1 E Jesus não se Envergonha de chamá

Transcrição

1 E Jesus não se Envergonha de chamá
E Jesus não se Envergonha de chamá-las IRMÃS!
Rev. Edilson Botelho Nogueira, Igreja Presbiteriana de
Macaé, 9-3-2014
“Pois, tanto o que santifica como os que são santificados, todos vêm de um
só. Por isso, é que ele não se envergonha de lhes chamar irmãos, dizendo: A
meus irmãos declararei o teu nome, cantar-te-ei louvores no meio da
congregação. E outra vez: Eu porei nele a minha confiança. E ainda: Eis
aqui estou eu e os filhos que Deus me deu.”
Hebreus 2:11-13.
Ontem comemorou-se em todo o mundo o DIA INTERNACIONAL DA
MULHER. A ONU instituiu o Ano Internacional da Mulher em 1975 em
em 1977, definiu o dia 8 de março como data oficial.
O movimento pela valorização da mulher começou no século 19 com
manifestações nos Estados Unidos e Europa, especialmente na Rússia,
Alemanha e Dinamarca, contra o trabalho escravo, baixos salários,
condições insalubres nas fábricas, jornada de 15 horas de trabalho, etc.
Não é de hoje que a mulher é vista de um ponto de vista desfavorável.
Mesmo na cultura Israelita, que era um salto de qualidade quando
comparada à de outras nacionalidades, a vida não era fácil.
Essa mensagem foi inspirada na leitura de uma palestra do conferencista
norte americano, Frank Viola, numa visita ao Chile. Nela, ele descreve
como a mulher era vista pelos judeus.
Primeiro, não havia escola para meninas, só para meninos, a única coisa
que elas poderiam aprender era – ser dona de casa, cozinheira, amante
e mãe de filhos. Por isso, a esterilidade era uma maldição.
Mulheres podiam ir ao Templo, mas teriam que ficar no lugar delas, o
Átrio das Mulheres; havia o átrio dos gentios, no térreo, 5 degraus
acima, o das Mulheres, e 15 degraus acima, o dos Homens.
Ao se casar, a mulher jamais podia pedir divórcio, só o homem podia
iniciar um divórcio.
Na rua, jovens não deviam conversar com uma mulher em público, isso
era vergonhoso, por isso as mulheres pouco eram vistas em publico.
Na vida em geral, a mulher era vista como “propriedade” assim como um
boi, um camelo, um escravo.
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Há uma oração no Talmud, documento de ensino da fé Judaica, que diz
assim:
Graças a Deus eu não nasci, Gentio.
Graças a Deus, eu não nasci mulher.
Graças a Deus, eu não nasci um ignorante.
Se algum dia você desejou ser uma Débora, ou Ruth, ou Ester, ou Ana,
ou mesmo Betseba, lembre-se que não era fácil a vida de mulher em
Israel.
Se você pesquisar a posição da mulher na Babilônia, no Egito, em
Roma, verá que em Israel era o céu apesar de tudo.
Em todo o mundo, a mulher sempre foi considerada um ser humano de
classe inferior ao homem. Mas, algo aconteceu que mudou tudo isso.
Jesus veio.
Em Cristo somos convidados a conhecer o ponto de vista de Deus sobre
a mulher que ele criou.
Em Cristo, vamos ver a mulher, não pela ótica da cultura grega, ou
romana ou bárbara, mas pela ótica de Deus mesmo.
O ensino do Senhor Jesus deixa muito claro que ele não se envergonha
de chama-las irmãs.
O nosso texto afirma isso, mas o melhor mesmo é mostrar como Jesus
declarou essa verdade em seu ministério.
Para começar, Deus não se envergonhou de entrar na História da raça
humana, através de uma mulher. Gosto de pensar que o primeiro lugar
em que o Deus Encarnado habitou, foi no útero de Maria, a bendita.
