Locaweb21 - Você Faz o Design, Nós Executamos!

Transcrição

Locaweb21 - Você Faz o Design, Nós Executamos!
Capa2:Capa Locaweb 6/4/2010 16:03 Page 2
Saiba quais
são as
tendências
e como
ganhar
dinheiro no
segmento
e mais...
TV 3D
Os produtores do filme Avatar e
fabricantes garantem: sua próxima
TV terá tecnologia tridimensional
iPad x Kindle
Fizemos um comparativo em primeira mão
com os gadgets mais desejados do momento
205 X 275:Layout 1 9/3/2010 10:38 Página 1
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Editorial_Sumario:W2008 5/4/2010 18:42 Page 4
ao leitor
Saiba quais
são as
tendências
e como
ganhar
dinheiro no
segmento
e mais...
Locaweb em Revista Edição 20
VP Comercial: Cláudio Gora
Gerente de Marketing: Victor Sebastian Reis da Silva
Coordenação de Comunicação: Daniela Veronese
Coordenação Editorial: Douglas Camargo
Editora Europa
Editor e Diretor Responsável: Aydano Roriz
Diretor Executivo: Luiz Siqueira
Diretor Editorial e Jornalista Responsável:
Roberto Araújo - MTb.10.766 - [email protected]
Editores: Paulo Basso Jr. e Sérgio Vinícius
Revisão: Cátia de Almeida
Editor de Arte (projeto gráfico): Alexandre Dias (Nani)
Colaboração: Felipe Magalhães, Gabriel Dudziak, Leonor
Ribeiro, Luciano Delfini, Marco Clivati e Yan Borowski
Publicidade São Paulo:
E-mail: [email protected]
Diretor de Publicidade: Mauricio Dias (11) 3038-5093
Executivos de Negócios: Flavia Pinheiro (coordenadora),
Alessandro Donadio, Angela Taddeo, Claudia Alves,
Elisangela Xavier e Rodrigo Sacomani.
Executivos de Contas: Leandro Blotta, Marcos Roberto e
Renata Naomi
Criação Publicitária: João Paulo Gomes
(11) 3038-5103 - Tráfego: Renato Peron (11) 3038-5097
Circulação e Promoção - Gerente: João Alexandre
Desenvolvimento de Pessoal:
Tânia Marilia Ribeiro Roriz e Elisangela Tokashiki
Locaweb em Revista é uma publicação da Editora Europa
Ltda. e do departamento de comunicação e marketing da
Locaweb Serviços de Internet. A Editora Europa não se
responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios de terceiros.
Distribuidor Exclusivo para o Brasil:
Fernando Chignalia Distribuidora S. A. - Rua Teodoro da
Silva, 907 - CEP 20563-900 - Grajaú - RJ
Impressão: Prol Editora Gráfica
Somos Filiados à ANER - Associação
Nacional dos Editores de Revistas
Mobile, enfim,
vira realidade
Parece que, após os especialistas bradarem por anos
a fio que o mobile seria a tecnologia do momento,
finalmente isso se confirmará ao longo de 2010. Segundo o
renomado grupo Gartner, consumidores de todas as partes do mundo gastarão mais de
US$ 6 bilhões com mobile neste ano. Por isso, esta edição da Locaweb em Revista traça
um panorama completo sobre o tema e apresenta as tendências do segmento para este
ano. Você saberá mais sobre a tecnologia que já está disponível, o que está em
desenvolvimento e que tipo de ações as empresas estão fazendo para atuar em mobile.
Diversos cases ilustram como alguns importantes grupos brasileiros já estão se dando
bem com aplicações feita para celulares.
Fora isso, nossa equipe de reportagem produziu um comparativo entre os
equipamentos de informática do momento: iPad e Kindle. Você verá o que há de melhor
e de pior em cada aparelho e qual deles atende melhor às suas expectativas.
De quebra, o mês de abril celebra o início do 12º Encontro Locaweb, evento que irá
percorrer seis capitais brasileiras. Conversamos em primeira mão com os palestrantes e
eles revelaram um pouco do que será apresentado nas palestras durante o encontro.
Também nesta edição, há uma entrevista exclusiva com Silvio Meira, um dos papas
brasileiros de TI, e uma reportagem quentíssima sobre Experiência do Usuário (ou User
Experience – UX) com as principais tendências desse setor, que não para de se
transformar. As futuras TVs 3D, que estão cada vez mais próximas da sala de nossas casas,
e uma seleção incrível de softwares livres também são assuntos debatidos este mês. Para
finalizar, você verá uma análise da pergunta que não quer calar no mundo da web: Flash,
HTML5 ou Silverlight, qual é a tecnologia do futuro?
Tudo isso nas páginas seguintes. Boa leitura!
Claudio Gora
[email protected]
O que tem nesta edição...
• Capa 30
• TV 3D 44
• OpenSource 52
• iPad X Kindle 26
4 locaweb
* Entrevista: Sílvio Meira ........................06
* Notícias .................................................10
* Portfólio ................................................18
* Encontro Locaweb................................20
* Artigo: Cesar Paz ..................................24
* iPad X Kindle ........................................26
* Google Buzz .........................................28
* Mobile...................................................30
* Tendências de UX .................................40
* Artigo: René de Paula Jr.......................43
* TV 3D ....................................................44
* OpenVideo Format...............................50
* OpenSource ..........................................52
* Programando.com: Rogerio Ferreira....56
* Artigo: Marcelo Trípoli.........................59
* Todos contra o Flash............................60
* Locavip ..................................................66
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PALESTRAS
Tendências do Mercado de Internet
Gilberto Mautner, CEO e Fundador da Locaweb
Start-Up. De Empregado a Empregador.
Vinícius Telles, Fundador da Consultoria Improve It
Desmembrando Pessoas
Pensamentos Aleatórios Sobre Gestão
Fábio Akita, Gerente de Projetos e Evangelista Ruby on Rails
Painel Cyber Punk
Gil Giardelli, Co-founder Gaia Creative,
Permission, Justmail e Trendinnovation
O Futuro Chegou. Vagas Abertas!
Executivos da Microsoft
A Nova Escala da Inovação Digital
Luli Radfahrer, Ph.D. em Comunicação Digital - ECA/USP
8 DE ABRIL: Salvador/BA • 15 DE ABRIL: Belo Horizonte/MG • 29 DE ABRIL: Porto Alegre/RS
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Entrevista:W2008 23/3/2010 18:56 Page 6
Entrevista
A oportunidade de
fazer mais está
sempre ao nosso lado
Com a fama e o mérito de ser um dos maiores especialistas em TI do
mundo, Silvio Meira fala sobre as tendências atuais da tecnologia
Por Gabriel Dudziak
reconhecimento vai além da
sua área de atuação. Em
1999, Silvio Meira ganhou da
Presidência da República as comendas
da Ordem Nacional do Mérito
Científico. Em entrevista exclusiva à
Locaweb em Revista, o comentarista
da Rádio CBN, dono de blog, habitué
do Twitter e pesquisador do Centro de
Estudos e Sistemas Avançados do
Recife (C.E.S.A.R) conta, com toda a
sua autoridade e bom humor, como
vê o mundo digital.
O
Locaweb em Revista :: Todas as
consultorias de TI apontam o mobile
como o fenômeno do momento e o
mercado que mais deve crescer nos
próximos anos. O que você pensa
sobre isso?
Silvio Meira :: Estamos assistindo, há
algum tempo, a transição da “internet
quando possível” para a “internet em
tempo real”, que pode ser transportada
por qualquer um no que se costumava
chamar de telefone celular. Digo
costumava chamar porque a função de
telefonia do dispositivo móvel, agora
conectado ao mundo via IP, deve
deixar de ser a mais relevante em
pouco tempo. No momento, as
pessoas estão começando a descobrir
que celular é uma plataforma
programável, conectada à internet,
6 locaweb
Meira, em momento descontraído \\ “À medida que mais pessoas se conectam e a
população consegue ler, entender e criticar, um discurso vazio não vai garantir um mandato”
sobre a qual podem rodar um monte
de serviços, incluindo alguma coisa que
Graham Bell chamava de “telephone”,
com “ph” e tudo mais. Não vai ser em
um ano que as coisas mudarão de vez,
mas efetivamente o mobile é uma
tendência indiscutível.
LR :: Além do mobile, o mercado de
TI está se voltando fortemente para o
cloud computing. A tecnologia das
nuvens veio mesmo para ficar?
SM :: O cloud computing será cada
vez mais visto como uma tecnologia
normal para quem está conectado à
nuvem da internet. Os serviços ligados
ao conceito serão oferecidos em
grande escala nos grandes centros, a
preços baixos e com várias
alternativas de qualidade. O problema
é que a tecnologia não é nada normal
para um supermercado em Taperoá,
no interior da Paraíba. Lá, a rede é
uma só e o preço não é tão bom
como deveria ser. Aí, o carinha do
caixa não aceitará correr o risco de
ficar duas, três horas fora do ar no dia
de feira. A oferta de cloud computing
vem melhorando muito nos últimos
anos, e deve se tornar o padrão e não
a exceção, à medida que a
infraestrutura de rede passe a
Entrevista:W2008 23/3/2010 18:56 Page 7
Entrevista
funcionar como a eletricidade. O
esquema tem de ser “nearly always
on” (quase sempre ligada) e é
importante saber que um apagão de
maior ou menor porte pode acontecer
de vez em quando.
LR :: Comparada a países como
Coreia e Estados Unidos, a
infraestrutura de rede brasileira ainda
é restrita em quase todos os níveis da
sociedade, inclusive no governo.
Como você vê o uso da tecnologia no
País, por parte dos poderes públicos?
SM :: O governo, em todos os níveis,
tem serviços eletrônicos que
resolvem um monte de problemas
complicados, como o da declaração
do imposto de renda, mas não
pode ficar restrito a isso. Uma
questão importante a ser resolvida
antes de se informatizar mais
coisas é repensar os processos e
automatizá-los. Muito mais poderia
ser feito e com muito mais impacto
para cidadãos, empresas e,
consequentemente, para o próprio
governo se os métodos e processos
fossem simplificados antes de pensar
em mais informatização.
LR :: As eleições de 2010 serão um
divisor de águas no uso da informática
como plataforma eleitoral?
SM :: Eu acho que nós aprenderemos
muito com o uso da internet na
eleição de 2010. Porém, por várias
razões, incluindo o diminuto
percentual de pessoas com banda
larga em casa, o impacto da rede na
eleição não será o que poderia ser. A
próxima eleição, no entanto, vai ser
essencial para todos aprenderem o
que se faz e o que não se faz na rede
durante uma campanha. À medida
que mais pessoas - e eventualmente
todos - se conectam e a população
consegue ler, entender e criticar, não
vai ser apenas um rosto bonito ou
conhecido e um discurso vazio que
vai garantir um mandato. Será
preciso conteúdo.
* “As pessoas estão descobrindo que celular é uma
plataforma conectada à internet, sobre a qual
podem rodar um monte de serviços, incluindo o
que Graham Bell chamava de ‘telephone’”
LR :: De volta ao universo das
tendências, você acredita que, a curto
prazo, teremos uma ferramenta de
internet tão específica e popular
quanto o Twitter, ou é mais provável
que ocorra uma integração das
plataformas mais usadas na rede?
SM :: Difícil dizer. A única coisa certa é
que, neste exato momento, um monte
de desenvolvedores está desenhando
algo que nunca soubemos que
precisávamos, mas que, quando
tivermos, seremos usuários intensos e
fiéis. Claro que ainda há muitas
ferramentas a serem inventadas, mas
seria bom que resolvêssemos alguns
* “Neste momento, um
monte de desenvolvedores
está desenhando algo que
nunca soubemos que
precisávamos, mas que,
quando tivermos, seremos
usuários intensos e fiéis”
problemas que já temos antes de seguir
em frente, como o de uma identidade
única. Um só nome, senha e acesso a
tudo a que tivéssemos direito facilitaria
muito, de sistemas de informação a
catracas de ônibus.
LR :: Em um sistema nesses moldes,
como você vê questões relevantes
como a privacidade e a segurança
da informação?
SM :: Um grande número de pessoas
está satisfeita em entregar sua
privacidade às câmeras de todo tipo e
seus dados a sistemas que não controla
e que talvez ninguém controle. A
prática deveria ser não entregar nem
um bit a mais a você, além dos que são
necessários e suficientes para que seu
provedor de serviço dê conta do que
deveria estar fazendo para ajudá-lo.
O resultado é que os crimes virtuais
consomem algo em torno de US$ 1
trilhão por ano, boa parte deste
montante derivado de roubo de
identidade. É muito. Perto disso, você
discutir a sua vida amorosa em uma
rede social pode parecer menos sério,
mas não é. É tão sério quanto qualquer
outro tipo de perda de privacidade.
LR :: A tecnologia que deveria
ser usada para ajudar o ser
humano a se libertar de afazeres
e serviços repetitivos está
aprisionando as pessoas?
SM :: Só fazemos mais do que
fazíamos antes porque queremos
fazer mais. Somos agentes livres,
dentro de um ambiente em que
cooperamos e competimos para
sobreviver. Muitas vezes, no entanto,
queremos sobreviver, entre aspas,
em um apartamento maior, com um
carro melhor, viajando mais, para
lugares mais caros, mas nunca nos
perguntamos se o esforço vale a
pena. Como a rede não localiza e
dessincroniza as ferramentas e meios
de trabalho, em uma sociedade em
que quase todos somos criadores e
manipuladores de informação, a
oportunidade de fazer mais está
sempre ao nosso lado. E vai estar
cada vez mais. Os que conseguirem
ter tempo para outras coisas,
desligados de suas conexões, talvez
aproveitem outra vida, assim,
meio desligada. Não significa que
viverão menos, mais, ou melhor.
Isso pouco importa. No fundo,
somos e seremos todos diferentes e
é isso o que queremos: o direito,
para todo o sempre, de continuar
sendo assim.
locaweb 7
Emails:W2008 5/4/2010 18:10 Page 8
e-mails
Web 3.0
Tenho lido em
alguns lugares sobre a
Web 3.0. Justamente
agora que assimilei o
conceito de Web 2.0,
aparece esse novo termo.
Vocês poderiam me
explicar do que ele se
trata? Quero estar por
dentro quando aparecem
novos sites utilizando
essa abordagem.
André Lima - Por e-mail
Há uma corrente não completamente
oposta à apresentada
acima - que dá conta de
que a Web 3.0 é uma
internet amadurecida. Para
dar base aos argumentos,
os entusiastas desta teoria
defendem que o aumento
das velocidades de conexão
e a popularização de novas
tecnologias de transmissão
de dados (WiMax, 3G,
internet via rede elétrica)
poderiam aumentar o
espectro de possibilidades
dos provedores de serviços
na web e dos próprios
usuários da rede. A ideia é
que com a internet no
geral amadurecida e
estabilizada, com altas
velocidades e com
tecnologias já implantadas,
no quesito “modelo de
negócios”, a Web 3.0 não
atrairia pessoas sem
conhecimento do terreno,
aventureiros que pensam
que ainda podem ficar
ricos de um dia para o
outro com uma ideia
“genial”. Por fim, o
amadurecimento da
internet apontaria para a
união de diversas mídias
e mundos virtuais.
//Envie seu e-mail
Se você tem alguma dúvida, sugestão ou
crítica, entre em contato com nossa redação
pelo e-mail [email protected].
Há diversos jogos online
que levam o jogador para
um mundo virtual, mas
que há nele elementos
reais, como empresas que
funcionam dentro dele e
estão presentes no dia a
dia offline. Isso seria um
típico case de como será a
Web 3.0.
Admin SQL
Trabalho muito
com MySQL e sempre tive
dificuldade em encontrar
um bom aplicativo para
gerenciar os meus
bancos de dados.
Gostaria de saber se
vocês aí da revista
poderiam me indicar
uma ferramenta desse
tipo, já que no decorrer
dos anos devem ter
testado várias delas.
Daniel Sá - Por e-mail
Página do SQLyog \\ Depois de se acostumar com o programa, você verá que o software é extremamente
rápido para o dia a dia; outro ponto que merece destaque é a rotina de execução de queries muito funcional
8 locaweb
A escolha da redação
da Locaweb em
Revista foi um programa
chamado SQLyog, que ainda
tem a vantagem de ser
gratuito (www.webyog.com).
Logo à primeira vista, você
pode achar a interface do
SQLyog um pouco confusa.
Na verdade, ela realmente
é. Você demora um bom
tempo para descobrir onde
estão alguns comandos
simples, como, por
exemplo, o visualizador
de dados da tabela.
Mas depois que você se
acostuma, verá que o
programa é extremamente
rápido para o dia a dia.
Outro ponto que merece
destaque é a rotina de
execução de queries.
Em nossos testes, o
programa foi capaz de
rodar uma sequência de
queries de 5 MB em poucos
segundos. Para você ter
uma ideia do que isso
significa, a mesma
sequência demorou quase
cinco minutos para ser
executada no HPMyAdmin.
Mas é claro que o SQLyog
não tem só qualidades.
Uma das coisas que nos
chamou a atenção é a
facilidade como exclui
tabelas e até mesmo
databases inteiras. Se você
clicar com o botão direito
do mouse sobre um banco
de dados qualquer e
escolher Drop Database, o
programa faz uma simples
pergunta e adeus. Você
perde tudo, incluindo
estruturas e dados.
Noticias_Parte1:W2008 23/3/2010 19:09 Page 10
notícias
blog.locaweb.com.br
Confira as novidades da maior empresa de serviços de internet do Brasil
Marina Silva prestigia a
Locaweb no Campus Party
Pré-candidata à presidência discursa sobre inclusão digital e uso das
mídias sociais no poder público, durante o badalado evento de TI
A senadora Marina
Silva (PV) compareceu
ao stand da Locaweb na
Campus Party, realizada no
início do ano, para ministrar
uma disputada palestra.
Na ocasião, a ex-ministra
do meio ambiente e
pré-candidata do PV à
presidência da república,
evitou fazer campanha e falar
abertamente dos seus planos
de governo. Em vez disso, o
tema principal do diálogo foi
inclusão digital.
Aproveitando o ambiente
da feira, onde quase todos
têm um notebook conectado
à internet, boa parte das
perguntas foi feita pelos
visitantes ao vivo, via Twitter.
A pré-candidata até
reconheceu que foi
“recentemente batizada no
mundo digital”, mas se
mostrou uma grande
entusiasta das possibilidades
que a inclusão digital pode
trazer para o poder público.
10 locaweb
Durante a palestra, que
foi mais um diálogo com os
ouvintes que propriamente
uma exposição, Marina Silva
mostrou alguns exemplos
de como a internet pode
ajudar na fiscalização do
Estado. Um deles, inclusive,
remete ao tempo da web
embrionária, em meados da
década de 1990. Na ocasião,
ainda durante o governo
FHC, a Câmara e o Senado
aprovaram um projeto que
visava diminuir as áreas de
proteção ambiental
obrigatórias no Brasil.
A senadora, uma das
únicas a votar contra a
proposta, recebeu mais de
35 mil e-mails repudiando a
emenda, o que travou o
maior servidor de Brasília.
Esse fato pesou muito na
decisão do então presidente
de arquivar a proposta.
Marina Silva também
afirmou que o governo está
aumentando o diálogo com
Internet no poder público \\ No estande da Locaweb, Marina abordou
temas como o auxílio da internet na fiscalização das ações do Estado
o público por meio da
internet, mas precisa alargar
ainda mais esse contato, de
forma que o povo possa
participar mais ativamente
das decisões governamentais.
Segundo a presidenciável, os
problemas mais urgentes do
Brasil, como a falta de
saneamento básico, não
anulam investimentos na
área digital. “As duas coisas
se complementam”, disse a
senadora. “As mídias digitais
podem ajudar as pessoas a
denunciarem áreas em que o
fornecimento de saneamento
básico é escasso”, explicou.
A palestra na Campus
Party durou uma hora e
meia. Marina Silva respondeu
cerca de duas dezenas de
perguntas, a maioria delas
feita pelo Twitter.
Noticias_Parte1:W2008 23/3/2010 19:09 Page 11
e mais...
PARCERIA COM FREELA TRAZ NOVA PÁGINA
DE DESENVOLVEDORES DA LOCAWEB
• Lançada recentemente, a nova página de Desenvolvedores
da Locaweb agora conta com o apoio do Freela.com.br, site no qual é possível encontrar especialistas em
desenvolvimento para várias plataformas, de webdesign a
construção de sites, além de sistemas mais complexos. Com
um cadastro simples e objetivo, é possível divulgar o seu
portfólio de serviços e participar das concorrências de
projetos publicados por empresas e pessoas que precisam de
um desenvolvedor. Mais em Locaweb.com.br/Parceiros.
