Revista Fecomércio

Transcrição

Revista Fecomércio
SulAmérica:
2
revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012
Meu plano de saúde
não cobre o médico
e o hospital que eu
prefiro pra me tratar.
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disponíveis para análise. Abril/2012. *A comercialização dos planos respeita a área de abrangência da operadora. A cobertura
de hospitais e laboratórios, bem como de honorários profissionais, se dá conforme a disponibilidade da rede médica e as
condições contratuais de cada categoria de plano.
revista FECOMÉRCIO JULHO 2012
Qualicorp Adm.
de Benefícios:
3
sumário
Fotos: Joel Rodrigues
Incentivo
à leitura
É com esse objetivo que o
Sesc-DF promove, desde
2009, as Feiras Literárias
28
Empreendedor
individual
Francisco Lopes (foto)
é um dos 2 milhões
de cadastrados nessa
modalidade de
pessoa jurídica
36
Caso de
sucesso
Danielly Pereira (foto)
descobriu a sua vocação
depois de estudar no
Senac-DF
40
Mordomia para
os clientes
Empresários investem
em mimos como
bebidas e brindes para
conquistar fregueses
56
Lojas novas e consumidores
de alto poder aquisitivo
Com a concretização do Noroeste, o setor produtivo do DF
ganha novas oportunidades de investimento. Serão 128 blocos
destinados ao comércio
30
seções
8 Entrevista
17 EMPRESÁRIO DO MÊs
23 SINDICATOS
24Estilo Certo
29 Vitrine
39 agenda fiscal
42 Pesquisa Conjuntural
46 gastronomix
49Segredos do
Marketing Digital
50 gente
52 economia
55 direito no trabalho
58 Pesquisa Relâmpago
cartas
Endereço
SCS Qd. 6, Bl. A, Ed. Newton Rossi – 5º e 6º andares – Brasília – 70306-911
(61) 3038.7500 – www.fecomerciodf.com.br – twitter.com/fecomerciodf
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Agradecimento
Sinto-me lisonjeada e honrada por
ter o meu trabalho reconhecido. Gostei
muito da matéria dedicada a mim. As
reportagens da revista são tratadas
com seriedade e profissionalismo.
Diretor Regional do SESC
José Roberto Sfair Macedo
Diretor Regional do Senac
Luiz Otávio da Justa Neves
Kelly Couto
Diretora executiva do Espaço Catetinho
SUPERINTENDENTE DA FECOMércio
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DIRETORA-EXECUTIVA DO INSTITUTO FECOMÉRCIO
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e Acessórios do DF (Sindiauto) • Sindicato de Condomínios Residenciais e Comerciais do DF (Sindicondomínio) • Sindicato
do Comércio Varejista dos Feirantes do DF (Sindifeira) • Sindicato do Comércio Varejista de Carnes, Gêneros Alimentícios,
Frutas, Verduras, Flores e Plantas de Brasília (Sindigêneros) • Sindicato dos Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas
do DF (Sindilab) • Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindiloc) • Sindicato das Empresas
de Loterias, Comissários e Consignatários e de Produtos Assemelhados do DF (Sindiloterias) • Sindicato do Comércio
Varejista de Materiais de Construção do DF (Sindmac) • Sindicato do Comércio de Material Óptico e Fotográfico do DF
(Sindióptica)• Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria e Livraria do DF (Sindpel) • Sindicato dos
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Comércio Varejista do DF (Sindivarejista) • Sindicato dos Fotógrafos e Cinegrafistas Profissionais Autônomos do DF (Sinfoc)
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Sindicatos associados
Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar) • Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis)
Coordenador de Comunicação do Sistema Fecomércio-DF
Diego Recena
Revista Fecomércio
Coordenação Editorial - Editora Meiaum
Diretor Editorial - Hélio Doyle
Editora-chefe - Anna Halley
Editora-executiva - Paula Oliveira
Editor Fecomércio - Diego Recena
Editora Senac - Ana Paula Gontijo
Editor SESC - Marcus César Alencar
Repórteres - Ana Carolina Freitas, Andrea Ventura, Camila Vidal, Eldo Gomes, Elsânia Estácio, Fabíola Souza, Haland Guilarde,
Luciana Corrêa, Mariana Fernandes e Sílvia Melo
Revisora - Bianca Stucky
Editor de Fotografia - Leonardo Arruda
Projeto gráfico e diagramação - Gustavo Pinto
Capa - Anderson Ribeiro
Impressão - Editora Gráfica Ipiranga Tiragem - 60 mil exemplares
Contato comercial - Joaquim Barroncas (61) 3328.8046 – [email protected]
Ceilândia
Li a reportagem “Vantagem ou
desvantagem” na edição de junho e
realmente é de ficar indignada com
a instalação do Na Hora no Shopping
Popular da Ceilândia. Não devemos
bagunçar o que já está pronto.
Fátima Venzi
Empresária
editorial
Desestímulo ao
setor produtivo
U
m dos maiores obstáculos
ao desenvolvimento do setor
produtivo é o peso da carga
tributária. Pagamos ao Estado para
produzir, para empregar, para vender, para comprar, para exportar,
para importar. Ou seja, não conseguimos dar um passo sequer sem mexer em nosso caixa. Não conheço um
empresário que não sue para fugir
do título de inadimplente, facilmente
conquistado com tantas cobranças
e poucos estímulos. O peso da carga
tributária no Brasil está em torno de
35% do Produto Interno Bruto. Em
2009, esse percentual era de aproximadamente 32%. Esse aumento
desestimula o setor produtivo. E, pior,
desestimula o País inteiro.
Infelizmente, temos a maior
carga entre os países da América
Latina. Na classificação mundial
também não ocupamos um lugar
que nos orgulha. Se pelo menos
víssemos o retorno de tanto dinheiro, poderia valer à pena. Mas é fácil
perceber que os impostos não estão
sendo bem aplicados. Em todo o
País, a saúde pública é um caos, a
rede de ensino tem problemas tanto
de infraestrutura quanto de pessoal
, da segurança nem se fala. Pagamos os impostos, mas precisamos
pagar também planos de saúde e
escola particular, gastamos nosso
dinheiro para nos sentirmos seguros, e não temos o retorno desejável.
O Brasil tem uma infraestrutura deficiente em termos de transportes,
energia, comunicações, saneamento, entre outros aspectos, o que prejudica os investimentos privados e o
desenvolvimento do país, bem como
a qualidade de vida da população.
Os contribuintes, tão estimulados pelo governo a consumir,
acabam por pagar a conta de forma indireta. Os preços dos nossos
produtos estão altos graças aos
impostos embutidos. Além disso,
a população também sente o que
esse peso representa ao procurar
emprego. Não conseguimos contratar o quanto gostaríamos e o quanto
precisaríamos, por causa dos elevados encargos sobre as folhas de
pagamento. Nossa capacidade produtiva é alta, mas está ociosa.
A discussão sobre carga tributária não é simples. Esperamos
ansiosamente por uma reforma
que há anos não sai do mundo
das ideias. Como esse tema é de
interesse de todos os empresários,
procuramos um especialista para
nos esclarecer a visão do Estado
sobre a questão tributária. O economista Cláudio Hamilton Matos dos
Santos, do Ipea, nos explica a lógica
de tantos impostos, sob o ponto de
vista do Estado, e é importante que
conheçamos este ponto de vista.
A Fecomércio-DF acredita que a
discussão franca, em um ambiente
democrático, é a melhor alternativa
para resolver os graves problemas
do País. E as páginas de nossa revista são um bom lugar para isso.
Paulo Negreiros
Adelmir Santana
Presidente do Sistema Fecomércio-DF
• Federação
• Instituto Fecomércio
• Sesc
• Senac
//entrevista
O lado bom dos
impostos
// Por Paula Oliveira
A alta carga tributária nem sempre é prejudicial para o País,
tem aspectos positivos e pode beneficiar os empresários.
Quem defende essas teses na contramão do senso comum é o
economista Cláudio Hamilton Matos dos Santos, diretor-adjunto
de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea – o renomado
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, vinculado à Secretaria
de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Para ele, o
governo já está desonerando as atividades produtivas e o consumo
por si só não é capaz de provocar o desenvolvimento das forças
produtivas. É, porém, necessário para incentivar os investimentos.
8
revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012
Leonardo Arruda
Cláudio Hamilton
Matos dos Santos
Diretor-adjunto de Estudos e
Políticas Macroeconômicas do Ipea
revista FECOMÉRCIO JULHO 2012
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Qual a porcentagem ideal da carga
tributária sobre o PIB?
Isso não existe. Nenhuma teoria diz
qual é a carga ideal. Para responder a
essa pergunta é preciso se questionar
para onde vão os recursos arrecadados.
Fica difícil responder. As pessoas têm
preferências diferentes. Um cidadão
mais pobre, por exemplo, que recebe
ajuda do governo, se beneficia muito do
aumento da carga tributária porque é
ela que viabiliza essa transferência de
renda. Quem se beneficia dos serviços
públicos, também. Já a parcela sobre a
qual o peso da tributação recai tem bons
motivos para reclamar. Para ter uma
resposta técnica seria preciso estabelecer uma hierarquia de quem precisa
mais. Essa decisão acaba sendo tomada democraticamente nas eleições e,
pelo que percebemos, há muito mais
beneficiados do que prejudicados. O que
tem acontecido há décadas é um processo de distribuição de renda liderado
por transferências públicas, viabilizado
pelo aumento da carga tributária, que
tem transformado o Brasil.
A parcela que não se beneficia seria a
formada pelos empresários?
É fato. Mas novamente é uma ques-
O governo tem
feito diversos
movimentos com
o objetivo de dar
uma resposta
para os que
empregam mais
10
tão de grau. Muitas vezes os empresários reclamam porque são eles que
recolhem os impostos, mas também
se beneficiam diretamente com eles.
Está certo que os setores são tratados
de forma desigual. Só que esse dinheiro da tributação é repassado para a
população por transferências públicas
e isso provoca alta do poder aquisitivo.
E isso aconteceu de fato. Houve inclusão de milhões de brasileiros no mercado de consumo nos últimos anos.
Os empresários podem se beneficiar
também se parte dos impostos forem
investidos em infraestrutura econômica – rodovias, aeroportos etc. Se tivermos uma infraestrutura que funcione,
para os empresários fica melhor. Mas
é bastante compreensível a reclamação do setor produtivo. O governo tem
feito diversos movimentos com o objetivo de dar uma resposta para os que
empregam mais. Já estamos em um
ambiente de desonerações tributárias
para a atividade produtiva.
A reclamação é de que a carga
tributária tem subido cada vez mais.
Temos tributos sobre folha de pagamento, importação, atividade produtiva, patrimônio e renda. A carga tributária tem subido fundamentalmente na
tributação sobre a folha de pagamento
e a renda – sobre o lucro. Quando você
tem um movimento de criação de milhões de empregos formais, significa
dizer que quem estava na informalidade agora precisa pagar impostos. O
processo de formalização nos últimos
anos cresceu muito e, juntamente com
o aumento das importações, provocou
a alta na arrecadação.
Incentivar o consumo é uma
medida emergencial eficaz em
longo prazo?
Em longo prazo, o que aumenta a
capacidade produtiva é o investimento.
Quando você consome um sorvete,
ele deixa de existir, mas quando é uma
casa, ela vai ficar contigo por mais tempo. Ou seja, o consumo por si só não é
capaz de provocar o desenvolvimento das forças produtivas. Por que as
pessoas investem? Porque precisam
aumentar a capacidade produtiva para
vender mais e não para deixar produto
parado no estoque. Mas, se as pessoas
não consomem, também não há incentivo ao investimento. As duas coisas
estão interligadas. É natural que em
momentos de crise, com os estoques
altos, se estimule o consumo. Nos últimos oito anos, o governo tentou montar
um modelo de crescimento com base
na dinamização do mercado interno. O
poder aquisitivo da população aumentou e, por conta disso, ela pode comprar
mais e poupar mais. Esse consumo
extra cria demanda para as empresas e
aumenta a produção. O consumo pede
investimento. A não ser que a economia
esteja muito aquecida, vendendo tudo o
que produz e não tenha mais condição.
Isso provoca inflação. Mas se tem capacidade, como é o caso agora, faz sentido
incentivar o consumo e também o investimento. São coisas complementares.
Mas o que fazer com uma população
cada vez mais endividada?
No Brasil, em geral, as pessoas
se endividam para comprar geladeira,
carro e, às vezes, até uma calça jeans.
Isso é comum por causa da inclusão de
milhões de brasileiros no mercado de
consumo. O endividamento até certo
ponto é legal. Se as pessoas tivessem
que comprar a TV de plasma à vista,
provavelmente não comprariam. Mas
o crédito está facilitado e isso viabiliza
essa inclusão, o aumento da demanda
para os empresários, os lucros positivos
– evidenciados pelo aumento dos impostos, porque a alíquota é a mesma há
muito tempo. É reflexo de um desenvolvimento que está dando certo. Os empresários têm, com isso, incentivos para
investir mais. Uma parte do aumento
do endividamento é positiva. O que não
revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012
queremos é que o cidadão fique afogado
em dívidas. De fato, as famílias estão
mais endividadas, mas isso aconteceu
por dois motivos. O primeiro porque no
final de 2010 o Banco Central do Brasil
tomou medidas macroprudenciais para
dificultar o acesso ao crédito e, assim,
desaquecer a economia – aumentando
as taxas de juros e reduzindo os prazos.
Nesse período, a inflação estava em alta
e o PIB havia crescido 7,5%, o maior em
muitos anos. A situação mudou muito
rapidamente e hoje a economia está
praticamente estagnada e as empresas estão com grande capacidade
produtiva ociosa. Isso é ruim porque
faltam empregos. O BC passou, então,
a fazer movimento inverso, o de reduzir as taxas de juros, para estimular
novamente o consumo e, consequentemente, ajudar os endividados. O
segundo motivo é que existem os que
se endividam para comprar casas.
O que também não é ruim. Temos
órgãos de fiscalização bastante competentes. Se o cidadão não paga uma
dívida, é enquadrado. As pessoas se
preocupam muito com isso. O que se
percebe é que o brasileiro lida bem
com o crédito.
Qual a influência da crise
internacional no baixo desempenho
do PIB? Estamos menos fortes do
que em 2008?
A economia cresceu em 2008 e o
PIB diminuiu em 2009. Então, sofremos com a crise financeira nos EUA
também. E agora novamente com a da
Europa, que não é tão forte. Não houve,
por exemplo, a falência de um banco
europeu. Mas há uma sequência de
más notícias que desanimam o mercado. Ou seja, uma parcela importante da
economia mundial tem a perspectiva
de passar por um período ruim, cada
vez pior. Isso nos afeta porque várias
das empresas em crise estão no Brasil
também. E também porque tem muito
dinheiro de fora no País e, assim, o real
revista FECOMÉRCIO JULHO 2012
se desvaloriza. Isso acontece porque o
investidor estrangeiro vem aqui e compra ações da Petrobras, por exemplo,
e com uma crise financeira talvez ele
comercialize as ações. Ele vende os
ativos e compra dólar porque precisa
de capital conversível e isso pressiona a
taxa de câmbio. Em 2008, foi particular
porque o setor público brasileiro não
devia tanto dinheiro em dólar. Mas, se
o real se desvaloriza muito, apenas
algumas pessoas, empresas e bancos
privados sentem. E, mesmo assim, o BC
tem mais de 300 bilhões de dólares para
Se o cidadão não
paga uma dívida,
é enquadrado.
As pessoas se
preocupam muito
com isso
segurar os financiamentos. O que acontece com frequência com essas crises
internacionais é que estrangeiros que
investiram aqui são obrigados a vender
as ações por preço menor. Em 2008, a
Bovespa estava em 72 mil pontos. Em
dado momento, ela baixou para 29 mil
pontos. Lógico que os brasileiros que
tinham ações na bolsa de valores perderam com isso, mas não precisavam
de dinheiro naquele momento e podiam
esperar subir de novo. Agora, uma
pessoa que está precisando de dinheiro
tem que vender as ações de qualquer
maneira. Então, quem perde são aqueles que precisam de liquidez em moeda
internacional. Outra coisa, milhões de
brasileiros estão inseridos na rede de
proteção social e recebem os benefícios
do governo de qualquer maneira e isso
assegura de certa forma a movimentação do mercado. Essas flutuações
macroeconômicas não têm impactado
a vida da população em geral. É uma
conquista participar de uma sociedade
em que as pessoas não dependem tanto
das flutuações econômicas. Optamos
por criar essas redes de proteção e decidimos pagar por isso, com os tributos.
O investimento externo dos países em
desenvolvimento tem crescido enquanto países mais ricos passam por
crises. O que está acontecendo?
Há a tese de descolamento. Os
países desenvolvidos estão com crescimento baixo e, os em desenvolvimento,
alto. Isso acontece por vários motivos.
O primeiro é que a China continua crescendo e boa parte dessa dinâmica tem
a ver com a lógica das commodities. O
aumento do consumo faz com que os
preços subam e os das empresas também. Temos recursos naturais fartos e
produção agrícola forte. Com a subida
da China, os preços aumentaram e o
mercado percebeu que podia investir
mais porque tinham que atender à demanda mundial, além da local. Quando
aumenta o lucro, o setor produtivo
investe mais, aumenta a capacidade
produtiva, emprega mais gente e provoca o crescimento econômico. Mas,
para crescer, é preciso ter divisas para
importar máquinas e equipamentos e,
assim, conseguir atender à demanda
externa. Quando os países centrais
desaceleram, provocam o aumento da
liquidez internacional e a facilitação em
conseguir divisas. Quando você tem
taxa de juros mundial baixa e liquidez
internacional, tem acesso facilitado ao
mercado externo. O que houve foi uma
conjunção de fatores.
