relatório de conjuntura: grandes consumidores - Nuca
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relatório de conjuntura: grandes consumidores - Nuca
Eletrobrás RELATÓRIO DE CONJUNTURA: GRANDES CONSUMIDORES Março de 2008 Nivalde J. de Castro Roberta Bruno PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS-FINANCEIRAS DO SETOR ELÉTRICO GESEL - GRUPO DE ESTUDOS DO SETOR ELÉTRICO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO RELATÓRIO DE CONJUNTURA: GRANDES CONSUMIDORES Março de 2008 Nivalde J. de Castro Roberta Bruno PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS– FINANCEIRAS DO SETOR ELÉTRICO Relatório de Conjuntura: Março de 2008 Índice 1 - SIDERURGIA........................................................................3 1.1 - ALUMÍNIO........................................................................... 3 1.2 - AÇO.................................................................................... 4 2 – MINERAÇÃO ......................................................................16 2.1 - VALE DO RIO DOCE ............................................................16 2.2 - OUTROS (PREÇOS DO MINÉRIO, ACORDOS DE EXPORTAÇÃO, OUTRAS MINERADORAS ETC) ...............................26 3 – PAPEL E CELULOSE............................................................30 4 – QUÍMICA E PETROQUÍMICA .............................................32 5 - GERAL ................................................................................34 2 Relatório de Conjuntura: Março de 2008 Relatório Mensal de Acompanhamento da Conjuntura de Grandes Consumidores (*)1 Nivalde J. de Castro ** Roberta Bruno*** 1 - SIDERURGIA 1.1 - ALUMÍNIO Vale vai ao Oriente Médio e à Colômbia processar alumínio A Vale está procurando locais para instalar unidades para produção de alumínio fora do Brasil, uma vez que o País, apesar de possuir reservas de bauxita em abundância, não tem energia suficiente para novos projetos. O presidente da mineradora, Roger Agnelli, afirmou na última sexta-feira que já está em conversações com o governo colombiano e com países do Oriente Médio para a instalação dos projetos. "Podemos instalar um smelter na Colômbia, combinando geração hídrica com térmica. E no Oriente Médio, em que usaríamos energias a gás. A idéia é usar bauxita e alumina brasileiras, processá-las nesses países e exportar", disse. (03.03.2008) Após 20 anos, Ibama autoriza Votorantim a construir usina Depois de 20 anos de tentativas, a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), do Grupo Votorantim, conseguiu um parecer favorável do Ibama ao projeto de construção da Usina Hidroelétrica de Tijuco Alto, no Rio Ribeira de Iguape, na divisa de São Paulo com o 1 (*) Este Relatório faz parte do Projeto Provedor de Informações Econômica – Financeira do Setor Elétrico desenvolvido para a Diretoria Financeira da ELETROBRAS. Sua base metodológica está assentada em pesquisa diária, coleta e sistematização de informações disponíveis em periódicos e sites. As informações aqui apresentadas não expressando posição da ELETROBRAS. (**) Professor do Instituto de Economia - UFRJ e coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (***) Assistente de Pesquisa do GESEL-IE-UFRJ. 3 Relatório de Conjuntura: Março de 2008 Paraná. O parecer, assinado por oito analistas ambientais, considera que os impactos positivos do empreendimento tendem a superar os negativos. (04.03.2008) Falta de energia impede a expansão da Albras A Albras, que por anos figurou como a maior fabricante de alumínio primário do Brasil, está vendo a CBA, do grupo Votorantim, tomar a primeira posição do ranking sem poder reagir. A falta de energia no Brasil impossibilita a empresa de expandir a sua capacidade de produção. Etrusco conta que a Albras vem trabalhando no limite da capacidade. Para os próximos anos estão previstos alguns investimentos em melhorias tecnológicas e de produtividade, o que, segundo ele, pode dar uma "levantadinha no teto". A empresa tem como sua maior acionista a Vale. O restante do capital é de um consórcio formado por 17 empresas japonesas, entre tradings, bancos, consumidores e produtores de alumínio, além do Japan Bank International Corporation, um órgão do governo japonês. (10.03.2008) 1.2 - AÇO Gerdau e Metalúrgica Gerdau ofertarão ações Os Conselhos de Administração da Metalúrgica Gerdau e da Gerdau aprovaram a realização de duas ofertas públicas de ações que, somadas, podem chegar a R$ 4 bilhões. A distribuição primária de ações ordinárias e preferenciais de emissão da Metalúrgica será de até R$ 1,2 bilhão e oferta de ações ordinárias e preferenciais de emissão da Gerdau poderá alcançar R$ 2,8 bilhões. As operações ainda estão sujeitas a registros na Comissão de Valores Mobiliários. (04.03.2008) Techint pode construir usina de US$ 3 bi em porto da EBX O grupo ítalo-argentino Techint negocia a instalação de uma usina siderúrgica de US$ 3 bilhões na área do Porto do Açu, 4 Relatório de Conjuntura: Março de 2008 empreendimento do grupo EBX, do empresário Eike Batista, em São João da Barra, no Norte fluminense. A unidade vai produzir tubos de aço para os setores de petróleo e saneamento e também para exportação. A EBX também foi procurada pela indiana Tata Steel, interessada nos ativos de minério de ferro da empresa, que não fizeram parte da venda para Anglo American. (05.03.2008) Oferta de ações da Gerdau gera excesso de papéis As ações do Grupo Gerdau fecharam em forte baixa nesta terçafeira (4) com os investidores avaliando os efeitos da oferta primária de ações da Gerdau (GGBR3, GGBR4) e da Gerdau Metalúrgica (GOAU3, GOAU4), anunciada na última sessão. Devido ao tamanho da distribuição e a volatilidade do mercado, a oferta pode criar um excesso de oferta de papéis no mercado e prejudicar o desempenho dos papéis no curto prazo, avaliam os analistas do banco de investimentos Merrill Lynch. (05.03.2008) Usiminas garante energia até 2014 Para a execução do Plano de Desenvolvimento do Sistema Usiminas, a siderúrgica prorrogou até 2014 o contrato de fornecimento de energia com a Cemig. O fornecimento custará R$ 1,9 bilhão à Usiminas que, além disso, investirá US$ 9 bilhões na expansão de sua capacidade. Com os recursos, a empresa aumentará sua produção de aço em cerca de 70% (seis milhões de toneladas por ano). A conclusão do plano de expansão está prevista para 2015. A garantia de abastecimento de energia elétrica colaborou para a obtenção do grau de investimento pela Usiminas, em 2007. (06.03.2008) Lucro da CSN cresce 150% e atinge recorde de R$ 2,9 bi em 2007 A CSN divulgou comunicado com resultados de 2007. Segundo a empresa, o lucro líquido, o volume e a receita líquida de vendas e o 5 Relatório de Conjuntura: Março de 2008 Ebitda alcançaram "recordes históricos". O lucro líquido da CSN no ano passado alcançou R$ 2,9 bilhões, 150% mais que o registrado em 2006. O volume de produtos de aço comercializado pela companhia bateu em 5,4 milhões de toneladas, incremento de 23% em relação ao ano anterior. (11.03.2008) Apesar dos custos, Gerdau cresce com maior demanda e planeja uma térmica A Gerdau AZA, subsidiária do grupo gaúcho Gerdau no Chile, carrega custos crescentes para produzir vergalhões, perfis e fiosmáquina devido à crise de energia no Chile, mas graças ao forte crescimento do setor de construção e ao alto preço do aço no mercado internacional, seu principal executivo Hermann von Mühlembrock é só sorrisos. O executivo diz que a crise energética e o fortalecimento do peso em