estudo de diabetes mellitus na população de barra do

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estudo de diabetes mellitus na população de barra do
ESTUDO DE DIABETES MELLITUS NA POPULAÇÃO DE
BARRA DO GARÇAS – MT.
Patrícia Oliveira de Freitas 1
Menandes Alves de Souza Neto 2
RESUMO
O diabetes mellitus consiste num distúrbio metabólico decorrente da falta de insulina e/ou incapacidade desta de agir
adequadamente. Dos 74 exames analisados 62 (83,8%) dos pacientes foram diagnosticados diabéticos, 12 (83,8%)
foram classificados como predisposto a diabetes enquanto que os normais foram (0,00%) não sendo analisados nesta
pesquisa. Há uma maior prevalência do sexo feminino em relação ao masculino, pois do total de exames analisados 42
(56,8%) pertenciam ao sexo feminino enquanto que 32 (43,2%) pertenciam ao sexo masculino. Do sexo feminino foram
encontrados (53,2 %) diabéticos e (75,0%) predispostos, enquanto que (46,8%) dos diabéticos e (25,0 %) dos
predispostos são do sexo masculino. Na faixa etária de 51 a 60 e na faixa etária de 61 a 70 obteve a mesma prevalência
de (28,4 %). Com relação à idade foi encontrada maior prevalência de diabéticos na faixa etária de 41 a 50 anos
(86,7%) e predisposto na faixa etária de 51 a 60 anos com o mesmo percentual.
Palavras-chaves: Diabetes mellitus: Tipo I, Tipo II; Diabetes; Predisposto.
STUDY OF DIABETES MELLITUS IN THE POPULATION OF
BARRA DO GARÇAS - MT.
ABSTRACT
Diabetes mellitus (DM) consists in a metabolic riot of the lack of insulina and/or incapacity of this to act adequately.
The diagnosis of diabetes mellitus is made through laboratoriais examinations and of modified glicemic regulation. Of
74 analyzed examinations 62 (83.8%) of the patients they had been diagnosised diabetic, 12 (83.8%) had been classified
as premade use diabetes whereas the normal ones had been (0.00%) not being analyzed in this research. It has a bigger
prevalence of the feminine sex in relation to the masculine, therefore of the total of analyzed examinations 42 (56.8%)
they belonged to the feminine sex whereas 32 (43.2%) belonged to the masculine sex. Of the feminine sex they had
been found (53.2%) e diabetic (75.0%) premade use, whereas (46.8%) of diabetic the e (25.0%) of the premade use
ones they are of the masculine sex. In the age range of 51 the 60 and in the age range of 61 the 70 got the same
prevalence of (28.4%). With regard to the age bigger prevalence of diabetic was found in the age range of 41 the 50
years (86.7%) and premade use in the age range of 51 the 60 years with the same percentile.
Word-keys: Diabetes mellitus: Type I; Type II; Diabetes; Predisposed.
INTRODUÇÃO
O diabetes mellitus assume grande importância no contexto dos problemas de saúde
pública. O mal controle da doença ocasiona uma série de complicações agudas e crônicas que
1
Pós-graduada em Farmacologia Clínica pelo Instituto Brasil de Pós Graduação (I-BRAS). Email:
[email protected]
2
Mestre em Biologia na área de concentração em Biologia celular e molecular. Email: [email protected]
podem ser evitadas através do acompanhamento pela equipe de saúde e da participação ativa
do paciente no seu tratamento diário. Atividades educativas devem ser disponibilizadas com o
intuito de prevenir complicações e promover melhor adaptação do paciente à doença
(GRILLO et al, 2007).
Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde, o número de portadores da
doença em todo o mundo era de 177 milhões em 2000, com expectativa de alcançar 350
milhões de pessoas em 2025. No Brasil são cerca de seis milhões de portadores a números de
hoje, e deve alcançar 10 milhões de pessoas agora em 2010. Um indicador macroeconômico a
ser considerado é que o diabetes esta crescendo mais rapidamente em países pobres e em
desenvolvimento e isso impacta de forma muito negativa devido à morbimortalidade precoce
que atinge pessoas ainda em plena vida produtiva, onera a previdência social e contribui para
a continuidade do ciclo vicioso da pobreza e da exclusão social (MINISTÉRIO DA SAÚDE,
2006).
As conseqüências humanas, sociais e econômicas são devastadoras: são quatro
milhões de mortes por ano por causa do diabetes e suas complicações (com muitas
ocorrências prematuras), o que representa 9% da mortalidade mundial total (MINISTÉRIO
DA SAÚDE, 2006).
Este trabalho, portanto, tem como objetivo de avaliar o estudo do diabético e do
suspeito, usuário dos serviços do laboratório privado que fizeram exames de glicemia no
período do mês de junho a outubro do ano 2009 em Barra do Garças – MT. Os dados
utilizados foram à taxa de glicemia, sexo, idade.
ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA DO DIABETES
A Diabetes mellitus trata-se de uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta
de insulina e/ou da incapacidade desse hormônio em exercer adequadamente seus efeitos. Esta
doença caracteriza-se por um estado crônico de hiperglicemia e, freqüentemente, é
acompanhada por alterações no perfil lipídico, hipertensão arterial e disfunção endotelial (SÁ
et al, 2009).
As conseqüências do DM, a longo prazo, incluem disfunção e falência de vários
órgãos, especialmente rins, olhos, nervos, coração e vasos sangüíneos (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2002).
No final da década de 1980, estimou-se no Brasil que o diabetes ocorria em cerca de
8% da população, de 30 a 69 anos de idade, residente em áreas metropolitanas brasileiras.
Essa prevalência variava de 3% a 17% entre as faixas de 30-39 e de 60-69 anos. A
prevalência da tolerância à glicose diminuída era igualmente de 8%, variando de 6 a 11%
entre as mesmas faixas etárias. Hoje estima-se 11% da população igual ou superior a 40
anos,o que representa cerca de 5 milhões e meio de portadores (população estimada IBGE
2005) (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).
Em 1985 foi publicado um relatório técnico no qual considerava dois maiores grupos
de pacientes diabéticos: os insulino – dependentes e os insulino- independentes. Saindo – se
de uma classificação que levava em conta a faixa etária do paciente (diabético juvenil ou
adulto) para a forma de tratamento (uso de insulina ou hipoglicemiante oral). Já em 1997, a
academia americana de diabetes publicou uma nova classificação, em que os termos citados
acima passassem a ser diabetes do tipo 1 e do tipo 2 (DAMIANI, 2002).
O diabetes mellitus tipo 1 auto-imune (DM1A) resulta da destruição auto-imune
seletiva das células-beta pancreáticas produtoras de insulina. O principal determinante
genético de suscetibilidade para o DM1A está em genes do complexo principal de
histocompatibilidade, no cromossomo 6p211.3 (locus IDDM1), responsável por 40% ou mais
da agregação familiar dessa doença. O maior risco é conferido pelo genótipo do antígeno
leucocitário humano HLA-DR3-DQA1* 0501-DQB1*0201/DR4-DQA1*0301-QB1*0302, e
o haplótipo HLA-DR15-DQA1* 0102-DQB1*0602 é associado à proteção. Três outros loci
relacionados à predisposição a DM1A é o número variável de freqüências repetidas (VNTR)
do gene da insulina (IDDM2), que confere 10% da suscetibilidade genética, o antígeno-4
associado ao linfócito T citotóxico (CTLA-4) e o protein tyrosine phosphatasis nonreceptortype 22 (PTPN22). Vários outros genes suspeitos de predispor à auto-imunidade estão sendo
investigados. O DM1A é freqüentemente associado com doença auto-imune tiroidiana,
doença celíaca, doença de Addison e várias outras doenças auto-imunes, caracterizadas por
auto-anticorpos órgãos-específicos, relacionados aos mesmos determinantes genéticos. Esses
anticorpos são úteis na detecção de auto-imunidade órgão-específico antes do aparecimento
da doença clínica, prevenindo comorbidades (SILVA et al, 2008).