11
economia
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fi
rias
á
c
ban
S
empre que uma pessoa física
abre uma empresa e começa
a responder como jurídica são
necessários alguns cuidados para
que o negócio vá em frente. Uma
atitude a ser tomada é a abertura de
conta bancária, com a finalidade de
manter as finanças bem organizadas. É bem verdade que ao abrir um
comércio, o empresário, por diversas vezes, não se atenta ao fato de
observar as taxas que os bancos cobram para a manutenção de contas.
Porém, mesmo que o comer-
12
ciante seja conhecedor de todos os
tributos que vai pagar, é necessária
fiscalização constante, uma vez que
algumas agências bancárias costumam exagerar nas cobranças absurdas. O que é pior, sem oferecer
nenhuma explicação mais detalhada para que o cliente fique ciente do
que está sendo “obrigado” a pagar.
O termo tarifa evidencia uma
prestação de serviço. As instituições
bancárias também são prestadoras
de serviços e assim são enquadradas
pelo Código de Defesa do Consumirevista FECOMÉRCIO | JULHO 2012
dor. Portanto, respondem pelo fornecimento de seus serviços da mesma
forma como qualquer outro estabelecimento comercial, inclusive sendo
responsáveis por valores abusivos.
Entre os serviços oferecidos pelos
bancos, pode-se destacar a oferta
de crédito, a facilitação de serviços
de cobrança, arrecadação e pagamentos das empresas, indivíduos e
entidades públicas, além receita por
administrar recursos de terceiros.
A manutenção de uma estrutura que comporte a movimentação
de todos esses serviços envolve,
além de mão de obra qualificada, o
investimento em tecnologia, telecomunicação, logística de transporte
e rede de agências. Essa amplitude
requer orçamento hábil e, para tanto, emerge a figura das tarifas que
nada mais são do que o pagamento
pela utilização e, em determinadas
situações, pela mera disponibilidade
de serviços contratados.
Mas, de acordo com o Código de
Defesa do Consumidor, o desrespeito aos usuários do sistema financeiro é flagrante em três aspectos: nos
altos preços das tarifas, no tempo
perdido nas filas e na discriminação aos cidadãos de menor poder
aquisitivo. Porém, o consumidor dos
serviços bancários pode, e deve, se
defender desses abusos. O aparato
legal para isso está no artigo 3º, parágrafo 2°, que identifica os serviços
bancários como relação de consumo. Portanto, o empresário está
amparado pela lei.
O empresário Francisco Silva
garante que deixou de utilizar sua
conta bancária por causa das altas
revista FECOMÉRCIO JULHO 2012
taxas cobradas pelo banco. “Prefiro cuidar do meu dinheiro por mim
mesmo”, diz. Ele simplesmente parou de movimentar a conta. Em três
anos de inoperância, a instituição
financeira continuou cobrando as
taxas de manutenção sem que Silva
fosse informado. O resultado é uma
dívida de R$ 1,6 mil. “Eu não sabia
da cobrança, ou seja, nem comunicação eles fazem direito, deixam
virar uma bola de neve para receberem mais dinheiro”, relata.
Já o empresário Ricardo Maia jamais se preocupou em avaliar seus
extratos bancários. O comerciante
confessa ter conta em três bancos
diferentes, mas nunca fez uma comparação. Ele está no ramo há aproximadamente 15 anos. “Eu não me
preocupo muito com isso, mas, a partir de agora, sabendo que os bancos
cobram taxas diferentes, vou passar
a avaliar e escolher a melhor opção
para o meu comércio”, diz Maia.
Já para Marcelo Trindade o importante é observar constantemente
o extrato bancário. Ele lembra que
certa vez notou que estava sendo
lesado pelas altas taxas que lhe
eram impostas. Resolveu mudar de
banco, mas o problema persistiu. A
diferença é que o abuso não vinha
da mesma modalidade de cobrança,
mas haviam outros meios de iludir
o correntista. “A partir do momento
em que percebi cobranças indevidas, comecei a acompanhar mais
atentamente meus extratos, consulto constantemente meu gerente e
um contador”, afirma Trindade.
As questões de tarifas bancárias
são reguladas pelo Banco Central e
pela Federação Brasileira de Bancos
(Febraban). De acordo com o contador Antônio Albuquerque, existe a
regulação, mas não há fiscalização
rigorosa por parte desses órgãos. Ele
diz ainda que, além das taxas, existem
os impostos, que por si já são absurdos. “Estamos lidando com a questão
da baixa nos juros, mas em compensação os bancos elevaram suas taxas, acaba ficando na mesma”, avalia
Albuquerque.
O professor de finanças públicas
da Universidade de Brasília Roberto
Piscitelli esclarece que, mesmo que
o Banco Central e a Febraban tentem fiscalizar mais de perto essas
cobranças de tarifa, é necessário
que o empresário faça um acompanhamento rígido em seus extratos.
“O ideal é que se faça uma análise
pelo menos de 15 em 15 dias. Se a
empresa tiver arrecadação maior,
e com movimentação diária, esse
controle deve ser ainda mais constante”, alerta.
Roberto Piscitelli afirma ser
complicado analisar situações de
cobranças abusivas, pois cada banco tem sua tabela, além de taxas
específicas de acordo com o padrão
da instituição. Mas ele lembra que a
agência tem a obrigação de fixar os
valores em local visível, para ciência
do consumidor. Além disso, sempre
que um comerciante quiser um esclarecimento, deve haver um funcionário apto para atendê-lo. “Todos
têm direito de cobrar explicação
sobre sua conta bancária, principalmente um comerciante, pois sua
movimentação geralmente é constante”, enfatiza o professor.
13
legislação
Leonardo Arruda
Facilidade
Rilson Raposo, da
Fábrica de Ideias,
não vê dificuldade em
solicitar o documento
para estar apto a
concorrer
Agora é lei
// Por Camila Vidal
Nova regra exige certidão negativa de débitos
trabalhistas de empresas interessadas em
participar de licitações públicas
L
evantamento do Tribunal Superior do Trabalho (TST) divulgado em junho aponta que ao
menos 1 milhão de empregadores
não pagam dívidas trabalhistas, mesmo após terem sido condenados
pela Justiça. No DF, cerca de 24
mil empresas são apontadas como
devedoras e aumentam a lista de
pessoas físicas e jurídicas em falta
14
com as obrigações impostas pela
Consolidação das Leis do Trabalho.
Como forma de dar segurança ao
órgão contratante desde abril vigora
a obrigatoriedade da emissão da
Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT) para toda e qualquer
empresa interessada em participar
de licitação pública.
A prova de inexistência de débirevista FECOMÉRCIO | JULHO 2012
tos trabalhistas, como estabelece
a Lei 12.440/2011, é expedida gratuita e eletronicamente na página
da internet do TST. Pela legislação, a empresa não tem direito ao
nada-consta quando houver inadimplência de obrigações estabelecidas
em sentença condenatória transitada
em julgado proferida pela Justiça
do Trabalho ou em acordos judiciais
trabalhistas, como a falta de contriuição previdenciária ou a falta de
pagamentos a honorários e recolhimentos determinados em lei.
O caráter punitivo da legislação,
no entanto, entra em vigor apenas
em último caso, quando não há mais
espaço para recurso ou negociação.
A validade é de 180 dias, a contar pelo
revista FECOMÉRCIO JULHO 2012
primeiro dia da emissão da Certidão
Positiva de Débitos Trabalhistas
(CPDT), que indica a existência de
pendências trabalhistas e fiscais em
nome de empresas e também de
pessoas físicas que queiram disputar
licitação. A outra modalidade possível
e prevista por lei é a certidão positiva
com efeito de negativa, dada quando
o devedor, intimado para o cumprimento da obrigação em execução
definitiva, garantir o juízo com depósito, por meio da quitação da dívida
ou de penhora de bens suficientes
ou maior que o total do débito ou, em
último caso, se tiver em seu favor
decisão judicial que suspenda a exigibilidade do crédito.
O advogado trabalhista e sócio da
Galvão & Candido Advogados Rodolfo Rodrigues Galvão acredita que a
legislação veio para proteger a administração pública na contratação das
empresas terceirizadas. “Em muitos
casos, após o encerramento da prestação de serviço, é preciso rescindir o
contrato com vários funcionários ao
mesmo tempo e é nesse momento
que muitas empresas não superam
financeiramente essa carga, o que
acarreta irregularidades trabalhistas”, argumenta.
Para expedição da CNDT foi instituído o Banco Nacional de Devedores
Trabalhistas (BNDT), centralizado
no Tribunal Superior do Trabalho,
a partir de informações remetidas
por todos os 24 tribunais regionais
do trabalho do País. Ao comparar
os números levantados pelo TRT 10ª
Região – responsável pelas ações
trabalhistas do DF e do Tocantins –
com o restante do País a média de
devedores ativos no banco em atuação na capital federal é considerada
baixa. Levantamento divulgado na
primeira quinzena de junho mostra
que, guardadas as devidas proporções, enquanto DF e Tocantins, conjuntamente, têm 23.725 casos de devedores, Goiás tem 26.775 empresas
e pessoas físicas em débito com a
Justiça Trabalhista. São Paulo lidera
o ranking de devedores, com mais de
200 mil empresários em débito com
funcionários ativos e inativos.
De acordo com o juiz da 6ª Vara
de Trabalho do Tribunal Regional
do Trabalho da 10ª Região e gestor
regional da Semana Nacional de Execução Trabalhista Antônio Umberto
Souza, a legislação alcança todo tipo
de empresa, pois a lógica da certidão
é a mesma do sistema de Centralização dos Serviços Bancários S/A e
do Serviço de Proteção ao Crédito.
“Antigamente a empresa podia dever
na Justiça do Trabalho e continuar
agindo sem restrição”, explica.
O crescimento na participação de
empresas de pequeno porte em concorrência de licitação pública fez com
que o Sebrae criasse a Gerência de
Políticas Públicas e Desenvolvimento
Territorial, para fomentar a inclusão
dessa parcela empresarial nas contas governamentais.
As melhorias nas condições de
participação das empresas atendidas pelo Simples Nacional motivaram o empresário Rilson Raposo,
sócio e diretor de novos negócios da
Fábrica de Ideias, a ampliar a atuação no setor público por meio de
licitações. Atualmente, a empresa
de clipping e monitoramento e análise das redes sociais tem contratos
ativos com 15 setores da iniciativa
pública, integrante da lista de 170
clientes da agência, com sede em
Brasília e filiais em São Paulo e no
Rio de Janeiro, e empregadora de 63
funcionários. Apesar de ainda não
ter precisado emitir a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas, por
não ter concorrido a licitações públicas em 2012, Raposo é favorável
à nova regra e destaca o fácil acesso
ao documento. “Concordo com a
legislação, pois as empresas que
pagam em dia as obrigações trabalhistas não precisam se preocupar
em ter um certificado que é emitido
pela internet”, explica.
15
serviço
Espaços para
eventos
// Por Sílvia Melo
Quatro unidades do Senac-DF alugam
seus auditórios totalmente equipados
E
mpresas que precisam de espaços para a realização de palestras, reuniões, debates, seminários, conferências, congressos,
mostras e exposições podem contar
com os auditórios de quatro unidades
do Senac-DF. A instituição oferece o
serviço de locação de espaço físico
para a realização de eventos de qualquer empresa nas unidades da 903
Sul, do Gama, de Ceilândia e do Setor
Comercial Sul. Para ter acesso e reservar o dia, basta entrar em contato
com a unidade responsável.
Os auditórios são confortáveis e
equipados com recursos tecnológicos. As salas comportam de 65 a 245
pessoas. O Senac faz a emissão de
nota fiscal, sendo que o pagamento
deve ser realizado na própria unidade.
Além disso, é assinado um contrato de
locação de espaço físico e equipamentos em que constam as obrigações do
locador e do locatário.
No auditório do Senac 903 Sul são
215 cadeiras fixas, com espaço para
mais 30 móveis. O locatário tem a opção de utilizar o foyer para coquetéis,
coffee breaks, exposição de produtos
e recepções diversas. O preço do aluguel da primeira hora é R$ 350 e das
horas subsequentes é R$ 250. Quando
o cliente aluga a sala por dois períodos
consecutivos (manhã e tarde ou tarde
e noite), há desconto de 20%, totalizando R$ 1.680.
Além da entrada exclusiva, o auditório tem palco; púlpito com microfone; mobiliário específico para
composição de mesa (poltronas e mesas); bebedouro; projetor multimídia;
tela de projeção eletrônica; flipshart;
serviço de som completo; microfones
sem fio e com fio; computador; internet sem fio; espaço atrás do palco
para armazenamento de materiais;
banheiros exclusivos; ar-condicionado
canalizado; e estrutura com acessibilidade para pessoas com deficiência.
No Gama, o auditório tem capacidade para cem pessoas. A primeira
hora de aluguel custa R$ 200 e as
subsequentes saem por R$ 150. A
unidade também oferece desconto
de 20% caso o cliente alugue por dois
períodos consecutivos, totalizando
Unidade do
Senac
Telefones
Capacidade do
auditório
Valor (1ª hora)
903 Sul
(61) 3217.8801
(61) 3217.8802
215 pessoas
R$ 350
Gama
(61) 3385.3411
100 pessoas
R$ 200
Ceilândia
(61) 3373.3646
(61) 3373.3648
70 pessoas
R$ 100
Jessé Freire (SCS)
(61) 3226.5235
(61) 3223.9188
65 pessoas
R$ 150
16
R$ 1 mil. O auditório do Senac Gama
tem entrada exclusiva; cadeiras para
obesos; palco; púlpito com microfone
específico; mobiliários para composição de mesa; bebedouro; projetor
multimídia; tela de projeção eletrônica; flipshart; serviço de som completo;
microfones sem fio e com fio; computador; banheiros exclusivos; e acesso
para pessoas com deficiência.
O auditório do Senac Ceilândia
tem espaço para 70 pessoas sentadas; palco; púlpito; projetor multimídia; tela de projeção eletrônica;
flipshart; serviço de som completo;
microfones sem fio e com fio; computador; ar-condicionado; e acesso especial para pessoas com deficiência. A
primeira hora de aluguel custa R$ 100
e as subsequentes ficam por R$ 90.
Na unidade do Senac do Setor Comercial Sul (Jessé Freire) o auditório
tem 65 cadeiras fixas com prancheta
retrátil; quatro cadeiras tipo presidente; amplificador de som; datashow;
ar-condicionado; computador; tela de
projeção; microfone com fio; púlpito;
sala para coffee break e outros eventos; flipshart; e quadro branco. O valor
do aluguel é R$ 150 por hora.
@senacdf
/senacdistritofederal
revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012
//empresário do mês
Dedicação e
competência
// Por Elsânia Estácio
Prazer e profissionalismo são as ferramentas utilizadas por Vera
Caixeta para manter o restaurante há mais de 20 anos
M
ineira, mãe de dois filhos
e proprietária do Restaurante e Café Made In
Brazil há 23 anos, Vera Caixeta começou sua vida de empresária aos
28, quando abriu uma lanchonete.
Ela e a sócia vendiam café espresso e pão de queijo no edifício Palácio do Rádio II, no Setor de Rádio
e TV Sul. “Quando abríamos a loja
pela manhã era muito engraçado,
pois já tinha um monte de gente
esperando os nossos famosos
pães de queijo e húngaro, este feito
com canela”, lembra. O cheiro se
espalhava pelos prédios vizinhos e
o sucesso estava feito. Na época,
no fim da década de 1980, o café de
Vera era o único nas redondezas. O
começo, como o de todos os empresários, foi difícil, mas ela teve
paciência e foi persistente. “Tinha
certeza de que estava investindo
em um futuro melhor e que um dia
a gente conseguiria se estabelecer
no mercado”, conta.
Poucos anos depois, sua perspectiva de retorno viria e seu negócio
passou por várias transformações.