MARTHA GABRIEL RECEBE O PATROCÍNIO
DE INTELECTO DIGITAL DA LOCAWEB
Curso de Formação
em Web Design
parceria firmada
entre a Locaweb e a
Caelum já começa a dar
bons resultados. Um
exemplo é a criação do
curso de Formação em
Web Design, que tem
como objetivo melhorar a
interação de aplicações
para internet. As aulas abordam temas como Design de Interação,
Experiência do Usuário, Usabilidade em Aplicações Web e
Programação de Interfaces. Os clientes da Locaweb que tiverem
interesse no curso terão 20% de desconto em inscrições com
pagamento à vista. Para saber mais sobre Formação em Web
Design, visite o site: www.caelum.com.br/cursos/web.
A
Gilberto Mautner fala
sobre Cloud Computing
no blog da revista Info
ilberto Mautner,
CEO e fundador
da Locaweb,
irá escrever
periodicamente um
novo blog no site da
Info sobre cloud
computing. O blog
chama-se Nas
Nuvens, e o convite
partiu da diretora de redação da revista Info, Débora Fortes. A
participação de Gilberto Mautner escrevendo sobre computação em
nuvem em uma das principais publicações do mercado de tecnologia
reforça a experiência e consolida o pioneirismo da Locaweb na oferta
de cloud computing para Brasil e América Latina. Leia o blog
em http://info.abril.com.br/noticias/rede/nas-nuvens.
G
• Martha Gabriel é uma profissional engajada e grande
conhecedora do mundo digital. Por isso, a Locaweb passou
a apoiá-la em uma ação de patrocínio inédito no Brasil,
batizado de “Intelecto Digital”. O objetivo é colaborar com
Martha para que ela continue exercendo seus excelentes
trabalhos no Brasil, e tenha a possibilidade de expandi-los
para todo o mundo. A iniciativa mostra a visão da Locaweb
em ajudar pessoas de talento que têm a preocupação em
compartilhar seus conhecimentos.
locaweb 11
Noticias_Parte2e3_WishList:W2008 23/3/2010 18:57 Page 12
Wishlist
O melhor da
cultura digital
Nesta seção, você confere o que há de melhor nas prateleiras ao
redor do mundo quando o assunto é alta tecnologia, conectividade
com a web e diversão eletrônica
Central multimídia
A Sony quer manter todo mundo conectado com o Dash, um
portátil avançado que se parece com um rádio relógio, mas é uma
verdadeira central multimídia. Via wi-fi, ele vai acordá-lo com a
sua música preferida, os recados de seus amigos nas redes socias
e a previsão do tempo. Se preferir, também é possível assistir a
filmes em HD, ouvir música, responder e-mails... São centenas
de serviços com acesso fácil pela tela touchscreen de 7”.
Possui alto-falantes estéreo, acelerômetro e conexão USB.
Excelente investimento. Está à venda por US$ 199.
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Mini 10
O Mini 10V, da Dell, não oferece a melhor
configuração da categoria e não é o mais
econômico, quando o assunto é bateria. Ele entra na
lista de melhores netbooks do mercado porque é
acessível e apresenta um conjunto harmonioso e
com excelente acabamento interno e externo. Um
diferencial do portátil é a conexão HDMI, que pode
ser usada para conectá-lo a TVs de alta definição.
Porém, como a configuração do portátil não suporta
vídeos em HD, a saída serve mesmo para reproduzir
fotos e músicas. O preço sugerido é de R$ 1.499.
Mais informações: www.dell.com.br
12 locaweb
Noticias_Parte2e3_WishList:W2008 23/3/2010 18:57 Page 13
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Roteador invocado
O D-Link Touch é um roteador com um belo display
LCD de 3” e menu intuitivo, no qual é possível executar
todas as etapas da configuração do sinal wireless sem
ligar o computador. O aparelho é perfeito para quem ainda
não domina todo o processo de configuração pelo
navegador. Além disso, é um equipamento com qualidade
ímpar: dual-band, suporta três fluxos de dados e alcança taxa
de transferência de até 450 Mbps. Apresentado ao mercado
norte-americano, ainda não teve o preço divulgado.
Mais informações: www.dlink.com
Tudo em um
Mais conhecido como “smartphone da casa”, o
Ooma Telo é mais que uma secretária eletrônica:
uma solução telefônica completa. O dispositivo
incorpora várias tecnologias para o gerenciamento
de suas ligações e possibilita ações como leitura
em voz alta de e-mails, atendimento e realizações
de chamadas pelo seu celular (por meio de
Bluetooth) e total integração com recursos de
telefonia VoIP. O aparelho custa US$ 250.
Mais informações: www.ooma.com
Notebook fininho
O Vaio X tem cara de netbook e configuração de notebook. A máquina da Sony é
perfeita para quem procura portabilidade, mas não dispensa conforto, sofisticação
e muita tecnologia. Ele pesa apenas 760 gramas e é um dos portáteis mais finos
e leves do mundo. O segredo está na estrutura, produzida com fibra de carbono,
com apenas 1,4 cm de altura, que abriga um dos processadores mais rápidos da
categoria: o Atom Z 540 de 1,8 GHz. A tela de 11,1” é fina e maleável para não
quebrar. O visual com cantos arredondados oferece teclado e touchpad
diminutos, porém confortáveis. Preço sugerido: R$ 6.999.
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Noticias_Parte2e3_WishList:W2008 23/3/2010 18:57 Page 14
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Papel eletrônico
O eDGe é o primeiro tablet PC com tela de papel eletrônico
para ler e-books, e também o primeiro e-reader com funções
de tablet. São duas telas interligadas: uma com 9,7”, para ler
e-books e fazer anotações; e a outra, um LCD touchscreen de
10,1”, para navegar na internet. A Entourage Systems,
empresa que criou o sistema, escolheu pecar pelo excesso e
desenvolveu um equipamento que vai do céu ao inferno em
uma página. Afinal, quem consegue ler um livro em preto e
branco com uma bela tela colorida ali ao lado? O eDGe já
está à venda por US$ 490.
Mais informações: www.entourageedge.com
Definição sem fios
E os primeiros produtos com a tecnologia
Wireless HD já começam a dar as caras no
mercado. Um deles é o adaptador RocketFish
Wireless HD, que acabou de ser lançado e já
está à venda nos EUA. O equipamento,
composto de um transmissor e um receptor
sem fio, permite o envio dos sinais em alta
definição de aparelhos com saída HDMI a até
10 m de distância, sem nenhum tipo de perda.
O sistema oferece, ainda, compatibilidade com
Dolby TrueHD, DTS HD e resolução 1080p. Como
toda nova tecnologia, o Rocketfish WirelessHD
ainda tem um preço bem caro: US$ 600.
Mais informações:
www.rocketfishproducts.com
Impressora portátil
A impressora portátil Planon Printstik, que mede apenas 27 cm de largura e pesa menos
de 700 g, pode imprimir (em preto e branco) arquivos de notebooks, celulares ou
qualquer dispositivo compatível com conexão sem fio Bluetooth. Seu compartimento de
folhas (que são especiais para a impressora) pode guardar até 20 unidades, e sua bateria
interna permite a impressão de até 40 páginas. A pequena impressora custa US$ 300.
Mais informações: www.planon.com
14 locaweb
205 X 275:Layout 1 11/3/2010 12:19 Página 1
Noticias_Parte 4_Circuito_Twittosfera:W2008 24/3/2010 17:15 Page 16
//EVENTOS
E CURSOS
IV Encontro Nacional
BrOffice.org
Notícias/Circuito
Sua leitura
sobre internet
Confira dicas interessantes de livros sobre temas diversos
ligados ao mundo da tecnologia da informação
Desenvolvendo
Websites com PHP
Livro apresenta técnicas de
programação fundamentais
para o desenvolvimento de
sites dinâmicos e interativos.
Você aprenderá a criar páginas
com linguagens usadas em
mais de 10 milhões de sites
no mundo.
Preço: R$ 44,90
Autor: Juliano Niederauer
Inf.: http://novatec.com.br
Marcado para os dias 15 e 16 de
abril, este evento será realizado
simultaneamente em diversos
lugares do Brasil. Voltado para
diretores de empresas, gerentes
de TI, técnicos de informática,
estudantes, acadêmicos, usuários
de aplicativos Office e a
comunidade em geral, tem
como objetivo mostrar o
desenvolvimento do BrOffice,
suas vantagens e desvantagens,
e casos de sucesso na migração.
Mais informações em
http://encontro.broffice.org.
InterMinas 2010
Evento terá quatro palestrantes
internacionais e será realizado em
24 de abril, com palestras e
mesas redondas nas quais será
discutido o que há de mais atual
na área de desenvolvimento e
tecnologia. Os participantes terão
acesso livre à internet, rede
wireless, coffee break, brindes e
eventos de confraternização. As
inscrições devem ser feitas em
interminas.imasters.uol.com.br.
Online Marketing Expo
Redes de Computadores
Implantando a
Governança de TI
- da Estratégia à
Gestão dos Processos
e Serviços
A obra tem por objetivo ensinar ao leitor,
em profundidade, tudo o que precisa saber
sobre redes. Os textos são voltados para
estudantes, profissionais da área e usuários
que desejam aprender a montar uma rede
segura por conta própria.
Preço: R$ 219
Autor: Gabriel Torres
Informações: www.editoranovaterra.com.br
Preço: R$ 65,90
Autor: Vladimir Ferraz
de Abreu
Inf.: www.brasport.com.br
O autor traz uma série de
dicas para quem deseja
desenvolver sistemas
de TI com boa gestão
de relacionamento.
TUTORIAIS E VIDEOAULAS ONLINE
O ambiente online é
bastante propício
para videoaulas, já
que permite ao
aluno acompanhar
as lições quando
e onde quiser.
A cada edição da
Locaweb em
Revista, você vê
o melhor em
cursos disponíveis
na internet
16 locaweb
Curso completo de Flash
Número de vídeos: 20
Preço: gratuito
URL: http://tinyurl.com/yb4quz3
O encontro, programado para os
dias 19 e 20 de maio no
Sheraton WTC, em São Paulo,
concentrará, em um único evento
de marketing digital e
publicidade online, todas as
empresas do setor da América
Latina. Entre os convidados,
destaca-se Chris Anderson, chefe
de redação da Wired, publicação
de TI mais famosa do mundo.
Outras informações podem ser
obtidas em http://omexpo.com/
latino/2010/pt.
BLOG DO MÊS
Morfina
O esquema deste site que virou blog é agregar, em um
único lugar, o conteúdo de páginas de diversos autores.
URL: www.morfina.com.br
Noticias_Parte 4_Circuito_Twittosfera:W2008 24/3/2010 17:15 Page 17
Notícias/Mídias Sociais
MÍDIAS SOCIAIS
Descubra as principais novidades apresentadas pelas redes sociais
Tumblr planeja gerar receitas
Ferramenta estuda meios de faturar com os blogs, o que pode
abrir caminho para outras plataformas disponíveis no mercado
Uma das mais simples e
recentes plataformas de
blogs apresentadas ao
mercado está ganhando
cada vez mais espaço.
Posicionado entre o
completo WordPress e o
sucinto Twitter, o Tumblr é
a ferramenta perfeita para
usuários que querem ter
um blog minimalista e
eficiente, com fotos,
vídeos e outros conteúdos
embutidos, tudo montado
com rapidez e praticidade.
Por enquanto, a
plataforma ainda é um
pequeno ponto dentro do
enorme radar que gira
em torno das mídias
sociais, mas vem
crescendo com rapidez
suficiente para gerar
impacto. O foco deve
aumentar ainda mais
nos próximos meses,
quando o Tumblr
pretende lançar dois
geradores de receitas.
Detalhes ainda não
foram revelados, mas
rumores confirmam que
um deles será um widget,
aplicativo que flutua pela
janela de trabalho e
oferece diversas
::Nova ferramenta permite
que você twitte seu currículo
A cada dia, surgem novas
maneiras para aumentar
a utilização do Twitter. A
mais recente novidade é
o Twitres (www.twitres.
com), que publica seu
currículo em poucos
segundos no microblog.
O aplicativo funciona
oportunidades de
personalização. Muitos
apostam que esse recurso
também será usado, muito
em breve, pelo Twitter.
Caso essas plataformas
::Plataforma de comunidades
é repaginada no Orkut
Update \\ Rede social
volta a inserir link das
Comunidades na página
inicial e inclui um
novo sistema para
gerenciamento de fóruns
de forma extremamente
simples. Acesse o site
e clique na opção
“Tweet Now”. Depois,
logue-se com seu nome
de usuário e senha do
Twitter, faça o upload do
currículo e clique em
“Upload e Post”.
Currículo
bem exposto \\
Aproveite o alto
poder de alcance da
mídia social para se
apresentar ao
mercado de trabalho
obtenham sucesso com
o investimento, um novo
caminho será aberto
para as redes de
microblogging, até hoje
desprovidas de receitas.
Depois de passar por um
longo processo de
renovação, o Orkut acaba
de receber um novo
upgrade. Trata-se da
criticada área de
Comunidades, que voltou
a ter um link direto na
página inicial da rede
social. A seção passou
a incluir uma ferramenta
para gerenciamento de
fóruns, dividida em
“Minha Comunidades
Gerenciadas” e
“Comunidades Pendentes”.
Fora isso, agora é possível
observar os nomes
dos tópicos em discussão
no momento.
locaweb 17
Portfólio:W2008 23/3/2010 19:06 Page 18
portfólio
Confira o cliente do mês, destacado pela Locaweb, por produzir
trabalhos online diferenciados que atraem muitos visitantes
Aldeia
Mais de 14 anos de atuação
e muita história para contar.
O chão da Aldeia é o pouco
óbvio, pensar e fazer
diferente, traçar o melhor
caminho entre uma empresa
e seus públicos no meio
digital. Em outras palavras:
criar experiências digitais
relevantes. A empresa aplica
recursos de comunicação e
tecnologia da informação
para criar soluções em
Presença Digital, Métricas,
Busca, Mídia, Criação e
Distribuição de Conteúdo.
Confira alguns
trabalhos
desenvolvidos
pela Aldeia
(www.aldeia.biz)
1
Gisele Bündchen
(www.giselebundchen.com.br)
O site da maior modelo do
mundo inclui área para fãs, blog
e articulação com redes sociais.
1
2
Sandália Gisele Bündchen
(www.sandaliagiselebundchen.com.br)
O produto é apresentado em um hotsite
lúdico, cheio de movimento e inspirado
em tons aquarelados do fundo do mar.
3
Colcci
(www.colcci.com.br)
Website forte em imagens,
looks e bastidores de desfiles
3
18 locaweb
2
205 X 275:Layout 1 19/3/2009 17:19 Page 1
Encontro:W2008 5/4/2010 18:18 Page 20
especial
Grande evento
da cultura digital
Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo
se preparam para o 12º Encontro Locaweb de Profissionais da Internet
Por Gabriel Dudziak
S
eis dias, seis cidades e mais
de 3,5 mil convidados. Esse é
o saldo da 12ª edição do
Encontro Locaweb de Profissionais
da Internet, que promoverá, em abril
e maio, palestras com profissionais
de renome das mais diversas áreas
de Tecnologia da Informação (TI);
apresentações de tendências do
mercado; cases e, principalmente,
um ambiente recheado de pessoas
interessadas na propagação de
novas ideias e conhecimento.
Voltado para admiradores,
usuários e profissionais web, o
encontro terá como primeira sede a
cidade de Salvador (BA), em 8 de
abril. Na sequência, será realizado
em Belo Horizonte (MG), em 15 de
abril, e Porto Alegre (RS), no dia
29 do mesmo mês. Em maio,
Curitiba (PR) recebe o evento no
dia 6, enquanto o Rio de Janeiro (RJ)
servirá de palco para as discussões
no dia 15. Por fim, São Paulo
encerrará a 12ª edição do Encontro
Locaweb de Profissionais da Internet
no dia 25 de maio.
As principais atrações do evento,
que ao longo de sua história já
reuniu mais de 6 mil pessoas
20 locaweb
em diversas cidades do Brasil,
serão as palestras. Para abraçar de
forma adequada uma série de temas
que, cada vez mais, ganham
importância nas diferentes esferas
de negócios e conhecimentos
ligados à internet, os organizadores
do encontro não pouparam esforços
para reunir os mais relevantes
profissionais do setor.
Neste ano, o pontapé inicial será
dado pelo presidente e fundador da
Locaweb, Gilberto Mautner, com a
palestra “Tendências do Mercado de
Internet”. Durante a exposição,
Mautner traçará um panorama geral
de como andam os negócios
mediados pela rede mundial,
versando principalmente sobre o uso
do cloud computing, que deve
ganhar cada vez mais espaço em
2010. Além disso, o presidente da
Locaweb falará sobre as integrações
de plataformas, e como as empresas
podem aproveitar o potencial da
web para impulsionar seus negócios.
Profissionais web \\ Programado para seis cidades e com mais de 3,5 mil convidados, encontro
promovido pela Locaweb é destinado a admiradores, usuários e profissionais da web em geral
Encontro:W2008 5/4/2010 18:18 Page 21
especial
* O presidente e
fundador da Locaweb,
Gilberto Mautner,
abrirá o evento com
debates sobre os
principais negócios
mediados pela internet,
como o cloud
computing, que deve
ganhar
cada vez
mais
espaço
este ano
Na esfera do business, a gigante
Microsoft surge como grande
convidada. Alguns dos principais
executivos da empresa no Brasil
estarão presentes no evento.
Eles vão falar sobre as metas do
grupo e as novas oportunidades de
negócios no painel “O futuro
chegou: vagas abertas”. Para quem
deseja se posicionar no mercado,
é imperdível.
Gestão de pessoas
O tema voltará a ser debatido no
painel “Desmembrando Pessoas Pensamentos Aleatórios sobre
Gestão”, que será ministrado por
Fábio Akita, Ativista Rails no Brasil.
A discussão abordará os rumos que
o conceito de gestão vem tomando
nos últimos tempos. “Ao falar sobre
o assunto, normalmente as pessoas
abordam fatores como técnicas de
organização, controle de custos,
cronogramas e ferramentas. Muitos
esquecem, porém, que a parte mais
importante é o gerenciamento
humano. Lidar com pessoas, fazê-las
trabalhar em conjunto, entender seu
Internet humana \\ Evento apresentará ações promovidas pelo grupo cyberpunk, fruto de um
movimento literário homônimo da década de 1980, cuja principal obra é Neuromancer, de William Gibson
comportamento... Isso, na verdade,
é o que importa”, afirma Akita.
Se gerenciamento é uma questão
importante nas grandes companhias,
nos novos empreendimentos é parte
essencial. No painel “Start Up - De
Empregado a Empregador”, Vinicius
Telles, fundador da consultoria
Improve It e desenvolvedor de Rails,
* “Quero
demonstrar,
durante o
Encontro
Locaweb,
que a compreensão do
ambiente é o caminho
da inovação. É preciso
conhecer bem o
problema para
encontrar a solução”,
diz Luli Radfahrer,
professor da ECA-USP
falará sobre as oportunidades que a
internet oferece para quem deseja
iniciar o próprio negócio. Ao abordar
suas experiências como funcionário de
empresa e depois dono de uma, Telles
pretende mostrar ao público que é
possível chegar lá. “Acho que o grande
destaque dessa palestra é que ela
mostra uma história próxima à
realidade de inúmeras pessoas que
estarão presentes no encontro”,
afirma o profissional, completando
que, no fim das contas, os objetivos
da palestra são bem claros. “Quero
inspirar novos empreendedores,
injetar energia naqueles que já
conduzem seus próprios negócios e
fazê-los pensar”, revela.
Além dos negócios, o lado
pessoal da web e seus mecanismos
para a criação de um mundo
melhor também serão expostos no
evento, em discussões sobre os
cyberpunks. Inicialmente fruto de
um movimento literário homônimo
da década de 1980, cuja principal
obra é Neuromancer, do escritor
locaweb 21
Encontro:W2008 5/4/2010 18:18 Page 22
Especial
* “A parte mais
importante é o
gerenciamento
humano. Lidar com
pessoas, fazê-las
trabalhar em conjunto,
entender melhor seu
comportamento...