O pico de incidência do diabetes do tipo 1 ocorre dos 10 aos 14 anos de idade,
havendo uma diminuição progressiva da incidência até os 35 anos. Em geral, os pacientes
apresentam índice de massa corporal normal, mas a presença de obesidade não exclui o
diagnóstico (SARTORELLI & FRANCO, 2003).
As maiores taxas de incidência mundial (superiores a 35/100.000/ano) ocorrem na
Finlândia e na Sardenha (Itália), seguidas por populações caucasianas na Europa e na América
do Norte, de incidência moderada (cerca de 10-20/100.000/ano). Finalmente, os países
asiáticos e a grande maioria dos países da América do Sul apresentam as menores taxas
mundiais (inferiores a 5/100.000/ano). No Brasil, a incidência é de 8/100.000/ano (5,6). A
incidência anual de DM1A está aumentando em 3,2% nos mais jovens, principalmente
naqueles manifestados antes dos 4 anos de idade, sugerindo fator ambiental atuante (7,8). O
DM1 incide igualmente nos sexos masculino e feminino, mas nos países com alta prevalência
da doença, predomina nos homens com diagnóstico após os 20 anos de idade. A agregação
familiar é rara, mas superior à da população normal, sendo o risco para diabetes de 1,3% nos
pais, 4,2% nos irmãos e 1,9% nos filhos dos diabéticos. A transmissão paterna do diabetes
para os filhos é maior que a materna. Cerca de 10% a 13% dos pacientes com DM1A recémdiagnosticados têm um familiar de primeiro grau afetado (SILVA et al, 2008).
O diabetes mellitus do tipo 2 (DM2) resultam de defeitos na secreção e ação da
insulina. Esta freqüentemente associada à resistência à insulina, obesidade andróide,
dislipidemia e hipertensão arterial, constituindo a síndrome metabólica. (ARAÚJO et al,
2000).
Esse tipo de diabetes é mais comum do que a do tipo 1 a destruição auto- imune do
pâncreas não esta envolvida (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2002).
Por causa dos sintomas do diabetes do tipo 2 ser menos pronunciados esta é a razão
para considerar este tipo mais brando que a do tipo 1 não podendo esquecer que seus sintomas
possam permanecer desaparecidos por muito tempo, colocando em sério risco a saúde do
indivíduo. Quando diagnosticada, já em estágio avançado seus sintomas são os mesmos do
diabetes tipo 1 (BAZOTTE, 2005).
Os indivíduos com diabetes do tipo 2 podem desenvolver cetoacidose, embora isso
não seja freqüente, e geralmente esta associada ao processo infeccioso ou ao estresse
(ARAÚJO et al, 2000).
Alguns pacientes com diabetes do tipo 2 podem apresentar níveis plasmáticos de
insulina que apresenta serem normais ou elevados, porém os níveis elevados da glicemia
exigiram valores mais elevados de insulina isso se a função das células beta estivesse normal.
Portanto, a secreção de insulina é deficiente e ou insuficiente para compensar a resistência
insulínica mas tem alguns indivíduos que apresentam uma ação insulínica normal, porém uma
marcante deficiência na sua produção (HABER et al, 2001).
Cerca de 80% dos casos de diabetes tipo 2 podem ser atendidos predominantemente na
atenção básica, enquanto que os casos de diabetes tipo 1 requerem maior colaboração com
especialistas em função da complexidade de seu acompanhamento. Em ambos os casos, a
coordenação do cuidado dentro e fora do sistema de saúde é responsabilidade da equipe de
atenção básica (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).
