Projeto Máscaras

Transcrição

Projeto Máscaras
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU – FURB
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E DA COMUNICAÇÃO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E FILOSOFIA
ELENITA RAMOS GRAF
MÁSCARAS
Blumenau
2009
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ELENITA RAMOS GRAF
PROJETO SOBRE MÁCARAS
Projeto Sobre Máscaras do Curso de
Ciências da Religião – Licenciatura em
Ensino
Religioso, da
Universidade
Regional de Blumenau – FURB
Professora: Lílian Blanck de Oliveira
Blumenau
2009
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..................................................................................................4
1 O QUE SÃO MÁSCARAS.............................................................................4
1.2 Máscaras e suas diversidades .....................................................................5
1..3 Máscaras nos rituais...................................................................................6
2 MÁSCARAS CONTEXTO E O COTIDIANO ESCOLAR................................9
3 MÁSCARAS E O COMPONENTE
CURRICULAR DE ENSINO
RELIGIOSO.......................................................................................................10
4 ATIVIDADES MÁSCARAS EM ENSINO RELIGIOSO..................................11
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................15
6 REFERÊNCIAS..............................................................................................16
7 ANEXO...........................................................................................................17
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INTRODUÇÃO
1. O QUE SÃO AS MÁSCARAS
As máscaras dão margem a muita imaginação a um mundo de fantasia,
e mistérios. Principalmente por existir diversos tipos de máscaras em muitos
lugares com significados diferentes, mas, o que são máscaras?
Conforme
Amaral (1997, p.63) “Máscara é o que transforma. Se bonecos, imagens e
marionetes representam o homem, a máscara é a sua metamorfose. A
máscara é sempre o disfarce, oculta e revela, simula”. Para ele a máscara está
associada ao teatro, pois é o local onde o indivíduo troca de personalidade,
muda seu tom de voz, sua aparência, em fim se transforma.
Teatro é alguma coisa que acontece em um determinado momento e
espaço, onde alguma coisa se move, se diz se transforma e, ao se
transformar, modifica também o ambiente e as pessoas nele
envolvidas. ( AMARAL,1997, p.63)
Neste transformar-se o indivíduo deixa de ser o que é realmente para
simbolizar algo além de si mesmo, saindo assim de sua rotina. Isso acontece
desde o princípio da história. Para isso o homem se utiliza de máscaras, pois
as mesmas representam algo mais do que simplesmente aparentam.
No teatro a máscara é usada para treinamento de personagens
inanimados. Com a máscara neutra o autor deve aprender a se despojar e se
deixar penetrar pelo seu personagem, é o momento em que ele escuta, é a
pausa antes de agir. As máscaras expressivas representam personagens com
gestual próprio em determinadas situações. É ai que acontece a percepção do
outro personagem. “O treinamento com a máscara leva à conscientização do
corpo, tornando o autor mais sensível aos estímulos físicos que o cercam”
(AMARAL, 1997, p.66.).
Como o teatro tem o objetivo de transformar, de ligar uma realidade a
outra, se utiliza da máscara como um instrumento ideal para este fim.
A máscara no oriente esta ligada a dança, que era ligada ao teatro
ritual. Já no Ocidente teve origem com o teatro grego, na idade média com as
manifestações populares.
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Surge também como elemento figurativo e isto notou-se no teatro
grego, em que as máscaras gregas foram permitidas no palco e
envergadas pelos autores que ressuscitavam os homens de outrora
pela sua aparência espectral que a máscara confere a tais
personagens vivas, desempenhando um papel dos antepassados,
permitindo evitar a perigosa incorporação do morto vivo.( PENA
JOVEM 2009,P.01)
Com o pensamento racionalista, as máscaras foram afastadas dos
teatros europeus tornando-se apenas adornos, e só retorna, no início deste
século, por influência africana pela descoberta do teatro oriental tornando–se
parte da cena simbolista das experiências futuristas, tomando forças com os
expressionistas. Por fim tornou-se instrumento de treinamento do autor.
