o papel do educador social no quadro das novas mediações

Transcrição

o papel do educador social no quadro das novas mediações
Actas do X Congresso Internacional Galego-Português de Psicopedagogia. Braga: Universidade do Minho, 2009
ISBN- 978-972-8746-71-1
O PAPEL DO EDUCADOR SOCIAL NO QUADRO DAS
NOVAS MEDIAÇÕES SOCIOEDUCATIVAS
Fernando Canastra
Departamento das Ciências Sociais
Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria
[email protected]
NIDE/CEMRI
Manuela Malheiro
Departamento das Ciências da Educação
Universidade Aberta
[email protected]
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necessidade de perspectivar o fenómeno educativo a partir de novos significados e de novos
contextos. Importa, por isso, re-situar a actividade educativa a partir do seu sentido social e
comunitário. A educação social i
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como uma nova figura profissional, inscreve-se nesta tentativa de equacionar o projecto educativo
como um projecto educativo comunitário. Educar, nesta concepção ampla, tende a privilegiar a ideia
de interface entre as sinergias que se combinam (retroalimentam) no quadro de uma relação dialógica.
É neste contexto que procuramos realçar o papel do educador social enquanto mediador
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profissionalização (Sáez e Molina, 2006), poderá ser um interlocutor privilegiado no quadro desta
interface comunicativa, contribuindo para a promoção de uma cultura de participação cívica numa
lógica de auto-desenvolvimento social. Estas novas mediações socioeducativas, por sua vez, poderão
ser uma oportunidade para repensarmos algumas das dicotomias clássicas que ainda persistem em
muitos sectores (quer profissionais quer académicos)
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ISBN- 978-972-8746-71-1
(Canário, 1999), ignorando os outros espaços e tempos educativos (Pineau, 2000). Contudo,
hoje, é relativamente consensual que, para além da família (e da escola), a comunidade é,
efectivamente, o lugar privilegiado a partir do qual se estabelece a articulação entre os vários
espaços e tempos educativos. É na comunidade que se jogam os principais desafios em matéria
de educação e formação ao longo da vida. Por s
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séc. XXI (Ortega, 2003).
Importa, por isso, reequacionar o modo como se tem vindo a pensar a relação entre escolasociedade, que, em muitos casos, ainda se tende a privilegiar uma leitura predominantemente
dicotómica. Nesta perspectiva, a escola aparecec
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tendem a reforçar a artificialidade da vida escolar, ignorando os verdadeiros problemas (sociais)
que a habitam (Kemmis, 1986).
Esta nova concepção coloca-nos perante um novo desafio: a exigência de termos que participar
activamente na negociação do contrato social, apostando e investindo na promoção de diferentes
formas de participação cívica e comunitária. Entre outras, a educação para a cidadania constitui
uma estratégia que importa dinamizar no quadro d
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(Bolívar, 2007).
A família assume um papel importante, sobretudo, no campo sócio-afectivo, condição
imprescindível para estruturar socialmente o núcleo da personalidade de cada indivíduo
(Tedesco, 1995). Não obstante, este papel tende a ser, cada vez mais, relegado para a escola.
Entre outros factores, destacamos a situação das mulheres que entraram, em massa, no mercado
de trabalho, bem como o investimento que são chamadas a realizar no contexto das suas
carreiras. Esta dedicação à sua profissão, a full-time, a par das actividades domésticas que, em
muitos casos, ainda estão centradas no género feminino, coloca as famílias com falta de tempo e
de disposição para investir nesse campo sócio-afectivo. Por conseguinte, a própria relação entre
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A escola, por sua vez, pode desempenhar um papel relevante, particularmente, no modo como
contribui para inserção do sujeito na cultura de cada época (Molina, 2003). No entanto, o que se
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exclusivamente, no conhecimento disciplinar), s
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experiências sociais, as vivências culturais e ecológicas (Pérez Gómez, 1998).
Face a estas contradições, tensões ou dicotomias, importa recolocar no centro das políticas
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(Subirats, 2002) que se deve equacionar uma nova proposta para educar os cidadãos do séc.