A diabetes gestacional é a diminuição da tolerância à glicose, de magnitude variável,
diagnosticada, pela primeira vez, na gestação, podendo ou não persistir após o parto. Abrange
os casos de DM e de tolerância à glicose diminuída, detectados na gravidez. O Estudo
Brasileiro de Diabetes Gestacional – EBDG revelou que 7,6% das mulheres em gestação
apresentam intolerância à glicose ou diabetes (MINISTERIO DA SAÚDE, 2002).
Seu diagnóstico é controverso. A OMS recomenda detectá-lo com os mesmos
procedimentos diagnósticos empregados fora da gravidez, considerando como diabetes
gestacional valores referidos fora da gravidez como indicativos de diabetes ou de tolerância à
glicose diminuída (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).
Todo paciente com diabetes mellitus seja do tipo 1 ou 2, esta sujeito a desenvolver
uma série de problemas de saúde, conseqüentes do descontrole glicêmico. Essas complicações
do diabetes podem ser subdivididas em agudas e crônicas dependendo das características de
seu aparecimento (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2002).
Existem vários sinais e sintomas básicos do diabetes como astenia (fraqueza), perda de
peso, polifagia (fome excessiva), poliúria (excesso de eliminação de urina), polidpsia
(ingestão excessiva de água), desidratação (CHANDRASOMA & TAYLOR, 1993).
Segundo FILHO (2000) outros sinais e sintomas importantes no diabetes são a acidose
e a glicosúria. A acidose ocorre quando o organismo utiliza gordura como fonte de energia,
aumentando a quantidade de ácido acetoacético, como conseqüência o fígado libera tanto este
ácido que ele não pode ser metabolizado pelos tecidos, surgindo reações de acidose
metabólica como respiração rápida e profunda. Portanto, pode causar acidose grave e coma, o
que frequentemente leva a morte. Quando os níveis de glicose sanguínea excedem o limiar
renal, a urina fica com glicose aparecendo assim os sintomas de glicosúria.
Devido à falta de insulina nos diabéticos, caem os níveis de glicose intracelular
(glicopenia), o que eleva as taxas de glucagon, cortisol, catecolaminas e hormônio do
crescimento (catabolizadores ou gastadores de energia). Estes hormônios mobilizam novos
substratos energéticos para as células, que se encontram em glicopenia, por promoverem
lipólise, proteólise, gliconeogênese (síntese hepática e eventualmente renal de glicose a partir
do glicerol, ácido láctico e cetoácidos) e cetogênese (formação de corpos cetônicos ou
cetoácidos - acetona, ácido acetoacético e ácido beta-hidroxibutírico nos hepatócitos, a partir
dos ácidos graxos). Assim, favorecem a hiperglicemia e pioram os desarranjos metabólicos. A
gliconeogênese e a cetogênese são condições fisiológicas.
Ocorrem em situações de glicopenia (jejum, por exemplo), quando se esgotam os
estoques de glicogênio e existe necessidade de novas fontes de energia para o metabolismo
celular (RAMOS et al, 1999).
Outra alteração muito comum nos pacientes diabéticos é retinopatia diabética
conhecida popularmente como cegueira. As alterações do fundo do olho que ocorrem com a
progressão da doença seguem um curso que se inicia na forma não proliferativa podendo
evoluir para a forma proliferativa. Elas são resultados da microangiopatia que afeta o
organismo do diabético, caracterizada, nos estágios iniciais, por microaneurismas e oclusões
vasculares e, nos estágios tardios, por formação de cicatrizes (PEREIRA, 2004).
Nos pacientes de diabetes tipo 2 pode acontecer vários fatores de risco
cardiovasculares,
incluindo
hipertensão
arterial,
obesidade,
resistência
à
insulina
microalbuminúria e anormalidades nos lipídios (dislipidemias) e lipoproteínas plasmáticas
(triglicérideos alto e colesterol HDL baixo (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).
