocorrer com medidas de mobilidade urbana a serem tomadas pelo governo local. BOM A lógica da saúde da população, em situações de emergência, não pode ficar submetida a interesses comerciais. RUIM Os poderes republicanos devem ser independentes para desempenharem cada qual o seu papel. RUIM O assunto é bastante amplo e muito discutido nos dias atuais e poucas pessoas têm acesso às informações. RUIM Sem dúvidas, no período letivo aumenta a incidência de congestionamentos pela péssima estrutura que não comporta o fluxo de carros. BOM A medida do cheque caução não é viável, mas é coerente com a realidade. RUIM É inadmissível essa relação vedada, mas é algo que foge de qualquer alçada política e social. Considerando que são as últimas instâncias do poder. RUIM A discussão é permeada por uma cegueira impressionante. Sem florestas, não há água, não há vida. Os ruralistas deveriam ser os primeiros a defender a causa. BOM O trânsito é o mais atingido e esse é um tema complexo, que deveria ser encarado com mais seriedade. BOM Nunca vi tamanha aberração. Acho ótimo que haja iniciativas para acabar com isso. A saúde não pode ser um negócio e estar à mercê do mercado. RUIM A Constituição Federal é clara: os poderes são independentes. Senão, não há a menor possibilidade de democracia real. Welington Isaias Estudante Helena Maria Maltez Ambientalista e educadora // Por Elsânia Estácio Untitled-4 1 58 18/11/10 11:29 revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012 *As taxas podem ser modificadas sem prévio aviso. Para cálculo do valor da antecipação, foi considerada a taxa de 1,8% somada ao valor do IOF. O CET da operação é de 2,25%. Taxas sujeitas à alterção sem prévio aviso. Faça sua antecipação de recebíveis de cartão e aproveite a melhor taxa do mercado: 1,8%*. Com o BRB, você transforma suas vendas a prazo em dinheiro vivo, com comodidade e segurança. São taxas competitivas e você ainda pode antecipar em até 100% o valor. Vá até uma agência BRB e antecipe seu crédito. revista FECOMÉRCIO JULHO 2012 WWW.BRB.COM.BR 59 XII Alimenta. 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