Flyer 2011-02
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Av. Infante D. Henrique,Armazém A Cais da Pedra a Sta. Apolónia 1950—376 Lisboa T—351 F—351 21 21 882 882 08 08 90 99 Algo está a acontecer sem ti. Algures no mundo algo mudou sem te perguntar nada. Quase tudo desconhece que tu existes. Ninguém te deve nada. Por esta altura já percebeste que saber exigir é saber existir. Por esta altura já sabes que aquilo que te dás não tem imposto e é só valor acrescentado. Esperar dez vezes é desesperar. Este mês aprende a ocupar uma coluna da discoteca e exige a música toda só para ti. 10 Artistas Plásticos | 10 Intervenções | 10 Meses | 01 Nova década design gráfico: Diogo Potes (ALVA DesignStudio — alva-alva.com) Gabriel Abrantes, Vasco Araújo, Pedro Barateiro, Alexandre Farto, Pedro Gomes, Rodrigo Oliveira, Francisco Queirós, Mafalda Santos, João Pedro Vale e Francisco Vidal Textos de: Isilda Sanches, Mário João Camolas, Pedro Rodrigues, Quim Albergaria, Susana Pomba odiapelanoite.luxfragil.com Pedro Gomes “Sem título”, 2010 Contraplacado lacado 144 x 230 x 5 cm em parceria com a Pedro Gomes, “Sem título” 2010 “O Dia pela Noite” é o nome do conjunto de 10 intervenções feitas por 10 artistas plásticos, que durante 10 meses transformam o Lux. É desta maneira que queremos marcar o começo de uma nova década. A trocar “O Dia pela Noite”. Entramos. Mesmo antes de subir a escada para o bar somos recebidos por alguém que parece tapar a boca, os ouvidos, os olhos. Pedro Gomes (n.1972, Moçambique) concebeu um desenho (em contraplacado) que nos alerta, pela representação do fechamento dos sentidos, para a sua maior percepção. Este é um dos melhores sítios para o fazer – boca, olhos e ouvidos bem abertos! SP Foto: Luísa Ferreira http://sites.google.com/site/pedrogomesarte Cortesia do artista e Galeria 111 Light Jokeys: Luís Cruz, Gabriel Rodriguez Vídeo: 2m lux f 2 e v 0 e quinta 03 bar zé pedro moura disco gui boratto live expander — — — — — — — — — — — — — — — — — — — sexta 04 bar yen sung & tiago disco james holden margot live switchst(d)ance — — — — — — — — — — — — — — — — — — — sábado 05 bar leonaldo de almeida dexter pinkboy disco rui vargas — — — — — — — — — — — — — — — — — — — r e i 1 frágil o 1 r Gui Boratto Gui Boratto conhece-nos bem. E nós a ele. Por isso está de volta à black box do Lux. Porque é um dos seus lugares preferidos, onde os seus lives se prolongam, madrugada fora, de forma épica e inédita. O arquitecto de São Paulo – com um passado musical mais perto das grandes editoras mainstream do que da música electrónica de dança – não cansa. A música que faz, com um pé no undergound e um piscar de olho à pop, está nos dois álbuns editados pela Kompakt, mas o seu som facilmente identificável surge em inúmeros 12", tanto em produção própria como em remisturas para Pet Shop Boys, Bomb the Bass, Massive Attack, M.A.N.D.Y. ou Billy Dalessandro para citar só alguns. Acima de tudo, os lives de Gui Boratto têm o mérito sólido de nos fazer dançar – e continuar a fazê-lo, sempre com um sorriso na cara. E isso é muito mais valioso do que possa parecer. PR MArgot - James Holden Sair sem saber bem o que pode acontecer faz falta. Descobrir lugares, sons e sets inesperados tende a ser bem mais inesquecível do que revisitar as músicas do costume. Na sua editora, nos seus discos e nos seus sets, James Holden sabe sair da zona de conforto e encontrar a beleza em territórios sonoros improváveis e insólitos. Nunca uma editora terá sido tão bem baptizada: a fronteira não se fixa e progride cada vez mais, para zonas de ninguém, onde os géneros musicais deixam de fazer sentido, dando lugar ao prazer puro da descoberta e do delírio sensorial. Uma sexta-feira com DJs da Border Community é uma sexta-feira vital para quem valoriza o desconhecido e a descoberta. James Holden está de regresso e traz com ele os recém-editados Margot, a dupla italiana que se apresenta ao vivo numa mistura invulgar de live e dj set, onde cabem as imprescindíveis máquinas, mas também a voz e uma selecção de discos invulgar e certeira, resultando no que alguns chamam club