relação ao dólar prejudicam vários negócios, mas na Gerdau há margem suficiente para operar com tranqüilidade. A subsidiária chilena do grupo Gerdau tem projeto de construir uma usina termoelétrica com capacidade para gerar 68 MW. Porém, o projeto ainda aguarda permissão das autoridades ambientais chilenas. (12.03.2008) Com lucro recorde, CSN vai aumentar preço do aço A CSN, que registrou em 2007 lucro recorde, anunciou ontem que vai reajustar a partir de 18 de março o preço de todos os seus produtos. Segundo o diretor-comercial da companhia, Luiz Fernando Martinez, o objetivo é aproveitar a forte demanda do mercado interno para recompor parte do aumento de custo provocado pela disparada este ano nos preços das principais matérias-primas do setor, como minério de ferro e carvão. Martinez informou que o preço das bobinas a quente será elevado em 13,5%, o dos laminados a frio em 8,5% e dos laminados zincados em 3,5%. A siderúrgica estuda, ainda, um novo aumento entre o final de maio e o início de junho. (12.03.2008) 6 Relatório de Conjuntura: Março de 2008 Usiminas anuncia novos aumentos para o aço Dez dias antes de entrar o vigor um reajuste de até 12% no preço de seus produtos siderúrgicos no mercado interno, a Usiminas, que atende a mais de 50% do consumo de aços planos do País, anunciou ontem que deverá aplicar uma nova alta nos preços ainda este ano, de pelo menos mais 12%. A informação foi divulgada pelo diretor comercial do conglomerado, Idalino Ferreira. De acordo com o executivo, o aumento deverá ser feito ainda neste semestre. Segundo Ferreira, o atual reajuste, que começará a valer a partir do próximo dia 24, foi fixado tendo como referência aumentos de 30% para o minério de ferro e 50% para o carvão mineral, os dois principais insumos para a produção do aço. (14.03.2008) Asiáticos buscam parcerias com grupos no Brasil A siderúrgica indiana Tata Steel e a chinesa Sinosteel buscam investimentos em mineração e siderurgia no Brasil em parceria com empresas locais. A Tata, quinta maior produtora de aço do mundo, admite fazer acordos com companhias do país para produzir aço, mas tudo depende de custos. Já a Sinosteel, trading que fornece matérias-primas e serviços para usinas chinesas, quer encontrar jazidas minerais para explorar minério de ferro no Brasil com sócios nacionais. (14.03.2008) Usiminas capta US$ 1,3 bi em meio à crise Em meio à crise de solvência no sistema financeiro americano, a Usiminas acaba de conseguir empréstimo de US$ 1,3 bilhão, US$ 100 milhões acima do previsto inicialmente, de um total de 23 bancos em operação liderada pelo HSBC. Os recursos serão utilizados para comprar a mineradora mineira J. Mendes. O empréstimo foi feito em três parcelas. A primeira foi um prépagamento à exportação de total de US$ 300 milhões e prazo de vencimento em cinco anos que vai pagar 1,10% ao ano sobre a Libor, a taxa interbancária de Londres. A segunda parcela foi um pré-pagamento à exportação de US$ 300 milhões com prazo de vencimento em sete anos e que vai pagar 1,35% sobre a Libor. A 7 Relatório de Conjuntura: Março de 2008 terceira e maior parcela é de US$ 700 milhões, tem vencimento em dois anos e trata-se de uma linha chamada de "revolver". (17.03.2008) Ternium negocia instalação de usina no Rio A Ternium, divisão siderúrgica latino-americana do Techint Group, está negociando com o governo do Estado do Rio de Janeiro a construção de uma usina de placas de aço a ser instalada no Porto de Açu para ajudar a suprir suas unidades no México. A usina fornecerá placas de aço para as unidades ADP e Hylsamex da Ternium, localizadas em Monterrey, no México, que necessitam de aproximadamente 3,4 milhões de toneladas de placas por ano, disse na sexta-feira em entrevista o vice-presidente do conselho administrativo da empresa, Rinaldo Campos Soares. (17.03.2008) Siderúrgicas vão manter lucros altos este ano CSN, Usiminas, Gerdau e ArcelorMittal Brasil devem manter altas taxas de lucro este ano, apesar do cenário de elevação no preço do minério de ferro, segundo a Fitch Ratings. Para a agência, as siderúrgicas brasileiras desfrutam de importantes vantagens competitivas, incluindo as modernas instalações de produção, a proximidade das fontes de minério de ferro e de um mercado doméstico concentrado, o que limita a concorrência baseada em preços. Além disso, a indústria siderúrgica brasileira é beneficiada de barreiras à entrada de aço importado devido a desafios logísticos de transporte de aço no Brasil, bem como os produtores brasileiros de aço possuem ou têm acesso privilegiado aos grandes distribuidores de aço. (17.03.2008) CSA, siderúrgica da Thyssen, recruta funcionários da CSN em Volta Redonda Desde janeiro do ano passado até o início deste mês, o Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda homologou 761 rescisões de 8 Relatório de Conjuntura: Março de 2008 contratos de trabalhadores da CSN, que optaram por trocar de empresa. A média mensal de demissões e pedidos de dispensa, que historicamente era de 35, saltou, a partir de julho do ano passado, para 90. Segundo o sindicato, foi quando a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), começou a seduzir a mão-de-obra qualificada da CSN, dobrando salários, em muitos casos. A CSN reconhece que há uma migração de seus funcionários para outras empresas, mas considera ser um "movimento normal". (19.03.2008) Arcelor investe US$ 1 bi em Minas A ArcelorMittal informou ontem ao governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), que irá investir US$ 1 bilhão na expansão da unidade ArcelorMittal Monlevade (antiga Belgo-Mineira), produtora de aços longos localizada a 110 quilômetros de Belo Horizonte. Com o aporte, a usina da Arcelor Mittal Aços Longos vai dobrar sua capacidade de produção para 2,4 milhões de toneladas/ano. O objetivo é iniciar as obras em março e concluir o projeto em 27 meses. (19.03.2008) Executivo do grupo Vallourec é novo presidente da Usiminas Já foi definida uma das sucessões mais esperadas na indústria do aço brasileira. O novo presidente executivo da Usiminas, a partir de maio, será Marco Antonio Castello Branco, hoje o único estrangeiro no comitê executivo da multinacional francesa de tubos Vallourec, na França. Castello Branco, mineiro, 48 anos, engenheiro metalúrgico formado na UFMG e com mestrado e doutorado na Alemanha, vai ocupar a cadeira que Rinaldo Campos Soares, que completa 70 anos em 2008, ocupa desde 1990. Segundo investidores, o perfil de executivo global de Castello Branco, com exposição no mercado internacional, é o que a Usiminas precisa. A siderúrgica mineira é considerada conservadora, com pouca exposição fora do Brasil, e seu futuro está na internacionalização. (19.03.2008) 9 Relatório de Conjuntura: Março de 2008 Produção brasileira de aço sobe 8,1% A produção brasileira de aço tem apresentado desempenho acima da média do setor siderúrgico internacional. Apesar da redução do ritmo de crescimento mundial da produção de aço bruto, o Brasil segue no patamar de 9% de alta apurados no ano passado. Em todo o globo foram transformados 106,85 milhões de toneladas métricas em fevereiro, 5,3% acima do verificado em igual mês de 2007. Na somatória do ano, a elevação é de 4,9%. O Brasil apurou um crescimento de 8,1% no segundo mês deste ano, com 2,71 milhões de toneladas métricas produzidas. No ano, a produção brasileira acumula alta de 9%, pouco abaixo dos 9,3% registrados no ano passado. (24.03.2008) CSN anuncia recompra de ação ordinária A CSN abriu um programa