Para prevenir essas complicações no paciente diabético depende não somente da
manutenção de um controle de sua glicemia, mas também da correção de outros fatores de
risco, como fumo, dislipidemias e a obesidade e especialmente a hipertensão arterial, que
depende não somente de um tratamento médico adequado como de mudanças do estilo de
vida do paciente (LIMA et al, 2005).
Não podendo deixar de salientar que pode ocorrer uma deficiência na irrigação
sanguínea dos membros inferiores e uma perda de sensibilidade nos pés, causando
deformidades, ulcerações e infecções nos pés podendo até levar a amputação conhecido como
pé de diabético (GROSS & NEHME, 1999).
Com isso os pacientes diabéticos deveram ter um cuidado especial com os pés
evitando machuca-los mantendo uma higiene afim de evitar o desenvolvimento de infecções.
São fatores de risco idade superior a 40 anos, tabagismo, diabetes com mais de 10 anos de
duração, diminuição dos pulsos arteriais ou hipoestesia, artropatia, calosidades, presença de
ulcerações ou amputações prévias (MINELLI et al, 2003).
Segundo LIMA et al, 2005 como prevenção dessas complicações nos pacientes
diabéticos não depende somente da manutenção de um bom controle de sua glicemia mas sim
da correção de outros fatores de risco que não depende de um tratamento médico mas de
mudanças do estilo de vida.
Segundo GROSS e colaboradores, 2002 o diagnóstico do diabetes baseia-se
fundamentalmente nas alterações da glicose plasmática de jejum ou após uma sobrecarga de
glicose por via oral. A medida da hemoglobina glicosilada da glicosúria e da glicemia capilar
não apresenta acurácia diagnóstica adequada e não deve ser utilizada para o diagnóstico de
diabetes.
A concentração de glicose nos glóbulos vermelhos reflete a média dos níveis de
glicose no período de 6 a 8 semanas, que é o período de vida útil da hemoglobina. Este exame
é muito utilizado porque apresenta o grau real de controle de um determinado período de
tempo e não apenas de um único momento. Por isso, o exame de hemoglobina glicosilada, é
pedido a casa dois ou três meses para pacientes diabéticos.
Já o diagnóstico em crianças que não apresentam um quadro característico de
descompensação metabólica com poliúria, polidipsia e emagrecimento ou de cetoacidose
diabética, são adotados os mesmos critérios diagnósticos empregados para os adultos. Quando
houver a indicação de um TOTG, utiliza-se 1,75g/kg (gramas/ quilo) de glicose (máximo
75gramas).
O exame de glicemia capilar é muito usado para o monitoramento da doença obtendo
o melhor controle metabólico. Frequentemente realizada com amostras coletadas em pontas
dos dedos e colocação em fitas reagentes acopladas a aparelhos que fornecem os resultados
em poucos segundos (FERRAZ et al, 2004).
É muito importante salientar que todas as mulheres grávidas acima de 25 anos, não
obesas e sem histórico de diabetes na família, façam o teste oral para gestante. O ideal é
realizá-lo entre a 24ª e a 28ª semanas de gestação. O teste consiste na ingestão oral de uma
dose de 50g de glicose em solução aquosa 25% por via oral. O sangue será colhido nos
tempos
basal
e
60´
(minutos).
Os
resultados
normais
são
de
até
80mg/dl
(miligramas/decilitro) e 140mg/dl. Consideram-se diabetes as mulheres que apresentam
glicemia maior que 126mg/dl, no tempo basal ou igual ou maior que 200mg/dl (KATZ et
al,2002).
Os valores para o teste de glicemia mudaram, os pacientes considerados como normal
quando a glicemia de jejum esta entre 70mg/dl e 99mg/dl e inferior a 140mg/dl, duas horas de
sobrecarga de glicose. Já o individuo considerado predisposto quando a glicemia de jejum
esta entre 101 a 125mg/dl e o paciente é considerado como diabético quando o valor for
maior ou igual a 126mg/dl tendo que colher duas amostras em dias diferentes ou quando a
glicemia aleatória estiver igual ou acima de 200mg/dl na presença dos sintomas
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2010).
