Tecnologias Sustentáveis na Habitação Multifamiliar

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Tecnologias Sustentáveis na Habitação Multifamiliar
Tecnologias Sustentáveis na Habitação Multifamiliar e os impactos no
modo de vida
Juliana Trevisan Ducatti (1), Túlio Márcio de Salles Tibúrcio (2) e Riane Ricceli do Carmo (3)
(1) Departamento de Arquitetura e Urbanismo, UFV, Brasil. E-mail: [email protected]
(2) Departamento de Arquitetura e Urbanismo, UFV, Brasil. E-mail: [email protected]
(3) Departamento de Arquitetura e Urbanismo, UFV, Brasil. E-mail: [email protected]
Resumo: Introdução: No decorrer dos anos foram observadas intensas alterações nos modos de morar.
Do mesmo modo, também são notados os avanços tecnológicos e sua crescente inserção na habitação e
no cotidiano das famílias. Atualmente, com a necessidade de reduzir os impactos ambientais e melhorar
a qualidade de vida da população, são buscadas alternativas sustentáveis que possam atender tanto às
necessidades das novas formações familiares, quanto à preservação dos recursos naturais. Dessa forma,
questiona-se sobre a aplicabilidade dessas novas tecnologias sustentáveis nas moradias coletivas, assim
como a percepção dos usuários e as alterações nos modos de morar nessa habitação verde. Objetivo:
Investigar, com base na pesquisa anteriormente desenvolvida sobre a habitação unifamiliar, quais as
tecnologias sustentáveis passíveis de serem aplicadas às habitações multifamiliares e os impactos por
elas causados sobre a coletividade, estando esta alojada em edifícios, condomínios ou vilas.
Método/Abordagem: A metodologia inclui revisão de literatura, estudos de casos, questionários e
entrevistas com os usuários para identificar e avaliar os sistemas possíveis de serem utilizados, assim
como sua aceitabilidade e as interferências nos modos de vida dos usuários. Resultados: Foram
analisadas as alterações quanto a aplicabilidade das tecnologias nas habitações multifamiliares
comparadas a uma única unidade, e com base nos estudos de caso, foram identificadas as possíveis
alterações no lugar e modos de morar. Com base nos questionários elaborados, estão sendo analisados
os impactos dessas alterações para os moradores e suas respectivas adaptações aos novos modos de
vida. Contribuições/Originalidade: Este trabalho inclui o questionamento sobre a percepção do usuário
perante a sustentabilidade, não sendo limitado somente ao estudo das tecnologias inovadoras
consideradas verdes e suas respectivas aplicabilidades na habitação.
Palavras-chave: Habitação Multifamiliar, Tecnologias Sustentáveis, Moradia Sustentável.
Abstract: Introduction: Over the years intense changes were observed in the ways of living. The same
way, are also noted advances in technology and its increasing integration in housing developments and in
everyday family life. Currently, the need to reduce environmental impacts and improve the quality of life,
seeks sustainable alternatives to meet both the needs of new family formations and the preservation of
natural resources. This raises questions regarding the applicability of these new sustainable technologies
in multifamily housing, as well as the perception of users and changes in ways of living in this green
house. Objective: To investigate, based on previous research on single family houses, which sustainable
technologies can be applied to multifamily housing developments and the impacts they cause on the
community, this being housed in buildings, condominiums or villas. Method/Approach: The methodology
includes literature review, case studies, questionnaires and interviews with users to identify and evaluate
possible systems to be used, as well as its acceptability and interference in the life styles of users. Results:
It was analyzed the changes regarding the applicability of technology in multifamily compared to a single
unit, and based on case studies, it was identified potential changes in place and ways of living. Based on
questionnaires to dwellers, the impacts of these changes for the residents and their adaptation to new
lifestyles are being analyzed. Contributions/Originality: This research discuss about the user's
perception towards the sustainability, not limited only to the study of innovative technologies considered
green and their applicability in the dwelling.
Key-words: Multifamily Housing, Sustainable Technology, Sustainable Housing.
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1. INTRODUÇÃO
Mudanças ocorrem na sociedade de várias formas, e muitas vezes ocasionadas pelos avanços
tecnológicos. Essas alterações são observadas também a nível arquitetônico, que no mundo
contemporâneo vêm ocorrendo de forma a reduzir os impactos produzidos pelo homem na natureza,
priorizando edificações de menor impacto ambiental. Segundo Tibúrcio e Finch (2005), vive-se uma
revolução tecnológica, cuja velocidade demanda pesquisas em todas as áreas do conhecimento.