Vera expandiu a empresa e a lanchonete ganhou um vizinho: um
restaurante self-service, o Made in
Brazil. “No início, eu tinha uma sócia,
trabalhamos juntas por 7 anos, mas
desfizemos a sociedade e eu decidi
tocar as lojas sozinha”, diz. O espírito
empreendedor de Vera não a deixa
estagnar e ela já pensa em abrir
franquias do restaurante. “Made In
revista FECOMÉRCIO JULHO 2012
Brazil é tradição há 23 anos e é um
empresa sobrevive a tantos plaaprendizado muito importante para
nos econômicos, como o restauos pequenos empreendedores que
rante e a lanchonete, ela é vitoestão começando”, acredita.
riosa. “Já enfrentamos inflação de
O nome estrangeiro foi esco50% ao mês. Tínhamos que pegar
lhido para reforçar a brasilidade
o dinheiro no caixa e correr para
da marca e para dar um selo simcomprar arroz porque no dia sebólico de qualidade aos produtos
guinte o preço era outro”, lembra.
vendidos por Vera. “Apesar da rePersistência e flexibilidade. É
sistência pelo fato de o nome ser
assim que a mineira Vera Caixeta
inglês, o Made In Brazil passou a
mantém a sua empresa há mais de
ser pra mim uma marca de refeduas décadas. É preciso se adaptar
rência, qualidade e responsabilidaàs mudanças necessárias e focar
de em relação ao nosso trabalho,
profundamente na questão da qualivalorizando o melhor da culinária
dade do atendimento. “Eu tenho uma
dos cardápios brasileiros”, explica.
equipe que reza antes de trabalhar,
Vera não teve dificuldades para
meus funcionários sabem que eles
lidar com o mundo dos negócios.
são importantes e estão felizes traEla entrou para o setor de alibalhando aqui”, acredita.
mentação por cauJoel Rodrigues
sa da necessidade
íntima de servir,
nutrir e alimentar
as pessoas. Ela é
figura constante no restaurante
e não abre mão de
acompanhar tudo
de perto. “Posso
dizer que, por um
período, eu trabalhei de graça para
manter a empresa
viva. As dificuldades
Dobradinha
estão sempre preVera Caixeta
comanda há 23
sentes, você precianos um café e um
sa resolvê-las”, diz.
restaurante no Setor
de Rádio e TV Sul
Para ela, a partir do
momento que uma
17
A
A
A
A
tecnologia
A
A
A
Cuidado com o
A
mais barato
A
//Por Fabíola Souza
Programas piratas podem custar menos no
início, mas, com eles, os computadores da
sua empresa correm sério risco de serem
infectados por vírus embutidos
A
A
A
A
A
A
A
A
s modernas tecnologias de
informação e de comunicação permitem melhorar
a qualidade de vários aspectos do
negócio. A agilidade e o poder de
resposta são as novas regras no
ambiente empresarial atual, facultadas pela tecnologia. Entretanto, é
preciso ter cuidado na hora de comprar programas de instalação e ao
contratar uma pessoa para fazer a
manutenção das máquinas.
O presidente do Sindicato das
Empresas de Serviços de Informática do DF (Sindesei-DF), Charles
Dickens, alerta os empresários sobre os riscos de se adquirir um produto falsificado, como o antivírus
ou mesmo o Pacote Office – que
consiste em editor de textos (Word),
planilhas (Excel) e apresentações
(Power Point).
Ele lembra também que a compra de produtos não originais é uma
prática ilegal, pois é contrária à leA
A
gislação brasileira, em especial à lei
9.609. Quem utiliza software pirata
corre sérios riscos de usar programas modificados que tenham vírus
embutidos, por exemplo. “Esse tipo
de produto não tem garantia de qualidade”, afirma Dickens. Outro ponto
importante é que as multas por usar
esse tipo de mercadoria podem chegar até 2 mil vezes o valor original
do produto.
Dickens diz ainda que o vírus
mais comum que ataca os computadores é denominado de Trojans ou
cavalos de Troia. Segundo ele, inicialmente, esses espiões permitem
que o micro infectado possa receber
comandos externos sem o conhecimento do usuário. Dessa forma, o
invasor poderia ler, copiar, apagar e
alterar dados do sistema. “Normalmente esse vírus é usado para procurar e roubar dados confidenciais
do usuário, principalmente senhas
bancárias”, afirma.
A
A
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A
da CTIS, Felipe Pereira da Silva,
afirma que garantir a proteção do
negócio é uma grande preocupação
tecnológica hoje em dia.
Silva diz que diversas operações
são executadas por meio de computadores, sobretudo as financeiras,
que exigem um nível de proteção
adequado para garantir que os bens
financeiros do negócio não sejam
fraudados. “O nível de segurança
adequado depende da criticidade
de cada negócio, mas o antivírus é
um elemento básico, essencial e indispensável em qualquer ambiente
computacional.” Ele ressalta a importância de manter os programas
sempre atualizado, pois novos vírus
surgem a todo momento.
Silva acredita que a terceirização
de um profissional na área de manutenção é relativa. Às vezes, é melhor ter uma pessoa contratada pela
empresa para cuidar da área tecnológica. Segundo ele, o fator determinante é o nível de qualidade e de
disponibilidade do serviço que o negócio exige e o comparativo do custo
da terceirização com utilização dos
recursos internos. “Quando analisamos esse processo, observamos
que não estamos falando apenas
de técnicos para dar manutenção. É
necessário um gestor capaz de receber e interpretar as prioridades para
o atendimento dos chamados, contatos e parcerias com fornecedores de
peças e programas”, aponta.
A diretora franqueada da escola
de inglês Wizard do Paranoá e da
Vila Planalto, Maria Amélia Franco,
afirma que nunca passou por nenhum problema com vírus porque
paga todo ano um programa de antivírus para proteger os 18 computadores que existem nas duas insituições de ensino.
Para ela, essa medida é de extrema importância, pois isso garante a seguraça das informações das
máquinas. “Sempre compro produto original, pois é melhor pagar um
pouco mais caro em algo seguro e
de qualidade do que ficar refém de
hackers”, ressalta a empresária.
O analista de sistemas Luiz Renato Feitosa trabalha há dois anos e
meio no setor de tecnologia da Homer Center Cimfel, do SIA Sul. Para
ele, o empresário precisa investir no
segmento tecnológico, pois é um
investimento que, se bem aplicado,
aumenta consideravelmente as vendas do estabelecimento.
Feitosa explica que o programa
gerencial de vendas, estoque e financeiro é todo integrado na empresa onde trabalha e fica disponível para todos os setores. Ao todo,
a loja possui 250 computadores e
uma média de 500 funcionários. “O
programa de estoque é fundamental
para uma empresa que tem variedade grande de produtos. Se o estoque estiver negativo, o vendedor
vai avisar imediantemente ao cliente
que o produto está em falta e, assim,
pedir reposição de mercadoria para
o departamento responsável. É tudo
mais rápido e prático, além de evitar
aborrecimentos”, aponta o analista
de sistemas.
Feitosa comenta que o investimento em equipamentos tecnológicos e softwares é alto, porém necessário. “É uma questão de custo
benefício. Hoje o mundo está muito
rápido, é necessário economizar
tempo nos negócios, e a tecnologia
proporciona essa economia”, diz.
O gerente da assessoria de segurança do departamento de infraestrutura de tecnologia corporativa
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Joel Rodrigues
interatividade
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faça c para eu
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gosto gordar.
n
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O bom e velho
bilhetinho
Por Fabíola Souza
A prática vai contra as novas tecnologias, mas
manter uma caixinha de comunicação com o
cliente rende pelo menos boas histórias
Q
uem nunca ouviu falar da velha caixa de sugestões? É um
método utilizado há anos para
aproximar a empresa e o cliente.
Sem necessidade de apresentações
ou mesmo de contato direto, esse
20
procedimento é utilizado em diversos segmentos do comércio de bens
e serviços. Principalmente naqueles que comercializam alimentação
como lanchonetes e restaurantes.
Renato de Sousa Almeida, prorevista FECOMÉRCIO | JULHO 2012
Não
tanta coloque
na c pimenta
omid
a!
prietário do restaurante Brasileirinho, no Setor Comercial Sul, não
abre mão da caixinha de sugestões
por nenhuma tecnologia. O estabelecimento existe há um ano e meio e
sempre usou esse método de comunicação. De acordo com ele, dessa
forma ele sempre tem um feedback
dos consumidores. “Normalmente
eu vejo o comércio como uma vela ao
vento, porque é o cliente que conduz
o serviço do restaurante”, afirma.
Almeida diz que todas as sugestões, reclamações ou mesmo
elogios são apresentados para toda
a equipe de servidores em reunião.
Para ele, os funcionários devem
participar dos acontecimentos do
estabelecimento. Os recados deixados na caixa variam de sugestões de
pratos a serem incluídos no cardápio, até elogios ao tempero da comida e mesmo críticas ao tamanho do
estabelecimento.
O empresário conta que já teve
gente que escreveu pedindo para
ele não aumentar o preço do prato,
outros pedem para o chef maneirar
na pimenta. “Teve um que foi muito engraçado. Uma moça que pediu
para eu não fazer uma comida tão
gostosa porque senão ela iria engordar”, comenta.
Outra sugestão colocada na caixa foi para que Almeida estipulasse
revista FECOMÉRCIO JULHO 2012
multa para quem desperdiçasse comida. Como o restaurante cobra um valor único por pessoa,
alguns colocam muita comida e acabam deixando no prato. “Realmente
o desperdício de comida é algo muito
triste. Então, depois da sugestão, resolvi colocar uma placa avisando que
tem uma taxa de R$ 2 para quem não
comer tudo.”
Há quatro anos, o quiosque do
Sushi Loko do shopping Deck Norte,
no Lago Norte, mantém esse canal de
comunicação para medir a satisfação
do cliente pelos serviços do restaurante. Segundo o sushiman-chefe,
Matheus Roque, os recados mais comuns que os consumidores deixam
são sobre a agilidade da entrega de
pratos. “Nós demoramos uma média
de três minutos para servir a pessoa
na mesa, mas em horários de pico
demora um pouco mais e os clientes
se irritam”, afirma.
Para Roque, o cliente expõe a opinião com o objetivo de ser atendido,
por isso a importância de se ter um
elo formal com o consumidor. Segundo ele, as pessoas gostam de se sentir
especiais e quando veem que o estabelecimento põe em prática as sugestões oferecidas por elas, acabam
frequentando o lugar com mais assiduidade. “A gente consegue fidelizar
o cliente assim”, aponta o sushiman.
“É o cliente que
conduz o serviço do
estabelecimento”
Renato Almeida
Brasileirinho Restaurante
21
O professor de marketing do
Programa de Pós-Graduação em
Administração da Universidade
de Brasília (UnB), Rafael Barreiros Porto, diz que as novas tecnologias estão tomando o lugar
das caixinhas.
“Com o advento do Sistema de Atendimento ao Consumidor e outras formas de
comunicação como o e-mail,
as pessoas acham mais fácil
manifestar suas opiniões de
forma virtual, pois não tem
aquele constrangimento do
cara a cara”, completa o
professor. Mas, pondera,
não importa qual é a forma, o estabelecimento
deve se estruturar para
oferecer algum tipo de
ligação direta com o
consumidor, seja por caixa de sugestão no local, pela internet ou mesmo por telefone.
Ainda assim há quem prefira se
manifestar por meio do computador.
A gerente da Mormaii do Pátio Brasil, Mayara Bonito, afirma que a loja
criou a Central de Relacionamento
Mormaii (CRM) pela internet para
ter um canal de comunicação com
os clientes. Segundo ela, os consumidores não costumam deixar nada
escrito na própria loja, preferem a
internet. “Em todas as etiquetas dos
nossos produtos está o
mece
o
c
e
u
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Sugiro
ulta
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r
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das pe
ida.
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desperd absurdo.
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Isso é u
Já o sócio do restaurante Sinhá
Moça, na 209 Norte, João José Costa
Corrêa, afirma que não sente necessidade de implementar a caixa de sugestões no estabelecimento. Segundo ele, o comércio funciona há três
anos e meio e os clientes conversam
pessoalmente com ele e com a esposa sobre alguma opinião a respeito
do restaurante. “Passam em torno
de cem pessoas diariamente aqui
e nós conhecemos a maioria pelo
nome”, comenta Corrêa.
O empresário conta que uma vez
aconteceu uma história pitoresca.
Uma moça começou a reclamar em
voz alta que havia bicho na salada e
que não queria mais o prato. Sem
graça, ele foi verificar o que havia
acontecido e constatou que não se
tratava de nenhum animal, apenas
de um broto de feijão que caiu sem
querer no meio das folhas verdes.
“Foi um misto de alegria com alívio.
Ainda bem que tudo se resolveu sem
grandes transtornos”, lembra.
22
nosso endereço eletrônico, além de
um telefone de contato”, informa a
gerente. Segundo ela, os comentários enviados por meio da CRM são
encaminhados direto para o proprietário da loja.
As lojas Renner resolveram inovar nesse segmento, juntando a tecnologia atual com a velha caixinha.
Segundo a assessoria da loja, não
basta satisfazer as necessidades de
relacionamento do seu público, é
preciso antecipar-se às expectativas
dos clientes e buscar encantá-los.
Com esse objetivo, o principal
instrumento usado para medir a satisfação dos clientes na loja é o Encantômetro, painel posicionado na
saída das lojas que convida o consumidor a opinar sobre a experiência
de compra, em três níveis: muito satisfeito, satisfeito e insatisfeito.
Colocado propositadamente na
saída, permite o registro imediato
após a experiência na Renner. Caso
a opção escolhida seja a terceira, um
colaborador oferece uma ficha ao
cliente para que ele possa detalhar
sua opinião e explicar o motivo da insatisfação. A Renner acredita na importância de ter um retorno instantâneo do cliente logo após a compra,
pois é a hora que ele vai expor uma
opinião sincera sobre o serviço.
Até o fim de 2011 a companhia
já contava com mais de 556 mil histórias registradas pelos seus colaboradores e 96% dos clientes disseram estar satisfeitos, entre
mais de 22 milhões de
opiniões coletadas nas
lojas de todo o País no
período de 15 anos.
Ainda de acordo com
a assessoria, a escolha
pelo sistema deu-se pela
interatividade e agilidade
no processamento das informações. Pois, o mais importante na opinião da Renner é a rapidez na solução
dos problemas.
A comida
é bo
demora m a, mas
uito para
ser servid
a. Invista
em agilida
de.
revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012
//sindicatos
Prazo
prorrogado
// Por Haland Guilarde
Empresários têm até 1º de maio de 2013
para aderir ao Simples Candango
O
s feirantes, ambulantes,
micro e pequenos empreendedores contam atualmente
com o programa Simples Candango,
uma forma de adequar o funcionamento de seus estabelecimentos às
taxas exigidas pelo governo. Em tese,
o projeto regulamenta o tratamento
favorecido, diferenciado e simplificado quanto ao recolhimento do
Imposto sobre Operações Relativas
à Circulação de Mercadorias e sobre
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal
e de Comunicação (ICMS) para pequenos empresários no DF. Para o
recolhimento de tal taxa, o feirante
tem como obrigação uma tributação
que varia de R$ 20 a R$ 100, paga aos
órgãos competentes do governo.
Em 9 de maio, a Câmara Legislativa aprovou, por unanimidade, a
ampliação do prazo de adesão ao
programa Simples Candango para 1°
de maio de 2013. O PL 902/2012, de
autoria do Poder Executivo, vai beneficiar micro e pequenos empresários,
revista FECOMÉRCIO JULHO 2012
feirantes e ambulantes que ainda não
migraram para o sistema de tributação. O fato agradou ao presidente
do Sindicato do Comércio Varejista
de Feirantes do DF (Sindifeira-DF),
Francisco Valdenir. “Estamos lutando
para que se estabeleça de vez o Simples Candango, pois nem todos os
feirantes terão condições de se adequar a outro sistema de tributação,
por conta dos seus ganhos”, justifica.
Segundo o presidente, existem
feirantes, por exemplo, que além de
não terem condições de pagar tributos de valores mais elevados, não
terão como se adequar às normas
e exigências de outros programas.
Para ele, o Simples Candango tem
que ser mantido como mais uma
opção para o trabalhador individual.
“Temos que ter opções, um feirante
que tenha um faturamento X precisa
ter o direito de saber onde o seu estabelecimento se enquadra. Com a
obrigação de tributos, muitos terão
que abaixar as portas, o que acarretará a volta às vias públicas”, reivindi-
ca o presidente.
Existem no DF cerca de 25 mil
feirantes, dos quais aproximadamente 80% já aderiram ao sistema
Simples Candango. Os demais estão
cadastrados como empreendedores
individuais ou microempresários. Ele
calcula que até o prazo de adesão ao
programa, haverá uma porcentagem
ainda maior, podendo chegar até a
totalidade. “Acredito que antes mesmo desse prazo limite, estaremos
todos, ou quase todos, incluídos no
programa Simples Candango.”
O programa não foi revogado
para aqueles que já eram optantes
do regime (feirantes e ambulantes),
mas terá validade até 30 de abril de
2013, conforme a Lei 4.834/2012.
Após essa data, todas as inscrições
serão baixadas automaticamente
pela Secretaria de Estado de Fazenda. Quem não se regularizar, obtendo nova inscrição como empreendedor individual ou como empresa, não
mais poderá exercer suas atividades
como empresário.
23
Estilo
Luciana Corrêa
Certo
Homens, tenham mais atenção com o visual
É preciso saber se vestir adequadamente para não chamar a atenção de maneira negativa
em ambientes profissionais. Andando pelas ruas de Brasília, percebo que os homens estão
precisando de umas dicas de como ficar mais alinhados. Observei alguns visuais e pedi ao
coordenador do curso de Design de Moda do Centro Universitário Iesb, Marco Antônio Vieira,
para analisá-los. Marco Antônio explica que tudo depende da adequação da vestimenta e do
tipo físico ao contexto profissional.
Veja as dicas:
A camisa para fora da calça pode
denotar desleixo com as demandas
mais formais do ambiente profissional.
Um blazer cinza pede tons mais claros
ou, em uma aposta mais ousada,
laranja ou vermelho. Se a ideia é
aparentar informalidade, até mesmo
uma calça jeans com um bom cinto
marrom, preferencialmente, e um par
de sapatênis ou de mocassim marrom
seria ótima escolha.
Um homem de camisa de manga
comprida branca, calça jeans e tênis
vermelho e branco, como vi nas ruas,
está totalmente inadequado. Ele
poderia usar um mocassim para ficar
um pouco menos informal. Cuidado
com as camisas mais sociais: o tecido
delas fica amarrotado mais facilmente.
Elas precisam estar impecavelmente
passadas. Se não, é melhor escolher
outra peça para sair de casa.
24
Tome cuidado com os acessórios.
