relatório de conjuntura: grandes consumidores - Nuca

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relatório de conjuntura: grandes consumidores - Nuca
Eletrobrás
RELATÓRIO DE CONJUNTURA:
GRANDES CONSUMIDORES
Março de 2008
Nivalde J. de Castro
Roberta Bruno
PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS-FINANCEIRAS DO SETOR ELÉTRICO
GESEL - GRUPO DE ESTUDOS DO SETOR ELÉTRICO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
RELATÓRIO DE CONJUNTURA:
GRANDES CONSUMIDORES
Março de 2008
Nivalde J. de Castro
Roberta Bruno
PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS–
FINANCEIRAS DO SETOR ELÉTRICO
Relatório de Conjuntura: Março de 2008
Índice
1 - SIDERURGIA........................................................................3
1.1 - ALUMÍNIO........................................................................... 3
1.2 - AÇO.................................................................................... 4
2 – MINERAÇÃO ......................................................................16
2.1 - VALE DO RIO DOCE ............................................................16
2.2 - OUTROS (PREÇOS DO MINÉRIO, ACORDOS DE
EXPORTAÇÃO, OUTRAS MINERADORAS ETC) ...............................26
3 – PAPEL E CELULOSE............................................................30
4 – QUÍMICA E PETROQUÍMICA .............................................32
5 - GERAL ................................................................................34
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Relatório de Conjuntura: Março de 2008
Relatório Mensal de Acompanhamento da Conjuntura
de Grandes Consumidores (*)1
Nivalde J. de Castro **
Roberta Bruno***
1 - SIDERURGIA
1.1 - ALUMÍNIO
Vale vai ao Oriente Médio e à Colômbia processar alumínio
A Vale está procurando locais para instalar unidades para produção
de alumínio fora do Brasil, uma vez que o País, apesar de possuir
reservas de bauxita em abundância, não tem energia suficiente para
novos projetos. O presidente da mineradora, Roger Agnelli, afirmou
na última sexta-feira que já está em conversações com o governo
colombiano e com países do Oriente Médio para a instalação dos
projetos. "Podemos instalar um smelter na Colômbia, combinando
geração hídrica com térmica. E no Oriente Médio, em que usaríamos
energias a gás. A idéia é usar bauxita e alumina brasileiras,
processá-las nesses países e exportar", disse. (03.03.2008)
Após 20 anos, Ibama autoriza Votorantim a construir usina
Depois de 20 anos de tentativas, a Companhia Brasileira de Alumínio
(CBA), do Grupo Votorantim, conseguiu um parecer favorável do
Ibama ao projeto de construção da Usina Hidroelétrica de Tijuco
Alto, no Rio Ribeira de Iguape, na divisa de São Paulo com o
1
(*) Este Relatório faz parte do Projeto Provedor de Informações Econômica – Financeira do Setor
Elétrico desenvolvido para a Diretoria Financeira da ELETROBRAS. Sua base metodológica está
assentada em pesquisa diária, coleta e sistematização de informações disponíveis em periódicos e sites.
As informações aqui apresentadas não expressando posição da ELETROBRAS.
(**) Professor do Instituto de Economia - UFRJ e coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico
(***) Assistente de Pesquisa do GESEL-IE-UFRJ.
3
Relatório de Conjuntura: Março de 2008
Paraná. O parecer, assinado por oito analistas ambientais, considera
que os impactos positivos do empreendimento tendem a superar os
negativos. (04.03.2008)
Falta de energia impede a expansão da Albras
A Albras, que por anos figurou como a maior fabricante de alumínio
primário do Brasil, está vendo a CBA, do grupo Votorantim, tomar a
primeira posição do ranking sem poder reagir. A falta de energia no
Brasil impossibilita a empresa de expandir a sua capacidade de
produção. Etrusco conta que a Albras vem trabalhando no limite da
capacidade. Para os próximos anos estão previstos alguns
investimentos em melhorias tecnológicas e de produtividade, o que,
segundo ele, pode dar uma "levantadinha no teto". A empresa tem
como sua maior acionista a Vale. O restante do capital é de um
consórcio formado por 17 empresas japonesas, entre tradings,
bancos, consumidores e produtores de alumínio, além do Japan
Bank International Corporation, um órgão do governo japonês.
(10.03.2008)
1.2 - AÇO
Gerdau e Metalúrgica Gerdau ofertarão ações
Os Conselhos de Administração da Metalúrgica Gerdau e da Gerdau
aprovaram a realização de duas ofertas públicas de ações que,
somadas, podem chegar a R$ 4 bilhões. A distribuição primária de
ações ordinárias e preferenciais de emissão da Metalúrgica será de
até R$ 1,2 bilhão e oferta de ações ordinárias e preferenciais de
emissão da Gerdau poderá alcançar R$ 2,8 bilhões. As operações
ainda estão sujeitas a registros na Comissão de Valores Mobiliários.
(04.03.2008)
Techint pode construir usina de US$ 3 bi em porto da EBX
O grupo ítalo-argentino Techint negocia a instalação de uma usina
siderúrgica de US$ 3 bilhões na área do Porto do Açu,
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Relatório de Conjuntura: Março de 2008
empreendimento do grupo EBX, do empresário Eike Batista, em São
João da Barra, no Norte fluminense. A unidade vai produzir tubos de
aço para os setores de petróleo e saneamento e também para
exportação. A EBX também foi procurada pela indiana Tata Steel,
interessada nos ativos de minério de ferro da empresa, que não
fizeram parte da venda para Anglo American. (05.03.2008)
Oferta de ações da Gerdau gera excesso de papéis
As ações do Grupo Gerdau fecharam em forte baixa nesta terçafeira (4) com os investidores avaliando os efeitos da oferta primária
de ações da Gerdau (GGBR3, GGBR4) e da Gerdau Metalúrgica
(GOAU3, GOAU4), anunciada na última sessão. Devido ao tamanho
da distribuição e a volatilidade do mercado, a oferta pode criar um
excesso de oferta de papéis no mercado e prejudicar o desempenho
dos papéis no curto prazo, avaliam os analistas do banco de
investimentos Merrill Lynch. (05.03.2008)
Usiminas garante energia até 2014
Para a execução do Plano de Desenvolvimento do Sistema Usiminas,
a siderúrgica prorrogou até 2014 o contrato de fornecimento de
energia com a Cemig. O fornecimento custará R$ 1,9 bilhão à
Usiminas que, além disso, investirá US$ 9 bilhões na expansão de
sua capacidade. Com os recursos, a empresa aumentará sua
produção de aço em cerca de 70% (seis milhões de toneladas por
ano). A conclusão do plano de expansão está prevista para 2015. A
garantia de abastecimento de energia elétrica colaborou para a
obtenção do grau de investimento pela Usiminas, em 2007.