de recompra de ações ordinárias de sua emissão, visando adquirir até 10.800.000 papéis (equivalentes a 2,37% das ações da CSN em circulação). Tomando como base a cotação da ação no fechamento do pregão de quinta-feira, de R$ 60,99, a operação pode movimentar cerca de R$ 660 milhões. O prazo final é 28 de abril. As ações serão mantidas em tesouraria para alienação ou até cancelamento. (24.03.2008) Gerdau investirá US$ 6,4 bilhões em três anos A Gerdau vai investir US$ 6,4 bilhões até 2010, anunciou ontem o chefe executivo da empresa, André Gerdau Johannpeter. Segundo ele, 69% do investimento será aplicado no Brasil. A soma ajudará a companhia a alcançar e consolidar a capacidade produtiva de 28,3 milhões de toneladas de aço. De acordo com Johannpeter, o foco majoritário no País é motivado pelo momento de crescimento atual, e deve proporcionar um atendimento pleno à demanda por aço, decorrente de atividade intensa em obras de infra-estrutura. (20.03.2008) 10 Relatório de Conjuntura: Março de 2008 Nippon Steel quer joint venture com Usiminas para produzir aço no Brasil A Nippon Steel planeja investir na construção de uma fábrica de aço no Brasil em conjunto com a Usiminas, de acordo com informações da mídia japonesa. O projeto, que deve ser iniciado ainda este ano, prevê o investimento de US$ 5 bilhões a US$ 6 bilhões na produção de aço na cidade de Cubatão (São Paulo), aumentando a capacidade de produção global da Nippon Steel. O objetivo da japonesa é diminuir a diferença que existe em relação à sua principal concorrente no setor siderúrgico, a ArcelorMittal. Caso o projeto seja concluído, a companhia prevê que a usina comece as operações em 2011. (25.03.2008) Vendas de aço no mercado brasileiro crescem 29% As vendas internas de produtos siderúrgicos cresceram 29% em fevereiro, em relação ao mesmo mês do ano passado, para o recorde de 1,81 milhão de toneladas, informou ontem o Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS). O bom desempenho das cadeias produtivas que se abastecem do setor siderúrgico "traduzem o bom momento da economia como um todo", destacou a entidade em nota. A indústria automotiva impulsionou a venda de laminados planos. (25.03.2008) Usinas de aço podem reduzir vendas externas para abastecer o País A indústria do aço mostra-se disposta a reduzir exportações em prol do consumo brasileiro, que cresce a dois dígitos. Mas nem todas vão abrir mão do mercado externo. As usinas pré-concebidas para atender a controladoras no exterior, como a alemã ThyssenKrupp, não desviarão a produção destinada originalmente ao exterior para "salvar" o País de uma possível inflação de demanda. Planejada para produzir 5 milhões de toneladas, a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), em Itaguaí, no Rio, descarta direcionar parte da produção para o mercado interno, se houver problema de abastecimento como teme o governo. (26.03.2008) 11 Relatório de Conjuntura: Março de 2008 Usina siderúrgica no Pará em estudo O projeto da Vale de instalar uma usina siderúrgica no Pará em parceria com um investidor estrangeiro depende de investimentos do governo em infra-estrutura, segundo o presidente da companhia, Roger Agnelli. De acordo com Agnelli, o projeto ainda está em fase de estudos e ainda não há definições sobre o parceiro. "A questão de energia e infra-estrutura na Região Norte é crítica", disse. A usina produzirá placas de aço, seguindo os moldes dos projetos da Vale com a alemã Thyssen no Rio de Janeiro e com a chinesa Baosteel, no Espírito Santo. (26.03.2008) Nippon Steel e Usiminas farão fábrica, diz jornal A siderúrgica Nippon Steel, líder do setor no Japão e segunda maior do mundo, vai assumir a construção de uma fábrica no Brasil em parceria com a Usiminas para produzir aço, segundo o jornal econômico "Nikkei". A Nippon Steel, por meio de sua controlada Nippon Usiminas, é a maior acionista da companhia brasileira, com 24,7% de participação. Com investimento entre US$ 4,96 bilhões e US$ 5,95 bilhões, a terceira maior siderúrgica do mundo seria instalada em Cubatão (São Paulo), segundo a publicação. Um portavoz da empresa japonesa, porém, disse ao jornal que a informação é incorreta e destacou que o grupo não tem planos de construir no país. (26.03.2008) Usiminas buscará globalizar sua atuação A Nippon Steel, gigante do setor siderúrgico japonês e uma das principais acionistas da Usiminas, disse ontem que ainda não decidiu sobre um eventual investimento em uma fábrica no Brasil, embora a idéia esteja em estudo pela própria Usiminas. O comentário foi feito depois do jornal Nikkei afirmar na edição de anteontem que a siderúrgica japonesa teria a intenção de despender entre US$ 5 bilhões a US$ 6 bilhões em uma fábrica de placas de aço na cidade de Cubatão, na Baixada Santista, onde está instalada a Cosipa, que pertence à Usiminas. (26.03.2008) 12 Relatório de Conjuntura: Março de 2008 ArcelorMittal vende siderúrgica A ArcelorMittal confirmou ontem que o agente de alienação designado pela Justiça concluiu acordo para vender a siderúrgica Sparrows Point, da ArcelorMittal, à OAO Severstal, por US$ 810 milhões, líquido de dívidas. Devido a compromisso assinado em maio de 2007, no Juízo do Distrito de Columbia (EUA), para cumprir decisão antitruste em relação à fusão de Mittal Steel e Arcelor SA em 2006, foi requisitado ao agente Jospeh G. Krauss a busca da venda da siderúrgica. (27.03.2008) Para indústria, não há como evitar rejustes no aço A indústria brasileira do aço admitirá hoje para o ministro Guido Mantega que não terá como evitar a contribuição do setor para uma inflação de preços, mas negará responsabilidade por qualquer inflação de demanda decorrente do desabastecimento interno. O setor alega que o aumento de 75% no preço do minério de ferro aplicado pela Vale e o reajuste do carvão (ainda não definido) resultará num repasse de preços para os consumidores de aço. (28.03.2008) Usiminas tem lucro de R$ 3,2 bi Às vésperas de deixar o comando da Usiminas, Rinaldo Campos Soares anunciou ontem o segundo melhor lucro de um ano já obtido pela companhia. O resultado de 2007 lhe dá motivos para comemorar - R$ 3,2 bilhões. Esse valor, que representou alta de 26% sobre o desempenho do ano anterior, só perde para o resultado recorde de R$ 3,9 bilhões alcançado pela empresa em 2005. (28.03.2008) Usiminas vai investir US$ 1 bi em pelotizadora em Minas A Usiminas anunciou ontem que vai adicionar mais US$ 1 bilhão ao pacote de investimentos de US$ 750 milhões nas quatro minas da J.Mendes, adquiridas em fevereiro deste ano. O valor será investido 13 Relatório de Conjuntura: Março de 2008 na construção de uma unidade de beneficiamento do minério de ferro (pelotizadora), que deverá começar a operar entre 2013 e 2015. Segundo o presidente da Usiminas, Rinaldo Campos Soares, o objetivo é atingir a produção de 7 milhões de toneladas de minério em pelotas, produto que tem alto valor comercial no mercado internacional. (28.03.2008) Balanço da Usiminas aponta riscos de gargalo no setor O balanço financeiro do Sistema Usiminas, divulgado ontem, traz dois sinais importantes para a economia brasileira: a indústria de base, puxada pela demanda interna, vive um período de bons resultados financeiros, mas caminha rápido para ocupar a capacidade industrial disponível. A preocupação que surgiu ontem por parte do mercado com o balanço da Usiminas está no fato de como essa forte demanda pode se transformar em pressão inflacionária nos próximos meses. (28.03.2008) Usiminas distribuirá