1.1. Evolução dos modos de morar
Observa-se a intensa alteração nos modos de morar no decorrer dos anos, notado principalmente com o
advento da tecnologia e seus impactos no cotidiano e formação das famílias (OLIVEIRA, 2006).
No período colonial, segundo Gama (2007), as casas rurais e urbanas do Brasil abrigavam a grande
família patriarcal, apresentando um programa hierarquizado resultante dos costumes e necessidades da
época:
[...] as casas rurais, com maior variação tipológica e de inspiração vernacular
portuguesa, e as casas urbanas que seguiam uma tipologia quase padrão, porém com
estilos e modismos possíveis pelo intercâmbio de informações entre os povos que a
cidade propicia. (GAMA 2007, p.10).
A partir da Revolução Industrial e do consequente aumento demográfico nos centros urbanos , não
acompanhado de uma expansão compatível da moradia, passou a ser notada a coletivização com o
surgimento da habitação multifamiliar. Tornando-se gradativamente, segundo Vaz (2002), um importante
padrão de moradia na cidade moderna e contemporânea, a habitação multifamiliar nesse momento, pode
ser caracterizada tanto pelo surgimento das vilas operárias, bairros multifamiliares para os empregados
mais qualificados da indústria, quanto pelas habitações coletivas de aluguel, ou cortiços, sendo a opção
para a classe operária impossibilitada financeiramente de fixar-se em moradias unifamiliares.
Com o Modernismo, outras modificações interferiram no modo de morar, consequentes, sobretudo, da
industrialização e produção em série no contexto do pós-guerra. O processo de expansão das cidades no
período moderno, como consequência da Revolução Industrial, a partir da estandardização dos materiais e
surgimento de novas tecnologias, possibilitou o surgimento de edifícios de apartamentos.
O processo de verticalização, um dos símbolos mais importantes da modernização
urbana, coincide com profundas mudanças relacionadas aos aspectos social e
cultural das moradias e ao estilo de vida tradicional das diversas classes sociais,
sobretudo das classes média e alta. (SAHR, 2000, p.20).
Atualmente, as formações residenciais atuais vêm apresentando um programa arquitetônico mais
complexo, estendendo os limites e domínio das unidades privadas, devido sobretudo à maior
disponibilidade de serviços coletivos oferecidos (AMORIM E LOUREIRO, 2005).
1.2. Impacto ambiental e Arquitetura
Aliada à evolução nos modos de morar, é questionado também sobre o impacto dos indivíduos e das
novas tecnologias no lugar onde vivem. Segundo Barros e Pina (2010), empreendimentos de larga escala
em áreas periféricas de alto adensamento populacional têm gerado considerável impacto ambiental,
interferindo no bem-estar físico e emocional dos usuários. Também, os projetos para áreas mais centrais,
apesar de muitas vezes serem iniciativas bem-intencionadas, apresentam dificuldade em refletir um
espaço mais humano e sustentável.
Apesar de a natureza sempre ter sido foco de exploração de matéria prima pelo homem sem a
preocupação com sua renovação, é a partir da Revolução Industrial, com o crescimento das cidades e o
maior adensamento populacional que este fato vem se agravando, uma vez que os recursos não são mais
facilmente repostos pela própria natureza (OLIVEIRA, 2006).
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Essa crescente necessidade de atender à demanda populacional e o consequente impacto das atividades
humanas na natureza fizeram com que o homem chegasse muito próximo a uma situação limite de
esgotamento das reservas naturais. Como resultado, é notado principalmente, o aumento da poluição do
solo, das águas e do ar, a destruição das florestas nativas, o aumento do efeito estufa nas cidades e as
mudanças climáticas no mundo, o esgotamento das reservas naturais de petróleo, extinção de animais,
entre outros (MÜLFARTH, 2002). Um dos grandes causadores desse grande impacto é a indústria da
construção. Nota-se na Tabela 1, a relação de materiais e de energia utilizados e desperdiçados na
construção:
TABELA 1 - Recursos e produtos da construção
RECURSOS NA CONSTRUÇÃO
40%
das matérias primas (em peso) em todo
mundo corresponde a construção anualmente
36 - 45 %
da energia de um país é consumida em
edifícios
PRODUTOS DA CONSTRUÇÃO
20 - 26 %
dos escombros corresponde a construção
100%
da energia residual procedente dos edifícios
volta ao meio ambiente
Fonte: Yeang, (1999).