Isso é o que importa”,
afirma
Fábio Akita,
Ativista
Rails no
Brasil
Convidados ilustres \\ Alguns dos principais executivos da Microsoft estarão presentes no evento,
para palestrar sobre as metas do grupo e expôr novas oportunidades de negócios na rede mundial
William Gibson, os cyberpunks
promovem uma série de ações com
impactos significantes na web. O
tema será abordado por Gil
Giardelli, cofundador da Gaia
Interactive e coordenador dos
cursos na ESPM de Ações
Inovadoras em Comunicação
Digital e Startups, Economia
Criativa e Empreendedorismo na
Era Digital. “A ideia do cyberpunk é
desenvolver novas formas de
enxergar a mudança que a web
trouxe à humanidade”, analisa o
profissional, exemplificando
práticas importantes do grupo,
como greentech e cyberativismo.
Com o grande número de
previsões, análises e tendências
em discussão, os convidados do
12º Encontro Locaweb terão muito
que pensar para colocar em prática
todas as teses apresentadas. Nesse
sentido, Luli Radfahrer, professor
da ECA-USP e consultor de
comunicação digital, apresentará o
painel “Uma Nova Escala de
Inovação”. “A ideia é mostrar que,
antigamente, nós tínhamos
tendências bastante definidas, mas
hoje temos tantas referências que
tudo vira um caminho a ser
seguido. Da mesma forma, a
22 locaweb
internet é um conceito muito amplo
para ser classificado em um só barco.
Metaverso não tem nada a ver com
e-commerce, skype, facebook e por
aí vai”, afirma. Segundo ele, a
inovação acontece quando está
direcionada à resolução de
problemas, e é isso que deve ser
apresentado aos convidados.
“Quero demonstrar que a
compreensão do ambiente é o
caminho da inovação. É preciso
conhecer bem o problema para
encontrar a solução”, completa.
* “Meu objetivo é
inspirar novos
empreendedores,
injetar energia
naqueles que já
conduzem seus
próprios negócios e
fazê-los pensar”, revela
Vinicius
Telles,
fundador da
consultoria
Improve It
Quem for ao 12º Encontro Locaweb
terá à disposição coffee breaks,
tomadas e conexões wi-fi. Portanto,
leve seu notebook, netbook ou celular
para ficar conectado com o que o
mundo da informática tem de melhor.
Agenda do evento
Saiba quando e onde vão ocorrer as
edições do 12º Encontro Locaweb
08/04 Salvador
•Pestana Bahia Hotel
R. Fonte do Boi, 216 - Rio Vermelho
15/04 Belo Horizonte
•Ouro Minas Palace Hotel
Av. Cristiano Machado, 4.001 - São Paulo
29/04 Porto Alegre
•Centro de Eventos CIEE
R. Dom Pedro II, 861 - Higienópolis
06/05 Curitiba
•Estação Embratel Convention Center
Av. Sete de Setembro, 2.775 - Rebouças
13/05 Rio de Janeiro
•Centro de Convenções SulAmérica
Av. Paulo de Frontin, 1 - Cidade Nova
25/05 São Paulo
•Centro de Convenções Frei Caneca
R. Frei Caneca, 569, 4º andar - Consolação
205 X 275:Layout 1 19/3/2009 17:16 Page 1
artigo_assossiação:W2008 23/3/2010 19:28 Page 24
Espaço ABRADi
marketing
Cesar Paz
Diretor Presidente da AG2 (Agência
de Inteligência Digital S.A.)
Presidente da ABRADi (Associação
Brasileira de Agências Digitais)
O HUB digital
e os anos dourados
A evolução das empresas que enxergaram, há alguns anos, os novos
modelos de marketing deve servir de exemplo. É bom ficar atento
Segundo previsões do FMI (Fundo Monetário
Internacional), o Brasil deve crescer 4,7% em 2010 e
mais que isso em 2011. Nos próximos anos, teremos fartura
de investimentos em comunicação, especialmente nos
canais digitais. A grande dificuldade é saber como, a partir
desse cenário, os investimentos deverão ser feitos.
Especialmente no ambiente digital, que é para lá de
complexo, hiperpulverizado e em constante evolução.
Nos últimos anos, discutiu-se muito sobre comunicação
online x offline, agências digitais x agências tradicionais, e
sobre novas mídias. Pura “bullshitagem”! O processo de
comunicação de marcas, em si, é um só. Ele é indivisível
independentemente do canal, de seu mix ou de quem o
determine. Vivemos a construção do novo modelo de
comunicação, que precisa ser entendido como emergente.
Algumas marcas já entenderam isso. Vejamos o caso da
Nike. No final dos anos 1980, a Nike já era a Nike! Três
palavras (“Just do it”) e um logo genial (o swoosh)
representavam o “espírito competitivo”. A Nike era um
exemplo fantástico de uma marca mundial bem resolvida.
Aí, em algum momento no final da década de 1990, a
Nike entendeu que o comportamento de seus consumidores
tinha mudado, ou iria mudar radicalmente. A empresa
entendeu que precisaria construir um novo modelo de
relacionamentos. Precisava do “engajamento” deles com a
24 locaweb
marca e sabia que só poderia fazer isso usando como base a
produção de conteúdo de relevância e interatividade.
Com várias mudanças internas e espaço para novas
agências em seu mix (sai a exclusiva atuação da W&K, entra
Crispin Porter e R/GA, entre outras), a Nike produziu, a partir
do ano 2000, projetos memoráveis de marketing, como
nikeid.com; football.com; joga.com e nike+.com. Wow!!!
Todos esses projetos tinham suas particularidades, mas
traziam na essência algo comum: expressavam um
contemporâneo modelo de comunicação multicanal
baseado na relevância do conteúdo de marca (branded
content) e na profunda “experiência” do consumidor.
A Nike declarava ao mundo do marketing, nos anos 2000,
que não estava mais preocupada com quantos milhões de
pessoas impactava, mas se as pessoas respondiam aos seus
movimentos. Acima de tudo, a empresa antevia e entendia,
antes que os outros, que, “tecnicamente”, os novos modelos
se fundamentariam na construção de uma comunicação
multicanal com um estratégico “hub” digital.
Eu sei, e qualquer um sabe, que a Nike é a Nike, e talvez
não sirva exatamente de modelo para milhares de outras
marcas. Mas, nos anos dourados que se avizinham, nada
melhor do que entender o “hub digital” como centro, e não
como apêndice desse modelo emergente que estamos, com
muito custo, ajudando a construir.
Review_Kindle:W2008 23/3/2010 19:00 Page 26
review
Kindle
x iPad
Parecidos na forma, mas diferentes
na essência, os brinquedinhos da
Amazon e Apple foram analisados
pela Locaweb em Revista. Confira
os detalhes de cada aparelho
Por Marco Clivati, Rodrigo Castro,
Saulo Ferreira e Sérgio Vinícius
ão se fala em outra coisa no mundo da
tecnologia: começou a batalha dos e-readers,
equipamentos portáteis que permitem aos
usuários lerem livros em telas eletrônicas. De um
lado, o já “veterano” Kindle, que é meramente um
exibidor de textos. Do outro, o Apple iPad, que
agrega outras funções, como acesso à web e
reprodução multimídia. A Locaweb em Revista
analisou ambos os equipamentos.
A conclusão mais direta é que, ao agrupar as
funções de leitor de livros digitais (e-reader), com tela
colorida e espaçosa, a Apple não criou um e-reader
(ou mesmo um tablet) como outro qualquer, mas um
aparelho que promete ser funcional e, ao mesmo
tempo, divertido de usar. A grande questão é se o
iPad pode ampliar a forma como as informações
circulam pelo mundo, da mesma forma que a dupla
iPod e iTunes fez com a música digital
Há anos, a Apple tem feito montanhas de
dinheiro com a tática de se fortalecer nas falhas dos
seus concorrentes. E é aí que entra o Kindle. Pois a
Amazon escolheu fazer do Kindle um aparelho
praticamente exclusivo para a leitura de
e-books. Confira, a seguir, os detalhes de cada uma
das novas máquinas do momento.
N
26 locaweb
Ficha do Kindle
Kindle
Tela: 6” com tecnologia EPD
(Electronic Paper Display)
Resolução: 800 x 600 pixels
Contraste: 16 níveis de preto
Armazenamento: 2 GB
(disponíveis 1,4 GB)
Teclado: 45 teclas no padrão
QWERTY internacional (sem cedilha)
Áudio: auto-falantes estéreo e saída
para fone de ouvido de 3,5 mm (P2)
Autonomia da bateria: uma semana
com a conexão wireless ligada ou
cerca de 5 mil trocas de página
Conectividade: modem 3G com
conexão global (whispernet) pela
operadora AT&T
Conexões: porta USB 2.0
Multimídia: arquivos Kindle (AZW),
TXT, PDF, HTML, DOC, JPEG, GIF,
PNG, AAX (arquivo de áudio) e MP3
Peso: 290 g
l A possibilidade de ler
e-books existe desde que
os primeiros computadores
multimídia chegaram ao
mercado. Mas quem
consegue ler páginas e
mais páginas sentado de
forma desconfortável em
frente à tela do computador
ou do laptop? Foi para preencher essa lacuna que a Amazon
investiu pesado no leitor digital. A começar pela tecnologia de tinta
digital empregada na tela do Kindle, que oferece conforto em longas
sessões de leitura, e uma conexão wireless global que permite
“baixar” mais de 60 mil livros onde quer
que você esteja.
Review_Kindle:W2008 23/3/2010 19:00 Page 27
Review
Ficha do iPad
iPad
Em menos de 60 segundos o livro está em suas mãos. O acabamento do Kindle em plástico branco
na parte frontal e metal escovado apresenta excelente qualidade, e a memória interna de 2 GB do
aparelho armazena cerca de dois mil arquivos de e-books. Você pode realizar um backup da sua
biblioteca digital sem dificuldades.
A tela de 6” é o principal item do dispositivo, produzida com a tecnologia Electronic Paper Display
(EPD). Ela é fosca e diferente das telas LCD. Oferece bom nível de contraste e não cansa os olhos.
Apesar de não ser sensível ao toque e não suportar imagens em movimento, ela transmite uma
sensação muito próxima a de ler no papel. O display não possui uma fonte de iluminação.
Ou seja, você precisa acender a luz para ler a noite como faria com um livro comum.
O e-reader da Amazon tem o tamanho de livro comum e é tão fino quanto uma revista de
lombada quadrada. Pesa menos de 300 gramas e você consegue carregá-lo por aí com o mínimo
esforço. Com apenas uma mão, é possível segurar o leitor, ler e virar as páginas, e não importa com
qual das mãos você faz isso porque em ambos os lados existe um botão de avanço. Ao manusear o
aparelho, dá para perceber que os nove botões do conjunto são bem posicionados e ao alcance dos
dedos polegares. Para completar, você pode ouvir músicas de arquivos no formato MP3, enquanto lê
seus livros favoritos.
O Kindle utiliza um formato próprio de arquivo definido pela extensão .AZW, com DRM (proteção
contra cópias) nativo. Isso significa que os e-books comprados na Amazon não são compatíveis com
outros leitores digitais, exceto outros modelos de Kindle. Esse é o formato que oferece a melhor
experiência de leitura porque permite regular o tamanho da fonte, buscar palavras-chave no texto,
consultar o dicionário (em inglês).
Resolução de tela: 480i e 480p
Alto-falantes e microfone: não
Alimentação: bateria
recarregável de polímero de lítio
Autonomia: 10 horas de uso
Conexões: Wi-Fi e 3G
Teclado: teclado virtual QWERTY
Peso: 680 gramas / versão WiFi + 3G pesa 730 gramas
Tamanho: 19 cm x 24,3 x 1,34
cm (em LxAxP)
l Jornais,
revistas e livros.
Todas essas
coisas bacanas
que você gosta
de ter por perto
para se informar,
se atualizar ou
simplesmente se divertir fazem parte do iPad.
E ler uma revista na tela do aparelho é tão
gratificante quanto tocar o papel e virar as
páginas de uma revista “de verdade”.
A Apple já tem contrato assinado com
os cinco maiores grupos editoriais dos
Estados Unidos (Hachette, HarperCollins,
MacMillan, Penguin e Simon & Schuster).
Esse grupo responde por 80% de toda
produção cultural norte-americana, que se
reflete em outras partes do mundo. Mas o
iPad é mais que um mísero leitor de e-books.
O poder de fogo do iPad está nas mãos
do A4. Mais que um processador, o A4 é um
SOC (System-on-a-Chip), pois integra as
funções de processador principal, unidade
gráfica GPU (Graphic Processor Unit) e
controlador de memória. Para possibilitar um
excelente ângulo de visão e evitar estalos
luminosos ao tocar a tela, o LCD
touchscreen de 9,7” do iPad é construído
com tecnologia IPS (In Plane Switching).
Seu sistema touchscreen é multi-touch
(reconhece os toques de dois pontos
distintos na tela) e correto. O LCD tem
backlight de LED, o que possibilitou o iPad
ter míseros 1,34 cm de espessura. Com
resolução de 1.024 x 768 pixels, um dos
pontos negativos da tela é o formato 4:3, já
que não é widescreen (16:9).
A maior crítica em relação ao iPad se deve
ao fato de o aparelho não ser compatível
com o formato Flash da Adobe, utilizado na
maioria dos sites da internet atualmente.
Tudo indica que essa estratégia da Apple se
deve a duas razões: proteger o equipamento
para que ele não rode aplicativos
desenvolvidos em Flash, e forçar a
introdução do HTML 5, plataforma que surge
para concorrer com o Flash da Adobe,
o Silverlight da Microsoft e o Java da Sun.
O iPad é comercializado em duas
versões: uma apenas com Wi-Fi e outra com
Wi-Fi e 3G (UMTS/HSPA 850,1900, 2100
MHz). Nos EUA, a Apple fechou uma parceria
com a AT&T que irá oferecer a conexão 3G
para o iPad por US$ 14,99 (plano de 250
MB) e US$ 29,99 (plano de dados ilimitado).
locaweb 27
Preview_GoogleBuzz:W2008 23/3/2010 19:05 Page 28
{p}review
Ficha Técnica
Nome e versão: Google Buzz
Desenvolvedor: Google Inc.
Licença: Freeware
Tamanho: Online
Google Buzz, mais
uma ferramenta social
Empresa lança serviço que integra diversas características de redes
sociais, e que funciona em conjunto com Gmail e smartphones
Por Sérgio Vinícius
Gmail (www.gmail.com) é o
ponto de partida do Google
Buzz, a nova ferramenta da
empresa que tem o buscador mais
popular da web. O serviço visa colocar
sob uma mesma interface - no caso,
uma agregada ao webmail - itens
como publicação de microblogging,
compartilhamento de fotos, fácil
acesso a sites como Twitter, Picasa e
Google Reader.
Uma das características mais
bacanas apresentadas pelo Google
Buzz (buzz.google.com) é a
atualização em tempo real de
comentários de terceiros. As
postagens aparecem na tela à medida
que são recebidas, como ocorre no
Twitter, coqueluche do momento na
web e, claramente, em que o Google se
inspirou para criar seu novo serviço.
A parte de recomendação do
sistema também agrada, e trabalha de
forma semelhante ao Google News,
que, de acordo com a audiência do
usuário, indica essa ou aquela notícia,
meio que aprendendo os gostos do
leitor. No caso específico do Google
Buzz, ele recomenda postagens
interessantes e elimina aquelas que
provavelmente o usuário irá ignorar.
Nos testes realizados pela equipe da
O
28 locaweb
Google Buzz \\ Novo serviço da empresa que mantém o buscador mais popular do mercado reúne,
sob a mesma tela, serviço de fotos, notícias, comentários e outros itens ligados a redes sociais
Locaweb em Revista, o sistema de
triagem funcionava perfeitamente,
indicando assuntos e comentários
realmente pertinentes aos gostos do
usuário do Google Buzz.
Além da versão Desktop, o Google
Buzz tem como trunfo sua aptidão para
funcionar em aplicativos móveis. Com
grande integração com iPhone e
smartphones dotados do Android, o
sistema do Google, o serviço consegue
conversar facilmente com o Google
Maps, serviço de mapas da empresa.
Outro recurso especialmente
desenvolvido para aplicativos móveis é
a possibilidade de postar em redes
sociais via voz. Assim, se o usuário
estiver em trânsito, dirigindo, bastará
falar algumas palavras para que o Buzz
entenda e as replique no ambiente
virtual do telefone. O Buzz é 100%
integrado ao Gmail, funcionando como
uma espécie de pasta, na caixa de
entrada do webmail do Google. Uma
vez que se clica na aba, abre uma nova
janela com as principais informações
que o usuário tiver configurado.
Com o novo serviço da empresa,
fotos, blog, informações, mapas,
microblogging e tudo o mais que é
relativo a redes sociais é
encontrado em um único lugar.
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Mobile:W2008 5/4/2010 18:19 Page 31
Previsões apontam que o segmento de mobile finalmente
conquistará o mercado a partir deste ano, e seguirá em
crescimento até 2012. Aparelhos móveis mais sofisticados já
são vistos como alternativa a PCs e laptops, conforme as
necessidades de cada usuário da web. Por isso, é hora de
explorar as inúmeras portas abertas dentro deste setor
Por Luciano Delfini
Ilustração Alexandre (Nani) Dias
U
m telefone não é mais apenas um telefone. É um
alter ego, uma extensão de nós mesmos.” À parte
os exageros, a frase de Eric Schmidt, CEO do
Google, pronunciada durante o Mobile World Congress, um
dos mais importantes eventos de telefonia celular do mundo,
que ocorreu em fevereiro último em Barcelona (Espanha),
revela a relevância cada vez mais importante do mobile na
vida das pessoas. Outra presença de peso no encontro, o
vice-presidente do segmento Windows Phone da Microsoft,
Joe Belfiore, afirmou que “um telefone não é um PC. Amo o
PC, mas o celular é um dispositivo muito mais íntimo”.
Levando em conta os inúmeros serviços e aplicativos, que
estão surgindo para aparelhos móveis cada vez mais
sofisticados e cheios de recursos – celulares, iPhones, iPads e
smartphones –, é possível acrescentar ainda que, muito em
breve, o consumidor poderá esquecer a carteira ao sair de
casa, mas jamais seu telefone celular.
Estabelecendo um panorama mais amplo do setor de
tecnologia móvel, que abrange testes de velocidade na
internet, a empresa Cisco System divulgou os resultados da
“Previsão Global de Dados Móveis do Índice de Redes
Visuais” para o período de 2009 a 2014 (a íntegra do estudo
pode ser conferida, em inglês, em http://tiny.cc/066UD). De
acordo com a projeção, em 2014, o tráfego mundial de
dados móveis alcançará a marca de 3,6 exabytes por mês e
uma taxa anual de 40 exabytes. Com relação ao período
analisado, o aumento será de 108% ao ano, atingindo a
ordem de mais de 5 bilhões de aparelhos móveis pessoais
conectados em 2014. Desse total, ainda segundo o
levantamento da Cisco, 66% do tráfego de dados móveis será
ocupado por vídeos. Ou seja, parece que, finalmente, agora
o mobile vai emplacar.
Outros números do estudo, baseado em previsões de
analistas independentes e em levantamentos de uso de
dados móveis, dão outras bases para o cenário promissor:
• Em 2009, o tráfego global de dados móveis cresceu
160%, alcançando 90 petabytes por mês, o
equivalente a 32 milhões de DVDs;
• O tráfego mundial de dados móveis tem
aumentado 2,4 vezes mais rápido que o tráfego
global de dados em banda larga fixa;
• A conexão média de banda larga móvel gera 1,3
gigabyte de tráfego ao mês, o que representa
aproximadamente 650 arquivos de música MP3;
• Em 2014, mais de 400 milhões de usuários da
internet poderão acessar a rede por uma
conexão móvel.
locaweb 31
Mobile:W2008 5/4/2010 18:22 Page 32
* Tem aplicativo para todas as
demandas, desde troca de mensagens
instantâneas (Instant Messenger) aos
moldes do SMS, mas via web, passando por
games, livros digitais de receitas, busca de
fotos e consulta sobre viagens; até os mais
inusitados, como o “My Girl’s Day”
Com uma previsão tão otimista
para os próximos cinco anos, não é à toa
que pesos-pesados, como Google e
Microsoft, vêm anunciando que o
segmento de mobile passou a ser
encarado como prioridade e em caráter de
urgência. O próprio CEO do Google já anda por
aí dizendo que o futuro será “TNN”, ou seja,
Twitter News Network, numa espirituosa
brincadeira com o canal de TV CNN.
