Serviço de consultoria para conduzir um estudo de mercado sobre

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Serviço de consultoria para conduzir um estudo de mercado sobre
Relatório Final
Serviço de consultoria para conduzir um estudo de mercado
sobre volumes, preços, novos produtos e produção sob
contrato na cadeia de valor hortícola no Centro de
Moçambique.
CLIENTE:
MAPUTO: 20 de Junho 2014
MARCO MACHADO
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO
CENTRO DE MOÇAMBIQUE”
0
SUMÁRIO
I.
INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................................................... 1
II.
OBJECTIVOS .......................................................................................................................................................................... 2
III.
METODOLOGIA ................................................................................................................................................................... 2
IV.
CONTEXTUALIZAÇÃO DO AGRONEGÓCIO ......................................................................................................... 4
V.
CARACTERIZAÇÃO DO SECTOR HORTÍCOLA NO CORREDOR DA BEIRA ........................................... 21
1.
Enquadramento ....................................................................................................................................................................... 21
2.
Procura...................................................................................................................................................................................... 22
3.
Canais de comercialização ..................................................................................................................................................... 22
4.
Constrangimentos à instalação de mercados grossistas formais de produtos frescos ................................................. 23
5.
Produção .................................................................................................................................................................................. 24
6.
Processamento......................................................................................................................................................................... 26
7.
Modelos organizativos ........................................................................................................................................................... 27
8.
Fluxos económicos (bens e serviços):.................................................................................................................................. 27
VI.
PRODUTOS HORTÍCOLAS COM MERCADO NO CORREDOR NA BEIRA ................................................. 27
VII.
MERCADOS E CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO NO CORREDOR NA BEIRA ................................................... 29
VIII. PREÇOS DE HORTÍCOLAS POR CANAL DE DISTRIBUIÇÃO E SUA SAZONALIDADE....................... 30
IX.
EMPRESAS RELEVANTES NA CADEIA DE VALOR DE HORTÍCOLAS NO CORREDOR DA BEIRA
POTENCIAL PRODUÇÃO POR CONTRATO ......................................................................................................................... 41
X.
CARACTERIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO ................................................................................. 45
XI.
CUSTOS DE PRODUÇÃO ................................................................................................................................................ 45
XII.
CUSTOS LOGÍSTICOS E OPERADORES ................................................................................................................... 46
XIII. CONSTATAÇÕES, OPORTUNIDADES, CONSTRANGIMENTOS ACTUAIS AO DESENVOLVIMENTO
DA CADEIA DE VALOR DE HORTÍCOLAS ........................................................................................................................... 47
XIV. PROJECTOS ÂNCORA RELEVANTES PARA A CADEIA DE VALOR DE HORTÍCOLAS ....................... 50
XV.
PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO E FONTES DE FINANCIAMENTO DISPONÍVEIS NO
CORREDOR DA BEIRA ................................................................................................................................................................... 55
XVI. ANÁLISE DA CADEIA DE VALOR HORTOFRUTÍCOLA ................................................................................... 56
XVII. ABORDAGEM PARA DESENVOLVIMENTO DA CADEIA DE VALOR DE HORTÍCOLAS .................. 59
XVIII. MODELOS A ADOPTAR PARA MELHORAR O ACESSO A SERVIÇOS DE EXTENSÃO, A MERCADOS
SOBRE CONTRATO E IRRIGAÇÃO PARA PRODUTORES DE PEQUENA ESCALA .............................................. 60
XIX. MODELO(S) A ADOPTAR PARA FAZER CRÉDITO COM SUCESSO............................................................. 63
XX.
CONCLUSÕES ...................................................................................................................................................................... 65
XXI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................................... 65
XXII ANEXOS
Anexo 1 – listas de produtos e preços nos principais mercados urbanos informais ......................................................................... 667
Anexo 2 – lista de produtos e preços nas empresas de catering e supermercados ......................................................................... 669
Anexo 3 - listas de associações, contactos e outras informações ................................................................................................... 6680
Anexo 4 – regadios e tecnologias existentes e evolução histórica .................................................................................................. 8668
Anexo 5 – entrevistas com actores relevantes .................................................................................................................................... 662
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE”
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I.
INTRODUÇÃO
O presente relatório, denominado “Estudo de Desenvolvimento da Cadeia de Valor de Hortícolas no Corredor da Beira”,
realizado pelo CONSULTOR foi encomendado e financiado pelo BOM – Banco Oportunidade Moçambique..
O objectivo principal deste estudo é o de proporcionar uma análise geral da cadeia de valor de hortícolas (como foco
nos vegetais) e especifica relativamente a um conjunto de variáveis críticas pré-identificadas, para apoiar uma tomada
de decisão do BOM de financiamento à cadeia de valor e de como financiar os seus actores, tendo em conta os
seguintes aspectos:
1. Contexto do agronegócio e suas tendências em Moçambique e em particular no Corredor da Beira,
identificando os principais distritos de cultivo dos hortícolas, seus riscos e formas de mitigação;
2. Retractar a cadeia de valor, desde os produtores, comercialização rural, passando pela indústria, canais de
distribuição, perfil do consumidor, análise da demanda e o défice da produção no corredor e as origens
internas e externas dos vegetais, até aos fornecedores de insumos, tecnologias e assistência técnica aos
produtores, actividades complementares e de apoio;
3. Identificar os fluxos comerciais mais relevantes no corredor da beira, estimar volumes de produção e procura,
níveis de preços praticados ao longo da cadeia de geração de valor e sua sazonalidade e identificar potenciais
produtos de nicho;
4. Análise dos custos de produção ao nível dos produtores de pequena escala e produtores emergentes;
5. Identificação de projectos âncora da cadeia de valor de hortícolas e programas e linhas de desenvolvimento e
financiamento públicas e privadas;
6. Identificação de oportunidades de desenvolver contractos de produção;
7. Principais constrangimentos ao desenvolvimento da cadeia de valor;
8. Recomendações de abordagens e modelos de desenvolvimento da cadeia de valor e desenho de produtos
financeiros, formas de mitigação de riscos.
O relatório está organizado em capítulos começando com a apresentação dos objectivos, metodologia, seguindo-se o
conteúdo específico apresentado nos capítulos IV a IX. Inclui ainda as conclusões, bibliografia mais relevante
consultada e anexos.
O conteúdo do presente estudo inclui secções com textos baseados noutros documentos citados na bibliografia (de
autoria do director do projecto) com maiores ou menores adaptações e secções escritas de raiz pelo consultor e ainda
gráficos, imagens, tabelas copiadas com as devidas fontes identificadas, e outros também elaborados pelo consultor.
LIMITAÇÕES
Como limitações à realização trabalho de realçar a dificuldade de acesso a informação, sua coerência, sua
actualização, que é normal na realização deste tipo de estudos, mas mais marcante no caso dos hortícolas (por não ser
uma cultura alimentar base) e agravado pelo período conturbado de Outubro a Dezembro de 2013, por questões
politica de segurança no corredor da Beira.. Dependendo das fontes alguns dados estatísticos variam e podem ser
incoerentes mas o consultor fez a opção de manter os dados originais e citar as fontes, não sendo possível ou
aconselhável fazer a sua harmonização, mas interpretá-los com as devidas ressalvas.
DISCLOSURE: o CONSULTOR e a sua equipa não se responsabilizam pelas fontes de informação citadas, nem pelas
decisões que serão tomadas pelo CLIENTE, estando no entanto disponível para melhorar o seu output, para aprofundar
pesquizas, apoiar a implementação de eventual investimento.
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO
DE MOÇAMBIQUE”
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II.
OBJECTIVOS
As in horticulture production, real time market connections and contract farming are crucial for the economic result. BOM
want´s to carry out a Value Chain Assessment for Vegetable and Horticulture.
Through this research BOM expects to align its growing horticulture portfolio with market needs and trends. The study
intends to identify new crops, clients and markets in Central Mozambique. The results of this study would be used by
BOM Agriculture team (and clients and ESPs) to develop new businesses between clients and markets, guaranteeing
contract towards a more profitable and sustainable activity, increasing portfolio and client income as well as reducing risk
exposure.
1. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS





Avaliar volumes negociados sazonalmente em todo centro de Moçambique.
Identificar os drivers de preços regionais e tendências durante o ano.
Identificar novas culturas com valor acrescentado para nichos de mercado.
Identificar potenciais contratos diretos com compradores, com ênfase para os retalhistas urbanos e
megaprojetos.
Identificar oportunidades de empréstimos onde BOM pode fornecer financiamento para os participantes da
cadeia de valor. Incluindo eventual necessidade de financiar a instalação de uma "unidade de processamento
de vegetais frescos", recomendar serviços a serem prestados, os modelos de propriedade e de organização e
site.
2. ÂMBITO DO PROJECTO






III.
O foco geográfico é nas províncias de Sofala, Manica e Tete.
Será avaliada toda a cadeia de valor desde à porta da amachamba até ao Mercado.
Especial atenção será dada aos mercados grossistas urbanos, retalhista e logística de restauração de
grandes projetos.
A estrutura de preço do produto final será analisada.
A Qualidade de culturas em diferentes segmentos serão avaliados.
Os custos de Geografia e logísticos serão analisados.
METODOLOGIA
ETAPAS METODOLÓGICAS
 Desk-work para identificar os principais atores da cadeia de valor da horticultura.
 Desenvolver consultas personalizadas e diretrizes para entrevistas.
 Antes de realizar o trabalho de campo agendar reuniões com os atores formais relevantes.
 Duas semanas missão de campo para realizar reuniões, entrevistas e visitas aos atores formais e informais
relevantes, os mercados formais e informais.
 Desenvolver uma base de dados e realizar a análise de outputs.
 Elaboração de relatórios
 Discussão de conclusão e recomendações em uma mesa-redonda com 3-4 atores e representantes de BOM.
EQUIPA DE PROJECTO
 Director de Projecto: Marco Machado
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
2

Recolha de Informação: Gianluca Luongo (Senior agronomist, with more than 15th years performing positions
and consultancy assignments in development programs, agro industries and cooperatives) and field team.
RELATÓRIOS
Project deliverables is project report including all the above objectives when possible per crop, recommendations and
initiate contacts with potential business partners for the horticulture clients of the bank:
 Progress Report : 2th March
 Draft Report: 20th June
 Final Report: 1 week after receivable of BOM´s comments.