Para Yeang (1999), a minimização dos impactos da construção, assim como a demolição e reutilização de
uma edificação são responsáveis pela redução de apenas uma parte do impacto ambiental. Uma redução
total desse impacto é decorrente de mudanças nos padrões de consumo e no estilo de vida da sociedade.
Dessa forma, esse contexto vem evoluindo gradativamente. Segundo Nakamura (2006), a humanidade
vem procurando aos poucos, maneiras de preservar o que ainda resta, e incorporando esse conceito de
sustentabilidade também na arquitetura, a autora relata sobre a aplicação desses conceitos a partir de
princípios que buscam a racionalização da gestão dos recursos naturais, sobretudo com relação ao ciclo de
vida dos materiais, a aplicação de matérias-primas e energias renováveis, e a redução da quantidade de
materiais e energia utilizados.
Será que a garantia de utilização de matéria prima para as gerações futuras estaria
nas mãos dos arquitetos, engenheiros, paisagistas e profissionais da área? Será que
cabe a nós a manutenção de vida no planeta? Para muitos pesquisadores a resposta é
sim. Estaria na responsabilidade da utilização de uma Arquitetura de Baixo Impacto
Humano e Ambiental (ABIHA) a base para a solução de muitos problemas que
atualmente estamos enfrentando. (MÜLFARTH, 2002, p.65).
Sabe-se que as construções consomem muito do meio natural, e por isso, a arquitetura deve ser pensada
desde a concepção do projeto até o final de sua vida útil considerando ainda os níveis de desperdício.
Cabe, portanto, aos futuros profissionais da área da construção a preocupação com o meio ambiente e a
utilização racional dos meios naturais a fim de minimizar os impactos causados na natureza.
Diante dessa discussão do papel fundamental da arquitetura na integração dos conceitos de
sustentabilidade à melhor qualidade das construções e consequentemente à melhor qualidade de vida das
pessoas, são imprescindíveis os seguintes questionamentos:
Quais os princípios de sustentabilidade aplicáveis à arquitetura? Quais são as tecnologias sustentáveis
aplicáveis à habitação multifamiliar? Como a inserção dessas tecnologias pode interferir no estilo de vida
dos moradores e na coletividade?
Levando em consideração o modo de vida de cada família consequente do lugar onde vivem, acredita-se
que a individualidade não mais as acompanhe quando a interação se der pela interdependência de mais
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unidades. Principalmente se essa interação se der por meio de hábitos e tecnologias que afetem a
coletividade, esteja ela alojada em um edifício, uma vila, um condomínio, etc.
Sendo o arquiteto um dos agentes responsáveis no desenvolvimento de novos espaços, e, sobretudo com a
capacidade de diminuir o impacto do homem no meio ambiente, cabe a este, pesquisar e desenvolver
soluções que contribuam para a construção de ambientes que impactuem de forma mínima e ofereçam o
máximo de qualidade em qualquer parte do planeta. Na Figura 1 encontra-se o exemplo de uma
arquitetura multifamiliar com essas características, listando alguns dos seus diferenciais sustentáveis.
Figura 1 – BedZED: Exemplo de estratégias e sistemas sustentáveis aplicados à habitação multifamiliar
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivos Gerais
Como continuação de uma pesquisa anteriormente desenvolvida sobre a inserção das tecnologias
sustentáveis na habitação unifamiliar (Zandemonigne, Tibúrcio e Monteiro, 2010), esse trabalho propõe a
investigação sobre aplicação das tecnologias consideradas sustentáveis na habitação multifamiliar, e a
relação que essa inserção tecnológica, assim como seus impactos, podem interferir no modo de morar
contemporâneo.
2.2. Objetivos Específicos
Identificar os conceitos de sustentabilidade que podem ser aplicados à habitação multifamiliar, revisar os
quadros de tecnologias sustentáveis, técnicas construtivas e materiais de construção, produzidos na
pesquisa anterior acima citada, identificando quais são aplicáveis à habitação multifamiliar. Outro
objetivo específico dessa pesquisa é identificar o impacto da inserção tecnológica nos usuários dessa
habitação, analisando a aceitabilidade dos conceitos e das novas tecnologias pelos moradores.
