BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em

Transcrição

BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em
FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO
FACULDADE DE BIBLIOTECONOMIA E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO
Anelise ROSA
BIBLIOTECA 2.0
Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em Bibliotecas
São Paulo
2008
Anelise ROSA
Biblioteca 2.0
Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em Bibliotecas
Trabalho de Conclusão de
Curso para obtenção do título
de
Bacharel
em
Biblioteconomia e Ciência da
Informação
Orientadora:
Landshoff
São Paulo
Prof.
Renate
2008
FOLHA DE APROVAÇÃO
AUTOR
TÍTULO
CONCEITO:
BANCA EXAMINADORA
Prof. (a) ______________________________________________________________
Assinatura: ____________________________________________________________
Prof. (a) ______________________________________________________________
Assinatura: ____________________________________________________________
DATA DE APROVAÇÃO: ____/____/______
Wedico esse trabalho,
Ao meu querido esposo, Antonio Carlos da
Rosa, companheiro de todos os momentos, pelo
apoio, incentivo, confiança e amor que tem me
dado. Dedico também e não com menos ênfase,
aos meus pais, Santina e Isaias, e meus irmãos
Alesson, Daiane, Queren, Cassia e Daniel,
que sempre me apoiaram, e incentivaram meus
estudos, e incondicionalmente em todos os
aspectos de minha vida, ensinando-me a fazer de
cada limitação um incentivo e de cada fraqueza
uma força, por meio de seus próprios exemplos de
vida.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, por ter me proporcionado esta oportunidade e conquista, dando-me
a cada dia coragem, saúde e inteligência para realização deste trabalho.
De modo especial agradeço:
Ao meu esposo e companheiro, Antonio Carlos da Rosa, pelo carinho, apoio, paciência e
motivação, para a continuação dos meus estudos.
À Prof. Renate Landshoff, por sua orientação e amizade, pelo acolhimento e interesse
demonstrado desde o começo desta pesquisa, pelos incentivos constantes e pela confiança
depositada ao acreditar no projeto de uma jovem sonhadora.
Ás professoras, Elisabeth Sardelli Manzini, Maria Ignês Carlos Magno e Andréa
Gonçalves Silva, pelos exemplos de profissionalismo, por todos os ensinamentos transmitidos,
pelos apontamentos e contribuições dadas no decorrer desta pesquisa, que foram de grande
valia para conclusão deste trabalho.
Enfim, a todos que direta ou indiretamente contribuíram para a elaboração deste trabalho,
pois se eu não tivesse tido esse apoio e a solidariedade de muita gente, esse trabalho não
chegaria ao final, o meu muito obrigado!
“O verdadeiro desafio que temos diante de nós, não
está na tecnologia, más no uso que faremos dela.”
(Peter Drucker)
Resumo
Este
trabalho
aborda
a
aplicação
de
ferramentas,
consideradas
tecnologias web 2.0, nos serviços de bibliotecas. Trata-se de uma pesquisa,
na tentativa de esclarecer como as tecnologias, como mensagens
síncronas, blogs, wiks, redes sociais, folksonomia, RSS e Mashups, podem
mudar a forma de disponibilização e estruturação da informação nas
bibliotecas e unidades de informação. Aborda conceitos sobre Biblioteca
2.0, e as inúmeras perspectivas, que esse ambiente virtual oferece ao
profissional da informação e aos usuários das bibliotecas. Nesse ambiente
virtual em que o usuário passa a ser sujeito ativo, exercendo participação
através do compartilhamento, colaboração e organização da informação,
visou-se apresentar o desenvolvimento de novos produtos e serviços
oferecidos pelas Unidades de Informação, que visam fornecer subsídios, para
essa demanda, existentes hoje nas Bibliotecas.
Palavra-Chave:
Biblioteca
Folksonomia, redes Sociais, Tags
2.0,
Mashups,
RSS,
blog,
Wiks,
Abstract
This paper addresses the application of Web 2.0 technology as tools in the
service of libraries. This is a search in an attempt to explain how technologies
such as synchronous messaging, blogs, wiks, social networks, folksonomia, RSS
and mashups, can change the shape and structure of the information
available at libraries. It addresses concepts on Library 2.0, and the many
perspectives that this virtual environment offers the professional services, to
users of libraries. In this virtual environment in which the user becomes subject
active,
engaged
participation
through
sharing,
collaboration
and
organization of information aimed to present the development of new
products and services offered by the Intelligence Units that are intended to
provide subsidy for the existing demand in Libraries.
Key words:
Bookmarker, Tags
library 2.0, Mashups, RSS, blog, Wiks, Folksonomia, Social
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Conectividade Internacional (1991), Livro Verde (2000, p.4). .............. 5
Figura 2 Conectividade Internacional (1997), Livro Verde (2000, p.4). .............. 5
Figura 3 Mashup,.Biblioteca Municipal de Muskiz, (2008)............................. 15
Figura 4 Library Hennepin County (2008): Catálogo com opção de comentários. 22
Figura 5 Nuvem Tag, Bitblio (2008). ............................................................... 25
Figura 6 Chat, National Library of Australia (2008). ....................................... 31
Figura 7 Library Hennepin County (2008), Chat ............................................ 32
Figura 8 RSS (Periódicos Científicos), Universidade de Aveiro (2008). ............. 36
Figura 9 RSS, Biblioteca Municipal de Muskis (2008). ................................... 37
Figura 10 RSS Library Australian National University (2008). ........................ 37
Figura 11 RSS (Página Princípal), Biblioteca Municipal de Muskis (2008). ..... 41
Figura 12 Biblioteca de Aveiro (2008), RSS..................................................... 42
Figura 13 Blog da Biblioteca de Arquitetura, BIBLIOTECA de La Universidad de
Sevilla (2008). ................................................................................................... 45
Figura 14 Blog, Biblioteca do ISCA (2008). ..................................................... 46
Figura 15 Blog, Biblioteca IES Sancho (2008). ............................................... 47
Figura 16 Blog, A Nossa Biblioteca (2008). .................................................... 48
Figura 17 Wiki, Dokupedia (2008).................................................................. 51
Figura 18 Wiki, Library Sucess (2008)............................................................ 52
Figura 19 Wiki, Biblioteca de La Universidad de Sevilla (2008). ...................... 53
Figura 20 Biblioteca Virtual Saúde Mental (2008), Lista de Fóruns, Chats e
Blogs ................................................................................................................ 54
Figura 21 MySpace, Library of Michigan (2008). ............................................ 57
Figura 22 Facebook, Biblioteca Universidade Santa María (2008). ................. 58
Figura 23 Facebook, National Library of Australia (2008). ............................. 59
Figura 24 Biblioteca e Fundación Francisco Herrera Luque (2008), Facebook 59
Figura 25 Flickr, National Library of Austrália (2008). .................................... 61
Figura 26 Coleção fotográfica Flickr, Biblioteca de Arte Fundação Calouste
Gulbenkian (2008)............................................................................................ 61
Figura 27 Flicker of Congress (2008) ............................................................... 63
Figura 28 Delicious, Biblioteca Municipal de Muskiz (País Basco) 2008. ........ 66
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Evolução Mundial Internet 2005-2007 ......................................... 6
Tabela 2 Internet nos domicílios ................................................................ 7
Tabela 3 Domicílios que possuem computador. .......................................... 7
Tabela 4 Usuários residenciais no Brasil com Banda Larga.............................. 7
Tabela 5 Quantidade de domínios no Brasil em 2008 (Milhares). ..................... 8
Tabela 6 Media de Crescimento de domínios no Brasil de 2000 a 2007. ..... 9
Tabela Comparação das Ferramentas Web 1.0 e 2.0. ..................................... 17
Tabela 8 Comparação Biblioteca Tradicional e Biblioteca no contexto Web 2.0 ... 21
SUMARIO
1
INTRODUÇÃO..............................................................................................................1
2
OBJETIVOS..................................................................................................................2
2.1
Objetivos Gerais ...................................................................................................2
2.2
Objetivos Específicos ............................................................................................2
3
METODOLOGIA...........................................................................................................3
4
EVOLUÇÃO DASOCIEDADEDA INFORMAÇÃO NO BRASIL..........................................4
5
BIBLIOTECA: NOVOSPARADIGMASFRENTEÀSTECNOLOGIASWEB2.0 .................. 13
6
BIBLIOTECA2.0 ......................................................................................................... 18
6.1
Folksonomia....................................................................................................... 24
6.2
Serviços de referência a partir de tecnologias Web 2.0....................................... 27
6.3
Instrumento tecnológico da Biblioteca 2.0 como meio de orientação ao usuário 29
6.3.1 Mensagens Instantâneas (IM): Chat ................................................................ 30
6.4
RSSFEEDSpara desenvolvimento de DSI na Biblioteca 2.0.................................. 34
6.5
Promoção da Biblioteca 2.0 através de Blogs...................................................... 43
6.6
Interagindo com o usuário.................................................................................. 48
6.6.1 Wikis............................................................................................................... 48
6.6.2 Fóruns de Discussão........................................................................................ 53
6.7
Novas Funções da Biblioteca : Software Social .................................................... 54
6.7.1 MySpace ......................................................................................................... 56
6.7.2 Facebook ........................................................................................................ 57
6.7.3 FLICKR............................................................................................................. 59
6.7.4 Delicious ......................................................................................................... 63
7
CONCLUSÃO.............................................................................................................. 66
REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 68
CURRICULO ....................................................................................................................... 69
1 INTRODUÇÃO
Devido o desenvolvimento e surgimento de novas tecnologias, relacionadas
à web 2.0, nos deparamos com novos paradigmas para o profissional da
informação.
Este trabalho procurou estabelecer de forma direta e indireta a aplicação
de novas ferramentas nos serviços oferecidos em bibliotecas.
Apesar de utilizarmos o termo biblioteca no decorrer deste trabalho,
entende-se que as aplicações apresentadas, abrangem não somente as
bibliotecas, como também as Unidades de Informação.
Procurou-se na medida do possível demonstrar através de exemplos
práticos, a aplicação das ferramentas Web 2.0 em bibliotecas nacionais e
estrangeiras.
Não é intuito desse trabalho servir de manual técnico para desenvolvimento de
aplicações da internet, e sim visa demonstrar através de levantamentos, as
novas ferramentas de trabalho disponíveis para o profissional da informação,
onde o usuário participa da organização, tratamento e estrutura da
informação, além da criação de novos conhecimentos através da inteligência
coletiva.
1
2 OBJETIVOS
Aprofundar os conhecimentos acerca da aplicação de tecnologias Web 2.0
em bibliotecas, ou mais especificamente Biblioteca 2.0.
2.1 Objetivos Gerais
Discutir a evolução da sociedade da informação no Brasil e através de
exemplos práticos apresentar novas ferramentas de trabalho para o
profissional da informação, advindas das aplicações Web 2.0.
2.2 Objetivos Específicos
a) Contextualizar Sociedade da Informação no Brasil;
b) Aprofundar questões teóricas e conceituais que fundamentam a
implementação de serviços e produtos oferecidos pela Web 2.0 hoje, em
Bibliotecas e Unidades de Informação.
2
3 METODOLOGIA
Entre os buscadores utilizados para pesquisa webgráfica, estão o Google,
Alta Vista, Information.com, KartOO, MetaCrawler e UJIKO.
Como descritores, foram utilizados os termos: Biblioteca 2.0, Web, Web
Semântica,
Folksonomia,
Internet, Web 1.0,Web 2.0,
Wiki,
Blogs,
Folksonomia,
Biblioteconomia,
Web 3.0, RSS, Arquitetura da Informação,
Ciência da Informação, Biblioteca 2.0, através de buscas simples e
combinada.
Foram levados em conta os seguintes tipos de fontes de informação:
Periódicos, Livros, Anais de Congressos, Dissertação e Teses, Sites, Listas de
Discussão, Blogs, Bases de dados nacionais e estrangeiras (ScienceDirect,
Dedalus e E-Lis.
Para complementar a pesquisa, foi feito um levantamento de bibliotecas,
que já estão utilizando em seus serviços e produtos aparatos tecnológicos
provindos da Internet. Para isso foram acessados alguns sites de bibliotecas
através do buscador Google, e analisados conforme características da
biblioteca 2.0, que serão apresentados no decorrer do trabalho, como novos
modelos de Biblioteca 2.0.
3
4 EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO NO BRASIL
Cada vez mais a sociedade se insere nesse novo contexto Web, por isso a
necessidade do profissional da informação, acompanhar esse crescimento,
procurando adaptar-se as novas demandas, que crescem gradativamente.
Segundo Paiva (2008, p.40) o surgimento da Word Wide Web, ou
simplesmente WWW, fez multiplicar o número de informações disponíveis, e
aos poucos, os sites de busca foram ganhando sofisticação, o que era
disperso passou a ser encontrado, e a tecnologia de indexação continua a
evoluir.