Ali, embalado gentilmente pelo liquido amniótico, a primeira voz
humana que a 2a Pessoa da Trindade ouviu, o primeiro canto, a primeira
risada, o primeiro afago, foi de uma mulher. E Deus não se
envergonhou disso.
A Escritura corrige uma grande injustiça – a de jogar toda a culpa da
miséria humana nas costas de Eva:
“E Adão não foi iludido, mas a mulher, sendo enganada, caiu em
transgressão. Todavia, será preservada através de sua missão de mãe, se
ela permanecer em fé, e amor, e santificação, com bom senso.” 1 Timóteo
2:14, 15, RA.
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A maternidade é a maneira de Deus dizer à mulher: eu sei tudo o que
aconteceu, Eva, eu estava lá no Jardim, a serpente mentiu a meu
respeito, você foi enganada todo tempo. Eva, eu perdoo você, vou lhe dar
uma missão – ser Mãe.
Eva era para ser defendida por Adão, mas ele fugiu na hora mais
necessária. Então Deus resolveu agir como Defensor divino da mulher.
Jesus era bem jovem quando começou seu ministério, ele tinha 30
anos, era o primeiro ano da maioridade judaica.
Como qualquer jovem, ele devia manter o respeito por si mesmo, e não se
expor à vergonha, e isso incluía não falar com uma mulher em público.
Mas o que fez Jesus? Mudou o Paradigma.
O evangelista João registrou o encontro de Jesus, em plena luz do dia,
no momento mais claro, meio dia, com uma mulher. E não era uma
mulher comum – era uma divorciada, e não poucas vezes.
Não somente isso, além de mulher, separada, vivendo em adultério, era
uma Samaritana. Ninguém de bom senso faria uma coisa dessas, nem de
noite, quanto mais de dia.
Mas Jesus não se envergonhou dela. E não somente conversou com ela,
mas revelou um dos maiores mistérios da fé cristã – a natureza de
Deus: Deus é Espírito!
Poderia ter dito isso a Pedro, Tiago, João, mas não, preferiu revelar isso
à Samaritana, por Jesus não se envergonha da mulher.
Mas eu quero mostrar algo surpreendente – Jesus tinha o hábito de
fazer da mulher a heroína de suas parábolas. Nas estórias criadas pelo
Mestre, vamos encontrar credores impacientes, juízes iníquos,
lavradores assassinos, administradores desonestos, o rico louco,
investidores covardes, ou seja, os homens, com raras exceções são os
vilões.
Na parábola da dracma perdida, uma mulher tinha 10 dracmas,
equivalente a 10 dias de trabalho de um camponês. Ela perde uma. O
que faz?
Pega a vassoura, e vasculha cada canto da casa até achar a moeda
perdida. Em vez de guardar a moeda no cofre, ela chama as amigas e faz
uma festa só pra repartir a alegria de tê-la encontrado. (Lc 15.8-10)
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Jesus termina a parábola dizendo que o anjos no céu fazem a mesma
festa quando um pecador se arrepende e se reconcilia com Deus.
Outra parábola extraordinária é a do Juiz Iniquo, que por si só já é um
absurdo, porque o Juiz é para reparar a injustiça. Mas na estória, o
próprio juiz é o problema – não teme a Deus e nem a homem algum.
Junto com essa personalidade ímpia e soberba, Jesus coloca uma pobre
viúva indefesa, sem advogado, sem amigos influentes, sem defensor, e
ainda afligida por um oponente, um adversário, perseguidor.
É a luta de um rinoceronte contra uma borboleta. (Lc 18)
Mas pense numa mulher de fibra, pense numa mulher corajosa, pense
numa mulher perseverante, essa é a mulher de Lucas 18. Ela vai
seguindo o juiz por onde vai, ele sai de casa, lá está ela – julga a minha
causa; ele vai ao restaurante almoçar, ao sair, lá está a viúva – julga a
minha causa;
ele para no sinal no congestionamento de camelos, lá vem a mulher –
julga a minha causa. O sobrenome dessa mulher é PERSISTENCIA.