Encontramos na rua uma pessoa
com camisa social listrada, calça
social listrada e sapatos pretos. O
detalhe era uma pulseira preta no
braço direito totalmente discordante
do resto do visual. As listras da
calça e da camisa devem seguir o
mesmo esquema cromático para
harmonizarem-se melhor. Adote as
mesmas cores, ou seja, se há cinza
em uma, deve haver cinza na outra
peça ou cores complementares.
Para quem está fora de forma,
cuidado com a camisa polo. O tecido
marca o corpo, sobretudo quando
é de cor clara. Escolha tecidos que
evidenciem menos as gordurinhas.
A calça jeans é permitida, quando
o ambiente é mais informal, mas
escolha modelos discretos e
mais clássicos.
revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012
[email protected] – www.facebook.com/estilocerto
Joel Rodrigues
Moda para cabelos
Está com vontade de mudar o visual do seu cabelo? O
inverno vai até setembro, mas você já pode começar a
pensar nas tendências em cores, tamanhos e modelagens
que serão usadas durante a virada do inverno para a
primavera e até o verão. Conversei com a cabeleireira Mia
Lisboa, do Studio de Beleza Vanité (201 Norte), e ela me
passou várias dicas interessantes sobre o que podemos
usar e como cuidar do cabelo. Anote as dicas:
• Cores: “Para quem gosta de ser morena ou ruiva,
os cabelos acobreados e castanhos estarão em alta.
Para as loiras, platinado!”
• Tamanhos: Ou longo ou curto. “Usaremos os dois
extremos. De qualquer forma, fica lindo!”
• Modelagem: Use e abuse do volume no seu cabelo.
Cuidado com
o tempo seco
A partir deste mês até setembro, nós,
brasilienses, já sabemos: hidratar é a
ordem! A secura do ar vem com tudo e
vai nos maltratar durante o trimestre.
A nossa pele não pode ser esquecida
de jeito nenhum. Para ajudar, a marca
Mary Kay tem a linha Satin Body®, com
três cosméticos especiais para cuidar
do corpo todo, com creme esfoliante, gel
e loção hidratante. A indicação é aplicar
o creme, enxaguar e, em seguida,
aplicar o gel, ambos durante o banho.
Depois, hidrate com a loção. Não deixe
de proteger a sua pele!
revista FECOMÉRCIO JULHO 2012
“A tendência é usar os cachos desfiados com muito
volume. Mesmo no liso, deixe volumoso”.
• Cuidados: Não se esqueça de tratar dos fios. “As
cores acobreadas e loiras são delicadas e, além da
manutenção, precisam de produtos de qualidade,
hidratação e restauração.”
Novidade
virtual
O Brasil ganhou uma marca de
moda exclusiva on-line: a Lets. É
um portal com produtos próprios
com as mais recentes tendências
em moda mundial. A expectativa
de investimento é de US$ 15
milhões no primeiro ano. O site é
constantemente atualizado com
novidades no mundo da moda,
porém, adequado à realidade e
ao estilo brasileiro. Para dar uma
consultoria completa aos clientes,
todos os produtos oferecidos vêm
com descrição detalhada, dicas de
conservação e combinações com
looks completos e inspiradores.
Conheça: www.uselets.com.br.
25
esporte
Joel Rodrigues
Mexa-se
//Por Mariana Fernandes
“Elegemos a corrida
o nosso esporte. Só
depende da gente, ao
contrário do futebol”
Valdenir Gomes de Jesus
Diretor técnico do Supercei
26
Empresários estimulam funcionários a
praticarem atividades físicas. Alguns viram
atletas competitivos
D
epois do futebol, só mesmo
a corrida. Levantamento recente elegeu a corrida de
rua ou o famoso cooper o esporte
que mais cresce no País. Os motivos
que levam à prática são inúmeros,
vão desde a estética até a preocupação com a saúde e a necessidade
por melhoria na qualidade de vida.
Sabendo disso, empresários e empresas passaram a investir em seus
funcionários e em pequenos atletas
da cidade. É o caso da rede de supermercados Supercei, que até este ano
já ajudou mais de 30 atletas amadores e profissionais com o custeio
de material esportivo, suprimento
alimentar, pagamento de inscrições,
alimentação e estadia para provas.
Essa história de investimento
no esporte do Supercei começou
em 2003, quando o diretor técnico
Valdenir Gomes de Jesus, e o diretor
Hélio Palazzo começaram a praticar
a atividade e a participar das provas de corrida de rua do DF. “Tudo
começou com a gente mesmo. Tomamos gosto e elegemos a corrida
o nosso esporte, sentíamos que só
dependeria da gente, bem diferente
do futebol que quando se perde uma
partida sempre tem um culpado ou
uma justificativa para a derrota”,
conta Jesus. Para ele, a corrida de
rua é um esporte muito diferente.
Por ser individual, precisa de mais
revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012
apoio para que se tenha mais incentivo. “Ao competir com outros atletas, descubro que posso muito mais,
me supero a cada prova e a cada
treino realizado, desejo isso a outros
corredores de rua também.”
Foi então que surgiu a ideia do
apoio empresarial. Em 2008, foi
criada a Equipe Profissional Supercei, formada por funcionários
que tinham interesse no esporte e
por atletas amadores. Foi também
criada a Corrida do Coração, em
2005, que nasceu de uma conversa
entre os diretores Palazzo e Jesus
em um treino de rotina. Hoje o grupo Supercei organiza o evento que
já chegou à 8ª edição, faz parte do
calendário oficial das comemorações do aniversario de Ceilândia e é
considerado um dos maiores eventos de atletismo do DF. “Ter nossa
marca relacionada ao esporte, nos
dá credibilidade e responsabilidade
social perante a sociedade, além de
dar a nossa parcela de contribuição
na formação do cidadão do futuro”,
explica Jesus.
Outro empresário que leva o
esporte muito a sério e investe no
atletismo é o professor José Wilson
Granjeiro, dono da escola de concursos públicos Gran Cursos. Granjeiro
começou a investir em atletas em
2005, mesma época em que voltou a
correr, uma paixão antiga. Criou, então, dois projetos: o Casa do Atleta e
o Correndo para o Futuro. Um ligado
ao outro. O Correndo para o Futuro
apoia garotos de escolas públicas e
os disciplina por meio do atletismo,
com treinamento e filosofia esperevista FECOMÉRCIO JULHO 2012
cíficos. Crianças de 10 a 14 anos
recebem lanches, cestas básicas,
uniformes, palestras e orientações
técnicas. “O Casa do Atleta trabalha
com os que se destacam no Correndo para o Futuro e estão prontos
para competir. São jovens que competem em 5, 10, 21 e 42 quilômetros.
Tem os mais velozes e os mais resistentes que correm meia maratona
e maratona, por isso são divididos
em categorias”, pontua Granjeiro.
Ambos projetos ajudam com tudo
que um atleta precisa para poder
prosperar. Auxílio financeiro, bolsa
de estudo, tênis, uniforme, inscrição
das provas, alimentação, viagem,
hospedagem. Além disso, tem plano
de saúde, tratamento dentário, exames e fisioterapia.
Funcionários e professores que
se apaixonaram pela corrida graças
à iniciativa do professor Granjeiro
participam anualmente da Mini Maratona Gran Cursos, prova realizada
pela empresa. “São cerca de 2,5 mil
atletas correndo com os pais, professores, colaboradores, diretores, parceiros. Muitos dos meus funcionários
eu trouxe porque eram atletas e eles
continuam atletas, só que trabalham
para mim, com carteira assinada”,
conta orgulhoso. “Também já aconteceu o contrário. Tenho vários professores hoje que correm com a minha
marca, que se inspiraram no meu
exemplo e passaram a correr. Eu
gosto de correr com eles, de treinar
com eles, de participar do dia a dia.
Na minha prova, para os professores
mais bem classificados, eu dou prêmios em dinheiro, fora a medalha”,
destaca. Para a escola de concurso
públicos tem tudo a ver aliar sua
marca à atividade física, uma vez que
em ambos precisa-se de disciplina,
rotina, dedicação e o alcance ao sucesso é o principal objetivo.
O Programa Viva Bem, da Caixa
Seguros, é outro projeto empresarial
que trabalha o estímulo da atividade
física aos seus funcionários. Foi
criado com a intenção de reduzir o
índice de sinistralidade do plano de
saúde e funciona oferecendo reembolso de 70% do valor das inscrições
nas provas de corridas que fazem
parte do calendário anual da Caixa
Econômica. Além disso, oferece o
custeamento da hospedagem e do
transporte para os funcionários de
fora. “Os dez melhores no programa
ganham a oportunidade de viajar
com o nosso apoio para participar da
Meia Maratona do Rio de Janeiro”,
explica Maria Cláudia Garrido, responsável pelo programa. Mas não é
só para o atletismo que o programa
é voltado: oferece também reembolso para qualquer modalidade física à
escolha do funcionário. “Temos convênio com duas academias, parceria
com o vigilantes do peso, programa
antitabagismo, serviço médico com
pronto atendimento ambulatorial,
psicólogo, nutricionista e odontologista.” Atualmente participam do
Programa cerca de 700 colaboradores. “O importante é promover o
esporte e oferecer qualidade de vida
aos nossos funcionários, para que
se sintam felizes com o trabalho e
nos ajudem a crescer como empresa”, diz Maria Cláudia.
27
educação
Semana
poética
Joel Rodrigues
Sesc-DF incentiva a
leitura nas crianças por
meio de feiras literárias
“A leitura, além de ser uma fonte
inesgotável de conhecimento, é um
dos elementos mais importantes na
construção da cidadania. A leitura
tem o poder de mudar a realidade do
indivíduo, de fazê-lo crescer como
pessoa e dá a ele a oportunidade de
mudar sua própria realidade”, é o
que diz a coordenadora de Educação
do Sesc-DF, Roselita de Sousa Sales. E foi pensando assim que o EduSesc criou Feiras Literárias, um projeto que desde 2009 é desenvolvido
em todas as unidades educacionais
do Sesc-DF para incentivar a leitura
aos seus alunos.
As equipes pedagógicas e diretores de cada unidade educacional
pesquisam e discutem autores que
tenham livros que possam ser trabalhados de forma significativa com
todos os alunos da educação infantil,
do ensino fundamental e do ensino
médio. Escritores renomados como
Bartolomeu Campos de Queiros, Jonas Ribeiro, Rosana Rios, Wellington
Lavareda já fizeram parte do projeto.
Depois da escolha do autor e do
tema da semana, eles começam
a trabalhar para que apresentem
releituras das obras de diferentes
formas, por meio de teatro, dança, apresentação musical, desenhos, narração dos livros e oficinas.
“Buscamos autores que podem
ser trabalhados tanto na educação infantil como no ensino médio,
então trabalhamos de acordo com
cada faixa etária”, explica Roselita.
28
// Por Mariana Fernandes
EduSesc
4,3 mil alunos
do programa
participaram das
feiras promovidas
neste ano
Aqueles que ainda não aprenderam
a ler reproduzem seus trabalhos por
meio de desenhos, por exemplo. “A
literatura chama atenção de todos,
depende só da forma como você trabalha pedagogicamente. Porque todos os autores são capazes de fazer
trabalhos que possam ser significativos para todos os alunos”, conclui.
Criar nas crianças a consciência
de que por meio da leitura e consequentemente do conhecimento é
possível transformar o ambiente em
que vivem, é uma das ações desenvolvidas nesse projeto. Neste ano,
a unidade do Sesc Gama, do Sesc
Ceilândia e do Módulo de Educação
e Cultura já realizaram a Semana de
Arte Poética. Ao todo, 4,3 mil alunos
do EduSesc participam do projeto.
O Módulo de Educação e Cultura
(MEC) foi um dos destaques, pois
realizou recentemente a Semana
de Arte Poética, de 11 a 15 de junho,
que contou com a presença do es-
critor João Bosco Bezerra Bonfim.
Escolhido pelo MEC para o projeto,
João Bosco é autor de livros de poesia lírica, cordéis e livros infantis,
com isso as crianças tiveram que,
entre muitas outras coisas, pesquisar sobre o cerrado, os bichos
que vivem nesse tipo de vegetação,
apontar e registrar as rimas da
história e descobrir como eram as
cidades antes dos prédios.
@sescdf
/sescdistritofederal
revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012
//vitrine
Caminhar
com estilo
// Por Eldo Gomes
Taguatinga agora tem uma franqueada da loja de calçados femininos Scarpin Mania, que oferece
sapatos bem coloridos fabricados
em São Paulo.
A novidade foi apresentada nas
passarelas do São Paulo Fashion
Week. A tendência do azul náutico já está na vitrine da loja, que
também expõe bolsas em couro.
Segundo Carina Lira Bastos, sócia-proprietária da marca, o diferencial
da loja está na qualidade dos
produtos. “Vendemos sapatos para as mulheres
modernas, bonitos e,
acima de tudo, confortáveis.” Com a
abertura da Scarpin Mania em Ta-
guatinga foram criadas cinco vagas
de emprego diretos.
São mais de 600 scarpins, botas,
bolsas, sapatilhas. Especializada
em calçados femininos, a franquia
aposta em sapatos de couro. São
oito unidades em todo o Brasil e
mais 12 inaugurações previstas para
o segundo semestre de 2012.
A loja que está no Taguatinga
Shopping é a primeira inaugurada
no DF. Botas com solado italiano e
no estilo montaria, sapatilhas e peep toes são
apenas algumas das
opções disponíveis.
A Scarpin Mania fica no Taguatinga Shopping (próximo
Relógios para
usar e ousar
// Por Eldo Gomes
A era dos coloridos belgas chegou a Brasília para diversificar
as opções de acessórios com a
Ice-Watch. O conceito moderno,
despojado e alegre, que permite a
combinação dos relógios com as
revista FECOMÉRCIO JULHO 2012
roupas, conquistou celebridades
do mundo inteiro,
como Madonna, Ferg i e e Paris Hilton. No Brasil, o
relógio já foi visto em famosas como
Ana Maria Braga e Heloísa Périssé.
Para ter uma ideia, foi o relógio
fashion mais comercializado no
ao restaurante Mercado 153). O telefone de lá é o (61) 3562.6286.
Fotos: Joel Rodrigues
Reino Unido em 2011, além de ter
sido, em 2009, o segundo produto
mais vendido na Galleries Laffayete,
em Paris.
Há cinco anos no mercado internacional, a marca belga de relógios Ice-Watch chegou a Brasília
em duas unidades: no Pátio Brasil
Shopping e no Conjunto Nacional.
Os empresários Josafá Martins,
Daniela Martins e Diogo Lustosa
são responsáveis pelas lojas no DF.
Presente em 130 países, a marca é
famosa por seus modelos coloridos.
A expectativa é abrir 25 pontos
de venda até o fim do ano. Os relógios podem ser encontrados no
Brasil em mais de 27 multimarcas.
29
capa
Novinho
em folha
// Por Ana Carolina Freitas
O Setor Noroeste é aguardado não somente
pelos futuros moradores. Empresários locais
já estão de olho na infraestrutura moderna
prometida para o bairro
O
s esqueletos dos prédios já prenunciam a
chegada do Noroeste
e, com o novo bairro, oportunidades de
investimentos. O projeto, de autoria do arquiteto Paulo Zimbres – o
mesmo que desenhou a região de
Águas Claras –, prevê 238 hectares
para edificação. Dessa área, 198
blocos serão destinados ao comércio e 220 a habitação. Cada quadra
comercial terá oito ou nove prédios.
A estimativa da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) é de que
40 mil pessoas passem a viver na
nova região administrativa. O poder
aquisitivo dos futuros moradores é
proporcional ao valor do metro quadrado cobrado pelas construtoras,
que está em média R$ 11 mil para
imóveis residenciais e R$ 20 mil
para comerciais.
A Terracap é a responsável pelos
processos de venda e 60 terrenos
30
já foram licitados para as construtoras. A comercialização das projeções começou em 2009 e a previsão
de entrega dos primeiros prédios é
para o próximo semestre.
//Inspiração
As edificações para o comércio
local terão gabarito similar ao do
Sudoeste: garagens subterrâneas,
térreo e dois pavimentos. Contudo,
não serão permitidas lojas no subsolo. Algo a ser questionado é se o
Noroeste imitará também os problemas encontrados pelos frequentadores e moradores do Sudoeste, que
se deparam constantemente com
falta de estacionamento e grandes
congestionamentos – por lá, a área
para veículos é insuficiente para
atender ao grande número de lojas.
De acordo com a Terracap, o projeto do Noroeste contempla muitas
vagas e ruas largas, o que evitará o
tumulto. Outra demanda de quem
revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012
R$ 20 mil
é o valor do metro
quadrado dos imóveis
comerciais no
bairro ecológico
quer investir no bairro é se a área
comercial abrigará quitinetes, o que
foi confirmado pela Terracap. “O Setor Noroeste terá lojas comerciais e
residência na parte superior. Será de
destinação de uso misto”, afirma a
assessoria de imprensa da empresa.
