Demonstrações Financeiras
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Demonstrações Financeiras
Votorantim Participações S.A. Demonstrações financeiras intermediárias consolidadas condensadas 30 de junho de 2011 e relatório dos auditores independentes Relatório de revisão sobre as demonstrações financeiras intermediárias consolidadas condensadas Aos Administradores e Acionistas Votorantim Participações S.A. Introdução Revisamos o balanço patrimonial consolidado da Votorantim Participações S.A.(a "Companhia") e suas controladas em 30 de junho de 2011, e as respectivas demonstrações consolidadas do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o semestre findo nessa data. A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras intermediárias consolidadas condensadas de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 21 - Demonstração Intermediária e com a norma internacional de contabilidade IAS 34 Interim Financial Reporting, emitida pelo International Accounting Standards Board (IASB). Nossa responsabilidade é a de expressar uma conclusão sobre essas demonstrações financeiras intermediárias condensadas com base em nossa revisão. Alcance da revisão Conduzimos nossa revisão de acordo com as normas brasileiras e internacionais de revisão de informações intermediárias (NBC TR 2410 - Revisão de Informações Intermediárias Executada pelo Auditor da Entidade e ISRE 2410 - Review of Interim Financial Information Performed by the Independent Auditor of the Entity, respectivamente). Uma revisão de informações intermediárias consiste na realização de indagações, principalmente às pessoas responsáveis pelos assuntos financeiros e contábeis e na aplicação de procedimentos analíticos e de outros procedimentos de revisão. O alcance de uma revisão é significativamente menor do que o de uma auditoria conduzida de acordo com as normas de auditoria e, consequentemente, não nos permitiu obter segurança de que tomamos conhecimento de todos os assuntos significativos que poderiam ser identificados em uma auditoria. Portanto, não expressamos uma opinião de auditoria. Conclusão Com base em nossa revisão, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar que as demonstrações financeiras intermediárias consolidadas condensadas acima referidas não estão elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 21 Demonstração Intermediária e a norma internacional de contabilidade IAS 34 -Interim Financial Reporting, emitida pelo International Accounting Standards Board (IASB). PricewaterhouseCoopers, Av. Francisco Matarazzo 1400, Torre Torino, São Paulo, SP, Brasil 05001-903, Caixa Postal 61005 T: (11) 3674-2000, F: (11) 3674-2000, www.pwc.com/br Votorantim Participações S.A. Outros assuntos Informação suplementar - Demonstração do valor adicionado Revisamos, também, a demonstração intermediária consolidada do valor adicionado (DVA), referente ao semestre findo em 30 de junho de 2011, apresentada como informação suplementar. Essa demonstração foi submetida aos mesmos procedimentos de revisão descritos anteriormente e, com base em nossa revisão, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar que não está adequadamente elaborada, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras intermediárias consolidadas condensadas tomadas em conjunto. Informação suplementar - informações por segmentos industrial e financeiro e por unidade de negócio Revisamos, ainda, as informações suplementares por segmento industrial e financeiro, assim como por unidade de negócio, apresentadas para propiciar informações adicionais sobre a Votorantim Participações S.A. e suas controladas, as quais não objetivam estar e não são requeridas pelas IFRS e pelas práticas contábeis adotadas no Brasil. Essas informações foram submetidas aos mesmos procedimentos de revisão descritos anteriormente e, com base em nossa revisão, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar que não estão adequadamente elaboradas, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras intermediárias consolidadas condensadas tomadas em conjunto. Revisão dos valores correspondentes do semestre findo em 30 de junho de 2010 Os valores correspondentes do semestre findo em 30 de junho de 2010, apresentados para fins de comparação, foram anteriormente por nós revisados de acordo com as normas de auditoria vigentes por ocasião da emissão do relatório em 16 de agosto de 2010, sem ressalva. As normas de auditoria anteriormente vigentes permitiam divisão de responsabilidade, portanto, a revisão das demonstrações financeiras, em 30 de junho de 2010, da empresa controlada em conjunto Votorantim Finanças S.A. foi conduzida sob a responsabilidade de outros auditores independentes e o nosso relatório, no que se refere aos lucros por ela produzidos no semestre findo em 30 de junho de 2010, no valor de R$ 395 milhões, está fundamento exclusivamente nos relatórios desses outros auditores. São Paulo, 23 de agosto de 2011 PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5 Marcelo Orlando Contador CRC 1SP217518/O-7 Índice Demonstrações financeiras intermediárias consolidadas Balanços patrimoniais ................................................................................................ 4 Demonstrações do resultado ...................................................................................... 7 Demonstrações do resultado abrangente ................................................................... 8 Demonstrações das mutações do patrimônio líquido ................................................. 9 Demonstrações dos fluxos de caixa ......................................................................... 11 Demonstrações do valor adicionado......................................................................... 13 Notas explicativas da administração às Demonstrações financeiras intermediárias consolidadas 1 Considerações gerais ............................................................................................... 14 2 Apresentação das demonstrações financeiras intermediárias consolidadas............. 15 2.1 Base de apresentação .................................................................................. 16 2.2 Instrumentos financeiros derivativos e atividades de hedge .......................... 18 3 Normas, alterações e interpretações de normas que ainda não estão em vigor ....... 19 4 Estimativas e premissas contábeis críticas............................................................... 20 5 Gestão de risco financeiro ........................................................................................ 20 5.1 Segmento Industrial ...................................................................................... 20 5.2 Segmento Financeiro .................................................................................... 31 6 Qualidade dos créditos dos ativos financeiros – Segmento Industrial....................... 31 7 Caixa e equivalentes de caixa .................................................................................. 32 8 Aplicações financeiras .............................................................................................. 33 9 Contas a receber de clientes .................................................................................... 36 10 Empréstimos e recebíveis ........................................................................................ 36 11 Estoques .................................................................................................................. 37 12 Tributos a recuperar ................................................................................................. 38 13 Partes relacionadas .................................................................................................. 39 14 Investimentos ........................................................................................................... 41 15 Imobilizado ............................................................................................................... 43 16 Ativos biológicos....................................................................................................... 45 17 Intangível.................................................................................................................. 45 18 Empréstimos e financiamentos................................................................................. 46 19 Contas a pagar - Trading.......................................................................................... 50 20 Imposto de renda e contribuição social diferidos ...................................................... 51 21 Provisões ................................................................................................................. 53 22 Programa de Recuperação Fiscal – Refis ................................................................ 56 23 Patrimônio líquido da controladora Votorantim Participações S.A. ........................... 57 24 Receita líquida.......................................................................................................... 59 25 Outras receitas operacionais, líquidas ...................................................................... 59 26 Resultado financeiro líquido ..................................................................................... 60 27 Seguros .................................................................................................................... 60 28 Abertura do resultado por natureza .......................................................................... 61 29 Despesa dos benefícios aos funcionários................................................................. 61 30 Evento subsequente ................................................................................................. 62 31 Informações suplementares - UN ............................................................................. 62 3 Votorantim Participações S.A. Balanços patrimoniais intermediários consolidados Em milhões de reais As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras intermediárias consolidadas e das informações suplementares. 4 Votorantim Participações S.A. Balanços patrimoniais intermediários consolidados Em milhões de reais As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras intermediárias consolidadas e das informações suplementares. 