(06.03.2008)
Lucro da CSN cresce 150% e atinge recorde de R$ 2,9 bi em
2007
A CSN divulgou comunicado com resultados de 2007. Segundo a
empresa, o lucro líquido, o volume e a receita líquida de vendas e o
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Relatório de Conjuntura: Março de 2008
Ebitda alcançaram "recordes históricos". O lucro líquido da CSN no
ano passado alcançou R$ 2,9 bilhões, 150% mais que o registrado
em 2006. O volume de produtos de aço comercializado pela
companhia bateu em 5,4 milhões de toneladas, incremento de 23%
em relação ao ano anterior. (11.03.2008)
Apesar dos custos, Gerdau cresce com maior demanda e
planeja uma térmica
A Gerdau AZA, subsidiária do grupo gaúcho Gerdau no Chile,
carrega custos crescentes para produzir vergalhões, perfis e fiosmáquina devido à crise de energia no Chile, mas graças ao forte
crescimento do setor de construção e ao alto preço do aço no
mercado internacional, seu principal executivo Hermann von
Mühlembrock é só sorrisos. O executivo diz que a crise energética e
o fortalecimento do peso em relação ao dólar prejudicam vários
negócios, mas na Gerdau há margem suficiente para operar com
tranqüilidade. A subsidiária chilena do grupo Gerdau tem projeto de
construir uma usina termoelétrica com capacidade para gerar 68
MW. Porém, o projeto ainda aguarda permissão das autoridades
ambientais chilenas. (12.03.2008)
Com lucro recorde, CSN vai aumentar preço do aço
A CSN, que registrou em 2007 lucro recorde, anunciou ontem que
vai reajustar a partir de 18 de março o preço de todos os seus
produtos. Segundo o diretor-comercial da companhia, Luiz Fernando
Martinez, o objetivo é aproveitar a forte demanda do mercado
interno para recompor parte do aumento de custo provocado pela
disparada este ano nos preços das principais matérias-primas do
setor, como minério de ferro e carvão. Martinez informou que o
preço das bobinas a quente será elevado em 13,5%, o dos
laminados a frio em 8,5% e dos laminados zincados em 3,5%. A
siderúrgica estuda, ainda, um novo aumento entre o final de maio e
o início de junho. (12.03.2008)
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Relatório de Conjuntura: Março de 2008
Usiminas anuncia novos aumentos para o aço
Dez dias antes de entrar o vigor um reajuste de até 12% no preço
de seus produtos siderúrgicos no mercado interno, a Usiminas, que
atende a mais de 50% do consumo de aços planos do País,
anunciou ontem que deverá aplicar uma nova alta nos preços ainda
este ano, de pelo menos mais 12%. A informação foi divulgada pelo
diretor comercial do conglomerado, Idalino Ferreira. De acordo com
o executivo, o aumento deverá ser feito ainda neste semestre.
Segundo Ferreira, o atual reajuste, que começará a valer a partir do
próximo dia 24, foi fixado tendo como referência aumentos de 30%
para o minério de ferro e 50% para o carvão mineral, os dois
principais insumos para a produção do aço. (14.03.2008)
Asiáticos buscam parcerias com grupos no Brasil
A siderúrgica indiana Tata Steel e a chinesa Sinosteel buscam
investimentos em mineração e siderurgia no Brasil em parceria com
empresas locais. A Tata, quinta maior produtora de aço do mundo,
admite fazer acordos com companhias do país para produzir aço,
mas tudo depende de custos. Já a Sinosteel, trading que fornece
matérias-primas e serviços para usinas chinesas, quer encontrar
jazidas minerais para explorar minério de ferro no Brasil com sócios
nacionais. (14.03.2008)
Usiminas capta US$ 1,3 bi em meio à crise
Em meio à crise de solvência no sistema financeiro americano, a
Usiminas acaba de conseguir empréstimo de US$ 1,3 bilhão, US$
100 milhões acima do previsto inicialmente, de um total de 23
bancos em operação liderada pelo HSBC. Os recursos serão
utilizados para comprar a mineradora mineira J. Mendes. O
empréstimo foi feito em três parcelas. A primeira foi um prépagamento à exportação de total de US$ 300 milhões e prazo de
vencimento em cinco anos que vai pagar 1,10% ao ano sobre a
Libor, a taxa interbancária de Londres. A segunda parcela foi um
pré-pagamento à exportação de US$ 300 milhões com prazo de
vencimento em sete anos e que vai pagar 1,35% sobre a Libor. A
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Relatório de Conjuntura: Março de 2008
terceira e maior parcela é de US$ 700 milhões, tem vencimento em
dois anos e trata-se de uma linha chamada de "revolver".
(17.03.2008)
Ternium negocia instalação de usina no Rio
A Ternium, divisão siderúrgica latino-americana do Techint Group,
está negociando com o governo do Estado do Rio de Janeiro a
construção de uma usina de placas de aço a ser instalada no Porto
de Açu para ajudar a suprir suas unidades no México. A usina
fornecerá placas de aço para as unidades ADP e Hylsamex da
Ternium, localizadas em Monterrey, no México, que necessitam de
aproximadamente 3,4 milhões de toneladas de placas por ano, disse
na sexta-feira em entrevista o vice-presidente do conselho
administrativo da empresa, Rinaldo Campos Soares. (17.03.2008)
Siderúrgicas vão manter lucros altos este ano
CSN, Usiminas, Gerdau e ArcelorMittal Brasil devem manter altas
taxas de lucro este ano, apesar do cenário de elevação no preço do
minério de ferro, segundo a Fitch Ratings. Para a agência, as
siderúrgicas brasileiras desfrutam de importantes vantagens
competitivas, incluindo as modernas instalações de produção, a
proximidade das fontes de minério de ferro e de um mercado
doméstico concentrado, o que limita a concorrência baseada em
preços. Além disso, a indústria siderúrgica brasileira é beneficiada
de barreiras à entrada de aço importado devido a desafios logísticos
de transporte de aço no Brasil, bem como os produtores brasileiros
de aço possuem ou têm acesso privilegiado aos grandes
distribuidores de aço. (17.03.2008)
CSA, siderúrgica da Thyssen, recruta funcionários da CSN
em Volta Redonda
Desde janeiro do ano passado até o início deste mês, o Sindicato
dos Metalúrgicos de Volta Redonda homologou 761 rescisões de
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Relatório de Conjuntura: Março de 2008
contratos de trabalhadores da CSN, que optaram por trocar de
empresa. A média mensal de demissões e pedidos de dispensa, que
historicamente era de 35, saltou, a partir de julho do ano passado,
para 90. Segundo o sindicato, foi quando a Companhia Siderúrgica
do Atlântico (CSA), começou a seduzir a mão-de-obra qualificada da
CSN, dobrando salários, em muitos casos. A CSN reconhece que há
uma migração de seus funcionários para outras empresas, mas
considera ser um "movimento normal". (19.03.2008)
Arcelor investe US$ 1 bi em Minas
A ArcelorMittal informou ontem ao governador de Minas Gerais,
Aécio Neves (PSDB), que irá investir US$ 1 bilhão na expansão da
unidade ArcelorMittal Monlevade (antiga Belgo-Mineira), produtora
de aços longos localizada a 110 quilômetros de Belo Horizonte. Com
o aporte, a usina da Arcelor Mittal Aços Longos vai dobrar sua
capacidade de produção para 2,4 milhões de toneladas/ano. O
objetivo é iniciar as obras em março e concluir o projeto em 27
meses. (19.03.2008)
Executivo do grupo Vallourec é novo presidente da Usiminas
Já foi definida uma das sucessões mais esperadas na indústria do
aço brasileira. O novo presidente executivo da Usiminas, a partir de
maio, será Marco Antonio Castello Branco, hoje o único estrangeiro
no comitê executivo da multinacional francesa de tubos Vallourec,
na França. Castello Branco, mineiro, 48 anos, engenheiro
metalúrgico formado na UFMG e com mestrado e doutorado na
Alemanha, vai ocupar a cadeira que Rinaldo Campos Soares, que
completa 70 anos em 2008, ocupa desde 1990. Segundo
investidores, o perfil de executivo global de Castello Branco, com
exposição no mercado internacional, é o que a Usiminas precisa. A
siderúrgica mineira é considerada conservadora, com pouca
exposição fora do Brasil, e seu futuro está na internacionalização.