dividendo complementar A Usiminas distribuirá aos acionistas um dividendo complementar no valor total de R$ 296.288.356,74 - R$ 0,85827 por ação ordinária e R$ 0,94410 para cada preferencial detida em 26 de março. O Conselho da Usiminas aprovou ainda um aumento de capital da companhia em R$ 4,05 bilhões, para R$ 12,15 bilhões, mediante a capitalização de Reservas, com emissão de novas ações, e o crédito de uma nova ação bonificada para cada grupo de duas ações possuídas. (28.03.2008) ArcelorMittal Inox conclui ampliação de sua produção A siderúrgica ArcelorMittal Inox Brasil (antiga Acesita), única produtora integrada de aços planos inoxidáveis da América Latina, anunciou ontem a conclusão de um investimento de R$ 162 milhões para ampliar a capacidade de produção dos chamados aços elétricos, destinados à fabricação de equipamentos especiais, como 14 Relatório de Conjuntura: Março de 2008 transformadores, geradores, motores de carros híbridos, reatores e compressores herméticos. Com os investimentos, a produção de aços de grão orientado (GO) saltará de 43 mil toneladas anuais para 60 mil toneladas por ano, e as ligas nobres de grão não orientado (GNO) de 145 mil toneladas por ano para 242 mil toneladas por ano. (28.03.2008) Mantega quer manter as exportações de aço O ministro da Fazenda, Guido Mantega, cobrou ontem da indústria siderúrgica a manutenção das exportações e a cautela na elevação dos preços para os consumidores de aço. O encontro ocorreu em São Paulo, e entre os participantes estava o presidente da Gerdau, André Gerdau, e da Usiminas e do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), Rinaldo Campos Soares. Mantega disse, após o encontro, que está preocupado com a atual política do setor siderúrgico de desviar a produção de aço exportada para atender o mercado interno. (29.03.2008) Usiminas prepara novo reajuste no aço e prevê queda nas importações A Usiminas irá reajustar mais uma vez o preço do aço no segundo trimestre, informou na última sexta-feira Idalino Coelho Ferreira, diretor de comercialização para o mercado interno da siderúrgica mineira, em teleconferência com investidores e analistas. Ele conta que esse cenário de alta no mercado externo deve frear um pouco as importações, que segundo o Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS) em janeiro subiram 74,2%, em relação ao primeiro mês do ano passado. (31.03.2008) 15 Relatório de Conjuntura: Março de 2008 2 – MINERAÇÃO 2.1 - VALE DO RIO DOCE Nova siderúrgica da Vale no Pará pode ser em Barcarena ou Espadarte O presidente Lula, a governadora do Pará Ana Júlia Carepa e o presidente da Vale, Roger Agnelli, devem se reunir na manhã de hoje para acertar os últimos detalhes da instalação da siderúrgica que a empresa pretende construir no Pará. A Vale exige algumas contrapartidas dos governos federal e estadual para tocar o empreendimento, como a construção do porto de Espadarte localizado no município de Curuçá, a 130 km de Belém (PA) - e a extensão da ferrovia Norte-Sul até o porto, além da conclusão da ampliação da usina de Tucuruí. Segundo o presidente da Vale, o local ainda não foi escolhido. Há possibilidades, como a Vila do Conde em Barcarena ou o porto do Espadarte. (03.03.2008) Vale vai ao Oriente Médio e à Colômbia processar alumínio A Vale está procurando locais para instalar unidades para produção de alumínio fora do Brasil, uma vez que o País, apesar de possuir reservas de bauxita em abundância, não tem energia suficiente para novos projetos. O presidente da mineradora, Roger Agnelli, afirmou na última sexta-feira que já está em conversações com o governo colombiano e com países do Oriente Médio para a instalação dos projetos. "Podemos instalar um smelter na Colômbia, combinando geração hídrica com térmica. E no Oriente Médio, em que usaríamos energias a gás. A idéia é usar bauxita e alumina brasileiras, processá-las nesses países e exportar", disse. (03.03.2008) Vale se torna a 2ª maior mineradora Com os resultados obtidos no ano passado, a Vale se tornou a segunda maior mineradora do mundo, superando a angloaustraliana Rio Tinto. A também anglo-australiana BHP Billiton 16 Relatório de Conjuntura: Março de 2008 permanece na liderança. A companhia brasileira superou a Rio Tinto tanto em receita como em lucro. Nesse caso, o crescimento da Vale foi de 81,1%, batendo a concorrente em mais de US$ 4,5 bilhões. Em 2006, a vantagem da anglo-australiana era de cerca de US$ 900 milhões. Ela também reduziu a distância em relação à BHP, que caiu de quase US$ 4 bilhões, em 2006, para menos de US$ 2 bilhões, em 2007. (01.03.2008) Vale vai investir R$ 5 bi em Marabá O presidente da Vale, Roger Agnelli, apresentou ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o projeto de construção de uma siderúrgica em Marabá, no sudeste do Pará. Pelas estimativas da empresa, o licenciamento ambiental da usina de placas de aço deve ficar pronto em meados do próximo ano. A companhia espera que o governo faça uma série de obras de infra-estrutura na região do complexo de Carajás, para garantir o escoamento da produção da nova usina. A governadora do Pará, Ana Júlia Carepa afirmou que a Vale deve investir R$ 5 bilhões no projeto. Só o estudo da obra da siderúrgica custará R$ 25 milhões. (04.03.2008) Conselho da Vale rejeita plano de negociação da Glencore O presidente da Previ, Sérgio Rosa, que também preside o conselho de administração da Vale, disse ontem que "as negociações entre a empresa e a Xstrata não estão evoluindo a ponto de poder falar em fechamento da transação". As declarações de Rosa trouxeram mais incertezas sobre o futuro da transação. As ações ordinárias da Vale fecharam em queda na Bovespa de 0,61%, cotadas a R$ 58,30 e as preferenciais (PNA) caíram 0,44%, para R$ 49,64, na contramão do Ibovespa, que subiu 1,58%. A posição do principal acionista da Vale é contrária à intenção da Glencore, controladora da Xstrata, de deter direitos de comercialização sobre produtos da Vale após a fusão das duas empresas. "Se não tiver contato direto com o cliente perde-se um pouco a visão da demanda e de como posicionar a estratégia da companhia no longo prazo ", disse Rosa, durante entrevista para divulgar balanço de 2007 da Previ. (04.03.2008) 17 Relatório de Conjuntura: Março de 2008 Vale mantém seus investimentos na Colômbia O diretor executivo de Finanças da Vale, Fábio Barbosa, admitiu ontem que os conflitos políticos na Colômbia são um desafio a mais para uma empresa interessada em investir na região. Mas ele acredita que os problemas serão solucionados e não irão atrapalhar a mineradora. Segundo ele, a Vale estuda projetos na área de energia. "[A Colômbia] é um grande potencial de investimento. Esperamos condições adequadas", disse, após reunião com investidores na Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais do Rio de Janeiro (ApimecRio). (06.03.2008) Vale ainda negocia compra da Xstrata O diretor executivo de Finanças da Vale, Fábio Barbosa, afirmou ontem que a empresa continua negociando a compra da mineradora anglo-suíça Xstrata. "As discussões estão em andamento. Se, e quando, forem concluídas, informaremos ao mercado", afirmou o executivo durante uma apresentação para investidores promovida pela Apimec-Rio. (06.03.2008) 18 Relatório de Conjuntura: Março de 2008 Vale fecha reajuste de preços com a Arcelor Mittal, maior siderúrgica do mundo Dando seqüência ao ciclo de reajustes no fornecimento do minério de ferro, a Vale (VALE5) celebrou nesta quinta-feira (5) um contrato