DIAGRAMA DA METODOLOGIA ADOPTADA PELO CONSULTOR
Para análise do desenvolvimento de cadeias de valor agrárias em Moçambique o consultor utiliza nas suas consultorias
a seguinte abordagem, que difere de algumas abordagens standard, nomeadamente do Banco Mundial, nos seguintes
aspectos:
 A comercialização rural, dado a sua importância e peso no escoamento e no preço dos produtos agrários é
analisada como uma fase autónoma na cadeia de geração de valor;
 O processamento é analisado por 3 níveis, o nível primário desenvolvido ao nível do distrito, o intermediário ao
nível de distrito cluster ou capitais de província e o final ao nível das capitais de região (Maputo, Beira,
Nampula-Nacala);
 Os produtos financeiros disponíveis no mercado são analisados pela sua adequação às diferentes fases das
cadeias de valor agrárias, seguindo com algumas adaptações a metodologia da EFR (Estratégia das Finanças
Rurais) e PDDA (Plano Director para o Desenvolvimento do Agronegócio).
ESTRUTURA DA CRIAÇÃO DE VALOR: "Hortícolas"
Actividades Directas (Fases e subactividades)
INPUTS
(sementes, fertilizantes e agroquimicos, tracção animal,
mecanização, irrigação, electricidade, sacos, combustível)
PRODUÇÃO
(Camponeses; Emergentes; Médio-Grandes)
COMÉRCIO RURAL
(Mercados informais; Intermediários; Retalhistas; Grossistas)
(1º Nível: Postos Admin./Distritos; 2º Nível: Província)
PROCESSAMENTO
(Primário: selecção, limpeza, embalamento em caixas/sacos
produto fresco; Intermédio: selecção, embalamento de
produto fresco em embalagens individuais para distribuição
moderna; Final: produto alterado e embalado em diversas
formas)
DISTRIBUIÇÃO/MERCADOS
Mercado Interno: Mercados urbanos informais e formais;
Importadores; Armazenistas; Retalhistas: tradicional,
médias-grandes superficies/redes
Mercado Externo: Exportadores
CONSUMIDOR :
Mercado Interno: Rural, Vilas e Cidades médias
Urbano;
Mercado Externo: Regional; Ásia; outro
RECICLAGEM
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
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IV.
CONTEXTUALIZAÇÃO DO AGRONEGÓCIO
BREVE APRESENTAÇÃO D O PAÍS
População (milhões) a
24.3
Rendimento Nacional Bruto (bilhões de US$)d
Área Total (km²)c
Agricultural land (% of land area)d
Clima
Sistema Político
Independência
Principais produtos agrícolas:
Principais Parceiros Comerciais
Capital do País
Principais Cidades
Principais Portos/ Corredores
2.4
786,380
87.3
Número da Pessoas Subnutridas
(milhões)d
Esperança de Vidac
% da População Vivendo abaixo da
Linha de Pobreza b
Força de Trabalho Feminina na
Agricultura (000 pessoas,2011)d
8.1
51.7
70
6,155
Tropical e Subtropical (de Norte para Sul)
Multipartidário (Democrático)
25 de Junho de 1975
Milho, arroz, soja, gergelim, amendoim, feijão, cana de açúcar, citrinos,
banana, caju, chá, tabaco e algodão
Portugal, China, África do Sul, Zimbabwe, Brasil, EUA, Índia
Maputo (1.27 Milhões de Habitantes)
Maputo, Beira, Nampula, Quelimane, Pemba
Maputo/ Limpopo, Beira e Nampula/ Nacala
Fonte: a. CIA 2011 est; b.CIA; c FAO; d. World rice statistics/ FAO Country Profile 2013
O país possui no total 79 milhões de hectares (ha), dos quais 1 milhão são águas interiores e 78 milhões de ha são
de terra (INE 2000). Desta área são considerados cultiváveis 36 milhões de ha, sendo os restantes 42 milhões de ha
ocupadas por florestas (20.3%), imprópria para a agricultura (19.5%), parques nacionais e conservação (12.6%) e
áreas urbanas (0.9%). Dos 36 milhões aráveis, somente 5,6 milhões de hectares são efectivamente utilizados para a
produção1 e correspondem a 13.8% da terra que é cultivável e a 6.3% da área total do país2. As culturas de
rendimento ocupam 5,7% da área cultivada.
A área disponível para agricultura com baixo risco agro climático é de 20 milhões de hectares e a área fértil poderá
ter tendência a reduzir com a desertificação, má utilização, mudanças climáticas, entre outros factores.
O país dispõe de grandes possibilidades em termos de irrigação. Grandes bacias hidrográficas permanecem
largamente não exploradas ou ineficientemente exploradas (Zambeze, Save, Limpopo). Na base desta falta de
A área que já foi utilizada antigamente em sequeiro foi de 8 milhões de hectares e que provavelmente a população tenderá a ocupar os
mesmos espaços.
1
As estimativas oficiais de ocupação de terra não incluem a ocupação sem título de terra, realizada tanto na base das normas e práticas
costumeiras previstas na Lei (Artigo 12 da Lei de Terras), como as ocupações ilegais ou resultantes de deslocações devidas à guerra.
2
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO
CENTRO DE MOÇAMBIQUE”
4
aproveitamento está sobretudo a carência de infra-estruturas: estradas, irrigação e armazenagem, áreas em que se
vem intensificando o esforço de investimento.
A agricultura, contribui em cerca de 26% na formação do PIB3 e é a fonte sobrevivência da população
moçambicana. A estrutura agrária consiste em três sectores fundamentais: sector empresarial, sector familiarempresarial (emergente) e o sector familiar, este último que se dedica a produção de subsistência.
Sendo grande parte da força de trabalho empregada na agricultura, particularmente no sector familiar, de
subsistência, o cultivo é feito usando equipamento rudimentar, reduzido uso mesmo de ração animal e extensivo,
sendo maioritariamente uma época (das chuvas) ao ano. O sistema de rega é natural, dependendo grandemente da
chuva e regadios em deficientes condições de operacionalidade e eficiência.
Os espaços de cultivo médio no sector familiar, variam de 6000m² a 8000m², por família, sendo a produção média
por hectare de cerca de 1 tonelada (culturas de grão).
Em Moçambique, à semelhança do que acontece na maior parte dos países africanos, o agronegócio, como factor
dinamizador do sector agrário em geral, não é somente chave para o desenvolvimento económico, é também
determinante para a equidade no desenvolvimento e fundamental para a redução da pobreza e da fome.
Segundo os “CENSOS AGRO-PECUÀRIOS, 2009-2010, INE” existem no país 3,8 milhões de explorações agropecuárias (activas, semi-activas, inactivas), equivalente a cerca de 71,5% dos agregados familiares. Cerca de 99,3%
são explorações pequenas (área cultivada menor que 10ha se não irrigados ou 5ha se irrigão, ou que tenha menos
que 10 bovinos). A tabela a seguir ilustra o número de explorações registadas no país.
E X PL OR A ÇÕ E S AG RO - P E CU Á RI A S
Unidade
Provincia
Pequenas
Médias
Grandes
Total
Niassa
224,577
Cabo Delgado
339,391
568
6
225,151
403
22
Nampula
828,788
339,816
819
35
829,642
Zambézia
Tete
828,123
632
47
828,802
367,977
8,064
96
376,137
Manica
262,692
2,744
53
265,489
Sofala
269,576
1,595
80
271,251
Inhambane
267,322
1,919
65
269,306
Gaza
211,067
5,516
153
216,736
Maputo
147,725
2,729
255
150,709
54,021
665
29
54,715
3,801,259
25,654
841
3,827,754
Cidade de Maputo
Total
Fonte: www.countrystat.org.mz
3
Documento Estratégico do País, 2011-2015
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
5
Existe um forte potencial agrário nas regiões centro e norte do país, especificamente das províncias de Zambézia,
Nampula, Cabo Delgado e Niassa. Existem áreas substanciais nas províncias de Maputo, Gaza e Cabo Delgado
que foram cultivadas no passado e são agora tidas como “previamente cultiváveis”.
Estima-se em 120,000 ha (3.3 % da área potencial) a terra equipada para a irrigação e desta somente 35,000 ha
(cerca de 0.1% da área potencial) estão em operação (informação em constante alteração face ao crescimentos dos
regadios do sector da cana de açucar e novos grandes projectos agrícolas surgidos nos últimos 5 anos) .
O rendimento por hectare dos produtos agrícolas básicos é praticamente constante desde há cinquenta anos. O
aumento da produção tem sido principalmente devido ao aumento da área, que tem crescido quase
proporcionalmente ao aumento da população. A seguir apresenta-se a evolução da produção dos principais
produtos agrários.
Produção agrícola
A produção agrária no país registou oscilações durante os anos 2002-2008 conforme tabela seguinte. De 2002 a
2003 registou-se uma queda em 66% devido à estiagem verificada no país. Em 2006, a produção atingiu um pico
perfazendo cerca de 8.261 mil toneladas. Mesmo com a introdução da estratégia de revolução verde
(operacionalizada através do PAPA), os resultados atingidos não foram muito animadores. De 2006 a 2008 tem-se
verificado uma queda na produção de 8% e 17%, em média, respectivamente. Apesar de possuírem baixos níveis
de produção comparativamente às outras culturas, o girassol e o gergelim registaram as maiores taxas de
crescimento (em média 35% e 31%, respectivamente). A produção de milho, uma das principais culturas
tradicionais, tem oscilado à volta de 1.100 mil toneladas, tendo registado o valor mais baixo em 2005 (redução de
20%).
Toneladas
Produto
2002
Amendoim
102,070
Arroz
93,300
Batata-doce
456,330
Outros Feijões
54,300
Gergelim
13,910
Girassol
3,483
Mandioca
3,446,030
Mapira
138,200
Mexoeira
12,200
Milho
1,114,800
Pimento
105
Tabaco
42,570
Algodão Caroço
84,675
Total
5,561,973
Legenda: s/i – sem informação
Fonte: www.countrystat.org.mz
2003
2005
2006
2007
2008
87,460
117,400
0
60,900
13,587
3,929
0
308,200
21,500
1,181,400
260
51,131
54,144
1,899,911
85,650
64,500
508,840
45,300
20,088
1,061
4,782,420
114,500
15,200
941,500
335
80,842
78,683
6,738,919
84,590
97,600
677,870
74,800
20,561
2,138
5,481,340
201,800
22,300
1,395,500
283
93,065
109,119
8,260,966
101,300
102,900
861,430
92,100
18,778
5,957
4,959,260
166,700
24,900
1,133,700
18
33,595
99,949
7,600,587
102,520
87,900
566,050
76,700
40,696
3,281
4,054,590
126,300
14,700
1,214,200
71
46,261
s/i
6,333,269
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
6
Pecuária
A tabela a seguir apresenta a evolução anual da criação de animais entre 2002 e 2010.