(19.03.2008)
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Relatório de Conjuntura: Março de 2008
Produção brasileira de aço sobe 8,1%
A produção brasileira de aço tem apresentado desempenho acima
da média do setor siderúrgico internacional. Apesar da redução do
ritmo de crescimento mundial da produção de aço bruto, o Brasil
segue no patamar de 9% de alta apurados no ano passado. Em
todo o globo foram transformados 106,85 milhões de toneladas
métricas em fevereiro, 5,3% acima do verificado em igual mês de
2007. Na somatória do ano, a elevação é de 4,9%. O Brasil apurou
um crescimento de 8,1% no segundo mês deste ano, com 2,71
milhões de toneladas métricas produzidas. No ano, a produção
brasileira acumula alta de 9%, pouco abaixo dos 9,3% registrados
no ano passado. (24.03.2008)
CSN anuncia recompra de ação ordinária
A CSN abriu um programa de recompra de ações ordinárias de sua
emissão, visando adquirir até 10.800.000 papéis (equivalentes a
2,37% das ações da CSN em circulação). Tomando como base a
cotação da ação no fechamento do pregão de quinta-feira, de R$
60,99, a operação pode movimentar cerca de R$ 660 milhões. O
prazo final é 28 de abril. As ações serão mantidas em tesouraria
para alienação ou até cancelamento. (24.03.2008)
Gerdau investirá US$ 6,4 bilhões em três anos
A Gerdau vai investir US$ 6,4 bilhões até 2010, anunciou ontem o
chefe executivo da empresa, André Gerdau Johannpeter. Segundo
ele, 69% do investimento será aplicado no Brasil. A soma ajudará a
companhia a alcançar e consolidar a capacidade produtiva de 28,3
milhões de toneladas de aço. De acordo com Johannpeter, o foco
majoritário no País é motivado pelo momento de crescimento atual,
e deve proporcionar um atendimento pleno à demanda por aço,
decorrente de atividade intensa em obras de infra-estrutura.
(20.03.2008)
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Relatório de Conjuntura: Março de 2008
Nippon Steel quer joint venture com Usiminas para produzir
aço no Brasil
A Nippon Steel planeja investir na construção de uma fábrica de aço
no Brasil em conjunto com a Usiminas, de acordo com informações
da mídia japonesa. O projeto, que deve ser iniciado ainda este ano,
prevê o investimento de US$ 5 bilhões a US$ 6 bilhões na produção
de aço na cidade de Cubatão (São Paulo), aumentando a
capacidade de produção global da Nippon Steel. O objetivo da
japonesa é diminuir a diferença que existe em relação à sua
principal concorrente no setor siderúrgico, a ArcelorMittal. Caso o
projeto seja concluído, a companhia prevê que a usina comece as
operações em 2011. (25.03.2008)
Vendas de aço no mercado brasileiro crescem 29%
As vendas internas de produtos siderúrgicos cresceram 29% em
fevereiro, em relação ao mesmo mês do ano passado, para o
recorde de 1,81 milhão de toneladas, informou ontem o Instituto
Brasileiro de Siderurgia (IBS). O bom desempenho das cadeias
produtivas que se abastecem do setor siderúrgico "traduzem o bom
momento da economia como um todo", destacou a entidade em
nota. A indústria automotiva impulsionou a venda de laminados
planos. (25.03.2008)
Usinas de aço podem reduzir vendas externas para
abastecer o País
A indústria do aço mostra-se disposta a reduzir exportações em prol
do consumo brasileiro, que cresce a dois dígitos. Mas nem todas vão
abrir mão do mercado externo. As usinas pré-concebidas para
atender a controladoras no exterior, como a alemã ThyssenKrupp,
não desviarão a produção destinada originalmente ao exterior para
"salvar" o País de uma possível inflação de demanda. Planejada para
produzir 5 milhões de toneladas, a Companhia Siderúrgica do
Atlântico (CSA), em Itaguaí, no Rio, descarta direcionar parte da
produção para o mercado interno, se houver problema de
abastecimento como teme o governo. (26.03.2008)
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Relatório de Conjuntura: Março de 2008
Usina siderúrgica no Pará em estudo
O projeto da Vale de instalar uma usina siderúrgica no Pará em
parceria com um investidor estrangeiro depende de investimentos
do governo em infra-estrutura, segundo o presidente da companhia,
Roger Agnelli. De acordo com Agnelli, o projeto ainda está em fase
de estudos e ainda não há definições sobre o parceiro. "A questão
de energia e infra-estrutura na Região Norte é crítica", disse. A
usina produzirá placas de aço, seguindo os moldes dos projetos da
Vale com a alemã Thyssen no Rio de Janeiro e com a chinesa
Baosteel, no Espírito Santo. (26.03.2008)
Nippon Steel e Usiminas farão fábrica, diz jornal
A siderúrgica Nippon Steel, líder do setor no Japão e segunda maior
do mundo, vai assumir a construção de uma fábrica no Brasil em
parceria com a Usiminas para produzir aço, segundo o jornal
econômico "Nikkei". A Nippon Steel, por meio de sua controlada
Nippon Usiminas, é a maior acionista da companhia brasileira, com
24,7% de participação. Com investimento entre US$ 4,96 bilhões e
US$ 5,95 bilhões, a terceira maior siderúrgica do mundo seria
instalada em Cubatão (São Paulo), segundo a publicação. Um portavoz da empresa japonesa, porém, disse ao jornal que a informação
é incorreta e destacou que o grupo não tem planos de construir no
país. (26.03.2008)
Usiminas buscará globalizar sua atuação
A Nippon Steel, gigante do setor siderúrgico japonês e uma das
principais acionistas da Usiminas, disse ontem que ainda não decidiu
sobre um eventual investimento em uma fábrica no Brasil, embora a
idéia esteja em estudo pela própria Usiminas. O comentário foi feito
depois do jornal Nikkei afirmar na edição de anteontem que a
siderúrgica japonesa teria a intenção de despender entre US$ 5
bilhões a US$ 6 bilhões em uma fábrica de placas de aço na cidade
de Cubatão, na Baixada Santista, onde está instalada a Cosipa, que
pertence à Usiminas. (26.03.2008)
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Relatório de Conjuntura: Março de 2008
ArcelorMittal vende siderúrgica
A ArcelorMittal confirmou ontem que o agente de alienação
designado pela Justiça concluiu acordo para vender a siderúrgica
Sparrows Point, da ArcelorMittal, à OAO Severstal, por US$ 810
milhões, líquido de dívidas. Devido a compromisso assinado em
maio de 2007, no Juízo do Distrito de Columbia (EUA), para cumprir
decisão antitruste em relação à fusão de Mittal Steel e Arcelor SA
em 2006, foi requisitado ao agente Jospeh G. Krauss a busca da
venda da siderúrgica. (27.03.2008)
Para indústria, não há como evitar rejustes no aço
A indústria brasileira do aço admitirá hoje para o ministro Guido
Mantega que não terá como evitar a contribuição do setor para uma
inflação de preços, mas negará responsabilidade por qualquer
inflação de demanda decorrente do desabastecimento interno. O
setor alega que o aumento de 75% no preço do minério de ferro
aplicado pela Vale e o reajuste do carvão (ainda não definido)
resultará num repasse de preços para os consumidores de aço.