kraut. Para quem gosta de redescobrir,dançando, o prazer de se surpreender. PR lux f 2 e v 0 e r quinta 10 desassossego no lux bar u-night slight delay (tiago & alcides) disco bnr (boysnoize records) d.i.m. shadow dancer gunrose — — — — — — — — — — — — — — — — — — — sexta 11 bar chocolate city yen sung convida dâm-funk live disco stardust balls deetron dexter — — — — — — — — — — — — — — — — — — — sábado 12 bar let’s spend the night together leonaldo de almeida & zé pedro moura disco rui vargas & andré cascais — — — — — — — — — — — — — — — — — — — e 1 i frágil o 1 r lux f 2 Desassossego no Lux dança com Bernardo Soares O «Filme do Desassossego» de João Botelho remisturado e retalhado por Miguel Maurício para festejar os seus 20 000 espectadores D.I.M. & SHADOW DANCER Como uma sirene intermitente, mês sim, mês não, a Boysnoize Records assinala a sua presença no Lux. Os primeiros emissários da editora são D.I.M. e Shadow Dancer. D.I.M. carrega consigo a herança genética dos Amon Düül II, mas na sua última produção “Lyposuct”, kraut aplica-se ao tech e o rock faz-se na pista. Os irmãos Paul e Alan impuseram-se no silêncio da sombra e atacaram, como dois ninjas sorrateiros, com o ruído certo. Os Shadow Dancer têm em “Golden Trax” as suas armas de eleição. O aviso fica feito, agrupado na cabine o tridente dourado do selo alemão não tomará reféns. MJC e v 0 e r bar rui vargas disco só desta vez convidam paus amigos concerto chris common + convidados surpresa dside brodinski gunrose — — — — — — — — — — — — — — — — — — — sexta 18 green ray bar hercules & love affair concerto + dj set com kim ann foxman andy butler dexter e disco horse meat disco convidam dimitri from paris — — — — — — — — — — — — — — — — — — — sábado 19 bar leonaldo de almeida zé pedro moura yen sung Deetron Se olharmos para os dados oficiais da história, o techno nasceu em Detroit e o house nasceu em Chicago mas o seu adn está espalhado por todas as cidades do mundo. Deetron, Sam Geiser, é um DJ e produtor suíço. Cresceu num ambiente musical favorável ao jazz, teve no hip hop a primeira paixão, mas acabou por se converter à música de dança. Grava desde os anos 90 e hoje é um nome destacado da cena techno (mas não só) e divide a sua obra por diferentes alter-egos: Deetron, mas também Soulmate, GSP ou Karakter. A energia é pulsante, a selecção variada, a festa garantida. IS disco trust! — — — — — — — — — — — — — — — — — — — Potenciado 1 i (live) por: i i d d s n v k juan maclean dj set tiago — — — — — — — — — — — — — — — — — — — sexta 25 bar rui vargas & dexter disco zip joão maria — — — — — — — — — — — — — — — — — — — sábado 26 bar leonaldo de almeida fiasco pinkboy & pan sorbe disco zé pedro moura & yen sung — — — — — — — — — — — — — — — — — — — quinta 10 desassossego r g o no r dancer e 1 i frágil o 1 r Juan MacLean É um dos nomes fortes da DFA e um dos músicos/DJs/produtores mais respeitados dos últimos anos. Ainda assim, Juan MacLean é relativamente discreto, preocupa-se mais com a honestidade da música que faz e toca do que em explorar as vantagens do mediatismo. Passou pelo punk, noise e indie, foi professor, perdeu-se em excessos, reencontrou-se, e hoje a pista de dança é o seu território natural. Não é que os prémios justifiquem mais respeito mas por alguma razão a DJ Mag considerou o seu DJ Kicks a melhor compilação do ano passado. De clássicos acid house de Armando, a novos visionários como Rick Wilhite e companheiros de causa como Shit Robot, ouvi-la reafirma a nossa crença na música de dança como uma forma de redenção. Juan MacLean sabe. IS Zip Num mês de grandes nomes no Lux, Zip merece destaque. Antes de mais por se estrear na pista de Santa Apolónia, mas sobretudo por ser um dos mais relevantes e enigmáticos personagens da música de dança alemã da transição do século. Zip é co-fundador da Perlon, segunda casa de Villalobos e uma das primeiras a editar o revolucionário Shackleton. Com projectos como Dimbiman, Pantytec e Narcotic Syntax tem produzido techno e house que dão outro significado ao conceito de música electrónica de dança; abstractos e orgânicos, sempre