de preços de referência do minério de ferro fino com a maior siderúrgica do mundo, a Arcelor Mittal. O contrato eleva o preço de referência para o minério de ferro fino do SSF (Sistema Sul) em 65% e coloca um bônus de R$ 0,0619 sobre o produto proveniente de SFCJ (Carajás), reconhecidamente de qualidade superior. (07.03.2008) Para Vale, commodities são boas para o país O valor de mercado das empresas brasileiras de capital aberto produtoras de commodities explodiu desde o início da década, diz estudo da Economática. Além disso, elas equivalem a uma fatia cada vez maior da economia, entre empresas de diferentes setores analisados. Alvo de inúmeras críticas, a "commoditização" da economia brasileira é defendida, evidentemente, pela Vale. Para a mineradora, produzir commodities é bom para o país como um todo. "Os produtos primários são -e serão por muito tempo- escassos na economia mundial", afirma José Carlos Martins, diretor-executivo da Vale. "A força mudou a favor de quem consegue produzir commodities por preços competitivos." (09.03.2008) Vale acerta aumento de até 66% com Corus A Vale anunciou ontem que fechou ajuste para o preço do minério de ferro em 2008 com o grupo Corus, uma das maiores siderúrgicas da Europa, encerrando com isso o ciclo de ajustes de grandes clientes para este ano, segundo a assessoria de imprensa da empresa. Assim como nos demais contratos já fechados com empresas européias, o minério produzido no Sistema Sul terá aumento de 65% e na mina de Carajás, no Pará, de 66%, devido à qualidade superior da commodity nessa região. Os novos preços de referência deste ano para o mercado europeu, em tonelada métrica seca (dmt), são de US$ 1,3441 por unidade de ferro para o Sistema 19 Relatório de Conjuntura: Março de 2008 Sul e US$ 1,4060 dólar por unidade de ferro para Carajás. (11.03.2008) Vale repudia itermediários e defende sistema de preços O diretor-executivo de Ferrosos da Vale, José Carlos Martins, rechaçou ontem a figura de intermediários (tradings) na comercialização do minério de ferro e defendeu a manutenção do mecanismo de benchmark (referência) para os reajustes de preço do produto. Na avaliação do executivo, listar o minério em bolsa ou permitir a entrada de trades neste comércio ocasionaria maiores altas do produto e grande volatilidade em sua cotação. As discussões em torno de alternativas para a negociação do minério de ferro ganham força à medida em que os grandes produtores australianos - BHP Billiton e Rio Tinto - se negam a seguir o reajuste de 65% fechado pela mineradora brasileira com seus clientes. (14.03.2008) Vale e CSN ampliam negócios no mercado de pelotização A Vale e a CSN estão ampliando seus negócios em pelotização, tanto no exterior quanto no Brasil. Segundo as empresas, o mercado de pelotas tem um grande potencial de crescimento, o que justifica os investimentos e as parcerias que as companhias buscam ao redor do mundo. A Vale tem interesse em instalar uma pelotizadora na Malásia, afirmou ontem o diretor de minerais ferrosos da companhia, José Roberto Martins. Segundo o executivo, a mineradora já estuda aumentar sua capacidade de produção de pelotas de minério de ferro na China, na empresa JV Zhuhai. (14.03.2008) Vale tem forte interesse na exploração do insumo A Vale pretende explorar reservas de urânio no Brasil, como já faz em outros países. A empresa tem entre as suas prioridades a exploração do mineral e a construção de usinas nucleares para 20 Relatório de Conjuntura: Março de 2008 suprir a sua demanda crescente de energia. Hoje a companhia já tem parcerias de exploração e extração do minério na Austrália e no Canadá e quer usar esse conhecimento para a pesquisa e a lavra no País. (17.03.2008) Negócio entre Vale e Xstrata não afeta preço, diz siderurgia Diretores de empresas do setor siderúrgico consideram que a possível compra da Xstrata pela Vale não vai aumentar o preço do minério de ferro. O presidente do Conselho de Administração do grupo industrial alemão ThyssenKrupp, Hans-Ulrich Lindenberg, disse que a conclusão do negócio "não pode tornar as negociações [de minério de ferro] mais duras do que já são hoje". "A Vale está fazendo um excelente negócio com essa compra", disse Lindenberg, durante a 14ª Conferência Mundial do Aço, encerrada no Rio. (15.03.2008) Conselho de administração da Vale se reúne O conselho de administração da Vale se reúne hoje sob o comando de Sérgio Rosa, presidente do conselho e da Previ, maior acionista da mineradora. A expectativa é que na pauta conste uma avaliação das negociações de compra da Xstrata pelos acionistas controladores. Está sendo aguardado para esta semana, no máximo na próxima, um novo encontro entre Roger Agnelli e os executivos da Glencore e da Xstrata para debater novas propostas visando fechar o negócio. (19.03.2008) Vale vai contratar 6.085 funcionários neste ano A Vale vai recrutar 6.085 funcionários até o final de 2008. Até 2012, a mineradora espera contar com mais 62 mil empregados em seu quadro pessoal. Desses, 33 mil serão empregados diretos da empresa. Outros 29 mil serão colaboradores de companhias terceirizadas. As contratações virão por meio de oito programas de 21 Relatório de Conjuntura: Março de 2008 recrutamento, estágio e treinamento -cinco deles com inscrições abertas atualmente. (19.03.2008) Proibição da China a rivais beneficia Vale A Vale foi beneficiada com a proibição da China às suas duas maiores concorrentes, a mineradora BHP Billiton Ltd. e o Rio Tinto Plc., impedidas de vender minério às siderúrgicas chinesas no mercado à vista. As ações da Vale, a maior produtora mundial de minério de ferro, registraram a maior alta da última semana após a proibição. A China proibiu a venda de minério por BHP e Rio Tinto no mercado à vista num momento em que as empresas tentam obter um aumento maior do que o reajuste de 71% conseguido pela Vale para o preço do minério. (19.03.2008) Vale acerta reajuste de 87% no preço da pelota A Vale fechou ontem com a siderúrgica Ilva um reajuste de 86,67% para cima no preço das pelotas de alto forno, em relação à cotação praticada em 2007. Com isso, o novo preço de referência, em tonelada métrica (mt), é US$ 2,2020 por unidade de ferro, para as pelotas produzidas no Sistema Sul (Tubarão). (24.03.2008) Vale quer atrair investidor oriental A Vale está querendo atrair investidores de regiões com forte crescimento econômico, como o Oriente Médio e a Ásia, disse ontem o diretor financeiro da empresa, Fábio Barbosa. "Queremos aumentar a base de investidores, diversificar... elevar o nosso perfil em outras regiões nas quais se observa maior crescimento das economias e onde empresas como a Vale podem ser interessantes", afirmou o executivo, após participar de seminário sobre a economia brasileira no Rio. Barbosa disse que tem conversado com profissionais de investimento em outros locais como Emirados Árabes (Abu Dhabi), Kuweit e China. (25.03.2008) 22 Relatório de Conjuntura: Março de 2008 Vale: mantida a projeção de investimentos O diretor-executivo de Finanças da Vale, Fabio Barbosa, disse ontem que na visão da companhia, mesmo com a crise financeira internacional, considerada de curto prazo, "o mundo vai continuar fundamentalmente benigno". O executivo afirmou que em 2012 a produção da empresa de minério de ferro será 50% maior que em 2007 e as produções de cobre e nível serão dobradas no mesmo período. De acordo com Barbosa, o aumento do rigor para a concessão de crédito não vai alterar a projeção de investimentos da