PENTASTOMÍASE VISCERAL EM TAMANDUÁ-MIRIM
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PENTASTOMÍASE VISCERAL EM TAMANDUÁ-MIRIM
PENTASTOMÍASE VISCERAL EM TAMANDUÁ-MIRIM (Tamandua tetradactyla) NO PARQUE ZOOBOTÂNICO MUSEU PARAENSE EMÍLIO GOELDI (PZMPEG), EM BELÉM, PARÁ BATISTA, J.S¹; COSTA, A.M²; SILVA, L.F¹.; BLUME, G.R.¹ ¹ Universidade de Brasília (UnB); ²Parque Zoobotânico Museu Paraense Emílio Goeldi (PZMPEG) [email protected] Xenarhtra ,parasitose, pentastomida Introdução: Os pentastomídeos são parasitas encontrados no sistema respiratório dos vertebrados, com alta incidência em répteis, também podendo infectar humanos como hospedeiros acidentais (1,2,3,4). O presente trabalho relata um caso de pentastomíase visceral em tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla), no PZMPEG, em Belém/PA. Relato de Caso: O referido espécime era fêmea, jovem, e, por se encontrar em estado comatoso, não responsivo às medidas terapêuticas instituídas foi submetida à eutanásia e posterior necropsia. Macroscopicamente observaram-se na região caudal dos lobos pulmonares estruturas espiraladas, esbranquiçadas com aproximadamente 0,5cm de comprimento. Formas semelhantes também foram visualizadas na serosa do intestino e nos linfonodos mesentéricos. Na microscopia havia estruturas císticas em alvéolos pulmonares, no interstício de alguns linfonodos e na serosa do intestino delgado, cujas características morfológicas foram compatíveis com pentastomídeos. Os achados anatomopatológicos foram compatíveis com pentastomíase visceral, entretanto, não foi possível definir a espécie precisa do parasita envolvido no presente caso Discussão: O pentastomídeo mais comum em mamíferos é a Linguatula serrata, que é encontrada nos pulmões e vísceras de herbívoros, onde se encistam no estado de larva, sem causar sintomatologia clínica e têm como hospedeiros definitivos os canídeos (1,2). A localização das larvas aqui descritas e suas características morfológicas sugerem tratar-se do gênero Linguatula (1,2). Na literatura pesquisada não foram encontrados registros de pentastomíase em animais da superordem Xenarthra, o que leva a crer ser este o primeiro relato. Conclusões: Por se tratar de parasitismo incomum em animais silvestres no Brasil, este relato contribui para casuísta de doenças parasitárias nesta espécie, Tamandua tetradactyla, abrindo caminho para novos estudos correlacionando aspectos ecoepidemiológicos e patológicos. Referências: 1-LEITÃO, J.L.S. (1983). Parasitologia Veterinária, I Volume-Parasitas. Fundação CalousteGulbenkian. 3ª edição, Lisboa. 499 páginas. 2--LEITÃO, J.L.S.(1983). Parasitologia Veterinária, II Volume-Parasitoses. Fundação CalousteGulbenkian. 3ª edição, Lisboa. 878 páginas. 3- Du PLESSSIS, V.; BIRNIE, A.J.; ELOFF, I.; REUTER, H.; ANDRONIKOU, S. (2007). Pentastomiasis (Armillifer armillatus infestation).South African Medical Journal. Vol.97(10), pp.928-930. 4-BRITO, SV; ALMEIDA, WO; ANJOS, LA; SILVA, RJ. (2012). New host records of Brazilian pentastomid species Braz. J. Biol. vol.72, (2), pp. 393-396 .