sol Debatt

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sol Debatt
01/04/2014
Brasil é referência mundial no combate ao aquecimento global
País reduziu, em 2010, o dobro dos índices verificados por todas as nações desenvolvidas
por Portal Brasil
O Brasil se tornou um dos países mais preparados no combate aos avanços e impactos do aquecimento
global. O relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês)
divulgado em Yokohama, no Japão, revelou que todas as nações estão sujeitas aos efeitos do possível
aumento da temperatura global. As medidas e políticas adotadas ao longo dos anos em território nacional,
no entanto, colocam o Brasil em papel de destaque diante da comunidade internacional.
A queda nas emissões de gases de efeito estufa (GEE) demonstra essa liderança. Sozinho, o Brasil
reduziu, em 2010, o dobro dos índices verificados por todos os países desenvolvidos, agrupados no Anexo
1 do Protocolo de Kyoto, acordo internacional que estabelece metas de corte na liberação de gases na
atmosfera. Além disso, a redução de GEE gerada pelo controle do desmatamento em apenas um ano
equivale às emissões totais anuais de locais como a Espanha e o Reino Unido.
Batizado de Sumário para os Formuladores de Políticas, o relatório do IPCC enfatiza que as mudanças
climáticas poderão afetar e trazer prejuízos para o mundo todo. A pesquisa feita por representantes de
diversas nacionalidades, inclusive brasileiros, atenta para os impactos tanto ambientais quanto humanos. “É
um questão global que tem de ser tratada seriamente pelas Nações Unidas”, salienta o secretário de
Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Carlos Klink. “Mesmo
os países que estão bastante preparados vão sofrer as consequências”.
Adaptação
O relatório do IPCC destaca, entre outros aspectos, medidas de adaptação como os acordos de cooperação
e as ações voltadas para a agropecuária desenvolvidas na América do Sul. No Brasil, as iniciativas incluem
investimentos como os do Fundo Amazônia e do Fundo Clima e a adoção de nove planos setoriais de
mitigação e adaptação em setores variados, entre eles indústria, transportes e controle de desmatamento
na Amazônia e no Cerrado.
Além disso, deve ser concluído, até o fim do ano, o Plano Nacional de Adaptação, compilado de ações em
10 áreas. Saúde pública e prevenção de desastres naturais são alguns dos temas que integrarão o plano e
já se encontram em execução. “Está sendo feito um mapeamento de vulnerabilidade e de quais as
metodologias, os custos e projeções econômicas para essas questões”, explica Klink.
A participação popular será fundamental no processo. Depois de submetida e aprovada pelo Grupo
Executivo (GEx) do Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM), a primeira versão do Plano
Nacional de Adaptação passará por consulta pública. “Ao trabalhar a adaptação, é preciso considerar a
vulnerabilidade econômica e social e a resiliência, um conceito novo para o público”, observa o secretário.
Saiba mais
Apesar de ser considerado um fenômeno natural, o efeito estufa tem sofrido alterações que se tornaram as
causadoras do aquecimento global. As mudanças decorrem do aumento descontrolado das emissões de
gases de efeito estufa, entre eles o dióxido de carbono e o metano. A liberação dessas substâncias na
atmosfera ocorre por conta de diversas atividades humanas e econômicas, entre elas o transporte, o
desmatamento, a agricultura e a pecuária.
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Fonte:
Ministério
do
Meio
Ambiente(http://mma.gov.br/)/Portal
Brasil
>
Notícias
Meio
Ambiente(http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2014/04/brasil-e-referencia-mundial-no-combate-aoaquecimento-global)
03/04/2014
Plano de resíduos sólidos de SP pretende reduzir volume de lixo da população em 80%
por Redação do EcoD
Plano municipal tentará, em longo prazo, evitar cenas como esta.
Foto: Alan Santana
Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/04/lixo-ecod.jpg
Reduzir, nos próximos 20 anos, de 98,2% para 20% o volume de lixo gerado pela capital paulista que é
despejado nos aterros sanitários. A meta foi apresentada na quarta-feira, 2 de abril, pela Prefeitura de São
Paulo, e consta no Plano de Resíduos Sólidos apresentado pelo prefeito Fernando Haddad.
Para atingir o objetivo, a administração espera que até 2033 ao menos 30% dos paulistanos tratem dentro
de casa os resíduos orgânicos domiciliares, que correspondem a 51% das 20,1 mil toneladas de lixo
coletadas por dia na cidade.
A prefeitura deve começar ainda este mês a distribuir gratuitamente 2 mil equipamentos para que as
pessoas façam a compostagem dos restos de alimentos, que viram adubo após o tratamento. Segundo a
gestão, 6,3 mil toneladas de lixo são compostáveis. “O objetivo é reter o máximo possível os orgânicos e
diminuir o lixo destinado aos aterros”, explicou o presidente da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana
(Amlurb), Silvano Silvério da Costa.
Segundo o secretário municipal de Serviços, Simão Pedro, o novo plano ajusta o sistema de coleta da
prefeitura ao Plano Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010. “Fizemos uma opção radical pela reciclagem,
em vez de apostar em outras resoluções, como incineração do lixo”, afirmou.
O plano municipal prevê a construção de quatro centrais de reciclagem para os resíduos secos, como latas,
vidros, plásticos e papéis. Duas delas, nos bairros Ponte Pequena (região central) e Interlagos (zona sul),
devem ser inauguradas em junho. As demais só devem entrar em operação em 2016. “Com isso, nós
pretendemos quintuplicar o volume de lixo reciclado. Hoje, são cerca de 250 toneladas por dia. A meta é
chegar a 1.250 toneladas”, projetou Costa.
Coleta seletiva
Segundo ele, a ideia é ampliar ainda a parceria da prefeitura com os catadores de material reciclável nas
ruas. O plano prevê que, até 2016, no fim da gestão Haddad, os 96 distritos da capital estejam cobertos
com a coleta seletiva. Hoje, apenas 75 distritos, que correspondem a 42% dos domicílios paulistanos,
recebem a coleta segregada de resíduos.
Para o lixo reciclável úmido, como caixas de pizza, papel higiênico e fraldas descartáveis, a gestão Haddad
pretende criar três ecoparques na cidade. Inspirados em instalações existentes na Alemanha e na Espanha,
os locais separam o que é possível ser reciclado do que é rejeito e deve ir para os aterros. O plano também
inclui meta da gestão de compostagem de 100% do lixo, das 880 feiras livres, até 2016.
* Publicado originalmente no site EcoD(http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2014/plano-de-residuossolidos-de-sp-quer-reduzir?tag=economia-e-politica).
Fonte:
EcoD/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/plano-de-residuos-solidos-de-sp-pretendereduzir-volume-de-lixo-da-populacao-em-80/)
03/04/2014
Estudo: Reduzir consumo de carne e leite é essencial para lidar com as mudanças climáticas
por Fabiano Ávila, do CarbonoBrasil
Foto: Nick Saltmarsh/Flickr
Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/04/gado.jpg
Pesquisadores da Universidade de Tecnologia Chalmers, na Suécia, calcularam que as emissões de óxido
nitroso e de metano provenientes da agropecuária passarão das 7,1 gigatoneladas de CO2 equivalente
(GTCO2e) registradas no ano 2000 para mais de 13 GTCO2e em 2070.
Isso significa que, mesmo se cortarmos as emissões de gases do efeito estufa resultantes da queima de
combustíveis fósseis, ainda assim seria impossível alcançar a meta de limitar o aquecimento global em 2ºC,
o recomendado por cientistas para evitar as piores consequências das mudanças climáticas.
“Na segunda metade do século, haverá muito mais pessoas no planeta. Dietas ricas em carne e queijo
devem ficar mais comuns. Mesmo levando em conta esperadas melhoras na produtividade, estimamos que
as emissões globais da agropecuária possam dobrar nos próximos 50 ou 60 anos. Apenas isso já deixaria a
meta dos 2ºC impossível”, afirmou Fredrik Hedenus, um dos autores do estudo.
Para chegar aos 13 GTCO2, o estudo incluiu as emissões do uso do solo, manejo do gado e do processo
digestivo dos animais.
Os pesquisadores destacam que, se grandes investimentos forem feitos para melhorar as tecnologias de
produção, as emissões poderão ser contidas a 7,7 GTCO2e em 2020.
Mas, mesmo assim, seria necessário alterar a nossa dieta para que as emissões do setor realmente
caíssem. Em alguns cenários, o corte na frequência do consumo de carne pode levar a uma redução de até
3 GTCO2e.
“A menos que a tecnologia avance em um ritmo sem precedentes, concluímos que reduzir o consumo de
carne de ruminantes e de laticínios será indispensável para alcançar a meta dos 2ºC”, aponta o estudo.
Leia o trabalho: “The importance of reduced meat and dairy consumption for meeting stringent climate
change
targets(http://download.springer.com/static/pdf/147/art%3A10.1007%2Fs10584-014-11045.pdf?auth66=1396699627_2c10cc0e682e48f19e0490ba95cc2319&ext=.pdf)”.
*
Publicado
originalmente
no
CarbonoBrasil(http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias2/noticia=736793).
site
Fonte:
CarbonoBrasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/estudo-reduzir-consumo-de-carne-eleite-e-essencial-para-lidar-com-mudancas-climaticas/)
07/04/2014
Investimento em renováveis cai 11% para US$ 254 bilhões em 2013
por Jéssica Lipinski, do CarbonoBrasil
Investimento por setor e país em 2013.
Foto: Pew
Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/04/enegialimpainvestimentos-pew.jpg
Centro de pesquisas Pew indica que financiamento para energias limpas diminuiu pelo segundo ano
consecutivo, mas destaca que sinais são positivos; China aparece como líder mundial no setor, tendo
atraído US$ 54,2 bilhões
Nos últimos dois anos, os investimentos em energia limpa foram reduzidos em 20% em relação ao recorde
de US$ 318 bilhões de 2011, devido principalmente à recessão global, alterações nos mercados de energia
e incertezas em relação às políticas sobre energias renováveis e mudanças climáticas. Mas apesar disso, o
setor movimentou US$ 250 bilhões em 2013, e apresenta sinais de que terá um futuro promissor, segundo
um novo relatório do centro de pesquisa Pew.
O documento, intitulado ‘Who’s Winning the Clean Energy Race?’ (‘Quem está ganhando a Corrida da
Energia Limpa?’),indica que o investimento em fontes renováveis, eficiência energética, biocombustíveis,
smart grid e armazenamento de energia caiu 11% em 2013 para US$ 254 bilhões, mas que isso não sugere
apenas sinais negativos.
Por exemplo, os preços das principais tecnologias renováveis, como eólica e solar, caíram fortemente nas
últimas décadas, e elas estão cada vez mais competitivas em relação às fontes convencionais, cujos
preços, inclusive, costumam se mostrar voláteis.
Além disso, os mercados em crescimento rápido e em países em desenvolvimento estão prosperando no
setor renovável, e essas economias estão vendo a geração renovável distribuída como uma oportunidade
para evitar grandes investimentos em sistemas de transmissão caros.
“Apesar da recuperação lenta de uma recessão global e de incertezas políticas prejudiciais, a indústria da
energia limpa se estabeleceu como um componente de US$ 250 bilhões para a economia mundial”,
observou Phyllis Cuttino, diretora do programa da energia limpa da Pew, em um comunicado por e-mail à
Bloomberg.
Um exemplo disso é a energia solar, que pela primeira vez em mais de uma década ultrapassou todas as
outras tecnologias limpas em termos de nova capacidade de geração instalada. Os acréscimos de
capacidade solar aumentaram 29% em comparação com 2012, mesmo com o investimento no setor caindo
23% para US$ 97,6 bilhões; foi a primeira vez em sete anos que os investimentos solares ficaram abaixo da
marca de US$ 100 bilhões.
Contudo, isso ocorreu em parte devido à redução nos preços, incluindo cortes significativos nos custos de
produção, e também da migração dos investimentos de projetos em pequenas escala para projetos em
grande escala, que no total são menos caros. Para se ter ideia, foram instalados 40 gigawatts (GW) de
capacidade solar em 2013, mais do que de 2001 a 2010.
Capacidade instalada de energias por setor
Foto: Pew
Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/04/energialimpainves-pew2.jpg
“Um terço de toda a [energia] solar do planeta foi instalada no último ano. O desenvolvimento da [energia]
solar cresceu 29%. A queda dos preços está realmente incentivando a tecnologia e o desenvolvimento em
todo o mundo”, comentou Cuttino.
Já as instalações no setor eólico foram 40% menores do que no ano anterior, caindo 21,6 GW. Entretanto,
foram estabelecidos em 2013 27 GW de capacidade, e as instalações cumulativas ultrapassaram 307 GW
em 2013, mais de 40% da capacidade mundial de energia limpa. Os investimentos se mantiveram quase
estáveis em 2013, caindo 1% para US$ 73,5 bilhões.
A indústria de tecnologias de eficiência energética e de baixo carbono, que incluem medidores inteligentes e
dispositivos de armazenamento de energia, foi o único setor de energia limpa cujos níveis de investimento
aumentaram, crescendo 15% para US$ 3,9 bilhões. Outras tecnologias renováveis, como a energia
geotérmica, de biomassa e de resíduos, caíram 31% para US$ 10,7 bilhões.
Lideranças nacionais
Em termos de desenvolvimento renovável nacional, a China vem firmando sua posição de liderança na
indústria de energia limpa, tendo atraído US$ 54,2 bilhões em investimentos em 2013.
As instalações solares na China cresceram quase quatro vezes para 12,1 GW em 2013, dos 3,2 GW em
2012. Além disso, o país instalou pelo quinto ano seguido mais de 10 GW de energia eólica, totalizando
mais de 35 GW de capacidade renovável em 2013. Em se tratando de investimentos, o país liderou o setor
eólico com US$ 28 bilhões, e ficou em segundo lugar no solar, com US$ 22,6 bilhões.
“Nenhum outro mercado de energia limpa no mundo está operando nesta escala”, declarou Cuttino, em uma
teleconferência, se referindo à China.
Os Estados Unidos se mantiveram como segundo maior mercado renovável em 2013, embora os
investimentos tenham caído 9% para US$ 36,7 bilhões. O setor eólico atraiu US$ 14 bilhões, ficando em
segundo lugar, atrás apenas da China, enquanto o setor solar norte-americano figurou em terceiro, com
US$ 17,7 bilhões em investimentos.
As instalações eólicas apresentaram baixas, caindo mais de 90% de um recorde de 13 GW em 2012 para
menos de 1 GW em 2013, devido principalmente a mudanças no sistema de crédito fiscal.
“Cerca de dois anos da instalação de eólica nos EUA ficaram concentrados em um, que foi 2012”, afirmou
Ethan Zwindler, diretor de políticas da Bloomberg New Energy Finance. Já as instalações solares
registraram recorde de 4,4 GW em 2013, 30% a mais do que em 2012.
O Japão pulou do quinto para o terceiro lugar nos investimentos em energia limpa, refletindo uma tendência
de boa parte da Ásia e Oceania, cujos investimentos cresceram 10% . Em 2013, o país se tornou o mercado
de energia limpa com o mais rápido crescimento, se expandindo 80%, com investimentos de US$ 28,6
bilhões.
Os outros dois países que aumentaram seus investimentos no setor renovável em 2013 foram o Canadá,
com um aumento de 45% nos investimentos, chegando a US$ 6,5 bilhões, e o Reino Unido, que elevou em
13% seus investimentos no setor para US$ 12,4 bilhões.
No resto do mundo, no entanto, a tendência foi mesmo de queda. Na Europa, Oriente Médio e África, os
investimentos caíram 42% para US$ 55 bilhões, menos do que a metade do recorde de US$ 115 bilhões em
2011.
Nas Américas, os níveis também diminuíram para US$ 52 bilhões, 8% a menos do que em 2012. Os
maiores mercados na América do Norte e do Sul – EUA e Brasil – tiveram queda de 9% e 55% nos
investimentos, respectivamente. Pela primeira vez, os investimentos em energia limpa no Brasil ficaram
abaixo do que o total para o resto da América Latina.
Ainda assim, muitos especialistas defendem que as renováveis estão em um período de transição, e que,
em um futuro próximo, poderão competir com as fontes tradicionais mesmo com menos subsídios.
“Isso não acontece em todos os lugares ao mesmo tempo. Se você está em uma parte ensolarada do
mundo com preços de eletricidade altos, instalar [energia] solar em seu telhado realmente pode fazer mais
sentido”, concluiu Zwindler.
*
Publicado
originalmente
no
CarbonoBrasil(http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias3/noticia=736829).
site
Fonte: CarbonoBrasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/investimento-em-renovaveis-cai-11-paraus-254-bilhoes-em-2013/)
07/04/2014
São Paulo inicia a implantação do plano municipal de resíduos sólidos
por Rafaela Ribeiro, do MMA
Foto: Reprodução/Internet
Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/07/residuos1.jpg
Maior cidade da América Latina contempla todas as exigências da PNRS e estabelece metas para os
próximos 20 anos
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, iniciou a implantação do Plano Municipal de Resíduos Sólidos.
Com isso, pretende reduzir, nos próximos 20 anos, de 98,2% para 20% o volume de lixo despejado nos
aterros sanitários pela maior capital do país e maior cidade da América Latina. Até 2033, 30% dos
paulistanos devem tratar em casa os resíduos orgânicos domiciliares, que correspondem a 51% das 20,1
mil toneladas de resíduos coletadas por dia na cidade. Para atingir a meta, o governo começa a distribuir
gratuitamente, ainda esse mês, 2 mil equipamentos para que as pessoas façam, dentro de casa, a
compostagem dos restos de alimentos, que viram adubo após o tratamento.
