Projeto Máscaras
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Projeto Máscaras
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU – FURB CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E DA COMUNICAÇÃO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E FILOSOFIA ELENITA RAMOS GRAF MÁSCARAS Blumenau 2009 2 ELENITA RAMOS GRAF PROJETO SOBRE MÁCARAS Projeto Sobre Máscaras do Curso de Ciências da Religião – Licenciatura em Ensino Religioso, da Universidade Regional de Blumenau – FURB Professora: Lílian Blanck de Oliveira Blumenau 2009 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO..................................................................................................4 1 O QUE SÃO MÁSCARAS.............................................................................4 1.2 Máscaras e suas diversidades .....................................................................5 1..3 Máscaras nos rituais...................................................................................6 2 MÁSCARAS CONTEXTO E O COTIDIANO ESCOLAR................................9 3 MÁSCARAS E O COMPONENTE CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO.......................................................................................................10 4 ATIVIDADES MÁSCARAS EM ENSINO RELIGIOSO..................................11 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................15 6 REFERÊNCIAS..............................................................................................16 7 ANEXO...........................................................................................................17 4 INTRODUÇÃO 1. O QUE SÃO AS MÁSCARAS As máscaras dão margem a muita imaginação a um mundo de fantasia, e mistérios. Principalmente por existir diversos tipos de máscaras em muitos lugares com significados diferentes, mas, o que são máscaras? Conforme Amaral (1997, p.63) “Máscara é o que transforma. Se bonecos, imagens e marionetes representam o homem, a máscara é a sua metamorfose. A máscara é sempre o disfarce, oculta e revela, simula”. Para ele a máscara está associada ao teatro, pois é o local onde o indivíduo troca de personalidade, muda seu tom de voz, sua aparência, em fim se transforma. Teatro é alguma coisa que acontece em um determinado momento e espaço, onde alguma coisa se move, se diz se transforma e, ao se transformar, modifica também o ambiente e as pessoas nele envolvidas. ( AMARAL,1997, p.63) Neste transformar-se o indivíduo deixa de ser o que é realmente para simbolizar algo além de si mesmo, saindo assim de sua rotina. Isso acontece desde o princípio da história. Para isso o homem se utiliza de máscaras, pois as mesmas representam algo mais do que simplesmente aparentam. No teatro a máscara é usada para treinamento de personagens inanimados. Com a máscara neutra o autor deve aprender a se despojar e se deixar penetrar pelo seu personagem, é o momento em que ele escuta, é a pausa antes de agir. As máscaras expressivas representam personagens com gestual próprio em determinadas situações. É ai que acontece a percepção do outro personagem. “O treinamento com a máscara leva à conscientização do corpo, tornando o autor mais sensível aos estímulos físicos que o cercam” (AMARAL, 1997, p.66.). Como o teatro tem o objetivo de transformar, de ligar uma realidade a outra, se utiliza da máscara como um instrumento ideal para este fim. A máscara no oriente esta ligada a dança, que era ligada ao teatro ritual. Já no Ocidente teve origem com o teatro grego, na idade média com as manifestações populares. 5 Surge também como elemento figurativo e isto notou-se no teatro grego, em que as máscaras gregas foram permitidas no palco e envergadas pelos autores que ressuscitavam os homens de outrora pela sua aparência espectral que a máscara confere a tais personagens vivas, desempenhando um papel dos antepassados, permitindo evitar a perigosa incorporação do morto vivo.( PENA JOVEM 2009,P.01) Com o pensamento racionalista, as máscaras foram afastadas dos teatros europeus tornando-se apenas adornos, e só retorna, no início deste século, por influência africana pela descoberta do teatro oriental tornando–se parte da cena simbolista das experiências futuristas, tomando forças com os expressionistas. Por fim tornou-se instrumento de treinamento do autor. 