Conforme consta no Livro Verde (2000, p.3), houve um crescimento
fantástico da Internet nos últimos anos:
[...] nos EUA, a Internet atingiu 50 milhões de usuários em
somente quatro anos, enquanto, para atingir esse número de
usuários, o computador pessoal tardou 16 anos, a televisão 13,
e o rádio, 38.
Outro dado que confirma a evolução da Internet, segundo o mesmo texto, é
a conectividade no período de 1991 a 1997, conforme pode ser visualizado
na próxima figura.
4
Figura 1 Conectividade Internacional (1991), Livro Verde (2000, p.4).
Nesse curto período, a Internet se disseminou por praticamente todo o
mundo, propiciando conectividade a países até então fora de redes, e
substituindo outras tecnologias mais antigas como Bitnet, Fidonet etc,
(fig.2).
5
Fi
gura 2 Conectividade Internacional (1997), Livro Verde (2000, p.4).
Esse desenvolvimento e crescimento da Web oferecem um ambiente
promissor para o profissional da informação que queira diversificar seus
serviços e atingir um novo tipo de usuário presente na nova sociedade da
informação.
Segundo levantamento feito pelo IBOPE/Net ratings, disponível no
CETIC.br (http://www.cetic.br/usuarios/ibope/tab02-06.htm), a média de
crescimento no Brasil, entre os anos de, 2005 e 2007 foi de 25,14%,
conforme pode ser visualizado na Tabela 1.
6
Tabela 1 Evolução Mundial Internet 2005-2007, CETIC. br (2008).
Atualmente,
segundo
levantamento
estatístico
feito
GNETT
-
IBOPE//NetRatings, o número de domicílio com acesso á internet, cresceu
entre os anos de 2005 e 2008, uma média de 0,18%, conforme pode ser
visualizado na Tabela 2.
Tabela 2 Internet nos domicílios, Cetic.br (2008).
PENETRAÇÃO DA INTERNET NOS DOMICÍLIOS*
Percentual de domicílios com acesso à internet via um computador doméstico
Fonte: GNETT - IBOPE//NetRatings
2008
2005
Total de
domicílios 2º tri. 1º tri. 4º tri. 3º tri. 2º tri. 1º tri. 4º tri. 3º tri. 2º tri. 1º tri. 4º tri. 3º tri. 2º tri.
2008 2008 2007 2007 2007 2007 2006 2006 2006 2006 2005 2005 2005
Percentual 19%
2007
18%
18%
17%
15%
2006
14%
13%
12%
12%
12%
12%
11%
11%
Não somente o número de usuários da internet no Brasil cresce de forma
exponencial,
como
também
o
número
de
residências que
possuem
computador. Na Tabela 3, podemos visualizar um crescimento médio anual
de 0,37% em relação aos anos de 2005 a 2008.
7
Tabela 3 Domicílios que possuem computador, CETIC. br (2008).
PENETRAÇÃO DO COMPUTADOR NOS DOMICÍLIOS*
Percentual de domicílios com computador doméstico Fonte: GNETT - IBOPE//NetRatings
Total
de
domicíli
os
%
2008
2007
2006
2005
2º tri.
2008
1º tri.
2008
4º tri.
2007
3º tri.
2007
2º tri.
2007
1º tri.
2007
4º tri.
2006
3º tri.
2006
2º tri.
2006
1º tri.
2006
4º tri.
2005
3º tri.
2005
2º tri.
2005
45,4
%
43,2
%
41,9
%
39,9
%
37,3
%
35,0
%
31,9
%
30,7
%
31,2
%
30,9
%
30,4
%
28,4
%
27,5
%
* Base: Total de domicílios com linhas telefônicas fixas
Um aspecto interessante é o crescimento do número de usuários
residênciais no Brasil, que utilizam banda larga, conforme pesquisa feita
pelo IBOPE/NetRatings, na tabela 4, tínhamos em set.2006 havia 9,6
milhões de usuários e, em 2 anos, esse número duplicou para 18,3 milhões
de usuários, um crescimento de aproximadamente 90,62%.
Tabela 4 Usuários residenciais no Brasil com Banda Larga, CETIC. br (2008).
Milhares
Usuários
% do Total
Abr/08
18,3
82%
Mar/08
18,3
81%
Set/07
15,4
76,4%
Abr/07
11,9
75%
Set/06
9,6
70,1%
O crescimento de domínios no Brasil, também foi relevante nos últimos
anos, entre os anos de 2006 a 2008, como demonstra a tabela 5. Em Janeiro
de 2006, a quantidade de domínio no Brasil era de 867 mil, em 2008, esse
número teve um aumento aproximado de 43,13%, subindo para 1.241
milhão, em apenas 2 anos.
O fato da Internet, ter se tornado um canal alternativo, rápido, e barato,
tem se tornado indispensável na sociedade, sua adesão pela população tem
sido gradativa, e em velocidades maiores que outros mecanismos de
comunicação de massa.
8
Tabela 5 Quantidade de domínios no Brasil em 2008 (Milhares), Fonte CETIC. br (2008).
Milhares
2006
2007
2008
Jan
867
1.037
1.241
Fev
881
1.053
1.251
Mar
899
1.074
1.274
Abr
912
1.090
1.298
Mai
928
1.114
1.342
Jun
944
1.135
1.375
Jul
958
1.152
1.416
Ago
978
1.174
-
Set
991
1.193
-
Out
1.006
1.212
-
Nov
1.021
1.226
-
Dez
1.025
1.231
-
A Internet vem evoluindo a cada dia, novas funções e usos são
acrescentados aos mecanismos de busca, e são utilizados como fontes de
informações, entretenimento, serviços, educação e comunicação entre
pessoas.
Más que um canal para “divulgar” a marca, a rede deve ser
entendida como uma oportunidade para que a marca seja vista
como um suporte para atividades relevantes para este público:
contato, serviços e entretenimento, principalmente se isso
envolver algum tipo de interatividade. (JULIASZ, 2006, p. 110)
Conforme a Tabela 6, tivemos uma média de crescimento dos domínios no
Brasil, de aproximadamente 19% ao ano, entre os anos de 2000 a 2007.
Tabela 6 Media de Crescimento de domínios no Brasil de 2000 a 2007, Fonte CETIC.br (2008).
Milhares
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
Domínios
359,7
447,9
413,4
539,3
708,9
858,6
1.025
1.231
9
O sucesso da Web no Brasil não pode ser medido apenas pelo número de
pessoas conectadas, mas principalmente pela intensidade, sofisticação e
variedade do uso que nossos internautas fazem da rede, quando comparadas
com nações em um estágio de desenvolvimento bastante superior ao nosso.
Juliasz (2006 p.109).
Segundo Castells (2002, p.439)
A Internet tem tido um índice de penetração mais veloz que
qualquer outro meio de comunicação na história: nos Estados
Unidos, o rádio levou 30 anos para chegar a sessenta milhões
de pessoas; a TV alcançou esse nível de difusão em 15 anos; a
Internet fez em apenas 3 anos [...] O resto do mundo está
atrasado
em
relação
à
América
do
Norte
e
os
países
desenvolvidos, mas o acesso à Internet e seu uso os estavam
alcançando rapidamente nos principais centros metropolitanos
de todos os continentes.
O Brasil saiu de uma situação em 2001, em que 90% das pessoas que
navegavam na Internet, tinham conexão discada, para 76% navegando em
banda larga em 2007, lembrando que, em 1995 a velocidade de acesso ficava
entre 9,6 Kbps, chegando raramente a 28,8 Kbps. Hoje o pacote mais barato
de banda larga, possui uma velocidade de 256 Kbps, chegando a 30 MBps,
ou seja, tivemos um grande avanço tecnológico nos últimos anos.
O desenvolvimento promovido pelas tecnologias da informação apresenta
aos profissionais da informação grandes desafios, vinculados à organização e
tratamento da informação.
A informação, sendo considerada como um bem, aumenta de
forma
considerável
a
responsabilidade
das
unidades
de
informação, que além de exercerem seu papel habitual junto à
sociedade,
passam
a
ser
componentes
estratégicos
no
10
desenvolvimento da economia de qualquer nação.(ARAÚJO,
2000, p.2)
Para Souza e Alvarenga (2004, p.133) a Web, apesar de ter sido projetada para
possibilitar o fácil acesso a informação, teve um crescimento desestruturado e
caótico, sendo hoje, um imenso repositório de documentos que, apesar da
evolução dos Motores de Busca1, é pouco eficaz na recuperação da
informação.
Para minimizar os impactos do crescimento desordenado da
Internet, acreditamos que, as unidades de informação podem
utilizar as ferramentas apresentadas para promover seus
serviços disponíveis na Internet. Para isso, será necessário que
a
unidade
de
informação
adote
uma
abordagem
de
administração orientada para o marketing, e com isso, passe a
elaborar
e
executar
planos
regulares
para
promoção
e
divulgação de seus serviços na Internet. (ARAÚJO 2000, p.15)
Nesse novo contexto, não basta somente ter infra-estrutura, é necessário
possuir competência, para transformar informação em conhecimento. Esse
perfil requer além de outras competências capacitação tecnológica, e
competências
informacionais,
que
permitam
o
compartilhamento
de
conhecimento, informações e dados.
Com a Web, a publicação e o acesso à informação tornaram-se
ações de fácil execução para quaisquer indivíduos. As pessoas,
ao redor do mundo, passaram a ter em suas mãos a
possibilidade de participar ativamente nesses processos. Desde
sua criação, a Web tem evoluído com a adição de novos serviços
e funcionalidades que, cada vez mais, permitem que os seus
1 Um motor de busca é um programa feito para auxiliar a procura de informações
armazenadas na rede mundial (WWW), dentro de uma rede corporativa ou um computador
pessoal.(Wikipedia)
11
usuários participem de forma ativa na construção e organização
dos conteúdos lá disponíveis. (CATARINO e BAPTISTA, 2007,
p.2)
Hoje temos um cenário, em que lidamos com usuários que podem ser, ao
mesmo tempo, leitor, autor e classificador da informação. Essa possibilidade
de construção dinâmica, segundo Gracioso (2007, p.2), só foi possível
através do contexto Web.
Segundo Bax (1998, p.5), para que as bibliotecas que tenham maior
proveito dessas novas tecnologias, será necessário trazer a Web para o
mundo das bibliotecas e centros de informação. Por isso, devem procurar
conhecer e dominar as diferentes tecnologias, usadas para construir e
disponibilizar a informação.
Ainda o mesmo autor, coloca a importância da Web para as Unidades de
Informação, Bibliotecas e Centros de Informação, e pela maneira pelo qual
vêm mudando a forma em que as bibliotecas servem seus usuários.
Vivemos uma época em que o número de usuários da Internet, cresce
gradualmente, e que provedores de informações comerciais oferecem serviços
de buscas cada vez mais sofisticados, como Altavista nos EUA por exemplo,
e a biblioteca como uma unidade informacional, não deve se tornar estática
diante desses novos processos.
Esses novos serviços, oferecidos pela Web, devem ser utilizados pelos
profissionais da informação, pois estes estão a cada dia, mais presentes na
vida de nossos usuários.
As tecnologias devem ser vistas como aliadas nos serviços
bibliotecários. O foco de atuação do profissional da informação,
no futuro deverá deslocar-se do processo de busca e acesso à
informação para a criação de infra-estrutura de pesquisa,
12
desenvolvimento de plataformas de publicação e programas
para a capacitação dos usuários. Tais atividades permitirão ao
bibliotecário assumir, cada vez mais, o seu papel de educador
para o uso dos recursos informacionais. (SCHWEITZER, 2008,
p.16)
Essas tendências, observadas na maneira com que as pessoas hoje se
comunicam,
interagem,
participam
da
pesquisam,
criação
e
compartilham
re-mistura
de
conhecimento,
novos
e
conteúdos,
tem, obviamente, um impacto sobre a biblioteca, os seus serviços, e as
expectativas de ambos.
Conforme Gracioso (2007, p.4), a biblioteca diante desse dinamismo
informacional promovido principalmente pela Web 2.0, precisa repensar
suas ações e atuação nesse espaço on-line.
Dentro desse contexto, buscamos identificar alguns recursos da Web
(especificamente Web 2.0), que poderão permitir que o conhecimento seja
utilizado coletivamente. Assim, pretendemos mencionar alguns recursos
tecnológicos que têm permitido repensar a atuação das bibliotecas e
unidades de informação nesse espaço on-line.
5 BIBLIOTECA: NOVOS PARADIGMAS FRENTE ÀS TECNOLOGIAS
WEB 2.0
Com o desenvolvimento tecnológico, surgem novas perspectivas para o
profissional da informação, tendo como proposta, o aproveitamento coletivo,
a colaboração, interação e a participação do usuário, nos serviços das
unidades de informação.
Esse novo modelo de biblioteca começou a ser repensado, a partir do
surgimento
da
Web
2.0,
que
possui
como
filosofia
o
dinamismo,
compartilhamento e interatividade. Diante disso, as bibliotecas começam a
13
perceber a aplicabilidade dessas ferramentas para a promoção e uso da
informação.