Jesus conclui a parábola dizendo: “Não fará Deus justiça aos seus
escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em
defendê-los? Digo- vos que, depressa, lhes fará justiça.” Lc 18.7-8
Aquela mulher representa todos os crentes que perseveram na oração
sem jamais desistir. Ela é heroína dos que esperam na misericórdia de
Deus. O Senhor não se envergonha delas.
Outra grande heroína sequer foi notada quando entrou em cena. Ela era
considerada paisagem para os homens que ali estavam. Jesus estava no
templo ensinando, quando chegou a hora do ofertório. (Mc 12)
Havia caixas de madeira na frente, em forma de letras do alfabeto
hebraico. Os ricaços apareciam e jogavam suas moedas fazendo o maior
barulho.
De repente, na cena aparece aquela viúva, passo a passo, quase
atrapalhando o fluxo do corredor, quase rastejando para chegar ao altar.
Ninguém percebe, ninguém vê, exceto Jesus.
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Logo que as duas moedas que ela trouxe caem na caixa, Jesus se
levanta, chama os discípulos e revela: vocês estão vendo aquela viúva
ali? Pois bem, o que ela deu foi mais do que todos os ofertantes juntos.
– Mas, Mestre, eram só duas moedas...
Sim, mas o que vocês não viram é o que aconteceu antes de ela chegar
aqui – era seu ultimo recurso, seu ultimo dinheiro, ela deu tudo quanto
tinha, não ficou nada em casa, os outros deram das sobras.
Qualquer sacerdote ou levita teria ficado com vergonha de levar 2
moedas – eu não vou me expor ao ridículo, aparecer lá com duas
moedas. A viúva não se envergonhou, também Jesus não se
envergonhou de abençoa-la.
Mas agora vou mostrar uma passagem que deixa muito claro como Jesus
honra a mulher cujo o coração é totalmente dele.
Em Lucas 7, Jesus foi convidado para um jantar na casa de um fariseu.
Apesar de ser um convidado, Jesus não recebeu nenhuma
demonstração de respeito pelo hospedeiro.
Enquanto a comida era servida, do nada aparece uma mulher, que
possivelmente era conhecida por todos ali, uma da cidade, que trazia um
vaso de perfume precioso.
Ele estava visivelmente comovida com a presença de Jesus. Antes que
Jesus fizesse qualquer movimento ela começou a lavar os pés do Mestre,
com perfume e lágrimas.
Ela não levou toalha então enxugava com o que tinha seus próprios
cabelos. Choro, beijo, perfume e cabelos. Nunca os pés de Jesus foram
tão bem tratados.
Nesse momento, o miserável do fariseu está pensando – eu logo
desconfiei, mas isso veio a calhar, pelo menos eu não preciso fazer nada
pra mostrar que esse rabino não passa de um embusteiro. Se fosse um
profeta verdadeiro nunca se deixaria tocar por essa pecadora.
Mas os pensamentos do fariseu são interrompidos por uma pergunta de
Jesus:
“E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês esta mulher? Entrei em
tua casa, e não me deste água para os pés; esta, porém, regou os meus pés
com lágrimas e os enxugou com os seus cabelos. Não me deste ósculo; ela,
entretanto, desde que entrei não cessa de me beijar os pés. Não me ungiste
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a cabeça com óleo, mas esta, com bálsamo, ungiu os meus pés. Por isso, te
digo: perdoados lhe são os seus muitos pecados, porque ela muito amou;
mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama. Então, disse à mulher:
Perdoados são os teus pecados.” Lucas 7:44-48
E concluiu: A tua fé te salvou; vai- te em paz.
O que esse incidente nos ensina? Que Deus não se envergonha dos
pecadores arrependidos. Jesus não negou que ela fosse pecadora, mas
não teve vergonha dela, porque as suas lágrimas de arrependimento, a
sua gratidão demonstrada com um presente caríssimo, eram a
vestimenta mais digna para se apresentar diante de Deus.