1.2 MÁSCARAS E SUAS DIVERSIDADES Em Veneza, no séc. XVIII, o uso da máscara tornou-se um hábito diário em homens, mulheres e crianças, ocultando o rosto com uma meia máscara que apenas cobria os olhos e o nariz. Foi precisa uma lei, a lei de Doge, para acabar com este hábito, porque a polícia tinha uma certa dificuldade em reconhecer os assassinos que constantemente matavam nas vielas da cidade. Os Venezianos passaram a usá-la durante o Carnaval que durava um mês e nas festas e jantares( PENA JOVEM,2009,P.01) Assim sendo as máscaras passaram a ser usadas na idade média como principio do carnaval, que surgiu como inversão dos usos sociais terminando com o retorno a ordem na quarta feira de cinzas. A máscara também tem outras utilidades e características. Na Wikipédia, encontramos a seguinte explicação sobre máscaras. Uma máscara é um acessório utilizado para cobrir o rosto, utilizado para diversos propósitos: lúdicos (como nos bailes de máscaras e no carnaval), religiosos, artísticos ou de natureza prática (máscaras de proteção). A palavra tem, provavelmente, origem no latim mascus ou masca = "fantasma", ou no árabe maskharah = "palhaço", "homem disfarçado". Muitas vezes tribos africanas usam máscaras em cerimônias de passagem entre a vida e a morte. (wikipédia,2009). Como podemos ver máscaras são tantas quantas ocasiões e os destinos, podem servir para muitas coisas, desde a máscara anti-gás à usada pelo apicultor, Máscara em fotografia à de simples adorno, desde a máscara de oxigênio à de beleza, e a esgrima ou num baile de máscaras representando 6 uma fantasia, relembrando algum personagem, dando graça e beleza ao baile. No carnaval ela dá significado aos personagens ali representados, traz brilho e alegria nas passarelas e salões. As máscaras de proteção podem ser usadas, por profissionais da saúde, alimentação. Metalúrgicas, enfim, enfim serve de proteção aos olhos ou boca, ou para todo o rosto. A do palhaço, essa é pura alegria. A máscara não é específica do Carnaval. Tem origem religiosa, e ainda hoje, em África, por exemplo, conserva o sentido primordial: homem que envergue a máscara do crocodilo é o espírito do crocodilo - a máscara manifesta a divindade e transmite ao portador todo o seu poder. Estes aspectos foram-se esquecendo paulatinamente noutras culturas. Quando passa para o teatro, grego e romano, já o sagrado desapareceu e a identificação faz-se entre actor e personagem, ou entre máscara e personagem, que aliás são o mesmo vocábulo em latim: persona.(TRIPLOV,2009) Sob a máscara tudo se oculta - o Bem e o Mal podem ser usadas como defesa ou ataque. Em diferentes sociedades, a máscara é o que oculta ou está oculta basta a gente observar. Desde o ladrão ao super-herói todos usam máscaras para poder sobreviver. Sorrimos quando nos dão uma bofetada, choramos para obtermos o que pretendemos, montamo-nos nas nossas tamanquinhas para parecermos mais fortes do que somos, falamos mais alto do que os outros para os atemorizarmos, mostramos os nossos mísseis para paralisar de medo o inimigo, fazemos ar sonso para fingirmos que nem um prato seríamos capazes de partir, vestimos o nosso melhor fato para ninguém saber que estamos tesos, publicamos fotografias antigas para escondermos a idade, e que mais? Mas não era possível andarmos nus na rua, nós, os mais indefesos animais da Criação. Sem máscara, não conseguiríamos segurar as lágrimas nem o riso, seríamos incontinentes emocionais, o que nos deixaria à mercê da predação social. (TRIPLOV, 2009) Usamos máscaras em nossa própria cara, é a que a vida em sociedade exige. Porém se nos descuidamos, de repente pode cair, e com ela, sabe-se lá o que pode nos acontecer. 1.2 MÁSCARAS NOS RITUAIS A máscara tem seu significado, dependendo do lugar e contexto em que se encontra. Nos rituais o homem coloca a máscara, no qual se transforma em deus, animal, em alguma força cósmica. 