Clipping FENTECT

Transcrição

Clipping FENTECT
Clipping FENTECT
09/08/2010
Edição Nº 060
Página 1
Secretário de Imprensa FENTECT - Alexandre Takachi de Sá
CORREIOS - BRASIL
Diário Gaúcho
O trecho em que cartas não chegam
Rua no bairro Mario Quintana não é atendida pelos carteiros
Ao abrir uma conta no banco e solicitar a entrega de um cartão de crédito, o vendedor Ezequiel Castilhos dos Santos, 38
anos, ficou desapontado: o documento foi enviado, mas retornou ao banco, porque os carteiros não atendem ao trecho em
que mora, na altura do número 1039 da Avenida Arroio Feijó, Loteamento Timbaúva II, Bairro Mario Quintana.
– Sou obrigado a colocar o endereço dos meus parentes e pegar na internet a segunda via das contas, porque não consigo
receber cartas aqui – lamenta.
São pouco mais de 20 as casas prejudicadas neste trecho da via. Uma das vizinhas, a balconista Natália Boeira de Lemos,
30 anos, explica que precisa colocar o endereço da sogra, em Viamão, para a entrega das suas correspondências.
– Não consegui um emprego porque não tive como comprovar o endereço – conta.
O que mais deixa chateados os moradores é que os carteiros vão até a esquina de suas casas, pois todo o restante da via é
atendido.
- Aguardar o concurso
A Diretoria dos Correios do RS, por meio da assessoria de comunicação, esclarece que existe entrega diária na Avenida
Arroio Feijó até o numero 981. O restante da rua é área de expansão – não existia antes e por isso não tinha entrega prevista.
A necessidade de atender a essa área já foi aprovada e a unidade aguarda a realização de concurso público para providenciar
a entrega neste local.
O Dia Online
Paulo Estrella: Tempo de indefinição
Especialista em concurso
Rio - Uma reviravolta no concurso dos Correios, cuja data deverá ser remarcada para o dia 21 de novembro, provocou instabilidade junto aos candidatos, oito meses depois do lançamento do edital, em dezembro de 2009. A falta de uma definição
mais imediata deixou os mais de um milhão de inscritos divididos entre o desânimo e a expectativa de mais tempo para
aprimoramento do conteúdo aprendido ou ainda por aprender.
Primeiro, a indefinição da banca organizadora. Passou pela Cesgranrio, foi para a Fundação Carlos Chagas e voltou à Cesgranrio. Agora, os Correios falam em questões de segurança para adiar a seleção. É possível entender essa preocupação, mas
o fato é que há candidato desistindo, apesar de inscrito.
Uma alternativa para vencer o desânimo é o candidato, que acelerou esperando a prova, manter esse ritmo. A hora é de
verificar como a Cesgranrio costuma cobrar questões, analisar como enunciados são escritos, conteúdos que a banca prefere. E mirar as questões que errou e estudar mais aquele conteúdo. Resolver questão de provas anteriores é a maneira mais
eficiente de estudar para um concurso.
O importante é não desistir. Quem chegou até as vésperas do processo seletivo não pode jogar fora aquela que pode ser a
oportunidade de ter estabilidade financeira, uma aposentadoria tranquila, salários melhores que os pagos, em geral, pela
iniciativa privada.
Problemas em concursos públicos sempre existirão, principalmente se atenderem a uma demanda do porte do promovido
pelos Correios. Quando seu salário estiver depositado na sua conta bancária e seu contracheque lhe garantir sossego, verá
Clipping FENTECT
09/08/2010
Edição Nº 060
Página 2
Secretário de Imprensa FENTECT - Alexandre Takachi de Sá
que valeu a pena esperar. Aliás, antes a prova ser remarcada que termos problemas mais adiante. Seja paciente.
Adiamento de prova dos Correios pega candidatos de surpresa
Rio - Mais de sete meses depois do lançamento do edital, outra reviravolta no concurso dos Correios, cuja data deverá ser
remarcada para o dia 21 de novembro, provocou instabilidade junto aos candidatos. A nova data, cogitada pelo presidente
da empresa, David José de Matos, deixou mais de um milhão de candidatos às vagas, que são num total de 6.565, em apreensão quanto ao futuro do processo seletivo. Foram 1.064.209 inscritos para cargos de nível médio e superior.
Segundo Paulo Estrella, diretor pedagógico da Academia do Concurso, muitos candidatos se sentem desmotivados por
causa da longa demora na aplicação dessa prova . “Os candidatos vêm se preparando há muito tempo, desde que o edital foi
lançado. É muito provável que muitos se sintam desestimulados e até mesmo desistam do concurso”, avisa.
No entanto, o especialista afirma que a remarcação das provas deve ser usada de forma positiva para a de conhecimentos
já adquiridos. “O candidato que já sabe o conteúdo programático pode se preparar um pouco mais, fazendo provas antigas
da banca organizadora, a Fundação Cesgranrio, para não ter surpresas quanto ao estilo dela no momento do exame”, avisa.
Estrella recomenda que o tempo seja aproveitado e pede ainda mais empenho. “Nessa reta final o candidato deve aproveitar
para tirar dúvidas. Desanimar é o mesmo que abandonar um projeto de vida pelo qual vem batalhando há muito tempo.
Provavelmente o pouco tempo para a organização da prova pesou e provocou o adiamento”, analisa.
Alexandre Vasconcellos, especialista em concurso concorda. “É hora do candidato manter o ritmo para não perder o potencial. “O ideal nessa reta final é fazer questões anteriores da prova já que o estudo já está mais consolidado e também
procurar em editoras especializadas livros e apostilas que tenham exercícios comentados da banca para se aprofundar nas
matérias e fazer um raio x dos assuntos que costumam ser mais cobrados.
Alexandre ainda alerta para o cargo de carteiro: “ é preciso que estejam muito bem preparados para o teste físico, pois muitos são eliminados. O ideal é dedicar algumas horas para essa preparação, mas sem exagero”, orienta.
São Gonçalo Online
Correios: concurso adiado
O Concurso dos Correios, que seria realizado no próximo mês, foi adiado para o dia 21 de novembro devido a problemas
de logística e segurança, assim informou, no último dia cinco, o presidente dos Correios, David José de Matos. Ele ainda
declarou que serão contratados quatro mil funcionários, temporariamente, para suprir a demanda da empresa até o fim do
ano, uma vez que os concursados deverão começar a ser contratados apenas em janeiro. Cerca de 1.064.209 candidatos se
inscreveram para participar do concurso.
EPTV.com
Casas com mesmo nº e ruas de nomes iguais causam transtornos
Confusão faz com que encomendas e cartas cheguem aos destinatários errados
Códigos de Endereçamento Postais (CEPs) diferentes em uma mesma rua, casas com mesmo número e ruas com nomes
iguais causam transtornos para moradores de quatro bairros de Poços de Caldas, no Sul de Minas Gerais. Confira o vídeo
ao lado.
No bairro Jardim Filadélphia, por exemplo, não há nenhuma placa na Rua João Veronezzi. Em um pequeno trecho, são dois
CEPs. Além disso, uma casa e uma padaria têm o mesmo número.