Da loja Apple (App Store, acessada pelo programa
iTunes), já saíram mais de 150 mil aplicativos, pagos ou
não, exclusivos para o iPhone, aparelho que reúne telefone,
iPod e recurso de acesso à internet responsável, em 2007,
por impulsionar o avanço da tecnologia móvel e dos
celulares inteligentes em geral. Tem aplicativo para todas as
demandas, desde troca de mensagens instantâneas (Instant
Messenger) aos moldes do SMS, mas via web, passando por
games, livros digitais de receitas, busca de fotos e consulta
sobre viagens; até alguns mais inusitados, como o “My
Girl’s Day”, que indica o dia da menstruação de sua
namorada para evitar desentendimentos por conta das
mudanças de humor.
Do Google, veio o Android, sistema operacional móvel
que conquistou a maior parte dos fabricantes de telefones
celulares e já está em sua versão 2.1. A empresa, aliás,
anunciou o protótipo de um novo recurso do aplicativo
Google para a ferramenta, que realiza buscas a partir de
uma foto do celular, capaz de traduzir um texto impresso
apenas com o usuário apontando a câmera do celular para
o papel. Muita calma nessa hora, pois o Google ainda não
definiu a data de lançamento.
Está faltando alguém? Claro! A Microsoft apresentou
ao mercado, no início do ano, o sistema operacional
Windows Phone 7 Series, versão mais recente do
“antiquado” Windows Mobile, aquele que exige uso de
caneta stylus para acesso à interface. No novo sistema,
os inúmeros aplicativos para executar as tarefas mais
Ao lado \\ Previsão Global de Dados Móveis
do Índice de Redes Visuais para o período de
2009 a 2014, divulgada pela Cisco, indica anos
dourados para o segmento de mobile
Abaixo \\ Site Viajobem (www.viajobem.com.br)
oferece um aplicativo que permite, via celular,
reservar passagens aéreas, pesquisar horários
e consultar disponibilidade de voos
32 locaweb
Mobile:W2008 23/3/2010 18:46 Page 33
Mobile
simples dão lugar a uma interface
unificada, decorrente do Zune, o
tocador multimídia portátil da
empresa de Bill Gates. Essa
integração tem base nos módulos do
sistema batizados de hubs.
O hub de pessoas engloba
diferentes formas de comunicação,
como redes sociais, e-mail, telefone.
O hub do Office, por sua vez, pode
ser integrado ao pacote de escritório,
mas ainda não se sabe como será o
sincronismo com o Outlook, por
exemplo. Além disso, muitos usuários
da tecnologia móvel questionam se
tudo irá parar na “nuvem”.
Já o hub de música e vídeo
tem por trás um software de
gerenciamento multimídia para
Windows. Há ainda o hub de fotos,
que agrega imagens tiradas com o
celular e aquelas postadas na rede; e
o hub de games, conectado à rede
Xbox Live. Nesse caso, também será
preciso uma boa dose de paciência
para usufruir os serviços e verificar
sua eficiência nas tarefas pesadas do
dia a dia, sobretudo no que diz
respeito à capacidade de rodar aplicativos feitos sob
encomenda (customizados). Isso porque os primeiros
aparelhos compatíveis como o 7 Series, só começam a
ser vendidos no fim do ano.
Mas o que representa, de fato, toda essa tecnologia
migrando para os aparelhos móveis, seja para satisfazer
necessidades pessoais ou profissionais? Na opinião de
Mobilidade para consultas e
reservas de passagens aéreas
Usuários de tecnologia móvel contam, desde fevereiro, com um
aplicativo específico para reservas de passagens aéreas, pesquisas
de horários e consultas de disponibilidade de voos. Criado pelo site
Viajobem (www.viajobem.com.br), do grupo Kontik-Franstur,
especializado em viagens corporativas, o serviço pode ser acessado
por qualquer smartphone e é compatível com iPhone e sistema
operacional Android. Para Edson Romão, diretor do Viajobem, o
diferencial de um serviço como esse está no fato de que o
consumidor não precisa estar sentado na frente de um computador
para consultar preços de viagem, o que pode pesar na decisão
imediata da compra. “A grande expansão do mercado de telefonia
celular e a conveniência de ter aparelhos muito avançados
permitem que estejamos na ‘palma da mão’ de passageiros que
desejam cotar imediatamente uma viagem aérea”, acrescenta.
Garota sem Fio \\ Para a consultora em
tecnologia móvel (ao lado), a transmissão de
dados via celular é uma forma de impulsionar a
inclusão digital e disseminar a web para todos
Beatriz Kunze, ou apenas Bia Kunze,
cirurgiã-dentista, consultora em
tecnologia móvel e criadora do blog
“Garota sem Fio” (http://garotasemfio.
com.br/blog), esse tipo de serviço fará
sentido à medida que a conexão com a
internet, a partir da mobilidade, seja acessível a um número
cada vez maior de usuários. “O celular foi uma revolução na
sociedade, e as classes C e D participaram dessa inclusão
graças ao modelo pré-pago. O ‘tio do frete’ se tornou um
empreendedor mais eficiente ao ter sempre em mãos seu
celular. O mesmo aconteceu com eletricistas, pintores,
diaristas e toda a classe de pequenos autônomos.
* Serviço mobile
Além do Viajobem Mobile, considerado
para compra
o primeiro aplicativo para tecnologia móvel
de bilhetes pode
lançado por uma agência de viagens no
Brasil, o grupo criou o Gover Mobile,
ser acessado
serviço específico para gestão de viagens
por qualquer
corporativas. Também nesse caso,
smartphone e é
executivos podem gerir reservas de
compatível com
seus colaboradores sem precisar de
iPhone e sistema
um desktop, e ainda contam com
um sistema integrado a uma plataforma
operacional
de gestão de política de viagens.
Android
De acordo com o diretor do site, o
Viajobem tem recebido inúmeros acessos diários e até compras de
bilhetes já foram feitas pelo aplicativo. “Estamos entusiasmados
com o serviço e já pensamos em avançar com outras novidades”,
comemora Romão.
locaweb 33
Mobile:W2008 5/4/2010 18:22 Page 34
* Pesos-pesados como Google e
Microsoft vêm anunciando que o
mobile passou a ser encarado como
prioridade, em caráter de urgência. O CEO
do Google já anda por aí dizendo que
o futuro será “TNN”, ou seja, Twitter News
Network, numa brincadeira com o canal CNN
Nunca foi necessário algum incentivo
especial, bastou uma livre concorrência”,
lembra a consultora, que também é
comentarista da rádio CBN.
Para Bia, o momento é de levar a
internet móvel a essas pessoas. Segundo ela,
muitas têm computador em casa por conta dos
financiamentos de longo prazo, mas não
podem arcar com a web. “O primeiro contato
de algumas pessoas com a internet se deu via
celular, baixando uma música para ouvir no próprio
aparelho, por meio da loja de sua operadora. Esse
modelo de negócio é campeão, pois trouxe alta
rentabilidade às empresas de telecomunicações, graças às
classes C e D. Elas não precisam de cartão, pois usam os
créditos do próprio celular, e não têm interesse na internet
‘convencional’ nem no computador, uma vez que o
download é feito na hora, no aparelho.” Bia lembra que há
o mesmo interesse com relação às redes sociais, em sua
opinião, uma paixão dos brasileiros. Mas alerta que o preço
da brincadeira ainda assusta muito, enquanto música,
ringtones e joguinhos são baixados apenas uma vez e
garantem diversão por um bom tempo.
Opinião análoga é dividida entre o
pessoal do escritório brasileiro da
Nimbuzz (http://brasil.blog.
nimbuzz.com/), empresa com
sede na Holanda, que oferece
aplicativos para ligações VoIP
entre comunidades do Skype,
MSN, GTalk e Yahoo!
Messenger – que são cobradas
apenas pelo tráfego de dados
ou podem sair de graça,
O bolso é que manda \\
Marcelo Calbucci e Pedro
Sorrentino, do escritório Nimbuzz,
acreditam que o mercado de mobile
irá evoluir após a diminuição dos
preços de celulares inteligentes
34 locaweb
no caso de celulares com Wi-Fi. De acordo com Pedro
Sorrentino, responsável pela comunicação da Nimbuzz,
dois aspectos ainda comprometem o impacto desse
segmento no mercado brasileiro, do ponto de vista do
setor de aplicativos: o alto custo dos telefones celulares e
os tipos de planos oferecidos pelas operadoras para
conexão com a internet, muitos ainda com preços
elevados. “O usuário chega à loja [da operadora] e se
depara com 70 planos de conexão. Mas é tudo muito
obscuro, pois existem consumidores que só querem usar o
e-mail e entrar uma única vez no navegador, enquanto
outros passam o dia todo no Twitter puxando informações.
É preciso que os planos estejam mais adequados às
demandas de cada um”, sugere Sorrentino.
Mas o gerente geral da Nimbuzz Brasil, Marcelo
Calbucci, reconhece que alguns fabricantes já pensaram na
questão do custo e estão lançando celulares que são
smartphones “low end”, ou seja, com sistemas operacionais
mais baratos. “A [empresa de telecomunicações] CTBC
lançou no Brasil um smartphone com plataforma Java, que
facilita o uso do teclado quert, mas com preço inferior ao
cobrado por outros similares”, aponta Calbucci. Segundo
ele, esse tipo de estratégia vai ter um impacto maior no
mercado, considerando que existem quase 180 milhões de
celulares no Brasil, sendo que 80%
são pré-pagos e, entre o restante,
apenas 3 milhões são 3G.
“Os celulares low end, que
são smartphones, têm
capacidade de atingir
esses 80% que querem
conectividade com a
internet”, acredita.
Nesse cenário, o gerente
da Nimbuzz concorda que falta
um movimento das operadoras
para reduzir planos de dados, ou
até mesmo criar novas opções
de planos ao consumidor.
Mobile:W2008 23/3/2010 18:46 Page 35
Mobile
“Tem usuário que quer apenas um
tipo de aplicativo, como o Nimbuzz,
que é instant messenger, e não quer
usar o resto da internet. Nesse caso,
a operadora poderia oferecer um
plano com acesso ilimitado a
determinado aplicativo”, avalia
Calbucci. E acrescenta: “as
operadoras têm medo de canibalizar
a receita de voz, sua principal fonte,
e de SMS”. Em outras palavras, se
partimos do princípio de que o
usuário comece a se comunicar só
pela web, o investimento em um
aplicativo de acesso a uma rede
social pode representar perda de
consumo do serviço de comunicação
via voz ou SMS.
Serviços mais em conta \\ A Nimbuzz oferece aplicativos para ligações VoIP entre comunidades do
Com relação às ligações
Skype, MSN, GTalk e Yahoo! Messenger. As taxas podem sair de graça no caso de celulares com Wi-Fi
telefônicas tradicionais, é possível
No entanto, como sempre há mudanças de
compreender o temor em perder usuários desse tipo de
comportamento do mercado e de estratégias comerciais, o
serviço, mas isso não se justifica quando o assunto é
Brasil deve seguir alguns exemplos já praticados em países
SMS, o famoso torpedo, disponível em todas as
como os Estados Unidos, onde existe parceria entre
operadoras de telefonia celular e que não exige
operadoras e sistemas de comunicação via web, como o
conexão com a web para a troca de mensagens entre os
Skype, para oferecer planos de dados. Assim, ninguém sai
aparelhos. Para as operadoras brasileiras, o SMS é
perdendo. Pelo menos é o que aposta Calbucci. “A partir
responsável por apenas 14% do faturamento, número
dessa perspectiva, é possível mudar um cenário em que
bem abaixo dos 31% que o negócio representa para a
empresas de mobile marketing ficam limitadas a
Venezuela. Por outro lado, o valor de um torpedo no
campanhas publicitárias de SMS muito caras, difíceis de
país vizinho é de US$ 0,03, enquanto no Brasil chega a
atrair empresas e marcas”, esclarece. Enquanto isso, o
custar US$ 0,16, um dos mais altos do mundo. Na
consumidor espera por serviços de conectividade e
opinião de Sorrentino, isso só pode ser explicado pela
interatividade que operem a partir de dados, e não de voz,
carga tributária brasileira. “Não concordo com a
a preços mais camaradas.
mentalidade das operadoras, mas tenho de reconhecer
que o setor de telecom paga muito imposto no Brasil”.
Os desafios da publicidade
nas plataformas móveis
Correio \\ De acordo com a empresa Webcredible, a troca de e-mails ainda
é o serviço mais usado em aparelhos móveis com acesso à internet
Durante um evento realizado em fevereiro, em São Paulo, o
consultor alemão de marcas Gerd Leonhard, conhecido por
suas previsões no segmento de mídia digital, afirmou que a
publicidade só terá espaço na comunicação móvel quando
se converter em conteúdo e oferecer experiência. Na
verdade, não há nada de inédito em sua afirmação quando
se considera tudo o que já foi discutido sobre a diferença
abismal entre campanhas de marketing tradicionais e as
feitas para web. Inúmeras empresas já experimentaram e
puderam sentir que é preciso, acima de tudo, criar um
relacionamento com os usuários da internet e estabelecer
conexões entre marcas e conteúdos para plataformas
digitais. Nos aplicativos disponíveis para mobilidade, a
história traça caminhos parecidos.
locaweb 35
Mobile:W2008 5/4/2010 18:22 Page 36
* As maiores empresas de pesquisa e
consultoria do mundo projetam, para
2010, um total de 300 milhões de
usuários acessando redes sociais com
aparelhos móveis. Esse número deve
aumentar para 950 milhões em 2012
E quando se fala em mobile
marketing, é impossível não pensar
nos aplicativos desenvolvidos para os
aparelhos móveis disponíveis no
mercado. Renato Fabiano Gosling,
diretor de novos negócios da FingerTips
(www.ftips.com.br), empresa que desenvolve
aplicativos para iPhone, iPad e sistema Android,
sugere que a publicidade deve estar associada
a modalidades com utilidade para o usuário e
focadas em serviço. Esses aplicativos, segundo
ele, podem ser patrocinados. A empresa entra com
sua marca em um serviço já pronto para ser lançado
entre os consumidores de mobilidade.
Entre os serviços patrocinados, Gosling destaca o
aplicativo para iPhone que a FingerTips criou no ano
passado para o Campeonato Brasileiro de Futebol. Ao
acessá-lo, o usuário acompanhava em tempo real tabela de
jogos, classificação, artilharia e dados (como faltas, cartões
e impedimentos), escalação dos jogadores, informações
sobre os estádios e narração das partidas. O serviço teve
patrocínio da marca de cerveja Nova Schin e acabou
virando um dos cases de maior sucesso na App Store, com
mais de 50 mil downloads e tempo médio de acesso de
Aplicativos de mobile que
devem bombar no futuro
Mais uma vez, o Gartner Group abriu as cartas do tarô na mesa e
identificou 10 aplicações com potencial para conquistar o usuário
de tecnologia móvel até 2012. Os serviços foram listados de
acordo com o impacto de cada um sobre o consumidor e a
indústria do segmento, levando em conta aspectos como geração
de receita, lealdade, modelo de negócios, relevância para o
consumidor e penetração estimada no mercado. Deve-se observar,
porém, que as projeções nem sempre consideram a realidade e os
costumes de cada país.
• Transferência de dinheiro: aplicativo para envio de dinheiro
via SMS que pode ser útil, sobretudo, em países africanos
cujas transações bancárias online têm custos altíssimos e são
usadas por uma parcela ínfima da população.
36 locaweb
18 minutos. “A média foi de cinco acessos por usuário por
semana, totalizando 70 minutos de acessos semanais. Que
tipo de mídia consegue fazer com que o consumidor fique
tanto tempo em contato com uma marca?”, pergunta o
executivo da FingerTips.
O êxito do aplicativo de 2009 abriu caminho para a
empresa investir em modelos semelhantes para o
Brasileirão 2010 e para a Copa do Mundo da África do Sul,
compatíveis também com o sistema Android, além de
iPhone e iPad. Gosling não revelou outros detalhes sobre o
serviço, mas garantiu que os aplicativos virão com novas
funcionalidades para os amantes do futebol e
consumidores da tecnologia móvel.
Em um universo em que a conectividade e a
interatividade ditam as regras, é importante ter em mente o
tipo de conteúdo que atrai os consumidores. De acordo
com a britânica Webcredible (http://webcredible.co.uk), a
troca de e-mails ainda é o serviço mais usado em aparelhos
móveis com acesso à internet, representando 33% desse
mercado. Logo atrás, estão as redes sociais com 25% do
conteúdo consumido pelos usuários da tecnologia.
Em meados de 2009, estudos realizados por empresas
como eMarketer (http://emarketer.com) e Visiongain
Research (http://visiongain.com) apontavam que, na
• Serviços baseados em localização (LBS, de Location-based
Services): segundo o Gartner, esse tipo de aplicativo para
mobilidade deve passar de 96 milhões de usuários no mundo todo
em 2009, para mais de 526 milhões em 2012. Vai ficar difícil se
esconder de alguém!
• Busca móvel: em outras palavras, é o Google no telefone
celular. Produtos, marcas e campanhas de marketing entram com
força total neste tipo de aplicativo.
• Navegador móvel: de acordo com o Gartner, a tecnologia de
navegação está presente em mais de 60% dos dispositivos
móveis e pode chegar a 80% dos aparelhos em 2013.
• Monitoramento móvel de saúde: ainda em estágio embrionário,
pode ser útil para controle de epidemias e doenças crônicas.
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Mobile
época, 19 milhões de pessoas em
todo o planeta já acessavam redes
sociais por seus dispositivos móveis, o
que representava um aumento de
187% em relação ao ano anterior.
O número de usuários naquele
período não chega a causar espanto.
Ao contrário, ainda parece bastante
tímido se considerarmos quantos
celulares e smartphones foram
vendidos no mundo no terceiro
trimestre de 2009, segundo dados do
Gartner Group (http://gartner.com):
308,9 milhões de unidades de
telefone móvel e 41 milhões de
aparelhos smartphones. O que
realmente chama a atenção é o índice
de crescimento desse tipo de
Marketing nas comunidades \\ Para empresas de publicidade digital, como a Boo-box, as mídias
conexão. E ele deverá permanecer em
sociais são vistas como fundamentais para a divulgação de campanhas em dispositivos móveis
constante subida, uma vez que essas
empresas de pesquisa e consultoria projetam, para 2010,
campanhas em dispositivos móveis está mesmo nas redes
um total de 300 milhões de usuários acessando redes
sociais. “Querendo ou não, o celular é um recurso de
sociais por aparelhos móveis. O número deve aumentar
comunicação pessoal. Antes, era só para falar; depois, era
para 950 milhões em 2012.
possível falar e escrever; agora, você também pode acessar
Nessa onda de mudança de hábitos em constante
a internet e usufruir de todo conteúdo que ela oferece.
crescimento, o impacto na publicidade deve ser encarado
É isso o que as pessoas querem: se comunicar com seus
com atenção, partindo da premissa que, para muitos
amigos, trocar fotos e outras informações, não importando
analistas, a exibição de anúncios em dispositivos móveis
a potência do aparelho que está por trás disso”, avalia.
ainda é muito fraca. Por outro lado, projeções da Visiongain
Gomes acredita que o conteúdo criado pelas pessoas, para
Research mostram que a receita gerada em campanhas
comunicação móvel via web, deva ser o vetor da
voltadas a redes sociais em telefones celulares pode atingir
publicidade, e cita o Twitter como exemplo de possibilidade
a cifra de US$ 60 bilhões em 2012.
de retorno financeiro, conforme o número de cliques em
Na opinião de Marco Gomes, fundador e diretor de
um anúncio disponível em determinado perfil.
inovação da Boo-box (http://boo-box.com.br), empresa de
No entanto, empresas que querem investir em
publicidade para mobile devem levar em conta que a
publicidade para mídias digitais, o grande potencial das
internet está provocando sérias mudanças de
comportamento, sobretudo no que diz respeito à relação
entre usuários da grande rede e marcas. Na palestra
• Pagamento móvel: para quando não existem muitas opções
proferida em São Paulo, Leonhard chamou a atenção para o
de pagamento, e como extensão de transações online.
fato de que não há mais espaço, pelo menos no território
online, para estratégias que ignorem as necessidades dos
• Comunicação a curta distância (NFC, de Near Field
Communication): troca de informações entre dispositivos
consumidores. Para o “futurista” da mídia, as empresas não
compatíveis localizados em um raio pequeno de distância, de
detêm mais o controle das mensagens, mas sim os
aproximadamente 10 cm.
usuários. “É um erro fatal imaginar que, quanto mais
controle, mais se gera dinheiro. Se você é uma marca e
• Anúncio móvel: conteúdos para internet móvel podem ser
quer controlar a mensagem, está perdido”, avisa. Nesse
monetizados a partir da oferta de aplicativos e serviços
gratuitos aos usuários.
contexto, Leonhard prefere abandonar o termo “mídia
social”, dizendo que já ficou inútil, e adotar expressões
• Mensagem instantânea por dispositivos móveis: o futuro
como “sistema social” ou “mídia engajada.”
do que hoje é feito por SMS. No Brasil, por exemplo, terá
Independentemente das projeções relacionadas ao
como principal desafio superar os altos custos cobrados pelas
segmento de mobilidade, sejam voltadas ao número de
operadoras pelo serviço.
usuários ou específicas para impulsionar campanhas
locaweb 37
Mobile:W2008 5/4/2010 18:24 Page 38
* A publicidade no segmento de
mobile ainda caminha a passos de
tartaruga, mas projeções de empresas
de consultoria mostram que a receita
gerada em campanhas voltadas a redes
sociais em telefones celulares pode atingir
a cifra de US$ 60 bilhões, em 2012
A África é logo ali \\ Após o sucesso do
aplicativo para celulares que permitia o acesso
a dados do Brasileirão 2009, Renato Gosling,
diretor da FingerTips, revela que a empresa irá
repetir a dose na Copa do Mundo da África
publicitárias em aplicativos para
aparelhos móveis, o mais relevante é
observar como cada um enxerga os
mecanismos disponíveis de conectividade e interatividade,
conforme suas demandas. Aqui, cabe transcrever o
depoimento de Bia Kunze sobre como a tecnologia móvel
tem interferido em sua vida, podendo servir de reflexão
para quem está envolvido nesse universo, de empresas de
telecom até desenvolvedores de aplicativos e de sistemas
de inserção publicitária em conteúdos de internet:
“A mobilidade foi um fator decisivo de diferenciação
profissional. No início da minha vida profissional, em 1997,
quando fazia especialização, tinha empregos e queria
começar a investir em meu próprio consultório, meu
celular fez toda a diferença. Ainda não podia ter uma
secretária, mas minha disponibilidade e atenção
conquistaram muitos clientes. Depois, veio o palm, em que
eu podia carregar os prontuários de todos os pacientes em
todos os lugares que eu atendia. O consultório cresceu,
tive minha própria clínica com mais profissionais, até que
decidi ousar: fazer atendimento homecare. Eu estava cada
38 locaweb
vez mais envolvida com odontogeriatria e pacientes
especiais. O fato de ser bem conhecida na internet fez com
que essa modalidade de atendimento fosse divulgada.