5 Votorantim Participações S.A. Balanços patrimoniais intermediários consolidados Em milhões de reais As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras intermediárias consolidadas e das informações suplementares. 6 Votorantim Participações S.A. Demonstrações dos resultados intermediários consolidados Semestres findos em 30 de junho Em milhões de reais As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras intermediárias consolidadas e das informações suplementares. 7 Votorantim Participações S.A. Demonstrações dos resultados abrangentes intermediários consolidados Semestres findos em 30 de junho Em milhões de reais As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras intermediárias consolidadas e das informações suplementares. 8 Votorantim Participações S.A. Demonstrações das mutações do patrimônio líquido Em milhões de reais, exceto quando indicado As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras intermediárias consolidadas e das informações suplementares. 9 Votorantim Participações S.A. Demonstrações das mutações do patrimônio líquido Em milhões de reais, exceto quando indicado As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras intermediárias consolidadas e das informações suplementares. 10 Votorantim Participações S.A. Demonstrações intermediárias consolidadas dos fluxos de caixa Semestres findos em 30 de junho Em milhões de reais As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras intermediárias consolidadas e das informações suplementares. 11 Votorantim Participações S.A. Demonstrações intermediárias consolidadas dos fluxos de caixa Semestres findos em 30 de junho Em milhões de reais As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras intermediárias consolidadas e das informações suplementares. 12 Votorantim Participações S.A. Demonstrações intermediárias consolidadas do valor adicionado Semestres findos em 30 de junho Em milhões de reais As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras intermediárias consolidadas e das informações suplementares. 13 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma 1 Considerações gerais A Votorantim Participações S.A. ("Companhia", "Controladora" ou “VPAR”) é uma empresa de capital privado integralmente controlada pela família Ermírio de Moraes e que constitui a holding das empresas Votorantim (“Votorantim”), com sede na cidade de São Paulo, Brasil. Em conjunto com suas empresas controladas, controladas em conjunto e coligadas, a Companhia está organizada em dois segmentos de negócio descritos a seguir: Segmento Industrial Reúne empresas que atuam em setores de base da economia, com elevada demanda de investimento de capital: cimento e concreto; mineração e metalurgia de alumínio, zinco e níquel; siderurgia; celulose; geração de energia elétrica e agroindústria com a produção e comercialização de concentrado de suco de laranja. Adicionalmente, este segmento inclui atividades de “private equity” e “venture capital” que tem por objetivo diversificar os negócios da Votorantim. Atualmente os “Novos negócios” estão voltados principalmente para os setores de prospecção mineral e químico (nitrocelulose). Votorantim Finanças ("VF" ou “Segmento Financeiro”) Atua nos segmentos bancários de atacado, varejo, tesouraria e gestão de recursos por meio de diversas instituições, que concentram suas atividades em: (i) financiamento ao consumidor (principalmente financiamento de veículos); (ii) produtos de banco de investimento e de tesouraria para clientes corporativos; (iii) administração de recursos; (iv) corretagem e (v) operações de arrendamento mercantil tanto para o mercado corporativo quanto para pessoas físicas. Principais aquisições e vendas de empresas em 2010 (não houve aquisição relevante em 2011) (a) Alienação da participação no Banco Votorantim S.A. Em 28 de setembro de 2009, foi concluída a alienação de 50,00% do capital social do Banco Votorantim S.A. (“BV”) para o Banco do Brasil S.A. Essa alienação ocorreu por meio da venda de ações do BV pelo montante de R$ 2.970, seguida de subscrição, pelo Banco do Brasil S.A., de novas ações preferenciais emitidas pelo BV no montante de R$ 1.200 (R$ 750 liquidados na data da operação e R$ 450 em 29 de março de 2010). (b) Aquisição de participação na Cimpor Em 3 de fevereiro de 2010, a sociedade controlada Votorantim Cimentos S.A. (“VCSA”) e a Companhia Nacional de Cimento Portland (Lafarge Brasil) assinaram Contrato de Permuta de Ações, segundo o qual a Lafarge Brasil transferiu para a VCSA ações de emissão da Cimpor Cimentos de Portugal SGPS S.A. (“Cimpor”), representativas de 17,28% do capital social da companhia portuguesa, em troca da totalidade das ações de uma Sociedade de Propósito Específico (“SPE”) constituída pela VCSA, que possuía negócios de cimento nas regiões Nordeste e Sudeste do Brasil. Os ativos, direitos e obrigações que formavam o acervo contábil da SPE incluíam uma fábrica de cimento, transferida da Votorantim Cimentos Brasil S.A., e duas fábricas 14 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma de cimento transferidas da Votorantim Cimentos N/NE S.A., ambas sociedades cujo controle direto e indireto, respectivamente, é exercido pela VCSA. Essa transação foi reconhecida contabilmente considerando os valores justos dos ativos transacionados, sendo que o ganho no montante de R$1.672, representado pela diferença entre o valor de custo dos ativos baixados e seus, respectivos valores justos, foi registrado na rubrica “Outras receitas operacionais, líquidas”. Adicionalmente, em 11 de fevereiro de 2010, a VCSA adquiriu de terceiros 3,93% de participação na Cimpor pelo valor de R$ 390, passando a deter 21,21% na Cimpor. (c) Aquisição do controle da Compañía Minera Milpo (“Milpo”) Em 3 de agosto de 2010, a Companhia, por meio de sua controlada Votorantim Metais Cajamarquilla S.A., finalizou a Oferta Pública das Ações (OPA) através da qual adquiriu 16,40% das ações representativas do capital da Milpo pelo valor de R$ 739 (equivalentes a US$ 420). Com essa aquisição, a Companhia passou a deter 50,02% das ações da Milpo e consequentemente, o seu controle. A partir dessa data, a Milpo passou a ser consolidada integralmente nas demonstrações financeiras da Companhia. A Companhia reavaliou sua participação anterior de 33,62% na Milpo pelo valor justo na data de aquisição e reconheceu no resultado do exercício de 2010 o ganho no montante de R$ 840, na rubrica “Outras receitas operacionais, líquidas”. (d) Associação entre a Citrovita e Citrosuco Em 14 de maio de 2010, a Votorantim e o Grupo Fischer firmaram acordo de associação visando a unificação de seus negócios de suco de laranja, atualmente operados por meio da sociedade controlada Citrovita Agroindustrial Ltda. (“Citrovita”) e da Fischer S.A. – Comércio, Indústria e Agricultura (“Citrosuco”), respectivamente, tanto no Brasil quanto no exterior. A associação pretendida será implementada por meio de uma reorganização societária envolvendo as sociedades Citrovita e Citrosuco e dependerá também do cumprimento de determinadas condições contratuais, tais como aprovações por autoridades governamentais, cumprimento de obrigações, obtenção de declarações e garantias. Em maio de 2011, a Comissão Européia antitruste aprovou a associação. Embora pendente de aprovação no Brazil, a Secretaria de Acompanhamento Econômico recomendou ao Cade a aprovação sem restrições desta associação. (e) Aumento de participação na Acerbrag S.A. Em 16 de julho de 2010, por meio de sua controlada Votorantim Siderurgia S.A., a Companhia efetuou a compra de 80% do capital social da Acerholding S.A, por R$ 125. Com a participação de 99,60% da holding Acergroup S.A. e 80% da holding Acerholding S.A., a Companhia possui 99,75% da Acerbrag S.A., siderúrgica com sede na Argentina. 2 Apresentação das demonstrações financeiras intermediárias consolidadas A emissão destas demonstrações financeiras intermediárias consolidadas foi aprovada pelo Conselho de Administração em 18 de agosto de 2011, considerando os eventos subsequentes ocorridos até esta data que tiveram efeito sobre as divulgações das referidas demonstrações. 15 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma 2.1 Base de apresentação As demonstrações financeiras intermediárias consolidadas de 30 de junho de 2011 foram preparadas tomando-se por base as disposições do CPC 21 – Demonstração Intermediária (individual e consolidada) e da norma internacional IAS 34 – Interim Financial Reporting, emitida pelo International Accounting Standards Board (IASB) consolidado, e apresentam notas explicativas selecionadas, nos casos de redundância de informações já divulgadas nas Demonstrações Financeiras Anuais. As demonstrações financeiras para o semestre findo em 30 de junho de 2011, portanto, não incorporam todas as notas e as divulgações exigidas pelo CPC (“Comitê de Pronunciamentos Contábeis”) para as demonstrações financeiras consolidadas anuais e, consequentemente, devem ser lidas em conjunto com as demonstrações financeiras consolidadas completas preparadas de acordo com o CPC e IFRS para o exercicio findo em 31 de dezembro de 2010. Demonstrações financeiras consolidadas As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de forma consistente com o divulgado na nota 2 das demonstrações financeiras consolidadas completas da Companhia de 31 de dezembro de 2010. (a) Empresas incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas As principais empresas controladas e controladas em conjunto incluídas na consolidação são apresentadas abaixo: Percentual do capital total 31 de 30 de junho dezembro de 2011 de 2010 Segmento Industrial Cimento Acariúba Mineração e Participação Ltda. 100,00 100,00 Interávia Transportes Ltda. 100,00 100,00 Prairie Material Sales Inc. (Estados Unidos) 100,00 100,00 Silcar Empreendimentos, Comércio e Participações S.A. 99,98 99,98 St. Barbara Cement Inc. (Canadá) 100,00 100,00 St. Marys Cement Inc. (Canadá e Estados Unidos) 100,00 100,00 Sumter Cement Co. LLC (Estados Unidos) 50,00 50,00 Suwannee American Cement, LLC (Estados Unidos) 50,00 50,00 Trinity Materials LLC (Estados Unidos) 50,00 50,00 Votorantim Cement North America Inc. (Canadá) – “VCNA” 100,00 100,00 Votorantim Cimentos N/NE S.A. 96,06 96,06 Votorantim Cimentos S.A. 100,00 100,00 Metais Campos Novos Energia S.A. 100,00 100,00 Companhia Brasileira de Alumínio 99,77 99,77 Compañía Minera Milpo S.A.