O primeiro empreendimento
comercial construído no Setor Noroeste é o Neo, das empresas Espaço
Y Engenharia e Mark Imob. Segundo o diretor da Mark Imob, Bruno
Bomtempo, das 30 lojas disponíveis
do prédio, só restam seis para ser
vendidas. A entrega das chaves está
prevista para o fim deste ano. “O
Noroeste será diferenciado por diversos aspectos, entre eles o fato de
cada quadra ter seu próprio comér-
cio. Isso evitará problemas como os
que ocorrem no Sudoeste, por ter
todas as lojas concentradas em apenas uma rua”, explica. “Os espaços
de lá também serão bem maiores
do que os da Asa Sul, em que há
construções antigas e pequenas, e
com preço altíssimo”, completa o
diretor. Bomtempo acrescentou que
as edificações do Noroeste serão
semelhantes as da quadra 300 do
Sudoeste, circundadas por amplos
estacionamentos. “A nova região é
um excelente investimento para empresários e quem chegar primeiro
levará vantagem, pois daqui a alguns
anos terá o seu comércio consolidado, com a grande demanda de
pessoas que se mudará para lá”,
Fotos: Joel Rodrigues
revista FECOMÉRCIO JULHO 2012
31
Pelo projeto,
problemas conhecidos
pelos comerciantes e
clientes, como a falta
de estacionamentos
em áreas comerciais,
serão minimizados
acredita Bomtempo.
O diretor comercial da imobiliária Lopes Royal, Leonel Alves,
afirma que o Noroeste já faz parte
do mundo real e que cada vez mais
as vendas aumentam, devido à obra
de infraestrutura que está sendo
feita pela Terracap.”O Sudoeste, no
início, era conhecido como “barro
oeste”, pois os apartamentos foram
entregues antes de asfaltar as ruas.
O caso do Noroeste será o contrário:
os primeiros moradores e investidores já contarão com um bairro
organizado. O prazo que a Terracap
deu para os empresários foi de cinco
meses para deixar tudo pronto”, diz.
Alves reiterou que a empresa lançará diversos empreendimentos a
partir do segundo semestre. “A parte
comercial do local é muito procurada e isso justifica os preços altos da
metragem”, acredita. Alves reitera
que o planejamento do Noroeste foi
feito para evitar o problema de aglomeração de lojas comerciais em pequenos espaços. “Os corredores de
circulação das partes internas serão
bem mais largos”, afirma.
O gerente comercial da construtora Faege, Evandro Bueno, diz
que apesar do boom de valorização
do Noroeste, que ocorreu em 2010,
os imóveis continuarão seguindo os
passos do Sudoeste e de Águas Cla32
ras, que segundo ele, em dez anos,
valorizaram mais de 500%. “Lançamos duas projeções no Noroeste e
já vendemos todas as 20 lojas. Nove
destas foram apenas para um comerciante”, disse. Bueno acrescenta que a grande procura deve-se ao
fato de o Noroeste ser o último bairro do Plano Piloto. “Os investidores
o consideram a galinha dos ovos de
ouro. Mesmo os empreendimentos
menores são ótimos negócios”, diz.
//Especulação
O professor de Economia da Universidade de Brasília Roberto Piscitelli
é mais cauteloso em relação a investimentos no novo bairro e critica a
grande especulação em relação aos
preços cobrados no Noroeste. “São
valores abusivos e que inviabilizam a
instalação de comércios pequenos.
Não é qualquer atividade que dará
retorno ao investidor. É necessário ter
grande capital de giro e muita paciência”, acredita. Piscitelli diz que o momento é delicado para quem deseja
vender imóveis em Brasília. “Há muitas lojas comerciais à venda e muita
gente levando prejuízo”, afirma.
Quem deseja comprar um espaço no Noroeste e fazer dele uma
fonte de renda também deve ter
cuidado, na opinião oo economista.
“Há pessoas que compram com a
revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012
promessa de obter 0,5% do valor
investido no aluguel. Isso é improvável”, alerta. Outro aspecto negativo
ressaltado pelo professor é o tempo
de maturação do comércio no bairro, que, segundo ele, será longo. “A
ocupação está levando muito mais
tempo do que o previsto e a estimativa de lucro deve ser revista. Até
um possível prejuízo inicial deve ser
considerado”, observa.
//Projeto
O Setor Habitacional Noroeste
foi idealizado pelo urbanista Lucio
Costa no Projeto Brasília Revisitada
(1987) como forma de aumentar a
área urbana do DF. No projeto, Lucio
Costa previu duas expansões no
Plano Piloto: na Asa Sul, o Sudoeste,
ao lado do Parque da Cidade; na Asa
Norte, o Noroeste, vizinho ao Parque
Burle Marx.
O licenciamento ambiental do Noroeste foi emitido em 14 de agosto de
2008 pelo Instituto Brasileiro de Meio
Ambiente (Ibama). Em dezembro de
2008, a Terracap obteve o registro do
Noroeste no cartório do 2º Ofício de
Registro de Imóveis do DF.
O conceito de cidade-parque
do Noroeste acompanha as características de Brasília. No projeto, buscou-se o equilíbrio entre a
ocupação urbana e a proteção dos
parques e menos de 30% da área
destinada ao bairro é edificável. As
áreas ecológicas e protegidas são
o Parque Burle Marx, a Área de Relevante Interesse Ecológico Cruls,
e a reserva ambiental do córrego
do Bananal, que liga o Noroeste
ao Parque Nacional de Brasília. A
proibição de se construir nessas
áreas serve para limitar o número
de moradores no bairro, adequar os
impactos ambientais do empreendimento e explorar racionalmente
as riquezas naturais.
O Setor Noroeste lembra um
revista FECOMÉRCIO JULHO 2012
triângulo e está entre a Avenida W5
Norte (quadras 900), a Estrada Parque Indústria e Abastecimento (EPIA
ou rodovia DF-003) e a Estrada Parque Armazenagem e Abastecimento
Norte (EPAA ou DF-061).
O bairro ecológico ocupa uma
área de 821 hectares, destes 238 são
destinados a edificações. Contará
com 44 superquadras, sendo 20 residenciais e 24 comerciais.
A Terracap criou o Manual Verde
do Noroeste, que reúne normas e
procedimentos que devem ser adotados pelas empreiteiras durante a
construção do bairro. O documento
define a remoção e destinação da
terra; o nível de ruído permitido
durante as obras; o tráfego de caminhões; e a reposição e compensação
da vegetação a ser retirada. Com o
licenciamento ambiental, o Ibama
define a localização, instalação, ampliação e operação de empreendimentos e atividades que utilizam recursos ambientais. O órgão garante
que as medidas preventivas e de
controle adotadas nas construções
sejam compatíveis com a preservação do local.
O comércio do novo
bairro será no modelo
usado no Sudoeste,
com algumas
alterações
33
relacionamento
Jogo de cintura
O vendedor Marcos
Alves precisa ter
muita paciência para
se relacionar da
melhor maneira
com os clientes
tem razão?
O vendedor nunca
// Por Mariana Fernandes
Claro que tem! Falta de informação faz com
que clientes exijam além dos seus direitos
T
odo empresário se preocupa com a sobrevivência de
sua empresa e, por isso, já
deve ter parado para se perguntar:
o cliente tem sempre razão? A resposta provoca uma discussão que
dá pano para manga, como dizem
os antigos. E a pergunta não se trata
somente de um jargão comercial e
sim de uma cultura de empresas e
empresários que até hoje defendem
a ideia de que o cliente tem que estar sempre certo para que nenhuma
34
venda seja perdida. Mas o que os
vendedores acham disso? Afinal,
são eles que trabalham diretamente com clientes que muitas vezes
chegam mal-humorados, muito
apressados, sem paciência e cheios
de exigências.
Vendedor há cinco anos no ramo
de calçados, Manoel Alves, de 25
anos, conta que o dia a dia não é
nada fácil. A rotina como vendedor
exige muita paciência e atenção,
além de jogo de cintura para saber
revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012
Joel Rodrigues
Cinco coisas que
mais irritam:
1 - Reclamar dos preços
para quem não tem esse
controle
2 - Exigir troca que não
pode ser feita
3 - Olhar, olhar, olhar e não
levar nada
4 - Exigir exclusividade
5 - Reclamar do produto e
ainda comparar com o de
outras lojas
revista FECOMÉRCIO JULHO 2012
a hora de falar ou de ficar calado.
Clientes se acostumaram com a
sensação de que todos os direitos
legais estão do seu lado, então exigem descontos, troca de produtos
que algumas vezes foram usados.
“O cliente não tem sempre razão
porque em um relacionamento tem
sempre as duas versões”, diz Alves.
O que mais o chateia é quando um
cliente quer trocar algum produto
que já foi usado. “Ele dá aquela velha
lavadinha com a escova e acha que
pode nos enganar. Não podemos
efetuar troca de produto usado, mas
eles saem daqui depois de muito escândalo dizendo que vão ao Procon
e que colocarão em exposição o assunto em redes sociais”, conta.
O diretor geral do Procon-DF,
Oswaldo Morais, explica que nem
sempre o consumidor tem razão e
quando isso acontece o órgão tem a
obrigação de explicar ao cliente que
a reclamação não procede. “Nesses
casos, não acatamos e mostramos
ao consumidor o embasamento legal do não atendimento”.
E ainda tem aqueles que gostam de dar uma “choradinha” por
desconto. O vendedor na maioria
das vezes não tem autonomia para
abaixar o preço de um produto, a não
ser que ele seja o superior ou o dono
do estabelecimento. Fora isso, existe
uma regra estabelecida em cada
empresa. “Eles acham que a gente
pode dar, que eles têm direito a esse
tal desconto, só que não funciona
assim, não temos essa autonomia e
essa autorização, só que é mais fácil
achar que estamos de má vontade”,
diz. Além disso, têm aqueles que
reclamam dos preços.
“Assim como o cliente, o vendedor também merece respeito,
basta lembrar que eles estão ali
trabalhando e cumprindo ordens
que devem ser obedecidas hierar-
quicamente, que não devem ser
desobedecidas sem passar por seus
superiores”, defende o empresário
Marcos Souza. “Eles não entendem
isso e acabam ofendendo a gente
com palavras e temos que permanecer calados para não ficar uma
situação pior e para não perder a
razão”, diz Elis Raquel Oliveira, de 23
anos, vendedora e caixa.
O jeito então é levar na esportiva
e brincar com algumas situações.
“Aqueles que entram na loja, olham
tudo e não levam nada são os chamados clientes turistas”, conta aos
risos Elis Raquel, que explica que a
vitrine existe para isso: para olhar os
produtos e ver os preços.
Ainda têm as famosas histórias
que só acontecem com vendedores.
Elis Raquel conta que uma vez uma
cliente colocou o pé no balcão e por
isso quase caiu no chão. “Ela entrou
na loja, comprou o sapato e saiu já
usando, passou algum tempo ela
voltou na loja e disse que queria trocar. Avisei que não podíamos fazer
isso, pois ela já tinha usado e então
ela começou a fazer um barraco e
por fim colocou o pé no balcão para
mostrar como não tinha usado.”
Segundo Manoel, a gerente de uma
loja em que ele trabalhava não pôde
trocar uma bolsa que estava estragada por mau uso e a cliente ficou
tão possessa que jogou a bolsa na
gerente antes de sair da loja. “Se ela
não tivesse se desviado, teria acertado nela”, lembra.
O Procon deixa claro que o vendedor tem que usar a máxima transparência nas negociações e respeitar os direitos básicos de seus
clientes, previstos no Art. 6º da Lei
8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor). “Há casos em há uso
indevido, o que vem ocorrer a perda
de garantia contratual”, observa
Oswaldo Morais.
35
mercado
Joel Rodrigues
Crescimento
Legalizado, Francisco
da Silva Lopes fatura
70% a mais do que
quando estava na
informalidade e já até
comprou um carro com
o lucro das vendas
Dois milhões
já aderiram
// Por Andrea Ventura
//Perfil da modalidade jurídica
97,8% têm renda bruta mensal de até 5 salários mínimos;
aumento do empreendedorismo feminino (inserção da mulher nos negócios empresariais);
aumento do empreendedorismo na faixa etária de 31 a 40 anos;
na média, o empreendedor individual é mais escolarizado do que a população adulta
brasileira, 47% têm ensino médio;
alíquota de impostos reduzida pagando apenas 5% referente ao INSS, representando hoje o
valor de R$ 31,27
Pesquisa realizada pelo Sebrae-DF em parceria com a Fecomércio-DF.
36
revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012
Lei do Empreendedor Individual completa três
anos em 2012. Quem está cadastrado garante:
se formalizar é muito melhor
A
modalidade de pessoa jurídica empreendedor individual (EI) completa três anos
em julho. Foi criada com o objetivo
de formalizar os trabalhadores
que atuam por conta própria. De
acordo com o Portal do Empreendedor, site vinculado
ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior, o
EI fechou 2011 com
1.871.176 empreendedores
individuais cadastrados. Em
Brasília, 34.697
mil trabalhadores
aderiram ao programa. Em 2012 espera-se
que muito mais pessoas
se cadastrem, pois os limites
de enquadramento do Simples
Nacional aumentaram – o teto máximo da receita bruta anual passou
de R$ 36 mil para R$ 60 mil. Em
2011 os segmentos que foram mais
procurados para registro no EI foram comércio varejista de vestuário
e acessórios, seguido por cabeleireiros e lanchonetes.
É o caso de Francisco da Silva
Lopes, de 29 anos. Comerciante
na área de acessórios há oito anos,
Chico Bijoux, como é conhecido,
vende seus produtos em bares da
Asa Sul, da Asa Norte e do Sudoeste.
Há mais de dois anos se tornou EI.
“Eu precisava me formalizar porque
não tinha emprego fixo. Foi uma
oportunidade”, avalia. O pagamento
das suas mercadorias pode ser feito
com cartão de crédito ou débito, pois
ele carrega consigo a máquina para
isso. “Como empreendedor individual tive acesso a linhas de crédito
e inscrição no Instituto Nacional de
revista FECOMÉRCIO JULHO 2012
Seguro Social. Meu negócio melhorou 70%, pois acabei vendendo mais
com a máquina de cartão”, diz. Com
o sucesso do seu negócio, Chico
também melhorou de vida. “Meu poder aquisitivo aumentou e consegui
até comprar um carro. Agora sonho
com a minha casa própria”, conta.
O segmento de cabeleireiros
foi o segundo mais procurado para
formalização. Siboney Teles Fagundes, de 46 anos, é um exemplo
disso. Ela fez seu cadastro há cerca
de seis meses e já pode contar os
resultados. “A primeira providência
foi colocar máquina de cartão no salão. Com isso a clientela aumentou”,
destaca. Agora com as boas notícias
ela pretende dar passos maiores.
“Quero aumentar meu espaço para
atender mais clientes e oferecer
mais serviços”, planeja. A cabeleireira trabalha sozinha em uma sala
reservada em sua casa, em Taguatinga Norte. Ela atua no setor há 17
anos e acha positiva a iniciativa de
formalização de trabalhadores. “Há
mais vantagens do que dificuldades.
O valor de contribuição é praticamente irrisório”, diz.
De acordo com o gerente da Unidade de Atendimento Individual do
Sebrae no DF, Stefano Portuguez, a
instituição tem papel importante no
processo de formalização dos empreendedores individuais. “O Sebrae
oferece ferramentas de planejamento que a visam melhor organização e estruturação do negócio.
Além de capacitações por meio de
palestras, cursos e oficinas, buscando fortalecer a cultura empreendedora e melhorando a consolidação
dos empreendimentos”, explica.
Atuando no segmento de lanchonetes, a comerciante Mirtes Lima de
Azevedo, de 30 anos, é cadastrada
no EI desde outubro de 2009. Ela tem
o seu negócio em Planaltina (DF) e
vende sanduíches, bebidas e sorvetes, todos os dias, das 10h às 20h.
“Fiquei sabendo pela televisão, fui
na administração da cidade e pedi o
alvará de funcionamento. Em seguida
fui ao Sebrae fazer minha inscrição”,
detalha. Para a comerciante, o cadastro no EI trouxe melhorias para seu
estabelecimento e sua vida pessoal.
“Melhorou para comprar mercadorias, porque muitos fornecedores
só vendem para quem tem Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica. E
também me deu segurança, porque
tenho INSS e consegui o benefício do
auxílio-maternidade, quando engravidei”, explica. Para quem ainda está
em dúvida quanto ao cadastro do EI,
Mirtes aconselha: “Eu recomendo,
pois além da segurança ao comerciante, conseguimos mais cursos e
interagimos com outros negócios”.
O trabalhador que se formaliza
tem muitas vantagens, como cobertura previdenciária para ele e a família; contratação de até um funcionário com menor custo, isenção de taxa
do registro da empresa e concessão
de alvará para funcionamento; obrigação única por ano com declaração
do faturamento; acesso a serviços
bancários, inclusive crédito; compras
e vendas em conjunto, por meio da
formação de consórcios; redução da
carga tributária; controles simplificados, sem necessidade de contabilidade formal; emissão de alvará pela
internet; facilidade para vender para
o governo; serviços de contabilidade
gratuitos no primeiro ano e segurança jurídica, pois a formalização está
amparada em lei complementar que
impede alterações por medida provisória e exige quórum qualificado no
Congresso Nacional.
37
cultura
A arte
fotografada
// Por Ana Carolina Freitas
Agosto é o Mês da Fotografia e o Sesc-DF está
preparando uma série de eventos para comemorar
Izan Petterle
Exposição
Fotógrafos brasileiros
e estrangeiros
apresentarão os seus
trabalhos em agosto,
como esta foto de
Izan Petterle
P
ara os amantes da fotografia,
o Sesc-DF, em parceria com
a organização não governamental Lente Cultural, realizará em
agosto a terceira edição do Mês da
Fotografia com o tema: “Centro-Oeste: O Homem, a Cultura e o Meio”.