mineradora, de US$ 11 bilhões para este ano e US$ 59,1 bilhões até 2012. (25.03.2008) Vale destinará R$ 8,614 semestral de debêntures milhões para remuneração A Vale (VALE5) informou na noite desta segunda-feira (24) que irá efetuar o pagamento semestral das debêntures no valor de R$ 8,614 milhões aos detentores dos títulos no dia 31 de março. Segundo o comunicado, o montante por debênture será de R$ 0,022239671, obedecendo a incidência de imposto de renda, com exceção daquele que comprovar, de modo inequívoco, o direito à dispensa de retenção na forma da lei. (24.03.2008) Crise não afeta negócio com a Xstrata, diz Vale O diretor-executivo de finanças da Vale, Fábio Barbosa, disse ontem que a tentativa de compra da Xstrata é uma articulação à parte da crise do mercado norte-americano. Ele admitiu que o atual cenário torna o mercado mais "restrito" para negócios. Em relação ao possível negócio com a mineradora suíça, acrescentou que "cada caso é um caso" e ressaltou que a Vale tem situação privilegiada de acesso ao crédito. (25.03.2008) 23 Relatório de Conjuntura: Março de 2008 Negociação fracassa e Vale desiste de comprar a Xstrata Três meses depois de confirmar seu interesse na compra da mineradora anglo-suíça Xstrata, a Vale comunicou oficialmente na noite de ontem o encerramento das negociações. As cifras que envolveram o negócio não foram. Horas antes do anúncio oficial do insucesso do acordo, o presidente da Vale, Roger Agnelli, que recebeu em São Paulo um prêmio como "Personalidade de Vendas de 2007", já antecipava o resultado malogrado. Na nota distribuída ao mercado, a mineradora brasileira deixou em aberto a possibilidade de tentar uma nova oferta nos próximos seis meses, se outra concorrente entrar no páreo pela Xstrata. (26.03.2008) Vale e Xstrata vão em busca de novos ativos A Vale agora vai focar no crescimento orgânico e buscar novas aquisições de empresas produtoras de cobre, carvão e alumínio, como admitiu na terça-feira Roger Agnelli, presidente da companhia. Para a Merrill Lynch, que divulgou ontem relatório sobre o futuro da Vale pós-Xstrata, a mineradora brasileira quer aumentar sua exposição ao ciclo positivo de commodities e continua olhando outras possibilidades de compra no setor. Alguns alvos são a FreeportMcMoran Cooper & Gold, empresa americana de cobre e a Norsk Hydro, norueguesa de alumínio. Embora as duas companhias sintam que uma grande oportunidade foi perdida, a Vale e a Xstrata quiseram insistentemente projetar a mensagem de que a vida continua, e que a fusão não era crucial para nenhuma das duas companhias. Um analista no setor disse que a Xstrata logo retomará a busca de outros negócios. (27.03.2008) Xstrata seria risco para a Vale, dizem analistas Apesar da longa negociação em torno da compra da Xstrata, a Vale acertou em não fechar a aquisição, pelo menos por enquanto, dizem analistas. Eles avaliam que foi melhor optar por manter metas de crescimento e rentabilidade do que se arriscar com o negócio. Segundo Cristiane Viana, da Ágora, a "posição da Vale é positiva", pois foca em sua expansão orgânica e mantém suas metas de 24 Relatório de Conjuntura: Março de 2008 rentabilidade -o que é favorável para o acionista. Ainda que a Xstrata representasse o ingresso em novos mercados (especialmente cobre e carvão), o risco envolvido na transação, diz, era alto. (27.03.2008) Exportação da Vale será de US$ 20 bi neste ano Nas últimas semanas, o mercado de commodities passou a viver momentos de instabilidade no rastro da crise global. Os preços das matérias-primas caíram nas principais Bolsas de mercadorias e muitos especialistas começaram a prever um cenário de volatilidade para elas daqui para a frente. Segundo José Carlos Martins, diretorexecutivo de ferrosos da Vale, diferentemente do que vem ocorrendo com a maioria das commodities, o minério de ferro deveria estar imune a esse processo de volatilidade nesse mercado. A receita da companhia neste ano com a exportação de minério de ferro já está garantida. Será de US$ 20 bilhões, o dobro do registrado no ano passado. (28.03.2008) Vale faz parceria com Xstrata e canadense A mineradora canadense Wallbridge Mining anunciou ontem que entrou em acordo com as produtoras de níquel Vale Inco, unidade da mineradora brasileira Vale, e Xstrata Nickel, unidade da anglosuíça Xstrata, para formar uma joint venture (parceria) com a finalidade de desenvolver um terreno de mineração em Sudbury, em Ontário, no Canadá. A Wallbridge afirmou que terá 50% de participação na joint venture com a Xstrata Nickel e a Vale Inco, cujas controladoras encerraram esta semana um longo processo de fusão sem acordo, controlando 25% cada uma. (28.03.2008) Vale pode buscar outros alvos, mas o que importa mesmo é o fundamento A Vale (VALE5) não é a maior mineradora do mundo. Sem a anglosuíça Xstrata, a brasileira continua atrás de gigantes como a BHP 25 Relatório de Conjuntura: Março de 2008 Billiton, que luta para adquirir a Rio Tinto por um preço que pode superar a casa dos US$ 140 bilhões. Para analistas, a aquisição até poderia ser interessante, porém, o que importa mesmo são os fundamentos da empresa. "Não adianta comprar um ativo e crescer, mas não manter metas e desfazer estratégias", afirma Cristiane Viana, analista da Ágora Corretora. A aquisição, que poderia ter custado entre US$ 80 e US$ 90 bilhões, levaria a mineradora brasileira a aumentar sua exposição em mercados pouco ou nada explorados, como carvão, zinco e cobre. (27.03.2008) 2.2 - OUTROS (PREÇOS DO MINÉRIO, ACORDOS DE EXPORTAÇÃO, OUTRAS MINERADORAS ETC) Minério de ferro deve custar 30% mais em 2009, diz Citi Os preços do minério de ferro, que subiram e alcançaram seu recorde este ano, avançarão 30% no ano que vem devido ao "crescimento robusto e continuado da demanda", disse o Citigroup Inc. "A manutenção das condições de arrocho no mercado em 2008 e 2009 servirão de motor para reajustes adicionais nos preços no ano que vem e para a alta sustentada dos preços nos próximos dois anos", disseram, em relatório divulgado no último dia 3 de março, analistas do Citigroup como Alan Heap, que trabalha em Sidney, na Austrália. (06.03.2008) MMX, de Eike Batista, deve ampliar reservas em Corumbá A MMX Mineração descobriu reservas de minério de ferro que multiplicam por dez as jazidas já existentes. As novas minas do sistema de produção de Corumbá, no maciço de Urucum, demandarão mais uma usina de beneficiamento do minério, além da unidade que já processa a matéria-prima na região. As reservas provadas de 32 milhões de toneladas, segundo o gerente de mineração Rodrigo dos Anjos Xavier, deverão chegar a 370 milhões de toneladas, na mais conservadora das hipóteses. A região toda, considerando as reservas sob concessão das concorrentes Companhia Vale e Rio Tinto, podem abranger um total de um bilhão de toneladas da matéria-prima. (07.03.2008) 26 Relatório de Conjuntura: Março de 2008 Exportação de minério de ferro cresce 12,5% em janeiro As exportações brasileiras de minério de ferro subiram 12,5% em janeiro, em comparação a igual mês do ano anterior, de acordo com dados preliminares divulgados ontem pelo Sindicato Nacional da Indústria da Extração do Ferro e Metais Básicos (Sinferbase). No primeiro mês de 2008, as empresas brasileiras embarcaram 17,948 milhões de toneladas métricas de minério de ferro, ante as 15,959 milhões registradas em janeiro de 2007. A Vale, maior produtora e exportadora de minério de ferro e pelotas do mundo, manteve a liderança do ranking. (07.03.2008) MMX