Não nos ateremos aqui, a fazer um recorte histórico sobre a constituição da
Web, porque não é o objetivo desse trabalho, porém recorreremos a alguns
conceitos que servirão como embasamento da constituição da biblioteca 2.0.
O termo Web 2.0, surgiu na Conferência da MediaLive e O’Reilly Media, em
São Francisco, onde se discutia a idéia de uma Web dinâmica e interativa,
em que os internautas poderiam colaborar com a criação de conteúdo.
Assim, começava a nascer a segunda geração de serviços online
e o conceito da Web 2.0, surgindo um nível de interação em que
as pessoas poderiam colaborar para a qualidade do conteúdo
disponível, produzindo, classificando e reformulando o que já
está disponível. (BLATTMANN; SILVA, 2007, p.197)
Ainda os mesmos autores colocam que, a Web 2.0 passa a ser
descentralizada, onde o sujeito torna-se um ser ativo e participante da
criação, seleção e troca de conteúdo, postado em um determinado site por
meio de plataformas abertas.
O’Reilly (2005, p.2), define Web 2.0, como uma mudança para uma
Internet plataforma, onde o objetivo é desenvolver aplicativos que aproveitem
a inteligência coletiva em rede.
Dentre essas tecnologias, Arnal (2007, p.98), descreve o surgimento das
aplicações AJAX, MASHUPS e o Software Social.
O Ajax seria uma combinação de XML e JavaScript, que possibilita criar
aplicações Web mais interativas com o usuário, dinâmicas e flexíveis,
citamos como exemplo o Google Maps, Gmail e o Flickr, que tornam a
experiência do usuário mais rica através de construções participativas.
14
Segundo Fontes (2006, p.15), o Ajax é um modelo assíncrono que possui
interface natural e intuitiva. É utilizado pelos navegadores modernos, seu
fluxo é baseado em dados, não em páginas, não necessita de plugs e reduz a
carga na rede, pois somente dados solicitados pelos usuários são trafegados.
Os Mashups são conjuntos de aplicativos interativos que integram dados e
serviços Web, utilizando o conteúdo de mais de uma fonte para criar um
novo serviço, um excelente exemplo intuitivo é o Aytozon, que combina
dados da Amazon e do E_bay, onde os usuários comparam preços entre os
produtos de ambas. Para Merrill (2006, p.3), trata-se de uma aplicação Web
de integração de dados.
A Biblioteca Municipal de Muskiz (Espanha), (fig.3), oferece um exemplo da
aplicabilidade da ferramenta Mashups em bibliotecas, utilizando em seu site
o serviço Google Maps, na localização da biblioteca.
Figura 3 Mashup,.Biblioteca Municipal de Muskiz, (2008).
Por fim temos o software social, citado por Arnal (2007, p.98), que abriga
programas voltados para colaboração, tendo como princípio estimular as
relações dos grupos em rede, no que se refere ao aproveitamento da
inteligência coletiva.
15
Também são aplicações Web 2.0, no qual permitem a comunicação entre os
indivíduos através da rede. Podemos citar como exemplos os Blogs, Fóruns,
Wikis entre outros.
Essas inovações demonstram qualidades notáveis, quanto à possibilidade
de aplicação nas Unidades de Informação, devido, em sua maioria, serem
programas abertos. Assim não necessitam de instalação, não há lançamento
de novas versões e o aprimoramento é contínuo, além de possuírem designes
interativos que facilitam a utilização.
A Web, segundo Bax (1998, p. 8) é uma plataforma onde a distribuição de
informação multimídia é realizada de forma bastante natural, e cada vez
mais simples, à medida que novas ferramentas de editoração e conversão
são produzidas.
Os conteúdos segundo O’Reilly (2005, p.3), também tiveram modificações,
devido à possibilidade do usuário, poder participar através de comentários,
avaliações e personalização de conteúdos.
Para o autor, na Web 2.0, os conteúdos devem ser abertos, utilizando
licenças como "Creative Commons2" que flexibilizam os direitos autorais,
permitindo que o usuário reutilize as informações, republicando, alterando
ou colaborando, com o conteúdo.
Na Web 2.0, o conteúdo é organizado pelo internauta através de marcações
ou Tags, onde o usuário define a palavra-chave que será dada a determinada
informação. Quanto mais o usuário se tornar participativo no processo de
2 Creative Commons, conhecido também pela sigla CC, é um projeto sem fins lucrativos
que disponibiliza licenças flexíveis para obras intelectuais garantindo proteção e liberdade.
(CREATIVE COMMONS BRASIL, 2006)
16
organização da informação, mais ele irá entender o seu funcionamento,
aumentado suas chances de localizar a informação.
Outra ferramenta apresentada por O’Reilly (2005, p.4), seria a chamada
CGM (Consumer-Generated Media), no qual define como um termo utilizado
para descrever o conteúdo, criado e divulgado pelo próprio consumidor. O
CGM está presente nos comentários de fóruns, lista de discussão, blogs,
fotoblogs, comunidades, grupos, sites participativos (You Tube) ou na
própria Wikipédia.
Os consumidores utilizam essas ferramentas, para divulgar experiências
pessoais e opiniões em relação a produtos, marcas, serviços, empresas,
notícias entre outros.
O marketing também sofreu modificações. Nesse novo contexto, que
O’Reilly (2005, p.3) chama de Marketing de Performance, o consumidor
passa de passivo para ativo, ou seja, o consumidor recebe a mensagem e
interage com ela, formando um relacionamento entre o emissor e receptor.
Para Davis (2007, p.1), a Web 2.0 é uma atitude e não uma tecnologia, pois
trata da possibilidade e o incentivo a participação através de aplicações
socialmente abertas.
Sendo
assim,
novas
ferramentas
surgem
com
características
de
colaboração, compartilhamento e interação. Na Tabela 7, podemos fazer uma
comparação entre as ferramentas utilizadas na Web 1.0 e Web 2.0.
Tabela Comparação das Ferramentas Web 1.0 e 2.007, O’Reilly (2005,p.3).
Comparação das ferramentas Web 1.0 e 2.0
Web 1.0
Web 2.0
DoubleClik
Google AdSense
Ofoto
Flickr
17
Akamai
BitTorrent
Mp3.com
Napster
Britânica Online
Wikipédia
Websites pessoais
Blogs
Busca por domínios
Motores de busca otimizados
Publicando
Participando
Gerenciamento de Conteúdos
Wikis
Taxonomia (Diretórios)
Folksonomia (tags)
Analisando o quadro acima, percebemos que a Web 2.0 começa a valorizar
o conhecimento coletivo, abrindo caminhos para troca de informação e
compartilhamento, através de aplicativos interativos e sociais.
Passemos então a falar de sua aplicabilidade nas bibliotecas e sua
importância nos serviços de informação.
6 BIBLIOTECA 2.0
Como
discutido
no
item
anterior,
as
tecnologias
de
informação,
especificamente as advindas da Web 2.0, tem gerado um grande impacto nos
serviços oferecidos pela Internet, inclusive na forma do usuário receber,
tratar e recuperar a informação.
Desse modo, partimos do pressuposto de que os profissionais que atuam
em unidades de informação sejam Bibliotecas Universitárias, Públicas ou em
Instituições Privadas, precisam compreender que, além dos princípios
básicos da biblioteconomia, necessitam reformular seus processos, e
interagir nesse contexto de mudanças tecnológicas.
18
Criar espaços criativos, flexíveis, dinâmicos, participativos valorizando a
inteligência coletiva e com foco no usuário, são desafios para os profissionais
da informação hoje.
Segundo Maness (2006, p.2), a Biblioteca 2.0 pode ser definida como uma
aplicação interativa e colaborativa nos serviços de bibliotecas, baseada em
tecnologias Web 2.0, e centrada no usuário. Conclui que Biblioteca 2.0 está
voltada para o compartilhamento da informação e não para o acesso.
Para Arnal (2007, p.98), trata-se da aplicação de tecnologias e filosofia da
Web 2.0 nas coleções e serviços da biblioteconomia tanto virtual como real.
Casey (2006, p.2) fala que a idéia de Biblioteca 2.0, nasceu da biblioblogsfera,
através de diversos pensadores, coloca que ferramentas como blogs, wikis e
demais aplicações colaborativas serão usados tanto para comunicação entre
os bibliotecários como serão aproveitas para elaboração de melhores serviços
aos usuários.
Para Martín (2008, p.5) a Biblioteca 2.0 é aquela que utiliza ferramentas
tecnológicas de participação, para mudar os recursos da biblioteca,
utilizando
princípios
da
Web
social,
(arquitetura
de
participação
e
inteligência coletiva).
Resumidamente, podemos concluir, baseando-se nas definições acima, que
biblioteca 2.0 nada mais é do que aplicação de tecnologias Web 2.0, nos seus
serviços informacionais que promovem o compartilhamento, criação e
classificação da informação a partir da inteligência coletiva.
Tanto Abram (2007, p.2) como Deschamps (2007, p.9), recomendam um
programa de aprendizagem das ferramentas Web, que poderiam ser
adotadas em uma biblioteca. Entre as ferramentas citadas pelos autores,
temos o Blog, Flickr, RSS, Delicious, Wikis entre outros.
19
Percebemos que, muito tem se falado sobre a aplicação dessas ferramentas
em bibliotecas, no Brasil poucas bibliotecas têm aderido essas tecnologias e
encontramos raras bibliografias que falam do assunto.
Países como Portugal, Venezuela e EUA, têm apresentado maiores índices
de utilização das ferramentas Web como Flickr, Delicious, RSS, Blogs, Chat
entre outros de acordo com a bibliografia utilizada para a produção desse
trabalho.
A resistência por parte dos profissionais da informação, que se restringem
á utilização de recursos tradicionais, seja por dificuldade de adaptação, falta
de segurança, fatores pessoais ou culturais, têm sido uma das dificuldades
encontradas na utilização das ferramentas tecnológicas disponíveis na Web
2.0.
Vivenciamos um período, onde nosso usuário espera, e não se satisfaz com
catálogos estáticos, muitos de nossos usuários, talvez a maioria, têm
substituído, ou colocado como segunda opção a pesquisa nos catálogos
tradicionais por buscadores que se nomeiam de “Biblioteca Universal”. Por
isso, a necessidade de repensar em um novo modelo de biblioteca, que
atenda essa nova geração de usuários que faça seu papel como núcleo
informacional.
Segundo Blair (2008, p.3 apud GRACIOSO, 2003, 2007), “os usuários
atualmente
têm
condições
diferenciadas
tanto
para
descrever
suas
demandas informacionais, como para discriminar os conteúdos, que lhe são
retornados”
A evolução da Web possibilita a criação de espaços cada vez
mais interativos, nos quais os usuários possam modificar
conteúdos e criar novos ambientes hipertextuais. Estes recursos
20
são possíveis devido a uma nova concepção de Internet,
chamada Internet 2.0, Web 2.0 ou Web Social. (BLATTMANN;
SILVA, 2007, p.192)
Gracioso (2008, p.4) salienta que essa nova geração de usuário adquiriu
condições de ser organizador, produtor e disseminador da informação,
havendo um alargamento do papel do sujeito pesquisador com a emergência
do contexto on-line da informação.
Desse modo, a autora discute sobre a posição da biblioteca diante desse
contexto, de dinamismo e imprevisibilidade, fazendo desses recursos de
produção do conhecimento um desafio para área.
Se pensarmos, no desenvolvimento da biblioteca ao longo dos séculos,
promovendo a organização, recuperação e a disseminação da informação,
veremos que, ao longo dos anos, foram sendo desenvolvidas novas formas de
tratamento e disponibilização da informação de acordo com o desenvolvimento
da sociedade.
Sendo assim, podemos pensar que estamos vivendo, num novo contexto
chamado Sociedade da Informação, que implica diretamente na forma da
organização,
disponibilização
e
tratamento
do
conhecimento
e
da
informação.
No quadro comparativo abaixo (Tab.8), identificamos alguns serviços da
biblioteca tradicional, e a nova proposta de biblioteca baseada em tecnologias
Web
Tabela 8 Comparação Biblioteca Tradicional e Biblioteca no contexto Web 2.0, elaborado com base
nos textos utilizados nesse trabalho
Comparação Biblioteca Tradicional e Biblioteca no contexto Web 2.0
Biblioteca Atual
Biblioteca 2.0
21
Democratização e acesso a
Compartilhamento de Informação
Informação
Estática não sofre alteração
Colaboração, o usuário consegue
participar ativamente na criação dos
conteúdos
Disponibiliza a Informação
Interativa, Redes participativas
Foco na Coleção
Centrada no Usuário
Usuário vai a biblioteca
Biblioteca vai ao usuário
Inteligência Individual
Inteligência Coletiva
A biblioteca tradicional tem como característica, a utilização de tecnologias
Web 1.0, ou seja, possui tutorial baseado em texto, FAQ, Lista de correio
eletrônico, classificação controlada e catálogo impresso.