Unidades
Animal
Bovinos
Caprinos
Ovinos
Suinos
Outros Animais
Galinhas
Coelhos
Patos
Gansos
Perus
Galinhas de Mato
Total
Fonte: www.countrystat.org.mz
2002
2003
2005
2006
2007
2008
2010
838,511 1,011,075
1,337,529
1,142,374
1,419,491
1,433,201 1,272,245
4,947,552 4,760,946
4,952,435
3,491,950
4,420,592
4,843,907 3,906,212
202,836
142,964
209,616
161,056
218,881
260,192
220,516
1,603,843 1,357,808
1,637,457
1,187,484
1,349,502
1,539,362 1,340,640
33,137
41,685
24,159
45,914
46,502
33,633
18,297
22,629,444 15,181,311 14,346,161 18,201,796 17,795,839 18,126,856 23,920,938
193,983
220,129
188,702
142,516
147,194
139,209
112,912
2,128,324 1,538,248
1,507,336
1,253,889
1,671,201
1,865,058 1,881,771
5,319
12,517
2,413
2,029
19,054
8,034
15,792
83,989
61,853
66,041
96,880
78,002
90,303
113,671
0
0
331,268
306,511
545,136
650,649
769,557
32,666,938 24,328,536 24,603,117 26,032,399 27,711,394 28,990,404 33,572,551
Em unidades, a criação de galinhas representa naturalmente, em média, 66% do total da produção pecuária
registada, seguida do gado caprino, que representa 16%. De acordo com os dados existentes, a província da
Zambézia é a maior criadora destas aves, com uma média de 21% ao ano, seguida de Nampula e Manica com 15%
e 14%, respectivamente. A criação de patos e de gado bovino e suíno é ainda incipiente, cada uma representando
menos de 6% do total da produção e com taxas de crescimento médias abaixo dos 10%. A criação de gansos no
país é ainda insignificante, na baixa produção registada destacam-se as províncias de Maputo, Gaza e Manica. As
províncias de Zambézia, Nampula, Tete e Manica são as províncias com maior potencialidade para a actividade
agro-pecuária.
TENDÊNCIAS DO SECTOR DO AGRO-NEGÓCIO
Desde 2008, o Governo de Moçambique iniciou uma aposta forte no desenvolvimento do sector agrário e dos
agronegócios, com a definição e implementação de um conjunto de planos estratégicos, politicas e programas de
desenvolvimento gerais, sectoriais e sub-sectoriais, apoiado pelos seus parceiros internacionais e suportado pela
crescente dinâmica interna dos agentes económicos presentes no país e no sector familiar, cada vez mais orientado
ao mercado (ex.: gergelim, milho), além das culturas de rendimento tradicionais, algodão, tabaco, cana-de-açúcar e
castanha de caju, e novas como a soja e banana. A implementação do PPFD, do FIL, do Programa Nacional das
Finanças Rurais, PAPA e mais recentemente o PEDSA, PDDA e PNISA, entre outros instrumentos de política, que
vieram também contribuir para o desenvolvimento tendencialmente sustentado do mundo rural e ajudar a criar
algumas condições básicas para o sector de produção do arroz se desenvolver, como é objectivo do Governo.
Também ao nível dos instrumentos de política económica para o desenvolvimento dos agronegócios, as bases
estão criadas e muita legislação fundamental foi produzida nestes últimos 5 anos, como, por exemplo, o regime
especial aduaneiro para a agricultura, as tarifas especiais da água e energia eléctrica para a agricultura, a legislação
das associações e cooperativas, a legislação do trabalho, o planeamento, ordenamento e gestão do território, os
benefícios fiscais aos investimentos especiais para a agricultura e para os investimentos nas províncias e, em
especial, em Sofala, entre outros listados no relatório.
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
7
A figura seguinte apresenta no mapa do país por distritos o resultado do cruzamento entre as variáveis potencial
agrícola (factores agro-climáticos), população e acesso a mercados (proximidade e tempo de acesso aos mercados
urbanos), para determinar o potencial de desenvolvimento dos distritos (num extremo “verde escuro” com maior
potencial nas 3 variáveis e no extremo oposto “castanho escuro” com menor potencial também nas 3 variáveis).
Cruzando estes factores com outras infra-estruturas gerais foram determinados os corredores de desenvolvimento
(PEDSA) e cruzando novamente com a existência de infra-estruturas agrárias e com a existência actual de agroindústrias foram obtidos os 35 clusters preliminares (PDDA), que orientam as prioridades e politicas do governo para
o agro-negócio e as orientações fornecidas aos investidores privados.
Fonte: do MDD Mozambique Development domains, Ragendra de Sousa (PHD), UEM, e iDE
Moçambique possui um enorme potencial agrícola, e se olharmos para a produção específica do arroz, objecto
deste estudo, para além da Tanzânia (figura 14), segundo dados da USAID sobre análise do Mercado do arroz na
SADC, o país é o Segundo maior produtor e os países vizinhos poderão, com a explosão que se esta a verificar no
aumento da capacidade de produção e processamento em Moçambique, ser abastecidos através dos 5 corredores
de desenvolvimento para o Hinterland.
A tabela abaixo mostra o tipo de canais de transporte, os países de destino e os principais portos associados aos
corredores de desenvolvimento que possam impulsionar o escoamento e exportação do arroz das zonas
potencialmente agrícolas para os seus respectivos mercados.
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
8
Tipo de Canais de Transporte
Rodov
Ferrov
Aérea
Fluvial
#
Corredores
1
Pemba-Lichinga
X
2
Nacala
X
X
X
3
4
5
6
Vale Zambeze
Beira
Limpopo
Maputo
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Países de Destino
Portos
Malawi
Nacala
Zâmbia, Malawi
Nacala
Zâmbia, Malawi
Zimbab, Zâmbia e Malawi
Zimbabwe
África do Sul, Swazilândia,
Zimbabwe, Botswana
Nacala
Beira
Maputo
Maputo
ESTRUTURA FUNDIÁRIA 4
A estrutura do sector agrário consiste em três grupos: o sector empresarial, o sector familiar-comercial (produtores
emergentes), e o sector familiar virado para o autoconsumo (ou sector familiar). Como se pode notar o sector dos
produtores familiares compreende ambos, o sector comercial e o sector familiar, representa 94% do total da
agricultura. O sector empresarial é pequeno (apenas 5.3% do total), tendo se mostrado particularmente dinâmico e
crescido significativamente nos últimos 5-6 anos, embora partindo de uma base quase zero. O sector empresarial
tradicional inclui tabaco, algodão, cana-de-açúcar e avicultura, com as cadeias de valor bastante desenvolvidas, o
caju (só processamento da castanha),, criação bovina extensiva, e desde início de 2000 a banana no Sul (com
produção e processamento, com as cadeias de valor bastante completas) e tem atraído investimento estrangeiro.
Mais recentemente têm-se implementado investimentos em sectores como as plantações florestais (eucalipto,
pinheiro, teca), soja, retoma do chá, leguminosas, banana no Norte, hortícolas e arroz. A presença de diferentes
sectores (empresarial, familiar-comercial e familiar virado para autoconsumo) realça três aspectos importantes:
1. A predominância do sector familiar sugere a necessidade de haver maiores intervenções do governo neste
sector: um por cento de aumento no crescimento do sector familiar é equivalente a mais de 6% de aumento no
crescimento do sector empresarial.
2. Dados os seus pesos significativos sobre a estrutura de produção, ambos os sectores (familiar-comercial e
virado para autoconsumo) contribuem significativamente para o crescimento total da agricultura.
3. Uma política global de encorajamento ao investimento privado (nacional e estrangeiro) tem aspectos positivos
na criação de dinamismo à agricultura como um todo, levando a um rápido crescimento de subsectores
específicos e criando as condições necessárias para o surgimento duma agricultura comercial sustentável.
Portanto, uma estratégia de desenvolvimento da agricultura centrada no pequeno sector familiar e na promoção de
ligações entre o sector do pequeno agricultor (familiar) e as dinâmicas do sector empresarial poderá acelerar o
crescimento e desenvolvimento da agricultura comercial.
A tecnologia evolui pouco na agricultura moçambicana: o uso de insumos continua baixo, quase nulo, nos produtos
tradicionais, excepto em algumas culturas de rendimento como é o caso da cana-de-açúcar, algodão, tabaco entre
outros poucos casos excepcionais.
4
EDA, 2005
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
9
T E CN OL OG I A EM U S O NO S E CTO R FA MIL I AR
1996
2002
2003
2005
2006
2007
2008
2010
Utilizadores de irrigação
4%
11%
6%
6%
8%
8%
3%
5%
Utilizadores de tracção animal
7%
11%
11%
9%
12%
11%
11%
n.d
Utilizadores de fertilizantes químicos
1%
4%
3%
4%
5%
4%
3%
4%
Utilizadores de pesticidas
7%
5%
5%
5%
7%
3%
3%
Pertence a uma associação
4%
4%
6%
7%
8%
7%
n.d.
Assistido por extensionista
14%
13%
15%
12%
10%
8%
n.d.
Emprega terceiros permanentemente
2%
2%
2%
2%
3%
3%
12%
Emprega terceiros temporariamente
16%
16%
18%
24%
21%
19%
n.d.
Utilizadores de mecanização e transporte
4%
Utilizadores de crédito
2%
Fonte: TIA (diversas edições até 2008); Ano 2010 – CAP 2009/10
ANÁLISE DA AGRO-INDÚSTRIA 5
A agro-indústria está muito aquém das necessidades, isto é, de ser capaz de processar a produção actual, e é muito
inferior à capacidade potencial da agricultura.
Verificou-se uma tendência de encerramento das agro-indústrias em quase todas as culturas até talvez 2010, mas
com maior ênfase nas fábricas de descasque de arroz de média capacidade e, nos últimos 5 anos, nas indústrias de
extracção de óleo de coco, nas províncias de Inhambane e da Zambézia6. As agro-indústrias, de um modo geral,
enfrentam diversas dificuldades relacionadas com o mercado, elevado custo, baixa qualidade, incerteza da
disponibilidade continua das matérias-primas e deficiências graves nas infra-estruturas do país, em particular
estradas, energia e comunicações, reduzido nível know-how e ausência de uma cultura industrial entre
trabalhadores, estado e outros operadores.