Para o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Ney Maranhão,
a proposta servirá de inspiração para outras grandes cidades. “Trata-se de um plano concreto, elaborado de
acordo com as exigências da legislação e em sintonia com o Plano Nacional de Resíduos Sólidos”, disse.
“São Paulo dá, com este plano, uma importante contribuição para a implantação da Política Nacional de
Resíduos Sólidos”.
Coleta Seletiva
Outra meta importante é o aumento da coleta pública seletiva de secos de 1,8% para 10%, até 2016, por
meio da extensão do serviço para os 96 distritos do município, e a construção de quatro centrais
mecanizadas de triagem. Pelo planejamento, cada uma das centrais receberá das empresas
concessionárias investimentos de R$ 35 milhões e processará 250 toneladas diárias de resíduos recicláveis.
Isso possibilitará ao município triplicar sua capacidade de processamento, chegando a 750 toneladas por
dia. A ampliação da coleta seletiva também pretende valorizar as cooperativas de reciclagem e a inclusão
social dos catadores.
“O plano é resultado de um extenso processo participativo e internalizou as recomendações da 4ª
Conferência Municipal do Meio Ambiente, promovida em 2013 no Anhembi”, lembrou o presidente da
Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), Silvano Silvério da Costa. A 4ª Conferência foi
antecedida por etapas preparatórias, que contemplaram todas as regiões do município, com reuniões
realizadas pelas 31 subprefeituras. No decorrer do processo, foram promovidas conferências livres e uma
plenária composta por representantes de aldeias indígenas, com acompanhamento da FUNAI. A população
teve a oportunidade de eleger delegados para a Conferência e discutir os problemas relacionados aos
resíduos sólidos em cada região.
Acesse aqui(http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/servicos/arquivos/PGIRS-2014.pdf) o
Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Cidade de São Paulo.
*
Publicado
originalmente
no
site
do
Ministério
Ambiente(http://www.mma.gov.br/informma/item/10050-s%C3%A3o-paulo-inicia-aimplanta%C3%A7%C3%A3o-do-plano-municipal-de-res%C3%ADduos-s%C3%B3lidos).
do
Meio
Fonte: Ministério do Meio Ambiente/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/sao-paulo-iniciaimplantacao-plano-municipal-de-residuos-solidos/)
09/04/2014
Política Nacional de Resíduos Sólidos: O desafio de garantir uma lei de proteção ambiental
por Redação do IHU On-Line
Foto: lixoeletronico.org/
Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/05/ResiduosSolidos.jpg
“Não vejo, mesmo sabendo que em algumas localidades há uma parceria entre catadores e prefeitura, uma
confiança no trabalho que pode ser realizado pelos catadores”, constata o biólogo Alessandro Soares.
De acordo com o Ministério da Saúde, a Lei 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos
– PNRS, contém instrumentos importantes para permitir o avanço necessário ao país no enfrentamento dos
principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos
sólidos. Apesar dos avanços, os desafios ainda são enormes, como avalia Alessandro Soares, em
entrevista por e-mail à IHU On-Line.
“A lei 12.305 validou muitas coisas que eram desejos antigos dos catadores: não só a maior facilidade para
a contratação de cooperativas para realizar a coleta seletiva, mas o reconhecimento como um agente de
proteção ambiental. Entretanto, ainda temos que nos acostumar com certos apontamentos da lei”,
considera.
Além da questão de gestão e relação entre os catadores e os órgãos públicos, há também a problemática
da construção dos aterros sanitários, pois a maioria dos municípios tem uma estrutura precária para dar
conta desta determinação. “As condições para construção de um aterro sanitário são tão especiais que não
é em qualquer lugar que se constrói. O aterro, por norma, deve ter vida útil de 10 anos, o que exige
bastante espaço para armazenamento, sendo afastado da população e cuidando o lençol freático; não são
condições fáceis”, esclarece Alessandro.
O resultado de tal conjuntura é uma queda de braço entre a Confederação Nacional dos Municípios – CNM
e a obrigatoriedade de cumprimento da legislação. Entretanto, o entrevistado é enfático. “Deveriam (os
municípios) ter se manifestado durante a construção da lei. Agora não adianta muito dizer isso. O que
separa o cumprimento ou não da lei é a quantidade de dinheiro que pode ser investido no gerenciamento
dos resíduos”, avalia.
Alessandro Soares (foto) é biólogo e membro do Centro de Assessoria Multiprofissional – CAMP.
Foto: arquivo pessoal
Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/04/alessandro-soares.jpg
Confira a entrevista:
IHU On-Line – Como a Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS está sendo desenvolvida na
grande Porto Alegre? Quais são seus efeitos até agora?
Alessandro Soares – É um processo lento. A Lei 12.305/2010 validou muitas coisas que eram desejos
antigos dos catadores: não só a maior facilidade para a contratação de cooperativas para realizar a coleta
seletiva, mas o reconhecimento como um agente de proteção ambiental. Entretanto, temos que nos
acostumar com certos apontamentos da lei. Não vejo, mesmo sabendo que em algumas localidades há uma
parceria entre catadores e prefeitura, uma confiança no trabalho que pode ser realizado pelos catadores.
Por um lado, existe razão de não haver confiança, por outro, há uma falha por não se investir na formação
desses trabalhadores.
Revisei os planos de gerenciamento de alguns municípios da região. Inclusive, alguns muito parecidos, de
estrutura semelhante, o que me leva a crer que foram construídos pela mesma empresa/pessoa; a
construção de um plano deste tipo é complicada e necessita da descrição de inúmeras variáveis. No geral,
temos muito o que fazer, mas já houve avanços – em Canoas, por exemplo, as cooperativas assumiram a
coleta; em Dois Irmãos, a cooperativa realiza a coleta seletiva e do material orgânico. Estes são pontos
muito positivos.
IHU On-Line – A PNRS determina que os catadores sejam responsáveis pela coleta seletiva nos
municípios. Como está acontecendo a introdução deles nesse serviço em São Leopoldo e no Vale do
Sinos? Houve algum treinamento?
Alessandro Soares – Acompanhei este processo em Canoas entre 2010 e 2011. Como era um
acontecimento novo, houve alguns equívocos. Mas, em suma, é fundamental que os catadores se
aproximem da fonte de sua matéria-prima. Creio que os catadores de São Leopoldo necessitam fazer um
benchmarking em Canoas para ver quais problemas aconteceram. Sobre os treinamentos, sempre há
alguma ação, mas não se tem uma metodologia de inserção destes catadores na realização da coleta. As
universidades e organizações não governamentais – ONGs ajudam no que podem.
IHU On-Line – Como os catadores e cooperativas têm reagido diante da proposta de fazer a coleta
seletiva, como determina a PNRS?
Alessandro Soares – Em todos os lugares por onde passo, vejo os catadores ambicionando isso. Exceto
em Porto Alegre. Acho que os catadores devem lutar por este trabalho.
IHU On-Line – Como vai funcionar esse trabalho na prática ou como tem funcionado no Vale do
Sinos? Esse processo é viável? Que infraestrutura os catadores precisam para realizar essa
atividade?
Alessandro Soares – É interessante pensar nisso. Como vai funcionar eu não sei. Eu teria algumas ideias
se estivesse envolvido no processo. Vejo que o projeto começa pela proposta financeira para as
cooperativas por parte das prefeituras, sendo que deveria iniciar pelo levantamento do roteiro para o
trabalho, para aí, sim, levantarem-se os custos e o preço final pelo serviço. Fazer também um levantamento
da geração atualizada de resíduo e um estudo de quantos catadores em quantas cooperativas são
necessários para dar conta do resíduo gerado. A viabilidade disso tem que ser calculada sobre a parte de
infraestrutura; no geral os galpões de reciclagem têm deficiências fortíssimas em seus espaços de trabalho,
carências estruturais e de segurança. Temos trabalho pela frente.
IHU On-Line – Quantos municípios gaúchos têm o serviço de coleta seletiva? O que dificulta a
adesão de muitas cidades à coleta seletiva? Qual a eficiência desse serviço?
Alessandro Soares – Não tenho este levantamento – o site do Compromisso Empresarial pela Reciclagem
– CEMPRE é uma boa fonte. A coleta seletiva é cara se comparada à coleta tradicional. Um valor
aproximadamente 4,5 vezes maior pela tonelada coletada. Mas a lei obriga a isso, então os municípios
devem se adequar.
IHU On-Line – A PNRS também prevê a extinção de lixões até 2014. Considerando a estrutura do
Vale, essa meta poderá ser cumprida na região? Os municípios da grande Porto Alegre têm planos
de ação para garantir o destino correto do lixo?
Alessandro Soares – Esta questão é complicada. Temos que dividir conceitualmente a diferença de lixões
e aterros sanitários. A quantidade de lixões tem diminuído, mas ainda vejo a disposição de resíduos em
aterros por longo tempo. Infelizmente.
IHU On-Line – Os municípios têm estrutura para fazer aterros em vez de lixões?
Alessandro Soares – No geral, não. As condições para construção de um aterro sanitário são tão especiais
que não é em qualquer lugar que se constrói. O aterro, por norma, deve ter vida útil de 10 anos, o que exige
bastante espaço para armazenamento, sendo afastado da população e cuidando o lençol freático; não são
condições fáceis.
IHU On-Line – Quais são as fragilidades da PNRS? A Confederação Nacional dos Municípios alegou
que é impossível cumprir 10% do que prevê a lei. O senhor concorda?
Alessandro Soares – Deveriam ter se manifestado durante a construção da lei. Agora não adianta muito
dizer isso. O que separa o cumprimento ou não da lei é a quantidade de dinheiro que pode ser investido no
gerenciamento dos resíduos. Não deve ser barato manter um trabalho deste tipo.
IHU On-Line – Quais são as metas mais urgentes da PNRS a serem cumpridas?
Alessandro Soares – Na minha opinião, vejo que se deve regularizar de forma mais clara a logística
reversa. Muitas embalagens plásticas são recicláveis, mas não são comercializadas pelas cooperativas,
uma deficiência clara de mercado e de falta de investimento em pesquisa. A lei nos traz que a empresa
produtora deve se responsabilizar pelo ciclo de vida de seus produtos. Esta conta ainda está sendo
enterrada nos aterros. Também aponto na direção do apoio mais formal aos catadores, na realização da
coleta seletiva por estes e em uma proposta voltada ao cumprimento do controle social por parte da
população.
* Publicado originalmente no site IHU On-Line(http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/529990-o-desafio-degarantir-uma-lei-de-protecao-ambiental-entrevista-especial-com-alessandro-soares).
Fonte: IHU On-Line/Envolverde(http://envolverde.com.br/sociedade/politica-nacional-de-residuos-solidos-odesafio-de-garantir-uma-lei-de-protecao-ambiental/)
09/04/2014
Nações desconfiam da captura de carbono como medida para "arrumar" o clima
por Alister Doyle , da Reuetrs
Muitas nações querem que um relatório preliminar da ONU diminua as perspectivas de capturar gases do
efeito estufa do ar para ajudar a "corrigir" o aquecimento global, pois consideram que as tecnologias são
arriscadas, mostram documentos vistos pela Reuters.
Representantes de governos e cientistas estão reunidos em Berlim nesta semana para editar o relatório,
que afirma que o tempo para manter o aquecimento abaixo do limite estabelecido de dois graus Celsius
acima da Era Pré-Industrial está acabando.
O estudo, focado em soluções para as mudanças climáticas, destina-se a orientar os quase 200 governos
na preparação de um pacto da ONU até o final de 2015 para mitigar as crescentes emissões e ajudar a
limitar as ondas de calor, enchentes, secas e aumento dos oceanos.
A China, a União Europeia, o Japão e Rússia estão entre as nações que dizem que o relatório, a ser
publicado no domingo, deveria fazer mais para enfatizar as incertezas sobre as tecnologias que poderiam
ser usadas para extrair dióxido de carbono da atmosfera e armazená-lo no subsolo para limitar o
aquecimento.
As tecnologias de remoção de dióxido de carbono (CDR) “não estão atualmente disponíveis e seriam
associadas a altos riscos e efeitos colaterais adversos”, afirmou o governo alemão em um comentário sobre
o rascunho do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).
“Não há CDR agora”, declarou a Rússia. As tecnologias vão muito além do foco tradicional de cortar
emissões da queima de carvão, petróleo ou gás natural.
Muitas nações são especialmente céticas a respeito da menção do rascunho de capturar gases do efeito
estufa de usinas de geração de eletricidade de biomassa – madeira ou outras – e armazená-las no subsolo
como uma forma de extrair carbono da atmosfera.
Etanol
As plantas absorvem carbono à medida que crescem e o liberam quando apodrecem ou queimam. Produtos
químicos podem extrair carbono dos gases de escape provenientes da queima de resíduos agrícolas, por
exemplo, ou da fermentação do milho para produzir etanol.
Entre projetos como esses, a Archer Daniels Midland Co., nos Estados Unidos, tem um local em Illinois para
enterrar 333 mil toneladas de dióxido de carbono por ano de uma fábrica que produz etanol a partir do
milho. A Husky Energy, no Canadá, gera dióxido de carbono a partir do etanol, e visa injetá-lo em poços de
petróleo.
Muitas nações disseram que o rascunho deveria fazer mais para mencionar as desvantagens da bioenergia
com captura e armazenamento de carbono (BECCS), tais como a quantidade de terra necessária para
cultivar as plantas e os riscos de a geração de etanol competir com a produção de alimentos.
Documentos internos do IPCC mostram que a China afirmou que a BECCS “traz grandes incertezas”. O
Japão declarou que “considerações sobre o equilíbrio entre água, terra e biodiversidade são cruciais para
evitar os efeitos adversos” das tecnologias CDR.
Um subcapítulo do relatório diz que a BECCS tem o potencial teórico de extrair até dez bilhões de toneladas
de dióxido de carbono por ano da atmosfera – o equivalente a aproximadamente as emissões de carbono
da China – mas que custaria entre US$ 60 e US$ 250 por tonelada.
Outros métodos para extrair gases do efeito estufa da atmosfera incluem simplesmente plantar árvores ou
fertilizar os oceanos para promover o crescimento de algas, esperando que as plantas ricas em carbono
ficassem no fundo do mar quando morressem.
Entre outros debates em Berlim na terça-feira, os delegados afirmam que a Arábia Saudita, o principal
exportador de petróleo do mundo, se opôs a uma frase do relatório que aponta que os combustíveis fósseis
foram a principal causa do aumento das emissões na última década.
Traduzido por Jéssica Lipinski
Leia o original
161228954.html)
em
inglês(http://news.yahoo.com/many-nations-wary-extracting-carbon-air-fix-climate-
Fonte:
InstitutoCarbono
Brasil
>
Parceiros(http://www.institutocarbonobrasil.org.br/espaco_reuters/noticia=736848)
Notícias
>
10/04/2014
ONU: Urbanização oferece oportunidades para desenvolvimento verde
por Jéssica Lipinski, do CarbonoBrasil
Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/04/capaunepcidades.jpg
Apesar de consumirem 75% dos recursos mundiais e emitirem 75% dos gases do efeito estufa produzidos
pelo ser humano, cidades concentram as maiores possibilidades para um futuro mais sustentável e
eficiente, diz relatório
Atualmente, os centros urbanos ocupam apenas 2% de toda a área terrestre do planeta, mas concentram
mais da metade de toda a população mundial. Isso gera o desafio cada vez maior de garantir padrões e
qualidade de vida decentes para seus habitantes, apesar da crescente pressão sobre os recursos naturais e
ecossistemas.
Para se ter uma ideia, as cidades consomem 75% dos recursos mundiais e emitem 75% dos gases do efeito
estufa produzidos pelo ser humano. Assim, pode parecer impossível equilibrar tal consumo e produção com
o uso sustentável dos recursos naturais, mas um novo documento(http://www.delog.org/cms/upload/pdfug/integrating_the_environment.pdf) do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e da
Aliança das Cidades mostra que é possível chegar lá.
O relatório, lançado no Fórum Urbano Mundial 2014, sugere que o atual ritmo rápido de urbanização
representa uma oportunidade para criar cidades mais sustentáveis, inovadoras e equitativas, que usem os
recursos naturais de forma mais eficiente.
O texto apresenta estratégias para introduzir medidas que possam estimular um crescimento econômico
inclusivo e reduzir a pobreza, além de garantir níveis sustentáveis de consumo e produção. Essas
estratégias podem parecer pequenas, mas têm o potencial de gerar ecoeficiência e inclusão social.
Entre elas, estão: aumentar a quantia de lixo sólido reciclado, melhorar a eficiência da geração e
distribuição de eletricidade, diminuir a quantidade de água desperdiçada na distribuição hídrica, melhorar a
eficiência ou mix de combustíveis do transporte público, introduzir informações que possam reduzir a
demanda por serviços intensos em recursos, melhorar o fluxo de água para reduzir riscos de enchentes etc.
Alguns exemplos implantados foram: um aterro sanitário com circuito fechado em Durban (África do Sul);
um sistema de ônibus movido a biocombustíveis em Linköping (Suécia); um sistema BRT em Lagos
(Nigéria); saneamento ecológico comunitário em Lilongué (Malawi); apartamentos eficientes em energia em
Sofia (Bulgária); a reciclagem de resíduos em Curitiba; o plano de ação climática em Portland (EUA), entre
outros.