3. JUSTIFICATIVA
Discute-se atualmente sobre a utilização de sistemas e soluções de baixo impacto ambiental, “aliadas às
mudanças de comportamento incentivadas pelas novas propostas arquitetônicas” (MÜLFART, 2002, p.4).
Dessa forma, é buscada a chamada sustentabilidade aplicada à construção civil, através de medidas de
redução de desperdícios e uso consciente dos materiais, tornando-se necessário pesquisar soluções
práticas aplicáveis às habitações.
Em comparação às habitações unifamiliares, acredita-se em resultados com uma escala significativamente
maior quando se fala na inserção das tecnologias sustentáveis para muitas famílias, resultando assim em
novos modos de vida na coletividade. Desta forma, explicita-se a necessidade do arquiteto em pesquisar
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novas soluções para a arquitetura que agreguem esses conceitos juntamente com as novas tecnologias, a
fim de criar e implementar soluções que reduzam a interferência no meio ambiente.
4. MÉTODOS
O desenvolvimento do tema proposto foi realizado por um estudo de caráter exploratório descritivo, com
enfoque na abordagem de análise qualitativa, incluindo pesquisa bibliográfica, estudos de caso e
aplicação de questionários.
Na metodologia utilizada na pesquisa a revisão de literatura, buscou os princípios e as tecnologias
consideradas sustentáveis passíveis de serem aplicadas à habitação multifamiliar. Dessa forma, foram
investigadas as técnicas construtivas, assim como os materiais e estratégias de projeto já tabulados na
pesquisa anterior com enfoque na habitação unifamiliar, identificando suas respectivas aplicabilidades e o
modo como interferem na moradia multifamiliar.
Nos estudos de casos, foram analisados 12 (doze) edifícios já construídos e habitados, apresentando
alguma característica de baixo impacto ambiental, com a finalidade de proporcionar melhor entendimento
dos conceitos de sustentabilidade e da aplicação das tecnologias na habitação.
Os questionários, com estrutura de 22 perguntas divididas em 4 seções, foram enviados aos moradores
dos condomínios pesquisados nos estudos de caso, tendo como finalidade, investigar a visão dos usuáriosmoradores a respeito dos princípios e usos das tecnologias sustentáveis aplicadas à habitação, analisando
a aceitabilidade e as interferências dessas tecnologias no modo de vida das famílias.
5. RESULTADOS
Como resultados, foram completados qualitativamente os três quadros analíticos da pesquisa anterior,
compreendendo os materiais de construção, os sistemas construtivos e as decisões de projetos. No
entanto, fora dado enfoque para a habitação multifamiliar, diferenciando da moradia única principalmente
pela escala dos empreendimentos.
Outro quadro elaborado compreende as edificações dos estudos de caso, contendo edifícios ou
condomínios horizontais com algum diferencial ecológico ou de baixo impacto ambiental. Nele foram
compiladas informações sobre a aplicação das tecnologias identificadas nas tipologias multifamiliares já
construídas e habitadas. As edificações foram pesquisadas na literatura e via internet, sendo localizada em
países como Estados Unidos, México, Inglaterra, Portugal, Alemanha e Espanha. Devido a falta de
informações sobre habitações multifamiliares com um diferencial sustentável e já habitadas no Brasil, não
foram realizadas visitas in loco ou entrevista com os moradores.
Atualmente a pesquisa encontra-se no aguardo dos questionários enviados, que analisarão de forma
qualitativa os diferenciais dessas tipologias habitacionais, identificando os materiais, as tecnologias e
estratégias de projeto que foram aplicadas, relacionando as alterações provocadas nos modos de vida a
partir das mudanças de atitude e da visão crítica dos moradores.
5.1. Estratégias de Projetos
As estratégias de projeto são algumas características empregadas na construção de forma a reduzir seu
impacto, contribuindo para redução do desperdício ou como sistemas de reaproveitamento, influenciando
tanto a nível de projeto e construção, quanto posteriormente nos novos modos de vida dos habitantes.