Quase todas as fábricas de sumos importam o concentrado e limitam-se a adicionar água e as poucas fábricas que
processam a fruta enfrentam diversos problemas que ameaçam a continuidade do processo produtivo. De modo
semelhante, as indústrias de refinaria de óleos (em crescimento desde 2005-6) importam óleo bruto ao invés de
5
A falta de dados sobre grande parte das culturas, em particular, frutas e oleaginosas, dificulta a análise da agro-indústria.
As indústrias de extracção de óleo de outros produtos como o algodão e mafurra encerraram, quase todas, no período de guerra dos 16
anos.
6
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
10
transformar a matéria-prima nacional. Não obstante, verifica-se simultaneamente exportações de óleo bruto (copra,
com tendência para reduzir) em paralelo com as matérias-primas. O mesmo cenário para a indústria moageira,
essencialmente de trigo importado e pouco milho, também muitas vezes importado, principalmente pelas maiores
industrias moageiras instaladas no sul.
A indústria de rações para o sector avícola, tem registado uma evolução positiva 2003-4, com talvez perto de 10
fábricas ao longo do país (diferentes capacidades, diferentes modelos de negócio, diferentes tecnologias e
processos de produção), sendo talvez a cadeia de valor mais integrada actualmente no país (incorporando desde a
produção nacional de ovos de incubação e rações, à criação de frangos e galinhas, matadouro, produtos IQF e
distribuição por grosso e retalho com rede de frio a crescer lentamente).
Outras cadeias de valor com processamento a nível do país são o algodão, tabaco, cana-de-açúcar e o arroz, e a
um nível menos expressivo mas em crescimento a banana e hortícolas (selecção, limpeza, embalamento e
conservação) e o gergelim (selecção, limpeza e ensacamento).
Segundo os dados do MIC, Maputo e Nampula possuem o maior número de agro-indústrias, com destaque para as
moageiras. Relativamente às refinarias de óleo, Inhambane concentra actualmente o maior número.
Ao nível das agro-indústrias, os principais produtos finais são a farinha de trigo e de milho, o farelo, a sêmea, ração
avícola, bem como pipocas, massas e bolachas e ainda, óleo alimentar (à base da palma, soja e residualmente
girassol).
ANÁLISE DA COMERCIALIZAÇÃO
É muito difícil estimar a produção comercializada por falta de dados credíveis. Dos dados disponíveis, pode se
estimar que em média, de 2005 a 2009, dos produtos alimentares com dados registados, o milho contribuiu com
43% dos produtos comercializados, seguido pela mandioca com 20%, feijão e castanha de caju, com 13% e 10%,
respectivamente. A tabela 8 ilustra a evolução da comercialização, por produtos.
E VO LU Ç ÃO D A C OM E R CI AL IZ AÇ Ã O A GR ÍC OL A
Ano
Milho
2005
252,988
Arroz
12,273
Mapira
3,345
Mandioca
101,371
Feijão
54,068
Amendoim
26,656
Girassol
99
Copra
21,289
Mafurra
171
C. Caju
104,337
2006
305,728
16,671
7,330
116,204
106,548
30,416
6,470
28,892
114
65,990
2008
442,200
25,698
40,690
233,756
140,507
55,464
5,917
35,489
161
95,477
2009
Média
475,530
369,112
40,390
23,758
39,030
22,599
231,855
170,797
137,733
109,714
54,725
41,815
4,820
4,327
37,635
30,826
280
182
63,710
82,378
Fonte: MIC
Em geral, observou-se uma evolução positiva nos níveis de comercialização. O girassol, por exemplo, evoluiu de um
nível de comercialização de 99 t em 2005 para 4.820 t em 2009, depois do pico atingido em 2006. O mesmo já não
se verifica com a castanha de caju, cujos níveis de comercialização reduziram de pouco mais de 104.000 t em 2005
para cerca de 64 mil t em 2009.
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
11
INVESTIMENTO PRIVADO
A análise do investimento privado baseou-se nos dados de duas instituições:
 Banco de Moçambique - que mantém registos sobre crédito dos bancos comerciais e entrada de valores
(capital próprio e empréstimos); e
 CPI – que mantém registos e produz estatísticas sobre projectos aprovados, agrupados em grandes
categorias. Não faz o devido seguimento da realização do investimento.
Neste contexto, os dados existentes não são conclusivos, mas servem para dar uma ideia da tendência do crédito
por sector e as intenções de investimento.
Crédito à Economia
O gráfico a seguir ilustra a evolução do crédito ao investimento de 2001 ao 2010.
Evolução do crédito ao investimento por sectores
Agricultura
MZM 1^9 16.00
Pecúaria
Silvicultura e exploração florestal
14.00
Pescas
12.00
Indústria Extrativa
10.00
Indústria Transformadora
8.00
Electricidade, Gás e Água
Construção e Obras Públicas
6.00
Indústria de Turismo
4.00
Comércio
2.00
Transporte e Comunicação
Inst. Financeiras Não Monetárias
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Outros Sectores
Fonte: Banco de Moçambique
O crédito à agricultura, pecuária, silvicultura e exploração florestal e pescas teve sempre níveis muito baixos
relativamente a outros sectores da economia.
Segundo o Banco de Moçambique, a agricultura e as MPMEs em geral não beneficiam de crédito comercial pelo
seguinte:
 Fraca acumulação primitiva de capital;
 Falta de registo comercial (alvará) e fiscal (NUIT);
 Falta de contabilidade organizada;
 Ausência de cultura de auditoria e publicação de contas;
 Elevado risco associado a sua grande mobilidade;
 Falta de garantias;
 Secundarização da figura de contrato.
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
12
Os gráficos abaixo ilustram a distribuição do crédito ao investimento e total por cultura.
Média do crédito total por cultura, 2001-2010
Média do crédito ao investimento por cultura, 2001-2010
Chá
0.1%
Outros
41%
Chá
2%
Outros
34%
Açúcar
19%
Açúcar
37%
Cajú
7%
Sisal
0%
Algodão
25%
Copra
8%
Algodão
10%
Copra
4%
Sisal
0%
Cajú
13%
Fonte: Banco de Moçambique
O crédito total à agricultura está concentrado nas culturas de rendimento e alguns produtos com algum nível de
integração da cadeia de valor (açúcar, algodão).
Em termos de crédito ao investimento, os sectores do algodão e açúcar consumiram maior volume de investimento.
Os sectores que mais se beneficiaram do crédito estão mais consolidados, possuindo activos que os tornam
relativamente mais “bancáveis” que os outros.
PROJECTOS DE INVESTIMENTOS
O gráfico seguinte ilustra os investimentos aprovados pelo CPI de 2001 à 2009 por sector.
Volume de Investimentos aprovados por sector, 2001-2010
USD 1^6
7,000
Agricultura e Agro-Indústria
6,000
Aquacultura e Pescas
5,000
Banca, Seguradora e Leasing
Construção
4,000
Indústria
Outros
3,000
Recursos Minerais e Energia
2,000
Serviços
Transportes e Comunicações
1,000
Turismo e Hotelaria
0
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
Os sectores de recursos minerais e energia, agricultura e agro-indústria foram os que registaram maior volume de
investimento no período:
 Recursos minerais, com um peso de 36%, registou um pico em 2002 com a aprovação do projecto do
Corridor Sands e em 2007 com os projectos de carvão de Moatize e Ayr Petro em Nacala Velha;
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MOÇAMBIQUE
13
 Agricultura e agro-indústria, com um peso de 27% do volume total de investimento aprovado, registaram
um pico em 2009 com a provação de 2 projectos na área de florestas (Lúrio Green e Portucel).
FINANCIAMENTO AO AGRONEGÓCIO
O financiamento ao agronegócio é efectuado principalmente pelos bancos comerciais,instituições de micro-finanças,
FARE, FDA, Fundo de Desenvolvimento Pesqueiro, Fundo de Desenvolvimento da Indústria) e alguns outros fundos
e por fim Fundos Cataliticos e Outras Linhas de Crédito para a Agricultura, implementados por parcerias do
CEPAGRI e MIC (Minsitério da Indústria e Comércio) comBancos Comerciais de Sociedades de investimento com
fundos de doadores.
BANCOS COMERCIAIS
Os bancos comerciais concedem créditos quer através de esquemas normais bem como de linhas de crédito
especiais e fundos de garantia. O volume de crédito bancário ao agronegócio é reduzido, principalmente, para os
pequenos e médios produtores. Se por um lado, os bancos alegam como principal motivo o alto risco associado às
condições climáticas e à falta de garantias, por outro, os pequenos e médios produtores, quando “bancáveis”,
recorrem pouco ao crédito alegando produtos financeiros inadequados à actividade agrária, de entre os quais a
concessão de montantes reduzidos, as taxas de juros altas e créditos de curto prazo. Além disso, muitas vezes, o
crédito solicitado à tempo, é concedido fora da época adequada para agricultura.
INSTITUIÇÕES DE MICRO FINANÇAS (IMFS)
As instituições de micro finanças surgiram para a disponibilização de crédito, captação de poupanças e outros
serviços financeiros com o objectivo principal de ajudar as famílias menos favorecidas a sair da pobreza através de
facilidade ao acesso de crédito para desenvolver actividades económicas. Na prática, muitas das instituições de
micro finanças (nas zonas rurais e não só) constituem um ponto de entrada no sistema financeiro não só às famílias
rurais mas também às pequenas e médias empresas.
No agronegócio, o seu papel tem alguma relevância na comercialização agrária, pois a maior parte dos
intervenientes da cadeia de valor da produção agrária não possui requisitos necessários para o acesso aos serviços
financeiros da banca comercial, recorrendo aos serviços de micro finanças.
FUNDO DE APOIO PARA A REABILITAÇÃO ECONÓMICA (FARE)
O FARE foi criado com o objectivo de reactivar a economia moçambicana através de financiamentos a actividades
produtivas e de prestação de serviços, criação de emprego e inovação, promoção e dinamização do empresariado
nacional, em especial, o de pequena e média dimensão. A sua actividade está orientada para o financiamento em
investimentos em instituições financeiras e de prestação de serviços.
