Construcao Obras Hidroambientais

Transcrição

Construcao Obras Hidroambientais
Governo
G
doo Rio Gran
nde do Nortte
Secretaaria do Meeio Ambien
nte e dos Reecursos Híd
dricos - SEM
MARH
Program
ma de Deseenvolvim
mento Susttentável e
Convivên
ncia com o Semiáriido Potigu
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Novvembro de 2014
2
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Rio Grande do Norte
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NICAS DE
EMONSTR
RATIVAS
SU
UTD'S
NA
A MICRO
OBACIA DO
D RIO DA
A COBRA
A
1. B
Barragem
m Subterrrânea
São construçõees transverssais ao leiito dos rio
os e riachos intercepptando o fluxo,
f
conddicionando a água a se
s acumulaar no interior do solo a montantte, não hav
vendo
interrrupção do fluxo
f
superrficial da ággua do rio ou
o riacho para
p
as áreaas agricultáv
veis a
jusannte, não prejjudicando os
o agricultorres e/ou localidades.
As pperdas por evaporação
o são mínim
mas, pois a água fica conservadaa e protegid
da no
interiior do soloo. As culturras de monntante são implantadas de imediaato logo ap
pós o
períoodo chuvosoo e cultivad
das continuuamente. A água fica protegida
p
coontra a polu
uição,
além
m de permitirr a instalaçãão de poçoss amazonas à montante para culturras com irrig
gação
à jussante (pom
mares e horttas) permittindo ainda a retirada de água ppara o con
nsumo
humaano, animaiis doméstico
os e naturalm
mente para a fauna silv
vestre.
A iimplantaçãoo de barragens suubterrâneass possibiliita a recconstituição
o da
agrobbiodiversidaade dos agrroecossistem
mas, das áreeas de preseervação perm
manentes (A
APP),
das áreas de reeserva legaal (RL) aléém da implementação de cultivoos com culturas
alimeentares tem
mporárias e frutíferas perenes a sua jusan
nte, bem ccomo diferrentes
forraageiras. É possível
p
im
mplantar-se culturas co
om irrigaçãão localizadda à sua ju
usante
(pom
mares e hortas), além
m da retiradda de águaa para o consumo
c
hu
humano, an
nimais
doméésticos e naaturalmente para fauna silvestre.
ução de Barragens Suubterrâneass.
1.1 - Orientações e passos a seguir paara constru
aa) Visitar os
o agriculto
ores das árreas a serem
m beneficiadas com a construçãão de
barragenns subterrân
neas;
2
bb) Verificarr áreas adeq
quadas paraa construção
o de barragem subterrânnea;
cc) Evitar árreas de sub
bsolo sedim
mentar areno
oso, subsolo calcárea, e áreas dee solo
salinizaddo;
dd) Evitar riios, riachos, e córregoos com proffundidade na
n sua partee mais proffunda
inferior a 1,50 metro
os de profunndidade;
ee) Evitar loocais sem árreas agriculttáveis à mon
ntante da baarragem subbterrânea;
f) Evitar loocais com afloramento
a
o de blocos arredondad
dos de rochhas, por ond
de vai
passar a escavação da
d vala;
gg) Explicarr para os agrricultores ass finalidades da barrageem subterrâânea na prod
dução
de alimeentos;
hh) Medir a largura do local
l
onde vvai ser consstruída a barrragem subtterrânea;
i)) Limpezaa da área esccolhida paraa escavação
o da vala;
j)) Procederr à escavaçãão da vala ccolocando a terra para o lado a monntante;
3
kk) Escavar a vala atéé a camadaa impermeáável do fun
ndo da valla e toda a sua
extensãoo;
l)) Procederr uma raspaagem no fun
undo da valaa, retirando areia, pedrras, torrões, pau,