No mês passado, a casa do aposentado Joaquim Reis Martins chegou a ficar uma manhã inteira sem luz, por engano. A
Clipping FENTECT
09/08/2010
Edição Nº 060
Página 3
Secretário de Imprensa FENTECT - Alexandre Takachi de Sá
energia que deveria ter sido cortada era a da padaria. “Chegou um bilhete de corte dizendo que há três meses eu não pagava
a força, mas estava tudo em dia”, disse.
Já no bairro Luz, existem duas ruas com o nome Felício Buarque. A confusão faz com que as encomendas e cartas muitas
vezes cheguem aos destinatários errados.
A solução pode estar na mudança dos nomes, como aconteceu em uma avenida no Jardim Kennedy. Antigamente, ela se
chamava Bauxita, mesmo nome de uma rua em outro bairro. A pedido dos moradores, o nome foi trocado para Domingos
Felisberto dos Reis.
De acordo com os Correios de Poços de Caldas, os CEPs precisam ser recadastrados e isso só pode ser feito com um pedido
da prefeitura. O setor de cadastro imobiliário do município tem conhecimento do problema, mas não tem previsão de quanto
deve solicitar esse recadastramento aos correios.
Região Noroeste
Concurso dos Correios é adiado para evitar problemas de segurança
O concurso dos Correios, que oferece 6 mil 565 vagas, marcado para o dia 19 de setembro foi adiado.
Medida foi tomada para para evitar problemas. Entre eles, estariam a segurança e a logística das provas.
Para evitar qualquer transtorno e com as investigações sobre uma possível quadrilha dos concursos, o adiamento da data da
prova foi a primeira atitude de precaução dos Correios.
A nova data, provavelmente nos dias 21 ou 28 de novembro, será confirmada em reunião na próxima segunda-feira entre os
Correios, a Polícia Federal e a Cesgranrio, responsável por toda a logística do concurso.
Outro ponto a ser discutido nessa reunião será a concorrência do concurso. É que parte dos candidatos se inscreveu para
mais de um cargo na empresa.
Caso o teste de todos estes cargos seja no mesmo dia, existe a chance deste candidato fazer mais de uma prova.
Alagoas em Tempo Real
Candidato pode pedir devolução da taxa do concurso dos Correios
Os candidatos ao concurso dos Correios podem pedir a devolução da taxa de inscrição caso tenham algum compromisso
já agendado no dia da nova data da prova anunciada na quinta-feira (5) pela empresa pública, de acordo com especialistas
ouvidos pelo G1. Eles aconselham ainda os candidatos a aproveitar o adiamento do exame para estudar.
A prova, que seria realizada no dia 19 de setembro, foi adiada para a provável data de 21 de novembro. O anúncio foi feito
nesta quinta-feira (5) pelo novo presidente dos Correios, David José de Matos (veja no vídeo acima). O concurso para 6.565
vagas em cargos de nível médio e superior teve o edital publicado em dezembro de 2009 e recebeu 1.064.209 inscritos. Os
salários vão de R$ 706,48 a R$ 3.108,37. O concurso será organizado pela Fundação Cesgranrio.
De acordo com Ernani Pimentel, presidente da Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac), o candidato pode entrar com pedido de devolução da taxa de inscrição caso desista de fazer a prova. De acordo com Pimentel,
o candidato pode pedir a devolução diretamente aos Correios. “O órgão tem que atender, senão tem que pedir na Justiça”,
afirma.
No concurso, as taxas de inscrição vão de R$ 30 a R$ 60, dependendo do cargo.
Não cabe ação por dano moral e material
Clipping FENTECT
09/08/2010
Edição Nº 060
Página 4
Secretário de Imprensa FENTECT - Alexandre Takachi de Sá
De acordo com Sylvio Motta, especialista em direito constitucional e administrativo e editor de concursos da editora
Campus-Elsevier, não há base legal para o candidato promover qualquer ação judicial por dano moral ou material porque
o argumento da administração pública é de preservar a lisura e a segurança do processo seletivo. “A data pode ser marcada
de acordo com a conveniência, oportunidade e razoabilidade. Um dos argumentos usados, por exemplo, é a impossibilidade
de conseguir locais suficientes para realizar concursos de grande porte”, afirma.
Motta diz que só caberia ação judicial por dano moral e material se a prova demorasse de nove meses a 1 ano para ser realizada contados a partir da marcação da primeira data do exame, no caso dos Correios, em julho.
Mesma opinião tem Ernani Pimentel. “Uma ação nesse sentido [por dano moral e material] seria inócua. A justificativa dos
Correios é de dar maior segurança ao concurso. Não cabe medida judicial, mas somente pedido de devolução da taxa de
inscrição”, afirma.
O diretor jurídico da Anpac, Leonardo de Carvalho, explica que o candidato deve comprovar que já tinha algo programado
para o dia da prova para poder pedir a devolução da taxa. “Uma viagem para o exterior, por exemplo, é uma justificativa
que cabe pedido de devolução”, diz. “Pode pedir aos Correios ou pode entrar com ação na Justiça caso o órgão não pague
o valor da taxa de inscrição”, explica.
O advogado ressalta que não cabe entrar com ação para acelerar a prova. “O órgão tem a faculdade de aplicar a prova no
momento que achar melhor”, diz.
“Se eles estão marcando a data, estão dando mais condições para o candidato se preparar. Se tivessem antecipado o exame
poderia ser um problema sério”, diz Pimentel.
Com relação a gastos com passagens e despesas de hospedagens, Motta afirma que os candidatos que porventura já tenham
feito reservas podem transferir a data. “Entrar com ação por causa disso não compensa, o valor pago para transferir uma
passagem é pequeno”, diz. De acordo com ele, não caberia ação ainda porque o adiamento da prova foi comunicado mais
de um mês antes da primeira data estipulada (19 de setembro).
‘Resta estudar’
Para Motta, só resta ao candidato continuar estudando “porque o concurso vai sair”. “Será até benéfico para a preparação,
já que a posse só pode ocorrer mesmo em janeiro por se tratar de ano eleitoral. E é até bom porque não adianta realizar o
concurso às pressas e depois haver anulação por fraude, deixando o candidato frustrado”, comenta Motta.
O diretor pedagógico do curso preparatório Academia do Concurso, Paulo Estrella, considera que a complexidade do concurso motivou a indefinição da organizadora e o adiamento da prova. “O problema é o prazo curto para montar a estrutura
para a prova e garantir que tudo estará em ordem para mais de 1 milhão de candidatos”, diz.
De acordo com Estrella, a demora na realização da prova é ruim porque desestimula o candidato, que apostou no tempo de
preparação de até três meses e já se passaram oito meses desde a publicação do edital. “Mas ele já sabe o conteúdo programático, está cada vez mais preparado, agora ele deve fazer provas da Fundação Cesgranrio e se acostumar com o estilo da
organizadora”.