A biblioteca 2.0, poderia ser descrita, como uma mídia interativa e
colaborativa, com aplicativos como Chat, Blogs, Wikis, RSS, e a participação
do usuário na classificação através de Tags além da possibilidade de
comentar a informação recebida, através da opção “Comentários”, utilizado
por Blogs atualmente.
Para Coyle (2007, p.291) afirma que vivemos uma década na qual os
usuários participam e criam conteúdo na Web, estão habituados a postar
comentários em blogs, e suas idéias através de Wikis, criar uma identidade
no seu próprio My Space. Eles tentam interagir com os recursos
informacionais e não só consumi-los.
As bibliotecas tradicionais são criadas por profissionais que utilizam um
conjunto de regras, que não permite a interação com o usuário. Muitos
profissionais ainda resistem a idéia de que o usuário possa ser autorizado a
modificar ou adicionar informações ao catálogo.
22
Segundo Coyle (2007, p.291), os usuários esperam poder compartilhar
recursos informacionais, como por exemplo, a utilização de Bookmarking,
onde os usuários compartilham seus favoritos.
Algumas bibliotecas como a
Minneapolis
MN
(US),
Library Hennepin County, localizada em
(http://www.hclib.org/),
(Fig.4),
visando
maior
integração com usuário agregam em seu catálogo link para comentário, onde
qualquer usuário pode incluir informações sobre determinado item e
compartilhar informações com outros usuários. Com isso, percebemos que
estamos falando de mudanças que já estão ocorrendo nas bibliotecas.
Figura 4 Library Hennepin County (2008): Catálogo com opção de comentários
Esse serviço é comum em blogs, e em sites comerciais. Em bibliotecas,
pouco se tem explorado, porém trata-se de uma ferramenta potencial de
diálogo entre usuários de mesmos interesses, ou seja, uma ferramenta para
construir relações entre as pessoas.
Segundo Casey (2006, p.1), a Biblioteca 2.0 possui quatro elementos
essenciais:
23
•
É centrada no usuário: o usuário começa a participar da criação de
conteúdos e dos serviços da biblioteca;
•
Fornece uma experiência Multi-Media: Coleções e serviços da biblioteca
contem componentes de áudio e vídeo;
•
É
socialmente
instantâneas)
rica:
e
Possuem
assíncronas
mensagens
(wikis),
Síncronas
usuários
e
(mensagens
bibliotecários
comunicam-se entre si;
•
É comunalmente inovadora: Este talvez seja o aspecto mais importante
da Biblioteca 2.0, pois as bibliotecas devem permitir aos utilizadores
sejam criadores de novos serviços da biblioteca, e permitam que não só
usuários que buscam a informação encontrem como utilizem a
informação.
Coyle (2007, p.290) comenta sobre a necessidade de criação de novos
serviços aos usuários, ou seja, um novo modelo de biblioteca, focada no
usuário. Para isso, exigem-se competências do profissional da informação,
para gerenciar e utilizar as tecnologias disponíveis hoje na Web.
Ao incorporarem tecnologias da Web 2.0, os profissionais da
informação precisam conhecer as tecnologias disponíveis, suas
vantagens
e
possíveis
inconveniências.
Será
necessário
conhecer e estudar as ferramentas simples, fáceis de usar,
eficazes, de baixo custo e alto retorno para dinamizar o fluxo da
informação. (BLATTMANN; SILVA, 2007, p.211)
Hoje, procuramos soluções não de como buscar os usuários para a
biblioteca, e sim como levar a biblioteca até o usuário. Por isso, a
necessidade de mudanças na maneira de gerenciar e aproveitar os recursos
oferecidos pela Web 2.0.
24
Casey e Savastinuk (2006, p.3) explicam que no mundo atual, muitos dos
serviços oferecidos pelas bibliotecas não são usados pela maioria dos
usuários. A utilização de serviços personalizados e participativos pode
melhorar o desempenho da biblioteca, não importando a ferramenta
adotada.
Seguindo essa linha de raciocínio, serão apresentadas a seguir aplicações
de tecnologias Web 2.0, que podem ser utilizadas pelas bibliotecas, para
auxiliar na organização e estruturação da informação. Procuramos, na
medida
do
possível,
apresentar
exemplos
reais
de
profissionais
da
informação que estão aderindo essas novas tendências tecnológicas.
6.1 Folksonomia
Para Catarino e Baptista (2007, p.2) folksonomia é um neologismo criado
em 2004, por Thomas Vander Wal, a partir da combinação entre Folk (Povo,
Pessoa) e Taxonomy (Taxonomia). Tecnicamente, para Wal (2005, p.1),
folksonomia é o resultado da codificação de informações pessoais, feita em
ambientes sociais.
Nesse estudo iremos nos referir somente a Tags, ou seja, palavras- chave
ou etiquetas atribuídas pelo usuário.
Trata-se de uma ferramenta que possibilita ao usuário indexar conforme
seus conhecimentos o conteúdo de seu interesse, para recuperação
posterior. Um exemplo prático desse tipo de ferramenta, seria Delicius ou o
software Connotea, onde permite o usuário indexar e catalogar sites, e ao
mesmo tempo compartilhá-lo com outros usuários.
Pavan et al (2007, p.78) colocam que, esses tipos de ferramentas utilizadas
na organização da informação, onde são utilizadas Tags, atribuídas pelo
25
usuário e denominada cientificamente como Folksonomia, representam uma
perspectiva acadêmica que possibilita o usuário organizar, compartilhar e
buscar novas leituras dentro de várias áreas do conhecimento.
Podemos citar como exemplo desta aplicação softwares sociais como Flickr,
Delicious, You Tube, entre outros. O advento de Tags facilitou a organização
do conteúdo na Web. Há centenas de exemplos de aplicações de Tags, porém
o que vem se destacando atualmente são as chamadas “Nuvens de Tag”,
(Fig.5).
Figura 5 Nuvem Tag, Bitblio (2008).
As “Nuvens de Tag” foram criadas pelo blog SeatlePi.com (http://blog.seatt
lepi.nwsource.com/microsoft/archives/110473.asp).
Apresentam
palavras-
chave utilizadas pelos navegantes, demonstrando através dos tamanhos das
palavras a frequência de busca, de forma que, quanto mais buscas houver pela
palavra, maior será sua representação nas “Nuvens de Tags”.
Para Vieira, Carvalho e Lazzarin (2008, p.8), as Tags habilitam os usuários
a criarem cabeçalhos de assuntos para o suporte informacional e aproveitam
ao mesmo tempo a inteligência coletiva, o que pode auxiliar o processamento
técnico feito pelo profissional da informação.
26
Mathes
(2004,
p.1)
aponta
três
abordagens
para
classificação
da
informação:
•
Classificação desempenhada pelos catalogadores bibliotecários, que
requer controle e estudo do vocabulário;
•
A criação de metadados, onde o autor cria alternativas às classificações
criadas pelos profissionais especializados;
•
A folksonomia que trata de um trabalho realizado coletivamente por
usuários das ferramentas ou sites, que organizam a informação
atribuindo uma classificação através da sua própria linguagem.
Catarino e Baptista (2007, p.2) destacam três fatores essenciais na
folksonomia:
•
A indexação é livre e feita pelo próprio usuário;
•
Objetiva a recuperação posterior da informação;
•
É desenvolvida em ambiente aberto, possibilitando o compartilhamento e
em alguns casos até a construção da informação.
Podemos observar, através dos tópicos acima, que a folksonomia é um
serviço típico da Web 2.0, cuja característica é o compartilhamento e a
colaboração na construção dos conteúdos.
Como exemplo de utilização dessa ferramenta em Unidades de Informação,
temos o Flickr, disponível gratuitamente na Internet, onde algumas
bibliotecas como Library of Congress, têm utilizado para indexação do seu
acervo fotográfico.
27
A seguir são demonstradas outras ferramentas tecnológicas que podem ser
aplicadas
em
Unidades
de
Informação.
Entretanto
achamos
melhor
categorizá-las nos serviços de referência e promoção da biblioteca, devido às
suas funcionalidades, estarem ligadas a técnicas conceituais, da prática do
serviço de referência em bibliotecas.
6.2 Serviços de referência a partir de tecnologias Web 2.0
A utilização de recursos Web, nos serviços de referência em bibliotecas e
unidades de informação, pode agregar valor e permitir a veiculação da
informação
com
mais
facilidade
e
rapidez,
além
de
aumentar
substancialmente a eficácia de serviços como DSI.
A essência do conceito de referência é o atendimento pessoal do
bibliotecário profissional preparado para esse fim ao usuário
que, em momento determinado, o procura para obter uma
publicação ou informação por ter alguma dificuldade, ou ainda,
não encontrando a informação na biblioteca, precisa ser
encaminhado para outra instituição. (MACEDO, 1990, p.12)
Nesse intuito, demonstramos através desse trabalho que a Web 2.0, facilita
esse contato entre o profissional da informação e o usuário, através de
ferramentas e aplicações tecnológicas.
O conceito moderno de referência, relacionado a realidade
presente, se alarga para um tipo de serviço mais aberto
utilizando-se de vários meios de materiais, não se confinando a
fontes internas. Atende o usuário pessoalmente, mas também,
por
telefone,
carta,
via
computador;
utiliza
coleções
bibliográficas e multimeios do próprio sistema de informação ou
da base de cooperação com outras bibliotecas. Visa, enfim,
alcançar a satisfação do usuário real e potencial, em qualquer
tipo de propósito, desde a resposta a uma simples pergunta, até
28
a
orientação
no
bibliográficos
e
uso
a
da
biblioteca,
disseminação
aos
seletiva
levantamentos
da
informação.
(MACEDO, 1984, p.65)
Partindo da citação acima, Macedo define o conceito de serviço de
referência moderno como um sistema aberto com a finalidade da satisfação
do usuário, onde o bibliotecário deve-se utilizar dos meios disponíveis, para
essa finalidade.
Podemos concluir que ferramentas como Chat, Wiki, Blog e Redes Sociais,
podem se constituir em potenciais ferramentas de Referência.
Ainda Macedo (1984, p.66) cita quatro linhas de atuação do serviço de
referência
•
Referência
propriamente
dita
[...]
o bibliotecário aguardando
ser
procurado pelo usuário, responde a questões de referência e assiste o
mesmo em suas dificuldades de localização e de obtenção de informação,
[...];
•
Orientação formal ao usuário quando o setor programa, de forma
sistemática, visitas orientadas, cursos, etc., para instruir os usuários no
manejo da biblioteca, na pratica da pesquisa bibliográfica, etc.;
•
Disseminação da informação que se preocupa em antecipar a busca da
informação
informáticos;
pelo
usuário,
sínteses
da
preparando
informação;
boletins
bibliográficos
instrumentos
de
alerta
e
e
disseminação seletiva, corrente, da informação, não obrigando a vir
amiúde á biblioteca;
29
•
Divulgação e interpretação da biblioteca de meios vários: impressos,
comunicação visual, audiovisuais etc., a fim de mostrar ao usuário o que
existe e como funciona o sistema de informação.
Para efeito da análise proposta no início deste trabalho, dar-se-à ênfase as
tecnologias presentes na Biblioteca 2.0, divididas em três partes: a primeira
tratando das ferramentas disponíveis, que irão ajudar o bibliotecário na
orientação ao usuário, atendendo o item 1 e 2 colocado por Macedo, a
segunda parte trataremos das ferramentas de Alerta e Disseminação Seletiva
da Informação da Biblioteca 2.0 conforme o item 3, e, por último,
abordaremos as ferramentas de divulgação da biblioteca.
6.3 Instrumento tecnológico da Biblioteca 2.0 como meio de orientação ao
usuário
Segundo os autores Nascimento e Burin (2006, p.136), a rápida
proliferação da Internet fez com que se formassem diversos grupos de
usuários. Trazendo a necessidade dos bibliotecários e profissionais da
informação modificarem os padrões tradicionais de prestação de serviços,
para que possam atender a essa demanda informacional.
Expandir os serviços de referência para além das estruturas
físicas das bibliotecas e unidades de informação, desenvolvendo
um trabalho em sintonia com o aumento das expectativas dos
usuários
e
promovendo
a
atualização
profissional
dos
bibliotecários, com relação aos novos recursos informacionais, é
a atual meta dos serviços de referência nas unidades de
informação (NASCIMENTO; BURIN, 2006, p.134)
Redefinir o processo de referência, decidir estratégias para a educação do
usuário e divulgação de maneira satisfatória são alguns pontos a serem
considerados pelo serviço de referência.