1.2 MÁSCARAS E SUAS DIVERSIDADES
Em Veneza, no séc. XVIII, o uso da máscara tornou-se um hábito
diário em homens, mulheres e crianças, ocultando o rosto com uma
meia máscara que apenas cobria os olhos e o nariz. Foi precisa uma
lei, a lei de Doge, para acabar com este hábito, porque a polícia tinha
uma certa dificuldade em reconhecer os assassinos que
constantemente matavam nas vielas da cidade. Os Venezianos
passaram a usá-la durante o Carnaval que durava um mês e nas
festas e jantares( PENA JOVEM,2009,P.01)
Assim sendo as máscaras passaram a ser usadas na idade média como
principio do carnaval, que surgiu como inversão dos usos sociais terminando
com o retorno a ordem na quarta feira de cinzas. A máscara também tem
outras utilidades e características.
Na Wikipédia, encontramos a seguinte explicação sobre máscaras.
Uma máscara é um acessório utilizado para cobrir o rosto, utilizado
para diversos propósitos: lúdicos (como nos bailes de máscaras e no
carnaval), religiosos, artísticos ou de natureza prática (máscaras de
proteção). A palavra tem, provavelmente, origem no latim mascus ou
masca = "fantasma", ou no árabe maskharah = "palhaço", "homem
disfarçado". Muitas vezes tribos africanas usam máscaras em
cerimônias de passagem entre a vida e a morte. (wikipédia,2009).
Como podemos ver máscaras são tantas quantas ocasiões e os
destinos, podem servir para muitas coisas, desde a máscara anti-gás à usada
pelo apicultor, Máscara em fotografia à de simples adorno, desde a máscara de
oxigênio à de beleza, e a esgrima ou num baile de máscaras representando
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uma fantasia, relembrando algum personagem, dando graça e beleza ao baile.
No carnaval ela dá significado aos personagens ali representados, traz brilho e
alegria nas passarelas e salões. As máscaras de proteção podem ser usadas,
por profissionais da saúde, alimentação. Metalúrgicas, enfim, enfim serve de
proteção aos olhos ou boca, ou para todo o rosto. A do palhaço, essa é pura
alegria.
A máscara não é específica do Carnaval. Tem origem religiosa, e
ainda hoje, em África, por exemplo, conserva o sentido primordial:
homem que envergue a máscara do crocodilo é o espírito do
crocodilo - a máscara manifesta a divindade e transmite ao portador
todo o seu poder. Estes aspectos foram-se esquecendo
paulatinamente noutras culturas. Quando passa para o teatro, grego
e romano, já o sagrado desapareceu e a identificação faz-se entre
actor e personagem, ou entre máscara e personagem, que aliás são
o mesmo vocábulo em latim: persona.(TRIPLOV,2009)
Sob a máscara tudo se oculta - o Bem e o Mal podem ser usadas como
defesa ou ataque. Em diferentes sociedades, a máscara é o que oculta ou está
oculta basta a gente observar. Desde o ladrão ao super-herói todos usam
máscaras para poder sobreviver.
Sorrimos quando nos dão uma bofetada, choramos para obtermos o
que pretendemos, montamo-nos nas nossas tamanquinhas para
parecermos mais fortes do que somos, falamos mais alto do que os
outros para os atemorizarmos, mostramos os nossos mísseis para
paralisar de medo o inimigo, fazemos ar sonso para fingirmos que
nem um prato seríamos capazes de partir, vestimos o nosso melhor
fato para ninguém saber que estamos tesos, publicamos fotografias
antigas para escondermos a idade, e que mais? Mas não era
possível andarmos nus na rua, nós, os mais indefesos animais da
Criação. Sem máscara, não conseguiríamos segurar as lágrimas
nem o riso, seríamos incontinentes emocionais, o que nos deixaria à
mercê da predação social. (TRIPLOV, 2009)
Usamos máscaras em nossa própria cara, é a que a vida em sociedade
exige. Porém se nos descuidamos, de repente pode cair, e com ela, sabe-se lá
o que pode nos acontecer.
1.2 MÁSCARAS NOS RITUAIS
A máscara tem seu significado, dependendo do lugar e contexto em que
se encontra. Nos rituais o homem coloca a máscara, no qual se transforma em
deus, animal, em alguma força cósmica.
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A máscara ritual encarna espíritos, por isso encerra em si forças. É
uma transferência de energias. Tem sentido de mutação. È magia
porque sendo um objeto material, representa alguma coisa além da
matéria mesma de que é feita. Liga uma realidade a outra, é por isso
sagrada. Mas a medida que os rituais decaem,a máscara se
dessacraliza.Continua porém representar conceitos, idéias obstratas,
pois trás em si essência das coisas, a essência do personagem ou de
uma situação. Nunca perde seu caráter de mistério. Sempre intriga.