“Está claro que as decisões e ações necessárias para levar a sociedade em direção a padrões mais
sustentáveis de consumo e produção precisarão se focar e serem realizadas nas cidades. As cidades estão
bem posicionadas para terem um papel importante em dissociar o desenvolvimento econômico do uso de
recursos e impactos ambientais, enquanto encontram um equilíbrio melhor entre objetivos sociais,
ambientais e econômicos”, observou Achim Steiner, subsecretário-geral da ONU e diretor executivo do
PNUMA.
O relatório lembra, entretanto, que uma cidade bem urbanizada e que apresenta boas soluções para
problemas ambientais não é necessariamente uma cidade sustentável. Isso porque há uma série de fatores
que devem ser considerados além dessas soluções, como consumo de recursos, emissões de GEEs,
situação geográfica, densidade, tipo de indústria, fonte de eletricidade e outros, que muitas vezes são
esquecidos.
Algumas das cidades mais ricas e superficialmente limpas podem concentrar o consumo de bens cuja
produção pode ser em outro local, e que implica na poluição e esgotamento de recursos.
Um exemplo é observar as emissões per capita de diversas cidades pelo mundo; embora São Paulo seja,
por exemplo, conhecida por ser uma cidade com um ar relativamente poluído e um trânsito caótico,
enquanto Helsinki (Finlândia) é notória por suas soluções urbanísticas e ambientais, a primeira apresenta
uma emissões de GEEs per capita de 1,4 tonelada de CO2e, enquanto a segunda tem uma emissão per
capita de 7,0 toneladas de CO2e.
Por isso, o texto alerta que é preciso abranger o maior número possível de estratégias ambientais no
planejamento e gestão urbana para reduzir o impacto que as cidades têm no meio ambiente e melhorar a
qualidade de vida da população das cidades.
“É essencial que governos nacionais criem o espaço para as cidades desempenharem um papel muito
maior em transformar padrões insustentáveis de desenvolvimento humano. Como testemunhamos em
Medellín, ações locais que engajam e beneficiam comunidades podem ser realmente transformadoras.
Contudo, as cidades precisam integrar o meio-ambiente em seu planejamento antes, e não depois da
urbanização”, concluiu William Cobbett, diretor da Aliança das Cidades.
*
Publicado
originalmente
no
CarbonoBrasil(http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias5/noticia=736856).
site
Fonte: CarbonoBrasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/onu-urbanizacao-oferece-oportunidadespara-desenvolvimento-verde/)
10/04/2014
Mais eficiência, menos emissões
por Redação do Greenpeace
Transporte foi um dos setores cujas emissões mais cresceram ultimamente.
Foto: Greenpeace/Otavio Almeida
Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/04/greenpeace_otavioalmeida-9843.jpg
Estudo da Coppe/UFRJ em parceria com o Greenpeace mostra que mesmo com o dobro da frota de carros
em 2030, emissões podem ser menores que atuais, caso indústria adote metas de eficiência energética
europeias.
Se a indústria brasileira de automóveis adotar meta de eficiência energética alinhada à europeia, as
emissões de gases estufa dos veículos nacionais reduzirá substancialmente: mesmo que dobre o número
de carros nas ruas do país em 2030 – como é estimado –, as emissões, ainda assim, seriam cerca de 10%
menores que as de 2010. A conclusão é do estudo Eficiência Energética e Emissões de Gases de Efeito
Estufa (GEE)(http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Documentos/Eficiencia-Energetica-e-Emissoes-de-GasesEstufa/), produzido pelo Coppe/UFRJ (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de
Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro), em parceria com o Greenpeace.
“O Brasil é o quarto maior mercado de automóveis do mundo e, no entanto, estamos muito atrasados
quando o assunto é eficiência energética e consumo de combustíveis dos veículos. Vários países têm
adotado metas rigorosas para que seus carros reduzam o consumo energético e emitam menos gases
estufa. É hora das montadoras que operam no Brasil assumirem a responsabilidade pelo impacto que têm
no clima e serem coerentes ao adotar padrões similares aos que elas já têm lá fora”, diz Iran Magno,
coordenador da campanha de Clima e Energia do Greenpeace.
Nos últimos anos, as emissões brasileiras do setor de transporte cresceram vertiginosamente. De 1990 a
2012, segundo o Observatório do Clima, esse aumento foi de 143%. Na próxima semana, o IPCC (Painel
Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU) divulga mais um relatório com conclusões de
cientistas sobre a crise climática global. Um vazamento dos dados divulgado essa semana pela imprensa
internacional(http://www.bloomberg.com/news/2014-04-08/cars-become-biggest-driver-of-greenhouse-gasincreases.html) mostra que, até 2050, as emissões de transporte devem ser as que mais crescem no
mundo, puxadas principalmente por países emergentes.
Hoje, a única meta que o Brasil tem de eficiência energética veicular é voluntária, estipulada pelo programa
Inovar-Auto, do governo federal. Este é o cenário de referência do estudo. Os cálculos da Coppe/UFRJ
mostram que, caso a indústria siga essa meta – que representa um ganho de 12% em eficiência até 2017 –
as emissões veiculares em 2030 seriam de 88Megatoneladas de CO2 equivalente (Mton CO2 eq). Mas se o
país for mais ousado e adotar a mesma meta definida pela União Europeia – de 1,22 MJ/km até 2021 –
entre 2010 e 2030 teríamos deixado de emitir quase 2 vezes o que foi emitido pelos veículos leves em
2012.
O professor Emilio La Rovere, do Programa de Planejamento Energético da Coppe, diz que é fundamental a
criação de uma política de estímulo aos fabricantes e compradores de veículos leves para se reduzir o
consumo de combustíveis como gasolina, álcool e gás natural.
De acordo com o professor, que coordena o Centro de Estudos Integrados sobre Meio Ambiente e
Mudanças Climáticas (Centro Clima) da Coppe, uma das alternativas é reduzir o valor dos impostos para
quem fabricar veículos com mais eficiência energética. “Já os fabricantes de veículos com baixa eficiência
passariam a pagar um imposto mais alto. E, como o carro é objeto de desejo de muitas pessoas, pode ser
dado a elas uma redução no valor do IPVA no ato da compra. O nosso estudo mostra que tais medidas são
possíveis”, afirma o professor da Coppe.
Os dados
O estudo da Coppe/UFRJ compara três cenários de eficiência energética na frota de veículos do Brasil, e
aponta as diferenças entre elas nas emissões de gases estufa até 2030. Nos três casos, o ano base é 2011,
quando a eficiência média dos veículos novos estava em 2,07 MJ/km e as emissões totais eramde 79 Mton
CO2 eq – cinco vezes o que a cidade de São Paulo emitiu no ano de 2011.
O primeiro cenário é o descrito acima, em que a indústria alcança a meta voluntária estipulada pelo
programa Inovar-Auto. No segundo panorama, moderado, a Coppe considerou que os carros produzidos no
país atingiriam a mesma meta de eficiência adotada pela Europa – só que apenas em 2023, com dois anos
de atraso. Nesse caso, as emissões em 2030 chegariam a 68Mton CO2 eq.
No terceiro cenário, o mais otimista, foi considerado que os veículos novos brasileiros já estariam
equiparados às metas de eficiência europeia em 2021, mesmo ano que o bloco europeu estipulou para que
os carros cheguem à média de 1,22 MJ/km. Desse modo, as emissões totais dos automóveis brasileiros
alcançariam 67Mton CO2 eq. Em 2030, se compararmos este cenário com o de referência, a redução de
emissões seria de quase 24%.
“Além de voluntárias, nossas metas de eficiência são muito pouco ousadas se levarmos em conta que o
Brasil é, e vai continuar sendo pelos próximos anos, um dos principais mercados de carro do mundo.
Montadoras e governo precisam viabilizar meios para que os carros produzidos sejam mais limpos e
eficientes, alinhados com a realidade de outros mercados automobilísticos”, defende Magno.
Para o Greenpeace, as discussões sobre eletromobilidade também precisam ganhar relevância no Brasil,
para que a dependência de combustíveis fósseis seja quebrada aos poucos. “Nesse momento, a eficiência
energética é a medida mais emergencial. Mas a eletromobilidade é o seguinte passo nesse desafio. E essas
questões interessam à própria indústria e à economia do país, pois produzir carros de ponta significa gerar
empregos e abrir mercados de exportação”, diz Magno, ao lembrar que a solução de longo prazo inclui
necessariamente o aprimoramento do transporte público.
O aumento da frota de veículos individuais no Brasil é um fato. Por isso, é necessário adotar medidas
rigorosas para que esses carros cheguem às ruas da maneira mais limpa possível. “Mas paralelamente a
isso, os governos precisam melhorar muito o sistema de transporte público, para que a população também
tenha condições de fazer a opção por veículos de massa em seus deslocamentos”, defende o pesquisador
do Centro Clima da Coppe, William Wills.
Nos últimos anos, enquanto o desmatamento – considerado o grande vilão das emissões brasileiras –
reduziu substancialmente, a contribuição da área de energia só fez crescer. E o principal responsável por
esse aumento foi o largo consumo de combustíveis fósseis no sistema de transporte. Justamente por ter se
tornado um dos maiores contribuidores do aquecimento global no país, o setor de transportes tem ainda
largo espaço para ações de mitigação. “A questão é de escolha: o Brasil vai optar pelo passado ou vai
liderar um revolução para o futuro?”, questiona Magno.
O download do estudo pode ser feito aqui(http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Documentos/EficienciaEnergetica-e-Emissoes-de-Gases-Estufa/).
* Publicado originalmente no site Greenpeace(http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Mais-eficienciamenos-emissoes/).
Fonte: Greenpeace/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/mais-eficiencia-menos-emissoes/)
10/04/2014
Dieta perigosa para o planeta
por Taís González*
Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/04/gado2.jpg
Pesquisa sueca revela: aumento do consumo de carne e laticínios pode ter efeitos devastadores sobre
clima. Mudança de hábitos alimentares deveria começar rapidamente
O Painel Intergovernamental da Mudança do Clima (IPCC) afirma ser imperativo evitar que a temperatura
da terra eleve-se em mais de 2ºC, em relação aos níveis pré-industriais. Para tanto, instituições como o
Programa da ONU para Meio Ambiente (PNUMA) já haviam alertado para a necessidade de reduzir o
consumo de proteínas animais. Agora, cientistas da Universidade de Tecnologia Chalmers, na Suécia,
deram caráter preciso(http://www.chalmers.se/en/projects/Pages/matsystem-och-jordbruk.aspx) a esta
recomendação. Um estudo recente realizado por eles calcula que, caso não haja mudanças na estrutura de
produção e consumo dos alimentos humanos, as emissões de gases do efeito-estufa provenientes da
pecuária (óxido nitroso e metano) podem dobrar, até 2070. Ela passará das 7,1 gigatoneladas, registradas
em 2000, para 13 gigatoneladas, em 2070.
Os números importam muito. De acordo com a pesquisa, a criação de animais é responsável por 25 a 30%
dos gases de efeito-estufa produzidos pela atividade do ser humano. Significa que, para alcançar a meta de
limitar o aquecimento global em 2ºC e evitar as piores consequências das mudanças climáticas, não basta
reduzir a queima de combustíveis fósseis.
“A mudança de dieta exite um longo tempo. Já deveríamos estar pensando em como tornar nossa
alimentação menos perigosa para o clima”, afirmou Fredrik Hedenus, um dos autores do estudo. O cientista
acredita que uma dieta vegana pode reduzir até 95% dos gases de efeito-estufa procedentes da
alimentação (aqui(http://www.gp.se/nyheter/debatt/1.1274548-ata-baljvaxter-ar-bast-for-klimatet), em sueco).
Hedenus defende o imposto sobre o carbono para o setor pecuário, mas admite que esta é uma ação
complexa. “O problema fundamental que temos hoje é que a pecuária não paga pelos seus custos
climáticos. No entanto, é difícil taxar as emissões do setor, já que essas emissões consistem principalmente
do metano dos estômagos do gado e do óxido nitroso dos campos”.
* Taís González é jornalista e ativista socioambiental. Trabalha hoje com refugiados na Suécia, trabalhou
na implementação de iniciativas colaborativas para melhorar a qualidade de vida de comunidades rurais em
situação de pobreza extrema em Moçambique. Trabalhou também com projetos de mitigação dos impactos
socioambientais e educação ambiental em St. Vincent and the Grenadines.
** Publicado originalmente no site Outras Palavras(http://outraspalavras.net/blog/2014/04/10/dieta-perigosapara-o-planeta/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=dieta-perigosa-para-o-planeta).
Fonte: Outras Palavras/Envolverde(http://envolverde.com.br/saude/dieta-perigosa-para-o-planeta/)
11/04/2014
Emissões da agricultura devem subir 30% em 2050
Os gases de efeito estufa emitidos pela agricultura devem subir 30% em meados do século, puxadas
especialmente pela criação de animais e pelo uso de fertilizantes, reportou uma agência da ONU nesta
sexta-feira.
"Projeta-se um aumento das emissões globais da agricultura em 2030 e 2050 entre 18% e 30%,
respectivamente", informou a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO),
em um relatório publicado em Roma.
Em meados do século, as emissões anuais serão de mais de 6,3 bilhões de toneladas de dióxido de
carbono equivalente (CO2eq), uma medida padrão para mensurar as emissões de gases de carbono,
destacou.
Analisando o período entre 2001 e 2011, as emissões derivadas dos cultivos e da criação de animais
subiram 14%, acrescentou a FAO.
A maior fonte de emissões do setor foi a "fermentação entérica" - ou seja, o metano emitido na flatulência e
nos arrotos dos animais -, que responderam por 39% da produção de gases estufa do setor. Estas
emissões subiram 11% entre 2001 e 2011.
Outro grande contribuinte foi o uso de fertilizantes industrializados, que representaram 13% das emissões
agrícolas em 2011: um aumento de mais de um terço em comparação com os níveis de 2001.
A Ásia concentrou 44% das emissões agrícolas em 2011, seguida das Américas (25%), da África (15%), da
Europa (12%) e da Oceania (4%).
Os arrozais foram responsáveis por 10% do total das emissões da agricultura, por gerarem metano através
de processos biológicos, enquanto a queima de pastagens de savana respondeu por 5%.
Na última década, as emissões de gases estufa derivadas da mudança do uso do solo e do desmatamento
caíram quase 10%.
Segundo estimativas anteriores, cerca de um sétimo das emissões de gases-estufa provém do setor
agrícola.
AFP – Todos os direitos reservados. Está proibido todo tipo de reprodução sem autorização.
Fonte:
TERRA.COM
>
Notícias
>
Sustentabilidade(http://noticias.terra.com.br/ciencia/sustentabilidade/emissoes-da-agricultura-devem-subir30-em-2050,4f3a2e939b155410VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html)
11/04/2014
EM DEFESA DO IPCC
por Heitor Scalambrini Costa
Sem dúvida, é um órgão que sofre pressões políticas – ingenuidade seria pensar o contrário. Todavia o
IPCC procura manter o seu perfil científico
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, da sigla em inglês) foi criado em 1988 pela
Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), e se tornou
uma das referências mais citadas nas discussões sobre mudança climática. Em 2007, o IPCC dividiu o
prêmio Nobel da Paz com o ex-vice-presidente americano, Al Gore, pelo trabalho de ambos na
conscientização da comunidade e das lideranças mundiais para o problema e as consequências da
mudança climática.
O IPCC é um órgão composto por delegações de 130 governos para prover avaliações regulares sobre a
mudança climática global. Sua criação se deu devido à percepção de que a ação humana poderia estar
exercendo uma forte influência sobre o clima do planeta, sobretudo através da emissão de gases – como o
dióxido de carbono (CO2), óxido nitroso (N2O) e metano (CH4), que causam o efeito estufa. Desde então, o
IPCC tem publicado diversos documentos e pareceres técnicos.
Sem dúvida, é um órgão que sofre pressões políticas – ingenuidade seria pensar o contrário. A pressão é
mais percebida nos textos destinados aos formuladores de políticas públicas, enviados pelos países que
são os maiores poluidores do planeta, e que detêm maior poderio econômico-militar. Todavia o IPCC
procura manter o seu perfil científico.
Como não existe infalibilidade nas ciências, em particular em um tema de tal complexidade científica, como
a da interpretação dos fenômenos climáticos e sua correlação causa-efeito, algumas das previsões mais
alarmistas do IPCC, no passado, contribuíram para certo desgaste de sua reputação e prestígio. Como foi o
caso das previsões, em 2007, do desaparecimento das geleiras do Himalaia. O IPCC aprendeu e, por sua
vez, passou a adotar critérios mais exigentes para as asserções e previsões incluídas em seus relatórios e
pareceres.
Lamentavelmente uma minoria (minoria mesmo) de técnicos, cientistas, políticos, com interesses escusos,
tenta enxovalhar o trabalho do IPCC. Assim, causando danos não apenas ao IPCC, mas aos moradores do
planeta Terra, visto que as questões levantadas (cientificamente duvidosas) acabam postergando as
medidas de políticas públicas que precisam ser adotadas com urgência pelos governantes. O que pode ser
um erro fatal para o planeta – erro causado por esses que maculam o trabalho do IPCC.
Na história recente da humanidade, temos exemplos de graves danos à vida humana causados pela
intervenção de ditos "cientistas". O exemplo mais contundente foi a "polêmica" provocada na segunda
metade do século passado com relação ao cigarro (tabaco) provocar ou não o câncer. Dúvidas "plantadas"
por lobbies poderosos (através desses "cientistas") sobre a relação de causa-efeito atrasaram a tomada de
medidas concretas contra o cigarro – medidas que poderiam ter evitado a morte de milhões de pessoas em
todo o mundo.