a exigir de quem ouve muita abertura de espírito, que é recompensada em noites como a que prometemos para este mês. Noites em que Zip faz o que sabe fazer melhor, conduzir pistas de dança exigentes como a nossa por dj sets longos, feitos de sons que conjugam o novo e o velho e a simplicidade com a elaboração, para um torpor feito de batidas irregulares e baixos de uma secura orgânica. A última sexta-feira de Fevereiro pertence a Zip e a todos aqueles que fazem da busca de nova música para dançar uma missão. PR e i & love ray affair sexta 25 z i p balls n o sexta 18 horse c o n dimitri lux t quinta 10 shadow t r city (live) funk e 0 disco holden sexta 11 stardust d e e bar convidam sexta 04 james sexta 04 m a e sonja chungaria Green Ray Horse Meat Disco Dimitri From Paris Hercules & Love Affair Sabemos que não é preciso fazer louvores ao disco sound, mas façamo-los na mesma. Nos anos 70 libertou as pessoas na pista de dança, deu vida, brilho e fantasia aos dias e sobretudo às noites. Hoje, redescoberta a sua essência, continua a fazer o mesmo, não por evocar uma época que já lá vai, mas por alimentar um sentimento, ou muitos. No fundo, o segredo do disco é que faz as pessoas felizes, coloca um sorriso nos lábios, solta o diabo no corpo, eleva-nos até ao cosmos e, se for preciso, até nos deixa knock out na pista de tanto dançarmos. Noites assim não são novidade no Lux, mas a do próximo Green Ray vai ser o disco heaven com que todos sonhávamos. James Hillard e Jim Stanton, os Horse Meat Disco, têm carta verde e recomendação vitalícia. Eles percebem e vivem a cena. São estrelas naturais em qualquer pista, mas nesta vão ter companhia de sonho. Dimitri From Paris, um dos mais importantes nomes da primeira vaga do french touch nos anos 90, e uma das grandes autoridades mundiais em disco (procurem e ouçam “Get Down With The Philly Sound”) vai garantir que o movimento e a emoção na pista serão permanentes, seja ao som de clássicos de Filadélfia, latin disco, house ou qualquer outro groove fulminante que traga na mala. E como se isso não bastasse para nos fazer felizes por antecipação, ainda há Hercules & Love Affair (um dos grupos pop que melhor entende a memória do disco e toda a música de dança) ao vivo com o novo álbum, “Blue Songs”, acabado de sair. Tudo isto e ainda as surpresas que uma noite assim pode revelar... Ninguém vai resistir aos poderes mágicos deste Raio Verde! IS sexta 18 green hercules quinta 03 gui boratto lux f 2 quinta 24 Os PAUS fecham a sua residência no Lux com o pulsar dos tambores. Para acabar mais alto o que começou já muito em cima, à bateria siamesa junta-se mais uma bateria. Parece excessivo, inconsequente, desnecessário, estúpido até, mas esta noite é para afastar todos os maus espíritos, para celebrar e limpar alma. Na terceira bateria temos o prazer de convidar um amigo e uma inspiração – Chris Common, o baterista dos These Arms are Snakes. O ciclo acaba agora mas os convidados não ficam por aqui. Juntam-se ainda aos PAUS uma brigada de convidados surpresa – tens de vir para ver o que guardamos para o fim. O pulsar destes tambores vai-se ouvir para sempre. quinta 17 d s b r o sexta 11 chocolate dâm — frágil o 1 r SÓ DESTA VEZ ÚLTIMO SÓ DESTA VEZ No LUX FRÁGIL Potenciado por DELTA Q PAUS convidam Chris Common + Convidados Surpresa quinta 17 Dãm Funk Dâm Funk é a personificação de tudo o que é cool. Keytars e sintetizadores vintage, imaginário retrofuturista, soul e funk, disco boogie, mel puro e groove sintético. Dâm Funk é Damon Riddick, que já esteve no Lux e deixou-nos rendidos, por isso volta. As suas actuações são um misto de dj set e live act com energia a circular em todas as direcções. Dâm Funk contagia. Fala com as pessoas, diz coisas sobre os discos que passa, canta e improvisa por cima dos refrãos, mistura-se com o público e até é capaz de dar prendas (aconteceu, mas não garantimos que se repita). Parece personagem, mas é genuíno. Dâm Funk is the man! IS e meat v i from d disco a m paris quinta 24 juan maclean (dj set) quinta 24 C h u n g a r i a
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