Para o diretor pedagógico, a concorrência deverá ser bastante acirrada porque os candidatos estarão bem preparados. “Mas
o número de desistentes deverá ser muito alto também, pois muitos candidatos já arrumaram emprego ou se posicionaram
de outra forma no mercado e outros simplesmente desistiram do concurso por causa da demora”, diz.
Zero Hora
ESTATAL DOS GARGALOS
IMPASSE POSTAL
Troca no comando dos Correios expõe disputas internas ferrenhas e aumento da pressão por mudanças
No último dia 28, alertado para a gravidade da crise dos Correios, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu o presi-
Clipping FENTECT
09/08/2010
Edição Nº 060
Página 5
Secretário de Imprensa FENTECT - Alexandre Takachi de Sá
dente da estatal, Carlos Henrique Custódio. No posto desde 2006, depois do vendaval da CPI que investigou as denúncias
de corrupção desencadeadas pela crise do mensalão, Custódio ou CHC, como era conhecido nos bastidores não conseguiu
responder com agilidade às demandas do mercado e caiu, apesar do apoio incondicional do PMDB e do ex-ministro das
Comunicações, Hélio Costa, candidato ao governo de Minas Gerais.
Mesmo assim, durou quatro anos no cargo.
– A direção (dos Correios) teve tempo mais do que suficiente para buscar a solução exigida pela sociedade. Já passou da
hora de dar uma resposta satisfatória ao problema – avalia o deputado Daniel Almeida (PC do B-BA), presidente da Frente
Parlamentar em Defesa dos Correios.
Segundo o Almeida, a demora revela uma luta interna feroz pelo controle da estatal – por sinal, uma das maiores do país. O
cargo de diretor de Operações, por exemplo, estava vago desde a demissão de Marco Antonio Marques de Oliveira, em 17
de junho. Almeida também identifica uma “desorientação proposital” no comando da empresa, com o intuito de provocar
um debate sobre sua transformação em SA. O anteprojeto encaminhado à Casa Civil abril acabou engavetado.
A proposta, segundo uma fonte ouvida por Zero Hora, dificilmente seguirá adiante em ano eleitoral. E, mesmo depois da
eleição, a possibilidade de criação de uma “Correios SA”, ainda que com capital fechado, seria remota porque envolve
atividades consideradas de segurança. São os carteiros, por exemplo, que carregam boa parte da correspondência oficial do
país. São eles também que transportam a carga bancária, como cartões de crédito, talões de cheques e faturas.
O secretário-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores nos Correios (Fentect), José Rivaldo da Silva, confirma que o
“jogo de poder” dentro da estatal é pesado.
– Há muitos interesses corporativos envolvidos, inclusive com boicotes internos. A direção deixou vencer contratos importantes sem que fosse alertada sobre isso. Será que é só incompetência? – questiona Silva.
O deputado paranaense Dr. Rosinha (PT), que também acompanha a crise dos Correios, diz que sempre houve indicações
políticas na empresa.
– Mas isso, por si só, não é um problema. O problema é não cobrar resultados da direção. Pelo que tenho visto, a situação
atual vai exigir mais mudanças – afirma. (Flávio Ilha)
TEMPORÁRIOS NÃO RESOLVEM PROBLEMA
A contratação de mão de obra temporária não tem se mostrado eficiente. Em Goiás, onde a direção regional admitiu 53
carteiros temporários desde o final de 2009, o caso parou no Ministério Público.
– Temos uma liminar do Tribunal Regional do Trabalho impedindo a terceirização do serviço de entrega postal, com multa de R$ 5 mil para cada contrato ilegal. Não há sentido em contratar temporários quando há centenas de aprovados em
concursos esperando ser chamados – sustenta o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Sintect) de
Goiás, Eziraldo Santos Vieira.
A situação dos Correios em Goiás é uma das mais dramáticas. Segundo o Sintect, o déficit de carteiros chega a 374 trabalhadores. No Estado, 97 cidades – de um total de 246 – não tem um carteiro para fazer as entregas.
A direção dos Correios nega a falta de carteiros e diz que desconhece a ação judicial contra as terceirizações. Segundo o
superintendente regional em Goiás, Eugênio Cerqueira, as contratações não afetam a qualidade dos serviços:
– São tarefas apenas complementares e devidamente supervisionadas.
No Paraná, o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios local (Sintcom), Nílson Rodrigues dos Santos,
diz que em algumas cidades o atraso na correspondência chega a 20 dias. Segundo o dirigente, faltam 600 carteiros no Estado, e a pressão por horas-extras aumenta o número de faltas.
Na semana passada, o sindicato dos carteiros no Rio de Janeiro ingressou com ação no Ministério Público do Trabalho de-
Clipping FENTECT
09/08/2010
Edição Nº 060
Página 6
Secretário de Imprensa FENTECT - Alexandre Takachi de Sá
nunciando as más condições de trabalho na categoria. A ação pede investimentos em sete centros de distribuição de carga
dos Correios no Estado, considerados “insalubres”. Em maio, dois carteiros foram agredidos no Estado do Rio.
– Mas o número de ameaças é muito maior e nem chega à polícia – diz o diretor de Imprensa do Sintect do Rio, Nilo da
Silva.
O carteiro Silvio César da Silva Souza, que faz entregas em vilas na zona norte de Porto Alegre, diz que quem dirige a empresa não conhece a tensão por trás das entregas.
– O carteiro tem de ter muito bom senso para resolver determinados problemas – desabafa, referindo-se à dificuldade em
localizar os destinatários de correspondências por por conta de problemas como divergências entre CEPs e endereços.
INCERTEZA AFETA FRANQUIAS
A ECT também corre contra o tempo para garantir a licitação de 1.168 agências franqueadas, cujos contratos vencem no dia
10 de novembro. O edital de licitação, publicado em maio de 2009, foi parar na Justiça, e 76,5% dos processos de renovação
das licenças foram interrompidos por liminares. Mesmo que sejam minoria no universo das unidades próprias dos Correios,
as franquias garantem 38% do faturamento bilionário da estatal.
Na quarta-feira, o TCU confirmou a validade do edital e autorizou os Correios a sugerir mudanças na remuneração e no tipo
de serviço prestado pelas franqueadas.
– O edital tem vícios enormes, mas se a empresa fizer as alterações prometidas as ações judiciais podem acabar – diz o
advogado da Associação Brasileira das Franquias Postais (Abrapost), Marco Aurélio de Carvalho.
As franquias foram estabelecidas entre 1989 e 1994 em razão da necessidade de ampliação da rede de postos de atendimento
da estatal – na época, não houve licitação para escolha dos empreendimentos. Em 1994, o TCU determinou que a empresa
fizesse novos contratos, mas uma MP (medida provisória) de 1998 prorrogou as franquias até 2002. Em 2007, uma nova
MP regulamentou o modelo e autorizou a licitação.
A vice-presidente da Abrapost no Rio Grande do Sul, Eva Barreto, diz que muitos franqueados vão desistir da licitação se
a ECT não definir claramente um modelo financeiro para o negócio. O edital publicado pela empresa não estabelece parâmetros de remuneração, determinando apenas que ela varia de acordo com o tamanho da agência. Hoje, os franqueados
recebem 18% do faturamento bruto como comissão e precisam investir cerca de R$ 250 mil para uma agência média.