O objetivo do evento é sensibilizar e
formar novos públicos com ações
de difusão. O festival reunirá exposições, oficinas, palestras, workshops
e encontros com autores. A mostra
ocorrerá simultaneamente nos espaços do Sesc da 504 Sul, 913 Sul,
Ceilândia, Gama e Setor Comercial
Sul. Haverá programação também
na Estação do Metrô da Rodoviária;
Museu Nacional; regionais de ensino
do Gama e de Ceilândia; Gama Shopping e Praça do Relógio.
Heraldo Peres, diretor executivo
38
do projeto, afirma que a escolha
do tema foi para que a fotografia
no Centro-Oeste fosse estimulada.
“Brasília é a liderança da região e
devemos fomentar e valorizar o trabalho dos fotógrafos do Centro-Oeste. A nossa mobilização é essencial,
para nos equipararmos ao restante
do País”, disse.
Sobre a programação, Peres destaca a exposição coletiva de artistas
do Centro-Oeste, que reunirá 113
trabalhos de todas as unidades da
Federação da região. “Fizemos uma
convocatória e a curadoria selecionou os melhores resultados.” Outra
boa atração, segundo Peres, são os
encontros com os autores, em que o
público vai interagir e aprender sobre
técnicas e olhares.
A parte pedagógica do Mês da
Fotografia ficará a cargo das oficinas lúdicas, como a “foto-lata” – um
trailler que se transforma em uma
grande câmera, em que os visitantes podem entrar e aprender sobre os princípios da fotografia. Esse
workshop será exclusivo para alunos
da rede de ensino do DF, que também
terão a oportunidade de fazer retratos
com uma máquina artesanal, feita
com uma lata de leite. “Faremos uma
exposição com os trabalhos dos estudantes”, conta.
O fotógrafo Dirceu Maués, que
cria máquinas com caixas de fósforo,
convidará o público a produzir e a imprimir o material.
Outra novidade será a exposição
Avá Marandú, do grupo O Ponto de
Cultura. É resultado do trabalho
realizado em tribos indígenas, mostrando o cotidiano deles no pantanal
sul-matogrossense.
Peres indica alguns autores especiais que estarão na edição deste ano.
São eles: Márcio Cabral (Patagônia
Indomable); João Bittar (Fotojornalismo com Caráter); Olivier Boés (Ogues
Indianos); Família Zupane (Seres em
Movimento); e Roberto Castelo (Marcha para o Oeste).
A programação completa está disponível na
página do Sesc-DF: www. sescdf.com.br.
@sescdf
/sescdistritofederal
revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012
//agenda fiscal
Programa Nota Legal.
Mais multas!
O
programa Nota Legal integra uma série de ações com
vista ao aumento da arrecadação tributária e ressuscitou a
figura do consumidor-fiscal. Desde
então, os empresários e nós, contadores, estamos convivendo com
as falhas e restrições da Secretaria
de Fazenda do DF e agora os empresários precisam conviver com o
título de sonegador. Vários foram os
problemas ocorridos com a implementação do programa e empresários e profissionais da contabilidade
tentaram solucioná-los.
Recentemente, em ação conjunta do Conselho Regional de Con-
tabilidade do DF com auditores da
Secretaria da Fazenda, verificamos
que expressiva quantidade de ocorrências tem origem na entrada de
dados que ocorre nas empresas e
nos setores responsáveis pelo registro das compras. Tal constatação foi
confirmada ao analisar o banco de
dados em que se verifica a ausência
da informação sobre o valor da base
de cálculo e da substituição tributária. Assim, quando importamos
e convertemos os arquivos para o
leiaute do programa Nota Legal,
as informações totalizadoras são
enviadas, mas sem a base indicada.
Isso é punido com multa.
Joel Rodrigues
Adriano Marrocos
Contador da Fecomércio
e do IFPD e presidente do CRC/DF
Calendário – De 13 a 31/7/2012
O QUE e QUANDO pagar?
13/7
• COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, de 16 a 30/6/2012.
16/7
• Contribuição Previdenciária (contribuintes individuais, facultativos e domésticos) referente a 6/2012.
20/7
• Imposto de Renda Retido na Fonte nos códigos 0561, 0588 e 1708 referente a 6/2012.
• Contribuição Previdenciária (SIMPLES e Empresas em Geral) referente a 6/2012.
• SIMPLES NACIONAL referente a 6/2012.
• ISS e ICMS referente a 6/2012 (observar datas específicas para o ICMS – ST e outras situações).
25/7
• PIS e COFINS referente a 6/2012.
31/7
• Contribuição Sindical Laboral Mensal referente a 6/2012.
• 1ª quota do IRPJ e da CSLL referente ao 2º trimestre/2012 pelo Lucro Real, Presumido ou Arbitrado.
• Recolhimento do Carnê Leão referente a 6/2012.
• IRPJ e CSLL referente a 6/2012, por estimativa.
• COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, de 1º a 15/7/2012.
• Recolhimento da parcela do REFIS, do PAES, do PAEX, do Parcelamento do SIMPLES Nacional e do Parcelamento da
Lei 11.941/2009 (consolidado).
O QUE e QUANDO entregar?
16/7
• Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social (EFD • PIS/COFINS) a SRF/MF referente a 5/2012.
20/7
• Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF Mensal) a SRF/MF referente a 5/2012.
25/7
• Declaração de Dedução de Parcela da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Incidente sobre
a Importação e Comercialização de Combustíveis das Contribuições para o PIS/PASEP e COFINS (DCIDE COMBUSTÍVEIS) a SRF/MF referente a 7/2012.
31/7
• Declaração de Operações Imobiliárias (DOI) a SRF/MF referente a 6/2012.
Várias
• Livro Fiscal Eletrônico a SEF/DF referente a 6/2012: observar Portaria/SEFP nº 398 (9/10/2009).
revista FECOMÉRCIO JULHO 2012
39
caso de sucesso
Descobrindo
a profissão
// Por Sílvia Melo
Jovem que não tinha expectativas em relação ao mercado de
trabalho encontrou sua vocação por meio de um curso do Senac
A
oportunidade de se profissionalizar apareceu para Danielly
Jeissy Pereira, de 23 anos,
quando ainda cursava o ensino médio
em uma escola pública do DF. Por
meio do Programa Escolas Técnicas
(Protec), parceria entre o governo do
DF e o Senac-DF, a jovem fez o curso
Técnico em Secretariado Executivo
em 2008 e conseguiu entrar para o
mercado de trabalho. Atualmente é
funcionária da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa).
A história de sucesso profissional
de Danielly começou justamente com
o curso do Senac-DF. Antes, diz ela,
não tinha expectativa alguma em relação à profissão que pretendia seguir.
“Estava desempregada, sem qualquer
experiência de trabalho. Sem conhe-
cimento, minhas expectativas eram
pequenas”, afirma. O curso no Senac
foi o responsável por ampliar a visão
de futuro dela.
Moradora de Ceilândia, solteira e
sem filhos, ela presta serviço para a
Anvisa. “Alcancei o objetivo que esperava na profissão que escolhi. É visível
o meu desempenho e eu atribuo isso
ao Senac”, diz, destacando que indicaria os cursos da instituição para quem
pretende ter sucesso no mercado de
trabalho. “Os cursos são ótimos, pois
o Senac-DF foca muito no profissionalismo”, completa.
Danielly conta que o conteúdo do
curso esteve dentro de suas expectativas e hoje aplica tudo o que aprendeu
no desenvolvimento do seu trabalho.
Atuando no setor de recursos huma-
Joel Rodrigues
Profissional
Danielly Jeissy
Pereira é secretária
na Anvisa e
recomenda o curso
para quem quer ter
sucesso profissional
nos da empresa, ela faz atendimentos
telefônicos, tira dúvidas em relação ao
setor, entrega documentos e organiza
arquivos. Feliz com o emprego e a profissão escolhida, a jovem brasiliense
voltou este ano à unidade do Senac na
Ceilândia para fazer o curso de Auxiliar de Pessoal.
//Sobre os cursos
O Técnico em Secretariado tem
carga horária de 960 horas, incluindo
estágio. O profissional formado assessora setores e pessoas, coordena
equipes, executa deliberações e gere
o fluxo de informações, podendo planejar, organizar e controlar atividades,
junto ao público interno e externo da
empresa ou instituição.
As próximas turmas estão previstas para se iniciar em 7 e 30 de julho,
na unidade do Senac em Sobradinho.
Para participar é preciso ter idade
mínima de 17 anos e estar cursando
o segundo ano do ensino médio. O
investimento é de R$ 3.250 ou 13 parcelas de R$ 250.
Nele, o aluno aprenderá a executar
processos admissionais, a auxiliar na
elaboração de folhas de pagamento,
férias, décimo terceiro, rescisão de contrato de trabalho; apoiar a área de recursos humanos e a representar a empresa diante de entidades trabalhistas.
@senacdf
/senacdistritofederal
40
revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012
14 a 29
de julho
TeaTro SeSC GaraGem
e Praça do Povo
Veja toda a programação no
www.sescdf.com.br
Informações 0800 617 617 | twItter @SESCDF | facebook SESCDF
revista FECOMÉRCIO JULHO 2012
41
//pesquisa conjuntural
Números voltam
a subir
Vendas dos setores de comércio e serviços do
DF crescem em maio
A
atividade comercial em
Brasília teve desempenho
positivo no quinto mês do
ano. As vendas no comércio registraram alta de 5,07% em maio em
comparação com abril. Já no setor
de serviços, as vendas cresceram
3,63% em maio, também na análise com o mês anterior. É o que
mostram os números da Pesquisa
Conjuntural de Micro e Pequenas
Empresas do DF, realizada pelo
Desempenho de vendas
Comércio
Setor
Segmento
Fev12 x Mar12 x Abr12 x Mai12 x
Jan12
Fev12 Mar12 Abr12
Autopeças e Acessórios
-8,40%
-8,97%
16,33%
-3,04%
4,24%
Bares, Restaurantes e Lanchonetes
-2,96%
-3,59%
0,43%
4,89%
-0,38%
Calçados
-25,05%
-18,99%
8,65%
4,86%
10,74%
Farmácia e Perfumaria
-10,08%
-6,85%
8,88%
-3,15%
-0,05%
Floricultura
-35,49%
6,88%
13,64%
-22,50%
89,12%
Informática
-17,55%
2,04%
2,40%
-1,41%
12,67%
Livraria e Papelaria
-15,25%
-36,02%
1,92%
-2,50%
5,72%
Lojas de utilidades domésticas
-37,62%
-6,90%
11,92%
-7,35%
8,21%
Material de construção
-12,63%
0,50%
7,28%
-7,54%
6,95%
Mercado e Mercearia
-17,69%
-15,54%
4,10%
-4,53%
0,86%
Móveis e Decoração
-10,54%
8,48%
-3,45%
6,10%
-3,15%
Óticas
-16,96%
-2,92%
4,70%
-5,58%
5,34%
Tecidos
-9,49%
-17,73%
12,56%
-4,90%
26,90%
Vestuário
-33,79%
-11,46%
9,59%
7,20%
18,11%
-17,16%
-8,36%
5,88%
-0,30%
5,07%
Agências de viagem
-6,20%
21,47%
-27,43%
-4,69%
3,16%
Autoescola
4,58%
-16,11%
7,08%
-26,65%
22,25%
Pet shop
-17,54%
26,74%
8,66%
-11,33%
13,07%
Salão de beleza
-19,08%
-13,32%
10,36%
0,55%
-0,48%
-16,20%
-7,82%
-8,44%
-5,27%
3,63%
4,54%
-0,71%
4,96%
Total
Serviços
Jan12 x
Dez11
Total
Total
-17,10% -8,32%
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
42
revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012
Desempenho de vendas
Comércio
Serviços
Jan12 x
Dez11
Regiões
Setor
Fev12 x Mar12 x Abr12 x
Jan12
Fev12
Mar12
Mai12 x
Abr12
Plano Piloto/Sudoeste
-19,53%
-6,59%
6,69%
0,26%
6,49%
Taguatinga/Ceilândia
-10,58%
-3,31%
0,89%
-1,09%
2,95%
Cruzeiro/Candangolândia/Guará/Núcleo Bandeirante
-12,97%
-16,49%
8,44%
-0,31%
5,26%
Paranoá/São Sebastião/Sobradinho
-23,77%
-10,63%
9,22%
4,06%
6,40%
Gama/Recanto das Emas/Samambaia
-21,76%
-9,36%
6,45%
-4,25%
2,91%
Total
-17,16%
-8,36%
5,88%
-0,30%
5,07%
Plano Piloto/Sudoeste
-16,14%
-3,87%
-17,77%
-9,65%
5,80%
Taguatinga/Ceilândia
-5,93%
-10,18%
7,54%
1,62%
3,39%
Cruzeiro/Candangolândia/Guará/Núcleo Bandeirante
-24,34%
-12,41%
9,95%
0,82%
0,93%
Paranoá/São Sebastião/Sobradinho
-28,57%
80,68%
7,34%
6,73%
-13,04%
Gama/Recanto das Emas/Samambaia
-7,91%
-29,95%
10,06%
0,29%
-0,91%
Total
-16,20%
-7,82%
-8,44%
-5,27%
3,63%
-17,10%
-8,32%
4,54%
-0,71%
4,96%
Débito
A prazo
Boleto
Total
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Instituto Fecomércio.
O resultado retrata, principalmente, o efeito que o Dia das Mães
tem sobre o comércio. “Floriculturas, tecidos e vestuário foram os
segmentos que mais cresceram.
Exatamente os setores que mais
agradam às mães”, explica o presidente do Sistema Fecomércio,
Adelmir Santana.
Em maio, as altas nas vendas
do comércio, na comparação com
abril, foram observadas nos segmentos de Floricultura (89,12%);
Tecidos (26,90%); Vestuário
(18,11%); Informática (12,67); e
Calçados (10,74%). Apresentaram
queda nas vendas os segmentos
de Móveis e Decoração (-3,15%);
Farmácia e Perfumaria (-0,05%); e
Bares, Restaurantes e Lanchonetes (-0,38%).
No setor de serviços, os maiores aumentos nas vendas, na
análise com abril, foram registrados nos segmentos de Autoesrevista FECOMÉRCIO JULHO 2012
Formas de pagamento
Setor
À vista
Cheque
Cartão de
Crédito
Comércio
jan/12
30,54%
4,91%
37,79%
19,85%
4,35%
2,57%
fev/12
30,67%
3,98%
36,89%
19,47%
6,27%
2,71%
mar/12
29,65%
3,83%
39,48%
18,93%
5,61%
2,51%
abr/12
29,87%
3,28%
41,81%
18,04%
5,01%
1,98%
mai/12
28,33%
3,57%
42,81%
17,83%
5,31%
2,15%
jan/12
30,52%
5,97%
38,99%
19,65%
4,47%
0,40%
Serviços
fev/12
24,33%
6,26%
42,72%
15,57%
10,98%
0,15%
mar/12
25,95%
4,71%
49,58%
10,13%
9,58%
0,04%
abr/12
26,05%
6,90%
46,77%
12,52%
7,70%
0,06%
mai/12
26,59%
7,52%
48,66%
13,41%
3,79%
0,04%
jan/12
30,57%
4,72%
37,77%
19,31%
4,81%
2,82%
Total fev/12
28,92%
3,85%
39,17%
19,11%
6,05%
2,91%
mar/12
29,88%
3,29%
42,12%
17,85%
5,04%
1,83%
abr/12
28,81%
3,62%
42,47%
17,69%
5,25%
2,17%
mai/12
28,65%
3,12%
43,77%
17,92%
4,43%
2,10%
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
43
cola (22,25%) e Pet shop (13,07%).
Apresentou queda o segmento de
Salão de beleza (-0,48%). A maior
alta, por região administrativa, foi
observada no Plano Piloto e Sudoeste, em que as vendas do setor de
serviços cresceram 5,8%. A maior
redução foi observada no conjunto
das regiões do Paranoá, São Sebastião e Sobradinho (-13,04%).
Quanto à geração de emprego,
o comércio apresentou um peque-
Fev12 x
Jan12
Mar12 x
Fev12
Abr12 x
Mar12
Mai12 x
Abr12
Autopeças e Acessórios
-9,17%
-2,01%
3,88%
-0,75%
-6,02%
Bares, Restaurantes e Lanchonetes
-4,63%
2,34%
-3,57%
1,78%
-1,12%
Calçados
-9,80%
0,00%
-3,66%
1,32%
-1,18%
Farmácia e Perfumaria
-9,65%
-0,44%
-7,83%
5,86%
-0,45%
Floricultura
-36,84%
33,33%
-6,67%
7,14%
20,00%
Informática
-1,67%
0,00%
-10,00%
4,76%
-1,52%
Livraria e Papelaria
1,47%
-17,28%
-10,45%
3,33%
15,63%
Lojas de utilidades domésticas
-21,57%
-8,51%
-6,98%
-5,13%
7,50%
Material de construção
-3,85%
-1,80%
11,02%
-8,33%
3,70%
Mercado e Mercearia
0,00%
2,17%
4,86%
-1,97%
-3,38%
Móveis e Decoração
5,26%
-13,92%
12,28%
-5,36%
1,85%
Óticas
-8,33%
-3,85%
-4,00%
0,00%
0,00%
Tecidos
0,00%
-5,00%
0,00%
7,89%
17,50%
Vestuário
-9,02%
-15,00%
0,87%
6,99%
0,82%
-5,95%
-2,04%
-1,19%
1,32%
0,04%
-11,11%
0,00%
0,00%
-1,67%
0,00%
Autoescola
0,00%
3,23%
21,88%
-46,15%
17,86%
Pet shop
0,00%
10,00%
0,00%
0,00%
0,00%
Salão de beleza
16,67%
-10,29%
-6,62%
-5,51%
-3,94%
13,89%
-7,14%
-0,84%
-10,88%
0,00%
-4,00%
-2,51%
-1,16%
0,12%
0,04%
Segmento
Total
Agências de viagem
Serviços
das transações.