Por outro lado, exemplos mostram que podemos tomar decisões coletivas para preservar o planeta. O
Protocolo de Montreal é um bom exemplo. Este tratado mundial, assinado em 1987, levou ao banimento dos
clorofluorcarbonos (usados então nos compressores de geladeiras residenciais em todo o mundo), que
reduzem a camada de ozônio e agravam para os seres humanos as consequências das radiações
ultravioletas, causa principal do câncer de pele. O tratado também impediu uma maior concentração de
poluentes na atmosfera e mudanças climáticas ainda mais graves.
Não se pode desmerecer o papel do IPCC e a repercussão de suas conclusões, as quais definitivamente
colocaram a discussão da mudança climática entre as grandes questões mundiais e um dos principais
temas da agenda política em diversos países.
A polêmica e a crítica são boas e necessárias. O que deve ser repudiado são as tentativas de desqualificar
esse órgão de fundamental importância para a compreensão das mudanças no clima e para a tomada de
decisões urgentes que assegurem que a vida continue no planeta como a conhecemos... Pois assim
queremos que continue!
Fonte: 247 > Notícias(http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/136487/Em-defesa-do-IPCC.htm)
11/04/2014
Greenpeace aponta que China está se afastando do carvão
por Fabiano Ávila, do Instituto CarbonoBrasil
Fonte: http://www.institutocarbonobrasil.org.br/arquivos_web/geral/capachinacoalboom.jpg
Entre 2000 e 2010, a China respondeu por quase metade do consumo de carvão do planeta, sendo que o
combustível atende atualmente 65% da demanda energética do país. No entanto, motivado pela pressão
popular para melhorar a qualidade do ar e internacional para reduzir suas emissões de gases do efeito
estufa (GEEs), o governo chinês está adotando medidas e promovendo novas tecnologias que estão
enfraquecendo o papel do carvão.
Essa é a conclusão do “The End of China’s Coal Boom – 6 facts you should
know(http://www.greenpeace.org/international/Global/international/briefings/climate/2014/The-End-ofChinas-Coal-Boom.pdf)” (O Fim do Boom de Carvão na China – 6 fatos que você deveria conhecer),
divulgado pelo Greenpeace nesta semana.
O fato I afirma que 12 das 34 províncias chinesas já possuem regras para controlar o uso de carvão,
significando que 44% do consumo do país está agora sob algum tipo de limite.
O II destaca que essas regras resultarão na redução do consumo de aproximadamente 350 milhões de
toneladas de carvão até 2017, e de 655 milhões até 2020.
O III informa que se a China promover uma grande redução no uso do carvão, o suficiente para cortar as
emissões de GEEs do setor em cerca de 1,6 bilhão de toneladas, isso praticamente já será suficiente para
que o país cumpra a sua parte para colocar o mundo na rota de manter o aquecimento global em menos de
o
2 C.
O IV revela que o consumo de carvão já está em queda desde 2012 em algumas províncias.
O V afirma que, se a China realmente reduzir o uso de carvão de forma significativa, isso será uma ação
climática mais importante do que qualquer outra já feita pelos Estados Unidos e pela União Europeia.
O VI diz respeito a números expressivos da expansão das fontes alternativas no país, em especial a solar e
a eólica. A China possui atualmente uma capacidade instalada de 88GW de eólica e 20 GW de solar, sendo
ainda o principal destino dos investimentos globais em energia limpa.
“Apesar desses fatos promissores, ainda existe um grande desafio à frente. A implementação de medidas
de controle de carvão serão cruciais durante os próximos anos, e outras ações serão necessárias nas
regiões que ainda não adotaram nenhuma ação de redução”, conclui o documento.
Fonte:
Instituto
CarbonoBrasil
>
Energia(http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias3/noticia=736869)
Notícias
>
13/04/2014
Relatório da ONU vê ações contra mudança climática como insuficientes
Capítulo sobre corte de emissões é o último de diagnóstico climático.
Documento foi elaborado por painel de especialistas das Nações Unidas.
por Eduardo Carvalho, do G1, em São Paulo
SUGESTÕES DO RELATÓRIO DA ONU PARA GOVERNOS REDUZIREM A EMISSÃO DE GASES DE
EFEITO ESTUFA*
Energia: "descarbonizar" a geração de eletricidade, investindo em recursos como vento, sol e água para gerar
energia
Transporte: investir em veículos de massa, como trens e ônibus e incentivar veículos movidos a combustíveis
menos poluentes
Construção: implementar as inovações tecnológicas de redução das emissões
Uso da terra: reduzir o desmatamento, recuperar áreas degradadas e manter boas práticas na agricultura
Fonte: Sumário para os Formuladores de Políticas *Ações necessárias para limitar o aquecimento do
planeta até 2100, segundo especialistas do IPCC
A terceira e última parte do quinto Relatório de Avaliação feita por cientistas do Painel Intergovernamental sobre
Mudanças Climáticas (IPCC) afirma que são necessárias mais ações para cortar as emissões de gases de efeito
estufa para limitar o aquecimento do planeta a 2ºC até 2100.
Segundo os cientistas, é preciso abandonar os combustíveis fósseis poluentes e utilizar fontes mais limpas para
evitar o efeito estufa, que poderá provocar um aumento da temperatura do planeta entre 3,7ºC e 4,8ºC antes de
2100, o que seria um nível catastrófico.
"Há uma clara mensagem da ciência: para evitar uma interferência perigosa com o sistema climático, temos que
deixar de continuar operando igual", explicou Ottmae Edenhofer, copresidente do Painel Intergovernamental de
Especialistas sobre Mudança Climática (IPCC) da ONU, que elaborou o documento.
O documento chamado de "Sumário para os Formuladores de Políticas", divulgado neste domingo (13), em
Berlim, apresenta ideias de como limitar o impacto das alterações do clima a partir da análise de 900 modelos
econômicos, formulados por governos e pesquisadores, além dos resultados das negociações sobre o clima.
Segundo a brasileira Suzana Kahn Ribeiro, vice-presidente do grupo de mitigação do IPCC e uma das autoras do
novo capítulo, o texto quer chamar a atenção de governantes para a inércia climática. "Se não tiver uma atitude
drástica, não tem a menor chance de limitar em 2ºC até o final do século", disse ela.
Emissões mais altas
De acordo com o sumário, é "altamente confiável" que entre 2000 e 2010 houve um crescimento anual de 2,2%
das emissões de gases de efeito estufa no mundo. E isso teria ocorrido mesmo com o conhecimento prévio de
que entre 1970 e 2000 as emissões haviam aumentado 1,3% ao ano.
O texto diz ainda que 80% dos lançamentos ocorridos entre 2000 e 2010 vieram da queima de combustíveis
fósseis, principalmente da geração de energia e indústria.
Principais ações
De acordo com as previsões do relatório, até 2050 o setor de energia deve emitir o dobro ou talvez o triplo da
quantidade de gases em comparação às 14 gigatoneladas de CO2 equivalente lançadas em 2010. Por isso,
"descarbonizar" a geração de eletricidade é um componente chave para o funcionamento das estratégias de
redução de emissões.
O texto afirma que é preciso investir em formas alternativas que usem o vento, o sol e a água para gerar energia.
Há ainda uma discussão em torno da matriz nuclear, considerada pelos cientistas uma tecnologia de baixo
carbono, mas com barreiras operacionais e de segurança, necessitando, desta forma, mais progressos em
pesquisas.
Na área de transportes, o relatório sugere a necessidade de diversificar os modais, com maior investimento em
meios de massa, como trens e ônibus, e pede incentivos no desenvolvimento de combustíveis menos poluentes e
veículos que usem a eletricidade.
Emissões do setor de energia são as que mais precisam ser reduzidas
Foto: Joel Saget/AFP
Fonte:
http://s2.glbimg.com/zoyKtIEuZouao7dwltMPg0U9zU8=/300x225/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2012/05/24/emissao
.jpg
No setor de construção, o documento menciona avanços tecnológicos para redução de gases, principalmente em
países em desenvolvimento, que contribuíram para a estabilização ou redução de emissões. No trecho que trata
da indústria, o IPCC sugere um corte de 25% nas emissões em comparação aos níveis atuais com a
implementação de inovações tecnológicas.
Sobre uso da terra, agricultura e florestas, o relatório indica um declínio de emissões nessas áreas, principalmente
pela diminuição do desmatamento. Os cientistas apontam que boas práticas na agricultura, a conservação de
florestas e a recuperação de áreas degradadas são formas efetivas de mitigar a mudança climática.
Brasil na contramão
Apesar dos cientistas apontarem a inovação no setor de energia como forma de reduzir as emissões de carbono,
Suzana comenta que o Brasil segue atualmente na contramão ao não aumentar a participação de fontes
renováveis e ainda acionar termelétricas para aumentar a oferta de eletricidade do país. "Se a direção é
descarbonizar, estamos indo ao contrário", diz.
“Se a direção é descarbonizar, estamos indo
ao contrário”
Suzana Kahn, vice-presidente
do grupo de mitigação do IPCC
Dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) divulgados na semana passada apontam que
o uso da energia térmica no Brasil aumentou 11% entre fevereiro de 2013 e 2014. O baixo nível dos reservatórios
utilizados pelo sistema hidrelétrico obrigou o país a acionar as termelétricas, que geram energia por meio da
queima de combustíveis como óleo, gás, carvão e biomassa.
"Tirando a parte de desmatamento, floresta e agricultura, não temos um programa forte de eficiência energética,
transporte de massa, com incentivos ao transporte individual", disse ela.
Previsões científicas
As informações são complementares a dois outros capítulos do relatório, divulgados em setembro de 2013 e
março de 2014.
O primeiro capítulo afirmava que há mais de 95% (extremamente provável) de chance de que o homem tenha
causado mais de metade da elevação média de temperatura registrada entre 1951 e 2010, que está na faixa entre
0,5 a 1,3 grau.
Sobre as previsões, a primeira parte trouxe também a informação de que há ao menos 66% de chance de a
temperatura global aumentar pelo menos 2ºC até 2100 em comparação aos níveis pré-industriais (1850 a 1900).
Isso se a queima de combustíveis fósseis continuar no ritmo atual e sem o cumprimento de políticas climáticas já
existentes.
Os 259 pesquisadores-autores de várias partes do mundo, incluindo o Brasil, estimaram ainda que, no pior cenário
possível de emissões, o nível do mar pode aumentar 82 centímetros, prejudicando regiões costeiras do planeta, e
que o gelo do Ártico pode retroceder até 94% durante o verão no Hemisfério Norte (leia mais
aqui(http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/09/novo-relatorio-climatico-reforca-visao-de-que-homem-causaaquecimento.html)).
Impactos e adaptação
Já o segundo capítulo, lançado no fim de março, concluiu que são "altamente confiáveis" as previsões de que
danos residuais ligados a eventos naturais extremos ocorram em diferentes partes do planeta na segunda metade
deste século. E isso deve acontecer mesmo se houver corte substancial de emissões nos próximos anos.
O texto aponta que populações pobres de regiões costeiras podem sofrer com o aumento do nível do mar, altas
temperaturas acentuariam o risco de insegurança alimentar e que áreas tropicais da África, América do Sul e da
Ásia devem sofrer com inundações causadas pelo excesso de tempestades.
O documento afirma também que há fortes evidências de uma redução da oferta de água potável em territórios
subtropicais secos, o que aumentaria disputas pelo uso de bacias hidrográficas, além de uma possível perda de
espécies de plantas e animais pela pressão humana, como a poluição e o desmatamento de florestas (leia mais
aqui(http://g1.globo.com/natureza/noticia/2014/03/ipcc-alerta-que-pobres-serao-os-mais-castigados-pormudancas-climaticas.html)).
Todo o conteúdo vai servir de base para as Conferências das Partes, as COPs, que ocorrem todos os anos e
reúnem países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, na
sigla em inglês). É nessa reunião que se desenhará um novo acordo global que vai obrigar todas as nações a
cortar suas emissões de gases de efeito estufa e, com isso, frear o aquecimento global.
Fonte:
http://s2.glbimg.com/88BSrJ9q34CY659LDutsZjoyaXE=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2013/09/27/ipcc_v2.jpg
Fonte: G1 > Natureza(http://g1.globo.com/natureza/noticia/2014/04/relatorio-da-onu-ve-acoes-contramudanca-climatica-como-insuficientes.html)
13/04/2014
Cientistas apontam saídas para desastre climático global
Estudo de especialistas da ONU mostra que planeta ainda pode reverter previsões sombrias de catástrofes
naturais. Para isso, emissões de gás do efeito estufa precisam ser reduzidas a no mínimo 40% até 2050.
Fonte: http://www.dw.de/cientistas-apontam-sa%C3%ADdas-para-desastre-clim%C3%A1tico-global/a17564514
Apesar de todos os esforços globais para tentar reduzir a emissão de CO2 prejudicial ao clima, a liberação
de gases causadores do efeito estufa teve maior aumento entre os anos 2000 e 2010 do que em qualquer
outra década anterior, desde 1970.
O balanço consta do terceiro relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla
em inglês), publicado neste domingo (13/04) em Berlim. O documento, elaborado por 195 cientistas nos
últimos quatro anos, vinha sendo discutido desde o início da semana passada por representantes de vários
governos nas Nações Unidas, reunidos na capital alemã.
Apesar da perspectiva sombria, o relatório intitulado Mitigação da mudança climática traz esperança de que
a situação pode mudar. Segundo seus autores, só será possível limitar os drásticos efeitos de catástrofes
naturais – como inundações e secas – se os países conseguirem manter o aumento anual da temperatura
do planeta em até 2 graus Celsius.
Mas para tal, os autores do estudo apontam a necessidade de se estabelecer um conjunto de medidas
políticas e técnicas. "A mensagem científica é clara: a fim de evitar danos perigosos ao sistema climático, as
coisas não podem continuar como estão", explica o cientista alemão Ottmar Edenhofer.
O relatório divulgado agora é a terceira parte de um levantamento sobre mudanças climáticas. A primeira
parte foi publicada em 2013 em Estocolmo, Suécia; a segunda, há poucas semanas em Yokohama, Japão.
Reflorestamento pode ser chave para gerações futuras
Fonte: http://www.dw.de/cientistas-apontam-sa%C3%ADdas-para-desastre-clim%C3%A1tico-global/a17564514
Menos CO2 até 2050
Os especialistas do clima apontam que a meta dos 2 graus Celsius só poderá ser alcançada se as taxas de
emissão de gases-estufa caírem entre 40% e 70% até 2050. Para garantir o futuro das próximas gerações,
as emissões de CO2 e similares terá que ser praticamente nula, até o fim deste século.
No entanto, ressaltam, não basta diminuir a liberação de gases no meio ambiente. Para se chegar à
ambiciosa meta de redução das mudanças climáticas, Edenhofer e seus colegas Ramón Pichs-Madruga, de
Cuba, e Youba Sokona, do Mali, consideram ser essencial ter uma atmosfera completamente livre de CO2.
O trio de cientistas não tem dúvidas de que a comunidade internacional precisa ser ágil em aplicar uma
série de medidas a fim de limitar o aquecimento anual em apenas 2 graus Celsius. Por isso é fundamental
cumprir a meta básica inicial de estabilizar a concentração dos gases responsáveis pelo efeito estufa na
atmosfera. Para conseguir isso, é necessário reduzir as emissões em todos os setores, seja na geração e
consumo de energia, na produção de bens de consumo, alimentação, meios de transporte ou moradia.
Cooperação internacional
Fontes alternativas de energia ajudam a reduzir lançamento de CO2 na atmosfera
Fonte: http://www.dw.de/cientistas-apontam-sa%C3%ADdas-para-desastre-clim%C3%A1tico-global/a17564514
Os cientistas enxergam um grande potencial no desenvolvimento da eficiência energética e reflorestamento.
Para eles, a adoção de tecnologias menos poluentes oferece uma grande chance de diminuir os custos que
seriam empregados para minimizar as mudanças climáticas.
Um melhor uso da terra é outro componente-chave desta equação. Desmatamento em menor escala e
maiores áreas de reflorestamento podem, na avaliação dos especialistas, não apenas estancar a emissão
de CO2 como até reverter o risco atual. Segundo o relatório do IPCC, o reflorestamento orientado pode até
mesmo eliminar os gases-estufa da atmosfera.
Os cientistas afirmam que o uso de biomassa e o armazenamento subterrâneo de CO2 podem surtir o
mesmo efeito, mas alertam sobre os riscos que essas técnicas acarretam. Assim, o objetivo principal deve
ser buscar maneiras de desatrelar o crescimento econômico da necessidade de emitir gases poluentes,
ressalta Sokona no relatório. Edenhofer complementa: "A chave para reduzir o aquecimento global está no
trabalho de cooperação internacional".
"Este relatório é muito claro sobre o fato de estarmos perante uma questão de vontade mundial, e não de
capacidade", afirmou o secretário americano de Estado, John Kerry, num comunicado em que comenta o
relatório do IPCC.
Fonte: DW.DE > Notícias > Meio Ambiente(http://www.dw.de/cientistas-apontam-sa%C3%ADdas-paradesastre-clim%C3%A1tico-global/a-17564514)
14/04/2014
4 sugestões do novo relatório do IPCC para reduzir a emissão de gases
por Redação do EcoD
É preciso abandonar os combustíveis fósseis poluentes e utilizar fontes
mais limpas para evitar o efeito estufa.