(Peru) – “Milpo” 50,02 50,02 Indústria e Comércio Metalúrgica Atlas S.A. 99,86 99,86 Rio Verdinho Energia S.A.. 100,00 100,00 16 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma US Zinc Corporation (Estados Unidos) – “USZinc” Votorantim Metais - Cajamarquilla S.A. (Peru) Votorantim Metais Ltda. Votorantim Metais Níquel S.A. Votorantim Metais Zinco S.A. Siderurgia Acerbrag S.A. (Argentina) Acerías Paz del Río S.A. - "APDR" (Colômbia) Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. - Usiminas Votorantim Siderurgia S.A. Celulose e Papel Fibria Celulose S.A. Agroindústria Citrovita Agro Industrial Ltda. Citrovita Agro Pecuária Ltda. Holding e Trading Hailstone Limited (Ilhas Virgens Britânicas) Santa Cruz Geração de Energia S.A. The Bulk Service Corporation (Ilhas Cayman) Votorantim Energia Ltda. Votorantim GmbH. (Áustria) Votorantim Industrial S.A. Votorantim Investimentos Latino-Americanos S.A. Voto - Votorantim Overseas Trading Operations III Ltd. (Ilhas Cayman) Voto - Votorantim Overseas Trading Operations IV Ltd. (Ilhas Cayman) Voto - Votorantim Overseas Trading Operations V Ltd. (Ilhas Cayman) Voto Votorantim Ltd. (Ilhas Cayman) Fundos exclusivos Clarion Multimercado Crédito Privado - Fundo de Investimento Fundo de Investimento Pentágono Multimercado – Crédito Privado Odessa Multimercado Crédito Privado Novos Negócios Companhia Nitro Química Brasileira Votorantim Novos Negócios Ltda. Segmento Financeiro Banco Votorantim S.A. BV Participações S.A. BV Trading S.A. BV Empreendimentos e Participações Ltda. Banco Votorantim Securities, Inc. BV Financeira S.A. BV Leasing e Arrendamento Mercantil S.A. 17 Percentual do capital total 31 de 30 de junho dezembro de 2011 de 2010 100,00 100,00 99,06 99,06 100,00 100,00 100,00 100,00 99,92 99,92 99,75 72,57 6,47 100,00 99,75 72,57 6,47 100,00 29,34 29,34 99,99 99,99 99,99 99,99 100,00 100,00 75,00 100,00 100,00 100,00 93,45 100,00 100,00 75,00 100,00 100,00 100,00 93,45 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 99,98 99,99 99,98 99,99 50,00 50,00 99,99 99,99 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00 99,99 99,99 50,00 50,00 50,00 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma BV Sistemas de Tecnologia e Informação Ltda. CP Promotora de Vendas Ltda. Raltic S.A. Votorantim Finanças S.A. Votorantim International Business Limited Votorantim Asset Management D.T.V.M. Ltda. Votorantim Bank Limited Votorantim C.T.V.M. Ltda. Votorantim Corretora de Seguros Ltda. Votorantim Investment Overseas Ltd. VSP Participações S.A. Percentual do capital total 31 de 30 de junho dezembro de 2011 de 2010 50,00 50,00 50,00 50,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00 100,00 100,00 99,99 99,99 As demonstrações financeiras consolidadas também compreendem os fundos de investimento nos quais a VF e suas controladas detêm a maioria dos riscos e benefícios das atividades desses fundos, a seguir relacionados: Percentual de participação sobre o total de quotas BV Financeira FIDC I BV Financeira FIDC II BV Financeira FIDC III BV Financeira FIDC IV BV Financeira FIDC V Fundo de Invest. Sedna Ref. DI Votorantim G&K FIP 30 de junho de 2011 31 de dezembro de 2010 47,22 25,66 22,67 20,77 36,94 100,00 100,00 47,22 25,66 22,67 20,77 36,94 100,00 100,00 A VF detêm 100% das quotas subordinadas dos respectivos Fundos de Investimento em Direitos Créditórios descritos acima. Como informação suplementar, o ativo, o passivo, as demonstraçoes do resultado, dos fluxos de caixa e dos valores adicionados, estão sendo apresentados com a segregação entre Segmento Industrial e Segmento Financeiro, assim como está sendo apresentado de forma suplementar a abertura do balanço patrimonial e da demonstração do resultado das principais Unidades de Negócio (“UN") industriais da Companhia, conforme descrito na Nota 31. Na elaboração das demonstrações financeiras por UN (informações suplementares), não foram eliminados os saldos e as transações entre o Segmento Industrial e Segmento Financerio. Essas eliminações somente foram efetuadas nas demonstrações financeiras consolidadas. 2.2 Instrumentos financeiros derivativos e atividades de hedge 18 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma Em 30 de junho de 2011, as práticas contábeis das atividades de hedge assim como dos instrumentos financeiros derivativos utilizados pela Companhia são os mesmos descritos na nota 2.6 das demonstrações financeiras consolidadas completas da Companhia de 31 de dezembro de 2010, com exceção a derivativos contratados para proteger o risco de juros relacionados a empréstimos remunerados a taxa Libor, os quais a Companhia passou a adotar contabilidade de hegde de fluxo de caixa a partir de 1º de janeiro de 2011. 3 Normas, alterações e interpretações de normas que ainda não estão em vigor As normas e alterações das normas existentes a seguir foram publicadas e são obrigatórias para os períodos contábeis subsequentes. Todavia, não houve adoção antecipada dessas normas e alterações de normas por parte do Grupo. . IAS 28 - "Investimentos em coligadas e controladas em conjunto", IFRS 11 - "acordo contratual conjunto" e IFRS 12 "Divulgações sobre participações em outras entidades", todas emitidas em maio de 2011. A principal alteração introduzida por essas normas é a impossibilidade de consolidação proporcional de entidades cujo controle dos ativos líquidos seja compartilhado através de um acordo entre duas ou mais partes e que seja classificado como uma "Joint venture". O IFRS 11 conceitua dois tipos de classificação para acordos: (i) "Joint operations" - quando as partes controlam em conjunto ativos e passivos, independentemente de estes ativos estarem em uma entidade a parte ("separate vehicle"), de acordo com os dispositivos contratuais e essência da operação. Nesses acordos, os ativos, passivos, receitas e despesas são contabilizados na entidade que participa do acordo "Joint operator" na proporção de seus direitos e obrigações; (ii) "Joint ventures" - quando as partes controlam em conjunto os ativos líquidos de um acordo, estruturado através de uma entidade a parte e os respectivos resultados desses ativos são divididos entre as partes participantes. Nesses acordos, a participação da entidade deve ser contabilizada pelo método de equivalência patrimonial e apresentado na rubrica de investimentos. Adicionalmente, o IFRS 12 determina divulgações qualitativas que devem ser realizadas pela entidade em relação a participações em controladas, em acordo em conjunto ou entidades não consolidadas, que incluem julgamentos e premissas significativas para determinar se suas participações exercem controle, influência significativa ou a classificação de acordos em conjunto entre "Joint operations" e "Joint ventures", bem como outras informações sobre a natureza e extensão de restrições significativas e riscos associados. A norma não é aplicável até 1o de janeiro de 2013, mas está disponível para adoção prévia. A Administração está avaliando os impactos dessas normas nos acordos contratuais em conjunto existentes. . IFRS 7 "Instrumentos Financeiros - Divulgação", emitido em outubro de 2010. A alteração na norma de divulgação de instrumentos financeiros busca promover a transparência na divulgação das transações de transferência de ativos financeiros, melhorar o entendimento por parte do usuário sobre a exposição ao risco nessas transferências, e o efeito desses riscos no balanço patrimonial, particularmente aqueles envolvendo securitização de ativos financeiros. A norma é aplicável para exercícios iniciados em ou após 1º. de julho de 2011. . IFRS 9 Instrumentos Financeiros", emitido em novembro de 2009. O IFRS 9 é o primeiro padrão emitido como parte de um projeto maior para substituir o IAS 39. O IFRS 9 retém, mas simplifica, o modelo de mensuração e estabelece duas categorias de mensuração principais para 19 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma os ativos financeiros: custo amortizado e valor justo. A base de classificação depende do modelo de negócios da entidade e das características contratuais do fluxo de caixa dos ativos financeiros. A orientação incluída no IAS 39 sobre impairment dos ativos financeiros e contabilização de hedge continua a ser aplicada. Períodos anteriores não precisam ser reapresentados se uma entidade adotar a norma para os períodos iniciados ou a iniciar antes de 1º. de janeiro de 2012. A norma é aplicável a partir de 1º. de janeiro de 2013. Não se espera que haja impactos relevantes nas informações contábeis do Grupo. . IFRS 10 "Demonstrações financeiras consolidadas", emitido em maio de 2011. Esta norma está baseada nos princípios existentes quanto a identificação do conceito de controle como fator determinante de quando uma entidade deve ser consolidada das demonstrações financeiras. A norma provê orientação adicional para auxiliar na determinação de controle quando há dúvida na avaliação. A norma é aplicável a partir de 1º. de janeiro de 2013. Não se espera que haja impactos relevantes nas informações contábeis do Grupo. . IFRS 13 "Mensuração de valor justo", emitido em maio de 2011. A norma tem como objetivo aprimorar a consistência e reduzir a complexidade nas divulgações requeridas pelos IFRSs. As exigências não aumentam o uso do valor justo na contabilidade, porém orienta como deve ser aplicado quando seu uso for requerido ou permitido por outra norma. A norma é aplicável a partir de 1º. de janeiro de 2013, e há uma isenção para aplicação das novas exigências de divulgação para períodos comparativos. Não se espera que haja impactos relevantes nas informações contábeis do Grupo. . IAS 19 "Benefícios a empregados", emitido em junho de 2011. A alteração na norma afetará principalmente o reconhecimento e mensuração de planos de pensão de benefício definido, e divulgação de benefícios a empregados. A norma é aplicável a partir de 1º. de janeiro de 2013. Essas alterações afetarão a contabilização dos passivos, contudo não são esperados efeitos relevantes pela Administração. 4 Estimativas e premissas contábeis críticas As estimativas e premissas contábeis críticas utilizadas na preparação das presentes demonstrações financeiras intermediárias são as mesmas descritas na nota 4 das demonstrações financeiras consolidadas completas da Companhia de 31 de dezembro de 2010. 5 Gestão de risco financeiro Para melhor compreensão da gestão de risco financeiro realizado pela Companhia as políticas de gestão utilizadas pelos Segmentos Industrial e Financeiro são apresentadas separadamente. 