HISTÓRIA
Transcrição
HISTÓRIA
História do Alaúde HISTÓRIA O Alaúde foi introduzido na Europa entre os séculos XII e XIII e utilizado durante um período superior a 500 anos e, por algum tempo, foi o instrumento musical mais importante na cultura Europeia. Descende em filiação directa do Ud ou Oud, um instrumento com origem no norte da África e no Médio Oriente. Um "Oud" árabe actual Na Grécia, o Alaúde era conhecido como Pandura, e foi importado da Ásia ocidental. Na antiga Roma, o Alaúde tinha a designação de “Fidicula” (pequena corda), que deu origem ao nome de instrumentos de cordas que surgiram posteriormente: Fidula, Vitula, Vihuela, Viola, Violino, etc. Uma "Vielle" outro descendente do "Oud" Existem diferenças acentuadas entre o Ud original e o Alaúde, seu descendente, no que respeita à sua forma, como por exemplo o facto do Ud possuir mais do que uma roseta, ter apenas 4 ordens (pares de cordas) e a sua execução ser exclusivamente feita com palheta, ao contrário do Alaúde que apenas tem uma roseta, cinco ordens e é também executado com os dedos. Um Alaúde actual História do Alaúde Evolução do Alaúde Na Europa, o tamanho, a forma, o encordoamento e afinação do Alaúde foram evoluindo com o aparecimento de novas técnicas utilizadas na sua construção adaptando o instrumento aos estilos musicais que foram surgindo. O Alaúde da segunda metade do Renascimento (15001580) tem seis cursos, sendo muitas vezes a corda superior sozinha. O uso da palheta facilitava a execução de linhas melódicas agudas. Este estilo pode ser ouvido na forma moderna de tocar Alaúde. O estilo típico do Renascimento moderno, de tocar mais de uma linha melódica simultaneamente (polifonia e/ou contraponto) não se encaixou facilmente com a técnica de palheta do instrumento. A solução encontrada foi o uso dos dedos da mão direita num estilo tipicamente dedilhado. "O aperfeiçoamento dos instrumentos, as exigências litúrgicas e o surgimento de um mercado formado pela nobreza feudal e pela burguesia mercantil das cidades determinaram a expansão da polifonia, com importantes contribuições de Machaut, Du Fay e Palestrina" Extraido de : www.historiadaarte.com.br/musica.html, em 12/05/2003 Ao mesmo tempo, apareceu também uma forma de notação musical para o Alaúde, conhecida como tablatura, que mostrava a posição dos dedos na escala do instrumento como referencia visual. Este mesmo século viu o inicio das publicações de música para Alaúde em livros e partituras, sendo impressas em toda a Europa. Notação em tablatura para Alaúde O fim do Renascimento (1580-1620) é um momento particularmente interessante para o Alaúde, pois este História do Alaúde ganhou o estatuto de instrumento oficial na corte e era estudado por muitos prósperos cidadãos. O estudante de Alaúde tinha que ser suficientemente talentoso para aprender este difícil instrumento, que vinha a ser cada vez mais usado além de instrumento de acompanhamento para cantores, como instrumento solista em pequenos conjuntos. John Dowland, talvez o mais virtuoso instrumentista da sua época, tocou e publicou muita música na Inglaterra desta época. Muitas cidades da Europa começaram a oferecer workshops da fabricação do Alaúde e muitos luthiers fizeram fortuna com a confecção deste instrumento. A silhueta do corpo do Alaúde no final do Renascimento não era tão alongada como a dos Alaúdes mais antigos. O número de tiras utilizadas para a elaboração do corpo aumentou primeiro de treze para quinze, depois vinte e cinco, mais tarde trinta e ocasionalmente ultrapassava cinquenta. Alguns instrumentos deste período sobreviveram e alguns deles são peculiarmente elaborados. Ao longo do tempo foi surgindo uma grande variedade de Alaúdes no tocante ao tamanho e forma. De uma forma genérica, o tamanho mais comum era frequentemente denominado de mean lute, instrumentos mais agudos eram conhecidos como treble lutes, e os mais graves eram chamados de bass lutes. O Declínio Durante um período aproximado de quinhentos anos, o Alaúde foi tocado em todas as cidades da Europa. Era considerado o mais respeitado de todos os instrumentos. Na história da música ocidental, não se tem notícia de um outro instrumento que o tenha superado em posição e longevidade. As razões para o declínio do Alaúde não são fáceis de serem explicadas. Os músicos profissionais de Alaúde que se aposentaram na época de Mozart e Haydn não foram substituídos. Supõe-se que os factores que concorreram para que o Alaúde caísse em desuso foram o aumento da dificuldade de execução do instrumento devido ao continuo acrescento do numero de cordas para além das habituais onze e o desenvolvimento do clavicórdio e do cravo. O que sobreviveu em quantidade e em qualidade, foi propriamente a música. (...)An extension of the number of strings beyound the usual eleven seems to have contributed to its downfall, but the increasing popularity of bowed instruments and the development of clavichord and harpsichord must have contributed as well(...). «The New Caxton Encyclopedia», Caxton Publications Limited, London, England. 1979. ISBN – 070 1400 560. Volume 12, Pág. 238. FONTE: http://alaudeinteractivo.no.sapo.pt/Hist.htm
Documentos relacionados
Música no Renascimento
Thomas Morley (1557-1603) foi o dinamizador da Escola Madrigalista Inglesa, e alguns reis foram dotados neste campo. A canção acompanhada por alaúde, muito popular na época, ganhou terreno, sendo J...
Leia mais