Fabricação Mecânica - Aula 1
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Fabricação Mecânica - Aula 1
Fabricação Mecânica 1 Irineu Yassuda Henrique MÁQUINA FERRAMENTA “máquina estacionária, não portátil, acionada por uma fonte de energia externa – não humana nem animal – que modifica a forma de peças metálicas sólidas, ou de materiais alternativos com finalidades similares, por deforação plástica ou por corte de natureza mecânica, abrasiva, eletrofísica, eletroquímica ou fotônica, com decorrente remoção de massa”. MÁQUINAS FERRAMENTAS A revolução industrial pode ser dita que se iniciou com o escocês James Watt (projetando a máquina a vapor), deste modo ele também criou a necessidade pela indústria de máquinas ferramentas. Pois ficou bastante óbvio que sem uma máquina ferramenta que usinasse cilindros com razoável precisão ele não poderia construir motores, porque não havia meios de usinar cilindros nos seus primeiros empenhos. O primeiro cilindro foi de fato feito com muita dificuldade como se faz hoje a funilaria de automóveis e com um funileiro muito bom, pois, a concordância da forma do cilindro e do pistão é extremamente importante para se conseguir o funcionamento do sistema. Porem mesmo assim o vazamento era tal que o vapor escapava e fazia a máquina extremamente ineficiente. http://www.mundocnc.com.br/historico.php MÁQUINAS FERRAMENTAS Foto: Irineu Yassuda – Londres 2011 MÁQUINAS FERRAMENTAS Felizmente em tempo Watt se reuniu com o John Wilkinson (mestre ferreiro nascido na Inglaterra no inicio de 1700), que possuía a habilidade de produzir os tais cilindros que Watt requeria. Pois Wilkinson desenvolvera uma máquina onde era fixado a parte externa do cilindro, e uma barra rígida estendia-se na longitudinal da peça, num cabeçote de furação uma ferramenta muito simples desliza pela barra, removendo o metal e assim se produzia um furo de razoável precisão de forma. http://www.mundocnc.com.br/historico.php MÁQUINAS FERRAMENTAS Esta máquina rudimentar de corte de metal executou o trabalho para Watt em 1775. A partir deste acontecimento e por exigência das novas necessidades iniciou-se um surgimento de pequenas oficinas, para implementar as novas industrias com máquinas e ferramentas que satisfizessem as necessidades emergentes. Sugiram muitos engenheiros natos e criativos na Europa e nos EUA, realmente se desencadeou uma época de ouro, o despertar das necessidades por parte das novas industrias e o gênio inventivo de certos homens permitiu todo este desenvolvimento. http://www.mundocnc.com.br/historico.php MÁQUINAS FERRAMENTAS Com esses desenvolvimentos resultou em uma grande eficiência em termos do uso do trabalho humano, eles também requereram na época mais guindastes, fixações e máquinas especiais.Esse negócio progrediu largamente e houve uma necessidade continua por empresas desse tipo. http://www.mundocnc.com.br/historico.php MÁQUINAS FERRAMENTAS Foto: Irineu Yassuda – Londres 2011 MÁQUINAS FERRAMENTAS A primeira máquina construída no Brasil, em 1860, teve um toque tropical: foi uma prensa a vapor para cunhar moedas, feita e instalada na Casa dos Pássaros. Na verdade, já fora transformada em Casa da Moeda do Brasil, mas era conhecida como Casa dos Pássaros porque ali Dom João vi, encantado com a fauna, construíra um museu para abrigar a coleção particular de aves empalhadas. A função dessa histórica máquina era padronizar as moedas brasileiras, que, na época de D. Pedro i, eram bem irregulares e feias. De concepção bastante moderna, a máquina foi inaugurada pelo próprio imperador D. Pedro II. A história das máquinas Abimq 70 Anos MÁQUINAS FERRAMENTAS Em 1908 nascia uma empresa importante para o setor de máquinas, a Indústria Nardini, de Domingos Nardini, um pioneiro no Brasil na fabricação de máquinas e equipamentos agrícolas. Em 1912, a indústria desse imigrante italiano já fabricava arados, semeadeiras, foices, machados, troles, charretes e carroções próprios para uso no campo. A história das máquinas Abimq 70 Anos TORNO MECÂNICO O torno mecânico é uma máquina-ferramenta que trabalha com movimento de rotação de uma peça geralmente cilíndrica e uma ferramenta que tem apenas uma aresta cortante. O torno que vemos ao lado é o resultado de um longo processo evolutivo. Costumamos dizer que o torno é o pai de todas as máquinas ferramentas, na verdade, com algumas modificações, ele consegue realizar trabalhos que fazemos em fresadoras, retificas, furadeiras, etc. Vamos dar uma olhada em como esta máquina evoluiu para se tornar uma das principais máquinas nas oficinas de usinagem do mundo inteiro: http://tecmecanico.blogspot.com.br/2011/09/torno.html Torno de vara Este foi o primeiro torno que existiu. Tratava-se de uma corda com uma das pontas amarrada na ponta de um galho ou uma vara e a outra ponta enrolada na peça. O trabalho era realizado quando a o galho subia e puxava a corda fazendo a peça girar http://tecmecanico.blogspot.com.br/2011/09/torno.html Torno de fuso Este torno precisava de duas pessoas para ser operado. Enquanto um servo girava a polia, uma correia movimentava um fuso onde a peça era presa. Um artesão, o operador do torno, segurava a ferramenta com as mãos e cortava o material. http://tecmecanico.blogspot.com.br/2011/09/torno.html Torno de Leonardo da Vinci Até mesmo o gênio italiano Leonardo da Vinci deu sua parcela de contribuição no processo evolutivo do torno. Ele projetou um torno que poderia ser operado por uma única pessoa e trabalhava com movimento de rotação contínuo. O sistema motriz é parecido com o de uma máquina de costura. http://tecmecanico.blogspot.com.br/2011/09/torno.html Torno paralelo Em meados do século XIX, dois inventores ingleses, Henry Maudslay e Joseph Whitworth, colocaram vários acessórios nos tornos da época, o que proporcionou um grande avanço na produção de peças torneadas. Eles criaram o porta-ferramentas (que possibilitou trabalhar com materiais mais duros pois o torneiro não precisaria mais segurar as peças com as mãos), o recambio e o fuso para avanços automáticos, acoplaram o torno a um motor a vapor e adicionaram uma polia escalonada para fazer troca de rotações. http://tecmecanico.blogspot.com.br/2011/09/torno.html A partir deste momento os tornos foram apenas se especializando em algum tipo de aplicação, surgindo as seguintes variações Torno de placa Indicado para trabalhar com peças de grande diâmetro, a altura da ponta em relação ao barramento é bem grande http://tecmecanico.blogspot.com.br/2011/09/torno.html Torno vertical É utilizado para trabalhar com peças pesadas. Recebe este nome devido à posição do seu eixo árvore. http://tecmecanico.blogspot.com.br/2011/09/torno.html Torno revolver É um torno semiautomatizado. Possui uma torre que aloja várias ferramentas, o que traz grande praticidade durante sua operação. http://tecmecanico.blogspot.com.br/2011/09/torno.html Torno universal É o tipo mais utilizado hoje em dia. Serve para uma grande variedade de aplicações, apresentando muita versatilidade. http://tecmecanico.blogspot.com.br/2011/09/torno.html Torno CNC É uma máquina operatriz que trabalha em conjunto com um unidade de comando, um computador. Interpretando uma linguagem específica, a máquina usina a peça programada http://tecmecanico.blogspot.com.br/2011/09/torno.html TORNO MECÂNICO O torneamento é a operação realizada pelo torno. Trata-se da combinação de dois movimentos: rotação da peça e movimento de avanço da ferramenta. Em algumas aplicações, a peça pode ser estacionária, com a ferramenta girando ao seu redor para cortá-la, mas basicamente o princípio é o mesmo. O movimento de avanço da ferramenta pode ser ao longo da peça, o que significa que o diâmetro da peça será torneado para um tamanho menor. Alternativamente a ferramenta pode avançar em direção ao centro, para o final da peça, o que significa que a peça será faceada. TORNO MECÂNICO O torneamento pode ser decomposto em diversos cortes básicos para a seleção de tipos de ferramentas, dados de corte e também para a programação de certas operações. Estamos nos referindo principalmente ao torneamento externo, mas é importante lembrar que existem outras operações mais específicas, como rosqueamento, ranhuramento e mandrilamento. São combinações das direções de avanço e rotação que podem resultar em superfícies cônicas ou curvas, com as quais as unidades de controle dos tornos CNC atuais podem lidar por meio de muitas possibilidades de programas. TORNO MECÂNICO Cuidados com a segurança • Extremo cuidado é necessário ao operar este tipo de máquina, pois por ter suas partes giratórias, necessariamente expostas, pode provocar graves acidentes. Você não pode utilizar luvas, correntes, anel, roupas com mangas compridas e folgadas para que não ocorra risco de se machucar. As castanhas necessariamente devem ficar protegidas com anteparos, preferencialmente, transparentes, como Policarbonato, e ter um sistema de intertravamento de segurança FRESADORA Fresadora é uma máquina de movimento continuo, destinada a usinagem de materiais. Remove-se cavacos por meio de uma ferramenta de corte chamada fresa. A operação de fresagem consta da combinação de movimentos simultâneos da ferramenta e da peça a ser usinada