5.1 Segmento Industrial 5.1.1 Fatores de risco financeiro As atividades da Companhia a expõe a diversos riscos financeiros, a saber: (a) risco de mercado (moeda, preços de commodities e taxa de juros); (b) risco de crédito; e (c) risco de liquidez. Muitos dos produtos vendidos pela Companhia, tais como alumínio, níquel, zinco e suco de laranja, são commodities, com preços estabelecidos em referência a preços internacionais e denominados em dólares norte-americanos. Por exemplo, os metais alumínio, níquel e zinco são 20 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma vendidos em um mercado global ativo e transacionados em bolsas de valores, tais como a London Metal Exchange (LME) e a New York Mercantile Exchange. Já o suco de laranja é negociado na Intercontinental Exchange (anteriormente conhecida como New York Board of Trade). Os custos da Companhia, porém, são predominantemente denominados em reais. Desse modo, há um descasamento natural de moedas e preços entre os custos e as receitas da Companhia. Adicionalmente, a Companhia possui dívidas atreladas a indexadores e moedas distintos, que podem impactar seu fluxo de caixa. A Política de Gestão de Riscos de Mercado é complementada por outras políticas, que estabelecem diretrizes e normas para: (i) Gestão de Exposição Cambial, (ii) Gestão de Exposição a Taxa de Juros, (iii) Gestão de Exposição a Preço de Commodities, (iv) Gestão de Riscos de Emissores e Contrapartes e (v) Gestão de Liquidez e Endividamento Financeiro. A estrutura de governança inclui o Comitê de Finanças, Gestão de Riscos e Auditoria Interna (referido como “Comitê de Finanças” no conteúdo desta nota) e o Comitê de Tesouraria. Todas as propostas feitas para atender a cada uma das políticas são discutidas no Comitê de Tesouraria e posteriormente levadas para aprovação do Comitê de Finanças. Os instrumentos financeiros que podem ser contratados para proteção financeira e gestão de riscos são: swaps convencionais, compra de opções de compra (calls), compra de opções de venda (puts), collars, contratos futuros de moedas e contratos a termo de moedas (NDF – NonDeliverable Forward). As estratégias que contemplam compras e vendas de opções simultaneamente somente são autorizadas quando não resultam em posição líquida vendida em volatilidade do ativo-objeto. A Companhia não contrata instrumentos financeiros para fins especulativos. (a) Risco de mercado O processo de gestão de riscos de mercado tem por objetivo a proteção do fluxo de caixa da Companhia contra eventos adversos de mercado, tais como oscilações de taxas de câmbio, preços de commodities e taxas de juros. A governança e as macrodiretrizes desse processo estão definidas na Política de Gestão de Riscos de Mercado. (i) Risco cambial A Companhia atua internacionalmente e está exposta ao risco cambial decorrente de exposições a algumas moedas, principalmente com relação ao dólar norte-americano. A Política de Gestão de Exposição Cambial estabelece diretrizes e normas para a proteção contra oscilações das moedas estrangeiras que impactam o fluxo de caixa do Segmento Industrial. As propostas para contratação de hedge são elaboradas pelo Comitê de Tesouraria para aprovação do Comitê de Finanças e baseiam-se na exposição cambial projetada até o fim do ano subsequente à data de referência. Adicionalmente, durante a elaboração do orçamento, podem ser definidos programas de hedge para proteção de fluxo de caixa das Unidades. Nesses casos, o Comitê de Tesouraria elabora a 21 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma proposta em coordenação com a Unidade em questão, para posterior aprovação do Comitê de Finanças. O real (R$) é a moeda funcional da Companhia, e todos os esforços do processo de gestão de riscos de mercado têm como objetivo a proteção do fluxo de caixa nesta moeda, a preservação da capacidade de pagamento de obrigações financeiras e a manutenção de níveis de liquidez e endividamento definidos pela Administração. A Companhia tem certos investimentos em operações no exterior cujos ativos líquidos estão expostos ao risco cambial. A exposição cambial decorrente da participação em operações no exterior é protegida, principalmente, por meio de empréstimos na mesma moeda desses investimentos, sendo classificados como Hedge de Investimento Líquido, conforme descrito nas políticas contábeis. (ii) Risco do fluxo de caixa ou valor justo associado com taxa de juros O resultado e os fluxos de caixa operacionais da Companhia são substancialmente independentes das mudanças nas taxas de juros do mercado. O risco de taxa de juros da Companhia decorre de empréstimos de longo prazo. Os empréstimos emitidos a taxas variáveis expõem a Companhia ao risco de taxa de juros de fluxo de caixa. Os empréstimos emitidos as taxas fixas expõem a Companhia ao risco de valor justo associado a taxa de juros. A Política de Gestão de Exposição a Taxas de Juros estabelece diretrizes e normas para a proteção contra oscilações de taxas de juros que impactam o fluxo de caixa da Companhia e de suas Unidades. As exposições a cada indexador de taxa de juros (principalmente CDI, LIBOR e TJLP) são projetadas até o fim da vigência dos ativos e passivos atrelados a tais indexadores. Com base em tais exposições, o Comitê de Tesouraria elabora propostas para contratação de hedge e as submete à aprovação do Comitê de Finanças. (iii) Risco do preço de commodities Este risco está relacionado com a possibilidade de oscilação no preço das commodities da Companhia, tais como alumínio, níquel, zinco, suco de laranja e celulose. Os preços flutuam em função da demanda, da capacidade produtiva, nível de estoque dos produtores, das estratégias comerciais dos grandes produtores e da disponibilidade de substitutos no mercado global. A Política de Gestão de Exposição em Commodities estabelece diretrizes para a proteção contra oscilações de preços de commodities que impactam os fluxos de caixa das UNs. As exposições a cada commodity consideram as projeções mensais de produção, de compras de insumos e os fluxos de vencimentos dos hedges a elas associados. Os hedges executados são classificados nas seguintes modalidades: (iii.1) Operações Comerciais a Preço Fixo - operações de hedge que trocam de fixo para flutuante o preço contratado nas operações comerciais com clientes interessados em comprar produtos a preço fixo; 22 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma (iii.2) (iii.3) Hedge para “Período Cotacional” - é o hedge que fixa preço para os distintos “períodos cotacionais” entre compras de determinados insumos e vendas de produtos provenientes do beneficiamento desses insumos; Hedge para Custos de Insumos - tem por objetivo garantir a proteção contra oscilações de preços para exposições em custos das UNs a commodities como petróleo e gás natural, por exemplo; (iii.4) Hedge de Margem Operacional -visa a garantir a fixação da margem operacional para parte da produção de determinadas UNs. (b) Risco de crédito Os instrumentos financeiros derivativos, time deposits, CDBs e operações compromissadas com lastro de debêntures e títulos públicos federais criam exposição a risco de crédito de contrapartes e emissores. A qualidade de crédito dos ativos financeiros está divulgada na nota 6. A Gestão de Riscos da Companhia avalia os riscos de contraparte nas operações de instrumentos derivativos utilizando a metodologia de risco de pré-liquidação (pre-settlement risk), que consiste em determinar a probabilidade (por meio de simulações de Monte Carlo) de a contraparte não honrar os compromissos financeiros definidos em contrato. A utilização da metodologia foi aprovada pelo Comitê de Finanças. A tabela abaixo mostra a distribuição dos riscos de contraparte nos respectivos ratings utilizando essa metodologia: Em R$MM Rating (*) Rating Local 30/6/2011 AAA 349 AA 22 Rating Global 30/6/2011 227 A 179 BBB 79 371 485 *Ou equivalente aos ratings acima No caso do risco de crédito decorrente de exposições de crédito a clientes, a Companhia avalia a qualidade do crédito do cliente levando em consideração principalmente o histórico de relacionamento e indicadores financeiros, definindo limites individuais de crédito, os quais são regularmente monitorados. A Companhia reconhece provisão para perda, sempre que necessário. A provisão é registrada em quantia considerada suficiente para cobrir todas as perdas prováveis quando da execução das contas a receber e é incluída nas despesas de vendas. São realizadas análises de crédito iniciais dos clientes e, quando necessário, são obtidas cauções ou cartas de crédito para proteger os interesses da Companhia. Além disso, a maior parte das vendas por exportação, para Estados Unidos, Europa e Ásia, está protegida por cartas de crédito e seguro de crédito. 23 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma No que diz respeito a risco de concentração em crédito privado, a Companhia tem como política trabalhar com emissores que possuam, no mínimo, avaliação de umas das seguintes agências de rating: Fitch, Moody’s ou Standard & Poor’s. O rating mínimo exigido para as contrapartes é “A+” (em escala local) ou “BBB-” (em escala global), ou equivalente, exceto em países cujos emissores não atendam as classificações de risco de crédito mínimas, onde serão aplicados critérios propostos pelo Comitê de Tesouraria e aprovados pelo Comitê de Finanças, tais como: posicionamento global dos bancos, relacionamento com o grupo, capilaridade local. (c) Risco de liquidez O risco de liquidez é gerenciado de acordo com a Política de Gestão de Liquidez e Endividamento, visando a garantir recursos líquidos suficientes para honrar os compromissos financeiros da Companhia no prazo e sem custo adicional. O principal instrumento de medição e monitoramento da liquidez é a projeção de fluxo de caixa, observando-se um prazo mínimo de 12 meses de projeção a partir da data de referência. A gestão de liquidez e endividamento adota métricas comparáveis fornecidas por agências classificadoras de riscos de abrangência global para riscos de crédito BBB estável ou equivalente. A tabela a seguir analisa os passivos financeiros não derivativos da Companhia e os ativos e passivos financeiros derivativos a serem liquidados pela Companhia, por faixas de vencimento, correspondentes ao período remanescente no balanço patrimonial até a data contratual do vencimento. Os passivos financeiros derivativos estão incluídos na análise se seus vencimentos contratuais forem essenciais para um entendimento dos fluxos de caixa temporários. Os valores divulgados na tabela são os fluxos de caixa futuros não descontados contratados (*). Segmento Industrial Até um ano Em 30 de junho de 2011 Empréstimos e financiamentos Contas a pagar - Trading Contas a pagar por aquisições de ações Fornecedores Em 31 de dezembro de 2010 Empréstimos e financiamentos Contas a pagar - Trading Contas a pagar por aquisições de ações Fornecedores Entre um e dois anos Entre dois e cinco anos Entre cinco e dez anos Acima de dez anos (1.425) (100) (184) (2.394) (2.386) (8.048) (12.826) (4.487) (4.103) (2.386) (8.048) (12.826) (4.487) (2.658) (395) (423) (2.705) (2.546) (7.035) (10.353) (1.441) (6.181) (2.546) (7.035) (10.353) (1.441) (*) Esses valores podem não ser conciliados com os valores divulgados no balanço patrimonial para empréstimos e financiamentos. 