A Tabela 2 apresenta um extrato com duas das 17 estratégias do quadro elaborado, organizados em
colunas que as descrevem, classifica em ativo ou passivo1, a abordagem sustentável2, descreve as
vantagens e desvantagens do sistema e por fim, identifica as variáveis encontradas nas habitações
multifamiliares.
1
2
Classificação dos sistemas ativo e passivo segundo Adam (2001).
Abordagem de sustentabilidade segundo Sachs (1993) e segundo Silva e Tibúrcio (2008).
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O quadro completo apresenta: iluminação natural; iluminação natural através de fibras ópticas; ventilação
natural; inércia térmica; proteção contra insolação direta (brises); uso da vegetação como barreira solar;
materiais sustentáveis presentes na região; processo construtivo de baixo impacto ambiental; cobertura
verde; painel solar para aquecimento de água; painel fotovoltaico; reuso de águas cinzas; aproveitamento
de água pluvial; automação residencial; disposição seletiva/compostagem do lixo; tratamento do esgoto e
equipamentos com baixo consumo de água.
Sistema
Sustentável
1
Circulação e
renovação de ar
interior com
manutenção do
conforto térmico
através do
resfriamento do
ambiente por
troca de ar
controlada pelas
aberturas.
Captação da água
pluvial,
armazenamento e
filtragem para
2 reaproveitamento
nas bacias
sanitárias,
irrigação,
lavagem de
roupas e pisos.
Ativo/
Passivo
Passivo
Ativo
TABELA 2 – Estratégias de projeto
Abordagem de
Observações
sustentabilidade
Sustentabilidade
Econômica
Sustentabilidade
Ecológica
(indireta)
Sustentabilidade
Econômica
Sustentabilidade
Ecológica
Sustentabilidade
Tecnológica
Associada ao
número,
posição e
tamanho das
aberturas para a
passagem de ar
e à ação
combinada das
forças do vento
e das diferenças
de temperatura.
Depende da
precipitação,
área de coleta e
demanda; a
armazenagem
deve ser
protegida de luz
e calor;
reservatório
necessita de
manutenção
periódica.
Habitação Multifamiliar
Horizontal
Vertical
É preciso
manter uma
distância entre
as casas e
edifícios para
que o ar possa
circular.
Quanto maior a
altura, maior o
número de trocas de
ar por hora. E menor
o grau hora de
refrigeração.
A economia
pode ser grande,
já que a área de
telhado é grande
em relação ao
número de
habitantes; pode
ser individual
ou de uso
comum.
Área de contribuição
pequena em relação
ao número de
habitantes.
Otimização do uso
da água para uso
comum, pode
dispensar o uso de
bombas
posicionando o
reservatório no
subsolo.
O sistema 1 compreende ventilação natural, considerada um sistema passivo, pela redução do consumo de
energia através do aproveitamento de características locais, e de aplicabilidade em qualquer edificação.
As abordagens de sustentabilidade compreendem o aspecto Econômico e Ecológico. O primeiro pela
redução da necessidade do uso de sistemas artificiais de refrigeração e circulação de ar, reduzindo assim o
custo final com energia elétrica. E o segundo indiretamente, pois economizando energia são poupados os
recursos naturais. Com relação à utilização nas habitações multifamiliares é preciso atentar quanto ao
espaçamento entre as residências e a altura dos edifícios de múltiplos pavimentos a fim de proporcionar a
ventilação adequada pensando no conforto do usuário.
O outro sistema compreende o reuso de água pluvial, identificada como um sistema ativo devido ao
aproveitamento de fontes de energia renováveis através de dispositivos mecânicos. As abordagens de
sustentabilidade compreendem o aspecto Econômico, devido a redução de gastos financeiros com o uso
de água, Ecológico, devido ao reaproveitamento da água, minimizando os impactos naturais e ainda
abordagem Tecnológica, devido à tecnologia que possibilita o tratamento e redistribuição da água com
componentes tecnológicos, como filtros, bombas, entre outros. Nas residências, a captação da água pode
ser grande dependendo da extensão da área de aproveitamento da cobertura, e o uso pode ser individual
por residência ou coletivo, sendo utilizado comumente na rega de jardins e limpeza de calçadas. Já nos
edifícios, a área de cobertura é relativamente pequena se comparada ao número de habitantes, sendo essa
água melhor aproveitada para uso comum. Nesse caso, pode ser dispensado o uso de bombas,
posicionando o reservatório no subsolo, já que as áreas coletivas costumam ficar nos pavimentos térreos.