– Estou no negócio há 19 anos, mas de um tempo para cá não há mais segurança jurídica. Espero que a empresa reformule
o edital, se não vou mudar de ramo – avisa Eva.
NA MÃO DE OBRA, O MAIOR GARGALO
O concurso para preencher as 6.565 vagas da empresa no país, das quais mais de 5 mil para carteiros, marcado para 21 de
novembro, não vai solucionar em curto prazo o gargalo na entrega de correspondência – por força da lei eleitoral, a nomeação dos aprovados só pode ser efetivada no início de 2011. E é pouco provável que a seleção seja uma solução definitiva
para os atrasos da ECT: o último concurso, realizado de forma descentralizada entre 2005 e 2007, aprovou cerca de 3 mil
candidatos. Menos da metade foi chamada para trabalhar. O concurso perdeu a validade no ano passado.
Para evitar o vazamento de provas e questionamentos judiciais que marcaram a última seleção, a ECT decidiu centralizar a
contratação de pessoal e abriu inscrições no final de 2009. O volume de interessados – mais de um milhão de pessoas inscritas para as provas– acabou se revelando um problema: as inscrições tiveram de ser prorrogadas até fevereiro deste ano,
e a contratação da empresa que vai aplicar as provas, devido à complexidade do projeto, só foi decidida há duas semanas.
A escolha teve de ser autorizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), depois que a primeira escolhida não comprovou
habilitação para realizar provas em todo o país. Os problemas custaram a cabeça do diretor de Gestão de Pessoas da estatal,
Pedro Magalhães Bifano, ligado ao PMDB de Minas Gerais.
Clipping FENTECT
09/08/2010
Edição Nº 060
Página 7
Secretário de Imprensa FENTECT - Alexandre Takachi de Sá
Segundo estimativa da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect),
o número de vagas do atual concurso é insuficiente para sanar as dificuldades da estatal. A entidade calcula que seria necessário contratar 9 mil carteiros para resolver os problemas crônicos de atraso nas entregas.
– Apesar do atraso injustificável, a divulgação da data do concurso é positiva – avalia o secretário-geral da Fentect, José
Rivaldo da Silva.
LICITAÇÃO ARRASTADA
O atraso nas entregas dos Correios deve persistir por pelo menos mais 45 dias. A licitação que escolheu a Rio Linhas Aéreas
para operar a principal linha da Rede Postal Noturna (RPN), que distribui a correspondência pelo país, deverá ser anulada
pela empresa. A decisão envolve as duas principais participantes do pregão eletrônico realizado no dia 8 de julho, que apontou a Master Top Airlines, de Campinas, como vencedora da Linha 12, que faz a rota entre São Paulo, Brasília e Manaus.
O valor apresentado pela empresa foi R$ 14,3 milhões menor do que o preço máximo. A empresa, porém, foi inabilitada
porque entregou o contrato de aluguel da aeronave que faria a rota vencedora fora do prazo.
Mas a segunda colocada, Rio Linhas Aéreas, deverá ser impugnada porque opera apenas com equipamentos Boeing 727. O
avião da companhia, modelo 200F, transporta no máximo 28 toneladas, quando a licitação exigiu aeronaves com capacidade
acima de 30 toneladas. Além disso, os 727 são proibidos pela Infraero de voar entre 22h e 7h no espaço aéreo de Brasília.
Sem a rota, a carga postal do principal mercado do país opera apenas em regime de emergência.
– Já entramos com recurso junto aos Correios para anular a licitação. O edital é claro em relação às aeronaves – sustenta o
gerente comercial da Master Top, Claudio Keller.
Segundo o diretor da Rio Linhas Aéreas, Leonardo Cordeiro, as argumentações da concorrente são inconsistentes:
– Apresentamos as garantias de que vamos operar com um DC-10 para 70 toneladas de carga.
A disputa deverá levar à realização de um novo pregão, sem data para ocorrer. Tanto a Master Top quanto a Rio são companhias novas no mercado e sem tradição, tanto no transporte de carga quanto de passageiros. A empresa paulista começou a
voar em 2006, enquanto a Rio Linhas Aéreas, com sede em São José dos Pinhais, no Paraná, foi fundada há menos de um
ano.
“O segundo semestre ainda será difícil”
David José Matos, presidente da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT)
À frente dos Correios há exatos sete dias, David José de Matos sabe que tem um desafio enorme pela frente: atacar todas
as fontes de problemas de uma das maiores estatais do país e ainda devolver a credibilidade do serviço à população e a
autoestima aos funcionários. Tarefa das mais difíceis, ainda mais que o segundo semestre costuma ser mais movimentado
em termos de carga postal do que o primeiro. E o país está crescendo.
Nesta entrevista, Matos fala dos principais gargalos da estatal, como a demora na licitação de mais de 1,1 mil agências franqueadas, e da preocupação com a falta de carteiros, que deve persistir até o início do ano que vem. A seguir, os principais
trechos da entrevista a Zero Hora.
Zero Hora – A crise com mais de 1,1 mil agências franqueadas, que estão com os processos de licitação na Justiça, pode
fazer com que os Correios alterem o modelo?
David José de Matos – Não acredito nisso. O modelo é um sucesso. O que não podemos, neste momento, é mudar todo um
estudo com provas e cálculos só porque o franqueado diz que o preço está ruim. Não há interesse dos Correios em colocar
franqueado para trabalhar e depois ver que ele tomou prejuízo. É claro que algumas variáveis podem ser diferentes e, nesse
caso, a gente pode até rever. Mas no geral, na média, o preço de ressarcimento de despesas e de lucro dos franqueados é con-
Clipping FENTECT
09/08/2010
Edição Nº 060
Página 8
Secretário de Imprensa FENTECT - Alexandre Takachi de Sá
dizente. Os Correios têm obrigação, como empresa pública, de zelar pelo bem público e pagar aquilo que considera justo.
ZH – As franquias não se tornaram importantes demais para a empresa?
Matos – Independentemente da licitação, já foi feita uma limitação no tipo de cliente que as franqueadas podem a partir de
agora carrear para seus serviços. O que estava acontecendo é que tradicionais clientes nossos estavam sendo levados pelas
franqueadoras, que ofereciam vantagens. Uma portaria já determinou que tipos de clientes elas podem captar. Ou seja, esse
número aí (de agências) já deixa de ser tão expressivo. Só para dar um exemplo: tinha franqueada que fazia apenas interceptação de cliente e faturava com isso, o que foge totalmente daquilo que se pensou, que era prestar um serviço naquelas
regiões onde os Correios teriam mais dificuldade de fazer.
ZH – O fim dos contratos, em novembro, não pode causar problemas aos usuários?