5.1.2 Derivativos contratados 24 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma São descritos a seguir todos os instrumentos financeiros derivativos contratados pela Companhia. Todas as operações de instrumentos financeiros derivativos foram realizadas em mercados de balcão. Programa de proteção de taxa de juros em USD – instrumentos financeiros derivativos contratados com o objetivo de adequar a exposição à LIBOR (gerada por dívidas em USD indexadas em taxas flutuantes em LIBOR) aos parâmetros estabelecidos pela política. A proteção é realizada por meio de swaps e collars. Programa de proteção de margem operacional da agroindústria – instrumentos financeiros derivativos contratados com o objetivo de reduzir a volatilidade do resultado da operação de suco de laranja. A proteção visa a garantir a fixação de margem operacional para parte da produção e é realizada por meio de venda a termo de dólar americano. Programa de venda de níquel, zinco e alumínio a preço fixo – operação de hedge que troca de fixo para flutuante o preço contratado nas operações comerciais com clientes interessados em comprar produtos a preço fixo, a fim de manter o fluxo de receitas operacionais da UN atrelado aos preços LME. As operações usualmente realizadas são compras de níquel, zinco e alumínio para liquidação futura no mercado de balcão. Programa de proteção do custo de óleo combustível – instrumentos financeiros derivativos contratados com o objetivo de reduzir a volatilidade do resultado da operação de níquel. A proteção é realizada por meio de collar de WTI (venda de opções de venda de petróleo e compra de opções de compra de petróleo). Programa de proteção de margem operacional dos metais – instrumentos financeiros derivativos contratados com o objetivo de reduzir a volatilidade do resultado das operações de zinco, níquel e alumínio. Com o fim de garantir a fixação de margem operacional em reais para parte da produção dos metais, a proteção é realizada por meio da venda a termo de cada commodity, em conjunto com a venda a termo de dólar americano. Programa de proteção da exposição cambial – instrumentos de proteção financeira contratados com o objetivo de ajustar a exposição cambial, de acordo com os limites definidos pelo Comitê de Finanças. A proteção é realizada por meio de compra a termo de dólar americano e euro. Instrumentos de proteção de dívida em USD – operações de swap com verificador contratadas ao longo dos exercícios de 2007 e 2008 com o objetivo de diminuir o custo da dívida incorrida para aquisição de investimentos no exterior. Em 2009, a contratação dessas operações foi descontinuada. O risco associado aos verificadores dos swaps (strikes de financiamento) foi neutralizado por meio da recompra parcial das posições e da contratação de operações reversas para o restante da posição ao longo do 4º trimestre de 2009. A partir de junho de 2011, iniciou-se a liquidação da posição remanescente de swaps, com previsão de finalização até 31 de julho de 2011. Instrumentos de proteção de balanço – derivativos contratados com o objetivo de preservar os balanços patrimoniais das companhias que compõem o Segmento Industrial. Ao longo dos exercícios de 2007 e 2008, foram realizadas operações de Swap USD vs. taxa flutuante em CDI. A contratação dessas operações foi descontinuada em abril de 2009. A partir de junho de 2011, iniciou-se a liquidação da posição remanescente, com previsão de finalização até 31 de julho de 2011. A seguir é apresentado o quadro resumo que contempla os instrumentos financeiros derivativos e o objeto protegido por cada um deles: 25 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma (*) Barril de petróleo 26 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma 5.1.3 Estimativa do valor justo Saldos das contas a receber de clientes, menos a provisão para perda, e das contas a pagar aos fornecedores – pressupõem-se que os valores contábeis estejam próximos de seus valores justos. Os principais instrumentos financeiros ativos e passivos são descritos a seguir, bem como as premissas para sua valorização: Caixa e equivalentes de caixa, aplicações financeiras, contas a receber e outros ativos circulantes – considerando-se a natureza e os prazos, os valores contabilizados aproximam-se dos de realização. Passivos financeiros – estão sujeitos a juros com taxas usuais de mercado. O valor de mercado foi utilizado tendo por base o valor presente do desembolso futuro de caixa, usando-se taxas de juros atualmente disponíveis para emissão de débitos com vencimentos e termos similares. Em relação aos valores contábeis, esses passivos totalizaram ganho de R$ 1.295 para empréstimos e financiamentos no Segmento Industrial, em 30 de junho de 2011, conforme nota 18(f). Os métodos de apuração do valor justo dos instrumentos financeiros derivativos utilizados pela Companhia para as operações de proteção pautaram-se pela utilização de procedimentos comumente utilizados no mercado e concordantes com embasamentos teóricos amplamente testados. Para cada um dos instrumentos, descreve-se a seguir um resumo do procedimento utilizado para a obtenção dos valores justos: (a) NDF É feita uma projeção da cotação futura da moeda com a utilização das curvas de cupom cambial e prefixada em reais para cada vencimento. A seguir, verifica-se qual a diferença entre a cotação obtida e a taxa que foi contratada. Tal diferença é multiplicada pelo valor do principal de cada contrato e trazida a valor presente pela curva prefixada em reais. (b) Contratos de swap Tanto o valor presente da ponta ativa quanto o da ponta passiva são estimados com o desconto dos fluxos de caixa pela taxa de juros de mercado da moeda em que o swap é denominado. O valor justo do contrato é a diferença entre essas duas pontas. (c) Opção de compra de ações As opções de compra de ações são mensuradas aos seus respectivos valores justos considerando modelo de Black & Scholes. Hierarquia do valor justo A Companhia aplica o CPC 40/IFRS 7 para instrumentos financeiros mensurados no balanço patrimonial pelo valor justo, o que requer divulgação das mensurações do valor justo pelo nível da seguinte hierarquia de mensuração pelo valor justo: 27 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma • • • Preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos e passivos idênticos (nível 1). Informações, além dos preços cotados, incluídas no nível 1 que são adotadas pelo mercado para o ativo ou passivo, seja diretamente (como preços) ou indiretamente (derivados dos preços) (nível 2). Inserções para os ativos ou passivos que não se baseiam nos dados adotados pelo mercado (inserções não observáveis) (nível 3). Em 30 de junho de 2011 e 31 de dezembro de 2010, os ativos financeiros mensurados ao valor justo e passivos financeiros divulgados ao valor justo foram classificados no nível 2 de hierarquia do valor justo. 5.1.4 Demonstrativo da análise de sensibilidade Apresentamos a seguir como o resultado do período e o patrimônio líquido teriam sido afetados por mudanças na variável de risco pertinente a qual a Companhia está exposta no final do período de relatório. A variável de risco relevante no período, levando em consideração o período compreendido até a próxima mensuração, é sua exposição ao dólar, euro e ao risco de flutuação nos preços das commodities: A seguir é apresentada a análise de sensibilidade para as posições em aberto com base na apreciação/depreciação dos principais fatores de risco conforme cenários: Cenário I: provável – baseia-se nas curvas e cotações de mercado que configuram um cenário de provável ocorrência para a Administração. Cenário II: considera um choque de + ou - 25% nas curvas e cotações de mercado de 30 de junho de 2011, utilizadas para apreçamento dos instrumentos financeiros listados. Cenário III: considera um choque de + ou - 50% nas curvas e cotações de mercado de 30 de junho de 2011, utilizadas para apreçamento dos instrumentos financeiros listados. 28 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma 5.1.5 Principais transações e compromissos futuros objeto de proteção de fluxo de caixa e de valor justo A Companhia adota contabilidade de hedge para o Programa de proteção de margem operacional dos metais, designando os derivativos contratados como hedge de fluxo de caixa. Como consequência da aplicação da contabilidade de hedge, as variações no valor justo dos derivativos contratados para este programa são contabilizadas no patrimônio líquido, até o momento de realização das vendas objeto da proteção, quando o valor justo desses derivativos é lançado no resultado do período. Para o Programa de venda de níquel, zinco e alumínio a preço fixo, a Companhia adota contabilidade de hedge designando os derivativos contratados como hedge de valor justo do compromisso firme. As variações no valor justo dos derivativos contratados para este programa são reconhecidas no resultado operacional. Em contrapartida, é reconhecida no resultado operacional a variação do valor justo do objeto de hedge, no caso, o compromisso firme da venda a preço fixo ao cliente. Para o programa de hedge de alumínio a preço fixo, estão contempladas nessa modalidade de contabilidade de hedge as variações do valor justo a partir de 1º de dezembro. A Companhia também adota contabilidade de hedge para uma parcela dos swaps contratados com o objetivo de adequar a exposição à LIBOR. A tabela abaixo apresenta um resumo dos derivativos classificados nesses regimes. 29 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma 30 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma 5.1.6 Valor e tipo de margens dadas em garantia As operações com derivativos contratadas pela Companhia não estão sujeitas a depósitos de garantia, chamada de margem ou qualquer outro tipo de garantia ou mecanismo equivalente. 