Foto: wwwuppertal
Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/04/carvao-ecod.jpg
São necessárias mais ações para cortar as emissões de gases de efeito estufa, a fim de limitar o
aquecimento do planeta a 2ºC até 2100. A conclusão consta da terceira e última parte do quinto Relatório
de Avaliação feita por cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), divulgada
neste domingo, 13 de abril, em Berlim.
Segundo os cientistas, é preciso abandonar os combustíveis fósseis poluentes e utilizar fontes mais limpas
para evitar o efeito estufa, que poderá provocar um aumento da temperatura do planeta entre 3,7ºC e 4,8ºC
antes de 2100, o que seria um nível catastrófico.
“Há uma clara mensagem da ciência: para evitar uma interferência perigosa com o sistema climático, temos
que deixar de continuar operando igual”, explicou Ottmae Edenhofer, copresidente do Painel
Intergovernamental de Especialistas sobre Mudança Climática (IPCC) da ONU, que elaborou o documento.
O documento chamado de Sumário para os Formuladores de Políticas apresenta ideias de como limitar o
impacto das alterações do clima a partir da análise de 900 modelos econômicos, formulados por governos e
pesquisadores, além dos resultados das negociações sobre o clima.
Para a brasileira Suzana Kahn Ribeiro, vice-presidente do grupo de mitigação do IPCC e uma das autoras
do novo capítulo, o texto quer chamar a atenção de governantes para a inércia climática. “Se não tiver uma
atitude drástica, não tem a menor chance de limitar em 2ºC até o final do século”, alertou ela.
Ações
De acordo com as previsões do relatório, até 2050 o setor de energia deve emitir o dobro ou talvez o triplo
da quantidade de gases em comparação às 14 gigatoneladas de CO2 equivalente lançadas em 2010. Por
isso, “descarbonizar” a geração de eletricidade é um componente chave para o funcionamento das
estratégias de redução de emissões.
O texto afirma que é preciso investir em formas alternativas que usem o vento, o sol e a água para gerar
energia. Há ainda uma discussão em torno da matriz nuclear, considerada pelos cientistas uma tecnologia
de baixo carbono, mas com barreiras operacionais e de segurança, necessitando, desta forma, mais
progressos em pesquisas.
Brasil
Apesar dos cientistas apontarem a inovação no setor de energia como forma de reduzir as emissões de
carbono, Suzana comenta que o Brasil segue atualmente na contramão ao não aumentar a participação de
fontes renováveis e ainda acionar termelétricas para aumentar a oferta de eletricidade do país. “Se a
direção é descarbonizar, estamos indo ao contrário”, diz.
Dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) divulgados na primeira semana de abril
apontam que o uso da energia térmica no Brasil aumentou 11% entre fevereiro de 2013 e 2014. O baixo
nível dos reservatórios utilizados pelo sistema hidrelétrico obrigou o país a acionar as termelétricas, que
geram energia por meio da queima de combustíveis como óleo, gás, carvão e biomassa.
“Tirando a parte de desmatamento, floresta e agricultura, não temos um programa forte de eficiência
energética, transporte de massa, com incentivos ao transporte individual”, observou a especialista.
As principais sugestões do relatório da ONU para os governos são as seguintes:
• Energia: “descarbonizar” a geração de eletricidade, investindo em recursos como vento, sol e água para
gerar energia;
• Transporte: investir em veículos de massa, como trens e ônibus e incentivar veículos movidos a
combustíveis menos poluentes;
• Construção: implementar as inovações tecnológicas de redução das emissões;
• Uso da terra: reduzir o desmatamento, recuperar áreas degradadas e manter boas práticas na
agricultura.
* Publicado originalmente no site EcoD(http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2014/4-sugestoes-donovo-relatorio-do-ipcc-para-reduzir?tag=clima).
Fonte:
EcoD/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/4-sugestoes-novo-relatorio-ipcc-para-reduziremissao-de-gases/)
15/04/2014
Um momento decisivo
por Marina Grossi*
Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/08/economiaverde.jpg
O mundo vive um período decisivo. As grandes economias do Planeta movimentam-se, com velocidade e
ambição diferentes, na direção da Economia Verde, ou seja, em busca de um modelo de desenvolvimento
baseado em fontes de energia de baixo carbono, na utilização mais racional possível dos ativos ambientais
e na formação de cidadãos que assimilem e implementem as diretrizes e as ações nessa inexorável rota de
mudanças.
Nas últimas conferências globais dos grandes temas – clima, biodiversidade, água -, os especialistas
estabelecem a década de 2020 como ponto de partida para que os países consolidem uma nova
configuração institucional capaz de estimular a atividade econômica integrada à conservação dos recursos
naturais e à expansão da inclusão social. Essas transformações acontecerão exatamente durante o próximo
mandado presidencial, de 2015 a 2018.
Pecamos na visão estratégica sobre o nosso futuro. Historicamente, a relação entre governos e empresas é
limitada aos negócios vistos de forma isolada e com muito pouco espaço para um diálogo institucionalizado,
franco e transparente, aberto à participação da sociedade civil. Por ser multifacetado e transversal, o
desenvolvimento sustentável demanda um modelo de Estado mais democrático e aberto aos demais
setores da sociedade. Os governos são indutores e coordenadores dos processos, sempre pensados de
forma integrada.
O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e demais Conselhos
nacionais que integram a rede do WBCSD (sigla em inglês do Conselho Mundial) adotaram como diretriz
estratégica o estudo Vision 2050, que apresenta um conjunto de recomendações concretas sobre o que
precisamos fazer para chegar à metade do século em condições de oferecer vida digna aos 9 bilhões de
habitantes que estarão vivendo no Planeta, sem afetar ainda mais os ativos ambientais oferecidos pelos
ecossistemas.
Entre as recomendações do estudo endereçadas a líderes empresariais, governamentais e de outros
setores, destacamos a de integração entre os vários setores da sociedade, a partir do aprimoramento, por
exemplo, das Parcerias Público-Privadas, capazes de abarcar a complexidade de soluções mais
sustentáveis no longo prazo. O documento defende, por exemplo, a substituição da prática do lobby
individual de cada empresa por um “esforço comum para criar campos de atuação estáveis e equilibrados
de longo prazo”.
Aqui no País, fizemos uma adaptação do estudo e lançamos durante a RIO+20 o Visão Brasil 2050, que,
como o documento original, traça linhas estratégicas de desenvolvimento para os próximos 40 anos, mas
com base na nossa realidade. Estamos agora dando o segundo passo para colocar em prática a visão
estratégica que defendemos, com a elaboração do projeto Ação 2020. O projeto consiste na construção de
uma agenda colaborativa de negócios que responda às urgências da sociedade em áreas prioritárias de
desenvolvimento sustentável, com escala e velocidade na implantação de soluções.
Os próximos quatro anos serão decisivos para finalizar uma década que vai nos exigir energia e dinamismo
voltados para a visão da sustentabilidade, com a formação de ideias e dos relacionamentos que vão ser
processados para a construção de uma sociedade mais justa e sustentável. Precisamos aprender a
aproveitar nossas vantagens competitivas e até nossas demandas sociais e ambientais para transformá-las
em oportunidades gerando num círculo virtuoso de desenvolvimento sustentável.
Na questão energética, por exemplo, dispomos da matriz mais limpa entre as grandes economias do
mundo, mas enfrentamos o desafio de continuar crescendo com níveis de emissão de CO2equivalente cada
vez menores. Para tanto, devemos incentivar a eficiência energética e ampliar a diversificação da matriz,
promovendo leilões por fontes de energia e por regiões do País. Devemos valorizar a energia eólica, solar,
biomassa e hidráulica a partir das pequenas centrais, e reduzir a dependência das termoelétricas movidas a
combustíveis fósseis. Nossas potencialidades de expandir a matriz energética com fontes limpas e
renováveis são reconhecidas mundialmente, mas precisamos encontrar regras de mercado para que essas
opções de diversificação ganhem escala e tenham, consequentemente, viabilidade econômica.
Recursos hídricos
A água é outro ativo relevante e que merece mais cuidado, tanto pelos governos quanto pelas empresas.
Detemos a maior reserva de água doce disponível do Planeta, mas transformamos essa riqueza incalculável
em vetor de doenças infectocontagiosas. Vale lembrar que 61,52% do volume de esgoto gerado nas cem
maiores cidades brasileiras não recebem tratamento adequado. O despejo diário de bilhões de litros de
esgoto sem tratamento no meio ambiente contamina lençóis freáticos, rios, lagos, manguezais e as áreas
mais ricas em biodiversidade dos mares e provoca efeitos negativos na economia. As doenças de
veiculação hídrica se refletem na queda do rendimento escolar de nossas crianças e na produtividade das
empresas. Ou seja, a ausência de uma legislação que regulamente o retorno socioambiental, e não apenas
financeiro, no custo total do desenvolvimento vai gerar uma dívida que compromete a qualidade do
crescimento.
Em áreas vitais como educação, mobilidade e habitação, estamos, da mesma forma, ainda carentes de uma
transformação de qualidade em grande escala. Na educação, se por um lado estamos perto de universalizar
o acesso à escola, especialmente entre nossas crianças, por outro estamos distantes de uma boa educação
e de uma imprescindível valorização dessa educação. Há um contingente ainda muito expressivo de
analfabetos na população com mais de 15 anos de idade (13 milhões de indivíduos), como também uma
parcela significativa de analfabetos funcionais.
Na questão da mobilidade, há consenso de que a solução está nos transportes de massa de alto
rendimento. Continuamos, no entanto, a estimular, via incentivos fiscais e oferta de crédito diferenciado, o
uso do transporte individual. Devemos inverter essa lógica e estimular os BRTs no curto prazo e os trens e o
metrô no médio e longo prazo. Nosso País, por sua concentração urbana no litoral e a abundância de rios
no interior, deveria também adotar o transporte marítimo e fluvial com maior peso, além de explorar melhor
o transporte de cargas por ferrovias. A urgência das soluções de infraestrutura pensadas de forma sistêmica
permanece na agenda dos próximos governantes.
A política habitacional ainda está distante de sanar um déficit histórico. Os projetos dos grandes
empreendimentos imobiliários do Programa Minha Casa Minha Vida devem ser pensados de forma
integrada à oferta de infraestrutura de transporte, saneamento, escolas, unidades de saúde.
O modelo de construção a ser adotado pelo programa federal tem como desafio identificar as melhores
técnicas sustentáveis e empregá-las sempre em busca da qualidade de vida de quem vai viver nessas
moradias. Para um país como o nosso, em que a taxa de concentração urbana ultrapassa os 85%, a
urbanização das favelas é uma alternativa para vencer o desafio do déficit habitacional. Contudo, as
tentativas nesse sentido têm se mostrado ineficazes, justamente por falta de integração dos governos com
os demais setores da sociedade. Há ainda uma imensa oportunidade de transformação por meio da adoção
de critérios de sustentabilidade nos processos de compras públicas, que, por movimentarem 15% do PIB
nacional, permitiriam impacto em grande escala.
No plano social, o Bolsa Família é reconhecido internacionalmente como um dos mais eficientes programas
de transferência de renda, reduzindo drasticamente a pobreza extrema no País, mas já dispomos de
instrumentos capazes de ampliar o impacto positivo gerado pelo programa. Os projetos de microfinanças,
aliados a iniciativas de educação financeira, podem funcionar como um segundo estágio no processo de
inclusão social. Instituições financeiras públicas e privadas estão habilitadas a operar nesse mercado, ainda
muito pouco explorado.
Um novo modelo de governança, que de fato identifique melhor os espaços e caminhos mais adequados
para o diálogo com os diferentes setores da sociedade, vai certamente nos impulsionar a um patamar mais
avançado, no qual sejamos capazes de preservar e valorizar nossos ativos ambientais e sociais. Água,
biodiversidade, potencial energético, áreas disponíveis para produção de alimentos e nossa diversidade
cultural representam fatores decisivos para nos projetar como nação de referência no contexto da economia
verde, o modelo de desenvolvimento de um futuro muito próximo. Esperamos que o Brasil consiga explorar
suas vantagens e valorizar a sustentabilidade como diferencial competitivo para se tornar um país melhor.
* Marina Grossi é presidenta do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável –
CEBDS.
** Publicado originalmente no site Eco21(http://www.eco21.com.br/textos/textos.asp?ID=3225).
Fonte: Eco21/Envolverde(http://envolverde.com.br/economia/um-momento-decisivo/)
15/04/2014
Fundo Clima aprova o plano anual de aplicação de recursos para 2014
por Lucas Tolentino
Intenção é priorizar a execução dos programas não reembolsáveis
Klink: "É preciso dar celeridade aos processos"
Foto: Martim Garcia/MMA
Fonte: http://www.mma.gov.br/media/k2/items/cache/f4a11ec406ac29395853e763ab90be60_XL.jpg
O Comitê Gestor do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima) realizou, nesta terça-feira
(15/04), a sua 13ª reunião ordinária. Formado por representantes do governo federal, dos estados e da
sociedade civil organizada, o comitê aprovou o texto do Plano Anual de Aplicação de Recursos do Fundo
(PAAR) para este ano e analisou a carteira de projetos apresentados e selecionados até o momento.
A intenção é priorizar a execução de recursos e programas não reembolsáveis aprovados. O secretário de
Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Carlos Klink, afirmou
que os prazos definidos pelos gestores do Fundo Clima serão cumpridos. “É preciso dar celeridade ao
processo e focar na execução do máximo de projetos possíveis”, afirmou.
Foram apresentados, ainda, os primeiros projetos selecionados nos dois editais lançados este ano. Um
deles será destinado a projetos de recuperação, proteção e restauração de nascentes e o outro terá como
objetivo financiar programas e estudos para aproveitamento energético solar e do biogás.
Populações Vulneráveis
As populações urbanas suscetíveis a eventos naturais extremos, os envolvidos com serviços ambientais e
os produtores rurais, em especial os que atuam em áreas afetadas por inundações e secas prolongadas,
serão os beneficiados finais pelo edital de recuperação das nascentes. O objetivo é promover ações como
planos de intervenção em bacias hidrográficas, revegetação de áreas de risco com espécies nativas e
estudos sobre a situação ambiental de regiões vulneráveis.
Já a chamada pública destinada ao aproveitamento energético contemplará populações vulneráveis aos
efeitos das mudanças do clima, produtores rurais, cadeia produtiva de suínos e aves, municípios,
instituições públicas, empresas de pequeno porte e segmentos sociais. O edital inclui, entre outras coisas,
propostas de estudos sobre eficiência energética no país, projetos inovadores de uso da energia solar e
avaliações sobre o potencial de uso sobre o biogás gerado.
Fonte: MMA > InfoMMA > Notícias(http://www.mma.gov.br/informma/item/10082-fundo-clima-aprova-oplano-anual-de-aplica%C3%A7%C3%A3o-de-recursos-para-2014)
15/04/2014
MMA chama empresas para doar créditos de carbono na Copa do Mundo
por Lucas Tolentino
Medida faz parte do esforço global pela redução das emissões de gases causadores do efeito estufa
Fonte: http://www.mma.gov.br/media/k2/items/cache/ff174d427653bd497519ad69f413ec5a_XL.jpg
Os gases de efeito estufa emitidos pelas atividades da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 poderão ser
compensados pelo setor privado. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) lançou, no Diário Oficial da União
desta
terça-feira
(15/04),
chamada
pública(http://www.mma.gov.br/governanca-ambiental/copaverde/nucleo-mudancas-climaticas/item/10076) para empresas interessadas na doação de créditos de
carbono. O edital ficará aberto até 18 de julho e será destinado a companhias “detentoras de Reduções
Certificadas de Emissões (RCEs) de projetos brasileiros do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL)”
que pretendam participar das estratégias de compensação do governo federal para o campeonato.
As empresas que aderirem à chamada receberão o selo de sustentabilidade “Baixo Carbono”. A
participação não envolve, portanto, qualquer tipo de transação financeira. Como contrapartida, os nomes
das instituições serão veiculados nos relatórios de gestão e resultados do projetos e serão publicados em
listagem organizada pelo poder público como doadores oficiais de créditos de carbono da Copa do Mundo
FIFA Brasil 2014.
Sustentabilidade
A chamada faz parte das ações brasileiras para o fortalecimento da sustentabilidade na Copa do Mundo da
FIFA Brasil 2014. Entram na lista ações relacionadas a construção e reforma de estádios, o transporte de
público e jogadores, o uso de energia e a disposição de resíduos sólidos gerados nos locais dos jogos.
A iniciativa se baseia em estratégia semelhante adotada na Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), realizada em junho de 2012. Para garantir o gerenciamento
uniforme e o acompanhamento do processo de compensação, a doação de créditos de carbono da Copa do
Mundo se concentrará em empresas interessadas no cancelamento voluntário de RCEs como forma de
compensar as emissões do evento, assim como ocorreu durante a Rio+20.
Mercado
O Protocolo de Kyoto, acordo internacional que estabelece metas de redução de gases de efeito estufa para
os países desenvolvidos, criou mercado voltado para a criação de projetos de redução da emissão desses
gases na atmosfera. Os projetos desenvolvidos no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL)
geram Reduções Certificadas de Emissões (RCEs) que podem ser utilizadas para cumprimento das metas
dos países desenvolvidos ou transacionadas no mercado.