Matos – Quanto ao cliente da carta simples, que use uma agência franqueada perto da sua casa, lógico que vai sofrer um
pouquinho mais e vai ter de correr atrás da agência. Estamos nos preparando. Se analisar o cronograma, se conseguíssemos
colocar hoje todas as licitações dentro da meta, teríamos de julgar, contratar e treinar num prazo muito curto. Temos 261
empresas que já assinaram contrato com a ECT, mas ainda estão fazendo treinamento. A nossa preocupação até independe
um pouco da questão das licitações. Se as liminares forem canceladas, vamos fazer todo o possível para correr com isso.
ZH – E se o Tribunal de Contas da União (TCU) tiver outro entendimento?
Matos – Vamos obedecer. Se precisar fazer um adendo ou até abrir um novo prazo (para licitações), vamos fazer. Mas tenho
confiança nos nossos técnicos. Agora, o prazo de 10 de novembro, seja qual for a circunstância, é muito curto.
ZH – Há risco real de um apagão postal?
Matos – Esse perigo não há. Vamos fazer todo o possível para que não ocorra. É uma pena que (a suspensão judicial das
licitações) venha se arrastando há tanto tempo e, agora, estejamos premidos pela data de 10 de novembro. Cabe agora tentar
minorar todos os efeitos perniciosos dessa situação. Vamos chegar a um bom termo, e não há ideia de que franqueados são
prejudiciais à empresa pública.
ZH – Outro foco de crise é a licitação dos trechos da Rede Postal Noturna. Como o senhor vai atacar esse problema?
Matos – Estamos estudando a criação de uma subsidiária para ¬atuar na área de logística. Mas esse não é um problema
tão grande. Por exemplo: no Sedex, apenas 17% são transportados por via aérea. O que ocorreu no início do ano é que,
de nove linhas de operação da RPN (Rede Postal Noturna) em janeiro, em determinado momento, baixou para três linhas.
Por problemas das empresas, uma com acidente, outra por questões de segurança levantadas pela Anac (Agência Nacional
de Aviação Civil). Isso sobrecarregou muito a parte ¬aérea. Tivemos de remanejar e botar (a carga) no chão. No primeiro
trimestre, o índice de qualidade foi muito aquém do que a empresa vem demonstrando nos últimos anos. Apresentamos
algumas soluções, como criar uma empresa de logística ou ter aeroanaves próprias.
ZH – É possível solucionar a falta de carteiros em curto prazo?
Matos – No segundo semestre, ainda vai faltar mão de obra lá na ponta. Há uma necessidade muito grande de carteiros
porque um PDV que ocorreu no ano passado tirou alguns cargos importantes que não foram repostos ainda. O concurso
(remarcado para 21 de novembro) está em estágio de maturação, mas também não resolve o problema do segundo semestre
porque, pela lei eleitoral, só podemos contratar no ano que vem. A solução vai ser a contratação terceirizada. Vai suprir a
demanda do segundo semestre, especialmente com o Enem, a distribuição de livros para a rede pública, que é a maior operação feita por um correio no mundo, e as festas do fim de ano. Ano que vem, a coisa estará equalizada.
ZH – O segundo semestre ainda será difícil?
Matos – Para nós, sim. Quando digo isso, espero que se reflita o mínimo possível no serviço.
ZH – O senhor defende a solução Correios SA?
Matos – Isso está sendo estudado. Há um medo generalizado que, ao se tornar SA, (a empresa) tenha de obrigatoriamente
Clipping FENTECT
09/08/2010
Edição Nº 060
Página 9
Secretário de Imprensa FENTECT - Alexandre Takachi de Sá
ser privatizada. Não é verdade. Com capital fechado, continua na mão do goveno. A fórmula jamais foi de privatização, até
porque o monopólio já foi ratificado ano passado (pelo STF). Sou de opinião de que cada um deve fazer aquilo que sabe. O
Correio sabe fazer o quê? Transportar carga, encomendas, postais, cartas. Agora, a questão de ter e operar aviões começa
a sair um pouco daquilo que é o Correio. Essa alternativa (Correios SA) cria uma subsidiária para cuidar especificamente
disso. O importante é que precisamos fazer as coisas com presteza, pois a população não pode mais sofrer os prejuízos.
A CARTA NÃO CHEGOU
Logística de entregas é o lado visível da maior crise já enfrentada pelos Correios
Houve um tempo em que pelo menos duas coisas eram realmente milagrosas no Brasil: a pomada minâncora e a entrega
dos Correios. Simbolizado pelo lendário CAN (Correio Aéreo Nacional), o Departamento de Correios e Telégrafos criado
por Getúlio Vargas em 1931 e promovido a empresa pelo governo militar em 1969 chegava onde poucos brasileiros podiam
estar, desde rincões remotos da Amazônia até os confins do pampa. Mas isso é passado: mergulhada na mais grave crise da
sua história, que tem raízes na ingerência política, a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) não garante mais nem o prazo
de entrega no Lami, bairro a 30 quilômetros do Centro de Porto Alegre.
– Conta de telefone, aqui, é raríssimo. O carteiro até passa de vez de quando, mas dificilmente traz alguma coisa. Já fui
reclamar lá nos Correios, mas eles sempre têm uma desculpa– relata o aposentado José Antônio Souza Vieira, 58 anos.
Moradores do Lami, Vieira e a esposa Cirlei, 55 anos, sentem na pele a crise de qualidade dos Correios que muitos brasileiros conhecem só pelos jornais. Além de frequentemente pagar contas com atraso, o casal não recebeu o aviso da Justiça
sobre uma audiência no INSS e perdeu a perícia agendada para uma filha, que é autista. A correspondência, apesar de corretamente postada, retornou sob a alegação de endereço desconhecido. São três anos de prejuízo.
– O juiz chamou para a audiência, mas a carta nunca chegou. Quando descobrimos que a correspondência tinha de ser buscada em uma agência, era tarde demais. Encaminhamos tudo de novo e, agora, espero receber o aviso a tempo – conta Cirlei.
O caso está longe de ser exceção. A própria direção dos Correios admite que o índice de eficiência na entrega de cartas convencionais hoje é de 83,4% – baixo se comparado ao nível de qualidade do Sedex 10, superior a 90%, e do telegrama, que
chega a 98%. No começo da crise, no final do ano passado, o nível de confiança do Sedex 10 caiu para 85%.
A média diária de acessos nos canais de relacionamento da empresa – a maioria para registrar reclamações – bateu em 180
mil em julho de 2010. Segundo a ECT, a tendência de atraso e extravio na correspondência deverá ser revertida com a contratação de 2 mil trabalhadores temporários – já autorizada. O presidente da estatal, David José de Matos, reconhece que a
normalização dos serviços não é coisa para este ano.
– Mas não há perigo de apagão. Vamos fazer o possível para que não ocorra – disse.
Parlamentar em Defesa dos Correios, o deputado Daniel Almeida (PC do B) é pessimista:
– Se não atacar logo essa inércia, o risco de um colapso postal é iminente.
Cláudio Humberto
Pernas curtíssimas
Franqueados dizem ter recebido do ex-presidente dos Correios Carlos Henrique Custódio a garantia de que assinara quinhentos contratos sob a nova situação de renovação automática. Mas foram só 188. E o Tribunal de Contas da União derrubou todos, impondo nova licitação.