(28.03.2008)
Usiminas tem lucro de R$ 3,2 bi
Às vésperas de deixar o comando da Usiminas, Rinaldo Campos
Soares anunciou ontem o segundo melhor lucro de um ano já obtido
pela companhia. O resultado de 2007 lhe dá motivos para
comemorar - R$ 3,2 bilhões. Esse valor, que representou alta de
26% sobre o desempenho do ano anterior, só perde para o
resultado recorde de R$ 3,9 bilhões alcançado pela empresa em
2005. (28.03.2008)
Usiminas vai investir US$ 1 bi em pelotizadora em Minas
A Usiminas anunciou ontem que vai adicionar mais US$ 1 bilhão ao
pacote de investimentos de US$ 750 milhões nas quatro minas da
J.Mendes, adquiridas em fevereiro deste ano. O valor será investido
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Relatório de Conjuntura: Março de 2008
na construção de uma unidade de beneficiamento do minério de
ferro (pelotizadora), que deverá começar a operar entre 2013 e
2015. Segundo o presidente da Usiminas, Rinaldo Campos Soares, o
objetivo é atingir a produção de 7 milhões de toneladas de minério
em pelotas, produto que tem alto valor comercial no mercado
internacional. (28.03.2008)
Balanço da Usiminas aponta riscos de gargalo no setor
O balanço financeiro do Sistema Usiminas, divulgado ontem, traz
dois sinais importantes para a economia brasileira: a indústria de
base, puxada pela demanda interna, vive um período de bons
resultados financeiros, mas caminha rápido para ocupar a
capacidade industrial disponível. A preocupação que surgiu ontem
por parte do mercado com o balanço da Usiminas está no fato de
como essa forte demanda pode se transformar em pressão
inflacionária nos próximos meses. (28.03.2008)
Usiminas distribuirá dividendo complementar
A Usiminas distribuirá aos acionistas um dividendo complementar no
valor total de R$ 296.288.356,74 - R$ 0,85827 por ação ordinária e
R$ 0,94410 para cada preferencial detida em 26 de março. O
Conselho da Usiminas aprovou ainda um aumento de capital da
companhia em R$ 4,05 bilhões, para R$ 12,15 bilhões, mediante a
capitalização de Reservas, com emissão de novas ações, e o crédito
de uma nova ação bonificada para cada grupo de duas ações
possuídas. (28.03.2008)
ArcelorMittal Inox conclui ampliação de sua produção
A siderúrgica ArcelorMittal Inox Brasil (antiga Acesita), única
produtora integrada de aços planos inoxidáveis da América Latina,
anunciou ontem a conclusão de um investimento de R$ 162 milhões
para ampliar a capacidade de produção dos chamados aços
elétricos, destinados à fabricação de equipamentos especiais, como
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Relatório de Conjuntura: Março de 2008
transformadores, geradores, motores de carros híbridos, reatores e
compressores herméticos. Com os investimentos, a produção de
aços de grão orientado (GO) saltará de 43 mil toneladas anuais para
60 mil toneladas por ano, e as ligas nobres de grão não orientado
(GNO) de 145 mil toneladas por ano para 242 mil toneladas por
ano. (28.03.2008)
Mantega quer manter as exportações de aço
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, cobrou ontem da indústria
siderúrgica a manutenção das exportações e a cautela na elevação
dos preços para os consumidores de aço. O encontro ocorreu em
São Paulo, e entre os participantes estava o presidente da Gerdau,
André Gerdau, e da Usiminas e do Instituto Brasileiro de Siderurgia
(IBS), Rinaldo Campos Soares. Mantega disse, após o encontro, que
está preocupado com a atual política do setor siderúrgico de desviar
a produção de aço exportada para atender o mercado interno.
(29.03.2008)
Usiminas prepara novo reajuste no aço e prevê queda nas
importações
A Usiminas irá reajustar mais uma vez o preço do aço no segundo
trimestre, informou na última sexta-feira Idalino Coelho Ferreira,
diretor de comercialização para o mercado interno da siderúrgica
mineira, em teleconferência com investidores e analistas. Ele conta
que esse cenário de alta no mercado externo deve frear um pouco
as importações, que segundo o Instituto Brasileiro de Siderurgia
(IBS) em janeiro subiram 74,2%, em relação ao primeiro mês do
ano passado. (31.03.2008)
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Relatório de Conjuntura: Março de 2008
2 – MINERAÇÃO
2.1 - VALE DO RIO DOCE
Nova siderúrgica da Vale no Pará pode ser em Barcarena ou
Espadarte
O presidente Lula, a governadora do Pará Ana Júlia Carepa e o
presidente da Vale, Roger Agnelli, devem se reunir na manhã de
hoje para acertar os últimos detalhes da instalação da siderúrgica
que a empresa pretende construir no Pará. A Vale exige algumas
contrapartidas dos governos federal e estadual para tocar o
empreendimento, como a construção do porto de Espadarte localizado no município de Curuçá, a 130 km de Belém (PA) - e a
extensão da ferrovia Norte-Sul até o porto, além da conclusão da
ampliação da usina de Tucuruí. Segundo o presidente da Vale, o
local ainda não foi escolhido. Há possibilidades, como a Vila do
Conde em Barcarena ou o porto do Espadarte. (03.03.2008)
Vale vai ao Oriente Médio e à Colômbia processar alumínio
A Vale está procurando locais para instalar unidades para produção
de alumínio fora do Brasil, uma vez que o País, apesar de possuir
reservas de bauxita em abundância, não tem energia suficiente para
novos projetos. O presidente da mineradora, Roger Agnelli, afirmou
na última sexta-feira que já está em conversações com o governo
colombiano e com países do Oriente Médio para a instalação dos
projetos. "Podemos instalar um smelter na Colômbia, combinando
geração hídrica com térmica. E no Oriente Médio, em que usaríamos
energias a gás. A idéia é usar bauxita e alumina brasileiras,
processá-las nesses países e exportar", disse. (03.03.2008)
Vale se torna a 2ª maior mineradora
Com os resultados obtidos no ano passado, a Vale se tornou a
segunda maior mineradora do mundo, superando a angloaustraliana Rio Tinto. A também anglo-australiana BHP Billiton
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Relatório de Conjuntura: Março de 2008
permanece na liderança. A companhia brasileira superou a Rio Tinto
tanto em receita como em lucro. Nesse caso, o crescimento da Vale
foi de 81,1%, batendo a concorrente em mais de US$ 4,5 bilhões.
Em 2006, a vantagem da anglo-australiana era de cerca de US$ 900
milhões. Ela também reduziu a distância em relação à BHP, que caiu
de quase US$ 4 bilhões, em 2006, para menos de US$ 2 bilhões, em
2007. (01.03.2008)
Vale vai investir R$ 5 bi em Marabá
O presidente da Vale, Roger Agnelli, apresentou ontem ao
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o projeto de construção de uma
siderúrgica em Marabá, no sudeste do Pará. Pelas estimativas da
empresa, o licenciamento ambiental da usina de placas de aço deve
ficar pronto em meados do próximo ano. A companhia espera que o
governo faça uma série de obras de infra-estrutura na região do
complexo de Carajás, para garantir o escoamento da produção da
nova usina. A governadora do Pará, Ana Júlia Carepa afirmou que a
Vale deve investir R$ 5 bilhões no projeto. Só o estudo da obra da
siderúrgica custará R$ 25 milhões. (04.03.2008)
Conselho da Vale rejeita plano de negociação da Glencore
O presidente da Previ, Sérgio Rosa, que também preside o conselho
de administração da Vale, disse ontem que "as negociações entre a
empresa e a Xstrata não estão evoluindo a ponto de poder falar em
fechamento da transação". As declarações de Rosa trouxeram mais
incertezas sobre o futuro da transação. As ações ordinárias da Vale
fecharam em queda na Bovespa de 0,61%, cotadas a R$ 58,30 e as
preferenciais (PNA) caíram 0,44%, para R$ 49,64, na contramão do
Ibovespa, que subiu 1,58%. A posição do principal acionista da Vale
é contrária à intenção da Glencore, controladora da Xstrata, de
deter direitos de comercialização sobre produtos da Vale após a
fusão das duas empresas. "Se não tiver contato direto com o cliente
perde-se um pouco a visão da demanda e de como posicionar a
estratégia da companhia no longo prazo ", disse Rosa, durante
entrevista para divulgar balanço de 2007 da Previ. (04.03.2008)
17
Relatório de Conjuntura: Março de 2008
Vale mantém seus investimentos na Colômbia
O diretor executivo de Finanças da Vale, Fábio Barbosa, admitiu
ontem que os conflitos políticos na Colômbia são um desafio a mais
para uma empresa interessada em investir na região. Mas ele
acredita que os problemas serão solucionados e não irão atrapalhar
a mineradora. Segundo ele, a Vale estuda projetos na área de
energia. "[A Colômbia] é um grande potencial de investimento.
Esperamos condições adequadas", disse, após reunião com
investidores na Associação dos Analistas e Profissionais de
Investimento do Mercado de Capitais do Rio de Janeiro (ApimecRio). (06.03.2008)
Vale ainda negocia compra da Xstrata
O diretor executivo de Finanças da Vale, Fábio Barbosa, afirmou
ontem que a empresa continua negociando a compra da mineradora
anglo-suíça Xstrata. "As discussões estão em andamento. Se, e
quando, forem concluídas, informaremos ao mercado", afirmou o
executivo durante uma apresentação para investidores promovida
pela Apimec-Rio. (06.03.2008)
18
Relatório de Conjuntura: Março de 2008
Vale fecha reajuste de preços com a Arcelor Mittal, maior
siderúrgica do mundo
Dando seqüência ao ciclo de reajustes no fornecimento do minério
de ferro, a Vale (VALE5) celebrou nesta quinta-feira (5) um contrato
de preços de referência do minério de ferro fino com a maior
siderúrgica do mundo, a Arcelor Mittal. O contrato eleva o preço de
referência para o minério de ferro fino do SSF (Sistema Sul) em
65% e coloca um bônus de R$ 0,0619 sobre o produto proveniente
de SFCJ (Carajás), reconhecidamente de qualidade superior.