(AMARAL, 1997, p.64)
A função da máscara está ligada a o que se quer representar, ou
simbolizar. Podendo se usada como disfarce, ou símbolo de identificação, ou
mesmo como um simples adereço.
A máscara por si não tem significado, não podem ser interpretadas em si
e por si, como objetos isolados. Elas são como os mitos, que só adquirem
sentido quando inserido no grupo das suas transformações. Desta forma certo
tipo de máscara, se considerado somente o ponto de vista plástico é visto
apenas como uma réplica de outros tipos, transformado pelas formas e cores
ao assumir sua individualidade.
Para que está individualidade se oponha à outra máscara é
necessário e basta que prevaleça uma mesma relação entre a
mensagem que a primeira máscara deve transmitir ou conotar e
a mensagem que, na mesma cultura ou numa cultura vizinha,
deve ser veiculada pela outra máscara. Nesta perspectiva,
portanto, dever-se-á constatar que as funções sociais ou
religiosas atribuídas aos vários tipos de máscaras que opomos
para comparação se encontram entre si na mesma relação de
transformação que a plástica, o grafismo e o colorido das
próprias máscaras, encaradas como objetos materiais.
Para se entender a máscara deve se conhecer o mito que explica sua
origem lendária ou sobrenatural e fundamentar seu significado no ritual, na
sociedade.
A máscara é elemento tradicional e difuso em todas as culturas
africanas, seu fenômeno desperta curiosidade. Ela aparece na história da
humanidade independente de sua localização desde as épocas mais remotas,
inclusive na idade da pedra, nas ilustrações e pinturas rupestres, com
representações de caçadores usando máscaras com cabeça de animais.
Provavelmente esses caçadores usavam as máscaras em rituais de
dança para obter sucesso em suas caçadas, da qual dependiam para
sobreviverem. “Ao que tudo indica, seu primeiro elemento motivador é a
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exigência mágico-religiosa, ligada às necessidades da vida cotidiana” (FONTE,
1992, p.07).
Para eles a máscara tinha um significado, sobrenatural, estava ligado a
os fenômenos e sua sobrevivência. Conforme Fonte (1992, p.08) “A qualidade
mágica deste rito põe em relevo a importância da máscara como elemento
catalisador de forças misteriosas que o homem pode captar e utilizar com
finalidades práticas”.
Esses rituais foram praticados até que a sociedade evoluiu no plano
material e espiritual, adquirindo assim novos sistemas para se beneficiar da
natureza. “Para o homem moderno, de fato a máscara plenamente aceita na
aurora da sua história, perdeu o significado primário autêntico e desaparecendo
com o objeto realmente concreto, transformou-se em disfarce psicológico”.
(FONTE, 1992, p.09).
Na cultura ocidental a Máscara perdeu seu significado mais profundo,
enquanto que na cultura oriental foi parcialmente entendida. No entanto a raçanegra aprendeu com plenitude, utilizando o instrumento vivo e sempre atual
abrangendo todas as atividades humanas, desde o nascimento até a morte.
“Por sua própria natureza, a máscara já tende a exprimir uma situação
psicológica básica, comum toda a espécie humana; na escultura negro-africana
a constância das emoções e sua universalidade são, pode-se dizer elevados
ao máximo e alcançam um absoluto ideal de transposição plástica” (
FONTE,1992,p.09).
O negro africano vê a máscara como uma possibilidade de participar da
multiplicidade da vida do universo, criando novas realidades fora daquela
meramente humana.
A máscara não traduz, pois, a emoção do indivíduo num momento
definido, não é um retrato do homem que teme. Com o combate ou
que morre, mas é o temor, a guerra, a morte. O particular foi visto,
compreendido, superado e desaparece como tal para ceder lugar ao
universal, valido sempre para o homem de todos os tempos e todas
as condições “(FONTE, 1992,09)”.
Psicologicamente a máscara deve ser buscada na aspiração do ser
humano evadir-se de si mesmo, para se engrandecer com a experiência, de
diferentes existências, na qual não é possível no plano natural.