Clipping FENTECT
09/08/2010
Edição Nº 060
Página 10
Secretário de Imprensa FENTECT - Alexandre Takachi de Sá
Gato preto na ECT
O novo presidente dos Correios, David José de Matos, entra com o pé esquerdo, sexta-feira, 13: haverá protesto na sede. É
que administrador postal ganha R$ 10 mil, engenheiro e advogado, R$ 3,5 mil.
Portal Amazônia
Amapá
Funcionária dos Correios é afastada no Amapá por não entregar e destruir correspondências
MACAPÁ - A funcionária dos correios, Elaine Gomes dos Vales, de 24 anos, no município de Ferreira Gomes, a 137
quilômetros de Macapá responderá processo administrativo e poderá ser demitida do cargo. De acordo com a gerência da
agência, ela foi afastada das funções por falsificar assinaturas em recibos de encomenda como se os destinatários tivessem
recebido. Além disso ela ainda destruiu e deixou de entregar correspondências.
Os Correios têm um serviço de inspetoria que fiscaliza entre outras tarefas o setor de entregas. Por causa do incidente, foi
criada uma comissão de inspeção para apurar o trabalho dos carteiros dos municípios.
Algumas correspondências em bom estado vão ser entregues a população de Ferreira Gomes, nesta sexta-feira (6). A Gerência dos Correios estuda uma forma de repor os destinatários o material que foi perdido. A população do município ficou
sem uma resposta, quem vai arcar com o prejuízo de contas vencidas que podem provocar a cobrança de juros. (IG)
Click PB
Correios renovam agências sem licitação para evitar apagão postal
Os Correios resolveram contratar, sem licitação, novas agências em substituição à rede de quase 1.500 postos de atendimento franqueados, que vencem em novembro e ameaçam paralisar o serviço postal no país.
Trata-se de um negócio de R$ 4 bilhões. A alegação é evitar um “apagão postal”, informa reportagem de Leila Coimbra e
Andreza Matais, publicada na Folha (disponível para assinantes do jornal e do UOL).
O processo licitatório de renovação dessas franquias está emperrado na Justiça devido à enxurrada de ações.
O impasse provocou, há duas semanas, a queda do então presidente da estatal, Carlos Henrique Custódio.
Revista Época
O calote de R$ 76 milhões
Um calote do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit) causou um prejuízo aos cofres públicos estimado
em R$ 76 milhões. Entre junho de 2007 e janeiro de 2010, os Correios deixaram de remeter 352 mil infrações por excesso
de peso nas rodovias federais porque o Dnit não honrou o contrato de prestação de serviço. A dívida foi renegociada, mas
isso não impediu a abertura de inquérito pelo Ministério Público Federal para apontar os responsáveis.
Estragos políticos via Sedex
A mudança na direção dos Correios expõe os males na gestão das empresas estatais causados pelo loteamento partidário
Na primeira entrevista coletiva concedida depois de tomar posse, o novo presidente da Empresa Brasileira de Correios e
Clipping FENTECT
09/08/2010
Edição Nº 060
Página 11
Secretário de Imprensa FENTECT - Alexandre Takachi de Sá
Telégrafos (ECT), David José de Matos, anunciou o adiamento do concurso para preencher 6.500 vagas na estatal. Matos
alegou dificuldades de logística e segurança para tomar a decisão. Essa foi a primeira medida adotada pelo novo presidente
para tentar resolver os problemas de gestão atribuídos a seu antecessor, Carlos Henrique Custódio. Matos ainda não tem
uma exata noção dos problemas que enfrentará nos Correios.
O senador Gim Argello e a agência dos Correios da mulher dele, em Brasília. Vice-líder do governo, ele atua em defesa de
seu próprio interesse
Já se sabe, porém, que parte das dificuldades se deve ao aparelhamento político da empresa. A estatal se tornou feudo do
PMDB desde o escândalo do mensalão, em 2005, quando o PT também tinha apadrinhados na cúpula da estatal. Até duas
semanas atrás, o PMDB ocupava cinco das sete cadeiras de direção. A ausência de técnicos nos principais postos fez a
empresa mergulhar numa crise operacional. Atrasos na entrega de correspondências, conflitos na relação com a rede de
franqueados, falta de equipamentos e de funcionários são alguns dos problemas. Há quase um ano a estatal tenta realizar o
concurso, mas esbarra na própria burocracia. Responsável pelo concurso, a Diretoria de Gestão de Pessoas foi comandada
nos últimos dois anos por Pedro Magalhães Bifano, irmão do deputado João Magalhães (PMDB-MG), indicado pela bancada mineira do partido.
Três meses antes de ser exonerado, Bifano se envolveu numa polêmica ao defender a abertura de licitação para contratar
empresas fornecedoras de tíquetes-alimentação aos mais de 100 mil funcionários, que ganham mais de R$ 700 em tíquetes
por mês. Bifano afirmava que a renovação dos atuais contratos, prorrogados desde 2008 e que somam quase R$ 1 bilhão,
seria ilegal.
A lei determina que contratos só podem ser prorrogados sem licitação quando as cifras não ultrapassam em 25% o valor
original. Segundo Bifano, os contratos prorrogados alcançaram cifras 67% acima do preço inicial. Bifano foi o único diretor a defender essa tese, contrariando pareceres de técnicos. Um deles é Matias de Araújo Neto, que disse a ÉPOCA ter
estranhado a insistência do ex-diretor no assunto. “Não pressionei ninguém”, afirma Magalhães. “Na hora de renovar eu vi
que os contratos já estavam acima de 25%. E achava que tinham de ser licitados novamente.” Custódio, que comandou a
reunião em que ele e outros cinco diretores aprovaram a prorrogação, afirma que se guiou por pareceres técnicos e jurídicos
dos Correios e da Controladoria-Geral da União (CGU).
Em conversas reservadas, Custódio diz que um dos fatores que contribuíram para sua demissão foi a relação com os franqueados, que se queixam da remuneração pelos serviços prestados. Muitas reclamações partiram do senador Gim Argello
(PTB-DF). A mulher dele é sócia da franquia mais rentável dos Correios em Brasília. Durante os quatro anos em que esteve
na presidência dos Correios, Custódio esteve com Gim em seis ocasiões, duas delas no Congresso. Nessas ocasiões, Gim
sempre reclamava e cobrava melhoria da remuneração para os franqueados.
Gim foi procurado por ÉPOCA, mas não atendeu aos pedidos de entrevista. A depender do novo presidente, Gim não terá
dificuldades de tratar de negócios com a cúpula da estatal. “O Gim é um franqueado, pode defender os interesses de um
determinado segmento”, disse David de Matos. Essa confusão de interesses políticos com negócios particulares pode levar
aos mesmos erros que carimbaram nos Correios o selo da ineficiência no atendimento ao público.