(07.03.2008)
Para Vale, commodities são boas para o país
O valor de mercado das empresas brasileiras de capital aberto
produtoras de commodities explodiu desde o início da década, diz
estudo da Economática. Além disso, elas equivalem a uma fatia
cada vez maior da economia, entre empresas de diferentes setores
analisados. Alvo de inúmeras críticas, a "commoditização" da
economia brasileira é defendida, evidentemente, pela Vale. Para a
mineradora, produzir commodities é bom para o país como um todo.
"Os produtos primários são -e serão por muito tempo- escassos na
economia mundial", afirma José Carlos Martins, diretor-executivo da
Vale. "A força mudou a favor de quem consegue produzir
commodities por preços competitivos." (09.03.2008)
Vale acerta aumento de até 66% com Corus
A Vale anunciou ontem que fechou ajuste para o preço do minério
de ferro em 2008 com o grupo Corus, uma das maiores siderúrgicas
da Europa, encerrando com isso o ciclo de ajustes de grandes
clientes para este ano, segundo a assessoria de imprensa da
empresa. Assim como nos demais contratos já fechados com
empresas européias, o minério produzido no Sistema Sul terá
aumento de 65% e na mina de Carajás, no Pará, de 66%, devido à
qualidade superior da commodity nessa região. Os novos preços de
referência deste ano para o mercado europeu, em tonelada métrica
seca (dmt), são de US$ 1,3441 por unidade de ferro para o Sistema
19
Relatório de Conjuntura: Março de 2008
Sul e US$ 1,4060 dólar por unidade de ferro para Carajás.
(11.03.2008)
Vale repudia itermediários e defende sistema de preços
O diretor-executivo de Ferrosos da Vale, José Carlos Martins,
rechaçou ontem a figura de intermediários (tradings) na
comercialização do minério de ferro e defendeu a manutenção do
mecanismo de benchmark (referência) para os reajustes de preço
do produto. Na avaliação do executivo, listar o minério em bolsa ou
permitir a entrada de trades neste comércio ocasionaria maiores
altas do produto e grande volatilidade em sua cotação. As
discussões em torno de alternativas para a negociação do minério
de ferro ganham força à medida em que os grandes produtores
australianos - BHP Billiton e Rio Tinto - se negam a seguir o reajuste
de 65% fechado pela mineradora brasileira com seus clientes.
(14.03.2008)
Vale e CSN ampliam negócios no mercado de pelotização
A Vale e a CSN estão ampliando seus negócios em pelotização,
tanto no exterior quanto no Brasil. Segundo as empresas, o
mercado de pelotas tem um grande potencial de crescimento, o que
justifica os investimentos e as parcerias que as companhias buscam
ao redor do mundo. A Vale tem interesse em instalar uma
pelotizadora na Malásia, afirmou ontem o diretor de minerais
ferrosos da companhia, José Roberto Martins. Segundo o executivo,
a mineradora já estuda aumentar sua capacidade de produção de
pelotas de minério de ferro na China, na empresa JV Zhuhai.
(14.03.2008)
Vale tem forte interesse na exploração do insumo
A Vale pretende explorar reservas de urânio no Brasil, como já faz
em outros países. A empresa tem entre as suas prioridades a
exploração do mineral e a construção de usinas nucleares para
20
Relatório de Conjuntura: Março de 2008
suprir a sua demanda crescente de energia. Hoje a companhia já
tem parcerias de exploração e extração do minério na Austrália e no
Canadá e quer usar esse conhecimento para a pesquisa e a lavra no
País. (17.03.2008)
Negócio entre Vale e Xstrata não afeta preço, diz siderurgia
Diretores de empresas do setor siderúrgico consideram que a
possível compra da Xstrata pela Vale não vai aumentar o preço do
minério de ferro. O presidente do Conselho de Administração do
grupo industrial alemão ThyssenKrupp, Hans-Ulrich Lindenberg,
disse que a conclusão do negócio "não pode tornar as negociações
[de minério de ferro] mais duras do que já são hoje". "A Vale está
fazendo um excelente negócio com essa compra", disse Lindenberg,
durante a 14ª Conferência Mundial do Aço, encerrada no Rio.
(15.03.2008)
Conselho de administração da Vale se reúne
O conselho de administração da Vale se reúne hoje sob o comando
de Sérgio Rosa, presidente do conselho e da Previ, maior acionista
da mineradora. A expectativa é que na pauta conste uma avaliação
das negociações de compra da Xstrata pelos acionistas
controladores. Está sendo aguardado para esta semana, no máximo
na próxima, um novo encontro entre Roger Agnelli e os executivos
da Glencore e da Xstrata para debater novas propostas visando
fechar o negócio. (19.03.2008)
Vale vai contratar 6.085 funcionários neste ano
A Vale vai recrutar 6.085 funcionários até o final de 2008. Até 2012,
a mineradora espera contar com mais 62 mil empregados em seu
quadro pessoal. Desses, 33 mil serão empregados diretos da
empresa. Outros 29 mil serão colaboradores de companhias
terceirizadas. As contratações virão por meio de oito programas de
21
Relatório de Conjuntura: Março de 2008
recrutamento, estágio e treinamento -cinco deles com inscrições
abertas atualmente. (19.03.2008)
Proibição da China a rivais beneficia Vale
A Vale foi beneficiada com a proibição da China às suas duas
maiores concorrentes, a mineradora BHP Billiton Ltd. e o Rio Tinto
Plc., impedidas de vender minério às siderúrgicas chinesas no
mercado à vista. As ações da Vale, a maior produtora mundial de
minério de ferro, registraram a maior alta da última semana após a
proibição. A China proibiu a venda de minério por BHP e Rio Tinto
no mercado à vista num momento em que as empresas tentam
obter um aumento maior do que o reajuste de 71% conseguido pela
Vale para o preço do minério. (19.03.2008)
Vale acerta reajuste de 87% no preço da pelota
A Vale fechou ontem com a siderúrgica Ilva um reajuste de 86,67%
para cima no preço das pelotas de alto forno, em relação à cotação
praticada em 2007. Com isso, o novo preço de referência, em
tonelada métrica (mt), é US$ 2,2020 por unidade de ferro, para as
pelotas produzidas no Sistema Sul (Tubarão). (24.03.2008)
Vale quer atrair investidor oriental
A Vale está querendo atrair investidores de regiões com forte
crescimento econômico, como o Oriente Médio e a Ásia, disse ontem
o diretor financeiro da empresa, Fábio Barbosa. "Queremos
aumentar a base de investidores, diversificar... elevar o nosso perfil
em outras regiões nas quais se observa maior crescimento das
economias e onde empresas como a Vale podem ser interessantes",
afirmou o executivo, após participar de seminário sobre a economia
brasileira no Rio. Barbosa disse que tem conversado com
profissionais de investimento em outros locais como Emirados
Árabes (Abu Dhabi), Kuweit e China. (25.03.2008)
22
Relatório de Conjuntura: Março de 2008
Vale: mantida a projeção de investimentos
O diretor-executivo de Finanças da Vale, Fabio Barbosa, disse ontem
que na visão da companhia, mesmo com a crise financeira
internacional, considerada de curto prazo, "o mundo vai continuar
fundamentalmente benigno". O executivo afirmou que em 2012 a
produção da empresa de minério de ferro será 50% maior que em
2007 e as produções de cobre e nível serão dobradas no mesmo
período. De acordo com Barbosa, o aumento do rigor para a
concessão de crédito não vai alterar a projeção de investimentos da
mineradora, de US$ 11 bilhões para este ano e US$ 59,1 bilhões até
2012. (25.03.2008)
Vale destinará R$ 8,614
semestral de debêntures
milhões
para
remuneração
A Vale (VALE5) informou na noite desta segunda-feira (24) que irá
efetuar o pagamento semestral das debêntures no valor de R$
8,614 milhões aos detentores dos títulos no dia 31 de março.