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Para o povo africano máscara é todo o conjunto de indumentária, ou,
seja o traje de fibras de vegetal, os acessórios e está sempre ligada a dança
que é o elemento fundamental na vida deste povo. Elas são conservadas, em
lugares seguros e protegidos, pelo proprietário ou pelo chefe de cerimonial
religioso, a quem é confiada depois do uso. Em algumas ocasiões, essa
incumbência cabe ao próprio artista que a criou. Quando sobrevém a morte
do seu dono, a máscara passa para o herdeiro dele no seio da família ou a um
sucessor
no
âmbito
da
mesma
sociedade
secreta.
A arte na áfrica teve uma função eminentemente social, era entendida
como meio de ensinamento social e motivação da existência do homem, a
quem explicava o sentido da vida e indicava a posição correta no seio do
grupo. Suas manifestações estavam ligadas aos acontecimentos recorrentes a
vida da comunidade: como na iniciação, os atos da sociedade secreta, os ritos
fúnebres e agrícolas, as cerimônias públicas.
As máscaras se definem de
acordo com suas funções, Tem as que simbolizam o antepassado ou outras às
quais se fazem sacrifícios em seu nome; existem, porém, máscaras que
administram a justiça e punem os culpados.
As máscaras estão ligadas ao período de iniciação dos jovens na vida
social através de diversas representações, elas educam o jovem no respeito às
leis, e tradições. Explicam a origem e a formação do universo do clã, forjam o
caráter através de provas que requerem notável resistência física e moral.
(FONTE,1992).
Na China, as máscaras eram confeccionadas para afastar os maus
espíritos. Muitos sacerdotes de civilizações primitivas, como os pajés entre os
indígenas, usam máscaras para incorporar entidades que eles acreditam curar
os enfermos. Os romanos ignoravam as máscaras, usavam pintura no rosto.
Na Idade Média, as máscaras apareciam discretamente. Já no Renascimento,
as máscaras apareciam com muito brilho, muita pompa. (Raffa, Ivete, 2009,
p.01)
2 MÁSCARAS CONTEXTO E O COTIDIANO ESCOLAR.
As máscaras na escola. Podem ser trabalhadas, em diversas disciplinas,
como história. Arte, Ensino Religioso. Cada qual com seu objetivo. Também
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servem de decorações e para comemorações. “O desenvolvimento do
pensamento artístico leva o aluno a ampliar a sua sensibilidade, percepção,
reflexão e imaginação” (Raffa, Ivete, 2009, p.01). Por isso é indispensável
trabalhar
máscaras na escola, para que o
aluno
possa dar asas a sua
imaginação e se tornar u m ser mais sensível. No Brasil as máscaras inspiram
a fantasia nos carnavais. Elas também são invocadas para reviver tradições,
raízes históricas, para representações teatrais. Nas aulas de arte as crianças
podem aprender a criar máscaras a partir de um tema proposto.
Desenvolvendo assim sua criatividade artística. Com elas também é possível
desenvolver a literatura, criando imagens dos personagens das historinhas, ou
criando novos personagens.
Na EEB Coronel Lara Ribas, de Chapecó, os estudantes do 3º do ensino
médio realizaram uma pesquisa com objetivo de visualizar imagens, conhecer
a origem das máscaras, fatos e os diferentes tipos de máscaras religiosas ou
não.
Então apresentar em grupos o texto e as imagens. Os alunos
individualmente produziram uma máscara de gesso e depois socializaram. O
professor usando da metodologia, foi situando a máscara presente na vida do
homem, socializando imagens, com retro projetor, computador e data show,
texto e livros. A pesquisa foi divulgada no jornal A Noticia no caderno do
programa AN Escola com o titulo Baile de máscaras.
Na escola Don Pio de Freitas em Jaraguá do Sul, na semana da
consciência negra os alunos desenvolveram u m belo trabalho com máscaras.
Os alunos de 1º e 2º ano com ajuda da professora. Transformaram fibra
de banana e palma de palmeiras em máscaras africana. os de 3º 4º e 5ºano
confeccionaram mascaras de atadura de gesso. As fotos estão em anexo n°1
3 MÁSCARAS E O COMPONENTE CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO
A disciplina de Ensino Religioso, como área do conhecimento (
resolução CEB nº 02.de abril de 1998),visa garantir ao cidadão o
acesso ao conhecimento religioso, entendido como sistematização da
dimensão da relação ser humano com a realidade causal, tendo
como complementares os demais conhecimentos articulados, explica
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o significado da existência
religiosidade(PCSC,2001,p.07).
humana
em
sua
cultura
e
Diante do pluralismo existente em nossa sociedade, percebe-se que os
valores humanos, éticos e religiosos sofrem para manterem suas identidades.