A Pesquisa Conjuntural de
Micro e Pequenas Empresas do
DF é realizada mensalmente pelo
Instituto Fecomércio com o apoio
do Sebrae. Foram consultadas 601
empresas, sendo 527 do comércio
e 74 de serviços. A coleta de dados
foi realizada do dia 6 ao dia 10 de
junho. Os indicadores são levantados pelo Instituto Fecomércio
desde 1997.
Jan12 x
Dez11
Setor
Comércio
no aumento de 0,04% no número
de pessoas empregadas em comparação com abril. No setor de
serviços, não houve variação no
contingente de postos de trabalho.
Entre as formas de pagamento,
o cartão de crédito se destacou
em ambos os setores pelo quinto
mês consecutivo. No comércio, a
modalidade respondeu por 42,81%
das vendas. No setor de serviços, o
cartão de crédito financiou 48,66%
Total
Total
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
44
revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012
Regiões
Comércio
Setor
Plano Piloto/Sudoeste
-8,81%
1,03%
-0,92%
4,99%
2,21%
Taguatinga/Ceilândia
0,00%
-3,32%
-3,51%
-0,64%
-2,79%
Cruzeiro/Candangolândia/Guará/Núcleo Bandeirante
-4,49%
-1,22%
3,69%
-1,45%
1,46%
Brazlândia/Paranoá/São Sebastião/Sobradinho
-5,85%
-7,87%
4,15%
-4,82%
0,00%
Gama/Recanto das Emas/Samambaia
-12,26%
-5,19%
-8,81%
2,25%
-4,12%
-5,95%
-2,04%
-1,19%
1,32%
0,04%
Plano Piloto/Sudoeste
-1,67%
-13,93%
2,22%
-17,61%
1,59%
Taguatinga/Ceilândia
73,17%
3,13%
-6,06%
-6,45%
6,25%
Cruzeiro/Candangolândia/Guará/Núcleo Bandeirante
-6,56%
-1,92%
-7,84%
4,26%
-7,84%
Brazlândia/Paranoá/São Sebastião/Sobradinho
0,00%
25,00%
-33,33%
0,00%
0,00%
Gama/Recanto das Emas/Samambaia
0,00%
-10,00%
44,44%
-7,69%
0,00%
13,89%
-7,14%
-0,84%
-10,88%
0,00%
-4,00%
-2,51%
-1,16%
0,12%
0,04%
Total
Serviços
Jan12 x Fev12 x Mar12 Abr12 x Mai12 x
Dez11
Jan12 x Fev12 Mar12 Abr12
Total
Total
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
revista FECOMÉRCIO JULHO 2012
45
GASTRONOMIX
Por Rodrigo Caetano
Cachaça Informal
Ter uma bebida de rótulo próprio é um dos sonhos de donos de
bares e restaurantes. O Botequim
Informal, que abriu as portas na capital federal faz poucos meses, fez
parceria inédita com a cachaçaria
pernambucana Carvalheira e está
lançando a cachaça Santa Dose.
O preço da garrafa é R$ 60, para
consumo no bar, ou R$ 45, caso o
cliente queira levar para casa.
Com teor alcoólico mais baixo –
17,5% –, se comparado com cachaças puras, que vão de 38% a 50%, a
Santa Dose é uma versão mais leve,
com o toque fresco do limão e o sabor adocicado do mel. “A receita é
uma reinvenção da antiga tradição
nacional de se misturar cachaça
com mel e limão e tem tudo a ver
com o clima do Rio”, disse Mariano
Ferreira, um dos sócios do Botequim Informal, com exclusividade
para o Gastronomix.
// Botequim Informal – 410 Sul, bloco D, loja 34 – (61) 3244.0421
Rosê para os dias de seca
Os enólogos afirmam que o vinho perfeito para o
clima seco é o rosê. Como a seca vem aí, é melhor
preparar o estoque. O rosê é perfeito para acompanhar saladas, peixes grelhados e sanduíches como
os de peru. A dica da coluna é o Haedus Rosé, da
Château FerryLacombe, à venda na Zahil Brasília,
presente no mercado brasiliense há seis anos.
// Zahil Brasília
306 Sul, bloco B, loja 20
(61) 3248.3111/3366.4135/8268.2221
Expandindo...
A agência de turismo que ficava ao lado do espaço
comercial do Nossa Cozinha Bistrô será incorporada ao restaurante para alegria dos comensais. O
chef Alexandre Albanese e seu sócio Otávio Soares
afirmam que vêm mais novidades por aí.
// Nossa Cozinha Bistrô
402 Norte, bloco C, loja 60
(61) 3326.5207
46
Viagens gastronômicas
Zazá Bistrô Tropical –
Rio de Janeiro
Descontraído e “descolado”, tem comidas com
toques orientais e uma
carta de drinks pra lá
de convidativa.
Rua Joana Angélica,
40 – Ipanema
(21) 2247.9101/2247.9102
www.zazabistro.com.br
E&O – Londres
No coração do charmoso bairro de Notting Hill, o E&O
mistura comidas do ocidente e do oriente. Vale uma parada no sábado, dia da famosa feira de Portobello Road.
14 Blenheim Crescent – Notting Hill
+44 20 7229 5454
http://rickerrestaurants.com/eando/index.php
revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012
http://bloggastronomix.blogspot.com – [email protected] – facebook.com/rodrigocaetano
Olimpíadas Gourmet
//The Fifties
Os Jogos Olímpicos de Londres serviram como inspiração para a
hamburgueria The Fifties criar quatro sanduíches, que serão oferecidos
até 12 de agosto. Aqui, em primeira mão:
Pier 21 e no Espaço
Gourmet do ParkShopping
(61) 3234.8726 e 3223.4277
Brazilian Burger
Hambúrguer de calabresa, maionese Fifties com
vinagrete, queijo mussarela e folhas de agrião (R$
18,90).
Stadium Burger
Hambúrguer de pernil
com molho especial Bell
Pepper, queijo prato (R$
18,90).
London Burger
Hambúrguer Dream com
cebola caramelizada e
queijo cheddar no pão
preto (R$ 18,90).
Fish and Fries
Dois filés de tilápia empanados com fritas (R$
22,90).
Tailandês + português
O restaurante Oliver – o único de
Brasília que pertence à Associação
dos Restaurantes da Boa Lembrança – lançou sua receita para a edição
2012: o bacalhau thai, cozido no leite
de coco com gengibre, capim-limão,
molho de tomate e pimenta em pó,
servido sobre cama de purê de bata-
ta ao molho de cebola roxa, uvas-passas brancas, tomate italiano
sem pele e sementes, e crisps de
manjericão. Ao pedir a receita (R$
69), o cliente leva para casa um prato
decorativo, em cerâmica, pintado
pela artista Margot Rost, de
Gramado (RS).
// Oliver
Setor de Clubes Sul, lote 2,
conjunto 2, Clube de Golfe
(61) 3323.5961
Em pílulas...
Restaurante Week
De 16 a 29 de julho, 85 restaurantes em Brasília agitam a 7ª edição
do RW. Os menus especiais,
compostos por entrada, prato
principal e sobremesa, saem por
revista FECOMÉRCIO JULHO 2012
R$ 31,90 (no almoço) e R$ 43,90
(no jantar).
Agenda cheia
A chef Alice Mesquita vai ao Chile,
neste mês, a convite do governo
brasileiro, para cozinhar no Hotel
W. Em agosto, é a vez do Festival
de Tiradentes (MG). Em outubro,
férias no Catar. E, em novembro,
a chef cozinha em Alagoas com
Wanderson Medeiros, do Picuí.
47
48
revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012
// segredos do marketing digital
Seis formas de escrever
para seu site vender mais
V
1. Torne o texto fácil de ser escaneado
Apenas 16% dos usuários leem palavra por palavra dos textos on-line. A
maioria apenas passa o olho, ou seja, o “escaneia”. Prefira frases curtas
e marcantes. Use itálico, negrito e listas para destacar as palavras mais
importantes.
2. Direcione seus usuários
O cliente nunca deve se perguntar “O que devo fazer agora?” Um experimento famoso de Dustin Curtis ilustra bem o poder da orientação. Dustin
queria que as pessoas o seguissem no Twitter, então ele testou dois textos.
Um deles dizia “Estou no Twitter” e o outro “Você deve me seguir aqui no
Twitter”. O último aumentou os cliques em 173%.
3. Fale a língua de seus usuários
Talvez você venda “Treinamento em Gestão” no seu site, contudo, se o
termo que as pessoas buscam é “Curso em Gestão”, você muito provavelmente vai vender menos. Fale a língua deles. Outro erro comum é o uso de
uma linguagem muito rebuscada. Escreva como se fosse para um adolescente de 14 anos.
4. Deixe claro qual é o seu benefício
Você se lembra da promessa da Domino’s: “Sua pizza entregue em 30
minutos ou o pedido de graça”? Você sabe o que eles vendem (pizza) e o
que é exclusivo da Domino’s (se ela não chegar em 30 minutos, é de graça).
Consegue descrever o seu serviço em 15 palavras ou menos? Você tem 5
segundos para capturar o seu cliente.
Giovanna Leal
ocê pode não acreditar, mas a forma como escreve no seu site faz
toda a diferença nas vendas. Essa redação tem como objetivo direcionar seus clientes a agirem conforme você deseja: clicar no botão
comprar. Não importa se o texto é engraçado, poético ou inteligente. Se ele
não provocar isso, você terá de mudá-lo.
Jens Schriver
Sócio da ClickLab
Maximo Migliari
Sócio da ClickLab
//Envie perguntas para
[email protected] ou @click_lab
39,1%
É o aumento previsto em gastos com publicidade
on-line no Brasil em 2012
Fonte: IAB Brasil
33 mil
É a quantidade de vezes que o tuíte “Brazil,
I love u.”, do cantor Justin Bieber, foi retuitado
Fonte: http://topsy.com/twitter.com/justinbieber/status/27191829108
5. Seja breve
O matemático francês Blaise Pascal certa vez terminou uma carta assim: “Sinto muito ter escrito uma carta tão longa;
não tive tempo de escrever uma mais curta”. Seu objetivo deve ser sempre o de manter os textos, títulos e links curtos.
Ninguém diz isso mais claramente do que Steve Krug no livro Não Me Faça Pensar: “Livre-se de metade das palavras
em cada página, depois se livre da metade do que restou”.
6. Teste
Agora é hora de testar! Mostre um texto para 50% dos seus usuários e outro texto para o restante. Meça qual versão
provocou mais vendas. Criar um bom texto não é uma tarefa simples. Lembre-se de que seu usuário não terá interesse nem em 10% do que está escrito. Boa sorte!
revista FECOMÉRCIO JULHO 2012
49
//gente
Joel Rodrigues
Carreira profissional
reconhecida //Por Eldo Gomes
Dalide Corrêa
Diretora do IDP
Dalide Corrêa, de 54 anos, foi
advogada concursada da Caixa Econômica Federal por muitos anos e diretora jurídica da instituição, o posto
mais importante para um advogado
da empresa. Em 2008 foi convidada
pelo ministro Gilmar Mendes, então
presidente do Supremo Tribunal
Federal, para assumir a chefia da
assessoria parlamentar do STF. Após
alguns anos, surge então a oportunidade de ser diretora-geral do Instituto Brasiliense de Direito Público
(IDP). Experiência é o que não lhe
falta, são 33 anos exercendo a advocacia. “Acho que o curso de direito é
fundamental para qualquer cidadão,
ainda que exerça outra profissão.”
Baiana, a advogada é pós-graduada em Direito Constitucional e Tributário. Dalide veio para Brasília aos
4 anos com seus pais. Viúva, é mãe
de dois filhos. O mais velho, Ernani
Alves Corrêa Sobrinho, tem 25 anos,
estuda engenharia e mora com a advogada. O mais novo, Estevão Alves
Corrêa Bisneto, tem 23 anos, mora
em Londres e estuda administração
de empresas.
Nas horas de lazer, gosta das
áreas verdes da capital, da Ponte JK
e do Pontão do Lago Sul.
Um empreendedor
da arte //Por Eldo Gomes
Em 25 anos de carreira, foram
mais de dez personagens e cerca
de 30 peças de teatro encenadas.
Fazer cultura no Brasil não é fácil,
mas o ator, comediante e diretor
teatral Cláudio Falcão, de 40 anos,
conseguiu reconhecimento do trabalho que faz na capital federal. Ele
começou no teatro ainda aos 14
anos por incentivo da mãe. Mesmo
tão novo, não quis ficar apenas no
amadorismo e se matriculou no
curso do Instituto Nacional de Artes
Cênicas. “Não basta ficar esperando
o telefone tocar, é preciso produzir
arte”, ensina o artista.
Famoso por interpretar a típica
adolescente brasiliense Mary e
sua mãe mineiríssima Berenice,
Cláudio não deixa de dar um toque
nordestino aos seus espetáculos,
até mesmo pela própria influência
50
familiar. Ele é um brasiliense filho
de cearenses. A empregada de Mary
e Berenice, Gorete, representa bem
essa raiz nordestina do ator.
Em setembro, volta a apresentar
As Pérolas de Berenice, que já passou por várias temporadas nos dois
anos em que está em cartaz. “Eu
não me imagino fazendo outra coisa,
pois amo a minha profissão e tenho
grande paixão por ela.” Ele já trabalhou com grandes nomes do teatro
brasileiro, como o diretor Hugo Rodas, e integrou a companhia A Culpa
é da Mãe, hoje conhecida como Os
Melhores do Mundo.
Há dez anos ele apresenta o Elas
Respondem, na Rádio Transamérica. No programa, Cláudio conversa
com ouvintes no papel de Mary, de
Gorete e de Berenice. Tudo, claro,
com muito bom humor.
Joel Rodrigues
Cláudio Falcão
Ator
revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012
Joel Rodrigues
Fátima Cabral
Vice-presidente da 100 Dimensão
O lixo
também salva
//Por Eldo Gomes
Quem diria, ainda em 1998, que
catar lixo seria uma boa alternativa
de renda e de resgate de autoestima
de mulheres sem esperança? “Você
pode trabalhar com lixo, mas não
precisa se misturar a ele”, é o que ensina a vice-presidente da cooperativa
100 Dimensão, Fátima Cabral, de 46
anos. Pedagoga e com habilitação
em orientação educacional, Fátima
esteve envolvida a vida inteira com
lideranças comunitárias do DF.
Em 1986, participou de um fórum
que tinha como objetivo erradicar as
favelas que nasciam ao redor de Brasília. Foi nesse período que conheceu
um grupo de mulheres que catavam
lixo para sobreviver. A maioria delas
era semianalfabeta, tinha mais de
40 anos e criava os filhos sozinhas.
“Foi quando começamos a procurar
formas de melhoria das condições
de trabalho delas e surgiu a ideia de
criar uma cooperativa para profissionalizar o recolhimento de materiais
recicláveis”, conta. Foi assim que
nasceu a 100 Dimensão como cooperativa de coleta seletiva de lixo.
O Sebrae-DF ajudou com a capacitação de cerca de 200 cooperadas,
que hoje selecionam melhor o material reciclável e vendem as peças
para ser reaproveitadas. A cooperativa cresceu e hoje ocupa três galpões.
“No momento a nossa maior parceira
é a Coca-Cola. Estamos em busca de
ajuda, afinal é sempre difícil ter patrocínio nessa área”, destaca.
//Sua excelência, o gerente
Telmo Ximenes
//Por Eldo Gomes
Com experiência de 21 anos
na área de comércio e de serviços, Marcos Augusto Atayde está
no auge da sua carreira. Hoje ele
ocupa o cargo de superintendente
do Terraço Shopping. “Estou onde
eu queria estar há 20 anos, gosto
muito do que faço e quero estar
aqui até os 70 anos”, garante. O
catarinense, de 43 anos, é formado em Administração Financeira
na UDF.
Você acha que Brasília oferece
oportunidades?
Em Brasília existem boas e
grandes oportunidades, princi-
revista FECOMÉRCIO JULHO 2012
palmente na parte de comércio e de
serviços. Com um pouco de sorte e
conhecimento você pode ir longe.
Como ter sucesso na área
comercial?
O ramo de shoppings centers é
muito dinâmico. É preciso gostar de
números e de lidar com pessoas.
Como organizar o orçamento do
shopping?
Não costumo fazer avaliações
com o que quero, mas sim com o que
tenho. Chova ou faça sol, nós sabemos o quanto podemos contar com
os nossos lojistas.
Marcos Augusto Atayde
Superintendente do
Terraço Shopping
51
//economia
Por mais investimento
de qualidade
D
iante do agravamento da
crise externa, da desaceleração da expansão do crédito interno, e de um crescente viés
anti-investimento-privado, a economia brasileira está claramente rateando. Assim, as projeções de crescimento do PIB, para este e o próximo
ano, vêm caindo seguidamente. O
pior é a constatação de que é a demanda de investimento que tem
comandado a recente desaceleração. Não por acaso, o crescimento
sustentável do PIB, que depende em
grande medida de quanto do produto local se destina a investimento,
se situa hoje na
faixa de 3 a 3,5%
a.a., abaixo do
que se imaginava
possível há bem
pouco tempo. Ou
seja, a demanda
desacelera, mas
os problemas do
lado da oferta são
ainda maiores.