30
O profissional bibliotecário, frente a essas mudanças, deve estar
preparado para executar suas funções em novos ambientes de
trabalho,
com
novas
ferramentas,
desenvolvendo
novas
metodologias e novos produtos. Este profissional deve inovar
suas práticas, trabalhando para otimizar o uso dos recursos
informacionais
existentes
na
biblioteca
e
acessíveis
virtualmente. (SCHWEITZER, 2008, p.16)
Levando em consideração os novos recursos informacionais, procuramos
demonstrar algumas ferramentas tecnológicas da Web, que estão sendo
utilizadas por bibliotecas nos serviços oferecidos aos usuários.
No primeiro momento trataremos das tecnologias que promovem a
comunicação entre o usuário e a biblioteca.
6.3.1 Mensagens Instantâneas (IM): Chat
Segundo Macedo (1984, p.72), uma das funções de uma biblioteca ou
centro de informação, consiste na assistência pessoal aos usuários que
buscam informação.
Sendo assim, estudaremos nesse item, a importância do uso da ferramenta
Chat em bibliotecas, e como pode facilitar a comunicação e a aproximação
do profissional da informação ao usuário.
As tecnologias de informação e comunicação estão cada vez mais presentes
na vida de nossos usuários, proporcionando meios de compartilhar uma
complexa rede de informações e recursos.
Como ferramentas de mensagens síncronas, ou simplesmente IM, podemos
citar o IRC (Internet Relay Chat), ou simplesmente Chat, que permite a
comunicação em tempo real entre os indivíduos.
31
Algumas bibliotecas têm utilizando esse serviço, onde usuários podem se
comunicar com bibliotecários sincronicamente, através do serviço de
referência, “Chat”, como exemplo, citamos a National Library of Australia
(http://www.nla.gov.au/askalibrarian, conforme demonstrado na Figura 6.
Figura 6 Chat, National Library of Australia (2008).
Apesar de a National Library of Autralia, ainda oferecer serviço FAQ,
incluiu também em seu catálogo a opção de Chat. Muitas bibliotecas têm
substituído o serviço de FAQ pelo Chat, por ser mais próximo da vivência
dos usuários hoje.
Outro formato de Chat, muito utilizado é o oferecido pela Library Hennepin
County, localizada em Minneapolis MN (US), onde aparece automaticamente a
caixa de diálogo quando o usuário acessa o link “Chat a Librarian”, (Fig.7),
inclusive o serviço fica disponível para o usuário durante as pesquisas no
catálogo.
32
Figura 7 Library Hennepin County (2008), Chat
O Chat é um dos serviços da Internet, cuja utilização cresce de forma
exponencial. Trata-se de um sistema que permite duas ou mais pessoas se
comunicarem em tempo real (bate-papo), independente da localização
geográfica que se encontram, de forma interativa.
O Chat envolve um processo maior de interação entre aluno/bibliotecário e
bibliotecário/aluno, como também permite a comunicação em grupo,
diferente, do que acontece com os correios eletrônicos.
A aplicação desse serviço em bibliotecas, possibilidade ao Bibliotecário
oferecer assistência pessoal, especializada ao usuário, seja presencial ou
remoto, de forma interativa em tempo real.
Este serviço pode ser utilizado para perguntas específicas que envolvam
pesquisas, estudo, indicações ou perguntas casuais como, horário de
funcionamento, localização de materiais entre outros.
Dentre as potencialidades do uso do Chat, identifica-se a constituição de um
espaço onde o bibliotecário poderá dialogar de forma informal, possibilitando o
33
aprendizado e a troca de experiência entre ele e o usuário, eliminando
barreiras existentes.
Outro aspecto importante da utilização do Chat é a possibilidade de
armazenamento de cópias de debates.
Entre as vantagens do Chat citadas por Ortega, Isla e Pavón (2000, p.37),
estão:
•
a possibilidade de nos comunicar com pessoas potencialmente distantes,
sem que isso seja nenhum inconveniente. Graças a esse serviço
desaparecem as barreiras geográficas e o conceito de contexto social em
que habitualmente nos movemos e se converte no conceito de aldeia
global;
•
o computador desfavorece a comunicação humana eliminando os
componentes quente e afetivo, e oferece um novo tipo de comunicação
mais rica em possibilidades, mais completa e mais criativa;
•
o Chat aparece como uma possibilidade aberta em tempo real que ajuda
a localização rápida e precisa da informação sobre um determinado
tema.
Em contrapartida, o Chat apresenta falta de estrutura da interface, pois,
várias pessoas falam ao mesmo tempo. Contudo, o bibliotecário poderá criar
algumas regras aos participantes, como por exemplo, redução do número de
participantes, clareza nas instruções prévias, definição de regras de
convivência, horário de atendimento entre outros.
Para Maness (2006, p. 47), o Chat também pode ser utilizado para auxiliar
o usuário em dificuldades, como percebendo dificuldades do usuário em
localizar a informação, um serviço de mensagem assíncrona como Chat,
34
poderá ajudá-lo, surgindo na tela para oferecer assistência, o que
enriqueceria o desenvolvimento das interfaces e os processos técnicos de
uma unidade de informação.
6.4 RSS FEEDS para desenvolvimento de DSI na Biblioteca 2.0
A grande quantidade de informações disponível atualmente tem despertado
interesses de pesquisadores em procurar soluções, de forma a facilitar o
acesso a vasta quantidade de informações que vivenciamos nos dias atuais
em ambientes Web.
Dentre as soluções encontradas atualmente está o uso de ferramentas
Feeds, também conhecida como RSS Feeds (RDF Site Summary ou Really
Simple Syndication). Neste trabalho nos ateremos a chamar somente de RSS,
termo mais utilizado atualmente, no qual têm sido exploradas por blogs,
sites, intranets, home Pages, Redes Sociais e por bibliotecas, no intuito de
que, o usuário tenha a possibilidade de selecionar o material relevante ao
seu perfil.
Passarin e Brito (2005, p.2), explicam que um RSS pode ser utilizado, para
distribuição de qualquer tipo de conteúdo, por exemplo, notícias, histórias,
artigos entre outras informações.
Os RSS são usados para que o usuário acompanhe novas informações em
tempo real, de um site, Blog ou uma biblioteca, sem que precise acessar o
local no qual a informações está inserida.
Existe hoje Web sites que incluem RSS, onde no próprio navegador mostra
as atualizações dispensando a instalação de softwares específicos em
máquinas locais. Como exemplo temnos, o Firefox, Internet Explore 7,
BlogLines, Origo, Netvibes, o Google Reader , entre outros.
35
O Bloglines permite que o usuário acesse seu RSS de qualquer computador
on-line, inclui, nessas características o agregador My Yahoo e o SharpReader.
Fazendo uma analogia com as Leis Biblioteconômicas, citadas por
Raganathan, o uso dessa ferramenta em bibliotecas cumpriria o objetivo
citado na segunda Lei “A cada leitor seu livro”, que pode ser explicado por
Lancaster (1996, p.12), como “a cada leitor sua necessidade”, e na quarta Lei
“Poupe o tempo do leitor”, que Lancaster (1996, p.13) explica dizendo que os
serviços de informação devem se preocupar não somente em satisfazer a
necessidade do usuário, mas em satisfazer a necessidade do modo mais
eficiente possível.
Seguindo essa linha de raciocínio, podemos dizer que o uso de RSS em
bibliotecas poderá contribuir para a aplicação da segunda e quarta lei da
biblioteconomia citada por Ranganathan nas unidades de informações e
bibliotecas, onde a ferramenta possibilitará que o usuário tenha acesso a
informações filtradas de acordo com seus interesses e atualizações em tempo
real.
Para Arnal (2008, p.103), o RSS é uma família de XML para difundir a
informação e ser reutilizada por outros programas ou sites da Web. Foi
popularizado por Blogs e atualmente se encontra implantado na Web, em
instituições, portais de revistas, base de dados e em alguns catálogos de
biblioteca.
A Universidade de Aveiro (http://www.doc.ua.pt/PageImage.aspx?id=8146),
uma universidade pública portuguesa localizada em Aveiro (UA), apresentada na
Fig.8, disponibilizou o serviço de RSS na base de dados de artigos científicos,
onde o usuário pode receber notificações por assunto ou por título conforme
seu interesse.
36
Figura 8 RSS (Periódicos Científicos), Universidade de Aveiro (2008).
Vieira, Carvalho e Lazzarin (2008, p.4), salientam que a escolha por utilizar
essa tecnologia, se deve ao fato de que a mesma funciona como uma
assinatura, somente o conteúdo selecionado pelo usuário de acordo com sua
necessidade será disponibilizado.
A
Biblioteca
Municipal
de
Muskis
(Espanha),
(http://www.muskiz-
liburutegia.org/) aderiu esse serviço no seu catálogo, para que os usuários
recebam informações das novidades da biblioteca, de acordo com os
assuntos de Literatura Infantil, Novidades Juvenil, Vídeos e Novidades
Bibliográficas, Documentos Digitais entre outros, (Fig.9).
37
Figura 9 RSS, Biblioteca Municipal de Muskis (2008).
Outra vantagem na utilização dos RSS em bibliotecas está na possibilidade
de mostrar ao usuário a abrangência das fontes disponibilizadas na
biblioteca, além de familiarizá-lo nos serviços da Unidade de Informação. Na
Figura 10, por exemplo, a biblioteca se utiliza da aplicação de RSS para
informar o leitor de novos títulos incluídos no catálogo.
Figura 10 RSS (Periódicos Científicos), Library Australian National University (2008).
38
A utilização dessa ferramenta em Bibliotecas e Unidades de Informação,
poderá contribuir para melhorar os serviços de alerta e de disseminação
seletiva da informação, visto que o próprio usuário tem a liberdade de
escolher receber a informação que seja relevante e pertinente ao seu
interesse, de forma interativa, rápida e objetiva em qualquer momento, pois
o serviço, por ser uma aplicação Web pode se acionado a qualquer momento.
Disseminar, quando empregada na área de biblioteconomia, tem
o sentido de semear, espalhar a informação, ou seja, o ato de
levar ao conhecimento do usuário os documentos novos
recebidos pela biblioteca, ou, ainda, num sentido mais amplo.
Divulgar entre os leitores as publicações relevantes e atuais
para que possam através da atualização constante desenvolver
suas pesquisas e projetos. (SAMPAIO; MORESCHI, 1990, p.39)
Os mesmos autores colocam que, disseminar é divulgar; seletivo é uma
seleção direcionada; Informação trata-se do conhecimento recém-publicado.
Dessa forma pode se concluir que a ferramenta RSS pode ser utilizada na
disseminação Seletiva da Informação, pois divulga informações atuais e
pertinentes a área de atuação baseada em um perfil pré-estabelecido.
Os objetivos do DSI, segundo Sampaio e Moreschi (1990, p.43), variam de
acordo com os interesses acadêmicos e de pesquisa da comunidade a qual
serve, devendo seguir as necessidades, particulares do seu corpo de
pesquisadores.
Em sites de um modo geral, os RSS são distribuídos por assuntos
específicos, ou seja, podemos obter informações especificamente de um ator
ou grupo de atores, somente da seção de esporte, saúde, beleza entre outros.
Em bibliotecas não há necessidade portanto, de grandes especificações, e
sim, que os usuários de determinada área tenham acesso às informações
39
mais atualizadas e pertinentes às suas necessidades, sugerimos a criação
das grandes áreas do conhecimento, por exemplo.
È claro, que a adoção dessas ferramentas exige planejamento, e estudos de
usuários, pelo profissional da informação, pois é extremamente importante
levar em consideração o público que se destina.
Embora cada instituição possua necessidades e usuários específicos, de
uma maneira geral deve se levar em consideração no momento da escolha
dos serviços de RSS, os seguintes itens:
•
Perfil dos usuários existentes (Estudantes, Pesquisadores, Professores
etc.);
•
Tipo de material que terá o serviço (Periódicos, Catálogo, Vídeos, etc.);
•
Rotulação do serviço (Linguagem compreensível pelo usuário);
•
Tipo de agregador (On-line ou Software);
•
Localização do serviço na biblioteca (Home Page, Catálogo, Site, Blog
etc.).
Traçar o perfil do usuário, pode ser considerada a etapa principal, na
implantação do RSS nos serviços de DSI nas bibliotecas e Unidades de
Informação.
Nesse estudo, teremos um diagnóstico dos usuários reais e potenciais do
serviço. A partir de então, poderemos diagnosticar se o serviço será
abrangente ou específico, ou seja, uma biblioteca Universitária por exemplo,
poderia estruturar seu serviço de RSS, a partir das grandes áreas do
conhecimento, o que para uma biblioteca escolar não teria o mesmo êxito e
por conseguinte uma biblioteca especializada também não alcançaria o
objetivo do serviço DSI.
40
Traçando o perfil do usuário, poderemos então fazer um levantamento dos
materiais que possuem maiores atualizações e pertinência para o usuário,
normalmente
as
publicações
de
periódicos
científicos
são
os
mais
requisitados, porém depende do público que vai servir, por exemplo, alunos
de rádio e TV teriam maior interesse em receber novidades das aquisições de
vídeo, e assim, por conseguinte.