XXI. A comunidade (local) é, efectivamente, o lugar privilegiado onde se podem construir as
bases de uma educação para todos e que implique e comprometa os vários actores sociais
(democracia educativa), apostando na promoção e dinamização espaços-tempos educativos, a
partir dos quais se concretiza a actividade educativa (Caride, Freitas e Vargas, 2007; Pineau,
2000).
1.1.
Entre a família, a escola e a comunidade local: o papel do projecto educativo
Neste contexto, importa investir numa cultura de participação organizada em torno de projectos
educativos comunitários, superando certas visões e
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tempos e espaços educativos. O desafio, nesta perspectiva, consiste, de certa forma, em superar
certas dicotomias clássicas que, ainda, continuam presentes nos discursos e nas práticas de
muitos profissionais ou teóricos da educação.
A título ilustrativo, Ortega (2005), no contexto da sua reflexão em torno do papel da pedagogia
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contribuído para gerar entropia no modo como se tem compreendido e interpretado a actividade
socioeducativa nos seus vários contextos. Para este autor, a educação social tende a dar conta
das várias possibilidades que a prática sócio-pedagógica promove dentro ou fora dos sistemas
educativos e da sua instituição mais emblemática: a escola. Assim, não se trata de criar uma
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primeira é de carácter formal e a segunda de âmbito não-formal ou informal. Falar de educação
social, neste contexto, é falar das várias possibilidades sócio-pedagógicas que a cultura
(culturas) estabelece para que os indivíduos transitem, circulem e participem de forma crítica e
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responsável nas várias dinâmicas de sociabilidade (Molina, 2003). A formação da
subjectividade, neste entendimento, opera-se no quadro de determinadas estruturas de
participação (empowerment) através das quais os indivíduos ou comunidades exercem o poder e
a capacidade de tomar decisões que afectam as suas vidas. Em síntese, a educação (social) é
uma tarefa que compromete a sociedade no seu todo e que se perspectiva ao longo da vida,
como nos foi sugerido pelo Relatório da Unesco (Delors et al., 1996).
Neste entendimento, a escola inscreve-se numa lógica comunitária e assumindo um papel
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transformador, em vez de se percepcionar como uma instituição neutra, e que por essa razão
acaba por contribuir para a reprodução das ideologias dominantes (Apple, 2000, 2002).
A Pedagogia Social procura estabelecer novas vias de aproximação à educação, privilegiando as
dinâmicas de participação comunitária (local) como estratégia sócio-pedagógica. Trata-se de ir
um pouco mais longe no papel que se quer da escola, optando por criar a possibilidade de
desenvolver acções de mudança, no seio da própria escola, mas a partir de um projecto
educativo negociado e assumido pela comunidade local (Caride, Freitas e Vargas, 2007, Ortega,
2003, 2005; Subirats, 2002).
2.
O educador social: em vias de profissionalização
A figura profissional do educador social, em vias de profissionalização, procura inscrever-se no
quadro destas novas mediações socioeducativas (Molina, 2003; Sáez e Molina, 2006). Contudo,
antes de nos centrarmos no papel que esta nova figura pode vir a desempenhar no contexto
destas mediações socioeducativas, importa clarificar o(s) sentido(s) que atribuímos a esta figura
profissional emergente.
2.1.
Uma breve leitura sócio-histórica
O educador social (especializado), em termos históricos, desempenhou funções educativas no
âmbito da acção social e, preferencialmente, em contextos institucionalizados (não-formais),
recorrendo aos saberes, às técnicas e às metodologias provenientes da psicologia (quer na sua
vertente experimental, quer na sua vertente psicanalítica). Neste sentido, este tipo de
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importados da área disciplinar da psicologia e aplicá-los à educação (especializada). A
finalidade desta intervenção, centrada numa determinada população específica (inadaptados,
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anomalias ou os desvios que esses indivíduos revelavam face à norma vigente. Este tipo de
actividade caracterizava-se, globalmente, pelo modo como ajudava a re-abilitar determinados
indivíduos (classificados a partir de tipologias centradas exclusivamente nos défices ou nos
problemas individuais) para, de seguida, serem (re)integrados na norma vigente da sociedade.