O MMA procura, portanto, empresas que queiram doar RCEs provenientes de projetos brasileiros do MDL e
já emitidas pelo Comitê Executivo do MDL. O montante de RCEs doadas deverá ter sido cancelado das
contas dos participantes de projetos, garantindo que elas não sejam usadas futuramente para outros fins. O
cancelamento poderá ser monitorado através do sistema de registro do Comitê Executivo do MDL, o que
garante transparência para o processo.
Saiba Mais
Apesar de ser considerado um fenômeno natural, o efeito estufa tem sido intensificado nas últimas décadas
acarretando mudanças climáticas. Essas mudanças decorrem do aumento descontrolado das emissões de
gases de efeito estufa, entre eles o dióxido de carbono e o metano. A emissão desses gases na atmosfera
ocorre por conta de diversas atividades humanas, entre elas o transporte, o desmatamento, a agricultura, a
pecuária e a geração e consumo de energia.
Acesse aqui o regulamento(http://www.mma.gov.br/governanca-ambiental/copa-verde/nucleo-mudancasclimaticas/item/10076) para participação das empresas interessadas. Mais informações: (61) 2028-2621 ou
[email protected].
Assessoria de Comunicação do MMA:
[email protected]
(61) 2028-1227
http://www.mma.gov.br
Fonte: MMA > InfoMMA > Notícias(http://www.mma.gov.br/informma/item/10081-mma-chama-empresasinteressadas-na-doa%C3%A7%C3%A3o-de-cr%C3%A9ditos-de-carbono-para-copa)
16/04/2014
Fracking emite pelo menos 100 vezes mais metano do que o estimado, diz estudo
por Jéssica Lipinski, do CarbonoBrasil
Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/04/xisto.jpg
A expansão da exploração do chamado gás de xisto foi uma das razões para a saída dos Estados Unidos
da recessão pós-2008, e muitos a classificam como uma verdadeira revolução no setor de energia. Porém,
ainda há muitas dúvidas sobre a atividade e, com o avanço de novas pesquisas, começa a ficar mais claro
que seus impactos ambientais são maiores do que se pensava.
Um desses novos estudos foi publicado no último sábado (12) no periódico Proceedings of the National
Academy of Sciences(http://www.pnas.org/content/early/2014/04/10/1316546111.abstract), e revelou que a
Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) pode estar subestimando as emissões de
metano do fracking ou fratura hidráulica.
O fracking é o processo para extração do gás de xisto em que água, produtos químicos e areia são
bombeados em alta pressão para fraturar o xisto do subsolo.
Segundo o estudo, realizado em sete poços de extração de gás natural no sudoeste da Pensilvânia, as
taxas de metano liberado na atmosfera são de 100 a mil vezes maiores do que a agência norte-americana
estima.
Os cientistas envolvidos no trabalho utilizaram um avião com equipamentos especiais para a medição de
emissões de gases do efeito estufa na atmosfera, e registraram que os poços emitem cerca de 34 gramas
de metano por segundo, em média.
Os registros da pesquisa foram feitos a um quilômetro do solo. Já as medições da EPA, que são feitas no
nível do solo, apontam que a extração emite entre 0,04 gramas e 0,3 gramas de metano por segundo.
Uma das coisas que chamou a atenção dos pesquisadores é o fato de boa parte da emissão de metano ter
sido registrada na fase de perfuração, que normalmente não é associada a grandes taxas de vazamento do
gás.
“É particularmente notável que grandes emissões tenham sido medidas em poços na fase de perfuração”,
observou Paul Shepson, professor de química e ciências atmosféricas da terra e planetárias da
Universidade de Purdue e coautor da pesquisa.
A EPA está avaliando o estudo e poderá apresentar uma análise sobre o assunto em breve, mas declarou
que outras estimativas já apresentaram resultados diferentes dos seus, alguns com os níveis de emissões
de metano mais altos, outros mais baixos.
A descoberta é particularmente importante porque o gás natural é defendido por muitos, inclusive pelo
presidente norte-americano Barack Obama, como um “combustível de transição”, já que suas emissões de
dióxido de carbono são cerca de 50% menores do que as da geração de energia a partir do carvão.
Mas apesar das novas estimativas não serem positivas para o gás natural, alguns especialistas acreditam
que ainda assim ele é uma alternativa vantajosa em relação a outros combustíveis fósseis, principalmente
em longo prazo.
“Parece que substituir o carvão pelo gás natural, quando analisado em uma escala de tempo de 100 anos
de aquecimento global, ainda vai ser significativamente benéfico”, comentou Adam Brandt, professor de
engenharia de recursos de energia da Universidade de Stanford.
Os pesquisadores também descobriram que a maioria do vazamento de metano vem das falhas de alguns
poucos equipamentos das operações, que podem ser uma válvula de liberação de pressão aberta ou a
corrosão de um duto.
Assim, desenvolver formas baratas e fáceis de as empresas detectarem os vazamentos poderia gerar um
grande benefício. “Se eles souberem onde é o vazamento, eles vão querer consertá-lo. Isso custa dinheiro a
eles”, concluiu Brandt.
*
Publicado
originalmente
no
CarbonoBrasil(http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias3/noticia=736896).
site
Fonte: CarbonoBrasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/fracking-emite-pelo-menos-100-vezesmais-metano-que-o-estimado-diz-estudo/)
16/04/2014
Sistema usa algas para produzir mesma quantidade de oxigênio que floresta
Os criadores garantem que este é o primeiro sistema deste tipo no mundo.
Fonte: http://ciclovivo.com.br/public/img/noticias/canopy.jpg
O Urban Algae Canopy é um projeto que mescla arquitetura, biologia e tecnologia. Através de microalgas e
sistemas de cultivo digital em tempo real, a novidade é capaz de produzir a mesma quantidade de oxigênio
que uma floresta.
A ideia é fruto do trabalho do ecoLogicStudio, que possui outros projetos semelhantes, e deve ser
apresentada em seu formato final na Explo Milano 2015. Conforme publicado no site Inhabitat, a estrutura é
formada por microalgas e nela é possível controlar o fluxo de energia, água e CO2, com base nos padrões
climáticos, movimento no entorno e outras variáveis ambientais.
Foto: Divulgação(http://inhabitat.com/incredible-urban-algae-canopy-produces-the-oxygen-equivalent-offour-hectares-of-woodland-every-day/)
Fonte: http://ciclovivo.com.br/public/img/noticias/images/canopy1.jpg
Os criadores garantem que este é o primeiro sistema deste tipo no mundo e, ao ser concluído, será capaz
de produzir a mesma quantidade de oxigênio liberada por quatro hectares de floresta, além de 148 quilos de
biomassa ao dia.
Foto: Divulgação(http://inhabitat.com/incredible-urban-algae-canopy-produces-the-oxygen-equivalent-offour-hectares-of-woodland-every-day/)
Fonte: http://ciclovivo.com.br/public/img/noticias/images/canopy2.jpg
Todo o processo de pesquisa e criação levou seis anos até que fossem possível chegar ao modelo ideal. A
tecnologia conta com um sistema de revestimento personalizado, com três camadas que melhoram as
propriedades das microalgas. Além disso, um sistema específico de soldagem foi aplicado para que seja
possível controlar o comportamento da água que flui através da estrutura e alimenta os organismos vivos.
Imagem: Divulgação(http://inhabitat.com/incredible-urban-algae-canopy-produces-the-oxygen-equivalent-offour-hectares-of-woodland-every-day/)
Fonte: http://ciclovivo.com.br/public/img/noticias/images/canopy3.jpg
Quando o sol brilha mais intensamente, as algas presentes no Urban Algae Canopy realizam a fotossíntese
e crescem. Dessa forma, a transparência do dossel é reduzida e o ambiente interno tem mais sombra. Com
a tecnologia aplicada ao sistema, os visitantes podem controlar este comportamento natural em tempo real.
Cores, transparência, sombras e o potencial serão diretamente influenciados pelo exterior. “Neste protótipo
as fronteiras entre o material, espacial e tecnologia foram cuidadosamente articuladas para alcançar
eficiência, resistência e beleza”, informa Claudia Pasquero, porta-voz da ecoLogicStudio.
Fonte: CicloVivo > Notícias > Tecnologias Verdes(http://ciclovivo.com.br/noticia/sistema-usa-algas-paraproduzir-mesma-quantidade-de-oxigenio-que-floresta)
17/04/2014
As mensagens do IPCC
por Luiz Serrano*
Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/09/mudancasclimaticas1.jpg
O novo capítulo do relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em
inglês), elaborado pelo Grupo de Trabalho III (WGIII): Mitigação e Mudanças Climáticas, destaca uma
mensagem importante: Ainda é possível limitar o aumento médio da temperatura global a 2°C, desde que o
mundo reduza rapidamente as emissões e mude o mix de energia atual.
Para chegar a essa conclusão o grupo teve que analisar mais de mil caminhos potenciais de redução de
emissões e fazer diversas modelagens utilizando as mais recentes pesquisas e tecnologia. Em suma, o
relatório novamente traz apontamentos para mudança na trajetória das emissões atuais, para limitar o
aquecimento superior a 2°C, e evitar cada vez mais eventos extremos perigosos, como incêndios florestais,
aumento do nível do mar, ondas de calor e outros impactos climáticos.
Quais foram as principais mensagens desse relatório? Qual seria o esforço de redução de emissões
necessárias para conter o aquecimento descontrolado? Seis pontos principais tratam disso.
1. Sem uma ação explícita, a temperatura poderá ser maior do que 4°C de aquecimento.
Mesmo que todos os países cumpram seus compromissos de redução de emissões atuais, estamos longe
de um caminho que limita o aumento da temperatura média global a 2°C acima dos níveis pré-industriais.
Na verdade, na ausência de esforços para além dos já existentes, o aquecimento da superfície média global
seria entre 3,7ºC e 4,8°C acima dos níveis pré-indu striais.
2. Limitar o aquecimento a 2°C ainda é possível.
Já ultrapassamos mais do que 50% do nosso “orçamento de carbono” ou carbon budget – a quantidade de
emissões de carbono que podemos emitir -, mas ainda há chance de limitação do aquecimento em 2°C. No
entanto, o Relatório do WGIII conclui que, ao adotar medidas agressivas que reduzam rapidamente as
emissões, é tanto técnica e fisicamente viável ficar dentro do nosso orçamento de carbono.
3. Ficar dentro do “orçamento” de carbono (carbon Budget) requer uma ação imediata.
O relatório ressalta que esta é a década crítica da ação climática. As emissões até 2030 vão determinar o
quão realista será para o mundo mudar para um caminho de baixas emissões.
Ações tardias exigirão investimentos sem precedentes para reduzir mais tarde as emissões. Por exemplo,
se as emissões alcançarem um nível de 55 gigatoneladas de CO2e em 2030, precisaremos reduzir as
emissões globais em um nível de 6% entre 2030 e 2050, em média, para limitar o aquecimento a 2°C. A
título de referência, em 2010, estávamos em 49 gigatoneladas de emissões de CO2e.
Torna-se extremamente complicado e caro ficar dentro dos 2ºC na medida em que precisaremos adotar
tecnologias potencialmente arriscadas – como bioenergia combinada com captura e armazenamento de
carbono (BECCS).
4 . Nós precisamos eliminar as emissões inteiramente no longo prazo.
Os modelos climáticos mostram que, para limitar o aumento da temperatura a 2ºC, as emissões globais
terão de cair em até 39% em relação aos níveis de 2010 até 2030, e até 72% em relação aos níveis de
emissões de 2010 até 2050.
Talvez o ponto mais crítico seja que o relatório conclui que, para a maioria dos cenários que dão a chance
provável de limitar o aquecimento a 2ºC, é que as emissões de GEE devam ser zeradas em 2100, o que
exige a eliminação das emissões de gases de efeito estufa. Obviamente, esse cenário é irreal nas
condições de hoje.
5 . Todas as regiões do mundo precisarão tomar ações.
Além de reduzir as emissões nas escalas locais, nacionais e regionais, a cooperação internacional será
essencial. Não há uma fórmula de como o mundo pode atingir as reduções de emissões necessárias. Mas
está claro que requer um esforço internacional.
A cooperação internacional pode determinar direitos e responsabilidades para a ação climática nacional,
como os países têm diferentes capacidades para reduzir as emissões e se adaptar aos impactos climáticos.
6. Mudar para um caminho de baixas emissões requer uma transformação em grande escala.
Limitar o aquecimento exigirá mudanças em larga escala para sistemas de energia e, potencialmente, o uso
do solo. Para alcançar essas mudanças, aproveitando as opções tecnológicas e comportamentais
existentes, seria necessário:
• Descarbonizar a maioria da geração de eletricidade até 2050.
• Eliminar progressivamente a produção de carvão sem a captura e armazenamento de carbono
tecnologia (CCS).
• Aumentar a nossa fonte de energia de baixo carbono (como solar, eólica, hidrelétrica, CCS) por cinco
vezes ao longo das próximas quatro décadas.
• Mudar os padrões de consumo, como a redução do desperdício de alimentos e mudança de dietas.
• Alterar para tecnologias industriais mais eficientes. Isso poderia reduzir a intensidade energética do
setor industrial em 25% considerando que o setor é atualmente responsável por uma parte considerável
das emissões globais de GEE.
* Luiz Serrano é gerente de projetos em sustentabilidade na KeyAssociados e especialista em mudanças
climáticas, finanças ambientais e economia de baixo carbono.
Fonte: KeyAssociados/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/mensagens-ipcc/)
17/04/2014
CEMPRE, CartaCapital e Instituto Envolverde realizam seminário sobre o cenário atual das
embalagens pós-consumo no Brasil
por Diálogos Capitais
Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/04/DialogosResiduos.png
Para discutir o cenário atual da Política Nacional de Resíduos Sólidos, bem como os avanços da lei e o que
ainda precisa ser feito para garantir a destinação correta dos resíduos pós-consumo, com foco nas
embalagens, o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE), a revista CartaCapital e o Instituto
Envolverde promoverão no dia 07 de maio o seminário Diálogos Capitais: Resíduos Sólidos – Embalagens
pós-consumo” no Auditório do Grupo Pão de Açúcar, em São Paulo.
Em 2014, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) completa 4 anos. De lá para cá, o Brasil avançou
em diversos aspectos no que diz respeito ao gerenciamento integrado dos resíduos urbanos, mas ainda há
muitas coisas por fazer. Para isso acontecer, é preciso que todos os elos da cadeia – sociedade, empresas
e poder público – exerçam a responsabilidade compartilhada dos resíduos pós-consumo no Brasil.
O evento contará com a participação da Ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira, que analisará os
esforços do setor público e privado na implantação da PNRS. Na sequência, os consultores técnicos Nicia
Mafra e Filipe Brumatti de Souza apresentarão resultados preliminares do relatório “Investimentos do setor
empresarial para o incremento da reciclagem de embalagens pós-consumo (fração seca do lixo
urbano)”, realizado pela Coalizão Embalagens liderada pelo CEMPRE. Para debater o cenário atual das
embalagens pós-consumo no Brasil, o seminário contará com os painéis: Avaliação de resultados e
próximos passos e Responsabilidade Compartilhada, o setor privado.
Para compor as mesas de discussão estão confirmados: Victor Bicca, presidente do CEMPRE e diretor de
Sustentabilidade da Coca-Cola Brasil para a Copa da Fifa; André Vilhena, diretor executivo do CEMPRE;
Roberto Laureano, representante do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis; Simão
Pedro Chiovetti, secretário municipal de Serviços da Prefeitura de São Paulo; Paulo Pompilio, diretor do
Grupo Pão de Açúcar; Fernando Von Zuben, diretor de Meio Ambiente da Tetra Pak, entre outros.
Serviço:
Seminário “Resíduos Sólidos – Embalagens pós-consumo”
Dia: 7 de maio
Horário: das 8h00 às 17h30
Local: Auditório do Grupo Pão de Açúcar (Rua Capitão Pinto Ferreira, 225 – Jardim Paulista – São Paulo)
Informações e inscrições: www.dialogoscapitais.com.br
RSVP: (11) 2065-6577 ou [email protected]
Programação:
8h00 – Credenciamento e Welcome Coffee
9h00 – Boas vindas – Victor Bicca, presidente do CEMPRE e diretor de Sustentabilidade da Coca-Cola
Brasil para a Copa da Fifa
9h10 – Palestra de abertura – Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente
9h30 – Palestra técnica e resultados preliminares da Pesquisa Investimentos do setor empresarial para o
incremento da reciclagem de embalagens pós-consumo (fração seca do lixo urbano) Nicia Mafra e Filipe
Brumatti de Souza, consultores técnicos da Coalizão Embalagens
10h10 – Diálogos – Avaliação de resultados e próximos passos
Roberto Laureano – Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis
Simão Pedro Chiovetti – Secretário Municipal de Serviços da Prefeitura de São Paulo
Paulo Pompilio – Diretor do Grupo Pão de Açúcar
Fernando von Zuben – Diretor de Meio Ambiente da Tetra Pak
Victor Bicca – Diretor da Coca-Cola e presidente do Cempre – Compromisso Empresarial para Reciclagem
Mediação: Dal Marcondes – Presidente do Instituto Envolverde
12h40 – Intervalo para almoço
14h00 – Diálogos – Responsabilidade Compartilhada, o setor privado.