Desta forma, o Ensino Religioso tem muito a contribuir nas escolas e na
formação humana. Como é uma das áreas de conhecimento sobre o fenômeno
religioso, estuda as diversas tradições e culturas religiosas.
No Ensino Religioso o uso da máscara para o ensino aprendizagem, é
muito importante, pois muitas religiões têm seus mitos e rituais. Simbolizados
pelas máscaras. Diferentes culturas indígenas e africanas podem ser
recordadas pelos mitos de máscaras, e muitas histórias entendidas através dos
rituais das máscaras. O Ensino Religioso estuda o Fenômeno religioso. O
profano e o sagrado estão presentes nas culturas, o mistério que envolve o
mundo das máscaras provoca curiosidade e expectativas, despertando assim o
interesse do educando pelo conhecimento destes fenômenos.
As máscaras são bastante utilizadas em rituais, evocam características e
energias dos seres que representam. Para alguns povos, o espírito do
elemento representado ali se encarna em quem utiliza a máscara,
estabelecendo, naquele momento, uma sagrada relação de participação
mística.
As "máscaras" são as formas mais conhecidas da plástica africana.
Constituem síntese de elementos simbólicos mais variados se
convertendo em expressões da vontade criadora do africano [...] A
máscara transforma o corpo do bailarino que conserva sua
individualidade e, servindo-se dele como se fosse um suporte vivo e
animado, encarna a outro ser; gênio, animal mítico que é
representando assim momentaneamente. Uma máscara é um ser que
protege quem a carrega. Está destinada a captar a força vital que
escapa de um ser humano ou de um animal, no momento de sua
morte. A energia captada na máscara é controlada e posteriormente
redistribuída em benefício da coletividade. ( portaldarte.2009,p.01).
No passado o uso de máscaras e os rituais tiveram um declínio, porém a
manufatura e emprego destes objetos continua sendo um aspecto fundamental
na identidade de vários povos africanos. Existem trabalhos para a preservação
deste hábito milenar. Hoje em dia elas são mais empregadas em eventos
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sociais e religiosos. Também representam os espíritos ancestrais e em alguns
casos controlam forças espirituais nas comunidades para determinados fins.
O uso de máscaras nas escolas serve para dar mais sentindo ao que se
esta ensinando, porque o aluno ao criar sua máscara se sente incluso e o
ensino aprendizado, faz mais sentido para sua vida.
4 ATIVIDADES MÁSCARAS EM ENSINO RELIGIOSO
Texto para leitura
A MÁSCARA AFRICANA É SÍMBOLO FORTE NOS RITUAIS DE CURA
A utilização de máscaras em cerimoniais africanos é prática comum há
milhares de anos. No passado elas eram usadas em todos os eventos sociais e
religiosos. Com menor intensidade, ainda hoje elas são confeccionadas por
algumas tribos que preservam está crença e tradição.
Dispensando a idéia de modelos específicos as máscaras eram criadas com
total liberdade. Vários eram os materiais usados para sua confecção, marfim,
bronze e terracota destacando-se a madeira com material mais usado.
A máscara representava um disfarce místico com o qual se podia absorver
forças mágicas dos espíritos e assim utilizá-las em benefício da comunidade
como cura de doentes, em rituais fúnebres, cerimônias de iniciação,
casamentos e nascimentos.
Na cultura africana as máscaras são compreendidas como algo que protege
quem carrega.
Modo de fazer: Encha uma bexiga do tamanho que você queira fazer sua
máscara, amarre para que o ar não saia corte o jornal em pedaços não muito
grandes, Passe cola nos pedaços de jornal e vá cobrindo a bexiga. Faça no
mínimo 6 camadas,Quando você terminar uma camada, faça riscos com
caneta (isso é para você se certificar de que, na camada seguinte, você
preencherá com jornal até que as linhas tenham sido cobertas por
13
completo).Espere secar por dois dias, depois fure a bexiga e retire de dentro da
máscara. Pinte com látex branco (duas demãos)
Atividade:
Após
apresentar
alguns
modelos
de
máscaras
africanas.