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5.2. Materiais de construção
A tabela 3 apresenta um extrato com dois dos materiais de construção que apresentam de alguma forma
um menor impacto ambiental se comparado aos materiais usuais. A tabela completa compreende 22
materiais, organizados em colunas que os descrevem, identifica as vantagens e desvantagens, suas
respectivas aplicações na construção civil, e por fim, compara o uso relativo às habitações
multifamiliares.
O quadro completo compreende: argamassa ecológica; blocos de concreto com agregados reciclados;
tijolos de solo cimento; Cimento Portland CPIII; colas a base de água; carpetes de garrafa PET;
ecoadesivos; ecoplacas; tintas, texturas e vernizes ecológico; óleo natural; telhas de tubos de pasta de
dente; conduítes de embalagens de agrotóxico reciclada; cal pozolânica; tubos hidráulicos de
polipropileno; madeira plástica; piso, forro e telhas de embalagem longa vida; telhas de fibra de celulose;
bambu; madeira certificada e concreto tipo HVFC (High Volume Fly Ash Concrete).
Materiais
1
2
Blocos fabricados
de concreto feito
com agregados
reciclados, ou
seja, provenientes
de resíduos da
construção e de
demolição.
Material natural
que tem recebido
diversos usos na
construção civil.
TABELA 3 – Materiais de Construção
Aplicações na
Habitação Multifamiliar
Construção Civil
Observações
Horizontal
Vertical
Deve-se observar a A variabilidade existente pode impedir a
carga estrutural a
produção em larga escala, pois é
qual a alvenaria
necessário o uso de técnicas adequadas
Alvenaria
será submetida e
para a homogeneização para evitar o
avaliar a capacidade alto consumo de cimento. Não pode ser
de resistência do
utilizado em concretos com função
bloco.
estrutural.
Fabricação de peças
moduladas de
vedação, estrutura de
telhados, forros, parte
da estrutura de
paredes em taipa e
outros.
Observar as
necessidades de
tratamento do
material para uso.
Mesma utilização
das habitações
unifamiliares, em
móveis, vedação,
pisos, estrutura, etc.
Pode ser
utilizado
estruturalmente
em edifícios de
até 7 pavimentos.
O exemplo 1 corresponde a blocos de concreto com agregados reciclados, que são componentes
provenientes de restos de construção. Sua aplicação é como alvenaria, basicamente na vedação de
ambientes, atentando nas habitações de múltiplos pavimentos pelo fato de não apresentar características
estruturais. Diversamente da alvenaria convencional, a produção em larga escala pode não ser vantajosa,
uma vez que a heterogeneidade dos materiais agregados pode dificultar a produção.
O segundo material apresentado é o bambu, um material natural abundante com múltiplas aplicabilidades
tanto na construção, como na composição e decoração de ambientes. Nas residências horizontais, em
condomínios ou vilas, sua utilização não difere das moradias unifamiliares, mas cuidados devem ser
tomados dependendo do uso nas residências verticais. Exemplos de estruturas de bambu foram
encontradas em edificações de até 7 pavimentos.
5.3. Sistemas Construtivos
Os sistemas construtivos consistem nos principais materiais e componentes utilizados na estrutura e
também como possibilidade de vedação das construções.
A tabela 4 apresenta 2 (dois) dos 7 (sete) sistemas construtivos que apresentam alguma abordagem
ecológica, divididos em colunas que compreendem a descrição, a geração de resíduos3, identifica suas
vantagens e desvantagens, e as respectivas aplicabilidades nas habitações multifamiliares.
3
Para análise e classificação de resíduo, foram elaborados três critérios de geração: baixa, média e alta, relacionados
segundo Zandemonigne; Tibúrcio e Monteiro (2010, p.32).
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O quadro completo é composto por: steel frame; wood frame; alvenaria estrutural; tijolos de adobe; paua-pique e taipa; concreto pré-moldado; estrutura metálica.
Sistema
Construtivo
1
2
Sistema modular
composto por
perfis de madeira
tratada com
diferentes
possibilidades de
vedação.
Sistema modular
composto pela
sobreposição de
blocos vazados
ligados por
concreto de alta
plasticidade
(graute).