Hoje, sou uma dentista 100% móvel. O salto maior, e mais
desafiador, aconteceu no ano passado: deixar o
consultório e fazer apenas homecare, tanto em domicílios
como em asilos, casa de repouso e hospitais. Isso me
liberou mais tempo para abrir uma empresa paralela, de
consultoria em mobilidade.”
A relação da consultora com a tecnologia móvel a faz
imaginar que, em breve, os desktops se mudarão para a
sala, os laptops ficarão restritos a empresas e o celular se
transformará no único dispositivo pessoal para
comunicação, compras e entretenimento. Na verdade, Bia
nem considera isso uma previsão, pois esse tipo de
comportamento já pode ser notado em países como Coreia
do Sul e Japão, que, para ela, estão dez anos à nossa
frente. Mas o Brasil está chegando lá, e a passos largos.
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designweb
Webdesign: quando
menos é muito mais!
De acordo com especialistas em mídia digital e experiência do
usuário, design da simplicidade é a expressão da vez para 2010
Por Leonor Ribeiro
M
issão quase impossível.
Assim podemos definir a
tarefa de traçar qualquer
projeção em relação às tendências
em web design – ou user experience
design. Isso porque o mercado está
mais que repleto de recursos e
aplicativos, lançados em velocidade
cada vez mais acelerada, enquanto
inúmeros outros já estão no forno.
Ou seja, este é um campo de
infinitas possibilidades que também
sofre de altíssima rotatividade,
em que algumas tendências se
perpetuam, enquanto outras
simplesmente caem na obsolescência.
O próprio termo experiência do
usuário ou user experience ainda não
é muito claro, e muitas empresas não
têm a exata dimensão de quanto esse
elemento é crucial para o sucesso
de sua identidade digital. Mais que
isso, não é rara a confusão entre
“experiência do usuário” com
“interface”. Afinal de contas, grande
parte dos usuários realmente interage
ao experimentar produtos e serviços
digitais. Mas a interface é apenas uma
peça do quebra-cabeça.
Nesse contexto, designers precisam
ser 100% conectados às novas
40 locaweb
House of Grindlebone \\ Site de fotos (http://grindlebone.tumblr.com) tem design minimalista e se
apoia fortemente em seu conteúdo ilustrado; funcional, trata-se de uma página que cumpre seu papel
tendências, trazendo para 0 seu
trabalho as novas estéticas que nascem
a partir de uma reintepretação das
ideias já existentes. “O designer precisa
ser hábil em reciclar ideias para criar
algo realmente inovador”, afirma Erico
Fileno, professor universitário e
fundador do Instituto Faber-Ludens de
Design de Interação e do portal Design
Brasil (www.designbrasil.org.br).
Assim, não resta dúvidas, cada uma
das novas ideias traz em si um pouco
das antigas. Na verdade, as novas
tendências não trazem uma mudança
drástica do cenário proposto em
2009. São mudanças sutis que trazem
a evolução da criação em 2010.
“O segredo continua ser pensar a
experiência do usuário desde o início
da concepção de cada projeto, com a
preocupação de realmente
compreendê-lo, criando mensagens
eficazes e atraentes para aqueles que
as acessam”, explica Fileno.
Especialistas apontam que o
principal fio condutor deste universo é
a premissa de que “menos é mais”. É
hora então de investir na simplicidade.
Design:W2008 23/3/2010 18:51 Page 41
Design
* O desafio será criar
cada vez menos páginas,
menos cliques e,
consequentemente,
ocupar menos espaço;
esse é o anseio dos
usuários e, por isso, deve
ser também o objetivo de
desenvolvedores
Por isso, mais do que nunca o projeto
precisa envolver o usuário, fornecendo
informações sucintas e claras. Isso não
significa retirar funcionalidades ou
acesso à informação. É preciso
desenvolver uma valiosa experiência
do usuário, utilizando um conjunto de
ferramentas criativas. Basta pensar no
iPhone – maior inovação em
dispositivos móveis do mercado –, que
tem apenas um botão.
Confira abaixo as principais tendências
para 2010, e prepare-se para estar à
frente da curva:
Especialistas apontam que cada
vez que um visitante clica mais de uma
vez em seu site, uma fração de seu
interesse morre. Assim, para manter
viva a atenção do usuário, é preciso
trabalhar duro para fornecer acesso
aos elementos fundamentais que
provoquem uma boa impressão, de
maneira focada. Os designers precisam
pensar na homepage como a principal
interface para todos os conteúdos do
site. É possível investir em dispositivos
diferenciados como caixas modais,
barras de ferramentas e controles
1
Limpo e simples
Investir no design da
simplicidade será a palavra de ordem
para 2010. O desafio será criar cada
vez menos páginas, menos cliques e,
consequentemente, ocupar menos
espaço. Esse é o anseio dos usuários.
Afinal, com uma quantidade crescente
de informações na web todos os dias,
a tendência é a diminuição da atenção.
2 Uma página Web
deslizantes. Tudo para fornecer
informações sem a necessidade de
clicar fora da página.
3 Use sliders
Excelentes maneiras de apresentar
conteúdo indiretamente, através de
uma interface simples e visual. No
lugar de opções pesadas de navegação
e de uma miscelânea de conteúdo
direto, o conteúdo fica disponível de
maneira indireta logo na página inicial.
Assim, o usuário pode escolher o
caminho mais adequando para sua
navegação, tornando cada experiência
única e adequada.
nas
4 Aposte
caixas modais
Herdadas do padrão desktop, hoje
cada vez mais em desuso, as caixas
modais permitem que os usuários
interajam com o site, sem interromper
o fluxo de sua experiência. Isto é,
porque levar o usuário a uma página
separada para fazer login ou assistir a
um vídeo, quando é possível promover
isso de imediato sobre o layout atual?
Em 2010, veremos novos usos e
funcionalidades para as caixas modais
– entrada de dados, conexões,
configurações de conta e muito mais.
Sliders\\ Páginas como o Flickr e grandes
portais do País, como o GloboEsporte.com,
apostam em sliders para apresentar fotos, de
forma a tornar a navegação mais simples e leve
locaweb 41
Design:W2008 5/4/2010 18:27 Page 42
Design
* O uso inteligente da tipografia vai continuar a ganhar
impulso; a utilização adequada da tipografia grande
e ousada oferece uma mensagem limpa e clara
de navegação e
5 Barras
tarefas mais inteligentes
Inspirado na convergência de
aplicativos web, as novas barras de
navegação e tarefas serão cada vez
mais inteligentes otimizando a
experiência do usuário. Um exemplo
desse modelo é a agência de notícias
Reuters. Com interface simples mas
poderosa, é possível passar o mouse
sobre um dos quatro itens de
navegação e obter informações de
mercado ao vivo ou notícias
atualizadas, antes de escolher a
próxima página. Além disso, a barra de
ferramentas permite gravar, assistir ou
ler o conteúdo específico ou tópicos.
6 Texto é a nova imagem
O uso inteligente da tipografia vai
continuar a ganhar impulso este ano.
O uso adequado da tipografia grande
e ousada fornece uma mensagem
limpa e clara e pode, às vezes, ser mais
convincente para estimular o
imaginário dos visitantes. Em alguns
casos, o projeto terá apenas imagens
sutis de apoio à tipografia. Um site que
usa a tipografia como elemento
principal será infinitamente mais
interessante ao usuário do que um site
carregado de muitas fotos e imagens.
arte. Invista
7 Faça
no minimalismo
Juntamente com a tipografia, vem o
minimalismo. Durante 2010, esta vai
ser uma das tendências mais
proeminentes. Grandes espaços
brancos, uso inteligente e limpo de
fontes, cuidadosamente posicionadas,
formam o imaginário dessa tendência.
Isso também inclui fundo branco e
layouts espaçosos. Simples, mas
eficiente. Eficaz e direto. É arte pura.
em layouts
8 Pense
de página maiores
Como o tamanho do monitor e a
resolução da tela estão maiores, há
necessidade da ampliar igualmente o
layout de página. Isso não significa
que devemos reivindicar cada pixel
disponível. Em vez disso, é preciso
dar mais espaço em branco para que
os projetos apresentem uma
mensagem clara.
Use Hand-drawn
9
no design corporativo
(imagens desenhadas à mão)
Não é exatamente um novo horizonte,
mas ainda é uma tendência que segue
à margem do webdesign. As imagens
desenhadas/rascunhadas (Sketch
concept) ajudam a minimizar os
impactos de uma web fria e impessoal.
Além disso, é uma maneira inteligente
de personalizar o design.
usando
10 Expresse
fontes serifadas
No passado, a regra era não usar
fontes serifadas em função da baixa
resolução dos monitores e poucos
recursos gráficos do WindowsXP.
Entretanto, com a evolução da
tecnologia, é tempo de mudar as
regras do jogo. Fontes serifadas estão
se tornando cada vez mais populares.
Provavelmente, um antídoto contra a
“perfeição digital”. Essas fontes são
extremamente eficazes e trazem
imponência e estilo. Basta lembrar dos
cartazes de “Procura-se”, muito comuns
nos filmes de velho oeste. Quando
usadas em negrito, podem ser a base
de uma página. Além disso, quando
combinadas com títulos maiores e
grafismos, conseguem realmente
captar a atenção do leitor.
11 Abuse dos rodapés
Redes sociais nos rodapés \\ Um dos apoios da tipografia e do minimalismo é incluir itens que
extrapolem o uso da página; oferecer links para redes sociais, como faz a Folha de S. Paulo, ajuda a tarefa
42 locaweb
Para acompanhar títulos
gigantes, rodapés recheados. Em 2010,
essa é uma das tendências mais fortes.
Isso significa que no rodapé ficam
permitidos seus links, feeds do
Facebook, Twitter, LinkedIn, entre outras
mídias sociais. Como regra geral, você
pode usar o espaço para incluir itens
pessoais ou informações que são de
menor importância para o site.
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opinião/articulista
design
René de Paula Jr.
Ilustração//Alexandre Dias (Nani)
User Experience Evangelist
Microsoft Brasil
@renedepaula
[email protected]
Blog: O UAU Nosso De Cada Dia
http://blogs.msdn.com/
renedepaula
Internet da boca para fora
Chega de papo-furado e drinques coloridos. Um profissional interativo
precisa aprender a conversar com TI, negócios, criação, vendas...
Falar sobre internet é uma delícia. Você pode
misturar o ingrediente que quiser e tudo combina.
É mais ou menos como concurso de barman: o cara mistura
um veneno azul com outro laranja, põe pimenta e leite
condensado, bate com gelo, rega com vodca, escolhe um
nome baseado numa canção que só gente cool finge que
conhece, e pronto. Pode beber. Uma delícia. Com a internet
rola o mesmo: já vi palestrante misturar sorrindo web com
bíblia, Karl Marx, Era de Aquarius, Humanidade 2.0,
antropologia da moda, tribalismos perdidos e até juventude
japonesa. E o público sempre sai feliz, achando que o
ingresso caríssimo valeu cada centavo. Todos levemente
inebriados, como no caso do drinque.
O problema da bebida exótica e da palestra heteróclita
(procure no dicionário, não tem a ver com ser ou não
espada) é a ressaca. Se você engoliu o papo-furado e trouxe
para o seu projeto as ideias açucaradas, terá dor de cabeça
na certa. Isso é, se sua cabeça não rolar na sequência.
Alguém já disse (o manifesto Clue Train, talvez?) que a
internet se resume a conversas. Well, falando assim, parece
fácil, mas isso é um grande problema, pois conversar não é
fácil. E nem estou falando aqui de marcas conversando com
consumidores. Estou falando de TI conversar com marketing,
criativo com atendimento, cliente com agência...
Você já viu esse filme, não? E sabe que essas conversas
são um inferno. Por que você cai, então, na conversa mole de
quem oferece drinques coloridos? Deve ser para esquecer,
como todo bebum diz, é isso que explica porque tanta gente
ouve doçuras de uma web imaginária. Para esquecer.
Pelo visto, isso funciona. Todo mundo esquece tão bem,
que o drama nunca muda: internet é uma conversa de
surdos, sites são primários, dinheiro é jogado fora, tempo é
desperdiçado e oportunidades, idem. O jeito é encher a cara
de tolices inebriantes. Ou... não. Se formos olhar de perto
casos de sucesso, veremos que o segredo não foi nada 2.0,
tecnológico ou digital. O segredo foi conversar direito: o
cara de TI ouviu direito o cara de marketing, que ouviu
direito a estratégia do presidente. Assim, cada um conseguiu
colocar de maneira clara seus interesses e receios, fez o
esforço de falar uma língua comum e, para completar,
conseguiu comunicar direitamente para a agência o que
queriam e o que esperavam como resultado.
O que eu quero dizer com “conversar direito”? Você
conversa, claro, mas muito provavelmente com gente igual a
você, com bagagem parecida com a sua e dando risada da
outra turma não digeratti. Isso, para mim, não é conversa, é
papo. Conversar de verdade implica aprendizado, abertura,
criação conjunta de um conhecimento que não existia.
Conversar não é um dom, é algo que se aprende. Eu
mesmo fiz um curso (http://tiny.cc/MVmJg) para melhorar
minha capacidade de conversar (e olha que eu falo para
caramba, mas não era tão aberto a ouvir). Saber conversar
com TI, negócios, criação. É disso que um profissional
interativo precisa. O resto é papo.
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u
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g
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h
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vez
D
3
TV
Televisores capazes de exibir imagens em três
dimensões já são realidade, e é cada vez mais
certo que a próxima TV a invadir a sua sala terá
algum tipo de tecnologia tridimensional
Por Marco Clivati
S
ua próxima TV será 3D! Por mais incrível que essa afirmação possa
parecer, ela é defendida por muita gente, como consultores de
tecnologia, futurólogos, grandes fabricantes de televisores e pelo
próprio consumidor. Tudo indica que o próximo passo, depois da
conquista da alta definição, será para as imagens em três
dimensões. E para os mais descrentes, que já testaram alguma solução 3D e
detestaram, é bom mudarem seus conceitos. A nova tecnologia 3D está muito à
frente das velhas técnicas utilizadas pelas antigas salas de cinema e pelos
ultrapassados consoles de videogame. Basta assistir a um filme em qualquer
uma das salas de cinema 3D, que estão cada vez mais na moda, ou presenciar
os novos televisores com a tecnologia. O resultado é realmente de impressionar.
Mesmo não sendo um conceito novo, a febre do 3D nunca esteve tão em
alta quanto nos dias atuais. Nos principais eventos do setor, o 3D teve seu
destaque. Isso foi observado na Consumer Electronics Show (CES) de 2010, o
maior evento de tecnologia do mundo, que acontece todo começo de ano na
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3D:W2008 23/3/2010 18:19 Page 46
TV 3D
* Segundo Jon Landau, produtor do
filme Avatar, cujas cenas 3D resultaram
em recordes de bilheteria em todo o
mundo, as pessoas vão esperar que
todos os conteúdos produzidos para TV
sejam tridimensionais daqui para frente
cidade de Las Vegas (EUA). Por todos os lados do evento, o
que mais se viu foram soluções, conteúdos e telas capazes
de exibir imagens em três dimensões. Fabricantes de
equipamentos, grandes estúdios, produtoras de conteúdo e
operadoras de TV estão de olho nesse mercado, e não
estão poupando esforços para que 2010 seja o ano de
largada do 3D dentro de casa.
E não é devaneio acreditarem que os consumidores ao
redor do mundo estão sedentos para levar essa experiência
para dentro de casa. Prova disso são os grandes sucessos de
bilheterias do cinema ligados à tecnologia. O êxito do filme
Avatar em 3D, que já foi assistido por milhões de pessoas
ao redor do planeta e bateu todos os recordes de
bilheteria, foi citado algumas dezenas de vezes nas
coletivas e palestras que aconteceram na CES para
exemplificar o potencial do 3D. O produtor do filme, Jon
Landau, por exemplo, acredita fielmente no sucesso das
três dimensões na telona ou na telinha: “É para filmes
grandes, é para filmes pequenos... No futuro, as pessoas
irão esperar que todos os conteúdos de TV sejam em
3D”. Para Jeffrey Katzenberg, CEO da Dreamworks, o
sucesso da tecnologia no cinema fomentará fortemente
o anseio por sua migração para as casas. “Por isso,
firmamos uma parceria com a Technicolor para
desenvolver e acelerar o mercado de 3D, bem como
trocar experiências entre as empresas para oferecer aos
consumidores uma solução completa de entretenimento
doméstico em 3D”, conta o executivo.
46 locaweb
Eu uso óculos \\
A maioria das TVs 3D
que serão lançadas nos
próximos meses
funcionarão com
óculos ativos
Os grandes estúdios estão animados com todo esse
fervor do 3D. Em 2009, foram produzidos 20 títulos em 3D.
Já para 2010, a previsão é que cerca de 50 novos filmes
sejam lançados para as salas de cinema comerciais; todos
prontos para, na sequência, invadirem as residências de
milhões de consumidores.
Segundo dados da Consumer Electronics Association
(CEA), a estimativa é que em 2010 sejam vendidas
4,3 milhões de TVs com recurso 3D. Isso não só nos EUA,
mas no mundo todo. E o otimismo é grande. Para a
associação norte-americana, até 2013 mais de um quarto
de todas das TVs vendidas ao redor do globo serão 3D.
A mesma previsão animadora é compartilhada pela
empresa de consultoria DisplaySearch. Ela prevê que o
mercado de TVs 3D chegue a US$ 1,1 bilhão em 2010 e
atinja a casa dos US$ 15,8 bilhões até 2015. Entre os
fabricantes, as estimativas de venda para 2010 são bem
parecidas. Em uma entrevista concedida para o jornal
The Star, Tim Baxter, presidente da divisão de consumo da
Samsung na América do Norte, disse que de 10% a 14%
dos televisores que serão vendidos nos EUA em 2009 serão
3D, o equivalente a 4 milhões de TVs.