7 A máscara ritual encarna espíritos, por isso encerra em si forças. É uma transferência de energias. Tem sentido de mutação. È magia porque sendo um objeto material, representa alguma coisa além da matéria mesma de que é feita. Liga uma realidade a outra, é por isso sagrada. Mas a medida que os rituais decaem,a máscara se dessacraliza.Continua porém representar conceitos, idéias obstratas, pois trás em si essência das coisas, a essência do personagem ou de uma situação. Nunca perde seu caráter de mistério. Sempre intriga. (AMARAL, 1997, p.64) A função da máscara está ligada a o que se quer representar, ou simbolizar. Podendo se usada como disfarce, ou símbolo de identificação, ou mesmo como um simples adereço. A máscara por si não tem significado, não podem ser interpretadas em si e por si, como objetos isolados. Elas são como os mitos, que só adquirem sentido quando inserido no grupo das suas transformações. Desta forma certo tipo de máscara, se considerado somente o ponto de vista plástico é visto apenas como uma réplica de outros tipos, transformado pelas formas e cores ao assumir sua individualidade. Para que está individualidade se oponha à outra máscara é necessário e basta que prevaleça uma mesma relação entre a mensagem que a primeira máscara deve transmitir ou conotar e a mensagem que, na mesma cultura ou numa cultura vizinha, deve ser veiculada pela outra máscara. Nesta perspectiva, portanto, dever-se-á constatar que as funções sociais ou religiosas atribuídas aos vários tipos de máscaras que opomos para comparação se encontram entre si na mesma relação de transformação que a plástica, o grafismo e o colorido das próprias máscaras, encaradas como objetos materiais. Para se entender a máscara deve se conhecer o mito que explica sua origem lendária ou sobrenatural e fundamentar seu significado no ritual, na sociedade. A máscara é elemento tradicional e difuso em todas as culturas africanas, seu fenômeno desperta curiosidade. Ela aparece na história da humanidade independente de sua localização desde as épocas mais remotas, inclusive na idade da pedra, nas ilustrações e pinturas rupestres, com representações de caçadores usando máscaras com cabeça de animais. Provavelmente esses caçadores usavam as máscaras em rituais de dança para obter sucesso em suas caçadas, da qual dependiam para sobreviverem. “Ao que tudo indica, seu primeiro elemento motivador é a 8 exigência mágico-religiosa, ligada às necessidades da vida cotidiana” (FONTE, 1992, p.07). Para eles a máscara tinha um significado, sobrenatural, estava ligado a os fenômenos e sua sobrevivência. Conforme Fonte (1992, p.08) “A qualidade mágica deste rito põe em relevo a importância da máscara como elemento catalisador de forças misteriosas que o homem pode captar e utilizar com finalidades práticas”. Esses rituais foram praticados até que a sociedade evoluiu no plano material e espiritual, adquirindo assim novos sistemas para se beneficiar da natureza. “Para o homem moderno, de fato a máscara plenamente aceita na aurora da sua história, perdeu o significado primário autêntico e desaparecendo com o objeto realmente concreto, transformou-se em disfarce psicológico”. (FONTE, 1992, p.09). Na cultura ocidental a Máscara perdeu seu significado mais profundo, enquanto que na cultura oriental foi parcialmente entendida. No entanto a raçanegra aprendeu com plenitude, utilizando o instrumento vivo e sempre atual abrangendo todas as atividades humanas, desde o nascimento até a morte. “Por sua própria natureza, a máscara já tende a exprimir uma situação psicológica básica, comum toda a espécie humana; na escultura negro-africana a constância das emoções e sua universalidade são, pode-se dizer elevados ao máximo e alcançam um absoluto ideal de transposição plástica” ( FONTE,1992,p.09). O negro africano vê a máscara como uma possibilidade de participar da multiplicidade da vida do universo, criando novas realidades fora daquela meramente humana. A máscara não traduz, pois, a emoção do indivíduo num momento definido, não é um retrato do homem que teme. Com o combate ou que morre, mas é o temor, a guerra, a morte. O particular foi visto, compreendido, superado e desaparece como tal para ceder lugar ao universal, valido sempre para o homem de todos os tempos e todas as condições “(FONTE, 1992,09)”. Psicologicamente a máscara deve ser buscada na aspiração do ser humano evadir-se de si mesmo, para se engrandecer com a experiência, de diferentes existências, na qual não é possível no plano natural. 