Segundo o comunicado, o montante por debênture será de R$
0,022239671, obedecendo a incidência de imposto de renda, com
exceção daquele que comprovar, de modo inequívoco, o direito à
dispensa de retenção na forma da lei. (24.03.2008)
Crise não afeta negócio com a Xstrata, diz Vale
O diretor-executivo de finanças da Vale, Fábio Barbosa, disse ontem
que a tentativa de compra da Xstrata é uma articulação à parte da
crise do mercado norte-americano. Ele admitiu que o atual cenário
torna o mercado mais "restrito" para negócios. Em relação ao
possível negócio com a mineradora suíça, acrescentou que "cada
caso é um caso" e ressaltou que a Vale tem situação privilegiada de
acesso ao crédito. (25.03.2008)
23
Relatório de Conjuntura: Março de 2008
Negociação fracassa e Vale desiste de comprar a Xstrata
Três meses depois de confirmar seu interesse na compra da
mineradora anglo-suíça Xstrata, a Vale comunicou oficialmente na
noite de ontem o encerramento das negociações. As cifras que
envolveram o negócio não foram. Horas antes do anúncio oficial do
insucesso do acordo, o presidente da Vale, Roger Agnelli, que
recebeu em São Paulo um prêmio como "Personalidade de Vendas
de 2007", já antecipava o resultado malogrado. Na nota distribuída
ao mercado, a mineradora brasileira deixou em aberto a
possibilidade de tentar uma nova oferta nos próximos seis meses, se
outra concorrente entrar no páreo pela Xstrata. (26.03.2008)
Vale e Xstrata vão em busca de novos ativos
A Vale agora vai focar no crescimento orgânico e buscar novas
aquisições de empresas produtoras de cobre, carvão e alumínio,
como admitiu na terça-feira Roger Agnelli, presidente da
companhia. Para a Merrill Lynch, que divulgou ontem relatório sobre
o futuro da Vale pós-Xstrata, a mineradora brasileira quer aumentar
sua exposição ao ciclo positivo de commodities e continua olhando
outras possibilidades de compra no setor. Alguns alvos são a
FreeportMcMoran Cooper & Gold, empresa americana de cobre e a
Norsk Hydro, norueguesa de alumínio. Embora as duas companhias
sintam que uma grande oportunidade foi perdida, a Vale e a Xstrata
quiseram insistentemente projetar a mensagem de que a vida
continua, e que a fusão não era crucial para nenhuma das duas
companhias. Um analista no setor disse que a Xstrata logo retomará
a busca de outros negócios. (27.03.2008)
Xstrata seria risco para a Vale, dizem analistas
Apesar da longa negociação em torno da compra da Xstrata, a Vale
acertou em não fechar a aquisição, pelo menos por enquanto, dizem
analistas. Eles avaliam que foi melhor optar por manter metas de
crescimento e rentabilidade do que se arriscar com o negócio.
Segundo Cristiane Viana, da Ágora, a "posição da Vale é positiva",
pois foca em sua expansão orgânica e mantém suas metas de
24
Relatório de Conjuntura: Março de 2008
rentabilidade -o que é favorável para o acionista. Ainda que a
Xstrata representasse o ingresso em novos mercados
(especialmente cobre e carvão), o risco envolvido na transação, diz,
era alto. (27.03.2008)
Exportação da Vale será de US$ 20 bi neste ano
Nas últimas semanas, o mercado de commodities passou a viver
momentos de instabilidade no rastro da crise global. Os preços das
matérias-primas caíram nas principais Bolsas de mercadorias e
muitos especialistas começaram a prever um cenário de volatilidade
para elas daqui para a frente. Segundo José Carlos Martins, diretorexecutivo de ferrosos da Vale, diferentemente do que vem
ocorrendo com a maioria das commodities, o minério de ferro
deveria estar imune a esse processo de volatilidade nesse mercado.
A receita da companhia neste ano com a exportação de minério de
ferro já está garantida. Será de US$ 20 bilhões, o dobro do
registrado no ano passado. (28.03.2008)
Vale faz parceria com Xstrata e canadense
A mineradora canadense Wallbridge Mining anunciou ontem que
entrou em acordo com as produtoras de níquel Vale Inco, unidade
da mineradora brasileira Vale, e Xstrata Nickel, unidade da anglosuíça Xstrata, para formar uma joint venture (parceria) com a
finalidade de desenvolver um terreno de mineração em Sudbury, em
Ontário, no Canadá. A Wallbridge afirmou que terá 50% de
participação na joint venture com a Xstrata Nickel e a Vale Inco,
cujas controladoras encerraram esta semana um longo processo de
fusão sem acordo, controlando 25% cada uma. (28.03.2008)
Vale pode buscar outros alvos, mas o que importa mesmo é
o fundamento
A Vale (VALE5) não é a maior mineradora do mundo. Sem a anglosuíça Xstrata, a brasileira continua atrás de gigantes como a BHP
25
Relatório de Conjuntura: Março de 2008
Billiton, que luta para adquirir a Rio Tinto por um preço que pode
superar a casa dos US$ 140 bilhões. Para analistas, a aquisição até
poderia ser interessante, porém, o que importa mesmo são os
fundamentos da empresa. "Não adianta comprar um ativo e crescer,
mas não manter metas e desfazer estratégias", afirma Cristiane
Viana, analista da Ágora Corretora. A aquisição, que poderia ter
custado entre US$ 80 e US$ 90 bilhões, levaria a mineradora
brasileira a aumentar sua exposição em mercados pouco ou nada
explorados, como carvão, zinco e cobre. (27.03.2008)
2.2 - OUTROS (PREÇOS DO MINÉRIO, ACORDOS DE
EXPORTAÇÃO, OUTRAS MINERADORAS ETC)
Minério de ferro deve custar 30% mais em 2009, diz Citi
Os preços do minério de ferro, que subiram e alcançaram seu
recorde este ano, avançarão 30% no ano que vem devido ao
"crescimento robusto e continuado da demanda", disse o Citigroup
Inc. "A manutenção das condições de arrocho no mercado em 2008
e 2009 servirão de motor para reajustes adicionais nos preços no
ano que vem e para a alta sustentada dos preços nos próximos dois
anos", disseram, em relatório divulgado no último dia 3 de março,
analistas do Citigroup como Alan Heap, que trabalha em Sidney, na
Austrália. (06.03.2008)
MMX, de Eike Batista, deve ampliar reservas em Corumbá
A MMX Mineração descobriu reservas de minério de ferro que
multiplicam por dez as jazidas já existentes. As novas minas do
sistema de produção de Corumbá, no maciço de Urucum,
demandarão mais uma usina de beneficiamento do minério, além da
unidade que já processa a matéria-prima na região. As reservas
provadas de 32 milhões de toneladas, segundo o gerente de
mineração Rodrigo dos Anjos Xavier, deverão chegar a 370 milhões
de toneladas, na mais conservadora das hipóteses. A região toda,
considerando as reservas sob concessão das concorrentes
Companhia Vale e Rio Tinto, podem abranger um total de um bilhão
de toneladas da matéria-prima. (07.03.2008)
26
Relatório de Conjuntura: Março de 2008
Exportação de minério de ferro cresce 12,5% em janeiro
As exportações brasileiras de minério de ferro subiram 12,5% em
janeiro, em comparação a igual mês do ano anterior, de acordo com
dados preliminares divulgados ontem pelo Sindicato Nacional da
Indústria da Extração do Ferro e Metais Básicos (Sinferbase). No
primeiro mês de 2008, as empresas brasileiras embarcaram 17,948
milhões de toneladas métricas de minério de ferro, ante as 15,959
milhões registradas em janeiro de 2007. A Vale, maior produtora e
exportadora de minério de ferro e pelotas do mundo, manteve a
liderança do ranking. (07.03.2008)
MMX recebe autorização para mineroduto
A MMX Mineração e Metálicos SA informou ontem ao mercado que o
Ibama concedeu na última sexta-feira à sua subsidiária MMX MinasRio Mineração SA autorização para a abertura do canteiro de obras,
do pátio de armazenamento de tubos e o acesso à estação de
bombas 01 do mineroduto do Sistema MMX Minas-Rio. O
Mineroduto ligará as minas da MMX Minas-Rio ao Porto do Açu,
terminal portuário que está sendo construído no litoral norte do
Estado do Rio de Janeiro. (11.03.2008)
CSN deve quintuplicar receita com mineração este ano
A CSN deverá vender este ano mais que o dobro do volume de
minério de ferro comercializado no ano passado, o que possibilitará
quintuplicar a receita com mineração. De acordo com a empresa,
devem ser exportados cerca de 24 milhões de toneladas. Outros 5
milhões de toneladas serão vendidos no mercado interno. Segundo
o diretor executivo de mineração da siderúrgica, Juarez Saliba, a
expectativa para este ano é de que as vendas totalizem US$ 2
bilhões, o que permitirá um Ebitda de US$ 1,1 bilhão a US$ 1,2
bilhão. (12.03.2008)
27
Relatório de Conjuntura: Março de 2008
Reajuste do minério terá repasse para aço