Passando pelas etapas anteriores, defini-se então o nome que se dará ao
serviço, citando como exemplo a Biblioteca Municipal de Muskis que,
estruturou o serviço por assuntos e idade, como Novidades Literatura
Infantil 0-4 anos, Novidades Literatura Infantil 5-7 anos assim por diante,
também se deve levar em consideração o público que se quer atingir, sites
jornalístico classificam por seção, assim temos Economia, Esportes, Saúde
entre outros.
Após as etapas acima o profissional deverá escolher a melhor ferramenta
que atenda às necessidades do usuário e a relação custo x benefício.
Existem agregadores dos mais variados tipos, seja on-line ou softwares que
necessitam instalação, pagos ou gratuitos, a escolha vai depender alem das
necessidades do usuário, os recursos disponíveis na Biblioteca e profissionais
treinados para alimentação e manuseio dos mesmos.
E por fim, segue a escolha do local onde a ferramenta será disponibilizada
pelo usuário. Algumas bibliotecas, como as citadas acima, disponibilizaram
um link para a página com os RSS. Outras seguiram padrões utilizados
normalmente na Internet ao lado do conteúdo.
A Biblioteca Municipal de Muskis (Espanha) possui o link na página
principal no item “Imprescindíveis” juntamente com os links para os
aplicativos, Flickr e Netvibes. Dessa forma o usuário ao clicar terá acesso aos
RSS oferecidos e como utiliza-los, (Fig.11).
41
Figura 11 RSS (Página Princípal), Biblioteca Municipal de Muskis (2008).
A biblioteca da Universidade de Aveiro (Portugal), (Fig.12), possui todos os
serviços RSS com o símbolo do agregador ao lado do serviço, o usuário dessa
forma, ao acessar por exemplo o item “Ultimas aquisições”, ele terá as
informações das atualizações estruturadas, por departamento, e ao lado, a
opção de receber as atualizações através do RSS, podendo optar por todos os
departamentos ou somente assessoria Jurídica, Centro de estudos de Jazz
entre outros.
42
Figura 12 Biblioteca de Aveiro (2008), RSS
Outra vantagem para o profissional da informação é a otimização do tempo
gasto nos serviços de DSI tradicional, pois com a utilização dessa ferramenta
se torna dispensável a criação de formulários de perfis de usuário e análise
dos
mesmos
pelos
bibliotecários,
devido
tratar-se
de
um
serviço
automatizado, onde o bibliotecário não necessita coletar dados para traçar a
necessidade específica de cada usuário.
Para estatísticas de usabilidade, o sistema também se mostra eficiente e
prático, devido à possibilidade de emissão de relatórios automáticos. Porém
o planejamento é uma atividade necessária antes de se realizar a
implantação Não só os objetivos e metas a serem alcançados como também a
realização de diagnósticos e treinamento do usuário.
Segundo Sampaio e Moreschi (1990, p.54), a utilização de serviços de DSI
em bibliotecas por agir como um filtro entre o pesquisador e os documentos
publicados, reduz sensivelmente o tempo dedicado á pesquisa bibliográfica, e
com a implantação do RSS, o usuário ainda tem a vantagem de escolher
conforme a sua relevância atual, o que deseja receber e alterar no momento
em que houver necessidade.
43
Segundo os mesmos autores citados acima, “a implantação do serviço de
DSI eleva o conceito da biblioteca perante o usuário e ao mesmo tempo,
produz um impacto global no serviço de informação”.
6.5 Promoção da Biblioteca 2.0 através de Blogs
Nesse trabalho utilizaremos o termo Blog, apesar de ser conhecido também
como Weblog. Trata-se de uma ferramenta da Internet, através da qual é
possível
publicar
considerados
informações,
excelentes
meio
idéias,
de
notícias,
comunicação
entre
de
outros.
massa,
São
devido
à
possibilidade de qualquer pessoa ter acesso.
Existem também os Flogs (Fotografias), Vlogs (Vídeos), os Edublogs (Blog
Educativo), entre outros. Porém, trataremos somente do Blog, como meio de
divulgação dos serviços da Biblioteca.
Para Martín (2008, p.4), a simplicidade e facilidade do uso de Blogs trazem
dinamismo
à
publicação
de
conteúdos,
características
especiais
da
blogosfera e possuem filosofia de participação e colaboração.
Segundo o mesmo autor, a utilização de Blogs em bibliotecas tem facilitado
o intercâmbio com outras bibliotecas, leitores e com outros Blogs. Diante
desse processo, algumas bibliotecas foram criando uma rede interna,
trabalhando com diversos Blogs, de temas diferenciados, como Blog de
Clubes de Leitura, conforme explica o autor.
Macedo (1990, p.17), por sua vez, fala da necessidade de o bibliotecário
encontrar mecanismos de atração aos membros da comunidade para que
conheçam a biblioteca, vejam o que ela possui e como funciona, seja usando
mídias, indo até a comunidade mostrando que a informação existe,
otimizando seu uso, tornando-a visível aos olhos do público.
44
Macedo (1990, p.17) ainda cita como serviços de alertas, o noticiário de
eventos em decorrência, no próprio local da biblioteca, e em outras agências
culturais e de recreação artística do local; listas selecionadas de novas
publicações; folhetos de editoras e livrarias, fascículos de periódicos, folhetos
de concursos, produção bibliográfica da própria biblioteca, bibliografias
temáticas (auxilio didático e para leitura recreativa), sumários de periódicos
correntes, resumos ( com finalidade de disseminar assuntos novos e eventos
em decorrência); entre outros.
Já Sampaio e Moreschi (1990, p.41) definem os serviços de alerta como
programações oferecidas aos usuários em forma de sumários de periódicos,
exposição de material recentemente recebido pela biblioteca, circulação de
periódicos entre os leitores, murais entre outras alternativas de atualização
momentânea.
Analisando
alguns
Blogs
de
bibliotecas,
comumente
encontramos
informações que condizem com as características citadas por Macedo (1990),
ou Souza e Briguenti (1981), entre outros autores.
A Biblioteca de Sevilha (Espanha), (http://bib.us.es/aprendizaje_Investigacion
/guias_tutoriales/blogs-ides-idweb.html), (Fig.13), criou Blogs relativos a cada
área temática de atuação da biblioteca. Entre eles estão a Biblioteca de Química,
Arquitetura, Física, Saúde entre outros.
Segundo a biblioteca, o objetivo estaria na possibilidade de participação
dos usuários com opiniões e sugestões referentes aos serviços e acervo da
biblioteca.
45
Figura 13 Blog da Biblioteca de Arquitetura, BIBLIOTECA de La Universidad de Sevilla (2008).
Conforme estatística disponível no Blog da Biblioteca de Arquitetura de
Sevilla (Espanha), a mesma hoje, contava com 48.614 visitas desde 2007,
entre os serviços oferecidos pelo Blog, estão os RSS, Chat, Tags, concursos,
cursos, busca por categorias e seleção por arquivos.
Segundo Maness (2006, p.2), Blogs são fundamentalmente tecnologias
pertencentes à Web 2.0, com enormes implicações nas bibliotecas, devido à
necessidade de tratamento pelo bibliotecário.
A National Library of Australia (http://natlibaustralia.blogspot.com/),
realizou uma pesquisa de usuário, para obter Feedback, acerca dos serviços
da sala de leitura. Entendemos dessa forma que além de o Blog ser um meio
de fortalecimento da imagem da biblioteca é uma ferramenta potencial de
relacionamento da biblioteca, podendo ser utilizada para pesquisas e
aprendizagem coletiva.
Arnal (2008, p.97) coloca a utilização de Blogs pelas bibliotecas para
publicar notícias, novidades bibliográficas e informações sobre a história
46
local além de permitir que o usuário agregue informações, como comentários
sobre os livros do catálogo entre outros.
Figura 14 Blog, Biblioteca do ISCA (2008).
O Blog da Biblioteca do ISCA (Portugal), (http://wsl.cemed.ua.pt/blogs/
intangivel/) (Fig.14), contém informações sobre palestras, cursos, imagens da
biblioteca, destaques, dicas, vídeos, últimas aquisições, serviço de RSS,
Boletim, sugestão de links, congressos, temática do Blog, objetivo e equipe
editorial.
Entre as funções dos Blogs estão a divulgação de informações sobre
serviços e novidades da biblioteca, promoção da leitura, valorização da
coleção, disseminação seletiva da informação (RSS), troca de experiências e
conhecimentos, e aprendizado coletivo.
Trata-se de uma ferramenta à qual todos podem ter acesso dependendo
somente de uma conexão.
47
Os Blogs, para Vieira, Carvalho e Lazzarin (2008, p.7), melhoram o
relacionamento e fortalecem a imagem da biblioteca, criando fontes de
informação e aumentando a popularidade da biblioteca, quebrando barreiras
de comunicação, incentivando a colaboração e participação de projetos
gerando novas idéias.
Os
serviços
do
Blog
da
Biblioteca
IES
Sanxenxo
(Espanha)
(http://bibliotecaieSanxenxo.blogspot.com/), criado em 2007, disponibiliza
informações sobre concursos, atividades, possui um Clube de Leitura,
Link para o catálogo da biblioteca, informações sobre aula on-line, artigos,
outros Blogs escolares e temas atuais. O contador de visitas até
16/10/2008, já havia registrado 1.756 acessos, (Fig.15).
Figura 15 Blog, Biblioteca IES Sancho (2008).
O Blog espanhol, A Nossa Biblioteca (http://biblioweb.blogspot.com/),
criado em 2004, contém hoje 849 artigos e 838 comentários, praticamente
90% dos artigos tiveram algum comentário. Entre os serviços oferecidos pelo
Blog estão RSS, Chat, Flickr, Netvibes e vídeos You Tube e literaturas em
áudio, (Fig.16).
48
Figura 16 Blog, A Nossa Biblioteca (2008).
Para profissional da informação, o Blog se apresenta como uma
ferramenta, não só para divulgação da biblioteca, mais também como um
meio de estabelecer relações com a comunidade no qual está inserido.
6.6 Interagindo com o usuário
Uma das características da biblioteca 2.0, é a valorização pela inteligência
coletiva, ou seja, o compartilhamento e a interação entre o usuário e o
profissional da informação.
Dessa forma estudaremos a seguir exemplos de utilização das ferramentas
wikis e Fóruns de Discussão em bibliotecas, assim como sua importância e
definição.
6.6.1 Wikis
Para Arnal (2007, p.97), wikis é um modelo de software que permite ao
usuário ler, escrever e modificar mensagens escritas por outros usuários.
Podemos citar como exemplo desse aplicativo a famosa Wikipédia.
49
Segundo Maness (2006), a utilização desse serviço por bibliotecas
possibilita
a
interação
social
entre
bibliotecários
e
usuários,
onde
compartilham informações, fazendo com que seus serviços sejam mais
centrados no usuário.
O termo Wiki (do havaiano wiki-wiki = "rápido", "veloz", "célere")
foi criado por Ward Cunningham, autor do primeiro Wiki.
Cunningham, o qual denominou sua criação com este nome por
ser a primeira expressão havaiana que aprendeu quando um
atendente do aeroporto recomendou em sua primeira visita às
ilhas que pegasse os ônibus expressos "wiki wiki" no Aeroporto
de Honolulu. (BLATTMANN; SILVA, 2007, p.201)
Blattmann
e
Silva
(2007,
p.201),
o
uso
de
Wikis
é
comparado
freqüentemente com Blogs, porém os wikis permitem maior interatividade
por meio da colaboração entre os editores, são mais flexíveis, incluem uma
característica de busca e podem ser reeditados.
Os Blogs, por sua vez, são mais estruturados, dificilmente possuem
métodos de busca, e depois de inserido um novo texto em um Blog, não pode
ser editado.
Segundo Cunningham (2006, p.1), os princípios dos sistemas wikis são:
•
Abertos: qualquer leitor pode ter acesso à página, podendo alterar seu
conteúdo quando considerar que esteja incompleto ou mal organizado,
bem como editar uma nova página;
•
Incrementais: as páginas podem apresentar links para outras páginas do
próprio wiki, inclusive para páginas que não foram escritas ainda;
50
•
Orgânicos: a organização estrutural do site e dos textos está aberta à
edição e à evolução;
•
Universais: os mecanismos da edição e de organização são os mesmos,
de modo a possibilitar que todo o escritor seja automaticamente um
organizador e um editor;
•
Precisos: cada página possui um título a ser editado em um campo
específico;
•
Tolerantes: o comportamento interpretativo é preferido às mensagens de
erro;
•
Observáveis: as atividades desenvolvidas no site podem ser observadas e
revisadas por todos;
•
Convergentes: a duplicação de páginas similares não é desejável e as
mesmas podem ser redirecionadas ou removidas.