Sendo o diabetes como uma doença evolutiva, com o decorrer dos anos, quase todos
os pacientes requerem tratamento farmacológico, muitos deles com insulina, uma vez que as
células beta do pâncreas tendem a progredir para um estado de falência parcial ou total ao
longo dos anos. Entretanto, mudanças positivas no estilo de vida – alimentar e de atividade
física são de fundamental importância no alcance dos objetivos do tratamento quais seja o
alívio dos sintomas e a prevenção de complicações agudas e crônicas (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2006).
Entre os agentes medicamentosos disponíveis para a terapia do diabetes estão
incluídos a insulina e os hipoglicemiantes orais (principalmente, biguanidas e sulfoniluréias)
(ASSUNÇÃO et al, 2002).
As insulinas podem ser classificadas de acordo com sua origem, grau de purificação e
tempo de ação. Referindo se a espécie de origem e pureza pode ser de origem animal
(pâncreas de boi ou de porco ou de ambas as espécies). Também pode ser humana obtida pela
síntese, utilizando a técnica de DNA recombinante, a qual constitui a maioria das preparações
atualmente utilizadas (PRADO et al, 2003).
A insulina é indicada no tratamento de pacientes com diabetes tipo 1 e tipo 2 sem
controle adequado com dieta e ou antidiabético oral, DM gestacional, tratamento de
cetoacidose diabética, coma hiperosmolar não – cetótico e controle perioperatório de
pacientes com DM tipos 1 e 2 (GOODMAN & GILMAN, 2003).
Segundo PRADO et al, 2003, com o decorrer dos anos, o diabetes passará por fases
intermediarias em que ambos os defeitos e deficiência de insulina, poderão coexistir
indicando – se então associar –se as drogas sensibilizadoras da ação insulínica (metformina),
drogas secretagogas de insulina (sulfoniluréias, raglinida). À medida que a deficiência se
acentua, as combinações terapêuticas de agentes orais podem não ser mais eficazes em
controlar a glicemia elevada e a administração de insulina se impõe.
Com o passar do tempo atualizações sobre o tratamento de diabetes vem acontecendo,
uma vez que uma dieta hipocalórica com redução de peso é por si só capaz de controlar os
níveis glicêmicos, em muitos pacientes diabéticos tem se dado mais ênfase no tratamento da
obesidade, podendo utilizar medicamentos para anti-obesidade. Diversas medicações estão
disponíveis no mercado: catecolaminérgica (anfepramona, femproporex, mazindol),
serotoninérgicas (fluoxetina, sertralina) e de ação mista catecolaminérgica e serotoninérgica
(sibutramina), que agem no controle do apetite e na indução de saciedade. O orlistat ou tetrahidrolipstatina, é um inibidor da lípase intestinal que diminui em 30 % a absorção de
gorduras. Um estudo multicêntrico em diabéticos tratados com orlistat por um ano, mostrou
perda de peso duas vezes maior do que com placebo inicial após um ano, com significativa
melhora do controle e do perfil lipídico e diminuição da dose de hipoglicemiante (ARAÚJO,
et al, 2000).
MATERIAL E MÉTODOS
Foi realizado um estudo epidemiológico, retrospectivo transversal de casos de
pacientes com diabetes e ou suspeito em laboratório privado na cidade de Barra do Garças –
MT.
Os dados apresentados foram pesquisados através de fichas dos pacientes sem
identificação dos nomes existentes no laboratório privado no período de Junho a Outubro de
2009, considerando as seguintes situações e condições: faixa etária, sexo, taxa de glicemia.
Tanto os casos de diabéticos quanto os predispostos foram analisados.