Os preços do aço serão reajustados por conta da alta do minério de
ferro. O diretor-geral da Corus, Philippe Valin, disse que a empresa
repassará o aumento de preços quanta vezes precisar. "Já fizemos
aumentos. Mas, se for necessário, faremos outros no terceiro
trimestre, porque a situação atual é insustentável", disse ele. A
Corus concluiu a negociação de preços para compra do minério de
ferro com a Vale esta semana. Os preços subiram entre 65% e
66%. (14.03.2008)
MMX registra lucro líquido de R$ 765,6 mi
A MMX Mineração e Metálicos S.A. divulgou ontem os resultados do
ano passado. A empresa obteve lucro líquido de R$ 765,6 milhões. A
MMX destacou a valorização de suas ações -alta de 309% ao longo
de 2007. O valor de mercado da companhia chegou a R$ 14,3
bilhões. (14.03.2008)
Minério de ferro deve render 61% mais
A perspectiva de mais um período de demanda aquecida desenha
2008 como um novo ano de quebra de recordes de commodities
minerais, um mercado de oferta contida e estoques historicamente
baixos. As exportações devem disparar 40% em relação ao ano
passado. As importações prometem aumentar 33,6%. Com isso, o
saldo da balança comercial das commodities minerais deve fechar
2008 com US$ 11,707 bilhões, crescimento de 47,3% em relação ao
ano passado. As exportações são puxadas pelo minério de ferro,
responsável por 70% dos embarques de commodities minerais do
país. Projeções conservadoras apontam para receita de US$ 17
bilhões no ano, 61% mais que o obtido em 2007. O volume deve
crescer apenas 11%, para algo em torno de 300 milhões de
toneladas. (16.03.2008)
28
Relatório de Conjuntura: Março de 2008
Institutos de siderurgia e mineração comentam reajuste do
minério de ferro
O forte aumento dos preços do minério de ferro neste ano eram
amplamente esperados pelos analistas de mercado. As projeções,
porém, não ultrapassavam os 50%. A aposta da maioria se
concentrava em 35%. Para comentar a elevação dos preços neste
ano e traçar perspectivas, a InfoMoney convidou Marco Pólo de
Mello Lopes, vice-presidente executivo do IBS (Instituto Brasileiro de
Siderurgia) e Paulo Camillo Vargas Penna, diretor presidente do
Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração). O panorama traçado pelos
executivos é positivo para ambos os setores. (17.03.2008)
Samarco inaugura em abril sua terceira usina de pelotização
A Samarco inaugura em abril sua terceira usina de pelotização. A
empresa receberá clientes de todo o mundo para conhecerem a
usina e acompanharem a construção do minerioduto, ainda sem
previsão de lançamento, que levará o minério de ferro de Mariana
(MG) a Ubu, em Anchieta (ES). (23.03.2008)
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Relatório de Conjuntura: Março de 2008
3 – PAPEL E CELULOSE
Câmbio pode travar investimentos, diz Suzano
A situação atual do câmbio pode levar as empresas a decidirem
travar seus planos de novos investimentos no país. A grande
preocupação é com a perspectiva de perda de mercado com a
desvalorização excessiva do dólar. A afirmação é de Antonio Maciel
Neto, presidente da Suzano Papel e Celulose, segunda maior
produtora mundial de celulose de eucalipto e uma das dez maiores
do mundo do setor. Neste ano, a companhia prevê uma produção
de 1,1 milhão de toneladas de papel e 1,7 milhão de toneladas de
celulose, 120% a mais do que produzia há quatro anos.
(23.03.2008)
VCP prevê venda de celulose 19% maior no 1o tri
A Votorantim Celulose e Papel anunciou nesta terça-feira que prevê
um crescimento de 19% nas vendas de celulose no primeiro
trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado,
para 303 mil toneladas. O preço médio líquido em dólares de
celulose da VCP para os rimeiros três meses de 2008 deverá
aumentar em cerca de 16 por cento na comparação com o primeiro
trimestre de 2007. Para 2008, a companhia espera vender volume
de celulose 10% maior que no ano passado. Os números não
incluem a participação da empresa na Aracruz. (25.03.2008)
Suzano vai investir R$ 170 mi em base florestal
A Suzano Papel e Celulose planeja para este ano investimentos
maiores do que os de 2007 na produção florestal. Os gastos da
companhia da família Feffer com formação de florestas deverão ficar
em cerca de R$ 170 milhões em 2008, ante os R$ 114 milhões do
ano passado. As aplicações em pesquisa e desenvolvimento também
aumentarão de R$ 7 milhões para R$ 11 milhões, excluídos os
investimentos em parcerias com, por exemplo, centros de
pesquisas, segundo informou o diretor da unidade de negócios
florestais, João Comério. (26.03.2008)
30
Relatório de Conjuntura: Março de 2008
VCP prevê alta de 19% nas vendas de celulose até março
A Votorantim Celulose e Papel SA (VCP), a terceira maior produtora
de papel e celulose do Brasil, prevê vender 19% mais celulose no
primeiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período do
ano passado. O volume das vendas de celulose da empresa
provavelmente vai totalizar 303 mil toneladas no trimestre, disse a
VCP, sediada em São Paulo, por meio de comunicado divulgado
ontem no site da CVM. No comunicado, a empresa destacou
também que os preços da celulose provavelmente subirão 16% em
relação ao primeiro trimestre do ano passado. (26.03.2008)
Aracruz reajusta preço para mercado externo
A Aracruz, maior produtora de celulose de eucalipto do mundo,
confirmou ontem o reajuste do preço lista do insumo negociado nos
mercados norte-americano, europeu e asiático. A partir do dia 1º de
abril, a celulose negociada na América do Norte e na Europa terá
acréscimo de US$ 40 a tonelada. Na Ásia, o reajuste será de US$
30. Com o novo aumento, segundo do ano, a tonelada do insumo
na América do Norte será vendida a US$ 865. Na Europa, o preço
será US$ 840. (28.03.2008)
Aracruz Celulose propõe aumento de capital
O Conselho de Administração da Aracruz Celulose submeteu aos
acionistas a proposta de aumento de capital social da companhia de
R$ 2,450 bilhões para R$ 5 bilhões. Segundo a empresa, o objetivo
do aumento é permitir a adequação da estrutura de capital aos
futuros planos de investimento da companhia. O conselho informa
também que eventuais futuros aumentos de capital dentro do limite
proposto poderão ser efetuados em uma ou mais ocasiões,
utilizando-se o capital autorizado no todo ou em parte. (31.03.2008)
31
Relatório de Conjuntura: Março de 2008
4 – QUÍMICA E PETROQUÍMICA
Nova Petroquímica vai fabricar plástico com glicerina de
soja
A Nova Petroquímica dará no próximo ano sua arrancada na
produção de resina de plástico a partir de fontes renováveis. A
empresa deve ser a primeira no mundo a fazer plástico a partir da
glicerina residual do biodiesel, informou o gerente de tecnologia da
companhia e um dos idealizadores da resina, Pedro Boscolo. A
empresa desenvolveu tecnologia, e já registrou patente, da Bios,
família de plásticos de polipropileno (usado em embalagens e
autopeças) que ganha produção industrial em 2009. Com o boom
na produção de biocombustíveis no País, somente este ano haverá
uma oferta extra de 105 mil toneladas dessa glicerina, que seria
incinerada. "Encontramos uma alternativa para crescer com custos
muito baixos e usando um resíduo", disse Boscolo. (07.03.2008)
CVM fecha caso de 'insider' da Suzano
A CVM e o Ministério Público Federal (MPF) informaram ontem que
assinaram um termo de compromisso e ajustamento de conduta
com a Vailly, empresa uruguaia suspeita de ter usado informação
privilegiada no mercado de ações na compra da Suzano
Petroquímica pela Petrobras, em agosto. O termo - que vale para as
esferas administrativa e judicial e encerra o caso em ambas totalizou R$2,2 milhões. Do valor, R$551 mil correspondem ao
ganho irregular obtido com a venda das ações logo após o anúncio
da operação, e R$1,648 milhão são equivalentes à penalidade
máxima em dinheiro que a CVM poderia impor. (27.03.2008)
Braskem irá investir R$ 334 mi na Copesul
A Braskem, maior petroquímica da América Latina, irá investir
334 milhões na parada de manutenção da Copesul, central
insumos básicos do Pólo Petroquímico do Sul, que foi adquirida
ano passado com a compra do Grupo Ipiranga. As atividades
manutenção, que ocorrem a cada seis anos e duram cerca de
R$
de
no
de
30
32
Relatório de Conjuntura: Março de 2008
dias, estão previstas para iniciarem na próxima segunda-feira com a
parada geral das operações da Planta 1 da Copesul. Durante a
parada, a Planta 2 da Copesul continuará operando normalmente.