simultaneamente. Essa máquina foi inventada por Eli Whitney em 1818. FRESADORA FRESADORA A ferramenta de trabalho da fresadora é classificada de fios (Afiações) múltiplos e se poder montar num eixo chamado porta–fresas. As combinações de fresas de diferentes formas, conferem à máquina características especiais e sobretudo vantagens sobre outras máquinasferramenta. Uma das principais características da fresadora, é a realização de uma grande variedade de trabalhos tridimensionais. O corte pode ser realizado em superfícies situadas em planos paralelos, perpendiculares, ou formando ângulos diversos: construir ranhuras circulares, elípticas, fresagem em formas esféricas, côncavas e convexas, com rapidez e precisão. FRESADORA FRESADORA Outras características importantes e que nos dão idéia das possibilidades da máquina são: • Comprimento e largura da mesa; • Giro da mesa em ambos os sentidos; • Máximo deslocamento longitudinal da mesa; • Máximo deslocamento transversal da mesa; • Máximo deslocamento vertical do suporte da mesa; • Máxima altura da superfície da mesa em relação ao eixo principal; • Maior e menor números de RPM do eixo principal; • Avanços da mesa em mm/min; • Velocidade e potencia do motor; • Peso que a maquina suporta sobre a mesa. Estas características são as que permitem identificar a máquina nos catálogos comerciais , onde são explicadas com detalhes. FRESADORA Classificação As fresadoras se classificam segundo a posição do eixo-árvore em relação à superfície da mesa de coordenadas. Desta forma, salientamse fresadoras dos seguintes tipos: horizontal, vertical, universal e especial. • Fresadora horizontal O eixo-árvore ocupa a posição horizontal, paralela à superfície da mesa da máquina. A peça é presa num divisor ou numa morsa, podendo se deslocar em qualquer eixo horizontal (x, y). • Fresadora vertical O eixo-árvore ocupa posição vertical , perpendicular à superfície da mesa da máquina. A peça pode se deslocar nas coordenadas x e/ou y em relação à ferramenta, sua fixação também pode ser através de um "divisor" ou de uma "morsa". É usada na usinagem de peças de grandes dimensões FRESADORA • Fresadora universal É a máquina mais versátil, chamada assim porque permite que sejam efetuados diversos tipos de trabalhos diferentes. Essa versatilidade deve-se a seus acessórios especiais: cabeçote universal, eixo porta-fresas, cabeçote divisor e contraponta, mesa circular, aparelho contornador e mesa inclinável. A peça pode ser deslocada em qualquer eixo, x, y e z, e ainda pode sofrer rotações nos sentidos horário e anti-horário simultaneamente aos movimentos tridimensionais. Este poder de mobilidade confere à peça qualquer formato que se desejar. FRESADORA FRESADORA • Fresadora ferramenteira A fresadora-ferramenteira destaca-se como a de maior importância para a realização dos trabalhos de ferramentaria, sendo, portanto, objeto de estudos mais detalhados. A fresadora-ferramenteira é usada em trabalhos especiais. Assemelha-se a fresadora vertical com alguns recursos de movimento em seu cabeçote vertical girando no sentido do eixo x, eixo y e z. Em alguns momentos podemos operá-la como fresadora horizontal. Para isso, monta-se nela um cabeçote especial que aciona o eixo horizontal e a torna mais versátil. Pode-se montar em seu cabeçote: mandril portapinça, mandril universal ou de aperto rápido. Esta máquina se destaca por sua versatilidade, precisão e rendimento com auxilio de régua e indicador digital. RETÍFICA Retificadoras são máquinas operatrizes altamente especializadas na atividade de retificar, ou seja, de tornar reto ou exato, dispor em linha reta, corrigir e polir peças e componentes cilíndricos ou planos. Os virabrequins de motor a explosão, por exemplo, depois de confeccionados, têm suas medidas de acabamento terminadas numa retificadora. Outro exemplo seriam os corpos como barramentos e prismas de precisão das próprias máquinas operatrizes, que são acabados em suas medidas finais por retíficas planas e cilíndricas. RETÍFICA O processo de retificação é executado por ferramentas chamadas de rebolos, que são ferramentas fabricadas com materiais abrasivos cujos formatos podem ser cilíndricos, ovalizados, esféricos, etc. Em geral, as ferramentas são fixadas a eixos e giram em altíssima rotação. Quando elas já vem presas em um eixo são chamadas de ponta montada. Dessa forma, o componente a ser retificado é montado num suporte, numa mesa coordenada ou num eixo, e recebe o atrito do rebolo abrasivo, que vai retirando o material em quantidades muito pequenas, até chegar ao ponto ou dimensão determinados pelo projeto. RETÍFICA