garranchhos e outros; Este trabbalho será executado por no mínnimo 05 (ccinco)
trabalhaddores ruraiss treinados e conscienttes de suas responsabiilidades e com
c
a
presençaa constante de
d técnicos responsáveeis pela vedaação total dda vala;
m
m) Colocar a lona em toda a extennsão da valaa;
4
nn) Ajustar a extremidaade inferiorr da lona no
o fundo da vala em tooda sua extensão
fazendo uma dobra de 0,50 a 00,80 metross e colocand
do terra sobbre a mesmaa e na
parte supperior da vaala deixandoo também um
ma sobra 0,,80 a 1,0 meetro;
oo) Procederr o enchim
mento da vvala, evitand
do pedras, torrões, raaízes, galho
os de
árvores, espinhos e outros, evittando furos na lona. Caaso surjam ffuros, proceeder à
vedação com lona em
e tamanhoo bem maiorr que o próp
prio furo;
pp) Orientar o operadorr da máquinna retroescavadeira paara não emppurrar a terrra no
sentido perpendicul
p
lar ou frontaal a vala e sim,
s
em sentido diagonnal e sempree para
o lado quue está send
do aterrada;
qq) Após o aterramento
a
o da lona deentro da vaala, aplainarr a superfíciie do terren
no em
toda exteensão da baarragem subbterrânea paara evitar errosões durannte as cheiaas dos
rios ou riachos;
5
r) Para cortar a lona nos casos de emenda e tapagens de furos a ferramenta
indicada para cortar é uma tesoura de tamanho médio. Lembrando que, as sobras
de lonas devem ser recolhidas pelos técnicos orientadores das respectivas
construções para serem utilizadas nas próximas construções;
NOTA:
É de fundamental importância a utilização de lona plástica de 200 micras quanto
as suas qualidades de fabricação, tais como: brilho, plasticidade, resistência à
tração, densidade em g/m² dividido pelo fator de correção para micra e que sejam
avaliadas e caracterizadas através de equipes técnicas antes de pagamento ao
fornecedor.
6
2. P
Poços Am
mazonas
Tambbém conheccido como cacimbão, é construíd
do ao longo
o de leitos dde rios e riaachos
para possibilitarr a retirada de água daa área saturaada no fluxo
o subterrâneeo. Na barrragem
c
à montante do
d septo im
mpermeabilizzado e na porção
subteerrânea o caacimbão é construído
mais profunda do
d rio ou riaacho e a 5m
m de distânciia da lona. Sendo
S
locallizado na caamada
mais profunda da
d barragem
m, permitiráá o melhor aproveitame
a
ento da cam
mada saturaada de
águaa acumuladaa no seu in
nterior, pos sibilitando a sua captação por bbombeamento ou
mesm
mo manualm
mente, paraa o consumoo humano, animal
a
e irrrigação e hoortas e pequ
uenos
pomaares. O poçço permite monitorar a evolução
o do nível da
d água noo lençol satu
urado
dentrro da barraggem subterrrânea, a quaalidade da água
á
e perm
mite ainda o esgotamen
nto da
águaa antes das primeiras
p
ch
huvas prom
movendo a su
ua renovaçãão. Pode serr construído
o com
anéiss pré-moldaados ou de alvenaria
a
dee tijolos.
2.1 - Orientações e passos a seguir paara constru
ução de poçços amazonnas.
a) A
Após concluuída a escav
vação da baarragem sin
nalizar o loccal mais proofundo ao longo
l
dda extensão do septo;
b) D
Definição doo local de escavação
e
à montante da
d barragem
m subterrâneea, considerrando
o local mais profundo da
d vala;
c) E
Escavação do
d poço nu
uma profunddidade até atingir a zo
ona imperm
meável ou rocha.