FUNDO DE DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO (FDA)
O FDA foi criado com o objectivo de:
 Fortalecer o mercado de insumos e de produtos para apoio à produção agrária;
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
14
 Promover o acesso aos serviços financeiros, por empresas e associações de agricultores assim como na
mobilização de outros recursos para o apoio aos produtores;
 Promover parcerias entre instituições governamentais e outros intervenientes no sector agrário; e
 Promover de actividades que concorram para a implementação da estratégia do Governo e dos serviços
públicos agrários.
CONSTRANGIMENTOS 7
Assim, identificam-se os constrangimentos transversais ao sector agrário:
o Deficiente rede de infra-estruturas viárias (vias de acesso, pontes e ferrovias) e de comunicações nas
zonas de produção;
o Insuficiente oferta de serviços de transporte de carga para escoar as matérias-primas das zonas de
produção;
o Fraca rede de serviços bancários nas zonas de comercialização dos excedentes agrícolas;
o Elevadas tarifas dos transportes ferroviários, portos e cabotagem;
o A inexistência de estabelecimentos para venda de instrumentos e factores de produção nas zonas de
produção;
o Insuficientes incentivos param desenvolvimento do sector: taxa de incidências sobre o gasóleo que não
beneficia este sector e altos custos financeiros;
o Burocracia e demora no reembolso do IVA (equipamentos, factores de produção pagam direitos aduaneiros
e IVA na importação);
o Burocracia alfandegária no processo de importação dos equipamentos que resulta em anulação dos
incentivos de investimentos já adquiridos;
o A excessiva burocracia no processo de exportação e o excessivo tempo que demora o despacho da
mercadoria na exportação;
o Ausência de mercado interno de algumas matérias-primas ou produtos semi-processados (gergelim, fibra
de algodão, chá), que represente alternativa ou complemento ao mercado internacional;
o Imprevisibilidade e instabilidade da taxa de câmbio;
o Ausência de uma instituição ou mecanismo de protecção dos produtores e da indústria face à adversidade
do mercado e clima (gestão de choques e crises), como os seguros de colheita ou outro;
o Preços altos de insumos agrícolas, principalmente pesticidas e fertilizantes;
o Fraca divulgação e implementação do quadro legal;
o Ineficiente funcionamento do sistema judicial e consequente fraco cumprimento de contratos e
compromissos contratuais;
o Fraco conhecimento da classificação e padrões de classificação da produção orientada ao mercado no acto
da comercialização, resultando em conflitos reincidentes;
o Ausência de instrumentos de calibração e metrologia e respectiva fiscalização de balanças, básculas, etc.;
o Inexistência de instituições profissionais de prevenção e arbitragem de conflitos entre os produtores e
instituições intermediárias de fomento da produção.
o Fracos serviços de apoio a parte considerável da cadeia de produção, comercialização e processamento
das culturas orientadas ao mercado;
7
Baseado num documento interno do CEPAGRI que o consultor actualizou ou alterou.
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
15
o
o
o
o
o
o
o
Insuficiência de redes formais de abastecimento de combustíveis, lubrificantes, meios de produção e suas
peças sobressalentes nas zonas de produção;
Insuficiência das redes de fornecimento de energia eléctrica, água e telefones;
Baixos preços ao produtor e preços altamente flutuantes, levando, de forma crescente, os produtores a
reclamarem a fixação de preços (ou preços de referência), tendo em vista minimizar a sua crescente
dificuldade de obter preços mais “justos” para a remuneração da sua produção, o que se torna
tecnicamente delicado face à economia aberta;
Mecanismos deficientes de controlo dos volumes comercializados e/ou exportados e falta de vontade dos
operadores de aderir voluntariamente ao sistema de informação, com destaque para o sector informal;
Reduzido número de agro-indústrias na maior parte das cadeias de valor (excepção: milho, algodão, cana
de açúcar, copra, trigo, chá, tabaco, castanha de caju, aves e realçar que no óleo alimentar existem apenas
em número crescente e suficiente para abastecer o mercado nacional as refinarias de óleo, mas não as
extrusoras);
Reduzido conhecimento das normas HACCP, Standards de qualidade (ISO, SABS), por parte das agroindústrias existentes;
Não há em geral no país uma “cultura industrial” (empresários de raiz industrial, classe operária, serviços
para a indústria, associações industriais fortes – o CTA não é especializado -, principio de procura
constante da produtividade, eficiência e competitividade), beneficiando algumas agro-indústrias de
barreiras à entrada que permitem a ineficiência.
Existem também, constrangimentos comuns intrínsecos ao sector agrário, com destaque para as culturas
orientadas ao mercado, que são:
o Falta de instituições e/ou pontos focais das culturas orientadas ao mercado nas estruturas centrais e
provinciais da agricultura;
o Actividade de Investigação continua incipiente, derivado, de entre outros aspectos, de inadequados níveis
de financiamento e à indisponibilidade de capacidade humana especializada e experiente, reflectindo-se de
forma particular na falta de material genético melhorado e fracos pacotes de controle de pragas;
o Baixa nível de investimento em obras hidráulicas nos rios e regadios;
o Baixo nível de investimento em baterias de silos para armazenamento, reserva alimentar e controle de
preços;
o Baixo nível de uso de insumos agrícolas na produção de culturas orientadas ao mercado, resultando em
baixos níveis de rendimentos agrícolas e inadequação das características palatais e ergonómicas;
o A ainda baixa qualidade dos produtos nacionais que não são aceites no mercado internacional, agravado
pelos deficientes sistemas de registo e prestação de informação, que dificultam opções de certificação;
o A ausência de adequadas redes de vendas (ex. Fábricas para selecção, classificação, empacotamento,
armazenagem adequada para mitigar os efeitos da alta perecidade de alguns produtos).
o As dificuldades na transferência de tecnologias e baixos índices de adopção e (deficientes programas de
treinamento e consistente assistência técnica);
o Atrasos e baixos preços de comercialização da produção agrícola orientada ao mercado;
o O abandono da produção comercial orientada ao mercado pelas empresas promotoras.
o Deficiente Sistema de informação sobre a economia das culturas orientadas ao mercado;
o Movimento Associativo camponês ainda fraco e com pouca dinâmica de crescimento, como tal, sem
condições de representar de forma legítima e uníssona os interesses dos produtores nas negociações
políticas, económicas e agronómicas com as empresas promotoras das culturas orientadas ao mercado;
o Deficiente sistema de fiscalização e monitoria da actividade de fomento, produção e comercialização de
culturas orientadas ao mercado (apenas o fomento no algodão e tabaco tem quadro legal definido).
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MOÇAMBIQUE
16
OPORTUNIDADES OU ASPECTOS FORTES
Apesar dos constrangimentos identificados, há importantes potencialidades solo-climáticas, regulamentares,
socioeconómicas e de mercado que é necessário capitalizar, nomeadamente:
o Longa tradição da população rural na produção de culturas como algodão, caju, mandioca, tabaco, milho,
arroz etc., que transita de geração para geração;
o Existência de vastas áreas desbravadas que pertenceram às empresas estatais, conferindo espaço para a
produção própria do sector comercial;
o A criação e aprovação de quadro regulamentar para algumas culturas que orienta a produção e
comercialização, assegurando estabilidade do subsector, protecção dos investimentos privados, bem como
existência de entidades públicas profissionais (IIAM, INCAJU, IAM, etc.), ou pontos focais em algumas
instituições (CEPAGRI-MINAG), responsáveis pelas culturas;
o Existência de empresas especializadas e experientes com investimentos actuais e outros com interesse de
realizar novos investimentos em infra-estruturas, e com capacidade de intervenção na produção,
comercialização, e processamento de culturas orientadas ao mercado, ou seja no desenvolvimento do
subsector;
o Existência de grande capacidade de processamento de certas culturas orientadas ao mercado,
actualmente subaproveitada (arroz, copra);
o A aproximação dos intervenientes de algumas culturas para discussão dos assuntos específicos (algodão,
tabaco, caju, cana de açúcar, arroz, avícola);
o A existência de algumas variedades de culturas como algodão, tabaco, hortícolas e fruteiras adaptadas às
condições solo climáticas e com tolerância a pragas e doenças;
o Enormes extensões de terra com potencial de regadio, com enfoque às zonas sul e centro do país;
o Existência de regadios reabilitados parados ou deficientes usados e outros com relativamente baixo
investimento necessário na reabilitação;
o Expansão do fomento do gado bovino nas zonas produtoras, com potencial para tracção animal;
o Existência de mercado mundial para vários produtos das culturas orientadas ao mercado como fibra e
semente do algodão, castanha e amêndoa de caju, folha e tabaco processado, açucar, chá, fruta, sumos e
etc.;
o A localização dos portos de cabotagem perto das zonas de produção e existência de rede viária e
ferroviária magistrais aceitáveis ligando os portos e as zonas de produção;
o Existência de indústrias nacional para absorção de produtos orientados ao mercado e esforços para sua
expansão, caso da reactivação da indústria têxtil e de confecções;
o Potencial do país para competir com outros países da África Sub-Sahariana produzindo produtos de alto
valor a base da mandioca (incluindo cerveja, amido, etanol, ingredientes para rações e outros usos);
o Potencial de substituição parcial do consumo de trigo nas zonas urbanas e rurais pela farinha de mandioca,
para fabrico do pão, bolos etc.;
o Os preços altos para as fontes alternativas de amido criaram um crescente interesse na mandioca, em
parte, isto é devido ao crescente interesse internacional pelos biocombustíveis;
o A UE oferece uma quota de 135.000 toneladas de amido nativo para países de ACP que nunca foi
satisfeita;
o A mandioca poderá ser uma base para produção de adoçantes a custos mais baixos;
o Aumento significativo do consumo do arroz, que é actualmente satisfeito por importações, e preferência em
termos de paladar e aroma do consumidor rural e urbano de todas as classes de rendimento relativamente
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
17
o
o
o
o
ao arroz aromático (abundante entre as variedade locais que o produtor já está habituado a produzir
precisando de alavancagem pouco capital intensiva);
As oportunidades de mercado para a produção moçambicana estão pois consubstanciadas no acesso
preferencial nos mercados da SADC e União Europeia, especificamente:
o Introdução do comércio livre entre 2008 e 2012
o Acesso livre no maior mercado da região (África do Sul) dos produtos agrícolas Moçambicanos a
partir de 2008
o A Iniciativa EBA, da UE, oferece maior acesso ao mercado europeu, livre de direitos a um preço
razoável, a partir de 2009;
O surgimento de grande interesse no etanol e a co-geração de energia a partir do bagaço, como alternativa
à combustível fóssil, coloca uma oportunidade para a diversificação da base produtiva da indústria e do
país;
Existência de fortes indicações de mercados dinâmicos para subprodutos de coco (por exemplo: fibra, pó,
carvão activado, biodiesel);
Moçambique goza de preferências tarifárias nos mercados principais dos subprodutos do coco, através de
acordos de comércio internacional como a Iniciativa EBA, o que lhe pode conceder alguma vantagem
competitiva sobre países não PMA.