Tecnologia
A definição do padrão 3D, anunciada em 17 de
dezembro de 2009 pela Blu-ray Disc Association (BDA),
deu o pontapé inicial na entrega do 3D em casa. Segundo
a associação que dita as regras do Blu-ray no mundo, o
formato adotado será compatível com qualquer tela ou
projetor 3D, independentemente do tipo (plasma, LCD,
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TV 3D
THX Media Director
Criada pela THX, a tecnologia Media Director foi feita para
facilitar a vida dos consumidores em frente à TV. Com a
chegada do 3D, o consumidor terá de recorrer sempre ao
controle remoto da TV para ativar ou desativar a função 3D
da tela. Em um televisor equipado com o THX Media
Director, no entanto, isso não acontece. A TV é capaz de
ativar automaticamente o recurso 3D quando algum
conteúdo em três dimensões for enviado para ela. O sinal
pode ser proveniente de um disco de Blu-ray ou de um
set-top-box. Além do 3D, outra facilidade do Media
Director é a seleção automática dos presets de imagem.
Ao reproduzir um jogo de futebol, por exemplo,
automaticamente a equalização de imagem “Esportes” é
ativada pela TV. Caso você mude a transmissão para um
filme, a TV se encarrega de alterar o preset de imagem
para o modo “Movie”. Para que o THX Media Director
funcione, o conteúdo que será reproduzido precisa
carregar as informações do Media Director, que são
transmitidas pelo canal de dados do HDMI. O THX Media
Director surge como um excelente recurso para facilitar a
vida do consumidor, principalmente na nova era 3D. Por
enquanto, apenas a Sensio anunciou a adoção do THX
Media Director em seus processadores de vídeo 3D.
som surround, no qual alguns preferem o DTS e outros, o
DLP, LCoS, OLED) ou da tecnologia utilizada para a
Dolby Digital. Dessa forma, o consumidor poderá escolher
geração das imagens 3D.
sua tela preferida sem correr o risco de ter problemas de
O padrão definido pela BDA permite que os discos de
compatibilidade. É esperar para ver se isso realmente irá se
Blu-ray sejam gravados em 3D, fornecendo imagens em
concretizar na prática.
1080p para cada olho, garantindo assim imagens em três
dimensões com resolução Full HD. Usando codec MPEG-4MVC (Multiview Video Coding), o novo padrão permitirá,
Quatro olhos 3D
inclusive, a criação de menus com imagens em 3D. Além
Todas as TVs 3D que irão invadir as lojas em 2010
disso, segundo a BDA, os discos Blu-ray em 3D serão
necessitam de óculos especial. Apesar das reclamações em
compatíveis com os atuais players 2D. Algo essencial para
relação à necessidade do acessório, a experiência e o
os consumidores que não desejarem entrar, nesse primeiro
resultado irão falar mais alto nesse aspecto. Por
momento, no mundo das três dimensões.
enquanto, todos que experimentam a tecnologia acabam
No segmento de telas, fabricantes de plasma e LCD
se rendendo à qualidade do resultado, independentemente
estão adotando duas tecnologias distintas. Panasonic,
do desconforto. Em contrapartida, as empresas que,
Samsung, Sony, Toshiba e JVC resolveram adotar a solução
por enquanto, apresentaram televisores 3D que
da RealD. Com sua tecnologia 3D implantada em mais de
não necessitavam de óculos deixaram a desejar.
4,8 mil cinemas, em 48 países, a RealD é
líder no fornecimento do sistema para salas
de cinema comerciais. Mas há outra
tecnologia, criada pela Sensio, que foi
adotada por empresas como ViewSonic e
Vizio. Apesar de não ser conhecida no Brasil,
a Vizio é líder no mercado de TVs LCD na
América do Norte. A Sensio ainda conta com
o apoio da THX, que criou uma solução
batizada de THX Media Director, algo que irá
ser essencial para facilitar a vida dos
consumidores de 3D (veja mais no quadro
THX Media Director).
Apesar dessa aparente briga de padrões,
diferentemente do que aconteceu na guerra
entre os formatos Blu-ray e HD-DVD, que
acabou atrasando o deslanche do mercado
de alta definição, o 3D não sofrerá desse mal.
Tudo indica que o sistema será adotado nos
Em breve ela estará na sua casa \\ Estima-se que, até 2013, mais de um quarto
de todas as TVs vendidas ao redor do globo terão tecnologia tridimensional
mesmos moldes de padrão dos formatos de
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TV 3D
Uma delas
será sua
Confira os
aparelhos de TV
3D que estão
saindo do forno:
Sony \\ Com telas variando entre 40” e 60”, as TVs da linha Bravia são a
aposta da Sony no segmento de 3D. Ao todo, são nove modelos, todos LCD
com Full HD de 240 Hz e dotados com o recurso DLNA, que reproduz
músicas, vídeos e fotos armazenados no PC via rede. A top de linha, LX900,
conta com Wi-Fi integrado e acompanha dois pares de óculos ativos.
Info: www.sonystyle.com
Além da baixa definição da imagem, o ângulo de visão
desse tipo de televisor é praticamente nulo. Ou você fica de
frente para a tela ou dá adeus ao efeito 3D. Além da má
qualidade, a geração de conteúdo 3D para essa TV
demanda muito processamento de imagem. Por tudo isso,
a abolição dos óculos ainda deve demorar alguns anos.
A atual tecnologia adotada pelos fabricantes segue o
princípio do 3D estereoscópico. Para criar o efeito
tridimensional, uma imagem distinta é gerada para cada
olho. Para separar a imagem do olho direito do esquerdo,
os óculos podem ser passivos ou ativos. Na primeira opção,
a TV gera as imagens do olho esquerdo e direito
simultaneamente na tela. Com a ajuda de um filtro
polarizador na lente do óculos, a imagem do olho
esquerdo e do direito é separada. Já no sistema ativo,
Câmeras com duas
lentes \\ Para capturar
cenas em 3D, será
preciso uma nova câmera
capaz de registrar uma
cena para cada olho
Panasonic \\ Para a Panasonic, graças à maior velocidade de
atualização da tela, o 3D fica muito melhor em uma TV de plasma.
Ainda em 2010, a empresa promete apresentar cinco modelos que
vão de 50” a 65”. Todos têm certificação THX, são equipados com
um par de óculos ativos, adaptador Wi-Fi e contam com o recurso
Viera Cast, que oferece acesso a Amazon Video on Demand,
Bloomberg News e Fox Sports, Netflix
Info: www.panasonic.com/3D
o televisor gera um quadro completo para cada olho.
Para separar as imagens do olho esquerdo do direito, os
óculos trabalham em sincronismo com a tela. Um emissor
infravermelho (IR) instalado na TV – alguns modelos
poderão fazer isso via Bluetooth – envia o sinal de
sincronismo para os óculos. Equipados com um receptor de
IR e lentes de cristal líquido, os óculos recebem o sinal de
sincronismo e bloqueiam o olho esquerdo ou o olho
direito. Nos atuais televisores de LCD e plasma, a vantagem
do sistema ativo se deve à possibilidade de gerar imagens
em Full HD para cada olho. O resultado é uma experiência
em 3D com imagens mais nítidas e movimentos mais
fluidos, em comparação com o sistema passivo.
Entre os fabricantes de TV que prometeram lançar seus
modelos nos próximos meses, a escolha dos óculos ativos
é unânime. Apesar de ser uma tecnologia mais cara, as
empresas apostam na alta qualidade para que o 3D
conquiste os consumidores que experimentarem a
tecnologia. Apesar de nenhum fabricante ter mencionado
preço, a especulação é que cada óculos custe em torno
de US$ 100.
Em breve, nas prateleiras
Para levar o 3D para dentro de casa, você terá que
comprar um novo televisor. Mesmo se acabou de gastar
mais de R$ 5 mil no último modelo LCD de LED do
mercado. Além da TV, seu player de Blu-ray também terá de
ser substituído. A única boa notícia vai para os
proprietários do PlayStation 3. Segundo Hiroyasu
Gusiyama, gerente geral da divisão de 3D da Sony, os
consoles PS3 irão receber uma atualização para se
tornarem compatíveis com o tridimensional. O primeiro
update do firmware, que será exclusivo para jogos em
48 locaweb
3D:W2008 23/3/2010 18:23 Page 49
TV 3D
LG \\ A fabricante sul-coreana conta com a
Infinia LE9500, TV LED Full HD de 55”.
O modelo, que será o primeiro televisor 3D da
marca a ser vendido nos EUA, conta com
atrativos como taxa de atualização de 480 Hz,
certificação THX, conexões Wi-Fi e Wi-HD,
DLNA e o recurso Netcast, que oferece acesso a
vários serviços online, como Skype, Vudu,
Netflix, YouTube e Napster.
Info: www.lge.com
Samsung \\ A linha de televisores C9000, da
Samsung, é composta de dois modelos, um de
47” e outro de 55”. Ambos usam a tecnologia
Edge-lit, em que os LEDs são localizados nas
bordas da tela, proporcionando uma finíssima
espessura: apenas 0,8 cm. O televisor integra
um sistema para converter qualquer vídeo 2D
em 3D e tem um controle remoto inovador, bem
parecido com um iPhone, que funciona via tela
LCD touch screen.
Info: www.samsung.com
3D, será disponibilizado já nos próximos meses. Um
segundo update, ainda sem data definida, possibilitará
que o PS3 também rode filmes 3D em Blu-ray.
O gerente da Sony ainda disse que demonstrações da
tecnologia 3D poderão ser conferidas nas lojas SonyStyle
espalhadas pelo Japão, Europa, Ásia e América Latina.
Apesar de não ter afirmado que o Brasil estará entre os
países da América Latina, é muito provável que o
consumidor brasileiro, muito em breve, possa conferir as
maravilhas do 3D nas lojas da Sony.
Conteúdo 3D
Com a parte tecnológica aparentemente resolvida, o
crescimento do mercado 3D está nas mãos daqueles que
irão gerar e oferecer conteúdo. Entre os discos de Blu-ray,
os primeiros títulos em três dimensões que chegarão às
lojas serão Cloudy with a Chance of Meatballs, Monsters
versus Aliens e A Christmas Carol. Não resta dúvidas de que
novos lançamentos em Blu-ray 3D irão acontecer daqui para
frente. Outro canal para a distribuição de conteúdos 3D
serão as operadoras de TV por assinatura. Nos EUA, a
DirecTV sairá na frente. Recentemente, a empresa anunciou
o lançamento de três canais próprios no meio do ano. Os
clientes da DirecTV irão receber uma atualização gratuita,
que será enviada automaticamente para os receptores, para
torná-los compatíveis com a tecnologia 3D adotada pela
operadora. A DirecTV disse que já está trabalhando em
conjunto com a CBS, Fox Sports, Golden Boy Promotions,
HDNet, MTV, NBC Universal e a Turner Broadcasting para
desenvolver programações 3D adicionais, que deverão ser
lançadas entre 2010 e 2011. Os visitantes da CES puderam
conferir o serviço DirecTV HD 3D em pleno funcionamento
no estande da Panasonic.
Toshiba \\ A Toshiba resolveu colocar tudo o
que há de mais moderno na ZX900 CELL TV,
uma LCD de LED que será vendida em dois
tamanhos: 55” e 65”. O nome CELL vem do
processador usado, um CELL Broadband
Engine, o mesmo do PlayStation 3. Segundo a
empresa, esse processador é 143 vezes mais
poderoso que o das TVs atuais. Todos os
recursos imagináveis, além do 3D, estão nesta
TV, como Wi-Fi, Ethernet, DLNA, acesso a
conteúdos da web, Blu-ray player integrado e
HD de 1 TB.
Info: www.toshibaTV.com
Outro lançamento foi a parceria entre Discovery, IMAX e
Sony. As empresas formaram uma aliança para a criação de
um canal de televisão 3D, que deve iniciar em 2011, nos
EUA. A ESPN também está na onda. George Bodenheimer,
copresidente da Disney Media Networks e presidente da
ESPN e da ABC Sports, divulgou o lançamento do canal
ESPN 3D. Segundo Bodenheimer, o canal irá mostrar, no
mínimo, 85 eventos esportivos ao vivo em 3D durante 2010.
A estreia do ESPN 3D acontecerá em grande estilo: o jogo
África do Sul contra México, no dia 11 de junho – a
primeira partida da tão aguardada Copa do Mundo.
No Reino Unido, a BSkyB já havia anunciado que
entraria no mundo 3D, em 2010. Tudo indica que
norte-americanos e ingleses poderão conferir a Copa do
Mundo em 3D no conforto do sofá. Aqueles que não terão
acesso ao sinal 3D ao vivo, porém, não precisam ficar
desesperados. Sir Howard Stringer, CEO da Sony, disse que a
empresa pretende transformar as mais de 25 partidas da
Copa, que serão registradas em três dimensões, em um
disco de Blu-ray 3D. No Brasil, a Globo já começou seus
experimentos no universo tridimensional. A emissora
brasileira fez seus primeiros ensaios registrando cenas da
novela Viver a Vida e do Carnaval. Quem viu, se
impressionou com o resultado. A sensação era de estar no
meio da Praça da Apoteose.
Apesar de todo esse movimento das produtoras,
operadoras e emissoras de TV, a produção de conteúdos
em 3D demanda um grande investimento. Serão
necessárias novas câmeras e as emissoras terão de
aprender a produzir conteúdos com a nova tecnologia. A
alta definição levou alguns anos para emplacar e não será
diferente com o 3D. Mas como toda nova tecnologia, uma
hora ela precisa aparecer. E parece que será agora!
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Novidade:W2008 5/4/2010 18:29 Page 50
multimídia
Formatos abertos de
vídeo na internet
Conheça os padrões Ogg Theora e H.264 que promentem tornar
a publicação de vídeos na web mais leve, dinâmica e ágil
Por Yan Borowski
H
oje em dia, em praticamente
qualquer blog que você abra
é possível encontrar um
player de Youtube, entre outros, para
reproduzir um vídeo. Entretanto, não
é difícil abrir um leitor de notícias
que, com excesso de requisições
multimídia, trava.
Isso ocorre porque um monte de
players de Flash causa um salseiro
no “hardware” do computador. Ele
pesa na memória, consome CPU,
come banda. Foi com base nesses
problemas que surgiram, na
especificação do ainda embrionário
HTML 5, as tags <video> e <audio>.
O padrão HTML5 não define qual
tipo de algoritmo de compressão e
descompressão deve ser utilizado
pelos navegadores. Existem dois
open source que são os favoritos:
Ogg Theora e o H.264. A seguir,
você conhece melhor esses padrões.
Ogg Theora
O Theora é um codec 100%
open source. Qualquer um pode
pegar seu código e editar. Ele possui
algumas patentes, porém, seus
detentores fizeram um termo de
concessão, irrevogável e
50 locaweb
YouTube \\ Muitos players em Flash podem deixar o navegador lento;
novos padrões estão sendo criados para que o processo fique mais rápido
permanente, para que qualquer um
possa usar, estudar, aperfeiçoar e
distribuí-lo sem necessidade de
permissão ou de pagar royalties.
As pessoas por trás do código do
Theora acham ridículo patentear
uma ideia tão simples e cobrar por
ela – como armazenar o vídeo de
trás para frente, em vez de
armazenar de frente para trás.
Este algoritmo é baseado em
outro mais antigo, chamado de VP3.
A empresa On2 era detentora dos
direitos até que, em setembro de
2001, fez uma doação do código do
VP3 para a fundação Xiph.org,
concedendo licença livre para as
patentes e futuras derivadas dela,
sem necessidade de permissão
para uso.
Em 2008, o Theora saiu da versão
beta após o anúncio da versão 1.0.
Qualquer vídeo codificado com o
Theora a partir desta versão terá
retrocompatibilidade. Um vídeo
compactado com o Theora 1.0 pode
ser descompactado pelo Theora 2, 3,
20 e vice-versa.
Este algoritmo já está pronto para
ser utilizado em larga escala na web.
Hoje, 25% dos usuários de internet já
podem visualizar um vídeo
Novidade:W2008 23/3/2010 18:55 Page 51
Multimídia
Navegadores \\ Página do
Internet Explorer e do Firefox:
com os novos formatos de
vídeo, os browsers poderão
processar mais rapidamente as
requisições dos usuários e
travarão menos
codificado com o Theora sem
precisar ter um plugin de Flash, nem
instalar nenhum outro, na máquina.
Seus colaboradores encaram isso
como a hora de desafiar o plugin da
Adobe como uma ferramenta de
distribuição de vídeos na internet.
Para ver um vídeo codificado com
Theora, você pode utilizar os
programas multimídia VLC, MPlayer
ou o Miro. A utilização desses três
players só é necessária se o vídeo
estiver em seu computador. Se o
vídeo estiver na web, pode-se utilizar
o Firefox 3.5, ou posterior, para vê-lo.
Se você é usuário do Windows
Media Player e está interessado no
suporte ao Ogg Theora, existe um
filtro chamado DirectShow,
oferecido pela fundação Xiph.org,
que pode ser obtido em
www.xiph.org/dshow. No último
release desse filtro, versão
0.82.16930, de 22 de fevereiro de
2010, foi adicionado suporte ao
Windows 7 e liberado um preview
técnico da tag <video> do HTML5
para o Internet Explorer.
H.264
Este algoritmo é conhecido como
MPEG-4 Part 10 ou AVC (Advanced
Video Coding). A intenção principal
deste projeto era fornecer uma
compactação com bitrate inferior
aos padrões anteriores. Porém, os
desenvolvedores se preocupavam
com que o algoritmo atendesse
compactações com
baixos e com
altos bitrates.
Este codec é
utilizado por várias empresas pelo
mundo, como TVs por assinatura via
satélite (como a Sky inglesa); sites de
notícias como BBC, e aqui no Brasil é
utilizado pelo SBT em seu padrão de
TV Digital (SBTVD: Sistema Brasileiro
de Televisão Digital). Sua versão final
para utilização foi lançada em maio
de 2003 com o nome oficial de
“ISO/ IEC 14496-10”.
O padrão possui sete tipos de
configurações que foram pensadas
para aplicações diferenciadas do
algoritmo. Confira os principais,
mais utilizados hoje em dia:
•Baseline Profile (BP): Tem sua
utilização voltada para sistemas
com baixos recursos, comum em
videoconferências e aplicações
para dispositivos móveis, pois
possui o bitrate baixo.
•Extended Profile (XP): Voltado
para streaming pela sua alta taxa
de compressão.
•High Profile (HiP): Como o Main
Profile, foi criado para transmissão
e armazenamento, porém, sua
aplicação inicial era para vídeos em
HD. É o padrão utilizado em DVDs
HD e discos Blu-Ray.Utilização de
vídeos daqui para frente.
É fato que o HTML5 virá para ficar
e que os navegadores estão
correndo para se adaptarem ao
novo padrão, principalmente no que
diz respeito a áudio e vídeo. Com o
crescimento da banda larga aqui no
Brasil, vemos um avanço nos
conteúdos liberados em sites de
notícia, das emissoras de TV,
liberando versões online dos seus
noticiários, blogs cheios de vídeos
com coisas que aconteceram do
outro lado do mundo. Esse avanço
tem influência direta na disputa dos
navegadores, que travam uma
guerra acirrada atualmente, com
nomes como Firefox e Opera.
Ao olharmos para todas essas
aplicações dos formatos de vídeo
aberto, que funcionam muito bem
até para emissoras de TV, pensamos:
o que pode dar errado em deixar os
plugins de Flash de lado? A resposta
é: nada. A codificação dos sites fica
mais limpa e as páginas ficam
muito mais leves para o usuário.
Vamos deixar o Flash para
aplicações (RIA), que realmente
demandam algo mais elaborado e
vamos simplificar o que não precisa
ser complicado. Afinal, a banda
larga está crescendo no país, mas
não vamos exagerar. Quanto maior
a otimização de banda, melhor.
locaweb 51
OpenSource:W2008 23/3/2010 18:52 Page 52
OpenSource:W2008 7/4/2010 12:40 Page 53
Conheça alguns
programas open
source - com código
fonte aberto - que são
tão bons ou melhores
que softwares pagos.
E mais, além de
gratuitos, podem
ser alterados e
melhorados à vontade.
É a chance de fugir
com estilo da pirataria
Por Sérgio Vinícius
P
ara cada programa pago, há uma versão
alternativa gratuita e de código aberto pronta
para ser baixada na internet e usada livremente.
Se o famoso pacote de escritórios do Microsoft Office é
o mais usado no mundo, a opção BrOffice.org conta
com os mesmos aplicativos, tem versão em português e
é tão bom quanto seu concorrente.