9 Para o povo africano máscara é todo o conjunto de indumentária, ou, seja o traje de fibras de vegetal, os acessórios e está sempre ligada a dança que é o elemento fundamental na vida deste povo. Elas são conservadas, em lugares seguros e protegidos, pelo proprietário ou pelo chefe de cerimonial religioso, a quem é confiada depois do uso. Em algumas ocasiões, essa incumbência cabe ao próprio artista que a criou. Quando sobrevém a morte do seu dono, a máscara passa para o herdeiro dele no seio da família ou a um sucessor no âmbito da mesma sociedade secreta. A arte na áfrica teve uma função eminentemente social, era entendida como meio de ensinamento social e motivação da existência do homem, a quem explicava o sentido da vida e indicava a posição correta no seio do grupo. Suas manifestações estavam ligadas aos acontecimentos recorrentes a vida da comunidade: como na iniciação, os atos da sociedade secreta, os ritos fúnebres e agrícolas, as cerimônias públicas. As máscaras se definem de acordo com suas funções, Tem as que simbolizam o antepassado ou outras às quais se fazem sacrifícios em seu nome; existem, porém, máscaras que administram a justiça e punem os culpados. As máscaras estão ligadas ao período de iniciação dos jovens na vida social através de diversas representações, elas educam o jovem no respeito às leis, e tradições. Explicam a origem e a formação do universo do clã, forjam o caráter através de provas que requerem notável resistência física e moral. (FONTE,1992). Na China, as máscaras eram confeccionadas para afastar os maus espíritos. Muitos sacerdotes de civilizações primitivas, como os pajés entre os indígenas, usam máscaras para incorporar entidades que eles acreditam curar os enfermos. Os romanos ignoravam as máscaras, usavam pintura no rosto. Na Idade Média, as máscaras apareciam discretamente. Já no Renascimento, as máscaras apareciam com muito brilho, muita pompa. (Raffa, Ivete, 2009, p.01) 2 MÁSCARAS CONTEXTO E O COTIDIANO ESCOLAR. As máscaras na escola. Podem ser trabalhadas, em diversas disciplinas, como história. Arte, Ensino Religioso. Cada qual com seu objetivo. Também 10 servem de decorações e para comemorações. “O desenvolvimento do pensamento artístico leva o aluno a ampliar a sua sensibilidade, percepção, reflexão e imaginação” (Raffa, Ivete, 2009, p.01). Por isso é indispensável trabalhar máscaras na escola, para que o aluno possa dar asas a sua imaginação e se tornar u m ser mais sensível. No Brasil as máscaras inspiram a fantasia nos carnavais. Elas também são invocadas para reviver tradições, raízes históricas, para representações teatrais. Nas aulas de arte as crianças podem aprender a criar máscaras a partir de um tema proposto. Desenvolvendo assim sua criatividade artística. Com elas também é possível desenvolver a literatura, criando imagens dos personagens das historinhas, ou criando novos personagens. Na EEB Coronel Lara Ribas, de Chapecó, os estudantes do 3º do ensino médio realizaram uma pesquisa com objetivo de visualizar imagens, conhecer a origem das máscaras, fatos e os diferentes tipos de máscaras religiosas ou não. Então apresentar em grupos o texto e as imagens. Os alunos individualmente produziram uma máscara de gesso e depois socializaram. O professor usando da metodologia, foi situando a máscara presente na vida do homem, socializando imagens, com retro projetor, computador e data show, texto e livros. A pesquisa foi divulgada no jornal A Noticia no caderno do programa AN Escola com o titulo Baile de máscaras. Na escola Don Pio de Freitas em Jaraguá do Sul, na semana da consciência negra os alunos desenvolveram u m belo trabalho com máscaras. Os alunos de 1º e 2º ano com ajuda da professora. Transformaram fibra de banana e palma de palmeiras em máscaras africana. os de 3º 4º e 5ºano confeccionaram mascaras de atadura de gesso. As fotos estão em anexo n°1 3 MÁSCARAS E O COMPONENTE CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO A disciplina de Ensino Religioso, como área do conhecimento ( resolução CEB nº 02.de abril de 1998),visa garantir ao cidadão o acesso ao conhecimento religioso, entendido como sistematização da dimensão da relação ser humano com a realidade causal, tendo como complementares os demais conhecimentos articulados, explica 11 o significado da existência religiosidade(PCSC,2001,p.07). humana em sua cultura e Diante do pluralismo existente em nossa sociedade, percebe-se que os valores humanos, éticos e religiosos sofrem para manterem suas identidades. Desta forma, o Ensino Religioso tem muito a contribuir nas escolas e na formação humana. Como é uma das áreas de conhecimento sobre o fenômeno religioso, estuda as diversas tradições e culturas religiosas. No Ensino Religioso o uso da máscara para o ensino aprendizagem, é muito importante, pois muitas religiões têm seus mitos e rituais. Simbolizados pelas máscaras. Diferentes culturas indígenas e africanas podem ser recordadas pelos mitos de máscaras, e muitas histórias entendidas através dos rituais das máscaras. O Ensino Religioso estuda o Fenômeno religioso. O profano e o sagrado estão presentes nas culturas, o mistério que envolve o mundo das máscaras provoca curiosidade e expectativas, despertando assim o interesse do educando pelo conhecimento destes fenômenos. As máscaras são bastante utilizadas em rituais, evocam características e energias dos seres que representam. Para alguns povos, o espírito do elemento representado ali se encarna em quem utiliza a máscara, estabelecendo, naquele momento, uma sagrada relação de participação mística. As "máscaras" são as formas mais conhecidas da plástica africana. Constituem síntese de elementos simbólicos mais variados se convertendo em expressões da vontade criadora do africano [...] A máscara transforma o corpo do bailarino que conserva sua individualidade e, servindo-se dele como se fosse um suporte vivo e animado, encarna a outro ser; gênio, animal mítico que é representando assim momentaneamente. Uma máscara é um ser que protege quem a carrega. Está destinada a captar a força vital que escapa de um ser humano ou de um animal, no momento de sua morte. A energia captada na máscara é controlada e posteriormente redistribuída em benefício da coletividade. ( portaldarte.2009,p.01). No passado o uso de máscaras e os rituais tiveram um declínio, porém a manufatura e emprego destes objetos continua sendo um aspecto fundamental na identidade de vários povos africanos. Existem trabalhos para a preservação deste hábito milenar. Hoje em dia elas são mais empregadas em eventos 12 sociais e religiosos. Também representam os espíritos ancestrais e em alguns casos controlam forças espirituais nas comunidades para determinados fins. O uso de máscaras nas escolas serve para dar mais sentindo ao que se esta ensinando, porque o aluno ao criar sua máscara se sente incluso e o ensino aprendizado, faz mais sentido para sua vida. 4 ATIVIDADES MÁSCARAS EM ENSINO RELIGIOSO Texto para leitura A MÁSCARA AFRICANA É SÍMBOLO FORTE NOS RITUAIS DE CURA A utilização de máscaras em cerimoniais africanos é prática comum há milhares de anos. No passado elas eram usadas em todos os eventos sociais e religiosos. Com menor intensidade, ainda hoje elas são confeccionadas por algumas tribos que preservam está crença e tradição. Dispensando a idéia de modelos específicos as máscaras eram criadas com total liberdade. Vários eram os materiais usados para sua confecção, marfim, bronze e terracota destacando-se a madeira com material mais usado. A máscara representava um disfarce místico com o qual se podia absorver forças mágicas dos espíritos e assim utilizá-las em benefício da comunidade como cura de doentes, em rituais fúnebres, cerimônias de iniciação, casamentos e nascimentos. Na cultura africana as máscaras são compreendidas como algo que protege quem carrega. Modo de fazer: Encha uma bexiga do tamanho que você queira fazer sua máscara, amarre para que o ar não saia corte o jornal em pedaços não muito grandes, Passe cola nos pedaços de jornal e vá cobrindo a bexiga. Faça no mínimo 6 camadas,Quando