r
Im
mportante lembrar que
q
as últiimas camaadas do fu
undo do ppoço devem
m ser
cconstituídas por areia grossa
g
que tterá a finalid
dade de faccilitar o fluxxo ascenden
nte da
áágua;
7
d) S
Se as últimaas camadas forem
f
consttituídas de areia
a
fina, é recomendáável colocarr uma
ccamada de brita
b
ou casscalho no ffundo do po
oço com esspessura de 20cm e árrea de
11,5m x 1,5m
m, totalizan
ndo um vollume de 0,45m³ (0,2m
mx1,5mx1,55m). A prin
ncipal
fi
finalidade da
d camadaa de britaa ou casccalho é a de propoorcionar melhor
m
ppermeabilidaade para a entrada
e
da áágua no fund
do do poço amazonas;
e) O primeiro anel deveráá ser nivelaado horizon
ntalmente para
p
receberr os demais que
fi
ficarão tambbém nivelad
dos a partir ddo primeiro
o;
f) A colocaçãoo dos anéis dentro do ppoço e o atterramento deverão serr realizadoss com
m
muito cuidaddo encaixan
ndo totalmeente o de cim
ma sobre o de baixo at
até a extrem
midade
superior do poço
p
amazo
onas;
8
g) P
Para evitar o tombamen
nto dos anéiis dentro do
o poço, a cad
da colocaçãão de dois ou três
aanéis, fazer o aterrameento lateral e assim pro
oceder até a instalaçãoo do último
o anel
qque ficará coom uma sob
bra de 30 a 440cm acimaa da superfície do terreeno;
h) C
Cada poço amazonas terá
t
uma taampa de co
oncreto pré--moldado ccom diâmettro de
11,20m e espeessura de 7ccm e com ab
abertura de 10cm
1
no cen
ntro da refeerida tampa;;
Após a coloocação da tampa,
t
o teerreno no entorno
e
do poço amazzonas deverrá ser
i) A
aaplainado paara evitar ass erosões duurante as cheia.
9
3. R
Renques Assoread
dores
Os reenques consstruídos sob
bre a curva dde nível forrmando cord
dão de conttorno na enccosta,
prom
movem o acúúmulo de so
olo, matériaa orgânica e água no so
olo à sua moontante. Reeduz a
erosãão, e o assooreamento, facilita o ennraizamento
o das plantaas e o reflorrestamento entre
duas fileiras connsecutivas de
d renques.
aa) Visitar os
o agricultorres das áreaas a serem beneficiadas;
bb) Constataar as áreas degradadaas: desmataadas, erodid
das, sem coobertura veegetal
nativa, com
c
afloram
mento de rocchas;
cc) Explicarr para os agricultores
a
as finalidaades dos reenques assooreadores e seus
efeitos na
n proteção
o dos soloss e da vegeetação nativ
va (reconsttituição da mata
nativa e da reserva legal);
l
dd) Fazer esttudo de decclividade daa área e marcar os cordõ
ões de contoorno ou currva de
nível;
ee) Transporrtar pedras e distribuí-llas ao longo
o das curvass de níveis;
f) Construiir os renquees assoreadoores arrumaando manuaalmente as pedras ao longo
l
dos corddões em con
ntorno (pedrras marroad
das ou não);
10
gg) Ressaltarr os resultad
dos após o iinverno anu
ualmente;
hh) Renquess assoreadores de pedr
dra com 0,5
50 m de baase maior, 0,30 m de base
menor e 0,40 de altu
ura;
11
4. B
Barramen
ntos Asso
oreadores
São cconstruçõess simples manuais
m
transsversais ao leito de córrregos e riacchos com pedras
p
marrroadas ou não, ajuntaadas nas teerras da propriedade ou nas suuas vizinhaanças,
transsportadas em
m carro de mão,
m carroçça, carro de boi, trator, camioneta e outros. Após
A
o
ajunttamento e transporte,
t
as
a pedras sãão arrumad
das transversalmente aoo leito do rio
r ou
riachho, obedeceendo a cálcculos técniccos fundam
mentados na altura deteerminada para
p
o
barraamento, larggura do rio ou riacho, ttaludes de montante
m
e jusante, aléém da largu
ura da
cristaa. A funçãoo principal do
d barramennto assoread
dor é proporrcionar o accumulo de solo
s
e
matééria orgânicaa a sua mon
ntante, form
mando áreass agricultáveis ao longoo dos córreegos e
riachhos.