Auri Marçon – Presidente da ABIPET
Renault Castro – Diretor da ABRALATAS
Pedro Vilas Boas – Diretor da Área de Produtos e Reciclagem da BRACELPA
Representante da Abiplast
Mediação: André Vilhena – Diretor do CEMPRE
17h15 – Encerramento
Sobre o CEMPRE
O CEMPRE é uma associação sem fins lucrativos que trabalha para conscientizar a sociedade sobre a
importância de reduzir, reutilizar e reciclar lixo por meio de programas de conscientização. A entidade
utiliza-se de publicações, pesquisas técnicas, seminários e mantém para consulta pública um rico banco de
dados sobre o assunto, em sede na capital paulista. Fundado em 1992, o CEMPRE vem sendo mantido por
contribuições de empresas privadas de diversos setores. Entre elas estão: Ajinomoto, AmBev, ADM, Arcor,
Batavo, Bauducco, Beiersdorf/Nivea, Brasil Kirin, Braskem, Bunge, Cargill, Carrefour, Casas Bahia, CocaCola, Danone, Dell, Diageo, Femsa, Gerdau, Heineken Brasil, Hersheys, HP, Johnson & Johnson, Klabin,
Mondelez, McDonalds, Nestlé Waters, Nestlé, Owens Illinois, Grupo Pão de Açucar, Pepsico do Brasil,
Procter & Gamble, Philips, SC Johnson, SIG Combibloc, Suzano, Tetra Pak, Unilever Brasil, Vigor e
Walmart Brasil.
Fonte:
Diálogos
Capitais/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/cempre-cartacapital-e-institutoenvolverde-realizam-seminario-sobre-o-cenario-atual-das-embalagens-pos-consumo-brasil/)
21/04/2014
'Gelo de fogo' escondido em permafrost é fonte de energia do futuro?
O metano hidratado fica abaixo de muitas camadas de gelo ou no fundo do mar
Fonte:
http://wscdn.bbc.co.uk/worldservice/assets/images/2014/04/21/140421130039_permafrost_methane_hydrat
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O mundo é viciado em combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural), e é fácil entender o por
que: baratos, abundantes e fácil de extrair, eles alimentam o desenvolvimento da indústria mundial.
Cada vez mais, porém, os governos vêm buscando alternativas aos hidrocarbonetos tradicionais – seja
porque são altamente poluentes ou porque sua extração tem se tornado mais difícil, à medida que algumas
reservas vão se esgotando.
Um substituto potencial – em enormes quantidades – foi encontrado e repousa profundamente sob
permafrost (solo gelado do Ártico) ou os leitos dos oceanos: o hidrato de metano.
Apesar de potencialmente menos poluente que petróleo e carvão, porém, sua extração apresenta enormes
riscos ambientais.
Reservas gigantes
Conhecido como "gelo que arde", o hidrato de metano consiste em cristais de gelo com gás preso em seu
interior. Eles são formados a partir de uma combinação de temperaturas baixas e pressão elevada e são
encontrados no limite das plataformas continentais, onde o leito marinho entra em súbito declive até chegar
ao fundo do oceano.
Acredita-se que as reservas dessa substância sejam gigantescas, observa Chris Rochelle, do Serviço
Geológico Britânico. A estimativa é de que haja mais energia armazenada em hidrato de metano do que na
soma de todo petróleo, gás e carvão do mundo.
Ao reduzir a pressão ou elevar a temperatura, a substância simplesmente se quebra em água e metano –
muito metano.
Um metro cúbico do composto libera cerca de 160 metros cúbicos de gás, o que o torna uma fonte de
energia altamente intensiva. Por causa disso, da sua oferta abundante e da relativa facilidade para liberar o
metano, um número grande de governos está cada vez mais animado com essa nova fonte de energia.
Desafios técnicos
O problema, porém, é extrair o hidrato de metano. Além do desafio de alcançá-lo no fundo do mar,
operando sob altíssima pressão e baixa temperatura, há o risco grave de desestabilizar o leito marinho,
provocando deslizamentos.
Uma ameaça ainda mais grave é o potencial escape de metano. Extrair o gás de uma área localizada não é
tão complicado, mas prevenir que o hidratado se quebre e libere o metano no entorno é mais difícil.
E isso tem consequências sérias para o aquecimento global - estudos recentes sugerem que o metano é 30
vezes mais danoso que o CO2.
Por causa desses desafio técnicos, ainda não há escala comercial de produção de hidrato de metano em
qualquer lugar do mundo. Mas alguns países estão chegando perto.
Os Estados Unidos, o Canadá e o Japão já investiram milhões de dólares em pesquisa e já realizam alguns
testes, desde 1998. Os mais bem sucedidos ocorreram no Alasca em 2012 e na costa central do Japão em
2013, quando, pela primeira vez, houve uma exitosa extração de gás natural a partir de hidrato de metano
no mar.
Os Estados Unidos lançaram um programa de pesquisa e desenvolvimento nacional já em 1982 e, em
1995, tinham terminado a sua avaliação dos recursos disponíveis do gás de hidratos no país. Desde então,
têm realizado projetos-piloto na costa da Carolina do Sul, no norte do Alasca e no Golfo do México. Cinco
ainda estão em execução.
Produção comercial do gás metano ainda deve demorar
Fonte:
http://wscdn.bbc.co.uk/worldservice/assets/images/2014/04/21/140421130134_methane_hydrate_464x261_
alamy_nocredit.jpg
Exploração comercial
O interesse do Japão é óbvio, assinala Stephen O'Rourke, da empresa de consultoria energética Wood
Mackenzie: "Japão é o maior importador de gás do mundo".
No entanto, ele ressalta que o orçamento anual do Japão para pesquisa na área é relativamente baixo US$ 120 milhões (cerca de R$ 270 milhões). Os planos do país de produzir em escala comercial no fim
desta década, portanto, parecem muito otimista. Mas mais à frente, o potencial é enorme.
"O gás metano pode mudar o jogo para o Japão", diz Laszlo Varro, da Agência Internacional de Energia
(IEA).
Em outros países, porém, os incentivos para explorar o gás comercialmente são menores por enquanto. Os
Estados Unidos estão priorizando suas reservas de gás de xisto, recurso que também é abundante no
Canadá. Já a Rússia ainda tem enormes reservas de gás natural.
A China e a Índia, com sua feroz demanda por energia, são uma história diferente. No entanto, eles estão
muito atrás em seus esforços para explorar o recurso.
"Houve alguns progressos recentes, mas não prevemos produção comercial antes de 2030", afirma
O'Rourke.
De fato, a IEA não incluiu gás hidratado nas suas projeções globais de energia para os próximos 20 anos.
Riscos
Mas se essa fonte for explorada, o que parece provável no futuro, as implicações ambientais podem ser
extensas.
Apesar de ser menos poluente que o carvão ou o petróleo, continua sendo um hidrocarboneto e, portanto,
emite CO2. E há ainda o risco mais sério da liberação direta de metano na atmosfera.
Alguns argumentam, porém, que pode não haver alternativa, na medida em que o aumento da temperatura
global pode provocar a liberação do gás "naturalmente", devido ao aquecimento dos oceanos e ao
derretimento das calotas polares.
"Se todo o metano for liberado, nós vamos ver um cenário de filme Mad Max", diz Varro. "Mesmo usando
estimativas conservadoras sobre as reservas de metano, isso faria todo o CO2 de recursos fósseis parecer
uma piada", destacou.
"Por quanto tempo o gradual aquecimento global pode prosseguir sem liberar o metano? Ninguém sabe.
Mas quanto mais ele avança, mais perto chegamos de jogar roleta russa", acrescentou.
Fonte:
BBC
Brasil
Notícias(http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/04/140421_energia_metano_ms.shtml)
>
23/04/2014
Gás metano produzido por vacas é usado para abastecer veículos
Cientistas argentinos desenvolveram tecnonogia para aproveitar o gás metano de bovinos que tem efeito
estufa na atmosfera do planeta
Energia bovina: mochina acoplada nas vacas coleta gás metano que tem efeito estufa na atmosfera
Foto: Divulgação
Fonte: http://www.estadao.com.br/imagens/vacagas_rdax_187x125.jpg
SÃO PAULO – A primeira experiência para aproveitar a energia do gás metano produzida por bovinos foi
colocada em prática.
Cientistas argentinos desenvolveram uma espécie de mochila para ser acoplada nas costas das vacas com
capacidade para armazenar até 300 litros de metano.
Um tubo é inserido no aparelho digestivo de vaca para coletar o gás, que depois é convertido em energia.
A inovação poderia solucionar o problema da dependência do petróleo e ao mesmo tempo ajudar a reduzir
a contaminação gerada pelas vacas durante a digestão.
As emissões associadas à pecuária representam 14,5% das as emissões de origem humana. Segundo a
Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), 18% dos gases de efeito estufa são
emitidos por bovinos.Em um dia, uma vaca contamina o mesmo que um carro que percorre 60 quilômetros,
segundo a FAO.
Energia Flatólica
Mochina acoplada nas costas da vaca coleta gás metano diretamente do intestino
Foto: Divulgação
Fonte: http://infograficos.estadao.com.br/uploads/galerias/10683/105270.jpg
Tração animal
Cada animal emite por ano 4,8 toneladas de gás metano, o mesmo liberado anualmente por uma
caminhonete com tração nas quatro rodas.
Uma mochila cheia de gás metano produzido por uma vaca seria suficiente para movimentar um motor de
um veículo por 24 horas.
A iniciativa dos cientistas argentinos tem por objetivo encontrar uma alternativa para reduzir a emissão de
gás de efeito estufa e ao mesmo tempo desenvolver uma forma de aproveitamento sustentável dessa
energia que hoje é liberada na atmosfera.
O sistema está sendo desenvolvido pelo Instituto Nacional da Argentina de Tecnologia Agropecuária (INTA),
na periferia de Buenos Aires. Uma vaca de 550 kg poderia produzir de 800 a 1 mil litros de gás metano por
dia.
Emissões bovinas. As vacas são de longe as maiores responsáveis pela emissão de gases de efeito
estufa, contribuindo com cerca de 25% de todo o metano produzido no planeta.
Os pesquisadores responsáveis pelo projeto dizem que no futuro as fazendas podem vir a ser totalmente
autossuficientes em termos energéticos com o aproveitamento do gás metano produzido por apenas duas
vacas.
Como um dos maiores produtores de carne bovina do mundo, com cerca de 55 milhões de cabeças de
gado, 30% das emissões totais de gases de efeito estufa na Argentina são lançados na atmosfera pelos
bovinos.
Os cientistas estão trabalhando para desenvolver novas dietas para vacas que para facilitar a digestão e
reduzir as emissões de gases.
Fonte:
O
Estado
de
S.
Paulo
>
Notícias
>
Economia&Negócios(http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,gas-metano-produzido-porvacas-e-usado-para-abastecer-veiculos,182669,0.htm)
24/04/2014
Descoberta sobre a cana abre caminho para etanol de segunda geração
por Elton Alisson, para a Agência Fapesp
O mecanismo pode ser útil para outras áreas de pesquisa agronômica,
como o controle de pragas ou de melhoria dos frutos.
Foto: irodman
Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/04/cana-ecod.jpg
Um dos principais gargalos para a produção de etanol de segunda geração (obtido a partir da biomassa) é
extrair energia das ligações químicas existentes nos polissacarídeos das paredes celulares de plantas,
como a cana-de-açúcar.
Isso porque as paredes celulares das plantas têm uma organização altamente complexa, com diversas
ramificações, explicam especialistas. Essa organização lhes confere resistência a enzimas que podem
realizar o processo de quebra das ligações químicas dos polissacarídeos (hidrólise) e a extração de
açúcares.
Um grupo de pesquisadores do Instituto Nacional de Biotecnologia para o Etanol – um dos INCTs apoiados
pela Fapesp em conjunto com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) no
Estado de São Paulo – desvendou alguns dos mecanismos que fazem com que as paredes celulares da
cana-de-açúcar sejam resistentes à hidrólise enzimática.
Os resultados dos estudos serão publicados em um artigo aceito para publicação na revista Bioenergy
Research. Eles foram apresentados no dia 17 de abril durante o Simpósio Brasil-China para Colaboração
Científica – Fapesp Week Beijing –, realizado na China.
Promovido pela Fapesp e pela Peking University, o evento reuniu, entre 16 e 18 de abril, pesquisadores dos
dois países para discutir estudos nas áreas de Ciência dos Materiais, Meio Ambiente, Energias Renováveis,
Agricultura, Ciências da Vida, Medicina e Saúde, com o intuito de fomentar a colaboração científica.
“Conseguimos entender agora uma parte do que chamamos de arquitetura da parede celular das plantas,
isto é, como os polímeros se agregam, formando uma estrutura complexa que não é obra do acaso”, disse
Marcos Buckeridge, professor do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP) e
coordenador do INCT do Bioetanol, à Agência Fapesp.
“Isso possibilitou levantarmos a hipótese de que a parede celular das plantas possui um código glicômico
que faz com que existam partes dela abertas para a hidrólise enzimática e outras não”, explicou.
A arquitetura da parede celular das plantas é composta por cadeias de microfibras de celulose que
interagem e formam um conjunto de 36 moléculas, chamadas microfibrilas, que se agregam formando
macrofibrilas.
Essas macrofibrilas formam uma barreira que impede a entrada de água na parede celular das plantas e
tornam extremamente difícil quebrar as ligações químicas dos polissacarídeos presentes nelas.
No caso da cana-de-açúcar, os pesquisadores descobriram que a parede celular da planta é composta por
um conjunto de sete microfibrilas ligadas entre si por hemiceluloses.
Essa formação torna ainda mais difícil a realização de hidrólise enzimática da parede celular da planta
porque diminui a possível área de atuação das enzimas, explicou o pesquisador.
“Isso representa o grande desafio para a hidrólise da celulose, porque ela só pode ser quebrada pela
superfície”, observou Buckeridge.
Morte programada
Os pesquisadores do INCT do Bioetanol descobriram, no entanto, que a raiz da cana-de-açúcar realiza um
processo similar ao observado em plantas como o mamoeiro.
Durante o período de amadurecimento do mamão, a fruta muda a estrutura de sua parede celular,
deixando-a mais amolecida e fácil de ser quebrada, com o intuito de facilitar a dispersão de sementes.
No caso da cana-de-açúcar, os pesquisadores constataram que durante o período de maturação a parede
celular da raiz da planta é modificada e são formados espaços para circulação de ar com o intuito de
melhorar seu desempenho.
“Esse tipo de mecanismo, chamado aerênquima, é muito utilizado em plantas que são alagadas. E a canade-açúcar, mesmo não sendo uma planta que sofra constantes alagamentos, também apresenta esse
fenômeno”, disse Buckeridge.
Segundo o pesquisador, o aerênquima na raiz da cana-de-açúcar é iniciado por um sinal hormonal
relacionado a um balanço entre os hormônios etileno e auxina.
Ao perceber esse sinal hormonal, parte da raiz da planta inicia uma morte celular programada em que as
mitocôndrias das células começam a entrar em colapso e começam a ocorrer processos sequenciais de
separação e expansão celular, hidrólise das hemiceluloses e, por fim, a hidrólise da celulose.
Em cada uma dessas etapas há um conjunto de enzimas utilizadas pela cana-de-açúcar para alterar a sua
parede. Entre elas a expansina – proteína conhecida pela capacidade de quebrar ligações de pontes de
hidrogênio e, com isso, separar a hemicelulose da celulose –, a endopoligalactonase, que realiza a
separação celular, e a espectina, que degrada os polímeros que mantêm as células unidas, explicou
Buckeridge.
Por meio de sofisticadas técnicas de análise de parede celular, os pesquisadores caracterizaram o
fenômeno de aerênquima na cana-de-açúcar e identificaram os genes e as enzimas que iniciam o processo.
A ideia agora é realizar a transformação da cana-de-açúcar com os genes identificados para avaliar quais
os efeitos da modificação da planta com algumas dessas proteínas, contou Buckeridge. “Estamos avaliando
se conseguimos fazer isso agora na planta inteira”, afirmou.
Um dos genes candidatos para ser utilizado na transformação da cana-de-açúcar a fim de aumentar a
eficiência da hidrólise enzimática é o RAV –conhecido como um fator de transcrição iniciador de
senescência em tecidos vegetais.
Os pesquisadores avaliam agora se esse gene está ligado no genoma da cana à enzima
endopoligalactonase e se ele inicia o processo de separação celular.
“A meta é realizarmos o sequenciamento de um conjunto de genes da cana-de-açúcar que nos permita
realizar um planejamento para ‘engenheirar’ a parede celular da planta de modo que tenham mais partes
abertas, onde as enzimas podem agir e quebrar as ligações dos polissacarídeos, e menos regiões que
interagem entre si e possuem ramificações que impedem a realização da hidrólise enzimática”, detalhou
Buckeridge.
“Pretendemos deixar a cana-de-açúcar bem preparada, com as paredes celulares ‘amolecidas’, para
diminuir o custo do coquetel de enzimas e microrganismos utilizados na hidrólise da planta ou até mesmo
eliminar essa etapa de pré-tratamento”, afirmou.
Estratégia evolutiva
Segundo Buckeridge, o código glicômico foi uma estratégia desenvolvida pelas plantas durante a evolução
para impedir a invasão por microrganismos patógenos (causadores de doenças) e manter o sistema vegetal
estável.
“Se o código glicômico fosse facilmente quebrado, um microrganismo emergente, por exemplo, poderia
invadir qualquer parede celular e hidrolisá-la. E, com isso, correríamos o perigo de extinção de todas as
plantas”, estimou.
Além da bioenergia, o mecanismo pode ser útil para outras áreas de pesquisa agronômica, como o controle
de pragas ou de melhoria dos frutos, indicou o pesquisador.