5.2 Segmento Financeiro As políticas e controles utilizados pelo segmento financeiro para gestão de riscos são os mesmos descritos na nota 5.2 das demonstrações financeiras consolidadas completas da Companhia de 31 de dezembro de 2010. 6 Qualidade dos créditos dos ativos financeiros – Segmento Industrial A tabela a seguir reflete a qualidade de crédito dos emissores e contrapartes em operações de caixa e equivalentes de caixas, aplicação financeiras e derivativos: 31 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma 7 Caixa e equivalentes de caixa O saldo consolidado em 31 de dezembro de 2010 inclui eliminação no montante de R$ 180 entre o Segmento Industrial e o Segmento Financeiro. Segmento Financeiro O Banco Votorantim S/A concentra a sua liquidez diária em Aplicações interfinanceiras de liquidez, o período de junho/2011 comparado com dezembro/2010 demonstra um aumento ao final do período de R$ 557 (Jun/11 R$ 1.238 – Dez/2010 R$ 681). Toda esta movimentação esta correlacionada ao comportamento do mercado de giro da instituição. 32 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma 8 Aplicações financeiras Incluem ativos financeiros classificados como ativos financeiros mantidos para negociação e disponíveis para venda, conforme abaixo: 33 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma Em 30 de junho de 2011, incluem eliminações de parcela de curto prazo no montante de R$ 781 (31 de dezembro de 2010 - R$ 766) entre o Segmento Industrial e o Segmento Financeiro. A VF administra diversos fundos de renda fixa e de renda variável cujos patrimônios líquidos totalizam R$ 17.416 (31 de dezembro de 2010 - R$ 15.936). Do total das aplicações financeiras em quotas de fundos de investimentos mantidas pelo Segmento Industrial, o montante de R$ 2.452 (31 de dezembro de 2010 - R$ 2.695) foi aplicado em fundos administrados pela VF. As aplicações financeiras também entram no contexto de aplicação do caixa livre da instituição, que pode ser utilizado para repasses em operações mais rentáveis em momento oportuno. É importante destacar que o aumento nas linhas de Negociação e Disponível para venda, demonstrando que 34 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma a VF conseguiu aumentar suas captações, sendo uma parte repassada ao segmento de títulos e valores mobiliários. Outro ponto a ser destacado é o aumento do caixa pela rentabilidade do estoque passado. Estas operações renderam em média o CDI/Selic do período, sendo uma variável adicional ao crescimento do portfólio. 35 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma 9 Contas a receber de clientes 10 Empréstimos e recebíveis Neste semestre a VF teve um aumento de 9% nas carteiras de Empréstimos e recebíveis comparando Jun./2011 com Dez./2010. A carteira de Arrendamento Mercantil apresentou uma queda no volume médio de novas operações e redução nas taxas praticadas, ocasionando uma redução de 10,3% na carteira. As carteiras de Empréstimos e financiamentos tiveram um aumento de 9,9%, onde destacam-seo aumento nos volumes médios praticados de novas operações e a redução nas taxas. Outro fator importante a ser destacado é o estoque de operações indexadas ao Dólar, que sofreram com a desvalorização da moeda na ordem de 6,3%. O aumento na Provisão para crédito de liquidação duvidosa deve-se principalmente a inadimplência nas carteiras de financiamento do segmento de varejo (CDC, Leasing e Consignados) que tiveram um aumento de 123,9% quando comparado junho de 2011 com dezembro de 2010. No segmento de atacado obteve-se um aumento de provisão de 12,8%, e o aumento total na carteira consolidada foi de 96,6%. 36 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma 11 Estoques A Companhia não mantinha estoques dados como garantia de passivos nas respectivas datas base. 37 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma 12 Tributos a recuperar Os créditos de ICMS são resultantes da compra de ativo imobilizado (com prazo de realização de 48 parcelas mensais) e da aquisição de produtos consumíveis, sua realização decorre da própria operação das controladas. Os créditos de IRPJ e CSLL referem-se a antecipações que serão compensadas com os mesmos tributos e contribuições incidentes sobre os resultados futuros no prazo de até 5 anos. 38 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma 13 Partes relacionadas (a) Saldos e transações com partes relacionadas (ativo) 39 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma (b) Saldos e transações com partes relacionadas (passivo e resultado) Em janeiro e julho de 2011, foram pagos os dividendos propostos em 31 de dezembro de 2010 nos montantes de R$ 194 e de R$ 298, respectivamente. 40 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma 14 Investimentos (a) Informações sobre os investimentos 41 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma (b) Movimentação dos investimentos As principais aquisições e alienações estão descritas na nota 1. 42 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma (c) Investimentos não consolidados que possuem ações cotadas em bolsas de valores (*) Calculado de forma proporcional à participação detida pela Companhia 15 Imobilizado (a) Composição 43 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma (b) Movimentação (c) Obras em andamento O saldo de obras em andamento é composto principalmente de projetos de expansão e otimização das unidades industriais, sendo: (d) Mais valia alocada ao ativo imobilizado Os valores referentes a mais valia de ativos decorrentes de aquisição de empresas no valor total de R$ 1.718 (31 de dezembro de 2010 – R$ 1.718), classificados no ativo imobilizado são depreciados de acordo com a vida útil dos bens. 44 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma 16 Ativos biológicos As premissas contábeis utilizadas para a contabilização do ativo biologico são as mesmas adotadas em 31 de dezembro de 2010. 17 Intangível (a) Composição (*) Intangível gerado na diluição de participação e consequente mensuração ao valor justo da parte remanescente (nota 1(b)). (b) Movimentação 45 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma 18 Empréstimos e financiamentos (a) Composição – Segmento Industrial 46 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma LIBOR - London Interbank Offered Rate USD – dólar norte americano BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social FINAME - Fundo de Financiamento para Aquisição de Máquinas e Equipamentos Industriais UMBNDES - Unidade Monetária do BNDES. É uma cesta de moedas que representa a composição das obrigações de dívida em moeda estrangeira do BNDES. Em 30 de junho de 2011, esta composição refletia 96% o dólar norte-americano. TJLP – Taxa de Juros de Longo Prazo fixada pelo Conselho Monetário Nacional. A TJLP é o custo básico de financiamentos do BNDES CDI – Certificado de Depósito Interbancário VC – Variação Cambial O perfil dos vencimentos das parcelas de empréstimos e financiamentos em 30 de junho de 2011 é demonstrado a seguir: . 47 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma (b) Movimentação (c) Garantias Em 30 de junho de 2011, R$ 10.699 de saldo de empréstimos e financiamentos estavam garantidos por notas promissórias e avais da Companhia ou de suas subsidiárias, enquanto que R$ 121 dos bens do ativo imobilizado estavam garantidos por alienação fiduciária. A Controlada em Conjunto Fibria possuía R$ 4.855 dos bens do ativo imobilizado garantindo certos empréstimos e financiamentos. (d) Obrigações contratuais / Índices financeiros Determinados contratos de empréstimos e financiamentos estão sujeitos ao cumprimento de certos índices financeiros (“covenants”), como (i) Alavancagem financeira (Divida Líquida/ Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização – “LAJIDA”); (ii) Índice de capitalização (Dívida Total/ Dívida Total + Patrimônio Líquido ou Patrimônio Líquido/ Ativo Total); (iii) Índice de cobertura de juros (Caixa + LAJIDA/ Juros + Dívida de Curto Prazo). Quando aplicáveis, tais obrigações são padronizadas para todos os contratos de empréstimos e financiamentos. A Companhia e suas controladas atenderam a todas as condições estabelecidas nas cláusulas contratuais de empréstimos e financiamentos, quando aplicáveis. (e) Captações Desde 2009, a Companhia vem adotando estratégia de refinanciamento da dívida, com premissas de alongamento do prazo médio dos vencimentos e redução de alavancagem financeira. Os valores referentes às controladas em conjunto não estão descritos nesta nota. As principais captações efetuadas foram as seguintes: (i) Em abril de 2010, a controlada VOTO-Votorantim Ltd. emitiu U$ 750 milhões em títulos no mercado internacional com vencimento em 11 anos. Estes títulos pagam juros semestrais de 6,75% a.a. A emissão tem avaliação de risco “BBB” da agência de rating Standard & Poor’s, “Baa3” da Moody’s e “BBB-“ da Fitch Ratings. Os recursos obtidos com a captação externa foram utilizados para pagamento antecipado de empréstimos com vencimentos em 2011 e 2012. Em outubro de 2010, a controlada Companhia Brasileira de Alumínio substituiu a VOTO-Votorantim Ltd e passou a ser a nova emissora da operação. As garantias permanecem inalteradas. 