TABELA 4 – Sistemas Construtivos
Geração de Observações
Habitação Multifamiliar
Resíduos
Horizontal
Vertical
Possibilita a construção
Importante
em larga escala pela
Pode ser utilizada em
Baixa
observar a
rapidez do processo
prédios de até cinco
procedência
devido a possibilidade de
pavimentos.
da madeira,
industrialização do
garantindo a
sistema. São mais
certificação.
econômicas em
residências de até dois
pavimentos.
Blocos apresentam
O bloco da
A modulação é
variadas resistências à
alvenaria
fundamental para a
compressão, e são
Baixa
estrutural
economia e a
utilizados de acordo com a
racionalizada
racionalização da
faixa de andar executada.
deve estar de
edificação em alvenaria
Alvenaria estrutural não
acordo com
estrutural.
armada pode ser utilizada
as normas
em edifícios de até 8
específicas.
pavimentos.
O sistema construtivo 1 é um sistema estrutural modular de madeira denominado Wood Frame,
classificado como baixa geração de resíduos devido à pré-fabricação e montagem racionalizada, evitando
as perdas usualmente geradas em canteiro de obras. Na construção é um sistema vantajoso para o
suprimento do déficit habitacional devido a rapidez do processo de fabricação e montagem das peças. No
entanto, apresenta limitações estruturais de até 5 pavimentos, sendo considerados mais econômicos nas
estruturas de até dois pavimentos.
O sistema 2 compreende a alvenaria estrutural, considerada mais resistentes que a alvenaria comum,
sobretudo devido ao sistema de encaixes e fixação. Também é considerada de baixa geração de resíduos
devido a esse sistema pré determinado de encaixes, evitando cortes e perda de material. Nos edifícios
verticais, a alvenaria estrutural não armada pode suportar até 8 pavimentos, apresentando variadas
resistências à compressão, o que possibilita sua disposição nos pavimentos conforme a carga estrutural
solicitada.
5.4. Estudos de caso
Outra tabela produzida foi a de estudos de caso, contendo as informações necessárias de cada obra
analisada, sendo identificados 2 deles na Tabela 5. Nesta, é possível verificar a breve ficha técnica da
obra, assim como estratégias utilizadas nos edifícios, identificando características empregadas na
produção de uma arquitetura de que interfira menos no meio ambiente. Também são verificadas quais as
tecnologias utilizadas para melhorar o desempenho do edifício, e algumas atitudes sustentáveis já
observadas nesses locais.
Os 12 estudos de caso compreendem 2 condomínio horizontais e 10 verticais, 5 deles considerados de uso
misto. Os condomínios horizontais compreendem o BedZED, em Londres, Reino Unido e Little Ajax, no
Colorado, Estados Unidos. Os edifícios de múltiplos pavimentos compreendem: Macallen, em
Massachusetts, Estados Unidos; Nicolas San Juan, Da Vinci e Rio Papaloapan, na Cidade do México,
México; e Torre Verde, em Lisboa, Portugal. Sendo os de uso misto: Colorado Court, na Califórnia e
Cyan, em Oregon, Estados Unidos; Wohnem & Arbeiten, em Friburgo, na Alemanha; Celosia, em
Madrid, na Espanha; e Adelaide Wharf, em Londres, Reino Unido.
Os primeiro edifício selecionado é o BedZED, que significa Beddington Zero Energy Development e é
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uma ecovila, que foi inaugurada em 2002 no bairro de Sutton, em Surrey, no sul de Londres. O sistema
foi desenhado para não emitir qualquer percentual de dióxido de carbono, sendo baseado em técnicas
simples e comprovadas para minimizar o consumo de energia. Bill Dunster, o arquiteto do projeto, afirma
não ter nada de novo em cada uma das idéias aplicadas individualmente, sendo que a novidade é agregálas e aplicar o conceito em grandes cidades.
O edifício 2, denominado Macallen, compreende um edifício vertical localizado na zona sul de Boston,
Massachussetts, sendo concebido e desenvolvido como um projeto de revitalização da área. Baseada no
U.S. Green Building Council, o projeto do condomínio se tornou o primeiro residencial multifamiliar a
receber uma classificação LEED Gold de Washington, D.C.