Folha de S. Paulo
Correio renova agências sem licitação
Para evitar “apagão postal”, Correios contratam, por R$ 4 bilhões, novas agências para substituir rede franqueada
Lobby de franqueados garante permanência no negócio e injeção de R$ 550 mi em recursos para aluguel e pessoal
Os Correios resolveram contratar, sem licitação, novas agências em substituição à rede de quase 1.500 postos de atendimento franqueados, que vencem em novembro e ameaçam paralisar o serviço postal no país.
Trata-se de um negócio de R$ 4 bilhões. A alegação é evitar um “apagão postal”.
Clipping FENTECT
09/08/2010
Edição Nº 060
Página 12
Secretário de Imprensa FENTECT - Alexandre Takachi de Sá
O processo licitatório de renovação dessas franquias está emperrado na Justiça devido à enxurrada de ações.
O impasse provocou, há duas semanas, a queda do então presidente da estatal, Carlos Henrique Custódio.
O problema se arrasta desde os anos 90, quando essas agências foram distribuídas sem processo licitatório. Em 2009, a
Justiça determinou o fim desses contratos em novembro deste ano.
Se os Correios não fizessem uma licitação, essas agências seriam fechadas.
PLANO B
Decidido na semana passada, o plano B dá ao governo o poder de escolher quem cuidará dessas franquias.
Alguns franqueados, portanto, poderão seguir no negócio. O pacote destina R$ 550 milhões da estatal para o aluguel de
1.000 imóveis, contratação de 7.000 pessoas, compra de carros, computadores e mobília.
Ou seja, boa parte dos franqueados serão mantidos e ainda ganharão uma injeção extra de dinheiro.
Atualmente, os Correios não gastam nada com essas agências. Os franqueados, pelo contrário, ficam só com parte do que
arrecadam e repassam o resto para a estatal.
As franquias representam 15% do total de 10 mil postos de atendimento dos Correios, mas respondem por 40% do faturamento da estatal.
Só no Estado de São Paulo são 344 postos franqueados, que movimentam 50% de toda a carga postal do país.
A licitação foi definida pelo novo presidente dos Correios, David José de Matos, dois dias após sua posse e teve aval da Casa
Civil e do Ministério das Comunicações.
Segundo o presidente dos Correios, o projeto já estava pronto quando ele assumiu. “Estamos nos preparando para atender
a eventualidades. A gente não pode ficar sem ter uma alternativa.”
A licitação dos franqueados é um processo conturbado: 76,6% das agências em licitação estão sob contestação judicial.
Entre as queixas, estão a baixa de remuneração de serviços e a impossibilidade de executar atividades lucrativas como de
marketing direto (envio de revistas e propagandas).
No último dia 3, o TCU (Tribunal de Contas da União) aprovou o edital da licitação.
No entanto, o edital dá margem para eventuais correções de desequilíbrios após o leilão.
PRESSÃO
A Folha apurou que, por pressão de alguns franqueados, o edital foi feito de forma pouco atrativa para não chamar atenção
dos interessados. Também contém falhas que podem ser contestadas, atrasando o processo.
A intenção é manter o processo licitatório de forma marginal, onde só 23,4% dos 1.500 postos serão leiloados. O restante
será suprido com contratação emergencial.
Marco Aurélio de Carvalho, advogado da Abrapost (Associação Brasileira de Franquias Postais), criticou o processo licitatório. A associação já havia entrado com mandado de segurança coletivo na Justiça, apontando irregularidades na licitação.
Correio Braziliense
Correios - Cartas
O Brasil chora por você, ECT. O que os predadores da coisa pública causaram a você magoa aqueles que trabalham por
um país melhor e desejam que seja extirpada da administração pública a malvada da corrupção. Você é mais uma vítima da
corrupção política que prioriza os interesses de politiqueiros em detrimento dos interesses do país. Você foi loteada. Isso me
Clipping FENTECT
09/08/2010
Edição Nº 060
Página 13
Secretário de Imprensa FENTECT - Alexandre Takachi de Sá
faz lembrar das Capitanias Hereditárias. A CPI do Mensalão poderia ter sido a sua salvação, mas deu em nada. Agora, aos 41
anos, você agoniza e corre o risco de sucumbir. Ver-te passando por esses maus pedaços é lamentável. Você sempre recebeu
elogios pelas suas excepcionais qualidades. Era citada como exemplo a ser seguido. Olha, ECT, ainda resta esperança. Em
outubro poderá chegar o remédio que te libertará da crise. Estou torcendo pela sua recuperação. Você voltará a ser forte.
» Jeovah Ferreira, Taquari
Jornal de Brasília
Correios renova (Gilberto Amaral)
A ECT vai renovar, até o fim de novembro, 400 contratos de franquia, em licitação individual. O TCU declarou a legalidade
do edital da empresa para a renovação, que era contestado por associação que defende os interesses dos franqueados. A
tendência é de que a ECT constitua no futuro uma subsidiária para tornar o transporte aéreo de encomendas - que envolve
hoje nove rotas no país - mais estável.
Mais mudança nos Correios
Prova, por medida de segurança, deve ocorrer no dia 21 de novembro
Os concurseiros foram surpreendidos nesta semana com %0 uma notícia em relação ao concurso da Empresa de Correios e
Telégrafos (ECT). É que o novo presidente dos Correios, David José de Matos, disse que o concurso para 6.565 vagas em
todo o País que a empresa promoveria em 19 de setembro foi adiado. A provável data da prova será 21 de novembro. Matos
afirmou que problemas de segurança e logística levaram ao adiamento.
Os candidatos ao concurso dos Correios podem pedir a devolução da taxa de inscrição caso tenham algum compromisso
já agendado no dia da nova data da prova, anunciada nesta quinta-feira pela empresa pública, de acordo com especialistas.
Eles aconselham ainda os candidatos a aproveitar o adiamento do exame para estudar.
O concurso teve o edital publicado em dezembro de 2009 e recebeu 1.064.209 inscritos. Matos explicou que, como as
contratações só poderão ser feitas em 2011 por causa da eleição, é mais seguro “parar” e “ver os pontos onde pode dar problema”. Ele disse que serão contratados 4 mil funcionários provisórios no final do ano. “Vamos ter mão de obra provisória
para passar este fim de ano”, afirmou.
O presidente dos Correios também afirmou que vai se reunir na próxima semana com a Cesgranrio [organizadora do concurso] para definir a nova data, possivelmente 21 de novembro. “Não vai trazer prejuízos. É mais seguro, e os candidatos
vão ter mais tempo para estudar”, afirmou.
Os salários vão de R$ 706,48 a R$ 3.108,37. Um dos problemas detectados pela nova direção dos Correios foi a duplicidade
de inscrições no concurso. Segundo o presidente dos Correios, há candidatos que fizeram sete inscrições para diferentes
cargos.
David Matos explicou que a oncorrência diminuirá porque cada candidato pode concorrer somente a uma vaga. Segundo
ele, no dia do concurso, o candidato comparecerá somente a um local de prova. Nos demais locais onde o candidato se
inscreveu, a ausência anulará a inscrição.