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
18
ANÁLISE SWOT DO AGRONEGÓCIO
A análise SWOT constitui um resumo das análises semelhantes realizadas para cada produto e para a cadeia de valor, além da análise de algumas variáveis
transversais aos diferentes sectores.
•
•
•
Pontos Fortes
Existência
de
rede
comercial
organizada,
em alguns produtos
(culturas de rendimento
tradicionais,
cereais),
com
fomentadores
(indústrias
e
comerciantes)
e
concessões;
Instalação de unidades
de
acabamento
e
embalagem de agroquímicos, reduzindo os
custos de importação
(direitos e importação a
granel), acrescentando
valor
e
usando
embalagens
com
dimensões
mais
adequadas
aos
diferentes segmentos de
produtores;
Existência
de
uma
capacidade
de
processamento
básico/primário instalada
bastante relevante e
subutilizada ao nível das
seguintes
agroindústrias: Refinarias de
óleo; Moageiras de Trigo
•
•
•
•
•
•
•
•
Pontos Fracos
Limitações do IIAM na investigação de
sementes, actualmente orientada ao
aumento dos rendimentos e da
produção;
Deficiente capacidade de controlo de
qualidade das sementes importadas;
Custos de importação e custos
logísticos internos, bem como a
reduzida procura encarecem o preço
pago pela semente pelo produtor
comercial;
Inexistência de assistência técnica nas
zonas de produção para equipamentos
agrícolas (ex. tractores e alfaias);
Dificuldades de acesso aos insumos
agrários e aos serviços de extensão
nas zonas de produção;
Oferta de provedores de serviços
praticamente inexistente em todas as
áreas, situação que obriga à
contratação de técnicos a tempo inteiro
ou à subcontratação externa de
técnicos/empresas
especializadas,
aumentando os custos, em particular,
das MPME´s;
Inoperacionalidade de parte dos
regadios existentes;
Falta de capital inicial e dificuldades de
acesso ao crédito financeiro por parte
dos empresários emergentes e
pequenos produtores orientados ao
Oportunidades
• Aumento da procura interna de produtos
•
•
•
•
•
•
alimentares
e
agro-processados
(principalmente, nas zonas urbanas e na
região Sul, ambos com forte crescimento,
com destaque para a cidade de Maputo;
mas também no Centro na Cidade de Tete,
e Norte nas Cidades de Nampula, Nacala e
Pemba);
Grande dimensão do mercado regional dos
principais produtos agrícolas produzidos em
Moçambique e em particular o aumento do
comércio fronteiriço com os países vizinhos
do Hinterlands, como Malawi, Zâmbia e
Zimbabwe;
Disponibilidade de terra e condições agroecológicas adequadas em determinadas
regiões para diversas culturas, pecuária e
florestas;
Existência de recursos minerais adequados
para a produção de fertilizantes (ex. Sofala,
Nampula e Zambézia);
Investimento público na irrigação decorrente
da implementação da “Estratégia de
Irrigação” aprovada em 2010 (PROIRRI e
outros) e PNISA aprovado em 2013;
Disponibilidade de energia eléctrica e
comunicações em quase todos os distritos e
em permanente expansão;
Isenção de direitos aduaneiros na
importação de equipamentos e de matériasprimas para as agro-indústrias com mais de
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Ameaças/ desafios
Fraco controlo das fronteiras, que dificulta o
controlo de produtos importados no país;
Elevado custo do crédito e dificuldade de
acesso a financiamentos para o agro
negócio (falta de um sistema financeiro
adequado a agricultura);
Alto preço dos combustíveis e lubrificantes;
Escassez de obras hidráulicas para suporte
à irrigação;
Fraca organização, disseminação de
informação por parte do Governo, Doadores
e ONG´s;
Calamidades naturais cíclicas: seca, cheias
e ciclones;
Conflitos de terras;
Epidemias (HIV e SIDA, tuberculose,
malária, etc.)
Propensão a pragas e doenças de
determinadas culturas como é o caso da
mandioca, coqueiro, fruta, bovinos e suínos;
Escassez de fundos e elevados custos de
financiamento da produção, armazenagem e
manutenção de stocks;
Estradas e vias de acesso em más
condições e/ou com transitabilidade sazonal;
Custos de transporte elevados das zonas de
produção (Centro e Norte) para as zonas de
maior consumo (Sul);
Legislação não adequada ao desenvolvimento
do agronegócio;
ex. Leis laborais não
prevêem a situação particular da actividade
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE MOÇAMBIQUE”
19
Pontos Fortes
e Milho; Rações para
animais; Processamento
de
açúcar;
Processamento básico
do
algodão;
Arroz;
Extracção de óleo de
copra; Processamento de
castanha de caju;
• Sinergias decorrentes do
crescente número de
grandes projectos agrários
e agro-industriais: redução
do custo dos factores de
produção por via de
economias de escala;
disseminação
de
tecnologias e know-how;
garantia de mercado por
via
de
parcerias
(nomeadamente recurso a
sistemas de fomento e
outro tipo de parcerias
mutuamente vantajosas);
• Disponibilidade
de
alguma informação sobre
mercados ao nível do
MIC e MINAG;
• Presença de empresas
internacionais na área da
certificação de empresas
e produtos.
•
•
•
•
•
•
•
•
Pontos Fracos
Oportunidades
Mercado;
20% de VAB;
Reduzida disponibilidade de recursos • Isenção de direitos aduaneiros para
humanos qualificados e experientes;
equipamentos da Classe K da pauta
Baixa integração vertical do sector:
aduaneira, para quase todos os sectores e
Falta ou reduzido número de agropara projectos de investimento registados
indústrias no país, levando à
no CPI
exportação dos produtos em bruto ou • Benefícios fiscais concedidos a projectos de
apenas semi-processados; as grandes
investimento aprovados no CPI e protecção
agro-indústrias tradicionais (moageiras
ao investimento estrangeiro, repatriação de
de milho e trigo e refinarias de óleo
suprimentos e exportação de dividendos;
alimentar) não estão ligadas à • Proximidade da África do Sul à região Sul
produção agrícola preferindo importar
de Moçambique, que facilita acesso a
matéria-prima ou produtos intermédios;
mercado,
tecnologias
e
serviços
Mercados e feiras têm condições infraespecializados;
estruturais e de organização e gestão • Crescimento do mercado interno (via
muito incipientes;
aumento da população, melhoria do
Falta de silos, o que eleva os custos de
rendimento per-capita, melhorias das infraensacagem
e
armazenagem,
estruturas de comunicação e informação);
principalmente dos cereais e gera uma • Disponibilidade de transporte marítimo e
grande sazonalidade dos preços;
potencial de transporte fluvial, podem facilitar
Desactualização do papel do ICM no a mobilidade das matérias-primas e produtos
âmbito da economia de mercado, no país, e reduzir os custos de produção;
resultando em baixa utilização dos • Disponibilidade de portos e linhas férreas
seus armazéns;
nos
principais
corredores
de
Concorrência entre o comércio formal e
desenvolvimento;
informal, em prejuízo do primeiro, que • Existência de acordos comerciais com os
tem maior carga fiscal;
grandes mercados de consumo (EUA,
Falta de padrões de qualidade e de
Europa, China, SADC) que isenta ou reduz
sistemas de certificação e falhas nos
os direitos aduaneiros sobre os produtos
sistemas de pesagem;
com origem em Moçambique;
Informação sobre mercados externos • Disponibilidade de nichos de mercado de
não disponível ao nível dos
produtos orgânicos e “fair trade" e o facto
operadores.
de a maior parte da produção moçambicana
ser feita sem agro-químicos.
•
•
•
•
•
•
•
•
Ameaças/ desafios
agrária (Exemplo: trabalho ao sábado e
domingo; transporte de trabalhadores em
carrinhas de caixa aberta e tractores);
Elevado nível de roubos pelas comunidades
circunvizinhas
e
trabalhadores,
principalmente, em culturas alimentares;
Reduzida cobertura da rede eléctrica e
elevado custo da sua instalação, reduzido
número de obras hidráulicas (barragens,
diques, açudes, canais) desincentiva o
investimento na adopção destas tecnologias
por parte do sector privado;
Enviesamento e pouca sustentabilidade das
intervenções realizadas pelo Estado, ONGs e
entidades internacionais;
Concorrência de produtos importados com
preços mais baixos e estáveis, melhor
qualidade e melhor embalagem;
Descrição deficiente de alguns produtos na
pauta aduaneira;
Países vizinhos produzem e exportam
produtos agrícolas semelhantes aos
moçambicanos e
possuem melhores
estruturas de comercialização como silos,
estradas e operadores com maior
experiência e com maior facilidade de
acesso ao crédito;
Custos portuários e fronteiriços elevados
agravando os custos de transporte em geral;
Deficiente formação técnico-profissional em
áreas relevantes do agronegócio (ao longo
de todas as actividades da cadeia de valor).
Fonte: PDDA – MINAG, 2013
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE MOÇAMBIQUE
20
CARACTERIZAÇÃO DO SECTOR HORTÍCOLA NO CORREDOR DA BEIRA8
V.
1. ENQUADRAMENTO
A instalação de mercados abastecedores de hortícolas, é uma das acções propostas no PNISA9, para fazer face aos
problemas actuais na comercialização. As práticas actuais aplicadas na fase pós-colheita de hortícolas levam a
perdas significativas do produto desde a colheita até a comercialização. Por outro lado, a deficiente rede de
comercialização de hortícolas joga um papel negativo na cadeia de produção.
O surgimento de instituições como supermercados e grandes áreas comerciais, em Moçambique vai exigir a
curto/médio prazo, uma mudança revolucionária na Hortifruticultura de Moçambique, para assegurar a
disponibilidade dos produtos no momento certo, no lugar certo e no preço certo de modo a satisfazer os
consumidores cada vez mais exigentes. Para mercadorias, como frutas e vegetais, começam a surgir iniciativas de
produção sobre contrato em que alguns operadores adiantam insumos aos produtores, e estes assumem o
compromisso de fazer a entrega da produção. Estas iniciativas, ainda que em número e abrangência reduzida estão
a revelar-se uma forma eficiente de incentivar os produtores a produzir mais e melhor.