Cunningham (2006, p.1) também afirma que o uso dessa ferramenta
possibilita a troca de idéias, a melhoria contínua na revisão de materiais, a
visibilidade de conteúdos e a satisfação dos participantes.
O sistema wikis utiliza o conceito de Folksonomia em sua estrutura,
através da liberdade na construção dos verbetes, para inserção de novas
informações.
Em sua maioria, o sistema wikis tem sido desenvolvido de
acordo com a filosofia de liberdade descrita pelos princípios do
Software Livre, como por exemplo, as ferramentas MediaWiki,
Twiki, e TkiWiki, sendo mecanismos interativos concentrados
em finalidades específicas.(BLATTMANN; SILVA, 2007, p.206).
51
Podemos citar como exemplo o DOKUPEDIA (http://es.dokupedia.org/Ind
ex.php/Portada), não se trata na verdade, de um exemplo de Unidade de
Informação, mas foi desenvolvido por profissionais da informação, e pode ser
aplicado em bibliotecas de acordo com a especialidade da biblioteca. Nesse
exemplo a temática do projeto é biblioteconomia e documentação (Fig.17).
Figura 17 Wiki, Dokupedia (2008).
A bibliotecária Meredith Farkas criou a Library Sucess: A Best pratices Wiki
(http://www.libsuccess.org/index.php?title=Main_Page),
onde
bibliotecários
podem compartilhar experiências, em 16 de Outubro de 2008 já continha
10.319 acessos, conforme pode ser visualizado na Figura 18, a seguir.
52
Figura 18 Wiki, Library Sucess (2008).
Esses e outros exemplos podem ser encontrados na Web, más pouco tem
sido explorado em bibliotecas, e como podemos ver, são ferramentas que
podem melhorar a qualidade dos serviços prestados pela Unidade de
Informação, contribuindo para o acesso, compartilhamento e geração de
novos conhecimentos.
Martín (2008, p.6), define wiki como um marcador social dentro do
software social. Explica que são espaços onde usuários podem criar, editar
ou modificar conteúdos. As bibliotecas têm recorrido aos wikis para
melhorar os serviços biblioteconômicos, como guia de recursos, edição de
manuais e documentos colaborativos, guia de leituras recomendadas,
formação de usuário entre outros.
Outro exemplo que podemos citar, trata-se do wiki da Biblioteca de La
Universidad de Sevilla (Espanha), (http://bib.us.es/aprendizaje_investigacion
/guias_tutoriales/wikis-ides-idweb.html),
(Fig.22),
que
oferece
acesso
aos
recursos informacionais e algumas assinaturas de periódicos.
A mesma biblioteca oferece diversos wikis, com temas diferenciados como
Filosofia (Francesa, Arábe, Alemã entre outros, Antropologia, História,
Matemática, Geografia, Biologia entre outros. O Objetivo da criação dos wikis
segundo a biblioteca é orientar os usuários na localização e uso dos recursos
53
pertinentes as áreas do conhecimento além de promover a criação de opinião
e sugestão através dos wikis, (Fig.19).
Figura 19 Wiki, Biblioteca de La Universidad de Sevilla (2008).
6.6.2 Fóruns de Discussão
O Fórum se constitui, numa ferramenta para construir um ambiente
dinâmico, criativo, interativo e educativo. Uma biblioteca pode criar vários
fóruns de discussão para cada área de atuação, para atender os diversos
tipos de usuários ou potenciais usuários.
A Biblioteca Virtual de Saúde Mental (http://www2.prossiga.br/Saúdem
ental/centro.htm) disponibilizou, por exemplo, uma lista com Fóruns,
Chats e Blogs Brasileiros, Estrangeiros e Internacionais, com um resumo do
assunto,
discutido
em
cada
item, dessa
forma
a
biblioteca
estará
promovendo a troca de conhecimento. (Fig.20)
Essas ferramentas podem ser criadas pelo próprio profissional da
informação ou selecionadas da Internet, se quiser algo mais abrangente, ou
seja, que englobe pessoas externas.
54
Figura 20 Biblioteca Virtual Saúde Mental (2008), Lista de Fóruns, Chats e Blogs
Podemos assim dizer, que o Fórum de Discussão, apresenta-se como uma
ferramenta complementar aos serviços oferecidos pelas bibliotecas. Podendo
o bibliotecário dessa forma, participar ativamente através das propostas
oferecidas no desenvolvimento cultural e educacional da sociedade onde está
inserido.
Proporciona a comunicação entre indivíduos em qualquer parte do mundo,
como o Chat, porém a diferença está em sua estrutura, onde o Fórum
permite a avaliação dos integrantes, a interatividade, troca de conhecimento,
além de ser em sua maioria temático.
Dessa forma, entende-se que, o profissional da informação como mediador na
educação, deve-se utilizar dessa ferramenta, para promoção de ambientes
participativos e colaborativos nas bibliotecas e unidades de informação,
levando em consideração a área de atuação e o público a que se destina.
55
6.7 Novas Funções da Biblioteca: Software Social
As Redes Sociais são os serviços mais promissores das tecnologias
discutidas até aqui. O MySpace, Facebook, Frappr e o Flickr são as redes
mais populares da Web 2.0, onde os usuários compartilham vidas e
personalidades.
Segundo Godwin (2006, p.273), o My Space tem atualmente mais de 65
milhões
de
usuários,
e
aproximadamente
150.000
mil
contas,
são
adicionadas diariamente. O Facebook, possui segundo o mesmo autor 7
milhões de usuários desde 2004.
O Delicius permite que os usuários compartilhem recursos da Web, o Flickr
o compartilhamento de fotos e o Frappr trata de uma rede mista, utilizando
mapas, Chats, e imagens para ligar pessoas.
Todas essas ferramentas são significativas para o desenvolvimento do
usuário. O Facebook, por exemplo, permite a expressão, comunicação e a
criação de perfis. Essas ferramentas podem ser utilizadas pelas bibliotecas
para melhorar o relacionamento entre a biblioteca e o usuário.
Ferramentas como MySpace, Hi5 e Facebook, são chamados de serviços da
Web social, onde permitem, criar e gerir redes de contato, além de
compartilhar interesses, fotografias, vídeos entre outros.
Gatenby (2006, p.4) coloca que a interação e a colaboração são
provavelmente, o maior desafio da biblioteca tradicional. Vivenciamos um
momento no qual é preciso considerar a colaboração como forma de envolver
os usuários para maximizar a utilização de recursos pela biblioteca.
56
Tornar a biblioteca num ambiente estimulante, onde os recursos
oferecidos aos usuários favoreçam a criação, e o compartilhamento tem sido
um dos objetivos das unidades de informação atualmente.
Vieira,
Carvalho
e
Lazzarini
(2008,
p.6)
citam
como
exemplo
a
LibraryThing, no qual permite a catalogação pelo usuário, o compartilhamento,
e recomendação de livros através de Blogs e adição de Tags, promovendo e
facilitando a comunicação dos grupos.
Arnal (2007, p.95) descreve que, para o aproveitamento da Inteligência
coletiva, é necessário a utilização de um software social onde se integra
todas as atividades de recolher e utilizar o conhecimento dos próprios
usuários em um serviço Web.
Não basta só recopilar a informação, esta deve ser utilizada pelos demais
usuários. Cita como exemplo um comentário de um livro no site Amazon,
onde qualquer usuário tem acesso e poderá utilizá-la.
O mesmo autor coloca que, para ter esse aproveitamento coletivo, deve-se
criar conteúdos, por parte do usuário, como no caso de Blogs e Wikis, em
que o usuário registra seu conhecimento criando uma nova informação.
Todas
essas
formas
de
aproveitar
o
conhecimento
coletivo
tem
característica comum: a melhoria do serviço ao usuário. A seguir, citaremos
resumidamente, a utilização de alguns softwares sociais que estão sendo
utilizados por bibliotecas.
6.7.1 MySpace
Trata-se de um serviço de rede social gratuito, onde usuários podem
adicionar fotos, Blogs, permite a criação de perfis, além de um sistema
interno de e_mail, fóruns e grupos. Atualmente consta mais de 110 milhões
de usuários atualmente.
57
A biblioteca de Michigan (http://www.myspace.com/libraryofmichigan ),
incluiu em sua página a história da biblioteca, os contatos, campo de
atuação, e inclusive disponibilizou um link para consulta ao catálogo da
biblioteca, diretamente do MySpace, (Fig.21).
Figura 21 MySpace, Library of Michigan (2008).
6.7.2 Facebook
Assim como o MySpace, trata-se de um serviço gratuito, onde permite a
criação de perfis com fotos, listas de interesses, troca de mensagens privadas
ou públicas. Hoje possui mais de 58 milhões de usuários ativos.
Mesmo sendo um serviço citado como redes de relacionamento na Web,
percebemos após alguns acessos, que as bibliotecas também têm utilizado o
serviço, como uma ferramenta de divulgação da biblioteca e relacionamento,
como podemos observar na Figura 22.
58
Figura 22 Facebook, Biblioteca Universidade Santa María (2008).
Por se tratar de serviços disponibilizados gratuitamente na internet, poucas
bibliotecas brasileiras têm aderido à ferramenta. Maior parte das bibliotecas
que utilizam o serviço situa-se, na Espanha, Chile, Venezuela, Itália e
Austrália.
Outro detalhe observado, é que essa ferramenta tem sido utilizada
principalmente em Bibliotecas Públicas. Das bibliotecas citadas nesse
trabalho todas possuem o mesmo perfil.
Dentre elas, podemos citar a Biblioteca Regional Del Maule (Chile), com
1.371
membros,
Biblioteca
e
Fundácion
Francisco
Herrera
Luque
(Venezuela), (Fig.24), com 475 membros, Biblioteca Pública Del Zulia
(Venezuela), com 193 membros, National Library of Austrália (Austrália) com
441 membros, (Fig.23).
59
Figura 23 Facebook, National Library of Australia (2008).
Em geral, essas bibliotecas disponibilizam informações como eventos,
exposições, contato, link para página da biblioteca, perfil e atuação da
biblioteca, grupos e comunidades que compõe a biblioteca e algumas como a
Biblioteca Pública Del Zulia incluiu dados do acervo, como quantidades e
tipos de materiais.
A National Library of Austrália incluiu link para o Blog da biblioteca. Além
disso, em sua maioria contém comentários de usuários, perguntas sobre os
serviços da biblioteca e questionamentos.
Figura 24 Biblioteca e Fundación Francisco Herrera Luque (2008), Facebook
De acordo com as características do serviço mencionado, concluímos que
esse tipo de ferramenta da Web 2.0, seria ideal para divulgação da biblioteca
60
dentro do conceito de Marketing de Performance, onde o usuário têm a
possibilidade de trabalhar com a informação e participar ativamente, que
também é caracterizado pela Biblioteca 2.0, criando-se dessa visibilidade
para a biblioteca e maior aproximação do usuário.
6.7.3 FLICKR
Segundo Preuss (2006, p.2), o Flickr é um site de compartilhamento
gratuito
de
fotografias,
criado
em
2005.
Umas
das
características
importantes do Flickr para bibliotecas são as Tags ou etiquetas que
classificam as imagens.
Imaginemos una biblioteca pública de un município cualquiera.
Há conseguido una serie de fotografias antiguas y decide
digitalizarlas y publicarlas en Internet. Esta publicación puede
hacerse a través de una serie de páginas HTML o mediante su
catalogo bibliográfico. Estas opciones, correctas y legítimas,
serían consideradas Web 1.0. Ahora bien, supongamos que se
decide publicarlas a través de Flickr, se abre uma cuenta y las
publica en el servidor, permitiendo que los usuários puedan
verlas,
añadir
comentários,
reutilizarlas,
etc.,
entonces
estaríamos ante un servicio Web 2.0. (ARNAL, 2007, p. 102)
Exemplificando a idéia do autor, podemos citar a Biblioteca Nacional da
Austrália, que em 2006, anunciou a cooperação com o Yahoo, permitindo
que usuários, contribuam com fotografias, através do Flickr Picture Austrália
(http://www.pictureaustralia.org). Essa iniciativa ajudou a enriquecer a
coleção fotográfica da Austrália além de classificá-las, como podemos
visualizar na Figura 25.
61
Figura 25 Flickr, National Library of Austrália (2008).
Algumas bibliotecas têm utilizado o mesmo serviço para divulgar registros
de eventos, ambiente da biblioteca, divulgação do acervo, exposição entre
outros.
Outro exemplo que vale destacar é o caso da Biblioteca de Arte-Fundação
Calouste Gulbenkian (Portugal), (http://flickr.com/photos/biblarte/), que está
fazendo um trabalho de divulgação de sua coleção fotográfica no Flickr.
Estão disponíveis mais de 180.000 mil fotografias, entre elas “A talha de
Portugal”,
“Azulejaria
Portuguesa”,
e
“Estúdio
Mário
Novais”,
como
demonstrado na Figura 26.