Deus se deixa tocar pelo aflito e contrito de coração – Deus não se
envergonha dos miseráveis que correm para o Trono da Graça.
Agora, isso não é tudo. Tem o encontro de Jesus com a mulher
canaanita. Jesus queria um tempo de descanso, mas daí apareceu essa
estrangeira pra pedir pela vida de sua filha, que estava horrivelmente
endemoniada. (Mat. 15)
Ela chega na casa, e chama la de fora:
– Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim!
Jesus a ignora.
Ela vai e começa a importunar os discípulos – falem com ele, me ajudem,
não custa nada, entrem no quarto, chamem o Mestre...
Os discípulos pra se livrarem dela, resolvem falar com Jesus.
– Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.
Ela se cansa de esperar e vai até onde Jesus está, se joga aos pés dele:
– Senhor, socorre-me!
– Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos.
– Sim, Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem
da mesa dos seus donos.
– Ó mulher, grande é a tua fé! Faça- se contigo como queres.
Agora, me diga, pra qual dos apóstolos Jesus disse: grande é a tua fé?
Pra qual rei? Pra qual sacerdote? Pra qual profeta? Pra qual ancião? O
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único que ouviu algo semelhante foi o centurião romano, que disse: não
sou digno que entres em minha casa – manda apenas uma palavra e meu
servo ficará curado...
Percebem? As heroínas da vida real não são em nada menos corajosas
ou menos inspiradoras que as da estórias que Jesus contava.
Jesus tem prazer em se colocar no caminho delas e de certa forma atraílas a ele.
A mulher do fluxo de sangue (Marcos 5) poderia ter ido embora com a
sua cura depois de tocar na orla da veste de Jesus. Mas Jesus
interrompeu a fuga dizendo – quem me tocou?
Mas, ali está uma mulher completamente amedrontada – ela é uma
mulher impura por causa da hemorragia, que não poderia sequer sair à
rua, quanto mais tocar em Deus.
Jesus bem podia ter deixado a mulher seguir em paz. Por que traze-la
para o meio e faze-la confessar o toque? Ele não podia fazer isso sem
atrair os comentários de que fora contaminado pela imundícia da
mulher.
Mas aqui está Um que não tem vergonha da mulher que lança toda a sua
ansiedade sobre o Senhor. Jesus disse a essa pobre mulher, algo que
jamais repetiu em toda a sua vida:
–Filha, a tua fé te salvou; vai- te em paz.
Mais do que um milagre, Jesus queria dar àquela mulher um titulo – o
de herdeira, herdeira de Deus e co-herdeira com Cristo.
Essa proteção graciosa de Jesus despertou nas mulheres uma resposta
sem precedentes ainda durante os dias do seu ministério.
O evangelista Lucas tinha um jeito particular de se referir aos discípulos
de Jesus – ele os chamava de “os Doze”. Mas os Doze não eram os únicos
que seguiam Jesus estrada à fora: havia também “as mulheres” (Lc 23.55
e At 1.14)
Com certeza eram elas que providenciavam as necessidades humanas
de Jesus, e Deus não se envergonhava da companhia delas.
Quando Jesus foi crucificado, os discípulos fugiram com medo, mas “as
mulheres” ficaram até o fim.
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Quando Jesus clamou – tenho sede, lá estava elas, quem sabe oferecendo
as lágrimas de seus olhos numa tentativa de saciar a sede da sua alma.
Ele não se envergonhou delas, não as mandou embora, não as
dispensou, aceitou de bom grado a companhia delas.
Mas quando ressuscitou, Jesus resolveu coroar toda a honra que as
mulheres deram a ele durante o seu ministério. As primeiras pessoas
que souberam da ressurreição de Jesus foram as mulheres que levaram
aromas ao seu tumulo. Elas foram as primeiras a contar a noticia aos
Apóstolos.