“Por meio do código glicômico, os pesquisadores da área agrícola, por exemplo, podem controlar a textura e
a maturação dos frutos das plantas, por exemplo”, apontou.
*
Publicado
originalmente
no
site
Agência
Fapesp
e
retirado
do
EcoD(http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2014/descoberta-sobre-a-cana-abre-caminho-paraetanol?tag=energia).
site
Fonte:
EcoD/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/descoberta-sobre-cana-abre-caminho-paraetanol-de-segunda-geracao/)
25/04/2014
Primeiro mercado de créditos de logística reversa de embalagens do Brasil entra em operação
por Fabiano Ávila, do CarbonoBrasil/BVRio
Segundo a definição do Ministério do Meio Ambiente (MMA), logística reversa é um “instrumento de
desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios
destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para
reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação”.
Com a promessa de ajudar na implementação desse conceito, o Movimento Nacional dos Catadores de
Materiais Recicláveis (MNCR)(http://www.mncr.org.br/), em parceria com a BVRio(http://www.bvrio.org/site/),
começa a comercializar nesta sexta-feira (25) os primeiros créditos de logística reversa de embalagens do
Brasil.
A intenção desse novo mercado é aproximar os catadores das empresas que precisam cumprir metas na
Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
De acordo com a PNRS, criada em 2010, companhias devem promover a logística reversa de embalagens
pós-consumo, envolvendo neste processo os catadores brasileiros, que hoje são mais de 800 mil pessoas.
O mercado funcionará distribuindo créditos para os catadores depois de uma análise de suas atividades,
sendo que a quantidade e o valor deles variarão conforme o material dos resíduos trabalhados. Em seguida,
os créditos podem ser vendidos para as empresas, facilitando assim a relação entre a iniciativa privada e as
cooperativas.
“É um modelo que reconhece o serviço ambiental que a gente faz para a sociedade (…) Vai ajudar os
catadores a melhorarem sua remuneração”, declarou Severino Lima Júnior, presidente do MNRC.
“O sistema é uma forma eficiente e transparente de implementar a logística reversa, além de contribuir de
forma não assistencialista ao desenvolvimento das cooperativas de catadores”, afirmou Pedro Moura Costa,
presidente-executivo da BVRio.
A primeira empresa interessada no mercado foi o Grupo Boticário, que a partir de hoje e durante os
próximos dois meses deverá adquirir o equivalente em 1.200 toneladas em créditos.
“Estamos alavancando o mercado de Créditos de Logística Reversa no país. Esta ação está conectada ao
nosso plano estratégico de longo prazo em sustentabilidade. Nosso objetivo é contribuir, de forma efetiva,
com o desenvolvimento da sociedade e a proteção do meio ambiente. E acreditamos que uma das etapas
importantes para a redução do impacto ambiental é a destinação correta de embalagens pós-consumo”,
disse Artur Grynbaum, presidente do Grupo Boticário.
O valor total das transações do Boticário não foi divulgado, mas pelo portal da BVRio é possível ver a
cotação dos vários tipos de créditos, que estão atualmente avaliados na faixa de R$ 100 a unidade.
A cerimônia de lançamento do novo mercado será nesta sexta-feira (25) e contará com a participação da
Ministra do MMA, Izabella Teixeira.
*
Publicado
originalmente
no
CarbonoBrasil(http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias4/noticia=736946).
site
Fonte:
CarbonoBrasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/primeiro-mercado-de-creditos-delogistica-reversa-de-embalagens-brasil-entra-em-operacao/)
30/04/2014
Resíduos sólidos – embalagens pós-consumo
por Diálogos Capitais
Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/04/DialogosResiduos.png
Para discutir o cenário atual da Política Nacional de Resíduos Sólidos, bem como os avanços da lei e o que
ainda precisa ser feito para garantir a destinação correta dos resíduos pós-consumo, com foco nas
embalagens, o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE), a revista CartaCapital e o Instituto
Envolverde promoverão no dia 07 de maio o seminário Diálogos Capitais: Resíduos Sólidos – Embalagens
pós-consumo” no Auditório do Grupo Pão de Açúcar, em São Paulo.
Em 2014, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) completa 4 anos. De lá para cá, o Brasil avançou
em diversos aspectos no que diz respeito ao gerenciamento integrado dos resíduos urbanos, mas ainda há
muitas coisas por fazer. Para isso acontecer, é preciso que todos os elos da cadeia – sociedade, empresas
e poder público – exerçam a responsabilidade compartilhada dos resíduos pós-consumo no Brasil.
O evento contará com a participação da Ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira, que analisará os
esforços do setor público e privado na implantação da PNRS. Na sequência, os consultores técnicos Nicia
Mafra e Filipe Brumatti de Souza apresentarão resultados preliminares do relatório “Investimentos do setor
empresarial para o incremento da reciclagem de embalagens pós-consumo (fração seca do lixo
urbano)”, realizado pela Coalizão Embalagens liderada pelo CEMPRE. Para debater o cenário atual das
embalagens pós-consumo no Brasil, o seminário contará com os painéis: Avaliação de resultados e
próximos passos e Responsabilidade Compartilhada, o setor privado.
Para compor as mesas de discussão estão confirmados: Victor Bicca, presidente do CEMPRE e diretor de
Sustentabilidade da Coca-Cola Brasil para a Copa da Fifa; André Vilhena, diretor executivo do CEMPRE;
Roberto Laureano, representante do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis; Simão
Pedro Chiovetti, secretário municipal de Serviços da Prefeitura de São Paulo; Paulo Pompilio, diretor do
Grupo Pão de Açúcar; Fernando Von Zuben, diretor de Meio Ambiente da Tetra Pak, entre outros.
Serviço:
Seminário “Resíduos Sólidos – Embalagens pós-consumo”
Dia: 7 de maio
Horário: das 8h00 às 17h30
Local: Auditório do Grupo Pão de Açúcar (Rua Capitão Pinto Ferreira, 225 – Jardim Paulista – São Paulo)
Informações e inscrições: www.dialogoscapitais.com.br
RSVP: (11) 2065-6577 ou [email protected]
Programação:
8h00 – Credenciamento e Welcome Coffee
9h00 – Boas vindas – Victor Bicca, presidente do CEMPRE e diretor de Sustentabilidade da Coca-Cola
Brasil para a Copa da Fifa
9h10 – Palestra de abertura – Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente
9h30 – Palestra técnica e resultados preliminares da Pesquisa Investimentos do setor empresarial para o
incremento da reciclagem de embalagens pós-consumo (fração seca do lixo urbano) Nicia Mafra e Filipe
Brumatti de Souza, consultores técnicos da Coalizão Embalagens
10h10 – Diálogos – Avaliação de resultados e próximos passos
Roberto Laureano – Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis
Simão Pedro Chiovetti – Secretário Municipal de Serviços da Prefeitura de São Paulo
Paulo Pompilio – Diretor do Grupo Pão de Açúcar
Fernando von Zuben – Diretor de Meio Ambiente da Tetra Pak
Victor Bicca – Diretor da Coca-Cola e presidente do Cempre – Compromisso Empresarial para Reciclagem
Mediação: Dal Marcondes – Presidente do Instituto Envolverde
12h40 – Intervalo para almoço
14h00 – Diálogos – Responsabilidade Compartilhada, o setor privado.
Auri Marçon – Presidente da ABIPET
Renault Castro – Diretor da ABRALATAS
Pedro Vilas Boas – Diretor da Área de Produtos e Reciclagem da BRACELPA
Representante da Abiplast
Mediação: André Vilhena – Diretor do CEMPRE
17h15 – Encerramento
Sobre o CEMPRE
O CEMPRE é uma associação sem fins lucrativos que trabalha para conscientizar a sociedade sobre a
importância de reduzir, reutilizar e reciclar lixo por meio de programas de conscientização. A entidade
utiliza-se de publicações, pesquisas técnicas, seminários e mantém para consulta pública um rico banco de
dados sobre o assunto, em sede na capital paulista. Fundado em 1992, o CEMPRE vem sendo mantido por
contribuições de empresas privadas de diversos setores. Entre elas estão: Ajinomoto, AmBev, ADM, Arcor,
Batavo, Bauducco, Beiersdorf/Nivea, Brasil Kirin, Braskem, Bunge, Cargill, Carrefour, Casas Bahia, CocaCola, Danone, Dell, Diageo, Femsa, Gerdau, Heineken Brasil, Hersheys, HP, Johnson & Johnson, Klabin,
Mondelez, McDonalds, Nestlé Waters, Nestlé, Owens Illinois, Grupo Pão de Açucar, Pepsico do Brasil,
Procter & Gamble, Philips, SC Johnson, SIG Combibloc, Suzano, Tetra Pak, Unilever Brasil, Vigor e
Walmart Brasil.
Fonte:
Diálogos
Capitais/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/cempre-cartacapital-e-institutoenvolverde-realizam-seminario-sobre-o-cenario-atual-das-embalagens-pos-consumo-brasil/)
30/04/2014
Intensificar produção de gado no Brasil pode cortar emissões globais do desmatamento em 25%, diz
estudo
por Rhett A. Butler, do Mongabay
Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/04/mongabay2009.jpg
O Brasil pode reduzir mais de um quarto das emissões ligadas ao desmatamento no mundo através da
intensificação
da
produção
de
gado
na
Amazônia,
argumenta
um
novo
estudo(http://www.pnas.org/cgi/doi/10.1073/pnas.1307163111) publicado no periódico Proceedings of the
National Academy of Sciences.
A pesquisa baseia-se em um modelo econômico que avalia duas possíveis políticas brasileiras: uma taxa
sobre o gado criado convencionalmente em pasto de baixa intensidade e um subsídio para o gado
produzido em pasto semi-intensivo.
Os autores descobriram que qualquer uma dessas políticas reduziria significativamente a área de floresta
desmatada para criação de gado, que é a maior causa de desmatamento na Amazônia. O estudo estima
que as políticas podem cortar o desmatamento na Amazônia brasileira em até 50% entre 2010 e 2030,
traduzindo-se numa redução global de 26% nas emissões do desmatamento.
“Nosso estudo mostra que os ganhos relacionados a políticas de intensificação excedem consideravelmente
as perdas”, disse a coautora do estudo Aline Mosnier, da UC Berkeley. “O Brasil poderia agir sozinho e
ainda gerar uma grande redução nas emissões de gases do efeito estufa”.
O estudo diz que, adotadas juntas, as duas políticas podem compensar uma a outra, proporcionando de
forma neutra em termos de receita uma maneira de o governo brasileiro cortar as emissões de gases do
efeito estufa e o desmatamento sem sacrificar a produção agrícola.
“Uma combinação neutra de políticas de taxas e subsídios pode ajudar a equilibrar o crescimento agrícola, a
conservação do uso da terra e a mitigação global de GEEs”, escreveram os autores. “Tal abordagem,
quando combinada a políticas de conservação da terra, é uma promessa para o desenvolvimento
sustentável”.
Uma oportunidade para fazendas industriais na Amazônia?
A intensificação da produção de gado muitas vezes tem a conotação de uma mudança para as“fazendas
industrializadas” vistas nos Estados Unidos, onde o gado é mantido densamente confinado, injetado de
hormônios e alimentado com comidas não destinadas ao consumo de gado. Mas a intensificação apontada
do estudo está muito longe dessa abordagem, afirma a principal autora, Avery Cohn.
“A maioria das melhorias que formulamos vem da adoção de sistemas para gerir pasto cultivado mais
eficientemente”, falou Cohn ao Mongabay.com. “Estamos falando do uso de sementes de pasto
melhoradas, replantação mais frequente, controle de pestes e ervas daninhas, mais calagem e pouco
fertilizante e pastejo rotacionado. Nada disso é muito buscado – vemos pouco isso em prática. Exige mais
know-how, trabalho e capital”.
“Em nosso modelo, também há algum aumento de produtividade a partir da melhoria na criação,
alimentação e gestão de animais. As melhores práticas de gestão de pasto acionam os pagamentos de
subsídios ou permitem que os produtores evitem as taxas convencionais. Muitas vezes, o melhor uso dos
sistemas de boa gestão de pasto é combiná-los com a melhor gestão do animal”.
Ao contrário de pesquisas publicadas anteriormente, os autores também acreditam que o aumento da
rentabilidade da pecuária de produção intensificada não deve levar ao aumento de conversão de florestas
no Brasil se as medidas políticas que eles propõem forem usadas.
“Descobrimos que as políticas usadas para induzir a intensificação tem uma grande importância para onde e
como a intensificação afetará o uso da terra”, declarou Cohn.
“Os subsídios aumentam a receita nos setor pecuário, mas as taxas reduzem a receita. Assim, o subsídio
aumenta a produção de carne bovina no Brasil, mas a taxa diminui um pouco a produção. Ambas as
políticas podem reduzir o desmatamento e as emissões agrícolas, mas fazem isso através de diferentes
canais”.
Cohn acrescentou que essas políticas podem não tratar com eficácia do desmatamento para a produção de
gado que é impulsionado por outros fatores além da demanda por carne e couro, por exemplo, como uma
forma para especulação imobiliária. Mas outras políticas para evitar o desmatamento – como o recémobrigatório registro de propriedade no Brasil – podem ajudar.
O estudo também conclui que a intensificação não deve deslocar muito desmatamento para outros países,
uma preocupação levantada em outras pesquisas.
“Variando de 6% a 16%, nossas taxas de vazamento são baixas em comparação com grande parte da
literatura de gestão de políticas de mitigação de GEEs”, escreveram eles. “O vazamento internacional
também seria baixo porque, embora a produção de carne bovina no Brasil compreenda uma parte
considerável do mercado global, apenas uma pequena porção de toda a carne bovina é comercializada
internacionalmente”.
Citação: Cohn AS, Mosnier A, Havlik P, Valin, H, Herrerro M, Schmid E, O’Hare M, Obersteiner M. (2014).
Cattle ranching intensification in Brazil can reduce global greenhouse gas emissions by sparing land from
deforestation(http://www.pnas.org/content/early/2014/04/23/1307163111). Proceedings of the National
Academy of Sciences Maio 2, 2014.
* Traduzido por Jéssica Lipinski.
**
Publicado
originalmente
no
Mongabay
(inglês)
e
retirado
CarbonoBrasil(http://www.institutocarbonobrasil.org.br/agricultura1/noticia=736972).
do
site
Fonte:
CarbonoBrasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/intensificar-producao-de-gado-brasilpode-cortar-emissoes-globais-desmatamento-em-25-diz-estudo/)
30/04/2014
IBGE: 66,5% das cidades não têm Plano de Resíduos Sólidos
Pesquisa do IBGE analisou maneira como municípios lidam com meio ambiente
por Marcelle Ribeiro, Direto do Rio de Janeiro
Dois terços dos municípios brasileiros não tinham Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos em 2013,
segundo levantamento do IBGE. O plano, segundo a lei de 2010 que instituiu a Política Nacional de
Resíduos Sólidos, é pré-requisito para que as cidades obtenham recursos do governo federal,
financiamentos, incentivos ou crédito na área de limpeza urbana e resíduos sólidos.
De acordo com a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) 2013, do IBGE, divulgada nesta
quarta-feira, apenas 33,5% (ou 1.868) dos municípios do País possuíam o Plano de Gestão Integrada de
Resíduos Sólidos. O plano deve prever ações para esse tipo de resíduo, considerando o desenvolvimento
sustentável.
Entre os Estados com menor percentual de municípios com esse tipo de instrumento estão o Acre (em que
apenas uma das 22 cidades tem o plano) e o Piauí (onde só 6,7% das cidades possuem). Os Estados com
maior percentual foram o Amazonas (80,6%) e Piauí (63,4%).
Por outro lado, a Munic constatou alguns avanços na maneira como as cidades têm lidado com questões
ambientais. O percentual de municípios com legislação específica na área aumentou, passando de 55,4%
em 2012 para 65,5% em 2013. O crescimento se deu em todas as regiões do País, especialmente no Norte
e no Centro-Oeste, onde o problema do desmatamento é mais sério.
O percentual de cidades que estão elaborando as suas Agendas 21 Locais aumentou em 2013,
interrompendo um movimento de declínio observado em anos anteriores. O objetivo da Agenda 21 Local é
formular programa de ação estratégico para desenvolvimento sustentável por meio de políticas públicas. Em
2013, 21,5% dos municípios haviam começado a elaborar o programa, índice maior que os de 2009 (19,9%)
e 2012 (18,1%). O crescimento ocorreu principalmente no Norte do Brasil.
As prefeituras têm empregado cada vez mais funcionários na área de meio ambiente: em 2013, havia
61.295 pessoas ocupadas nesse setor, quase o dobro de 2002, quando havia 31.098 pessoas. Porém, o
aumento se deu com pessoal em cargos comissionados e estagiários.
De acordo com a Munic, em 2013, 41% das cidades possuíam alguma iniciativa de consumo sustentável em
2013, como redução de consumo de água e energia (47,8%) e redução do uso de sacolinhas plásticas
(40%).
Os conselhos municipais de meio ambiente estão presentes em 67,9% das cidades do País (contra apenas
3,3% em 1987) e estão mais frequentes em regiões economicamente mais desenvolvidas, como o Sudeste
e o Sul. O levantamento do IBGE foi feito com informações fornecidas pelas 5570 prefeituras do Brasil entre
março e novembro de 2013.
Fonte: TERRA.COM > Notícias > Cidades(http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/ibge-665-das-cidadesnao-tem-plano-de-residuos-solidos,7fae6c4da30b5410VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html)

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