A
A. Visitar os
o agricultorres das áreaas a serem beneficiadas:
B
B. Constataar áreas deg
gradadas, deesmatadas, erodidas,
e
seem coberturra vegetal nativa,
n
com aflooramentos de
d rochas, ettc.;
C
C. Identificcar córregoss, riachos, sulcos erod
didos, voço
orocas e ouutras escavações
provocaddas por enxurradas:
D
D. Explicarr para os agrricultores aas finalidadees dos barraamentos asssoreadores e seus
efeitos na
n proteção e armazennamentos dee solos e do
d surgimennto da vegeetação
nativa naas áreas ciliares e de prroteção perm
manente (APP);
E
E. Escolherr os locais para consttrução dos barramento
os assoreaddores (área mais
crítica);
F
F. Medir a largura e a altura do bbarramento e daí determ
minarem a llargura da crista,
c
des de monttante e jusan
nte, tendo antes
a
determ
minado o arrco da
tamanhoos dos talud
circunferrência;
G
G. Transporrtar pedras marroadas em blocos de 0,50 m por 0,20 m
m, para o loccal da
construçção;
H
H. Procederr a arrumaçção das peddras conform
me as medidas predeteerminadas dando
d
ao barram
mento a forrma de arco romano, co
om a curvatura voltadaa para a mon
ntante
da corrennteza;
12
13
5. Implantação de 22 Unidades Técnicas Demonstrativas (UTD’s).
Na microbacia hidrográfica do Rio da Cobra foram beneficiados 55 produtores rurais
com tecnologias sociais hidroambientais, com uma previsão de que este benefício
alcance mais 15, totalizando 70 produtores beneficiados. Destes, 22 serão selecionados
para instalação de Unidade Técnica Demonstrativa (UTD) em suas propriedades rurais.
Os produtores serão orientados na utilização de práticas agroecológicas,
desenvolvimento de tecnologias inovadoras, respeitando o saber local de cada
beneficiado, seu despertar para solucionar seus problemas conforme suas
potencialidades de interação e superação através do método dialógico: ação, teorização,
reflexão e aprendizado participativo. A UTD serve como instrumento metodológico,
enfatiza o caráter educativo e as tecnologias demonstrativas já avaliadas, devem ser
suficientemente convincente para os agricultores familiares se apropriarem dos
conhecimentos relacionados às práticas produtivas, organizativa e associativa.
As experiências produtivas viáveis nos aspectos produtivos, social, econômico,
ambientalmente sustentável devem constituir módulos aplicáveis nas propriedades
vizinhas, com o objetivo de gerar ocupação, renda, segurança hídrica e alimentar para as
famílias, animais domésticos e fauna silvestre, aplicando sempre os princípios da
agroecologia.
Nas Unidades Técnicas Demonstrativas – UTD’s da microbracia
Hidrográfica do Rio da Cobra serão implantadas algumas tecnologias inovadoras e
práticas agroecológicas, cujo objetivo é tentar estabelecer equilíbrio ecológico
naquele ecossistema.
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)
i)
j)
k)
l)
Proteção das nascentes dos rios, riachos e córregos e das encostas;
Construção de renques e barramentos assoreadores;
Construção de Barragens Subterrâneas e poços amazonas;
Recomposição da mata nativa e conservação dos fragmentos florestais
ainda existentes na região, e do controle das queimadas;
Cultivo em curva de nível em épocas corretas e com variedades adaptadas
ao clima e solo do semiárido, inclusive frutíferas;
Implantação de quebravento através de vegetação e barramentos naturais
(faixas protetoras);
Cultivo continuo e pousio (descanso da terra sem cultivo);
Rotação de culturas, consorciação de cultura e manejo seletivo;
Preparo e uso de compostagem utilizando: gramíneas, leguminosas,
palhas, serragens, sabugos, cinzas, bagaços, podas de árvores, esterco
animal, tortas vegetais, pó de pedra, farinha de osso e entre outros;
Uso de cobertura morta e serapilheira;
Utilização de esterco animal nos cultivos e nas áreas revegetadas;
Uso de armadinhas para afugentar e capturar insetos;
14
m) Implantação de sistema de produção Agrossilvipastoril;
n) Uso de biofertilizantes e implantação do manejo integrado de pragas e
doenças – MIPD.
Alguns produtos utilizados no manejo integrado de pragas e doenças – MIPD
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)
i)
j)
Calda bordaleza;
Manipueira;
Urina de Vaga;
Sabão;
Macerado de Alho;
Macerado de Pimenta;
Macerado de Cravo de Defunto;
Óleo vegetal;
Calda sulfocalcica;
Xarope de Nin
Marcelo G. de Araújo Leal
CONSULTOR PSP/SEMARH
Adauto Teixeira de Melo
CONSULTOR PSP/SEMARH
15