Confeccioná-las com os educandos e fazer uma exposição na escola,
lembrando, com muito respeito, do importante significado que estes elementos
têm para a religiosidade africana.
Atividade N° 2
NINGUÉM É IGUAL NINGUÈM
“O LUDICO NO CONHECIMENTO DO SER”
Moro em uma rua que não é grande, nem pequena e tem gente de todo
jeito. Paulinho, meu vizinho da esquerda, é grande gorducho. Alguns meninos
vivem gritando pra ele: “Paulinho, baleia, saco de areia”. Ele chora, chora.
Joana, a vizinha da direita, é negra e sempre diz que queria ser branca. È que
em toda casa, tem sempre alguém que quer ser diferente do que é. Eu sou
magrelo porque é assim que sou. Antes não gostava que ninguém mexesse
comigo. Já tive apelido de palito, vareta, lingüiça. Agora nem dou bola mais
pros apelidos, pois não sou lingüiça, nem palito, nem vareta. Sou um menino
chamado Danilo que não é gordo, nem médio, sou magro e bom das pernas.
Não perco uma corrida. Tenho outro amigo que queria ser o mais inteligente de
todos. Ficava nervoso quando alguém aparecia com notas maiores do que as
dele, ora, cada u m tem a nota que tem a casa que tem a cor que tem.
Já pensou se todos fossem iguais? Acho que as pessoas teriam que andar
com o nome escrito na testa para não serem confundidas com outras.
Podemos desenvolver está atividade com a máscara mostrando as
diferenças.
Podemos
também
decorá-las
de
diferentes
confeccionar outras máscaras com diferentes imagens.
Texto para leitura:
AS MÁSCARAS NO MUNDO RELIGIOSO
formas.
Ou
14
As máscaras, em diferentes culturas, muitas vezes revestem se de um poder
mágico, algumas pessoas acreditam que elas podem proteger aqueles que as
usam contra coisas ruins ou ainda podem assustar e mostrar poder. Podem
também captar a força vital de outro ser e torná-la presente no corpo de quem
a usa. Enfim, muitas vezes as pessoas utilizam as máscaras na crença de que
poderão dominar e controlar forças do mundo espiritual.
Atividade - máscaras
• Atividade:
A partir da reflexão coletiva sobre este texto, confeccionar as máscaras.
Cada dupla escolhe um animal de sua preferência e elabora a sua máscara.
Após a confecção o aluno deverá pesquisar a significação animal na religião
indígena.
Cada animal trás um tipo de energia diferente no ritual. Vamos lá! Cole sua
máscara aqui.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Máscaras uma diversidade de cores e de representações. Um mundo de
mistérios e encantamento. Mitos, histórias, magia. Em diversas culturas, na
religiosidade africana indígena, com sua espiritualidade presente nos mitos e
rituais. No teatro, a magia de transformar o ator num outro personagem. O
poder do disfarce. No circo no carnaval alegria expressa em fantazias.
Máscaras de segurança, de proteção, de decoração. Enfim a máscara é
transformada conforme o objetivo que é criada e o contexto em que está
inserida. Ela também pode servir de objeto de aprendizagem em diversas
áreas de ensino. Também tem a máscara que a sociedade exige, só não
deveria existir a que algumas pessoas usam para roubar, enganar e se
esconder de suas maldades.
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REFERÊNCIAS
AMARAL. Ana Maria. Teatro de animação.São Paulo:Ateliê Editorial, 1997.
Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1scara> Acesso em 25
out. 2009.
Disponível em <http://clccphd.blogspot.com/2009/05/magia-de-se-trabalharcom-mascaras-e.html> Acesso em 25 out. 2009.
Disponível em: <http://www.portaldarte.com.br/arte> Acesso em 11 nov. 2009.
MONTI, Franco. As máscaras africanas. Trad. Luis Eduardo de Lima
Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
Disponível em:
<file:///C:/Documents%20and%20Settings/Moacir/Desktop/mask.html->
Acesso em 22 nov. de 2009.
Disponível em: <http://www.eps-penalvacastelo.rcts.pt/projs/pena_jov/edicoes/2001_04/histmasc.html> Acesso em 29
nov. de 2009.
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Anexo:
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