Outras constatações relevantes têm a ver com os investimentos
em infraestrutura de transportes.
Aqui, os gastos federais não conseguem decolar, e isso se deve mais à
inoperância governamental do que à
falta de recursos. Há reforma organizacional em curso na burocracia
específica, mas os frutos ainda vão
demorar. Do lado das concessões,
a clara postura anti-investidor-sério
tem predominado nas últimas levas,
e isso pode significar investimentos
que não ficam em pé ou que fa-
çam pouca diferença em relação ao
dramático quadro dos transportes
brasileiros.
Nesse quadro, a decisão de reativar a economia via investimento
estadual e municipal pode fazer
sentido, ainda que a dívida pública
cresça um pouco mais. Primeiro,
porque o Brasil acumulou créditos
de realizações na área fiscal. Depois, porque a adoção de políticas
anticíclicas, que implicam em gastar mais e reduzir os superávits em
fases de baixa enquanto se poupa
nas fases de alta, é correta e tem
cada vez maior número de adeptos.
Terceiro, porque
essa política pode
ser revertida facilmente à frente em
contraste com o
aumento de gasto
corrente, sempre
mais rígido. Por
incrível que pareça, há ainda uma
quarta razão: várias administrações subnacionais
estão melhor aparelhadas para
investir do que a União.
Enquanto isso, cabe mudar a
postura em relação aos investimentos privados, especialmente
em infraestrutura de transportes,
pois com ou sem crise esses precisam crescer, para tirar o País do
buraco. A chave agora é aumentar
a produtividade do País via expansão da área de transportes, e isso
só se consegue com investimentos
de qualidade.
A decisão de reativar
a economia via
investimento estadual
e municipal pode fazer
sentido, ainda que a
dívida pública cresça
um pouco mais
52
Joel Rodrigues
Raul Velloso
Doutor em Economia pela
Universidade de Yale (EE.UU).
Atualmente, é consultor
econômico em Brasília
revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012
O Núcleo de Relações Empresariais do Senac-DF oferece cursos customizados
para atender as necessidades da sua empresa. Nossa equipe de especialistas
realiza o diagnóstico e prepara aulas na medida certa para capacitar os
profissionais do seu empreendimento.
São mais de 150 cursos nas áreas de gestão e negócios, hospitalidade e laze
lazer,
gastronomia, informática e imagem pessoal que podem ser adaptados ao que
seu negócio precisa. Com aulas no Senac, in company ou a distância, sua
empresa estará preparada para o sucesso.
O NRE está pronto para receber novos clientes.
Entre em contato pelo o telefone 3313.8714 ou acesse o nosso site:
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revista FECOMÉRCIO JULHO 2012
53
agenda sesc
25 horas
aquáticas
Em de 1º de agosto, o Sesc-DF
abre as inscrições para o 25 Horas
Nadando. A competição, uma tradição
na cidade, está marcada para começar em 25 de agosto, às 10h, e terminar no dia 26, às 11h. Serão oito raias
que comportam até 150 nadadores,
que vão competir na piscina da Secretaria de Esporte e Lazer, antigo Defer.
Para esta edição o Sesc preparou
uma raia especial. A raia social contará com crianças de instituições que
desenvolvem trabalhos sociais, como
organizações não governamentais e
orfanatos. Para esses participantes, a
inscrição será gratuita. Os interessados
podem se inscrever até 22 de agosto. O
valor a ser pago é de R$ 10 por atleta e
as inscrições devem ser feitas no Sesc
Estação 504 Sul e na Universidade de
Brasília. Para participar, basta saber
nadar. Não há limite de idade. “Nesta
edição, vamos contar com a participação de um clube de Goiânia. A intenção
// Por Andrea Ventura
Joel Rodrigues
Um dia e uma hora
Atletas de todas
as idades podem
participar. Basta
saber nadar
é de que o evento deixe de ser local e
torne-se nacional, atraindo equipes de
todo País”, revela o coordenador de Esporte e Lazer do Sesc, Carlos Augusto
de Carvalho. A expectativa é de que
participem 1, 2 mil atletas.
Vence a prova a equipe que ao final
das 25 horas de revezamento somar a
maior distância percorrida. A competição, que já está em sua 19ª edição,
conta com a parceria da Universidade
de Brasília.
Copa Sesquinho
será em setembro
Crianças a partir dos seis anos
já podem participar da tradicional
Copa Sesquinho. Esta é a 11ª edição
do torneio que reúne atletas de até
15 anos para jogar futebol soçaite
na unidade do Sesc de Taguatinga
Sul. O torneio é aberto a equipes de
escolas matriculadas de futebol soçaite e futsal do DF.
As inscrições iniciam em 6 de
agosto e seguem até o dia 27, na
unidade do Sesc de Taguatinga Sul
e no Sesc Estação 504 Sul. O torneio
será disputado de 1º a 30 de setembro, sempre aos sábados, domingos
54
e feriados. As categorias que disputam o torneio são chupetinha (até 7
anos), fraldinha (até 9), pré-mirim
(até 11), mirim (até 13) e infantil (até
15 anos).
“Já é um evento consagrado na
cidade, afinal este será o 11º ano
do torneio. As famílias participam,
os pais acompanham e torcem”, diz
o coordenador da Copa Sesquinho,
Marcos Costa. Ele ressalta que a
competição também faz sucesso pela sua organização. “Apesar
de o torneio acontecer apenas em
setembro, no mês de janeiro os téc-
nicos de escolinhas de futebol da cidade já começam a ligar para pegar
informações. Além disso, o evento é
seguro, em ambiente fechado, com
médico, brigadista e segurança”,
aponta Marcos. Todos os atletas
participantes recebem medalhas e
há troféus para o primeiro, o segundo e o terceiro colocados, além dos
melhores artilheiro e goleiro.
@sescdf
/sescdistritofederal
revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012
//direito no trabalho
Convenção coletiva de
trabalho da Fecomércio
O
Meio Ambiente eleito pelo
Constituinte de 1988 como
matéria constitucional, conforme se observa no art. 225 e seguintes da Constituição Federal é direito de
todos. É dever do Poder Público e da
coletividade a sua preservação para
as presentes e futuras gerações. E o
Brasil tem participado desse cenário
há anos, a exemplo da realização da
Eco/92, da assinatura e ratificação
do chamado Protocolo de Quioto e da
realização da Conferência das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20.
E como uma das ações efetivas
desse processo, destaca-se a publicação da Lei nº 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos
Sólidos e traça as diretrizes gerais
sobre o gerenciamento ou a gestão
ambientalmente adequada dos resíduos sólidos.
A previsão é de que a responsabilidade pelo ciclo de vida dos produtos
seja compartilhada entre os fabricantes, importadores, distribuidores,
comerciantes, titulares dos serviços
públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, incluídos os
consumidores. Assim, as empresas
que geram direta ou indiretamente
resíduos sólidos por meio de suas
atividades também estão obrigadas
ao cumprimento do disposto nessa lei.
É que são considerados resíduos
sólidos aqueles gerados pelos estabelecimentos comerciais e prestadores
de serviços, sendo que os que não
forem caracterizados como perigosos,
podem em razão de sua natureza,
composição ou volume, ser equiparados aos resíduos domiciliares pelo
poder público. O que significa que se
revista FECOMÉRCIO JULHO 2012
considerados os resíduos gerados
por essas empresas como resíduos
sólidos domiciliares a sua responsabilidade cessará com a disponibilização
adequada para a coleta.
No entanto, os estabelecimentos
comerciais e de prestação de serviços
geradores de resíduos perigosos ou
que não possam ser caracterizados
como resíduos domiciliares pelo poder público estão sujeitos à elaboração de plano de gerenciamento de
resíduos sólidos, sendo que a própria
lei tece detalhes a respeito da elaboração, requisitos, dentre outros aspectos, do referido plano.
Por outro lado, ainda que a empresa elabore, implemente e operacionalize o plano de gerenciamento de resíduos sólidos, que deve ser aprovado pelo
órgão competente, caso haja gerenciamento inadequado desses resíduos
e venha a causar danos, mesmo tendo
a pessoa jurídica ou física contratado
serviços de coleta, armazenamento,
transporte, transbordo, tratamento
ou destinação final desses resíduos,
responderá pelos danos causados pelo
mau gerenciamento.
De qualquer forma, essa lei também prevê acordos setoriais, sendo
que as negociações entre os representantes sindicais dos segmentos
econômicos produtores de resíduos
sólidos, como é o caso dos eletroeletrônicos, medicamentos, embalagens
em geral, dentre outros, e representantes do poder público via Ministérios
do Meio Ambiente, da Agricultura, da
Saúde, e outros, já estão em andamento, o que permitirá a assinatura
desses acordos, instrumentos necessários para implementar a logística e
gestão dos resíduos sólidos.
Joel Rodrigues
Cely Sousa Soares
Ope Legis
Consultoria Empresarial
55
marketing
Pura
mordomia
// Por Andrea Ventura
Com o objetivo de fidelizar clientes, empresas
oferecem muito além do tradicional cafezinho
A
tradicional dupla cafezinho e água servida nas lojas
já virou clichê. Hoje, para
“segurar” o consumidor, as lojas
apresentam muito mais, podem ser
brindes como um jogo de panelas
ou até mesmo um bar dentro da loja
que oferece uma dose de uísque.
Mas será que esse comportamento
no segmento varejista é um diferencial que fideliza o cliente? De acordo
com o pesquisador de marketing do
grupo Experimenta da Universidade
de Brasília Rafael Barreiros Porto,
esta é uma prática do segmento de
luxo. “Há mais de 30 anos as lojas
utilizam essa prática, mas não acho
que influencia o consumidor na
decisão da compra. Dificilmente
alguém vai comprar um produto
porque ganhou um brinde. Acho que
influencia o ambiente da loja que
se torna mais agradável”, acredita o
56
pesquisador.
A Cimfel, loja especializada em
materiais de construção, oferece
serviços diferenciados para fidelizar
seus clientes. Um deles é distribuir
presentes quando o consumidor
está no caixa da loja. “Quando uma
luz acende, o cliente é premiado.
Pode ser um jogo de panelas ou um
aparelho de jantar, por exemplo”, explica o gerente de comunicação, Allex
Chaves. Há ainda degustação de alimentos associados à venda de um
produto, como pão de queijo para a
oferta de um forno. A loja oferece ainda pipoca, refrigerante, café e água.
“Fazemos essas ações aos fins de
semana para receber os clientes nas
duas lojas do SIA e de Samambaia”,
diz Chaves. Para ele, essas ações
são muito positivas, pois fazem com
que o cliente permaneça na loja por
mais tempo. “Quando algum desses
revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012
Joel Rodrigues
Luxo
Nas Óticas Diniz,
cliente não passa
sede, tem até
espumante
serviços não é oferecido, o consumidor sente falta. Uma vez a funcionária
que prepara a pipoca faltou e aí teve
cliente que reclamou”, conta.
As óticas Diniz oferecem mimos
aos clientes. Tudo começou no Maranhão no início da marca, quando
era oferecido suco aos clientes.
Com o calor da região Nordeste, os
clientes aprovaram a iniciativa e depois a marca foi introduzindo outras
benesses. Com o crescimento do
grupo, em seguida foi montado um
bar dentro das lojas. Hoje a iniciativa
é padrão em todas as unidades do
País. Em cada uma das lojas, uma
profissional é destacada apenas
para esse serviço. A funcionária
oferece a todos os clientes bebidas,
como água, café, refrigerante, espumante, vinho, uísque e licores, além
de picolé. “No caso da Diniz Prime,
direcionada para o mercado de luxo,
há ainda um capuccino. Aqui na unidade do Lago Sul oferecemos os cafés acompanhados de um delicioso
pão de mel, já bastante comentado
revista FECOMÉRCIO JULHO 2012
entre os clientes. O barzinho das
Óticas Diniz é um serviço primordial.
Os clientes amam e comentam com
amigos e familiares essa atenção
especial. Um retorno maravilhoso e
extremamente importante”, aponta
a diretora da Diniz Prime, Leila Diniz.
Tudo começou com uma gravidez. Ao saber que sua cliente estava
grávida, a corretora de imóveis da
M Garzon Brasil Brokers Débora
Cristina Paes resolveu fazer um
agrado para celebrar a data especial. “Era a minha primeira venda.
Ela chegou para mim e disse: acabei
de pegar meu exame de gravidez.
Você é a primeira pessoa que sabe
disso! Pensei em fazer alguma coisa”, lembra. Débora comprou um
presente para o bebê, um almoço
em um restaurante para o casal e
enviou um cartão. Depois disso, a
corretora já presenteou seus clientes com diversos mimos como,
hospedagens, vinhos, espumantes e
viagens internacionais. “O retorno é
muito bom, as pessoas me indicam
para outros clientes. Mas o cliente
só fica sabendo do presente depois
que fecha a compra. Não ofereço
antes. Sempre é uma surpresa e
de acordo com o perfil da pessoa.
Em minha última venda dei uma
adega climatizada, pois descobri
que o cliente era um apreciador de
vinhos”, conta Débora.
A biomédica Lilia Regina Pinto,
32 anos, ganhou uma viagem para
Cancun, no México. Ela e o marido
fecharam a compra de um imóvel
com a corretora e ganharam a hospedagem de oito dias na cidade mexicana. “Foi uma surpresa. Ela chegou e disse que ia dar um presente
para nós. A viagem foi perfeita. Nunca pensamos em ganhar algo tão
especial. Fomos agora em março e
comemorei duas vezes: meu aniversário e o de casamento”, conta. Para
Lilia foi uma jogada de marketing
perfeita. “Poucas pessoas têm esse
feeling, acho que todos deveriam
adotar essa tática. Indico os serviços
sem medo”, aponta.
57
pesquisa
relâmpago
Fotos: Joel Rodrigues
Natália Pacini
Diretora do Hospital
Oftalmológico Pacini
Creomar Souza
Professor
de Relações
Internacionais
Universidade
Católica da Brasília
Marco Antônio
Campanella
Diretor geral
do DFTrans
Código
Florestal
Influência das
férias escolares
no trânsito
Fim do cheque
caução nos
hospitais
Relação do
Judiciário com
o Executivo
REGULAR
O que estavam
discutindo era que a
vegetação desmatada
em área de proteção
permanente deverá ser
recomposta, mas não
estou ciente
sobre as regras.
BOM
Ainda sentimos um
fluxo melhor dos
carros quando há
férias escolares. Falam
que em oito anos o
trânsito de Brasília
estará constantemente
congestionado.
BOM
Entendo que nos momentos de emergência
é preciso levar em consideração a gravidade.
Porém, não concordo
em proibir o hospital de
manter a garantia que o
cheque caução traz.
RUIM
A maior parte dos nossos
representantes está trabalhando para benefício
próprio e deixando de
lado as obrigações com
a sociedade.
BOM
Infelizmente, ele
reflete a dificuldade da
sociedade em conseguir
construir um caminho
que alie desenvolvimento e sustentabilidade.
BOM
Se há dez anos, o
trânsito se tornava mais
calmo em período de
férias escolares, hoje
não acontece mais.
Isso é reflexo da falta
de capacidade
das autoridades.
BOM
É uma arbitrariedade
condicionar o direito
à vida e à assistência
ao depósito de uma
determinada quantia
de dinheiro.
BOM
O problema com
negociatas escusas
e ilegais só será
solucionado quando o
cidadão tornar-se parte
ativa no controle
das instituições.
BOM
Reúne dois fatores
fundamentais:
a preservação e
a renovação dos
recursos naturais,
sem comprometer
o desenvolvimento
econômico e o social.
BOM
É preciso e possível
melhorar mais. O que só
vai ocorrer com medidas
de mobilidade urbana a
serem tomadas pelo
governo local.
BOM
A lógica da saúde da
população, em situações
de emergência, não
pode ficar submetida a
interesses comerciais.
RUIM
Os poderes
republicanos devem
ser independentes para
desempenharem cada
qual o seu papel.
RUIM
O assunto é bastante
amplo e muito discutido
nos dias atuais e poucas
pessoas têm acesso às
informações.
RUIM
Sem dúvidas, no
período letivo aumenta
a incidência de
congestionamentos pela
péssima estrutura que
não comporta o fluxo de
carros.
BOM
A medida do cheque
caução não é viável,
mas é coerente com a
realidade.
RUIM
É inadmissível essa
relação vedada, mas
é algo que foge de
qualquer alçada política
e social. Considerando
que são as últimas
instâncias do poder.
RUIM
A discussão é permeada
por uma cegueira
impressionante. Sem
florestas, não há
água, não há vida. Os
ruralistas deveriam ser
os primeiros a defender
a causa.
BOM
O trânsito é o mais atingido e esse é um tema
complexo, que deveria
ser encarado com mais
seriedade.
BOM
Nunca vi tamanha
aberração. Acho ótimo
que haja iniciativas
para acabar com isso. A
saúde não pode ser um
negócio e estar à mercê
do mercado.
RUIM
A Constituição Federal
é clara: os poderes
são independentes.
Senão, não há a menor
possibilidade de
democracia real.
Welington Isaias
Estudante
Helena Maria Maltez
Ambientalista
e educadora
// Por Elsânia Estácio
Untitled-4 1
58
18/11/10 11:29
revista FECOMÉRCIO | JULHO 2012
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