Módulo de Ignição

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Módulo de Ignição
Módulo de Ignição
16
Módulo de Ignição
Nos sistemas de ignição mapeada, sejam estes do tipo estático ou convencional (com distribuidor),
está sempre presente o módulo de ignição, também denominado estágio final ou de potência.
Nele está alojado o transistor de potência, através do qual é controlado o negativo da bobina.
O módulo de ignição permite a implementação de outras funções auxiliares entre as que podemos
mencionar:
- Corte da corrente primária
Com a ignição ligada e motor não funcionando, o transistor de potência é cortado afim de evitar o
superaquecimento da bobina.
- Limitação da corrente máxima no primário
Isto possibilita o projeto de bobinas com resistência primária menor, o que favorece a carga mais
rápida, permitindo a diminuição do ângulo de permanência. Melhora assim, o desempenho nas altas
rotações.
Uma baixa resistência primária, sem o
correspondente controle da corrente máxima,
+bat
+bat
resultaria na circulação de correntes elevadas
sinal de controle
(superiores a 25 A), capazes de queimar a bobina.
do módulo
Módulo
Bobina
de
Ignição
O módulo de ignição recebe da unidade de comando
um sinal de baixa potência, geralmente uma onda
quadrada, com a que controla a corrente que circula
saída de
negativo do
UC
alta tensão
pelo primário da bobina, durante o ângulo de
primário
permanência.
Este é o sinal de controle do módulo de ignição.
O controle da corrente que circula pelo primário durante o ângulo de permanência é feito pelo transistor
de potência.
As formas de onda mostradas nas figuras são somente ilustrativas de casos tipicos, podendo variar em
função de características particulares de cada sistema.
Para uma melhor interpretação dos sinais apresentados, recomenda-se a leitura dos capítulos:
- “Ignição Eletrônica” e “Verificações nos Sistemas Integrados de Controle do Motor”.
Sinal de Controle do Módulo
6
Corrente Primária
Tensão Secundária
7.5
Tensão Negativo do Primário
100
18
6
4
KV
A
V
V
0
10 ms/div
0
+bat
0
5 ms/div
5 ms/div
97
0
2 ms /div
Módulo de Ignição
Configurações
Neste item serão analisadas as diversas configurações utilizadas atualmente em função da localização
do módulo de ignição.
Este último pode estar instalado externamente à unidade de comando ou estar integrado à mesma na
forma de módulo interno.
A localização do módulo de ignição - interno ou externo - assim como a sua integração com a bobina,
são características muito importantes que determinam quais os métodos e procedimentos que poderão
ser utilizados no diagnóstico de falhas.
Como exemplo de configuração com módulo interno podemos mencionar o sistema Motronic.
Já no caso de módulo externo, apresentam-se as seguintes configurações:
- Módulo separado da bobina de ignição como nos sistemas LE Jetronic/EZK. Neste caso, o negativo da
bobina está disponível para fins de teste.
- Módulo integrado à bobina como no sistema Marelli 1AVB (com distribuidor) ou como no sistema
Multec IEFI 6 (estática/faisca perdida). Geralmente, nesses casos, o negativo não está acessível.
7.5
6
Corrente do Primário
18
Configuração [a]
A
0
V
14
0
5 ms/div
Obs: reparar que o pico
da onda de tensão está
recortado
6
KV
Ignição convencional com módulo externo, separado da bobina. Neste caso, o negativo do primário está disponível para
medição.
Os gráficos apresentam sinais característicos deste tipo de
configuração.
A onda de tensão primária é a do terminal negativo da bobina.
A onda de corrente primária pode ser medida no fio do negativo
da bobina, no fio de aterramento ou de alimentação do módulo
de ignição.
75
4
sinal de controle
do módulo
+bat
+bat
Igniç
UC
0
[a]
10 ms/div
300
Tensão do Primário
V
5 ms/div
saída alta tensão
Distribuidor
Mód
V
0
0
Ex.: Sistema EEC-IV com módulo de ignição TFI.
Sinal Controle Módulo
Tensão Secundário
Bobina
negativo do
primário
Configuração [b]
+bat
Bobina
Mód. Igniç.
UC
negativo do
primário
[b]
saída alta tensão
Distribuidor
Ignição convencional com módulo interno à unidade de comando.