recebe autorização para mineroduto A MMX Mineração e Metálicos SA informou ontem ao mercado que o Ibama concedeu na última sexta-feira à sua subsidiária MMX MinasRio Mineração SA autorização para a abertura do canteiro de obras, do pátio de armazenamento de tubos e o acesso à estação de bombas 01 do mineroduto do Sistema MMX Minas-Rio. O Mineroduto ligará as minas da MMX Minas-Rio ao Porto do Açu, terminal portuário que está sendo construído no litoral norte do Estado do Rio de Janeiro. (11.03.2008) CSN deve quintuplicar receita com mineração este ano A CSN deverá vender este ano mais que o dobro do volume de minério de ferro comercializado no ano passado, o que possibilitará quintuplicar a receita com mineração. De acordo com a empresa, devem ser exportados cerca de 24 milhões de toneladas. Outros 5 milhões de toneladas serão vendidos no mercado interno. Segundo o diretor executivo de mineração da siderúrgica, Juarez Saliba, a expectativa para este ano é de que as vendas totalizem US$ 2 bilhões, o que permitirá um Ebitda de US$ 1,1 bilhão a US$ 1,2 bilhão. (12.03.2008) 27 Relatório de Conjuntura: Março de 2008 Reajuste do minério terá repasse para aço Os preços do aço serão reajustados por conta da alta do minério de ferro. O diretor-geral da Corus, Philippe Valin, disse que a empresa repassará o aumento de preços quanta vezes precisar. "Já fizemos aumentos. Mas, se for necessário, faremos outros no terceiro trimestre, porque a situação atual é insustentável", disse ele. A Corus concluiu a negociação de preços para compra do minério de ferro com a Vale esta semana. Os preços subiram entre 65% e 66%. (14.03.2008) MMX registra lucro líquido de R$ 765,6 mi A MMX Mineração e Metálicos S.A. divulgou ontem os resultados do ano passado. A empresa obteve lucro líquido de R$ 765,6 milhões. A MMX destacou a valorização de suas ações -alta de 309% ao longo de 2007. O valor de mercado da companhia chegou a R$ 14,3 bilhões. (14.03.2008) Minério de ferro deve render 61% mais A perspectiva de mais um período de demanda aquecida desenha 2008 como um novo ano de quebra de recordes de commodities minerais, um mercado de oferta contida e estoques historicamente baixos. As exportações devem disparar 40% em relação ao ano passado. As importações prometem aumentar 33,6%. Com isso, o saldo da balança comercial das commodities minerais deve fechar 2008 com US$ 11,707 bilhões, crescimento de 47,3% em relação ao ano passado. As exportações são puxadas pelo minério de ferro, responsável por 70% dos embarques de commodities minerais do país. Projeções conservadoras apontam para receita de US$ 17 bilhões no ano, 61% mais que o obtido em 2007. O volume deve crescer apenas 11%, para algo em torno de 300 milhões de toneladas. (16.03.2008) 28 Relatório de Conjuntura: Março de 2008 Institutos de siderurgia e mineração comentam reajuste do minério de ferro O forte aumento dos preços do minério de ferro neste ano eram amplamente esperados pelos analistas de mercado. As projeções, porém, não ultrapassavam os 50%. A aposta da maioria se concentrava em 35%. Para comentar a elevação dos preços neste ano e traçar perspectivas, a InfoMoney convidou Marco Pólo de Mello Lopes, vice-presidente executivo do IBS (Instituto Brasileiro de Siderurgia) e Paulo Camillo Vargas Penna, diretor presidente do Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração). O panorama traçado pelos executivos é positivo para ambos os setores. (17.03.2008) Samarco inaugura em abril sua terceira usina de pelotização A Samarco inaugura em abril sua terceira usina de pelotização. A empresa receberá clientes de todo o mundo para conhecerem a usina e acompanharem a construção do minerioduto, ainda sem previsão de lançamento, que levará o minério de ferro de Mariana (MG) a Ubu, em Anchieta (ES). (23.03.2008) 29 Relatório de Conjuntura: Março de 2008 3 – PAPEL E CELULOSE Câmbio pode travar investimentos, diz Suzano A situação atual do câmbio pode levar as empresas a decidirem travar seus planos de novos investimentos no país. A grande preocupação é com a perspectiva de perda de mercado com a desvalorização excessiva do dólar. A afirmação é de Antonio Maciel Neto, presidente da Suzano Papel e Celulose, segunda maior produtora mundial de celulose de eucalipto e uma das dez maiores do mundo do setor. Neste ano, a companhia prevê uma produção de 1,1 milhão de toneladas de papel e 1,7 milhão de toneladas de celulose, 120% a mais do que produzia há quatro anos. (23.03.2008) VCP prevê venda de celulose 19% maior no 1o tri A Votorantim Celulose e Papel anunciou nesta terça-feira que prevê um crescimento de 19% nas vendas de celulose no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, para 303 mil toneladas. O preço médio líquido em dólares de celulose da VCP para os rimeiros três meses de 2008 deverá aumentar em cerca de 16 por cento na comparação com o primeiro trimestre de 2007. Para 2008, a companhia espera vender volume de celulose 10% maior que no ano passado. Os números não incluem a participação da empresa na Aracruz. (25.03.2008) Suzano vai investir R$ 170 mi em base florestal A Suzano Papel e Celulose planeja para este ano investimentos maiores do que os de 2007 na produção florestal. Os gastos da companhia da família Feffer com formação de florestas deverão ficar em cerca de R$ 170 milhões em 2008, ante os R$ 114 milhões do ano passado. As aplicações em pesquisa e desenvolvimento também aumentarão de R$ 7 milhões para R$ 11 milhões, excluídos os investimentos em parcerias com, por exemplo, centros de pesquisas, segundo informou o diretor da unidade de negócios florestais, João Comério. (26.03.2008) 30 Relatório de Conjuntura: Março de 2008 VCP prevê alta de 19% nas vendas de celulose até março A Votorantim Celulose e Papel SA (VCP), a terceira maior produtora de papel e celulose do Brasil, prevê vender 19% mais celulose no primeiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado. O volume das vendas de celulose da empresa provavelmente vai totalizar 303 mil toneladas no trimestre, disse a VCP, sediada em São Paulo, por meio de comunicado divulgado ontem no site da CVM. No comunicado, a empresa destacou também que os preços da celulose provavelmente subirão 16% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. (26.03.2008) Aracruz reajusta preço para mercado externo A Aracruz, maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, confirmou ontem o reajuste do preço lista do insumo negociado nos mercados norte-americano, europeu e asiático. A partir do dia 1º de abril, a celulose negociada na América do Norte e na Europa terá acréscimo de US$ 40 a tonelada. Na Ásia, o reajuste será de US$ 30. Com o novo aumento, segundo do ano, a tonelada do insumo na América do Norte será vendida a US$ 865. Na Europa, o preço será US$ 840. (28.03.2008) Aracruz Celulose propõe aumento de capital O Conselho de Administração da Aracruz Celulose submeteu aos acionistas a proposta de aumento de capital social da companhia de R$ 2,450 bilhões para R$ 5 bilhões. Segundo a empresa, o objetivo do aumento é permitir a adequação da estrutura de capital aos futuros planos de investimento da companhia. O conselho informa também que eventuais futuros aumentos de capital dentro do limite proposto poderão ser efetuados em uma ou mais ocasiões, utilizando-se o capital autorizado no todo ou em parte. (31.03.2008) 31 Relatório de Conjuntura: Março de 2008 4 – QUÍMICA E PETROQUÍMICA Nova Petroquímica vai fabricar plástico com glicerina de soja A Nova