No país, não existe ainda um sistema logístico eficiente para a recolha, embalagem, armazenagem, conservação e
transporte de hortícolas. A época pós-colheita, é caracterizada por perdas elevadas, devido à deficiência nos
sistemas de transporte, conservação e escoamento. No entanto, deve-se notar que o país dispõe de cadeias de
valor de hortícolas, nomeadamente de batata Reno, que conseguem comercializar quantidades maciças destes
produtos a longa distância. Isso dá uma ideia do dinamismo latente que existe nestas cadeias, apesar do seu atraso
evidente, dinamismo que poderia se exprimir em toda sua plenitude se certas condições logísticas e de gestão
fossem cumpridas.
O país tem um total de 25.000 km de estradas dos quais só 4.300 km podem ser classificados como estradas
primárias. As distâncias de viagens em Moçambique de norte a sul são mais ou menos 2.500 km, dependendo se a
viagem é aérea, marítima ou rodoviária. Do principal centro nortenho de Nampula a Maputo são cerca de 2.100 km
por via rodoviária. A função de transporte é mantida no geral, separada da comercialização, o que não quer dizer
que o camionista não tenha uma boa experiência dos assuntos comerciais, sendo que ele é um elo essencial da
cadeia de valor e está colocado num posto de observação privilegiado.
A cadeia de transporte para hortícolas e culturas de subsistência, produzidas localmente é precária e complexa.
Para uma série de produtores de pequena escala, há um sistema informal criado para recolha e distribuição. Os
volumes individualmente transportados, são relativamente pequenos com custos elevados por tonelada que devem
ser recuperados através de preços de venda elevados. Portanto, a baixa eficiência de escoamento e distribuição de
hortícolas é considerada um entrave serio para o desenvolvimento competitivo de toda a cadeia de horticultura.
8
Análise realizada alargando quando relevante o âmbito geográfico à província da Zambézia
9
Plano Nacional de Investimento no Sector Agrário: Plano de Investimento em Horticultura 2013-2017
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO
CENTRO DE MOÇAMBIQUE”
21
As práticas actuais aplicadas na pós-colheita de hortícolas levam a perdas significativas do produto desde a colheita
até a comercialização. Por outro lado a deficiente rede de comercialização de hortícolas joga um papel negativo na
cadeia de produção.
2. PROCURA10
A economia de Moçambique tem vindo a crescer a uma taxa superior aos 7% o ano. O crescimento da economia
contribui para um aumento correspondente no consumo geral, incluindo os produtos hortícolas.
Sem contar com o consumo da indústria hoteleira e outros sectores, o mercado potencial global de hortícolas nas
cidades de Quelimane, Mocuba, Nampula, Beira, Chimoio, Dondo e Nacala, atingiria as 35.000 toneladas anuais,
considerando o pressuposto de um consumo anual per capita de vinte (20) quilos por ano.
Potencial de mercado nos principais centros
urbanos vizinhos:
Consumo per capita de
Nr.
De hortícolas por ano=20
Habitantes
Kg/habit.
Quelimane
193,343
3,866,860
Mocuba
168,736
3,374,720
Nampula
471,717
9,434,340
Beira
431,583
8,631,660
Chimoio
237,497
4,749,940
Dondo
70,817
1,416,340
Nacala
206,449
4,128,980
Total
1,780,142
35,602,840
3. CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO
Na região de Centro, à semelhança das outras zonas rurais do país, a comercialização de hortícolas é
principalmente assegurada pelos vendedores ambulantes.
Os custos de transacção inter-regionais e inter-temporais ainda são altos, tendo limitado até agora o
desenvolvimento dos canais de comercialização. Apesar disto, os produtores, os vendedores ambulantes e os
mukheristas, desempenham um papel importante na distribuição de hortícolas na região. Em geral, os comerciantes
ambulantes cumprem as seguintes funções nos mercados:


Acumular (comprando aos poucos) produto dos produtores para formação de lotes suficientemente
importantes;
Comunicar informação sobre a oferta e procura nas zonas urbanas e rurais;
Plano de Negócios para Instalação do Mercado Comissiosta Grossista de Caia – Agência de Desenvolvimento do Vale do
Zambeze.
10
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
22




Assumir o risco, sobretudo o risco das mudanças nos preços e o risco de roubo no processo de transporte;
Movimentar capital no processo de compra e em casos que parecem ser raros fornecer aos produtores
crédito de campanha;
Armazenar até conseguir quantidades suficientes para viajar; e
Aluguer de transporte
Moçambique não possui ainda mercados grossistas formais de produtos frescos, como os encontrados por exemplo,
na África do Sul. Apesar disso, existe no país um sector informal vibrante, podendo se destacar as seguintes opções
no que diz respeito ao mercado de produtos vegetais:

Mercados de agricultores: tal é o caso do mercado do Zimpeto, nos arredores da cidade de Maputo. Os
agricultores trazem os seus produtos para serem eles próprios a proceder à sua venda. Os clientes são
uma combinação de comerciantes, sector de hotelaria e até mesmo pequenos consumidores. Embora o
mercado esteja aberto de segunda a sábado e os agricultores pagarem uma taxa para usufruírem do direito
de venda dos seus produtos, não existem estruturas formais para assegurar uma correcta gestão do
mercado e garantir os padrões de qualidade, segurança e higiene dos produtos. Intermediários diversos,
maioritariamente informais,

Alguns comerciantes e agentes de hotelaria estabelecem contratos directos com os agricultores na
tentativa de assegurar melhor qualidade dos produtos fornecidos. Todavia, a base de fornecimento em
termos de quantidades disponíveis é baixa e bastante variável.

Os mercados informais (de rua) são encontrados dentro e na periferia dos centros urbanos. Eles não têm
normas de higiene e os vendedores operam de forma ad-hoc.

À porta da machamba/vendas directas: comerciantes, retalhistas, mukheristas compram os produtos
directamente aos produtores locais, exercendo um elevando poder de negociação (preço e selecção da
qualidade, muitos comprando à unidade de “canteiro”). Estes comerciantes correm elevados riscos de
perda se algo correr mal, mas ganham margens/comissões avultadas.

Processamento (desde o primário em fresco, ao final): a compra de produtos vegetais e frutas para efeitos
de processamento não tem expressão no país, pois não existem unidades de processamento.
No caso das empresas maiores, como o caso da Companhia do Vanduzi, Metuchira, elas realizam a sua própria
produção.
A falta de infra-estruturas e de unidades de limpeza e embalamento faz com que as perdas pós-colheita sejam
bastante significativas, ultrapassando facilmente os 50% da produção.
4. CONSTRANGIMENTOS À INSTALAÇÃO DE MERCADOS GROSSISTAS FORMAIS DE
PRODUTOS FRESCOS
Para além das opções de comercialização acima elencadas, poderão ser considerados os factores competitivos
seguintes:
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
23

Práticas Tradicionais: É concebível que, nos primeiros estágios, alguns agricultores e compradores sejam
relutantes em se afastar de suas formas tradicionais de compra e venda. A adesão a tais mercados, se irá
consolidando à medida que os operadores se aperceberem dos benefícios da utilização desta infraestrutura.
Haverá sempre alguns agricultores - especialmente os menores - que preferirão continuar a vender os seus
produtos informalmente. Todavia, os grandes agricultores, em especial os organizados em associações de
produtores terão neste tipo de mercado, a melhor opção para eles alcançarem os seus objectivos.

Falta de Produção Agrícola Local: Com a maioria da agricultura moçambicana nas mãos dos produtores de
pequena escala, a capacidade de alcançar os padrões modernos de produção é limitada. As associações
de produtores agrícolas existentes na região, poderão assegurar um fornecimento regular de produtos de
qualidade a partir de uma grande variedade de frutas e legumes desde que toda a cadeia de valor seja
desenvolvida, desde a disponibilidade de sementes certificadas adaptados às diferentes condições agroclimáticas que se verificam ao longo do ano, serviços de extensão adequados, transporte adequado,
informação de mercado (procura, sazonalidade e preços) pagamento imediato com a entrega do produto ao
comprador, etc.

Informal (Mukheros) & Mercados dos Agricultores: Os mercados locais descritos acima terão sempre um
papel a desempenhar, mesmo com os novos Mercados formais. Eles deverão fazer alterações para se
adaptar à nova situação, pois serão sempre actores a tomar em conta na distribuição de produtos frescos.
Pode-se esperar que neste processo de adaptação eles acabem por melhorar os seus padrões para se
manterem competitivos e atender às demandas dos seus compradores. Isto deve ser visto como um
resultado positivo resultante da implantação desses mercados.
Por conseguinte, a competição destes mercados informais será sempre um factor a ter em conta, mas deve diminuir
à medida que os anos passarem e os Mercados Grossistas formais se forem consolidando.
Não há dúvida, de que mercados grossistas com infra-estruturas de valorização dos hortícolas (ex.:
selecção, limpeza, calibragem, embalamento, conservação) podem garantir uma boa qualidade, um
fornecimento constante e regular, uma variedade de produtos e bons serviços e irá beneficiar do apoio
mútuo dos agricultores e dos compradores, que operam na região.
5. PRODUÇÃO
No caso específico da horticultura, que inclui os produtos hortícolas para consumo humano, as frutíferas e as flores
de corte, e cuja actividade se desenvolve fundamentalmente em zonas irrigadas, estão registados 257 regadios, de
diversos tipos, ocupando uma área total de 118.120 Ha, dos quais apenas 34% se encontram operacionais e em
exploração.
Se bem que não foi possível apurar a população activa a operar nesta área, estima-se, todavia, que esta actividade
possa envolver cerca de 500.000 famílias.
No caso dos produtos hortícolas para consumo humano, a rede comercial organizada é quase inexistente,
imperando a economia informal. As explorações encontram-se localizadas nas zonas próximas dos principais
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
24
centros de consumo – Maputo, Beira, Chimoio, Nampula – para onde é canalizada a quase totalidade da produção.
Relativamente ao sector frutícola, existem já algumas empresas devidamente organizadas e de diferentes
dimensões em termos da área explorada, que produzem basicamente para o mercado externo.