O educador, durante este período e até recentemente, percepcionava-se, em grande parte, como
um especialista da educação que trabalhava com públicos difíceis, no sector de determinados
ambientes institucionalizados (particularmente em instituições de reabilitação social). É neste
contexto que surge a figura do Educador Social (Especializado), nomeadamente nos contextos
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Posteriormente, esta concepção sobre a actividade do educador, traduzida pela expressão
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estruturas de participação social (ou comunitárias) que facilitem o próprio autodesenvolvimento social das comunidades. É nestec
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perspectiva assenta numa visão distinta da anterior. A Pedagogia Social introduz-nos numa nova
inteligibilidade do que poderá ser o papel da actividade socioeducativa, considerando-a como
uma estratégia sócio-pedagógica que visa convocar o papel da comunidade (local) como sujeito
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expressa e traduz um tipo de trabalho que implica e compromete a população no seu todo (para
além dos âmbitos clássicos, como a família, a escola ou as igrejas); uma intervenção que se
desenrola nos vários tempos e espaços socioeducativos (Caride, 2005; Molina, 2003). É nesta
perspectiva que o projecto educativo comunitário passa a ser a nova ferramenta (sóciopedagógica) do educador social (Ortega, 2003; Subirats, 2002). Em síntese, quando hoje
falamos da figura do educador social, estamos, pelo menos, perante duas concepções distintas:
uma que se inscreve no campo do Trabalho Social; outra que se enquadra no domínio da
Pedagogia Social. Alguns autores (entre outros, Caride, 2005; Petrus, 1997) consideram que o
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culação entre estas duas perspectivas. Há, no
entanto, outra corrente liderada por outros autores (particularmente Saéz e Molina, 2006) que
defende uma perspectiva mais autónoma em relação ao Trabalho Social. Neste caso, o
entendimento passa por repensar a actividade (só
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aestes últimos autores, tende a perspectivarse como uma actividade sócio-pedagógica facilitadora de processos educativos com vista à
inclusão social e cultural de todos os cidadãos. Trata-se, por isso, de criar estratégias sóciopedagógicas que promovam um diálogo (reflexivo e crítico) entre estes espaços-tempos
subjectivos articulados social e culturalmente. Por conseguinte, mais do que contrapor
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mediadoras entre estas duas realidades indissociáveis, de modo a facilitar a emergência de novas
possibilidades educativas, a partir das estruturas simbólico-culturais em que cada indivíduo está
inscrito e mediante as quais se define socialmente, seja na família, na escola ou na comunidade
local (Caballho Villar e Fraguela Vale, 2007; Molina, 2003).
Para além do mérito reconhecido das duas perspectivas em jogo, do nosso ponto de vista, a
educação social ganha em autonomizar-se em relaç
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(ou, mais concretamente, os técnicos de serviço social), procurando, pelo contrário, investir nas
mediações socioeducativas que se estabelecem entre este triângulo pedagógico (família, escola e
comunidade local), e optando por trabalhar estas dinâmicas no movimento da sua emergência e
no quadro das várias temporalidades que se jogam nesta dialéctica aberta e plural.
2.2.
A emergência da figura profissional do educador social
A emergência da figura profissional do educador social, quer no contexto português quer no
contexto europeu, inscreve-se na necessidade de repensar a actividade socioeducativa a partir
dos diversos contextos de vida dos indivíduos, para além dos tempos e dos espaços que as
agências clássicas de socialização têm privilegiado (Dubet, 2002; Molina, 2003; Pineau, 2000).
Com efeito, a proposta que sugerimos procura realçar a importância das mediações sóciopedagógicas que se jogam na interface da família-escola-comunidade local. Importa, neste
sentido, reconhecer que, cada vez mais, nos confrontamos com a necessidade de trabalhar em
rede e numa postura muito mais profissionalizada. A actividade socioeducativa implica, assim, a
criação de novas figuras profissionais que intervenham no quadro desta relação, sem pretender
substituir o papel específico de cada uma das instâncias referidas atrás.