Neste caso, o negativo do primário está disponível para
medição, mas não é possível visualizar o sinal de controle do
módulo.
Os sinais característicos são similares àqueles da
configuração [a], a menos da onda de controle do módulo,
que não pode ser visualizada por ser interna ao módulo.
A onda de tensão primária é a do terminal negativo da bobina.
A onda de corrente primária pode ser medida no fio do terminal negativo ou no de alimentação da bobina.
Ex.: Sistema Motronic M1.5.1
98
Módulo de Ignição
Configuração [c]
Ex.: Sistema Motronic MP9.0
Corrente do Primário
7.5
Ignição convencional com módulo externo à unidade de comando, integrado à bobina.
Neste caso, o negativo do primário não está disponível para medição, mas é possível
visualizar o sinal de controle do módulo.
O sinal de corrente primária pode ser medido no fio de alimentação ou de aterramento do
módulo.
Em alguns casos, como no Renault 19 RT, o módulo de ignição possui um terminal
conectado ao negativo da bobina que permite visualizar a onda de tensão primária.
6
A
0
Sinal Controle Módulo
6
4,6
V
0
+bat
5 ms/div
saída alta tensão
sinal de controle
do módulo
Mód
Distribuidor
18
Igniç
Tensão Secundário
KV
UC
[c]
0
Configuração [d]
Ignição estática com módulo interno à unidade de comando. Neste caso, o negativo do primário está disponível
para medição, mas não é possível visualizar o sinal de controle do módulo.
O sinal de corrente pode ser medido nos fios dos negativos das bobinas. A onda de tensão primária é a do
terminal negativo de cada bobina.
Ex.: Sistema Magnetti marelli G7
Corrente do
Primário
7.5
negativo do
primário
18
Tensão Secundário
KV
+bat
alta tensão
0
100
+bat
Mód. Igniç.
A
2,6 ms
Tensão Negativo
do Primário
UC
V
14,5
0
0
[d]
Configuração [e]
Ignição estática com módulo externo à unidade de comando e
integrado ao conjunto (“pack”) de bobinas.
Neste caso, o negativo do primário não está disponível para
medição, mas é possível visualizar os sinais de controle do módulo.
O sinal de corrente primária pode ser medido no fio de alimentação ou de aterramento do módulo.
Para cada bobina do conjunto, os sinais visualizados são
sismilares àqueles da configuração [c].
sinal de controle
do módulo
99
+bat
Mód
UC
Igniç
[e]
Ex.: Sistema de ignição L2 do Multec IEFI6 (Corsa)
5 ms/div
Obs: reparar que o pico
da onda de tensão está
recortado
alta tensão
Módulo de Ignição
Configuração [f]
+bat
negativo do
primário
Mód. Igniç.
UC
+bat
[f]
Ignição estática Monobobina (COP)
com módulo interno à unidade de comando.
Neste caso, o negativo do primário
está disponível para medição, mas
não é possível visualizar o sinal de
controle do módulo.
O sinal de corrente pode ser medido
nos fios dos negativos das bobinas.
A onda de tensão primária é a do terminal negativo de cada bobina.
Em pricípio, não é possível visualizar
a onda de tensão secundária.
Somente utilizando algum dispositivo especial como um conjunto de cabos prolongadores de alta tensão,
instalados temporariamente entre a
vela e o terminal correspondente da
bobina.
Corrente do
Primário
7.5
A
0
100
2,6 ms
Tensão Negativo
do Primário
V
14,5
0
5 ms/div
Obs: reparar que o pico
da onda de tensão está
recortado
Ex.: Sistema Bosch Motronic M2.10
(Fiat Marea)
Corrente do
Primário
7.5
A
0
10
2,6 ms
Sinal de Controle
do Módulo
V
14,5
0
5 ms/div
Configuração [g]
Ignição estática Monobobina
(“COP”) com módulos externos à
unidade de comando e integrados
às respectivas bobinas.
Neste caso, os negativos dos primários não estão disponíveis para
medição, mas é possível visualizar
os sinais de controle dos módulos.
O sinal de corrente primária pode ser
medido no fio de alimentação ou de
aterramento de cada módulo.
Ex.: Sistema Hitachi M-159 (Marea
1.8 16V)
100
sinal de controle
do módulo
+bat
Mód
Igniç
UC
+bat
Mód
Igniç
[g]

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