“Vamos nos reunir na próxima semana com a Polícia Federal para montar um plano de segurança para o concurso. Se não
fizermos isso, teremos problemas. É mais seguro parar agora e reorganizar. Um mês ou mais de atraso não tem problema”,
disse Matos. Segundo o presidente dos Correios, o contrato com a Cesgranrio foi assinado há duas semanas. “Eu não tive
oportunidade de conversar a respeito da segurança. Quem é que vai fazer a segurança?”, questionou Matos.
Clipping FENTECT
09/08/2010
Edição Nº 060
Página 14
Secretário de Imprensa FENTECT - Alexandre Takachi de Sá
CORREIOS - ASSALTOS
Portal Caparaó
Outra agência dos Correios assaltada
Santo Antônio do Grama
A agência dos Correios em Santo Antônio do Grama também foi assaltada esta semana. O crime foi semelhante ao ocorrido
uma semana antes em Martins Soares. A dupla de ladrões levou apenas 700 reais.
Segundo o funcionários dos Correios, por volta de meio dia de quarta, 04, dois homens com capacetes cobrindo o rosto
entraram na agência. Vestindo roupas escuras e armados, ele anunciaram o assalto, amarraram Arlindo Alberto da Silva e
cobriram sua boca com fitas adesivas.
A dupla furtou aproximadamente setecentos reais, uma câmera digital, um carregador de pilhas e um cartão de memória. Na
saída da agência, ainda levaram o celular e o carro do funcionário, um Fiat Siena. A moto, com placa de Coronel Fabriciano,
foi abandonada na porta dos Correios.
Os assaltantes empreenderam fuga sentido a BR 262 que liga às cidades de Rio Casca e Abre Campo abandonando o veiculo
Fiat Siena próximo ao km 111. O modo de agir foi idêntico ao roubo nos Correios em Martins Soares na semana passada.
Militares foram acionados nas cidades vizinhas, mas os bandidos não foram encontrados.
CORREIOS - INTERNACIONAL
Prensa Latina
Iniciam greve empregados de correios do Chile Santiago do Chile, 6 ago (Prensa Latina) Uns cinco mil trabalhadores dos serviços de correios do Chile iniciaram hoje uma
greve por tempo indefinido em demanda de maiores salários e de melhores condições trabalhistas.
Abel Cornejo, dirigente do Sindicato Nacional de Carteiros e Afins de Correios do Chile, afirmou à Rádio Bío Bío que apesar do anunciado crescimento do país os salários permanecem quase inalteráveis.
O reajuste oferecido pela empresa é um pouco mais do mínimo, remarcó Cornejo ao comentar os móveis do desemprego
que envolve a quatro dos cinco sindicatos de empregados do mencionado setor.
Coincidente com Cornejo, o delegado da atividade na província de Iquique, Raúl Oyarce, manifestou que em 12 anos não
têm tido reajustes salariais. Ilustrou que se for o caso caminha do amanhecer ao anoitecer uma média de 20 quilômetros
diariamente, com quatro quilos de importância em cima.
Os 70% dos servidores públicos de correios de Iquique está na greve, assegurou Oyarce.
Segundo o presidente do Sindicato de Operadores Postais, Jaime Romero, os grevistas exigem também a atribuição do bono
noturno, os benefícios relativos a zona e antiguidade, o bono regional mensal e o de produtividade.
Clipping FENTECT
09/08/2010
Edição Nº 060
Página 15
Secretário de Imprensa FENTECT - Alexandre Takachi de Sá
Gazeta das Caldas – Portugal
Os carteiros do Centro de Distribuição Postal das Caldas da Rainha e de Óbidos
iniciaram ontem, 5 de Agosto, uma greve que se deverá prolongar até dia 20,
convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações.
Em causa está a alteração do horário de trabalho ¬ que actualmente decorre entre as 06h30 e as 15h30 ¬ que a empresa
pretende colocar em vigor e que os carteiros entendem que vai prejudicar a distribuição e as suas condições de trabalho.
De acordo com um panfleto que os carteiros distribuíram esta manhã pela cidade das Caldas da Rainha, caso os trabalhadores passem a entrar ao serviço às 10 ou às 11h00, como é intenção da empresa, a distribuição iria ser dificultada, por
exemplo, nas lojas, que estariam fechadas para almoço à hora que os carteiros conseguiriam chegar lá. Além disso, ³esta
alteração de horários faria com que perdessem cerca de 720 euros por ano², com a perda de subsídios.
Os carteiros dizem ainda que os CTT pretendem que parte da distribuição passe a ser feita ³através de trabalhadores agenciados², que dizem ser ³trabalhadores sem formação, sem experiência, sem direitos e mal pagos². Contactados os CTT, fonte
oficial da empresa desmente a informação veiculada pelos carteiros nos panfletos distribuídos pelas Caldas. Em primeiro
lugar, a empresa nega o impacto da alteração de horário na distribuição do correio, uma vez que ³os trabalhadores que pratiquem estes horários não têm tarefas de distribuição². Depois garante que ³não há qualquer perda no vencimento dos trabalhadores², mas admite ³pequenos ajustes nos subsídios inerentes aos horários². Por fim, os CTT negam qualquer intenção de
contratar trabalhadores agenciados. ³O centro de distribuição postal trabalha só com trabalhadores efectivos do quadro dos
CTT. Não está previsto qualquer tipo de agenciamento de serviços², garante a mesma fonte.
De acordo com os CTT a alteração de horários ³não conduzirá a qualquer degradação do serviço actualmente prestado aos
clientes². Acrescentam ainda que se trata de ³uma reorganização que, na perspectiva da empresa, beneficia a população².
Gazeta das Caldas tentou por diversas vezes contactar, sem sucesso, a responsável pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações. Mas de acordo com os CTT, ontem terão aderido à greve 23 trabalhadores, de um
total de 53. Um número que desceu para 21 já no dia de hoje.
Os atrasos provocados pela paralisação estão ainda a ser contabilizados, mas a empresa adianta para já que ³a distribuição de
correio não foi interrompida, ainda que esteja a ocorrer uma óbvia perturbação provocada pela greve². Deixa, ainda assim,
a garantia de que foram despoletadas ³todas as medidas de contingência previstas, estando a priorizar todo o correio registado, social (especialmente os vales de pensões de reforma) e azul². Ciente do impacto da greve na população, a empresa
de distribuição de correio considera que ³o sindicato deve assumir a responsabilidade pelos efeitos da greve que ele próprio
convocou e deve contribuir para que nenhum vale de pensão de reforma fique por entregar².
De acordo com o divulgado pela estrutura sindical, até segunda-feira a greve deve prolongar-se por todo o dia. Entre 10 e 20
de Agosto os carteiros vão parar parcialmente, durante hora e meia por dia, e deverão sair à rua com acções de sensibilização
para as suas queixas.
Na segunda-feira os trabalhadores dos CTT pretendem manifestar-se frente ao edifício da Câmara Municipal das Caldas da
Rainha e esperam ser recebidos pelo presidente da autarquia. Na cidade são já visíveis as faixas colocadas pelos trabalhadores.

Documentos relacionados