Figura 26 Coleção fotográfica Flickr, Biblioteca de Arte Fundação Calouste Gulbenkian (2008).
62
Com esta iniciativa, a Biblioteca de Arte integra-se num movimento de
divulgação do seu espólio através de canais típicos das redes sociais,
acompanhando iniciativas de bibliotecas como a Library of Congress
(http://flickr.com/photos/library_of_congress/),
Powerhouse
Museum
(http://flickr.com/photos/powerhouse_museum/),
Brooklyn
Museum
(http://flickr.com/photos/brooklyn_museum/),
Bibliotheque
de
Toulouse
(http://flickr.com/photos/bibliothequedetoulouse/), entre outras.
Segundo relatório emitido por Chan (2008, p.1), a utilização do Flickr
Commons para divulgação das fotografias do Powerhouse Museum, foi uma
experiência gratificante.
O mesmo autor afirma que foram colocadas no Flickr as mesmas
fotografias, que estavam disponíveis no site do Museu e, em quatro
semanas, as mesmas já tinham sido visualizadas mais vezes, que as mesmas
fotos no ano anterior inteiro no site. Isso levando em consideração que, as
fotografias do site se encontravam indexadas pelo Google, e existiam também
no OPAC, más mesmo assim, em pouco tempo o Flickr Commons superou a
quantidade dos acessos as imagens.
Chan (2008, p.1) coloca a vantagem de o Flickr ter um enorme alcance
global, descreve inclusive que algumas das Tags encontradas estavam em
outro idioma.
Outra característica citada pelo mesmo autor, é a vantagem de medir a
popularidade de determinada imagem através da opção, “Favoritos”, que
funciona como bookmarking.
Chan (2008, p.1), informa que foram enviadas 600 fotos em 12 semanas,
destas tiveram 103.000 impressões, 69% foram encontradas no Flickr e 31%,
sendo 2% procura externa, 6% intermédio de outros sites e 21% direto pela
URL.
63
Além desses dados, a biblioteca obteve informações estatísticas das
imagens mais populares, através da opção favoritos. Dentre estas, 600
imagens obtiveram 2.433 Tags uma média de 4, 055 acessos por imagem.
Outra observação feita por Chan (2008, p.2) foi à utilização das imagens
por outros meios informacionais como sites e blogs.
Outro caso que vale ressaltar é a biblioteca Library of Congress
(http://www.flickr.com/photos/library_of_congress/),
que
disponibilizou
3.100 imagens no Flickr.
Segundo relatório feito por Raymond (2008, p.2) em janeiro, essas imagens
tiveram 650.000 visitas, 420 fotos tiveram comentários e 1.200 estão
incluídas em favoritos. Segundo Raymond, em março de 2008 o projeto
estava servindo para ajudar na catalogação da biblioteca. O projeto pode ser
visualizado na Figura 27.
Figura 27 Flicker
, Library of Congress (2008).
64
Essa aplicação, além de ser uma tecnologia Web 2.0, é considerada um
software social, devido à possibilidade de compartilhamento da informação.
Porém, em bibliotecas tem sido utilizado com a finalidade de auxiliar
bibliotecários na indexação, e ao mesmo tempo como uma ferramenta de
divulgação.
6.7.4 Delicious
Trata-se de um serviço Web 2.0, gratuito e permite que você adicione e
pesquise bookmarks sobre qualquer assunto, além de criar perfis e grupos.
Mais do que um mecanismo de buscas para encontrar o que quiser na Web
ele é uma ferramenta para arquivar e catalogar sites para serem acessados
posteriormente de qualquer computador on-line.
Para Rethlefsen (2007, p.2), ferramentas como esta, reduzem barreiras
para a participação, tanto da biblioteca como o usuário, que eram
rigidamente controladas.
Temos como exemplo a Biblioteca Municipal de Muskiz (Espanha), (Fig.28),
Nashville Public Library, Thunder Bay Public Library, que utiliza o Delicious
e tag nuvens em seu site
Tomemos como exemplo a situação abaixo
Imaginemos ahora La biblioteca de un centro universitário. Há
elaborado una seleccíon de sítios Web interesantes para sus
titulaciones y desea darla a conocer ?Como hacerlo? Podria
publicarlos en una página Web o incluirlas en el OPAC, o bien
optar por el “Social Bookmarking”, creando una cuenta en
y
compartiéndolas en ese servidor. Otra opción sería instalar un
software específico para que sus usuários puedan crear sus
listas de favoritos y compartirlas, como por ejemplo el servicio
links de La Yale University Library, o a un nível mucho mas
65
desarrolhado, PennTags de La University of Pennsylvania.
(MARGAIX, 2008, p.97)
Como podemos perceber, esses novos serviços oferecidos pela Web 2.0,
pode ampliar os recursos de uma biblioteca, de forma a atender as
necessidades dos usuários antecipando suas demandas.
Na página inicial (Home), o Delicious apresenta as páginas inseridas
recentemente e mais populares, com indicação do número de pessoas que
indexaram e com as etiquetas.
Na opção Favoritos “Your Favorites”, os usuários cadastrados podem
inserir e editar links além de visualizar as etiquetas adotadas.
Serviços similares, de compartilhamento de links favoritos, geralmente são
reconhecidos, pelo termo em inglês, “social bookmarks”.
O Social Bookmarking, resumidamente, é um sistema de bookmarks
(também conhecido como favoritos ou marcadores) online, público e gratuito,
que tem por finalidade disponibilizar seus favoritos na Internet para o fácil
acesso e para compartilhar com os usuários deste tipo de serviço. Pode ser
classificado como parte do conceito que é chamado de Web 2.0.
Há diversos serviços gratuitos de Social Bookmark, ou softwares sociais.
Podemos incluir nessa categoria aplicações como Blogs, páginas Wikis,
Redes eletrônicas sociais ou comunitárias.
Intimamente relacionado a esta noção, encontramos o conceito de "Social
Tagging", o serviço de Tags (etiquetas em inglês), pois nestes serviços o usuário
classifica os seus favoritos com palavras-chave ('etiquetas'). O objetivo desta
classificação consiste nomeadamente em facilitar a posterior recuperação da
informação. Ao mesmo tempo, a utilização das Tags traz vantagens ao nível
66
da pesquisa, pois é possível pesquisar quer nas nossas Tags, quer nas Tags
dos outros utilizadores.
Deste modo, podemos encontrar pessoas com os mesmos interesses e
"descobrir" novos sites relacionados com o mesmo assunto, potenciando,
assim, a participação e a colaboração.
Além
do
Delicious,
podemos
citar
o
Blinklist,
Ma.gnolia.com,
Blogmarks.net, o Connotea (específico a bookmarks da área acadêmica),
todos similares ao Delicious.
Essas ferramentas podem auxiliar na catalogação e disponibilização de
serviços de referências aos usuários.
Figura 28 Delicious, Biblioteca Municipal de Muskiz (País Basco) 2008.
Todos esses exemplos demontram que, a inteligência coletiva vem sendo
cada vez mais aproveitada pela Web 2.0, e novas formas de colaboração, têm
surgido e se faz presente na sociedade gradativamente.
67
7 CONCLUSÃO
Concluí-se
que
atualmente
não
basta,
somente
o
profissional
da
informação automatizar acervos, desenvolver coleções, realizar estudos de
usuários, fornecer periodicamente listas de sumários ou novidades, hoje
lidamos com usuários, que procuram compartilhar e colaborar com o
desenvolvimento e organização da informação.
No desenvolvimento desse trabalho, apresentou-se diversas ferramentas
disponíveis para que profissionais da informação possam melhorar e ampliar
os serviços de bibliotecas e Unidades de Informação.
Agregadores como Feeds, Tags, Blogs, Fóruns, Redes Sociais, são
ferramentas que já estão fazendo parte do dia-a-dia do profissional da
Informação e dos consulentes.
Se tradicionalmente, já lidávamos com recursos tecnológicos, como
softwares e hardwares, hoje temos que nos atualizar também com aplicativos
advindos da Web 2.0, Web 3.0 e outras mais que irão existir.
Uma preocupação, diante de tais aparatos tecnológicos, de suma relevância
para as bibliotecas, trata-se da formação do profissional da informação para
essas novas competências, necessárias para o desempenho profissional.
Além disso, têm se observado que poucos softwares de bibliotecas possuem
as características apresentadas nesse trabalho, e trata-se de outra mudança
necessária. Cabe ao bibliotecário promover a inclusão dessas tecnologias no
momento da aquisição.
Talvez seja necessário complementar ou até mesmo repensar, em novos
aspectos a serem considerados pelo profissional na hora da aquisição de um
68
software para a automação da biblioteca, devido a necessidade de
compatibilidade.
A realidade vivida pelas bibliotecas no Brasil baseadas em estruturas Web
2.0 é precária, ou quase nula. No desenvolver desse trabalho, nota-se que
essas ferramentas, têm sido particularmente adotada por bibliotecas
públicas e estrangeiras.
Apesar de poucas bibliotecas terem aderido essas ferramentas no Brasil,
existem diversos estudos e cursos, sendo desenvolvido atualmente tratando
da questão da Biblioteca 2.0.
Sendo assim, podemos dizer que estamos em fase de adaptação e
formulação de conceitos, ou seja, é possível que nos próximos anos, esses
aplicativos sejam realidades nas bibliotecas brasileiras e como parte da
formação dos profissionais da informação.
69
70
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Anelise Jesus Silva da Rosa
R: Codorna, 271
Data Nasc : 07/05/1981
Casada
Laranjeiras – Caieiras – SP
E-mail: [email protected]
Tel: 011 4441 3722
011 9184 7840 rec. Antonio
Formação Escolar
• Superior em Biblioteconomia
Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo
Curso de Biblioteconomia e Ciência da Informação
Duração: 4 anos
• 2º Técnico Administração de Empresas
Escola Guiomar Cabral
Cursos de Aperfeiçoamento
•
•
•
•
•
•
•
Inglês Básico e instrumental– Wizard
ISO 17025: Implantação de sistemas de gestão de qualidade nos departamentos de
Qualidade Ambiental, Ecossistemas Aquáticos e Administrativos- CPEA 2008
TRIAD Workshop (Gestão do Tempo)- Tríade do Tempo 2007
Organização e Recuperação da Informação na Internet-FESPSP 2006
Conservação Preventiva em acervos – FESPSP-2005
Tratamento Material Sonoro – FESPSP-2005
Tratamento da imagem fixa e em movimento – FESPSP-2005
Palestras Participantes
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O papel do Bibliotecário na Gestão da Informação e do Conhecimento: Uma visão
prática- FESPSP 2008
Coesão e Coerência- FESPSP 2006
ISO9001 – Prima Informática-2006
MARC Autoridade – Prima Informática-2006
Gestão da Informação e Gestão do Conhecimento- FESPSP-2005
Perfil Profissional
Desenvolvimento de base de dados para biblioteca e arquivo, elaboração de projetos para
organização e tratamento da informação. Experiência em de projetos, para arquivos e bibliotecas.
Criação de sistemas wiki, blog e outras plataformas de busca coorporativas compartilhada.
Padronização de serviços técnicos, planejamento e difusão cultural dos serviços da biblioteca.
Conhecimentos específicos dos softwares Winisis, PHL e Sophia. Experiência em indexação,
classificação (CDD e CDU), catalogação (AACR2), elaboração de resumos e sumários correntes,
Conhecimento das normas ABNT, ISO, Vancouver e APA.
Experiência Profissional
CPEA Consultoria Paulista de Estudos Ambientais
Cargo: Estagiária de Biblioteconomia
Biblioteca Especializada Meio Ambiente voltada para estudos ambientais de portos e
terminais, energia, mineração, indústrias, saneamento básico, obras de infra-estrutura,
contaminação ambiental, degradação Ambiental entre outros.
Arquivo Empresarial : documentos gerais e históricos
09/2007 – Atual
Claro
Cargo: Estagiária de Biblioteconomia
Arquivo Empresarial: Organização de arquivos correntes, intermediários e
permanentes.
07/2007 á 08/2007
Senac
Cargo: Estagiária de Biblioteconomia
Biblioteca Especializada em artes e comunicação, incluindo materiais raros de
fotografia, design gráfico,filosofia, entre outros.
06/2006 á 02/2007
Escola Superior de Direito Constitucional
Cargo: Estagiária de Biblioteconomia
Biblioteca Especializada Jurídica (Direito Constitucional, Cível, Ambiental,Público e
áreas afins) incluindo obras de filosofia, sociologia, psicologia, línguas.
07/2005 a 05/2006
Instituto de Pesca
Cargo: Estagiária de biblioteconomia
Biblioteca Especializada em Biologia, limnologia, Aquicultura, Pesca, oceanografia,
poluição de águas entre outros.
Arquivo histórico
02/2005 a 07/2005
Centro de Estudos Musicais Tom Jobim
Cargo: Estagiaria de Biblioteconomia
Biblioteca Especializada em Música
11/2004 a 01/2005