Ficha Técnica
Tipologia:
Condomínio
horizontal de uso
misto
Local: Surrey, sul
de Londres - RU
Arquitetura: Bill
Dunster Architects
Data: 2002
1 Área: 14.000 m²
(terreno); 2.500 m²
(construído)
Unidades:
Atualmente com
100 moradias.
Tipologia: Vertical
Local: Boston,
Massachusetts EUA
Arquitetura:
Office dA
Data: 2007
2 Área: 32.516 m²
Unidades: 140 de
diferentes tipologias
e escalonados (de 6
a 11 pavimentos)
Certificação:
LEED Gold
TABELA 5 – Estudos de caso
Estratégias de Projeto
Tecnologias Agregadas
Concentração das unidades de
trabalho e moradia no mesmo
local; proximidade com linhas
de transporte público;
posicionamento conforme
orientação solar; inércia térmica
e controle da radiação solar;
materiais reciclados,
reprocessados e/ou regionais;
mão-de-obra local; materiais
escolhidos pela qualidade e
durabilidade; iluminação e
ventilação naturais; utilização
de madeiras usadas ou de
reflorestamento; coleta seletiva.
Projeto desenvolvido com a
comunidade local; iluminação
natural; fachadas equipadas com
brises; utilização de plantas
nativas e resistentes à seca;
reciclagem do entulho de
construção.
Ventilação eólica; sistema
elétrico e de calefação por
queima de fontes renováveis
de energia; coberturas e
terraços verdes;
eletrodomésticos com baixa
utilização de água e consumo
de energia; sanitários com
válvula de duplo fluxo; coleta,
armazenamento e reutilização
de águas da chuva, servidas e
cinzas; postos de
abastecimento de carros com a
energia elétrica coletada pelos
painéis fotovoltaicos.
Cobertura verde; captação da
água da chuva e águas
residuais do sistema de
resfriamento e reutilização
para irrigação; sistema de
calefação global do edifício
fornecido pela cidade via
subterrânea; utilização de
materiais renováveis e
recicláveis; produtos com
baixo VOC; vidros com
isolamento e paredes espessas;
sanitários com válvula de
duplo fluxo.
Atitudes
Sustentáveis
Carros são
malvistos pelos
moradores, os que
têm, são movidos
à energia elétrica;
utilizam bicicleta
ou carros
comunitário para
transporte;
acordos com
supermercados e
fazendas de
produtos
orgânicos.
Alteração do
código de
construção da
cidade. Muitos
trabalhadores
passam a defender
a idéia de
construção verde;
alguns reutilizam
descartes de
materiais da obra
para utilizarem
em suas próprias
casas.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A habitação sustentável busca redução dos impactos ambientais, a fim de garantir a preservação dos
recursos para as futuras gerações. Dessa forma, foram analisadas moradias multifamiliares com essas
características, identificando as estratégias projetuais assim como as tecnologias e sistemas construtivos
que impactuam menos ecológicamente no lugar de morar. Notou-se dessa forma, uma habitação capaz de
agredir menos o meio embiente, além de sensibilizar o usuário, despertando neste, mudanças
comportamentais em busca de um modo de vida mais sustentável.
Ainda não há resultados concretos com relação aos impactos das trecnologias sustentáveis no modo de
viver das comunidades e das famílias nela inserida, pois, até o momento, a pesquisa se encontra no
aguardo das respostas dos questionários enviados. No entanto, foram identificadas algumas atitudes por
parte dos moradores e das pessoas ligadas direta ou indiretamente à essas edificações, procurando de
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9 de setembro de 2011
alguma forma contribuir na redução dos impactos naturais, adaptando-se por exemplo às formas de
transporte com menor liberação de carbono, ou ainda percebendo as vantagens de consumir alimentos
produzidos localmente.
Percebe-se ainda uma crescente busca por moradias consideradas sustentáveis tanto por parte dos
indivíduos que estão se conscientizando e buscando uma melhor qualidade de vida para suas famílias e
para o planeta, quanto por parte dos empreendedores, sejam eles construtores, clientes ou arquitetos, que
já estão identificando a importância a respeito das mudanças na forma de construir.
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AGRADECIMENTOS
Ao CNPq pela bolsa da pesquisa, à FAPEMIG pelo apoio financeiro, ao DAU-UFV pelo apoio logísitico no
desenvolvimento da pesquisa e ao Grupo de pesquisa INOVA.
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