Nomes famosos como Internet Explorer, Adobe
Photoshop e Windows Media Player são, no máximo,
iguais ao Firefox, Gimp e Songbird – opções open
source para navegar na web, tratar imagens e ouvir
músicas. O fato é que, com centenas de opções livres na
web, não é necessário desembolsar algumas centenas
de reais para ter em um computador programas de
ponta. Ou, melhor ainda, não é necessário apelar para a
pirataria de softs para manter sua máquina up to date.
A Locaweb em Revista selecionou alguns dos
melhores programas (também considerados
essenciais) open source da rede. Basta baixar, instalar
e usar. Sem se preocupar em desembolsar uma fortuna
ou procurar por números de séries, cracks e outros
subterfúgios contraventores.
locaweb 53
OpenSource:W2008 23/3/2010 18:52 Page 54
Open Source
Visualizador de PDF
Pacote de escritórios
Sumatra PDF
BrOffice.org
Com 1,58 MB e criado por Krzysztof Kowalczyk, o Sumatra PDF é leve
e ágil. O visualizador de arquivos no formato universal portable
document format (PDF) tem como pontos positivos a facilidade de uso
e o suporte a diversos idiomas, inclusive o português. Conta com
assistente de impressão e tem buscador interno, zoom in e zoom out
na barra de ferramentas. blog.kowalczyk.info/software/sumatrapdf
O BrOffice.org é um pacote de
escritórios com editor de
textos, leitor de planilhas,
gerador de apresentações.
Tem 113,7 MB. Entre os
destaques está seu editor de
textos, que parece o MS Word.
Robusto, tem suporte para
português e conta com os
mesmos recursos de seu concorrente pago.
O editor de apresentações do BrOffice.org cria slides.
O aplicativo, fácil de usar, importa documentos, permite ao usuário
partir do zero ou se basear em modelos preexistentes. Um dos
trunfos do pacote é oferecer um simples editor de imagens –
coisa que o Office da MS não faz, já que o Windows é vendido
com o Paint. O BrOfficeDraw trabalha com imagens de forma
simplificada. Deve ser usado por principiantes. Usuários medianos
podem optar por ferramentas mais avançadas.
O assistente de planilha do BrOffice.org é semelhante ao Excel.
Para quem tem intimidade com ele, consegue realizar qualquer
tarefa. A planilha permite a realização de macros e outras funções
avançadas. www.broffice.org
Arquivos multimídia
VLC Media
O VLC Media Player é
um reprodutor de
arquivos multimídia que
tem facilidade de uso.
Usuários inexperientes
podem reproduzir
arquivos com o soft ao
clicarem em apenas um
botão. Compatível com
vídeos, áudio e arquivos
de texto de legendas,
roda MPEG-1, MPEG-2, MPEG-4, DivX, XviD, WMV, MP3, OGG.
Tem 8 MB e oferece recursos excepcionais, como reproduzir arquivos AVI
corrompidos ou sincronizar legendas e vídeos. www.videolan.org/vlc
Antivírus
ClamWin
Gerenciador de e-mail
Thunderbird
O antivírus detecta vírus e
spywares no computador.
O programa realiza
atualizações automáticas do
banco de dados e chama a
atenção pelo recurso de
remoção automática de
anexos infectados em clientes
de e-mail. Fácil de utilizar, permite que usuários lidem facilmente
com vírus. www.clamwin.com
Com 8,43 MB, o programa é
um cliente de e-mail que
apresenta facilidade de uso.
Entre seus itens adicionais,
conta com um gerenciador
de RSS integrado, basta
adicionar o endereço de onde
virão os feeds e o programa
começa a incluir os arquivos
como se fossem e-mails
comuns. Possui filtro para mensagens inteligentes, evita o recebimento de mensagens
comerciais não solicitadas e "aprende" de acordo com informações do usuário. Tem bom
sistema de organização de e-mails e é multiplataforma. br.mozdev.org/thunderbird
54 locaweb
OpenSource:W2008 23/3/2010 18:52 Page 55
Open Source
Navegador
Firefox
Tem quase 8 MB de
tamanho e é o segundo
navegador mais
utilizado do mundo.
Permite a fácil troca de
temas e, voltado a
programadores, conta
com extensões e
recursos para quem
desenvolve páginas de
internet. Possui navegação privativa, veta o acesso a sites
suspeitos, detecta atualizações de complementos e restaura
seções. É rápido e facilmente personalizável. br.mozdev.org
Editor de imagens
Gimp
O mais completo editor
gratuito de imagem disponível
para download. Tem
ferramentas para retoques e
redimensionamento de fotos,
ajuste de cor e de brilho,
contraste. Fácil de operar, o
software garante curva de
aprendizado baixa. Aceita
extensões e ferramentas que o
tornam mais parecido com o Photoshop. www.gimp.org
Instant Messenger
aMSN
Compactador e descompactador
7-ZIP
Com 8 MB e desenvolvido pela aMSN Team, o comunicador
instantâneo é muito semelhante ao Windows Live Messenger, e
usa a mesma rede do software da Microsoft. Mais leve e ágil do
que o concorrente, programa oferece os mesmos recursos do Live
Messenger, como transferência de arquivos, suporte a fotos e
opções de visualização, como invisibilidade ou ausência. Um dos
destaques do soft é que ele informa, na própria lista de amigos,
quem deletou o usuário de seus contatos. www.amsn-project.net
Menos famoso que ZIP e RAR, o
7-ZIP é excelente alternativa
quando o assunto é
compactação. Com interface
simples de usar, é compatível
com os mais populares formatos
de compactados da rede e
permite que o usuário
customize operações,
como decidir extensão,
aumentar ou diminuir os
pacotes e a taxa de
compressão. Com 900
kB, não exibe janelas
pedindo para que o
programa seja
registrado, comprado e
coisas do tipo.
www.7-zip.org
Player de música
Calendário
Lightning
Com 1,99 MB, o
programa é perfeito para
ser utilizado em conjunto
com o gerenciador de
e-mails Mozilla Thunderbid.
O programa fica acoplado
ao soft de mensagens,
sendo indicado por um
botão específico. Com
opções de exibição de
compromissos sendo
definido por mês, dia,
semana, é intuitivo e fácil
de usar. É compatível
com o Postbox.
www.postbox-inc.com
Songbird
Semelhante ao iTunes visualmente,
conta ainda com navegador web –
que funciona com abas – e tem
integração com diversos serviços
online. Oferece buscador integrado,
que permite ao usuário caçar MP3
pela web, e menus que indicam
próximos shows de artistas
favoritos ou apresentações
musicais próximas ao endereço do
usuário. O recurso “Construtor de
Lista Inteligente de Reprodução”
utiliza notas dadas pelo ouvinte
para criar listas de músicas.
www.getsongbird.com
locaweb 55
Programando.com:W2008 23/3/2010 18:24 Page 56
pro
gra
man Pisando em
do.
com superfície lunar
Aprenda mais sobre Lua, linguagem de script usada
nas mais diversas áreas, como aplicativos para
desktops e softwares para sistemas embarcados
O
Todo mês, você
confere neste
espaço um artigo
técnico do
especialista
Rogério Ferreira
a respeito de
programação,
com grande
enfoque em
tecnologias livres
aplicadas à web
Rogério Ferreira,
inaugurou a seção de
Segurança da Revista Linux
Magazine. Trabalha
atualmente no núcleo de
Outsourcing da Locaweb.
56 locaweb
norte-americano Neil Alden
Armstrong foi o primeiro
homem a pisar na superfície
lunar, em 20 de julho de 1969. Mas
foi o brasileiro Roberto Ierusalimschy
que “criou” a Lua. E quer saber mais?
Ela foi inteiramente projetada,
implementada e desenvolvida por uma
equipe da Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro.
Durante a PyCon Brasil 2008
(Conferência da Comunidade Python
Brasileira), realizada na cidade
maravilhosa, os organizadores do
evento convidaram o arquiteto
principal da Linguagem de
Programação Lua, Roberto
Ierusalimschy, para proferir uma
palestra. Apesar do evento ser voltado
para Python, a diretoria da Associação
Python Brasil resolveu dar um banho
lunar nos pythonicos. Enquanto
aguardava para apresentar minha
palestra, aproveitei a oportunidade
para assistir à apresentação feita por
Ierusalimschy. Foi nessa ocasião que
tive o primeiro contato com a
atmosfera lunar.
A linguagem de programação Lua
Lua é uma linguagem de script
amplamente usada nas mais diversas
áreas, desde grandes aplicativos para
desktops, como o Adobe Photoshop
Lightroom, até softwares para sistemas
embarcados. Trata-se da ferramenta mais
usada atualmente para scripting em
jogos e faz parte do padrão Ginga, para o
sistema brasileiro de TV digital. O sistema
também é muito usado na área de
segurança, como a linguagem de script
embutida em ferramentas do tipo
Wireshark, snort e nmap.
A Lua tem como importantes
diferenciais o uso de técnicas de
programação funcional, o recurso ubíquo
de tabelas como estruturas de dados
para os mais variados fins, a utilização de
cortinas e a comunicação com código
escrito em C. A ferramenta se destaca por
ser uma linguagem de script. Isso
significa que é projetada para controlar e
coordenar componentes geralmente
escritos em outra linguagem.
As primeiras linguagens de script
foram as shell do Unix, usadas para
conectar e controlar a execução de
programas. Apesar de várias linguagens
dinâmicas poderem ser usadas para
script, poucas foram projetadas para essa
finalidade. Lua seguiu um caminho
criado por Tcl, em que a linguagem é
estruturada como uma biblioteca C com
uma API, que permite o código da
linguagem chamar funções escritas em C
e o código C chamar funções escritas na
linguagem. A ferramenta se destaca de
outras linguagens de script por sua
simplicidade, portabilidade, economia de
recursos e desempenho.
Além disso, ela é pequena. Dessa
forma, usar a Lua em uma aplicação não
aumenta quase nada o seu tamanho.
O pacote de Lua 5.1.4, contendo código
fonte, documentação e exemplos, ocupa
212 K comprimido e 860 K
Programando.com:W2008 23/3/2010 18:24 Page 57
LUA Programando.com
descompactado. O código fonte contém cerca de 17 mil
linhas de C. No Linux, o interpretador Lua contendo todas
as bibliotecas padrões de Lua ocupa 153 K. Já a biblioteca
Lua ocupa 203 K.
A linguagem é um software livre de código aberto,
distribuído sob uma licença muito liberal (a conhecida
lMIT). A Lua pode ser usada para quaisquer propósitos,
incluindo comerciais, sem qualquer custo ou burocracia.
Para baixar o sistema, basta entrar no site oficial da
linguagem: www.lua.org.
Os primeiros passos na Lua
Um pedaço de código Lua é chamado de trecho e, para
executar esse trecho, podemos usar o interpretador da
linguagem. Este, por sua vez, é chamado de lua (quando
nos referimos à linguagem, usamos a letra L maiúscula, e
ao se referir ao interpretador, usamos a letra l minúscula).
Mas, antes de usarmos o interpretador, precisamos
instalar a Lua.
É possível fazer isso a partir do código fonte, baixado
do site oficial ou do repositório de uma distro Linux. Para o
exemplo deste artigo, usaremos o Debian GNU/Linux como
base para testarmos os trechos de código Lua.
Vamos proceder agora com instalação de Lua no
Debian GNU/Linux (Lenny):
# aptitude install lua5.1
Para não fugir da tradição do “Hello World”, vamos
imprimir um “Hello Brasil” a partir do interpretador lua:
* A linguagem Lua foi inteiramente
projetada, implementada e
desenvolvida no Brasil por uma
equipe da Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro
g = 100
print (l) -- imprime 10
if l > 0 then
local l = 5
print (l, g) -- imprime 5 100
end
print (l) -- imprime 10
Em Lua, o tipo da variável é determinado
dinamicamente. Existem oito tipos básicos: nil, boolean,
number, string, userdata, function, thread e table. O
exemplo seguinte usa a função type para exibir os tipos:
print
print
print
print
print
print
(type("Hello Brasil")) -- imprime string
(type(2010)) -- imprime number
(type(print)) -- imprime function
(type(type)) -- imprime function
(type(true)) -- imprime boolean
(type(nil)) -- imprime nil
t = {}
print (type(t)) -- imprime table
# lua
Lua 5.1.3 Copyright (C) 1994-2008 Lua.org, PUC-Rio
> print("Hello Brasil")
Hello Brasil
Podemos também escrever o programa acima em um
arquivo hello.lua, e chamar o interpretador seguido do
nome do arquivo, que contém o seu programa:
# lua hello.lua
Hello Brasil
Por padrão, variáveis são globais em Lua. Para indicar
que uma variável é local ao bloco ou programa em que
ela foi declarada, devemos usar a palavra-chave local.
O exemplo abaixo ilustra isso:
-- Dois traços seguidos indicam um comentário.
local l = 10
Lua utiliza dois pontos (..) para concatenar valores
entre strings:
nome = "Maria"
snome = "Simão"
print (nome .. " " .. snome) -- imprime Maria
Simão
Os operadores relacionais de Lua são: < > <= >= == ~=
Os cinco primeiros operadores são bastante comuns em
outras linguagens e possuem o significado usual. O
operador relacional ~= significa a negação da igualdade.
Lua oferece um único mecanismo para estruturação de
dados, chamado tabela. Estas, por sua vez, nada mais são
que arrays associativos, isto é, uma estrutura de dados que
associa chaves com valores e permite acesso rápido ao valor
associado a uma dada chave.
Tabelas são, provavelmente, a característica mais
marcante de Lua. Muitas outras linguagens, em especial
linguagens dinâmicas, oferecem arrays associativos, mas
locaweb 57
Programando.com:W2008 23/3/2010 18:24 Page 58
Programando.com LUA
nenhuma os usa de modo tão extensivo quanto Lua. Nela,
usamos tabelas para implementar estruturas de dados,
como arrays, estruturas (registros), conjuntos e listas.
Também inserimos conceitos mais abstratos, como objetos,
classes e módulos. Segue um exemplo interessante de como
usar Tabela como Arrays:
Mes = {[1] = "Janeiro", [2] = "Fevereiro", [3]
= "Março", [4] = "Abril", [5] = "Maio", [6] =
"Junho", [7] = "Julho", [8] = "Agosto", [9] =
"Setembro", [10] = "Outubro", [11] =
"Novembro", [12] = "Dezembro"}
print(Mes[3]) -- imprime Março
Em Lua, existem dois tipos de for: o numérico e o
genérico. Usaremos o for genérico e o iterador ipairs,
que imprime as chaves da tabela de forma ordenada:
for i, v in ipairs (Mes) do
print (i .. " = " .. v)
end
A saída do for acima será a seguinte:
1 = Janeiro
2 = Fevereiro
3 = Março
4 = Abril
5 = Maio
6 = Junho
7 = Julho
8 = Agosto
9 = Setembro
10 = Outubro
11 = Novembro
12 = Dezembro
Lua para web
Como não poderia faltar em toda linguagem de script
que se preze, Lua possui um Framework Web MVC. O Orbit
é o framework para aplicações web da ferramenta, que alia
uma maneira declarativa de associar URLs e funções da
aplicação à comunicação fácil, com bancos de dados
relacionais. Ainda não evoluiu tanto quanto frameworks do
tipo Rails e Django, mas é um projeto muito promissor.
No site do Orbit, há mais informações a respeito da
ferramenta: http://orbit.luaforge.net.
Há um gerenciador de conteúdo para web
desenvolvido pela Fábrica Digital chamado Publique.
Apesar de não ter código aberto, é bem interessante.
Ainda para web, temos a opção do Sputnik, que é um
wiki extensível disponível como software livre.
58 locaweb
* A Lua tem como diferenciais o uso de
técnicas de programação funcional, o
recurso ubíquo de tabelas como
estruturas de dados, a utilização de
cortinas e a comunicação com código C
LuaRocks
LuaRocks é um sistema de distribuição e gerenciamento
para módulos Lua. Esta ferramenta permite que você instale
módulos Lua como pacotes independentes chamados de
“rocks”, que também contêm informação sobre
dependência de versão. Esta informação, por sua vez, é
usada em tempo de instalação, de modo que, quando um
rock é requisitado, todos os rocks dos quais ele depende
sejam instalados. Também é usada em tempo de execução.
Assim, quando um módulo é requerido, a versão correta é
carregada. O LuaRocks aceita repositórios local e remoto,
além de múltiplos rock trees locais. O site do projeto é
www.luarocks.org. Nesse endereço, estão disponíveis mais
informações para quem deseja se aprofundar no assunto.
Com o LuaRocks devidamente instalado, podemos
realizar uma pesquisa para checar a existência de um rock:
# luarocks search sql
Search results:
Rockspecs and source rocks:
LSQLITE3
0.7-1 (rockspec) - http://luarocks.org/repositories/rocks
LUASQL-MYSQL
2.2.0-1 (rockspec) - http://luarocks.org/repositories/rocks
2.2.0-1 (src) - http://luarocks.org/repositories/rocks
LUASQL-SQLITE3
2.2.0-1 (rockspec) - http://luarocks.org/repositories/rocks
2.2.0-1 (src) - http://luarocks.org/repositories/rocks
Ele encontrou 3 rocks. Agora, podemos instalar o rock
que satisfaça nossa necessidade:
# luarocks install luasql-sqlite3
Conclusão
Lua tem muito a oferecer, como uma linguagem que
pode atender a inúmeras necessidades. Se você quer
aprender mais sobre o tema, leia o espetacular livro
Programming In Lua, Second Edition, escrito por Roberto
Ierusalimschy, que contém muita informação para quem
deseja conhecer melhor os segredos da Lua.
artigo_marcelo_mercado:W2008 23/3/2010 19:43 Page 59
opinião/articulista
e-business
Marcelo Trípoli
Presidente da agência de
marketing digital iThink e autor
do blog ifound.com.br
@marcelotripoli
[email protected]
Preparado
para o seu tempo?
Facilidade. Esta é a palavra da vez. E, como não poderia deixar de
ser, sua principal aliada é a internet e as novas tecnologias em geral
Ela já está presente em meios que jamais
imaginaríamos e, em breve, estará em muitos
outros. E não está longe de nos acostumarmos com essa
nova rotina. Muitas mudanças deverão alterar o nosso
dia a dia ainda este ano. Para melhor, claro.
O que há algum tempo – não tão distante assim –
parecia inviável e que hoje não vivemos sem, como
internet no celular ou até mesmo check-in online nos
aeroportos, virou sine qua non em nossas vidas. Só que
as novidades que estão chegando vão muito além. Logo
seremos cercados por aparelhos e tecnologias que
conversam entre si pela internet. Os chamados “objetos
inteligentes” são programados para trocar informações,
reconhecer gostos, obedecer comandos enviados por
algum outro ponto de conectividade, como celular,
e-mail ou computador.
O que não faltam são exemplos deste novo cenário
no qual seremos incluídos. Uma lista de supermercado
pode ilustrar isso claramente. Em breve, as pessoas não
terão mais de se preocupar com ela, a geladeira fará isso
para você, oferecendo lembretes de que o leite está
acabando. E, se nem a lista de compras precisaremos
fazer, que dirá buscar receitas na internet? Esse mesmo
utensílio, ou outro já programado pelo usuário,
poderá indicar as melhores receitas de acordo com
o seu gosto.
Essas facilidades entrarão em todos os campos de
nossa vida, desde conectar o celular com o telefone fixo
de casa assim que chegar, programar a máquina de lavar
roupas, cortar a energia das tomadas quando há crianças
em casa. Mas a pergunta deve estar aí, escondida na
mente de cada um. Essa “internet das coisas” é realmente
viável? A resposta é simples e rápida: sim. É técnico, mas
completamente viável.
A base dessa tecnologia é o RFID (Radio Frequency
Identification), ou Identificação por Rádio Frequência, que
captura dados de diferentes formas. A mais comum é por
armazenamento de um número de série capaz de
identificar uma pessoa, objeto ou outra informação em
um microchip. Todos os aparelhos terão etiquetas
eletrônicas, as chamadas RFID TAG, reconhecendo uns aos
outros e transmitindo dados entre si. Pode parecer um
pouco fora de contexto, ou uma ilusão de ficção científica.
Mas não é. Essa é uma realidade e torna-se muito útil ao
agregar funcionalidade a produtos simples.