Mas, Jesus reservou um momento especial a Maria Madalena, a
endemoniada. Ela estava devastada com a possibilidade de alguém ter
levado do sepulcro o corpo do Senhor. Ela chora tão compulsivamente
que nem percebe que Jesus em pessoa está bem diante de seus olhos.
Seu jardineiro, não se preocupe, só me diga onde está o corpo, nem
precisa ir junto, só quero saber onde o senhor pôs, eu vou levar para um
lugar seguro...
Mas lá está Jesus, Vivo, Vitorioso, dizendo – Maria!
Ela finalmente o reconhece e tenta segura-lo para não perde-lo de vista.
Como o Patriarca Jacó se agarrava ao Anjo do Senhor dizendo – não te
deixarei ir enquanto não me abençoares, lá está Maria Madalena, a exfilha de belial, a ex-possuída, ex-endemoniada, se agarrando ao Mestre
como que dizendo – nunca te deixarei, nunca te perderei de vista outra
vez.
O que Jesus faz? Diz a ela – você não é digna? Você não merece me tocar?
Voê já foi condomínio de espíritos malignos, não me segure!
Pelo contrário, Ele concede a Maria Madalena a mais honrosa missão
jamais dada entre os seres humanos: “...vai ter com os meus irmãos e dizelhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus. Então,
saiu Maria Madalena anunciando aos discípulos: Vi o Senhor !” João 20.17
A essa altura você deve estar pensando: pastor Edilson se esqueceu do
texto.
Esqueci não. Agora, o autor aos Hebreus revela algo notável sobre Jesus
ressurreto.
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A mais sublime demonstração da humildade de Jesus e de seu oficio
como Mediador entre Deus-Pai e suas criaturas, está aqui:
TANTO O QUE SANTIFICA COMO OS QUE SÃO SANTIFICADOS,
TODOS VEM DE UM SÓ!
O que isso quer dizer? A mensagem que Maria Madalena tinha de levar
era – Subo para o meu Pai e vosso Pai! Glória a Deus! O Pai de Jesus é
nosso Pai também.
Isso explica porque Jesus não tem vergonha de nos colocar ao lado dele
dizendo:
– Pai, ó esses aqui são meus irmãos...
– Pai essas aqui são minhas irmãs.
– Pai, agora vamos cantar louvores, eu vou te louvar no meio deles.
Vai ser um lindo coral, as minhas irmãs vão fazer soprano e
contralto, eu vou fazer o tenor, os rapazes vão fazer o baixo. Pai veja
só que lindo, Eu e os filhos que me deste!
O verdadeiro Dia Internacional da Mulher não começou em 8 de março
de 1977, ele começou no dia em que Maria Madalena viu o Senhor
ressurreto
e recebeu dele a missão de embaixatriz em nome do Rei pra anunciar ao
mundo – Jesus subiu para o Pai.
Eva foi expulsa do Jardim depois do encontro com a criatura mais
horrenda e maligna do universo, que a enganou e a fez pecar contra
Deus.
Maria Madalena, foi comissionada num Jardim, para ser a Mensageira
para os Apóstolos. Quão formosos se tornaram os pés daquela mulher de
Magdala, quando levaram a noticia aos que seriam os Arautos para o
mundo todo.
Não sei quantas de vocês irmãs, entraram aqui com a alma ferida, com o
coração cheio de mágoas, por algum desprezo, pela falta de respeito de
maridos insensíveis, filhos ingratos, chefes grosseiros, hoje eu trago
boas noticias.
Se você fizer silencio perceberá que bem ao seu lado há uma voz doce e
suave, e ela canta um cântico de louvor.
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Se você abrir bem os olhos verá que a Pessoa que louva ao lado, é a mais
confortadora Presença jamais sentida, e nesse momento, ele está com os
braços fortes sobre você como que a dizer:
– Filha, eu sou Teu irmão mais Velho, eu não tenho vergonha de ti, eu
vim pra curar as feridas do teu coração com a minha canção de louvor ao
meu Pai.
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