48 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma (ii) Em abril de 2010, a controlada VOTO-Votorantim Ltd. fez sua primeira emissão de títulos no mercado europeu no valor de € 750 milhões e vencimento em 7 anos. Estes títulos pagam juros anualmente de 5,25% a.a. A emissão tem avaliação de risco “BBB” da agência de rating Standard & Poor’s, “Baa3” da Moody’s e “BBB-“ da Fitch Ratings. Os recursos obtidos com a captação externa foram utilizados para pagamento antecipado de empréstimos com vencimentos em 2011 e 2012. Em outubro de 2010, a controlada Votorantim Cimentos S.A. substituiu a VOTO-Votorantim Ltd e passou a ser a nova emissora da operação. As garantias permanecem inalteradas. (iii) Em junho de 2010, a controlada Votorantim GMBH captou U$ 1.040 milhões em operação de prépagamento de exportação. A operação foi estruturada em duas séries, de US$ 620 milhões e US$ 420 milhões, com vencimento em oito anos e sete anos, juros de Libor + 2,25% ao ano e Libor + 2,10% ao ano, respectivamente. Os recursos dessa captação foram utilizados, principalmente, para o pagamento antecipado de empréstimos com vencimento nos próximos três anos. (iv) Em setembro de 2010, a controlada Votorantim GMBH captou U$ 250 milhões em operação de pré-pagamento de exportação. A operação tem vencimento em dez anos e juros de Libor + 2,60% ao ano. Os recursos dessa captação foram utilizados, principalmente, para o pagamento antecipado de empréstimos. (v) Em outubro de 2010, a controlada Votorantim Cimentos S.A. efetuou sua segunda emissão pública de debêntures simples, não conversíveis em ações de espécie sem garantia real e preferência (quirografária) com garantia fidejussória. As debêntures foram distribuídas com esforços restritos de colocação e com dispensa de registro na Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”), nos termos do artigo 6º da Instrução CVM nº 476, de 16 de janeiro de 2009. A emissão no valor de R$ 1.000, com vencimento em outubro de 2020, tem série única e remuneração de 113,95% do CDI. (vi) Em outubro de 2010, a controlada Votorantim Cement North America (VCNA), contratou U$ 325 milhões de dívida sindicalizada com vencimento em 2014, sendo os recursos utilizados para pagamento antecipado de empréstimo com vencimento em 2011. (vii) Ao longo de 2010, as controladas da Companhia receberam do BNDES R$ 755 em empréstimos para financiar seus projetos de expansão e modernização custo médio de TJLP + 2,65% a.a. (viii) No primeiro semestre de 2011, as controladas da Companhia receberam do BNDES R$ 457 em empréstimos para financiar seus projetos de expansão e modernização custo médio de TJLP + 2,63% a.a. (ix) Em fevereiro de 2011, a controlada Votorantim Cimentos S.A. efetuou sua terceira emissão pública de debêntures simples, não conversíveis em ações, em série única, da espécie quirografária, com garantia fidejussória. As debêntures foram distribuídas com esforços restritos de colocação e com dispensa de registro na Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”), nos termos do artigo 6º da Instrução CVM nº 476, de 16 de janeiro de 2009. A emissão no valor de R$ 600, com vencimento em fevereiro de 2021, tem remuneração de 113,9% do CDI. (x) Em março de 2011, a Votorantim Cimentos S.A. contratou empréstimo no valor de U$ 34 milhões com a participação da agência dinamarquesa de financiamento de longo prazo “EKF” para 49 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma financiamento de equipamentos importados. O prazo total é de 12 anos, com encargos de LIBOR + 1,375% a.a. (xi) Em 4 de abril de 2011, a controlada Votorantim Cimentos S.A. emitiu títulos com prazo de 30 anos no mercado internacional no valor de US$750 milhões, com vencimento em abril de 2041. A emissão tem avaliação de risco “BBB” da agência de rating Standard & Poor’s, “Baa3” da Moody’s e “BBB-“ da Fitch Ratings. A transação é garantida pela Votorantim Industrial S.A. e pela Votorantim Participações S.A., sendo que esta última deixará de ser garantidora após o cumprimento de certos requerimentos. Os títulos foram emitidos com juros (cupom) de 7,25% ao ano, a serem pagos semestralmente. Os recursos oriundos da emissão foram utilizados para o pagamento antecipado e alongamento do perfil da dívida. (f) Valor justo dos empréstimos e financiamentos Os valores abaixos foram calculados de acordo com os critérios da nota 5.1.3. 19 Contas a pagar - Trading Refere-se a compras de determinadas matérias-primas efetuadas por meio de empresas de trading, que apresentam prazos de pagamento de até 360 dias com comissão calculada e acertada entre as partes, antes ou no momento de cada transação comercial, sobre o valor total das compras efetuadas. 50 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma 20 Imposto de renda e contribuição social diferidos (a) Reconciliação da despesa de IR e CSLL Os valores correntes são calculados com base nas alíquotas em vigor atualmente sobre o lucro tributado, acrescido ou diminuído das respectivas adições e exclusões. Os valores de imposto de renda e contribuição social demonstrados no resultado do semestre findo em 30 de junho apresentam a seguinte reconciliação com base na alíquota nominal brasileira: 51 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras Intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma (b) Composição dos saldos de impostos diferidos A origem do imposto de renda e da contribuição social diferidos está a seguir apresentada: 52 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma 21 Provisões Provisão para contingências, obrigações tributárias, depósitos judiciais A VPAR e suas controladas são partes envolvidas em processos trabalhistas, cíveis, tributários e outros em andamento, e estão discutindo essas questões tanto na esfera administrativa como na judicial. Quando aplicável, foram efetuados depósitos judiciais para fazer frente a parte dessas obrigações. Os saldos das obrigações tributárias e provisões para passivos contingentes registradas contabilmente são apresentados a seguir: 53 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma A movimentação da provisão para contingências no semestre está demonstrada a seguir: Os principais processos passivos em 30 de junho de 2011 são os seguintes: (i) (ii) Processos tributários . Plano Verão - questionamento para deduzir a atualização monetária correspondente à variação do IPC no mês de janeiro de 1989, de 70,28%. . CPMF - questionamento, por parte da controlada indireta BV Leasing - Arrendamento Mercantil S.A., do direito de recebimento do mesmo tratamento tributário previsto para as demais instituições financeiras. . ICMS - questionamento da legitimidade da inclusão do ICMS na base de cálculo da COFINS . Imposto de renda e contribuição social – a VF pleiteia a diferença de alíquota do imposto de renda utilizada para aplicação em incentivos fiscais, bem como a exclusão do resultado contábil da diferença de IPC/BTNF, ocorrida em janeiro de 1989, dos cálculos do imposto de renda e da contribuição social. . Imposto de renda e contribuição social - questionamento sobre a falta de recolhimento de Imposto de Renda sobre resultados auferidos no exterior. A Controlada Fibria interpôs recurso administrativo, e o êxito do mesmo é provável, visto que a medida contraria diretamente determinadas normas de ordenamento jurídico pátrio, em especial o tratado para evitar a dupla tributação entre Brasil e Hungria. Por esse motivo, a Controlada não constituiu qualquer tipo de provisão, pois a probabilidade de perda da mesma é considerada remota. . ADENE – a Controlada Fibria possui incentivos fiscais quanto à redução da base de cálculo do IRPJ que foram motivo de auto de infração em 2005, o qual foi impugnado pela Controladora e até esta data não houve decisão judicial em relação ao mérito da discussão. A probabilidade de perda, com relação aos benefícios fiscais usufruídos até o ano de 2003, é avaliada pelos Administradores e assessores jurídicos como remota. No que se refere aos benefícios fiscais já usufruídos no ano de 2004 e àqueles ainda por usufruir a partir de 2005, a probabilidade de perda é avaliada como possível e, consequentemente, nenhuma provisão foi constituída Processos trabalhistas e cíveis Constituem, principalmente, reclamações movidas por ex-empregados e terceiros, cujos pleitos consistem em pagamento de verbas rescisórias, adicionais por insalubridade e periculosidade, horas extras, horas in itinere, bem como ações cíveis referentes a pedidos de indenização de exempregados ou terceiros por supostas doenças ocupacionais, acidentes de trabalho, danos 54 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma materiais e morais. A Secretaria de Direito Econômico (SDE) iniciou em 2003 inquérito administrativo envolvendo as companhias de cimento da Votorantim. O procedimento investiga a alegação de algumas concreteiras de que as companhias de cimento teriam infringido regras de concorrência. Não há indícios até o momento de que a SDE pretenda encaminhar qualquer recomendação ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) sobre esse processo. Com base na opinião de seus consultores jurídicos, a controlada Votorantim Cimentos e suas controladas brasileiras entendem que não estão sujeitas a quaisquer penalidades administrativas e/ou criminais. Em novembro de 2008, foi interposta uma ação judicial coletiva, de natureza privada, contra a antiga Aracruz e alguns de seus executivos, em nome de possíveis compradores de ADRs do período entre 7 de abril e 2 de outubro de 2008. A referida ação alega violações de regras do Securities Exchange Act, considerando que a Aracruz teria divulgado informações insuficientes sobre perdas em certas operações envolvendo instrumentos derivativos. A indenização pretendida pelos autores ainda não foi especificada e dependerá, se a ação prosseguir, de prova pericial e apuração de danos. Em virtude do fato de essa ação se encontrar em fase preliminar, é impossível avaliar sua probabilidade de êxito ou o risco de um resultado desfavorável. Por esse motivo, nenhuma provisão para esse litígio foi constituída neste momento. (iii) Processos com probabilidade de perdas consideradas como possíveis A VPAR e suas controladas estão envolvidas em outros processos tributários, cíveis e trabalhistas com probabilidade de perda, avaliada como possível, conforme abaixo detalhado: (a) Compromissos (i) As controladas Votorantim Cimentos S.A. e a St. Marys Cement Inc. têm contratos de fornecimento com usinas siderúrgicas para a compra de escória, os quais vencem em 2011 e em 2023, respectivamente. (ii) A controlada Fibria possui contratos de longo prazo de "Take or Pay" com fornecedores de energia, transporte, óleo diesel e produtos químicos e gás natural com vencimento até 2028. Os contratos preveem cláusulas de rescisão e suspensão de fornecimento por motivos de descumprimento de obrigações essenciais. As obrigações contratuais assumidas em 30 de junho de 2011 representam R$ 73 (31 de dezembro de 2010 – R$ 80). Adicionalmente, foi firmado, em 2007, um contrato de longo prazo de “Take or Pay” com a International Paper, relativo ao 55 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma fornecimento de celulose pelo período de 30 anos. A obrigação definida por esse contrato em 30 de junho de 2011 representa R$ 34 ao ano (31 de dezembro de 2010 – R$ 30). (iii) A VPAR e suas controladas possuem contratos para compra de energia elétrica de cerca de 950 MW/ano até 2020. (iv) A VPAR e suas controladas possuem compromissos referentes à construção e à aquisição de equipamentos de usinas de geração de energia elétrica própria e consorciada cujo desembolso futuro esperado pela Administração é de cerca de R$ 1.800. (v) Em 10 de julho de 2008, a Votorantim Metais firmou acordo de compra de minério concentrado de níquel com a Mirabela Mineração, empresa do grupo australiano Mirabela Nickel, que iniciou a operação de sua mina na Bahia no fim de 2009. O contrato, de cinco anos, soma US$ 1 bilhão. (vi) A Companhia possui ou participa em empresas que detêm contratos de concessão do setor de energia elétrica. Esses contratos preevem, em sua grande maioria pagamentos anuais, a partir do inicio da operação e reajustado pelo IGPM, a título de Uso do Bem Público (“UBP”). Os contratos apresentam prazo de duração em média de 35 anos e os valores pagos anualmente estão demonstrados a seguir: (*) Valores calculados em relação a participação da Companhia nesses contratos. 