O papel da “internet das coisas” é ainda mais
abrangente que podemos imaginar. Ela terá uma grande
representação na melhoria da segurança, dos meios de
transporte e também da área da saúde. Sim, é essa
facilidade que nos aguarda e é nela que vamos embasar
nosso dia a dia. A partir de agora, prepare-se, você terá o
seu tempo. Só seu.
locaweb 59
HTML 5 Silverlight:W2008 23/3/2010 18:38 Page 60
Programação
HTML 5 e Silverlight
A guerra das aplicações
web para multimídia
O HTML 5 é defendido por Apple e Google, enquanto Microsoft e Adobe
apostam nas já conceituadas linguagens Silverlight e Flash, respectivamente
Ao lado \\ Site da Apple: a empresa é uma das
principais fomentadoras do HTML 5; o principal
motivo é que seu sistema operacional não se dá
bem com os plugin Flash, da Adobe
Abaixo \\ Google é outra companhia que
enviou engenheiros para ajudar a desenvolver o
HTML 5; com a nova versão da linguagem, o
Android não fica refém do Flash
Por Felipe Magalhães
N
os últimos tempos, o Vale do Silício tem assistido
a uma das maiores batalhas de sua conturbada
história. Ninguém menos que Adobe, Apple,
Google e Microsoft estão no meio de uma “guerra”, na qual
cada gigante defende seus interesses, que visam sobressair
sobre os dos outros envolvidos. Há algum tempo, ninguém
imaginaria um possível conflito entre esses quatro nomes,
mas o estopim surgiu com a polêmica linguagem HTML 5.
Para entender melhor a disputa, tenha em mente o
seguinte cenário: o famosíssimo Flash Player está hoje na
versão 10; o novato Silverlight da Microsoft já se encontra
na versão 3; e a linguagem de marcação na qual as páginas
são escritas em web, o famoso HTML, encontra-se hoje na
versão 4.01 (possui também derivações, como o XHTML).
Tudo isso, porém, precisa evoluir. A especificação da W3C
para o HTML 4.01 data do final de 1999, ou seja, a
60 locaweb
linguagem não recebe atualização há mais de 10 anos.
Em um mundo que vive da troca constante de
informação e de uma necessidade rápida de adaptação
para atender a novos formatos e interações, é
complicado usar uma tecnologia estagnada para sanar
todos os anseios dos desenvolvedores.
É verdade que muitos leques se abrem com o uso do
JavaScript, por exemplo, para tornar a página um pouco
mais dinâmica, mas isso está longe do ideal. Faltam
meios para possibilitar a execução de vídeos, sem a
necessidade de instalação de plugin e a criação de
aplicativos web sob uma base propensa a oferecer
robustez para isso. E é aí que o desentendimento entre
as grandes empresas de TI se inicia.
O HTML tem as duas aplicações citadas acima (entre
outras, com relevância para a semântica e a
renderização de desenhos 2D com a tag Canvas) e
conta com defensores de peso: Google e Apple.
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HTML 5 e Silverlight Programação
Por isso, o projeto da versão 5 está sob a
responsabilidade de engenheiros das duas empresas.
Apesar de parecer contraditório, já que as companhias
disputam território no mundo móvel (uma com o
iPhoneOS e outra com o Android), o fato é que Google e
Apple se unem quando o assunto é HTML 5. Ambas
defendem que os outros sistemas apresentam lentidão ao
rodar arquivos .swf, necessidade de instalação de um
programa para auxiliar o browser a renderizar o objeto a
ser exibido e, especialmente para a Apple, uso exagerado
de plugins provoca falhas no Mac OS X.
O problema reside no fato de que, no Mac OS X, não é
possível acessar diretamente o hardware. Para fazer uso
dos recursos a partir do Leopard, existe a API Cocoa (até
o Tiger, era utilizada a Carbon). O Flash Player não tem
um bom desempenho devido à integração inexistente
com essa API. O acesso a sites como o YouTube faz a
demanda por memória subir muito e, assim, o consumo
de bateria aumenta. Em tempo: de acordo com
especialistas, a versão 10.1 do player está em testes e já
virá otimizada para o funcionamento com o Cocoa.
Resume-se daí que, para Apple e Google, a vinda do
HTML 5 significa se livrar do plugin da Adobe e poder
oferecer uma experiência mais rica para os usuários
nativamente, sem a necessidade de plugins.
Página do Flash \\
Plugin da Adobe já está
instalado em 99% dos
navegadores que dão
suporte ao Flash; entretanto,
browsers de portáteis nem
sempre são compatíveis
com a extensão
* A especificação da W3C para a atual
versão da linguagem de marcação
HTML é datada do final de 1999; ela
não recebe atualização há mais de
10 anos, o que é praticamente uma
eternidade no mundo da tecnologia
Do outro lado da trincheira, a gigante Adobe tem
como armas os números de sucesso que o famigerado
Flash Player detém. Antigo conhecido dos browsers, a
extensão traz 99% dos computadores conectados à
grande rede, com navegadores que o suportam e
possuem o plugin instalado.
Esse, aliás, é um dos pontos em que a Apple se
sustenta para combater o Flash. A Adobe deixa claro que
são os navegadores que dão suporte ao plugin, e não o
sistema. A discussão em torno do novo HTML 5 e demais
plataformas multimídia começou exatamente por causa
dos aparelhos móveis, nos quais a coisa é um pouco
diferente. Nem todos os navegadores de aplicativos
portáteis dão suporte ao Flash.
O player da Adobe possui a melhor compatibilidade
entre plataformas e browsers e oferece um maior
suporte a diferentes formatos de imagem. Ele permite
interação com webcam e microfone e serviu de base
para o boom da “realidade alternativa”.
Há também o Adobe AIR, para execução de
aplicações web diretamente do desktop. Ou seja: o que
é um desejo do HTML 5 já é realidade para a Adobe. É
bom citar que a empresa também já se adiantou e
trabalha para permitir a criação de aplicação para
iPhone no Flash, como pode ser visto no vídeo alocado
em http://goo.gl/ymMR.
Air \\ Plataforma da Adobe é basicamente
um “Flash para Desktop”; um dos desejos e
objetivos do HTML 5 já está presente no dia
a dia da empresa de softwares gráficos
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HTML 5 Silverlight:W2008 23/3/2010 18:38 Page 62
Programação
HTML 5 e Silverlight
Por fim, chegamos à Microsoft. A empresa divulgou,
poucos anos atrás, o seu projeto Silverlight, que possui
também um plugin para execução de seu formato nos
navegadores e é concorrente direto do Flash Player.
A tecnologia se destaca em quesitos como áudio e
vídeo, tanto que conseguiu fechar uma parceria para
transmissão online das Olimpíadas de Pequim. Outro
fator no qual o Silverlight se destacou foi no SEO, um
problema velho do conteúdo gerado em Flash.
Segundo comparações, o modelo de animação do
Silverlight é o mais eficaz das tecnologias existentes.
Mas a Microsoft tem em mãos um grande (e velho)
trunfo: seu navegador. Por mais que tenhamos visto o
surgimento do Chrome, o crescimento do uso de
Firefox, Opera e Safari, a maior fatia dos usuários ainda
* Com a grife e o poderio da Microsoft
por trás, a tecnologia Silverlight se
destaca em quesitos como áudio e vídeo,
prova disso é que foi fechada uma
parceria para a transmissão online das
Olimpíadas de Pequim com a ferramenta
acessa a internet utilizando o contestável Internet
Explorer (em sua arrasadora maioria nas versões de 6 a
8). A Microsoft oficialmente se pronuncia a favor do
HTML 5, mas, se analisarmos mais a fundo, a coisa
muda de figura. Com o navegador mais popular do
mundo em mãos, porque a empresa apostaria em uma
tecnologia que promete o fim dos plugins? É bom
lembrar que seu produto Silverlight depende da
instalação de plugin para rodar.
Dentro desse cenário, o que adiantaria à empresa
fundada por Bill Gates evoluir para o HTML 5 se os
navegadores mais usados estão adaptados à versão 4.
Não é preciso se aprofundar muito para saber que o
Internet Explorer sempre teve peculiaridades na
renderização de páginas. Então, que garantias se tira
de uma renderização de HTML 5 fiel, se ainda se
discute muito a maneira diferente de como é
renderizada a versão atual? Um fator como esse pode
influenciar muito nesse ambiente. Se a Microsoft não
apoiar totalmente o HTML 5, o que será de uma
tecnologia que não estará acessível para a maior parte
dos internautas?
Página da Microsoft \\ Oficialmente, a empresa é a favor do HTML 5,
O HTML 5 tem sido apresentado por meio de
mas obviamente a companhia deseja que o Silverlight se sobressaia
aplicações que, à primeira vista,
parecem ter sido produzidas sobre
a plataforma da Adobe ou da
Microsoft. Tamanho é o potencial
da nova versão da linguagem. O
W3C ultimamente tem focado na
ideia de padronização da semântica
na web e não esconde a
possibilidade de revisões e
alterações em especificações que
definem a versão 5 do HTML.
O desejo é fazer com que a
linguagem deixe de ser uma mera
exibidora de páginas e se torne
uma plataforma para o
desenvolvimento de web softwares.
A necessidade de evolução traz
comandos novos, com diversos fins.
Haverá tags estritamente para
Página do HTML 5 no W3C \\ Linguagem tem sido apresentada por meio de aplicações que,
à primeira vista, parecem ter sido produzidas sobre a plataforma da Adobe ou da Microsoft
realizar a separação semântica do
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HTML 5 e Silverlight Programação
Lado a Lado
No quadro abaixo, você confere um comparativo entre os concorrentes, no quesito aplicações multimídia aplicadas à web
ITEM
HTML
FLASH
SILVERLIGHT
Plataforma
Windows, Mac, Linux,
Solaris e aparelhos mobile
Windows, Mac,
Linux e Solaris
Windows (há um projeto open source
chamado Moonlight para elaborar o
suporte a Silverlight no Linux)
Suporte a AJAX
Através de JavaScript
embutido no código
Chamadas assíncronas e
interface com JavaScript
Chamadas assíncronas e interface
com JavaScript
Efeitos de animação
Nativamente, não existe
Múltiplos efeitos de animação
Múltiplos efeitos de animação
Arquitetura de animação
Baseada em um
intervalo de tempo
Frame a frame
Baseada em tempo ou
frame a frame
Integração com o back-end
Através de chamadas AJAX
Usando WebServices,
protocolo AMF ou RTMP:
LiveCycle DS, Blaze DS,
Fluorine FX ou
AMFPHP/Zend AMR
Usando WebServices ou WCF
Ferramenta rica para design
Adobe Dreamweaver, Microsoft
Blend, Microsoft Visual Studio,
NVU, Amaya, KompoZer, entre
vários outros
Adobe Flash Professional,
Adobe Flex Builder
Microsoft Blend,
Microsoft Visual Studio
Suporte a folhas de estilo
Sim
Sim
Sim
Componente base
HTML
Application
Page
Lançamento da primeira versão
1990
Novembro de 1996
Abril de 2007
Lançamento da última versão
(Versão 4.01) Final de 1999. A
W3C promete a versão final do
HTML 5 para 2012
(Versão 10.0.45.2 do Flex)
Fevereiro de 2010
(Versão 3.0.40818.0)
Setembro de 2009
Tamanho final
Texto corrido. O tamanho é
menor. Há peso adicional no uso
de recursos como imagem
Disponibiliza compressão,
podendo embutir outros
recursos
Não usa compressão, geralmente
possui um tamanho final maior
Programação
HTML, CSS e JavaScript para
formatar aplicação. É front-end
para qualquer outra linguagem
ActionScript. Versátil, possui
recursos disponíveis na web e
componentes diversos
Plataforma .Net. Está reduzido ao uso
de produtos MS (existem projetos
open source para produtos não MS)
Vídeo e áudio
Não há uma especificação de
quais formatos de vídeo são
suportados (apesar de haver
exemplos com o OGG Vorbis)
Riqueza em recursos de
acessibilidade, permite atrelar
ações de comando de vídeo
(play, pause) ao teclado
Primeiro plugin a fornecer acesso a
todos os sistemas de cores, permitindo
que pessoas com dificuldade visual
possam se familiarizar com o sistema
SEO
Já é atualmente a melhor
indexação existente, e tende a
melhorar já que trará tags que
facilitarão a tarefa
Está engatinhando, sendo
que o Google anunciou
suporte à indexação de
conteúdos em Flash
O conteúdo pode ser
disponibilizado para acesso como
algo separado da aplicação
Formatos de imagens
Suporta imagens nos formatos
JPG, GIF, PNG e SVG
Suporta quase todos os
tipos de imagens
Suporta PNG e JPG, outros formatos
são suportados de maneira limitada*
Distribuição
Arquivos são independentes:
textos, imagens, vídeos,
scripts, folhas devem ser
organizados da melhor forma
Compacta tudo em um .swf,
incorporando nele imagens,
texto, animação e tudo mais
É um pouco mais complexo: todos os
componentes individuais precisam ser
distribuídos separadamente
* Há uma tabela com a referência dos formatos de imagens suportados e a maneira como são em http://www.accusoft.com/ig-silverlightformats.htm
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HTML 5 Silverlight:W2008 23/3/2010 18:38 Page 64
Programação
HTML 5 e Silverlight
* Haverá tags estritamente
para realizar a separação
semântica do conteúdo
da página, tags para
renderização de gráficos
vetoriais, tags que
embutirão nativamente
conteúdo de mídia como
áudio e vídeo, tags para
organização de dados
conteúdo da página, renderizar
gráficos vetoriais, embutir
nativamente conteúdo de mídia,
como áudio e vídeo, organizar
Projeto Gordon \\ A tentativa de criar um “Flash sem Flash Player” é a ideia do projeto, que usa
dados, manipular eventos e gerar
JavaScript para converter a animação para SVG: esse é um dos principais medos da Adobe
atributos com novos itens para
maçã constatou que, entre seus relatórios de erros
formulário. Outra promessa da W3C é a melhoria na
reportados por usuários, a grande maioria é de
depuração de erros existentes em páginas HTML 5.
problemas causados pelo plugin do Flash Player, não
somente no Safari, mas em outros navegadores que
Flash e iPad
rodam no Mac OS X.
Quando se acessa um site em Flash no iPad, a tela
Uma alternativa que assusta a Adobe é a possibilidade
exibe um ícone semelhante a uma peça de Lego azul e
de que os desenvolvedores venham a fazer uso de outros
com o sinal de interrogação, que simboliza a ausência do
meios para substituir o aviso de ausência de plugin, por
plugin no MobileSafari. Até aí, tudo bem, já que a Adobe
um conteúdo que possa ser exibido. Já até existem
não pode obrigar a Apple a usar o seu plugin, pois essa é
alguns projetos com a tentativa de fazer um “Flash sem
uma escolha da fabricante. O fato de a maioria das
Flash Player”, como é o caso do projeto Gordon
outras fabricantes ter aceitado não obriga a Apple a fazer
(http://goo.gl/hKuT), no qual é usado JavaScript para
o mesmo com seu produto para mobile.
Assim, a Adobe poderia torcer para que a Apple
converter a animação para SVG. decidisse incluir o suporte ao Flash Player em uma
Mas não é por estarem “do mesmo lado” que o Flash
versão futura do MobileSafari, porém, a empresa da
e o Silverlight se entendem. A comparação entre eles é
inevitável, assim como destas tecnologias com o HTML 5
(veja tabela na página 25). Em resumo, deve-se ter em
mente o fato de que o HTML 5 ainda é um padrão em
progresso. Sua previsão de versão final é para daqui a
dois anos. Nesse meio-tempo, o processo de
desenvolvimento pode colocar contra a parede as
gigantes do mercado.
A cada versão, a Microsoft melhora o Silverlight. A
Adobe, que nunca ficou parada, se prepara para
enriquecer ainda mais suas ferramentas RIA, pois agora
está em uma disputa de mercado. E, por fim, as equipes
de engenheiros da Apple e do Google continuam
empenhadas em elaborar uma versão da linguagem
HTML, que possa ser autossuficiente e robusta. O certo é
que veremos por um bom tempo os termos “HTML 5”,
“Flash” e “Silverlight” relacionando-se entre si com a
iPad \\ Novo equipamento da Apple é 100% não compatível com o Flash:
graças a isso, o aplicativo não consegue rodar vídeos do YouTube
palavra “guerra”.
64 locaweb
artigo_douglas:W2008 5/4/2010 18:32 Page 65
opinião/articulista
redes sociais
Douglas Camargo
É coordenador-editorial da
Locaweb em Revista e trabalha
com mídias sociais na empresa.
douglas.camargo@
locaweb.com.br
O futuro é feito
a quatro mãos
Novas estratégias de relacionamento entre empresas e clientes via
redes sociais possibilita a criação de produtos mais inovadores
Com o boom das redes sociais em 2009 e a
revolução gerada pelo grande volume de conteúdo
criado pelos consumidores, as empresas perceberam que o
controle de sua mensagem saiu há muito tempo de suas
mãos. Em um ambiente novo e de total experimentação,
acompanhamos agências e empresas reformularem suas
estratégias na tentativa de aproximar-se e atender a esse
exigente novo consumidor.
Em 2009, uma das pouquíssimas certezas que essas
empresas tinham era a de que quem estava fora precisava
entrar e quem estava dentro deveria participar. Quase um
ano depois, podemos ver resultados significativos, como os
obtidos pela Dell e a Starbucks. A fabricante de
computadores resolveu seu maior problema de
relacionamento com os clientes ao abrir o blog Direct2Dell
(http://hype2.me/cpk6), onde um grupo de analistas
conversa ativamente com os consumidores. Além de
interagir com posts e respostas diretas a quem enfrenta
dificuldades com seus produtos, a Dell lançou uma
ferramenta colaborativa, o Ideastorm (http://hype2.me/cpk8),
que possibilitou a troca de conhecimentos entre ambos,
ouvindo as sugestões de melhorias em seus produtos e
apontando onde e quando as ideias captadas pela
comunidade online seriam implementadas.
Resultado: reduziu pela metade as menções negativas e
já implementou mais de 400 ideias de consumidores.
A empresa de café mais famosa no mundo, a Starbuks,
abriu em março de 2008 uma plataforma interativa
chamada My Starbucks Idea, dando espaço para seus
clientes trocarem ideias sobre produtos, lojas, cardápios e
até ações de responsabilidade social relacionadas ao
grupo. A proposta de abrir esse espaço colaborativo veio
depois que a empresa percebeu que os clientes gostavam
de customizar alguns de seus produtos, fazendo misturas
entre café e algum outro ingrediente. Tudo é feito pelos
consumidores. As ideias são ranqueadas por votação
popular. A partir daí, as consideradas mais relevantes (e
possíveis) são implementadas e colocadas em um blog
(Ideas in Action: http://hype2.me/cpk5).
Resultado: 75 mil sugestões e uma fonte inesgotável de
feedbacks espontâneos, além de tornar seus consumidores
verdadeiros embaixadores da marca, colocando a
Starbucks entre uma das marcas mais influentes e
inovadoras da atualidade.
Experiências como essas demonstram como é possível às
empresas estreitarem relacionamento com os consumidores
e transformarem o conteúdo gerado por eles em uma rica
fonte de aprendizado. Estratégias de mídias sociais
inovadoras e eficazes são aquelas que realmente estão
alinhadas aos anseios dos consumidores e que possibilitam
às empresas desenvolverem produtos e serviços cada vez
mais inovadores, criando-os a quatro mãos.
locaweb 65
Locavip21:W2008 23/3/2010 18:58 Page 66
parceiros/locaweb
locavip
Conheça aqui alguns dos principais clientes vips da Locaweb
* “Escolhemos a Locaweb
para hospedar nossos
sites pela excelente
infraestrutura, segurança e
competência do suporte
técnico. São diferenciais
fundamentais que nos permitiram
oferecer nossos serviços com qualidade e
agilidade aos associados espalhados por
todo o País.”
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servidores Nehalem
da Locaweb otimizou
muito nossa estrutura.
Antes, precisávamos de
mais de 30 servidores
para atender a demanda com
eficiência. Agora, conseguimos
reduzir para apenas 14. Estamos muito
satisfeitos com o resultado.”
Thiago Ambrósio, diretor executivo da Softhost
66 locaweb
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* “Sou usuário e cliente dos
planos básico e dedicado,
desde 2004. Além da
excelência na qualidade
dos serviços prestados, a
Locaweb oferece
acompanhamento e integração às novas
tecnologias. Isso contribui fortemente
para crescimento, credibilidade e
satisfação dos clientes.”
Wilson Rodrigues Chaves, supervisor de informática da Osesp
• Softhost
• www.softhost.com.br

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