A análise dos dados obtidos através de pesquisa de campo foram arquivados e
analisados em microcomputador, utilizando o programa Epi info (versão 3.3.2 Centers for
Disease Control, Atlanta, Geórgia, USA, 2005) no ambiente Windows e Microsoft Excel,
também no ambiente Windows. Para a análise estatística, aplicou –se o teste do qui –
quadrado de Mantel – Haenszel. Foi considerado significativo (S) o valor p- associado
inferior a 0,05 (p< 0,05).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A Figura 01 mostra que, dos 74 exames analisados, 62 (83,8%) dos pacientes foram
diagnosticados diabéticos, pois apresentaram à taxa de glicemia ≥ 126 mg/dl, 12 (16,2%) dos
indivíduos foram classificados como predispostos a diabetes.
Figura 01 – Glicemia dos pacientes
Em um estudo feito por BARBOSA e cols. (2001), realizado a partir da campanha de
detecção de casos suspeitos de DM no Brasil, o pesquisador encontrou dados dos quais (8 %)
da população-alvo apresentavam o diagnóstico de diabetes enquanto que (16%) dos
indivíduos, ou seja, o dobro foram considerados predispostos. Contradizendo com os
resultados encontrados nesta pesquisa, onde a percentagem de diabéticos é maior que dos
predispostos, porém não mostraram ser o dobro.
Figura 02 – Sexo dos pacientes
42 (56,8%)
32 (43,2%)
Masculino
Feminino
Analisando a Figura 02, verificou–se que houve uma prevalência do sexo feminino
(56,8%) em relação ao masculino (43,2%). Estes dados corroboram com os dados
encontrados por GOLDENBERG e cols. (2003) em um estudo sobre prevalência de diabetes
mellitus: quanto ao gênero, encontraram que (56,3%) correspondiam ao sexo feminino e
(43,7%) ao sexo masculino.
Figura 03 – Faixas etárias dos pacientes
Na Figura 03, foram analisados pacientes de 11 a 80 anos. Provavelmente, são casos
de Diabetes mellitus Tipo 2 pois afetam mais adultos do que crianças. Foram encontrados
nesta pesquisa entre 51 e 60 anos e na faixa etária de 61 a 70 anos a mesma prevalência de
(28,4 %).
Estes dados estão de acordo com o estudo feito por GRILLO et al, em 2007, que
encontraram uma maior prevalência de diabetes na faixa etária de 60 a 69 anos (34,4%).
Em Mato Grosso, a faixa etária mais prevalente é de 55 a 59 anos, representando 21%
da amostra no ano 2005 a 2006. Já em Barra do Garças, a faixa etária mais prevalente é a de
55 a 59 anos de idade, representando (19%) dos indivíduos notificados no mesmo ano
(DATASUS, 2010).
Tabela 01 – Relação entre glicemia (em mg/dL) e gênero dos pacientes.
Glicemia entre
125mg/dL
Gênero
101
e Glicemia
≥ 126mg/dL
Total
Nº(%)
%
Nº(%)
%
Nº
%
Feminino
9 (21,4)
75,0
33 (78,6)
53,2
42
56,8
Masculino
3 (9,4)
25,0
29 (90,6)
46,8
32
43,2
Total
12 (16,2)
74
100
62 (83,8)
A Tabela 01 relaciona os diabéticos e os suspeitos em relação ao sexo, sendo a maioria
do sexo feminino para as duas categorias, (53,2%) dos diabéticos e (75,0%) dos predispostos
ao diabetes.
SCHAAN (2003) em seus estudos encontrou que a maioria dos pacientes diabéticos
eram mulheres (9,4%) enquanto que o sexo masculino representou (8,7%) da amostra.
Segundo o DATASUS (2010), consta que no Estado de Mato Grosso no período de
março de 2005 a março de 2006 notificou-se a presença de 1732 diabéticos, sendo (66,6%)
pertencentes ao sexo feminino e (33,4%) ao sexo masculino. No município de Barra do
Garças, no mesmo período, foram notificados 79 casos de DM sendo o sexo feminino também
predominante (67,1%).