22 Programa de Recuperação Fiscal – Refis Em novembro de 2009, a Companhia e as empresas brasileiras do Segmento Industrial manifestaram intenção de aderir ao Programa de Recuperação Fiscal, instituído pela Lei no 11.941/09 e pela Medida Provisória no 470/2009. O objetivo é equalizar e regularizar os passivos fiscais por meio de um sistema especial de pagamento e de parcelamento de obrigações fiscais e previdenciárias. Os débitos incluídos são aqueles originados substancialmente de: Juros sobre Capital Próprio – JCP: Discussão sobre a não incidência de PIS/COFINS sobre JCP; COFINS: Majoração da alíquota da COFINS de 2% para 3% determinada pela Lei nº 9.718/98; O montante total dos débitos incluídos no parcelamento atualizado, já com descontos, é de R$ 779, para os quais existiam depósitos judiciais no montante de R$ 310. Os impactos no resultado, reconhecidos no decorrer do exercício de 2010, estão relacionados ao reconhecimento de débitos 56 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma não provisionados anteriormente de R$ 136, reconhecimento de crédito por benefício de multa e juros no montante de R$ 88. Como consequência da adesão ao Parcelamento da Lei nº 11.941/09, a Companhia vem cumprindo todas as obrigações do Programa, tais como os pagamentos mensais das parcelas mínimas, e manifestou-se mais recentemente com relação à inclusão ou não da totalidade dos débitos em aberto nos sistemas da Secretaria da Receita Federal do Brasil e da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional no Programa, conforme determina a Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 3/2010. 23 Patrimônio líquido da controladora Votorantim Participações S.A. (a) Capital social Em 30 de abril de 2010, o capital social da Companhia foi aumentado em R$ 7.620 por meio da capitalização da reserva de lucros, totalizando o valor de R$ 20.000. (b) Dividendos Os dividendos são calculados de acordo com o estatuto da Companhia e em consonância com a Lei das Sociedades por Ações, que no seu art. 202, § 3° e com a redação dada pela Lei n° 10.303/2001, prevê que assembléia geral pode, desde que não haja oposição de qualquer acionista presente, deliberar a distribuição de dividendo inferior ao mínimo obrigatório. Em 21 de dezembro de 2010, com base no lucro previsto para o exercício de 2010, a Administração da Companhia propôs os dividendos no montante de R$ 600, os quais foram na mesma ocasião referendados pelos Acionistas. Dessa forma, o cálculo dos dividendos, em 31 de dezembro de 2010, pode ser assim demonstrado: Em janeiro de 2011, foi pago o valor de R$ 194 dos dividendos propostos em 31 de dezembro de 2010. 57 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma (c) Reservas de lucros A reserva legal é constituída mediante a apropriação de 5% do lucro líquido do exercício social ou saldo remanescente, limitado a 20% do capital social, podendo ser utilizada somente para aumento de capital ou absorção de prejuízos acumulados. A reserva de retenção foi constituída para registrar a retenção do saldo remanescente de lucros acumulados, a fim de atender ao projeto de crescimento dos negócios estabelecido no plano de investimentos da Companhia. (d) Ajustes de avaliação patrimonial A Companhia reconhece nesta rubrica o efeito das variações cambiais sobre os investimentos em controladas detidas de forma direta ou indireta no exterior. Esse efeito acumulado será revertido para o resultado do exercício como ganho ou perda somente em caso de alienação ou perda do investimento. Também são consideradas nesta rubrica: a variação cambial de dívidas e derivativos designados para mitigar riscos cambiais, preços de commodities e taxa de juros (contabilidade de hedge); e a parcela de valor justo de ativos financeiros disponíveis para venda. (e) Ajustes saldo inicial Os ajustes ao saldo inicial do patrimônio líquido em 31 de dezembro de 2010 e de 2009 estão descritos a seguir. Em 31 de dezembro de 2009 Participação dos não controladores de investimentos detidos por controladas em conjunto Eliminação de lucros não realizados 113 (667) Equivalências patrimoniais complementares e outros (116) (670) Em 31 de dezembro de 2010 Ajuste de valor justo de participação de não controladores (548) (1.218) 58 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma 24 Receita líquida 25 Outras receitas operacionais, líquidas (i) Referente à opção de aquisição de ações da Fibria, nos termos dos Acordos de Investimento e de Acionistas da Fibria, a VID tem o direito de adquirir até 11,04% de ações ordinárias da Fibria até 29 de outubro de 2014. O valor justo dessa “Opção de Compra” em 30 de junho de 2011 é de R$ 134 (31 de dezembro de 2010 – R$ 451) e está registrado na rubrica “Opção de compra de ações” no ativo não circulante. A variação no valor justo dessa operação é reconhecida no resultado. 59 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma 26 Resultado financeiro líquido Os saldos consolidados em 30 de junho de 2011 incluem eliminações na rubrica de receita de aplicações financeiras, no montante de R$ 53 (2010 - R$ 10). As variações registradas entre os primeiros semestres findos em 2010 e 2011, decorrem basicamente : (i) do acréscimo de Juros em razão da variação da taxa de CDI (9.0% a.a. no primeiro semestre de 2010 para 11.50% a.a. no primeiro semestre de 2011), (ii) do registro pela adesão ao REFIS no primeiro trimestre de 2010, do PIS e da Cofins, no montante de R$ 195, incidentes sobre Juros Sobre Capital Próprio e (iii) da desvalorização do real frente ao dólar no primeiro semestre de 2010 (BRL 1.74 para 1.80) e apreciação no mesmo período de 2011 (BRL 1.67 para 1.56). 27 Seguros De acordo com a Política Corporativa de Gestão de Seguros da Companhia e suas controladas, são contratados diferentes tipos de apólices de seguros, como seguros de riscos operacionais e responsabilidade civil, proporcionando proteção relacionada a possíveis perdas com interrupção na produção, danos a terceiros e patrimônio. A Companhia e suas controladas mantêm seguros de responsabilidade civil, para suas operações e administradores, com coberturas e condições, consideradas pela Administração, adequadas aos riscos inerentes. 60 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma A cobertura de seguro operacional vigente em 30 de junho de 2011 é a seguinte: 28 Ativo Tipo de Cobertura Importância Segurada Instalações, equipamentos e produtos em estoque Danos materiais 42.579 Lucros cessantes 9.270 Abertura do resultado por natureza A Companhia segue as orientações do CPC 21/IAS 34 que determina as entidades que classificarem os gastos por função devem divulgar informação adicional sobre a natureza das despesas, incluindo as despesas de depreciação e de amortização e as despesas com benefícios aos empregados. A Administração da Companhia optou por divulgar os gastos por função na demonstração do resultado do semestre e consequentemente divulga abaixo a natureza das despesas. As despesas de custo dos produtos vendidos, vendas e administrativas para os semestres findos em 30 de junho de 2011 e 2010 são as seguintes: 29 Despesa dos benefícios aos funcionários 61 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma 30 Evento subsequente Em decorrência da oferta pública de ações (“OPA”) em que a Votorantim Metais Cajamarquilla (“VM-CJM”) adquiriu o controle direto da Milpo e o controle indireto da Compañía Minera Atacocha S.A.A. (“Atacocha”). Como consequência da troca de controle da Atacocha, a VM-CJM foi obrigada a lançar uma OPA para as ações Classe A de emissão da Atacocha e, em 01 de agosto de 2011 adquiriu 104.292.650 de ações Classe A da Atacocha pelo valor de US$ 54,3 milhões. Em agosto de 2011, a Votorantim contratou US$ 2.650 através de duas operações distintas. A primeira é uma linha de crédito rotativo,com prazo de 5 anos no valor de US$ 1.500, que fica disponível para utilização imediata da Companhia, podendo ser sacada por certas controladas no Brasil e exterior. A outra é linha de pré-pagamento de exportação no valor de US$ 1.150, contratada através da controlada Votorantim GMBH, divididas em 2 tranches, uma com vencimento em sete anos e outra em oito anos e incidência de juros equivalente a Libor + 1,35% e Libor + 1,50% a. a., respectivamente. Os recursos oriundos da linha de pré-pagamento de exportação serão utilizados para o pagamento antecipado de empréstimos. 31 Informações suplementares - UN As informações a seguir referem-se à abertura do Segmento Industrial por UN e consideram as eliminações de saldos e transações entre as empresas, antes: (i) das eliminações entre as UN; (ii) das eliminações dos investimentos mantidos pelas empresas holdings, inclusive o investimento mantido na Votorantim Finanças; e (iii) da inclusão de todos os saldos patrimoniais e de resultado da Votorantim G.M.B.H. (trading) relativos a cada negócio/UN. Adicionalmente, destacamos as eliminações e reclassificações entre as empresas, de forma que o resultado líquido corresponda às informações contábeis consolidadas do Segmento Industrial, divulgadas como informações suplementares. A fim de proporcionar um maior nível de informações, a Companhia também optou por divulgar em suas demonstrações por UN. 62 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma Balanço patrimonial (i) Ativo 63 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma (ii) Passivo e patrimônio líquido 64 Votorantim Participações S.A. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras intermediárias consolidadas em 30 de junho de 2011 Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma (iii) Demonstração do resultado *** 65