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É sabido como a família, não obstante o papel imprescindível que lhe toca (particularmente no
campo sócio-afectivo), tende a relegar para a esc
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permitam o exercício (por parte dos indivíduos) dos direitos de participação social, cultural,
política e laboral, os próprios estados equacionam a possibilidade de serem as escolas a
promoverem as bases de uma cultura cívica de modo a formar cidadãos informados, críticos e
responsáveis (Bolívar, 2007).
Estas pressões (exigências) tendem a reflectir um mal-estar que, em muitos casos, ainda não está
bem diagnosticado. De qualquer das formas, são já bastantes os indícios que nos permitem
concluir que, dada a complexidade cada vez mais crescente destas questões, importa revisitar o
modo como se continua a gerir o contrato social.
Contrariamente ao que acontecia até há bem pouco tempo, o contrato social não pode continuar
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social (Caballho Villar e Fraguela Vale, 2007). Este reconhecimento passa por criar mediações
sócio-pedagógicas entre a família, a escola, o munic
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próprias comunidades. Contudo, este movimentod
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contribuindo para potenciar o próprio processo de produção de laços (familiares, sócior
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Para alguns autores (entre outros, Caride, 2005, Molina, 2003; Pérez Serrano, 2003; Sáez, 2003;
Sáez e Molina, 2006), a emergência da figura profissional do educador social, em vias de
profissionalização, poderá ser um valor acrescentado no quadro destas novas mediações
socioeducativas.
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Actas do X Congresso Internacional Galego-Português de Psicopedagogia. Braga: Universidade do Minho, 2009
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2.3.
Papel do educador social
O papel do educador social, referenciado no âmbito da Pedagogia Social, visa, assim,
acompanhar as pessoas ou os grupos no seu processo de inserção e participação nas redes de
sociabilidade, adoptando como estratégia privilegiada a dinamização de projectos educativos
comunitários (Sáez e Molina, 2006). A sua principal ferramenta é a“
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pela capacidade de pôr em circulação as vontades, as sinergias e os recursos disponíveis, e
organizados numa postura de projecto, num determinado contexto social e/ou laboral.
A intervenção socioeducativa praticada pelo educador social caracteriza-se, essencialmente,
pelo modo como utiliza o potencial já existente nas situações de aprendizagem,
independentemente do contexto a partir do qual elas se revestem de significado. Por essa razão,
o papel do educador social centra-se na interface comunicativa que se joga no quadro das
várias mediações socioeducativas (por exemplo, perante um aluno com deficiência que se
encontra num processo de transição para a vida activa, importa convocar e implicar os vários
actores que estão em jogo neste processo: a família, a escola, as instituições laborais de
acolhimento, os serviços sociais, etc.). O educador social, mesmo dentro de uma equipa multiprofissional, privilegia a comunicação sócio-pedagógica como estratégia de intervenção. Do que
se trata, neste trabalho socioeducativo, é de reconhecer que os recursos endógenos, mobilizados
nas várias situações de aprendizagem, são a chave para transformar as dificuldades
(necessidades sociais) em possibilidades (potencialidades) educativas. Pô-las à luz do dia,
organizá-las e geri-las numa postura de projecto, tal consiste o papel específico do educador
social (Molina, 2003; Ortega, 2003; Pérez Serrano, 2003).
Esta perspectiva, que temos vindo a desenvolver sobre o papel do educador social, ainda carece
de aprofundamento e, sobretudo, de oportunidades de profissionalização. Trabalhar como
mediador sócio-pedagógico no contexto da relação família, escola e comunidade local, poderá
constituir uma mais-valia, quer para a própria consolidação desta profissão emergente, quer para
a promoção do auto-desenvolvimento social das c
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educativos comunitários, pode transformar-se numa oportunidade para consolidar o processo de
profissionalização do educador social. Esta nova figura profissional só terá possibilidade de
reconhecimento social se conseguir, por um lado, adoptar como ferramenta de intervenção
socioeducativa a investigação-acção e, por outro lado, se convocar como estratégia sóciopedagógica uma postura dialógica, a partir da qual os vários actores sociais se impliquem e se
comprometam na transformação social e comunitária (Canastra, 2007).
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Actas do X Congresso Internacional Galego-Português de Psicopedagogia. Braga: Universidade do Minho, 2009
ISBN- 978-972-8746-71-1
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