Adicionalmente, a empresa vai implementar projetos de atualização
tecnológica, de controle da produção e de proteção ambiental, em
um investimento de R$ 241,1 milhões. (28.03.2008)
33
Relatório de Conjuntura: Março de 2008
5 - GERAL
Votorantim investirá R$ 500 mi em nova usina
Com a licença ambiental concedida na segunda-feira pelo Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama), o grupo Votorantim finalmente poderá dar sequência à
construção da Usina Hidroelétrica de Tijuco Alto, no rio Ribeira de
Iguape, divisa dos estados de São Paulo com Paraná. O projeto
inicial previa investimentos de R$ 500 milhões para erguer uma
usina capaz de gerar 128 MW. Mas, por estar localizado em uma
região com diversas comunidades e na beira do último rio ainda não
barrado do estado de São Paulo, provocou polêmica com
ambientalistas. Do investimento total, R$ 100 milhões serão
destinados a 21 programas de ações socioambientais (05.03.2008)
Odebrecht compra mais uma usina
A ETH Bioenergia, empresa da Organização Odebrecht, adquiriu a
Usina Eldorado, localizada no município de Rio Brilhante (MS), que
atua na produção de açúcar, etanol e energia elétrica. A informação
foi divulgada nesta sexta feira pelo diretor estratégico da ETH,
Eduardo Pereira de Carvalho. "A usina já irá processar 2,2 milhões
de toneladas nesta safra devendo aumentar este total para 5
milhões de toneladas até a safra 2012", disse ele. Segundo
Carvalho, a Usina Eldorado tem capacidade instalada de produção
de 132 mil toneladas de açúcar e 110 milhões de litros de etanol
etílico hidratado combustível, e gera 12 megawatts (MW) de
energia, potencial que no plano de expansão deverá saltar em três
anos para 130 MW. (17.03.2008)
Montadoras correm para ampliar produção de motores no
País
Automóveis precisam de coração para funcionar. No caso, os
motores, segundo a definição das montadoras. Com a capacidade
de produção desse componente esgotada e a necessidade de
atender à crescente demanda por carros novos, as empresas
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Relatório de Conjuntura: Março de 2008
apelaram para diversas estratégias. A Fiat comprou esta semana a
Tritec. A General Motors vai construir uma fábrica em Santa
Catarina. Volkswagen e Ford vão ampliar as instalações atuais. A
Honda, que até agora importava a peça, inicia em maio a produção
local. Parte dos novos projetos é para 2009. É possível, portanto,
que as empresas ainda enfrentem gargalos este ano. Só com
ampliações previstas para 2008, a produção total atingirá 3,55
milhões de motores, volume recorde para o segmento. (17.03.2008)
Citroën vai dobrar produção no Brasil
A montadora Citroën anunciou ontem que pretende dobrar a
capacidade instalada de sua fábrica no Brasil até 2010, chegando a
300 mil veículos por ano. O reforço faz parte da estratégia da
companhia de acelerar o ritmo de lançamentos no País, trazendo ao
mercado um novo modelo a cada ano. Nos últimos oito anos, foram
apenas três novos produtos lançados. "Estamos revendo nossas
estratégias no País. Queremos desenvolver modelos específicos para
acompanhar o crescimento desse mercado", afirmou o presidente
mundial da Citroën, Gilles Michel. Em 2007, a Citroën cresceu 42,4%
no Brasil. (19.03.2008)
Faturamento da Aliança deve crescer até 12,5%
A Aliança Metalúrgica, um dos maiores fabricantes de fechaduras,
ferragens, rodízios e reguladores para gás do País, prevê encerrar o
ano com faturamento de R$ 180 milhões. O montante é 12,5%
superior aos R$ 160 milhões faturados em 2007. Para o diretor
comercial da Aliança, Cláudio Lutzkat, diversos fatores esplicam o
bom desempenho. "Além do bom momento econômico pelo qual o
País atravessa, que contribui para o aumento do consumo, a
empresa investiu US$ 3 milhões em máquinas e equipamentos e
desenvolveu novos produtos. O ano passado foi excelente e nossa
participação no mercado cresceu 3% em relação ao ano anterior",
disse Lutzkat. (25.03.2008)
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Relatório de Conjuntura: Março de 2008
Venda de carro cairia até 50%, afirma setor
Se o governo adotar medidas para restringir prazo de financiamento
de veículos, como chegou a ser cogitado, as vendas de automóveis
caem pela metade, segundo estima Sérgio Reze, presidente da
Fenabrave, federação que representa as concessionárias de carros.
Reze afirma que o setor automobilístico está abastecido e tem
condições de atender a demanda. "Os preços dos carros não estão
pressionando a inflação, não existe ágio, estamos dando até
desconto para vender", diz. (25.03.2008)
Política industrial prevê benefícios para montadoras
As montadoras poderão ser beneficiadas com alongamento nos
prazos de recolhimento de tributos e maior velocidade no
recebimento de créditos gerados pela aquisição de máquinas e
equipamentos. Essas medidas estão em estudo e, se aprovadas,
farão parte da nova política industrial, que o governo pretende
anunciar em abril. Para as montadoras, os fabricantes de autopeças
e de bens de capital seriados e por encomenda, a proposta em
análise é encurtar para um quinto os prazos nos quais as empresas
contabilizam como despesa a depreciação de máquinas e
equipamentos novos. (27.03.2008)
Xstrata pode comprar first quantum e alumina
A Xstrata, empresa suíça que encerrou as conversações em torno de
sua possível aquisição pela Vale do Rio Doce, deverá fazer uma
oferta pela compra de mineradoras como First Quantum Minerals e
Alumina, disse o Citigroup. A empresa poderá também examinar a
possibilidade de adquirir mineradoras "menores", como Albidon,
Copperco e Riverdale Mining, informou o banco. (29.03.2008)
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