Petroquímica dará no próximo ano sua arrancada na produção de resina de plástico a partir de fontes renováveis. A empresa deve ser a primeira no mundo a fazer plástico a partir da glicerina residual do biodiesel, informou o gerente de tecnologia da companhia e um dos idealizadores da resina, Pedro Boscolo. A empresa desenvolveu tecnologia, e já registrou patente, da Bios, família de plásticos de polipropileno (usado em embalagens e autopeças) que ganha produção industrial em 2009. Com o boom na produção de biocombustíveis no País, somente este ano haverá uma oferta extra de 105 mil toneladas dessa glicerina, que seria incinerada. "Encontramos uma alternativa para crescer com custos muito baixos e usando um resíduo", disse Boscolo. (07.03.2008) CVM fecha caso de 'insider' da Suzano A CVM e o Ministério Público Federal (MPF) informaram ontem que assinaram um termo de compromisso e ajustamento de conduta com a Vailly, empresa uruguaia suspeita de ter usado informação privilegiada no mercado de ações na compra da Suzano Petroquímica pela Petrobras, em agosto. O termo - que vale para as esferas administrativa e judicial e encerra o caso em ambas totalizou R$2,2 milhões. Do valor, R$551 mil correspondem ao ganho irregular obtido com a venda das ações logo após o anúncio da operação, e R$1,648 milhão são equivalentes à penalidade máxima em dinheiro que a CVM poderia impor. (27.03.2008) Braskem irá investir R$ 334 mi na Copesul A Braskem, maior petroquímica da América Latina, irá investir 334 milhões na parada de manutenção da Copesul, central insumos básicos do Pólo Petroquímico do Sul, que foi adquirida ano passado com a compra do Grupo Ipiranga. As atividades manutenção, que ocorrem a cada seis anos e duram cerca de R$ de no de 30 32 Relatório de Conjuntura: Março de 2008 dias, estão previstas para iniciarem na próxima segunda-feira com a parada geral das operações da Planta 1 da Copesul. Durante a parada, a Planta 2 da Copesul continuará operando normalmente. Adicionalmente, a empresa vai implementar projetos de atualização tecnológica, de controle da produção e de proteção ambiental, em um investimento de R$ 241,1 milhões. (28.03.2008) 33 Relatório de Conjuntura: Março de 2008 5 - GERAL Votorantim investirá R$ 500 mi em nova usina Com a licença ambiental concedida na segunda-feira pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o grupo Votorantim finalmente poderá dar sequência à construção da Usina Hidroelétrica de Tijuco Alto, no rio Ribeira de Iguape, divisa dos estados de São Paulo com Paraná. O projeto inicial previa investimentos de R$ 500 milhões para erguer uma usina capaz de gerar 128 MW. Mas, por estar localizado em uma região com diversas comunidades e na beira do último rio ainda não barrado do estado de São Paulo, provocou polêmica com ambientalistas. Do investimento total, R$ 100 milhões serão destinados a 21 programas de ações socioambientais (05.03.2008) Odebrecht compra mais uma usina A ETH Bioenergia, empresa da Organização Odebrecht, adquiriu a Usina Eldorado, localizada no município de Rio Brilhante (MS), que atua na produção de açúcar, etanol e energia elétrica. A informação foi divulgada nesta sexta feira pelo diretor estratégico da ETH, Eduardo Pereira de Carvalho. "A usina já irá processar 2,2 milhões de toneladas nesta safra devendo aumentar este total para 5 milhões de toneladas até a safra 2012", disse ele. Segundo Carvalho, a Usina Eldorado tem capacidade instalada de produção de 132 mil toneladas de açúcar e 110 milhões de litros de etanol etílico hidratado combustível, e gera 12 megawatts (MW) de energia, potencial que no plano de expansão deverá saltar em três anos para 130 MW. (17.03.2008) Montadoras correm para ampliar produção de motores no País Automóveis precisam de coração para funcionar. No caso, os motores, segundo a definição das montadoras. Com a capacidade de produção desse componente esgotada e a necessidade de atender à crescente demanda por carros novos, as empresas 34 Relatório de Conjuntura: Março de 2008 apelaram para diversas estratégias. A Fiat comprou esta semana a Tritec. A General Motors vai construir uma fábrica em Santa Catarina. Volkswagen e Ford vão ampliar as instalações atuais. A Honda, que até agora importava a peça, inicia em maio a produção local. Parte dos novos projetos é para 2009. É possível, portanto, que as empresas ainda enfrentem gargalos este ano. Só com ampliações previstas para 2008, a produção total atingirá 3,55 milhões de motores, volume recorde para o segmento. (17.03.2008) Citroën vai dobrar produção no Brasil A montadora Citroën anunciou ontem que pretende dobrar a capacidade instalada de sua fábrica no Brasil até 2010, chegando a 300 mil veículos por ano. O reforço faz parte da estratégia da companhia de acelerar o ritmo de lançamentos no País, trazendo ao mercado um novo modelo a cada ano. Nos últimos oito anos, foram apenas três novos produtos lançados. "Estamos revendo nossas estratégias no País. Queremos desenvolver modelos específicos para acompanhar o crescimento desse mercado", afirmou o presidente mundial da Citroën, Gilles Michel. Em 2007, a Citroën cresceu 42,4% no Brasil. (19.03.2008) Faturamento da Aliança deve crescer até 12,5% A Aliança Metalúrgica, um dos maiores fabricantes de fechaduras, ferragens, rodízios e reguladores para gás do País, prevê encerrar o ano com faturamento de R$ 180 milhões. O montante é 12,5% superior aos R$ 160 milhões faturados em 2007. Para o diretor comercial da Aliança, Cláudio Lutzkat, diversos fatores esplicam o bom desempenho. "Além do bom momento econômico pelo qual o País atravessa, que contribui para o aumento do consumo, a empresa investiu US$ 3 milhões em máquinas e equipamentos e desenvolveu novos produtos. O ano passado foi excelente e nossa participação no mercado cresceu 3% em relação ao ano anterior", disse Lutzkat. (25.03.2008) 35 Relatório de Conjuntura: Março de 2008 Venda de carro cairia até 50%, afirma setor Se o governo adotar medidas para restringir prazo de financiamento de veículos, como chegou a ser cogitado, as vendas de automóveis caem pela metade, segundo estima Sérgio Reze, presidente da Fenabrave, federação que representa as concessionárias de carros. Reze afirma que o setor automobilístico está abastecido e tem condições de atender a demanda. "Os preços dos carros não estão pressionando a inflação, não existe ágio, estamos dando até desconto para vender", diz. (25.03.2008) Política industrial prevê benefícios para montadoras As montadoras poderão ser beneficiadas com alongamento nos prazos de recolhimento de tributos e maior velocidade no recebimento de créditos gerados pela aquisição de máquinas e equipamentos. Essas medidas estão em estudo e, se aprovadas, farão parte da nova política industrial, que o governo pretende anunciar em abril. Para as montadoras, os fabricantes de autopeças e de bens de capital seriados e por encomenda, a proposta em análise é encurtar para um quinto os prazos nos quais as empresas contabilizam como despesa a depreciação de máquinas e equipamentos novos. (27.03.2008) Xstrata pode comprar first quantum e alumina A Xstrata, empresa suíça que encerrou as conversações em torno de sua possível aquisição pela Vale do Rio Doce, deverá fazer uma oferta pela compra de mineradoras como First Quantum Minerals e Alumina, disse o Citigroup. A empresa poderá também examinar a possibilidade de adquirir mineradoras "menores", como Albidon, Copperco e Riverdale Mining, informou o banco. (29.03.2008) 36