você terminar uma camada, faça riscos com caneta (isso é para você se certificar de que, na camada seguinte, você preencherá com jornal até que as linhas tenham sido cobertas por 13 completo).Espere secar por dois dias, depois fure a bexiga e retire de dentro da máscara. Pinte com látex branco (duas demãos) Atividade: Após apresentar alguns modelos de máscaras africanas. Confeccioná-las com os educandos e fazer uma exposição na escola, lembrando, com muito respeito, do importante significado que estes elementos têm para a religiosidade africana. Atividade N° 2 NINGUÉM É IGUAL NINGUÈM “O LUDICO NO CONHECIMENTO DO SER” Moro em uma rua que não é grande, nem pequena e tem gente de todo jeito. Paulinho, meu vizinho da esquerda, é grande gorducho. Alguns meninos vivem gritando pra ele: “Paulinho, baleia, saco de areia”. Ele chora, chora. Joana, a vizinha da direita, é negra e sempre diz que queria ser branca. È que em toda casa, tem sempre alguém que quer ser diferente do que é. Eu sou magrelo porque é assim que sou. Antes não gostava que ninguém mexesse comigo. Já tive apelido de palito, vareta, lingüiça. Agora nem dou bola mais pros apelidos, pois não sou lingüiça, nem palito, nem vareta. Sou um menino chamado Danilo que não é gordo, nem médio, sou magro e bom das pernas. Não perco uma corrida. Tenho outro amigo que queria ser o mais inteligente de todos. Ficava nervoso quando alguém aparecia com notas maiores do que as dele, ora, cada u m tem a nota que tem a casa que tem a cor que tem. Já pensou se todos fossem iguais? Acho que as pessoas teriam que andar com o nome escrito na testa para não serem confundidas com outras. Podemos desenvolver está atividade com a máscara mostrando as diferenças. Podemos também decorá-las de diferentes confeccionar outras máscaras com diferentes imagens. Texto para leitura: AS MÁSCARAS NO MUNDO RELIGIOSO formas. Ou 14 As máscaras, em diferentes culturas, muitas vezes revestem se de um poder mágico, algumas pessoas acreditam que elas podem proteger aqueles que as usam contra coisas ruins ou ainda podem assustar e mostrar poder. Podem também captar a força vital de outro ser e torná-la presente no corpo de quem a usa. Enfim, muitas vezes as pessoas utilizam as máscaras na crença de que poderão dominar e controlar forças do mundo espiritual. Atividade - máscaras • Atividade: A partir da reflexão coletiva sobre este texto, confeccionar as máscaras. Cada dupla escolhe um animal de sua preferência e elabora a sua máscara. Após a confecção o aluno deverá pesquisar a significação animal na religião indígena. Cada animal trás um tipo de energia diferente no ritual. Vamos lá! Cole sua máscara aqui. 15 CONSIDERAÇÕES FINAIS Máscaras uma diversidade de cores e de representações. Um mundo de mistérios e encantamento. Mitos, histórias, magia. Em diversas culturas, na religiosidade africana indígena, com sua espiritualidade presente nos mitos e rituais. No teatro, a magia de transformar o ator num outro personagem. O poder do disfarce. No circo no carnaval alegria expressa em fantazias. Máscaras de segurança, de proteção, de decoração. Enfim a máscara é transformada conforme o objetivo que é criada e o contexto em que está inserida. Ela também pode servir de objeto de aprendizagem em diversas áreas de ensino. Também tem a máscara que a sociedade exige, só não deveria existir a que algumas pessoas usam para roubar, enganar e se esconder de suas maldades. 16 REFERÊNCIAS AMARAL. Ana Maria. Teatro de animação.São Paulo:Ateliê Editorial, 1997. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1scara> Acesso em 25 out. 2009. Disponível em <http://clccphd.blogspot.com/2009/05/magia-de-se-trabalharcom-mascaras-e.html> Acesso em 25 out. 2009. Disponível em: <http://www.portaldarte.com.br/arte> Acesso em 11 nov. 2009. MONTI, Franco. As máscaras africanas. Trad. Luis Eduardo de Lima Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 1992. Disponível em: <file:///C:/Documents%20and%20Settings/Moacir/Desktop/mask.html-> Acesso em 22 nov. de 2009. Disponível em: <http://www.eps-penalvacastelo.rcts.pt/projs/pena_jov/edicoes/2001_04/histmasc.html> Acesso em 29 nov. de 2009. 17 Anexo: 18