Tabela 02 – Relação entre glicemia (em mg/dL) e faixa etária dos pacientes.
Glicemia entre 101 e
125mg/dL
Nº (%)
%
Glicemia
≥ 126mg/dL
Nº (%)
%
Nº
%
11 |----- 20
0 (0,0)
0,0
1 (1,6)
100,0
1
1,4
21 |----- 30
0 (0,0)
0,0
2 (3,2)
100,0
2
2,7
Faixa Etária (anos)
Total
31 |----- 40
0 (0,0)
0,0
7 (11,3)
100,0
7
9,5
41 |----- 50
2 (16,7)
13,3
13(21,0)
86,7
15
20,3
51 |----- 60
3 (25,0)
14,3
18 (29,0)
85,7
21
28,4
61 |----- 70
5 (41,7)
23,8
16 (25,8)
76,2
21
28,4
71 |----- 80
2 (16,7)
28,6
5 (8,1)
71,4
7
9,5
Total
12 (16,2)
74
100
62 (83,8)
(p< 0,05)
Na Tabela 02, observa-se que a freqüência de suspeito é estatisticamente significante
em relação aos diabéticos, verifica-se que o índice de suspeito 12 (16,2%) é bem menor
comparado aos diabéticos 62 (83,8%). Nota-se que a faixa etária variou, sendo que a
prevalência de diabéticos foi na faixa etária de 41 a 50 anos enquanto a de suspeitos foi na
faixa etária de 51 a 60 anos correspondendo, respectivamente, a (86,7%) e (14,3%) dos
pacientes analisados.
Segundo a SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES (2005), a prevalência de
DM, por grupo etário, na população brasileira é maior na população de 30 a 69 anos, sendo a
faixa etária mais prevalente a de 60 a 69 anos correspondendo a (17,43%) da população
analisada. Sendo assim, os resultados encontrados se diferem, onde a faixa etária com DM
mais prevalente foi a de 41 a 50 anos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Analisando os resultados deste estudo pode verificar que a população ainda não adota
medidas preventivas e eficazes para evitar a diabetes mellitus do tipo II, sendo que o
diagnóstico de diabetes e suspeitos só vem aumentando, considerando uma patologia
endêmica.
Levando em consideração os dados encontrados neste estudo observa-se que houve
uma semelhança dos casos diagnosticados diabéticos (83,8%) com taxa glicêmica ≥ 126
mg/dl em relação aos casos predisposto (83,8%) com taxa glicêmica de 101 a 125 mg/dl. Os
casos normais não foram analisados neste estudo.
Quanto ao sexo, verifica-se que houve uma predominância sexo feminino (56,8%) em
relação ao sexo masculino (43,2%), podendo comprovar que há uma maior prevalência de
mulheres na realização de exames de glicemia em relação aos homens. Percebe-se também
(53,2%) dos diabéticos e (75,0%) dos predispostos são do sexo feminino, enquanto que
(46,8%) dos diabéticos e (25,0 %) dos predispostos são do sexo masculino.
Neste mesmo estudo nota-se na faixa etária de 51 a 60 e na faixa etária de 61 a 70 a
mesma prevalência de (28,4%). Em contra partida, a faixa etária variou sendo que a
prevalência de diabéticos foi na faixa etária de 41 a 50 anos (86,7%) enquanto a de
predisposto foi na faixa etária de 51 a 60 anos correspondendo respectivamente (14,3%) dos
pacientes analisados.
Estudos feitos pelos países poderão descobrir que a prevalência de diabetes mellitus
tem se elevado muito e futuramente espera-se um maior acréscimo. No Brasil como em outros
países subdesenvolvidos as mudanças observadas com maior ingestão de alimentos com alto
teor calórico, a disseminação de atividades sedentárias, devido à modernização dos processos
produtivos e maior acesso a tecnologia, as alterações no estilo de vida, com diminuição da
prática de atividades físicas.
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