Em termos de financiamento, a agricultura tem vindo a perder sucessivamente peso relativo, representando em
2012 menos de 6% do financiamento total à economia, contra cerca de 14% em 2001.
Uma estimativa feita a partir da informação disponibilizada pelo Banco Central, aponta para que o sector da
horticultura não represente, em média, mais de 20% do crédito atribuído à agricultura é centra-se em mais de 90%
em produtores emergentes e comerciais.
Neste sector de actividade, existem actualmente em Moçambique menos de 20 empresas comerciais a operar,
destacando-se na zona de Maputo – designadamente, Citrum (Citrinos, Bananas, Papaia), Bananalândia (Bananas),
Libombos Macadamia (Bananas e Macadamia), J. Spears (Bananas), Horta-Boa (Batata Reno, Tomate, Cebola,
outras); na área de Gaza, a Jacaranda (Batata, Banana), a AFC (Banana orgânica); na área de Inhambane, a
Mozambique Organics (baby corn, piri-piri)na área de Manica – Companhia de Vanduzi (Chillies, Baby Corn e
grande variedade de vegetais para mercado interno), Metuchira Banana Products (Bananas), RDI (Batata); na área
de Zambézia ONÇA (Paprika); na área de Nampula a Matanusca (Banana). Com excepção da Citrum, todas as
empresas são de capital maioritária ou totalmente externo, principalmente proveniente da África do Sul e Portugal
(área de Maputo) ou do Zimbabwe (área de Manica), e a maioria são exportadoras.
Conforme já referido a produção é dominada pelo sector familiar que, durante a época seca, encontra nesta cadeia
de valor a oportunidade (já com a Auto-suficiência alimentar assegurada) de produzir para autoconsumo mas
também para realizar algum rendimento.
Verifica-se no entanto que com a maior exigência do mercado interno, devida a uma maior informação do cliente e
da sofisticação da rede de distribuição (nomeadamente o Shoprite no Chimoio e na Beira) e devida à procura do
mercado externo, o sector comercial começou a investir mais nesta cadeia de valor.
Também a chegada à Província em 2002/2003 de empresários e mão-de-obra qualificada oriunda do Zimbabué,
permitiu um desenvolvimento maior destas CV.
Segundo o “Estudo Preliminar do PADR – Programa de Apoio ao Desenvolvimento Rural”, repare-se que entre as
197 empresas entrevistadas em 2009-10, nas duas Províncias de Manica e Sofala, 46 e 32 (existe sobreposição
com outras culturas e entre estas sub cadeias de valor) em Manica responderam que produzem Hortícolas e Frutas
respectivamente, e em Sofala pela mesma ordem, 39 e 27 empresas.
A nível distrital existe uma maior concentração em Gondola , Manica e Gorongosa.
Empresas hortofrutícolas por Distrito
Manica
Cadeias de Valor
Hortícolas
Frutícola
Cadeias de Valor
Total
Sussendeng
Báruè Chimoio Gondola Manica a
5
7
11
16
7
4
4
12
8
4
Beira
Chibabava
Sofala
Dond Gorongos
46
32
Total
Nhamatanda
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
25
o
Hortícolas
Frutícolas
6
4
5
11
a
8
1
17
9
3
2
39
27
Quanto aos produtos produzidos, denota-se entre as empresas entrevistadas e em conformidade com os
documentos de estratégia sectorial do GdM, uma maior frequência em Sofala do ananás, em Manica de banana,
lichies, manga e repolho; batata reno e tomate estão bastante próximos da média.
Especialização das Empresas por Produto nas duas províncias
Produtos
Ananás
Banana
Batata Reno
Lichies
Manga
Repolho
Tomate
Nº Empresas
Sofala
Manica
5
12
13
5
14
14
13
4
12
1
26
18
27
23
(%)
Manica
29.41%
72.22%
50.00%
76.47%
92.31%
59.09%
54.00%
Sofala
70.59%
27.78%
50.00%
23.53%
7.69%
40.91%
46.00%
Estas culturas são mão-de-obra intensivas quer na produção como no processamento.
6. PROCESSAMENTO11
Quanto ao processamento em termos de unidades de limpeza, selecção e conservação apenas existem as
instalações da Companhia do Vanduzi, que no que diz respeito à conservação usa parcialmente as antigas
instalações da Cooperativa da Batata no Chimoio, que eram geridas pela CABAM.
A Metuchira Banana Products (Bananas) também tem instalações, mas a equipa não teve acesso a informações
concretas. O mesmo aconteceu com a empresa produtora e exportadora de Manga para a África do Sul em Dombe
e de Lichies para a África do Sul e Europa, que com certeza terão equipamentos e câmaras de armazenamento.
Existem ainda equipamentos diversos de processamento de frutas instalados nas duas Províncias que processam
frutas secas (na Beira), concentrados e sumos de fruta (na Beira abriu uma nova para a produção de “polpa de
manga” e fechou por falta de matéria-prima).
A Fábrica de Licores de Moçambique, instalada em Manica é um exemplo de auto-sustentabilidade, que também
processa outros derivados da fruta.
Recentemente foi instalada a fábrica de processamento de tomate de TICA e algumas empresas de Catering ou de
Distribuição Moderna começaram a instalar pequenas unidade de processamento primário (ver capítulos seguintes).
11
Fonte: “Estudo Preliminar do PADR, 2009-10”
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
26
7. MODELOS ORGANIZATIVOS
Nesta cadeia de valor é conhecida apenas uma experiência de sucesso, o caso da Companhia de Vanduzi que
desde o começo tem feito contratos de outgrowing com o sector comercial.
A CABAM, Cooperativa de Produtores de Batata de Moçambique, funcionou como empresa gestora das instalações
frigoríficas do Estado durante bastantes anos, mas acabou por perder essa gestão aparentemente por não ser autosustentável devido à escassez de matéria-prima.
8. FLUXOS ECONÓMICOS (BENS E SERVIÇOS):
Na cadeia de valor dos Hortofrutícolas é particularmente difícil obter informação económico-financeira por se tratar
de um sector muito informal, que até há pouco não tinha empresas formais a actuarem quer no processamento
como na produção.
Os estudos a que a equipa teve acesso também não têm informação financeira, excepto análises de custos
unitários, seu peso relativo, margens, etc..
VI.
PRODUTOS HORTÍCOLAS COM MERCADO NO CORREDOR NA BEIRA
Das visitas e entrevistas realizadas identificou-se até à data a seguinte lista de produtos hortícolas comercializadas
no Corredor da Beira e sua origem em termos de produção:
Produto
Alho
Batata pequena
Batata Nacional
Cebola pequena
Cebola média
Cenoura
Couve
Feijão Verde
Pepino
Repolho
Tomate Cala J
Tomate lindo
Couve-flor
Batata Nacional
Repolho
Tomate small
Tomate lindo
Couve-flor
Abóbora
Melão
Origem
Angónia/RSA
Afri.Sul
n.d.
Afri-Sul
Afri-Sul
Zimbabwe
Manica
Zimbabwe
Tica
Gorongosa
Afri-Sul
Angonia
Manica
G.&Vanduzi
Zimbabwe
Afri-Sul
Afri-sul
Zimbabwe
Afri-Sul
Afri-Sul
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
27
Manga Maca
Alface Pac
Pepino Comprido
Limão Loise
Batata Nacional
Couve
Pepino
Repolho
Tomate Roma
Couve flor
Abóbora
Melancia
Melão
Maca Verde
Maca Vermelha
Morango
Pêra
Laranja
Pimento (div.cores)
Abóbora
Abóborinha
Alface
Alho Normal
Alho Zambiano
Batata Branca
Batata Escura
Batata Vermelha
Beterraba
Beringela
Cebola Branca
Cenoura
Couve
Feijão Verde
Gengibre
Melancia
Pera Abacate
Pimento
Pepino Comprido
Pepino Grosso
Repolho
Tomate
Manga
Banana
Piri-Piri, Malaguetas
Manica
Afri-Sul
n.d.
Tica
Gorongosa
Manica
Zimbabwe
Afri-Sul
Afri-Sul
Manica/Zim
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
Chimoio
Zimbabwe
Angónia
Angónia
Zâmbia
Angónia
Angónia
Angónia
Vanduzi
Angó/Malawi
Maputo
Angónia
Angónia
Chimoio
Manica
Chim/Zobue
Zobue
Angónia
Angónia
Zobue
Angónia
Angónia
Angónia
Chimoio
Vanduzi
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
28
Baby Corn
Couve de Bruxelas
Couve Chinesa
Patty Pans (div.cores)
Cogumels
Tomate Cherry
Espinafres
Milho Doce
Melão
Ananás
Uvas
Couve Vermelha
Abacate
Vanduzi
Vanduzi
Vanduzi
Vanduzi
Vanduzi
Vanduzi
Vanduzi
Vanduzi
Vanduzi
Vanduzi
Vanduzi
Vanduzi
Vanduzi
POTENCIAIS PRODUTOS DE NICHO:
Tete: ervilhas, courgete, aipo, pimentão vermelho e amarelo, alho, melância, bróculos,
couve-flor e alface iceberg;
Sofala: Pepino, morango, melância, couve flor, bróculos
VII.
MERCADOS E CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO NO CORREDOR NA BEIRA
No Corredor da Beira identificaram-se os seguintes mercados e canais de distribuição:
 Mercados Informais mais relevantes (Grossista e retalhista): Maquinino (Beira) que tem 2 contentores
frigoríficos; Catanga (Chimoio); Kwachena (Tete);
 Lojas médias e Supermercados
 Loja a retalho especializada em hortícolas frescos: “BE-Fresh” na Beira
 Shoprite (Beira, Chimoio, Tete)
 Empresas de Catering: Beira e Tete (ver capítulos seguintes)
 Vanduzi: Produção e venda a grosso a lojas e empresas de catering, além de exportação
 Mercado Grossista de Caia-Marromeu-Cheringoma
 Catering: Beira e Tete
 Hotéis e restaurantes
 Fábrica de Processamento de Tomate em Tica (Nhamatanda) e Câmaras Frigoríficas
 Fábrica de Sumos de Fruta em Manica
 Fábrica de Licores de Fruta na Beira.
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
29
VIII.
PREÇOS DE HORTÍCOLAS POR CANAL DE DISTRIBUIÇÃO E SUA SAZONALIDADE
 Preços de hortícolas por canal de distribuição
Preço das Hortícolas ao Produtor (Fev.2014)
CIDADES (Preços/Kg)
PRODUTO
Beira
Chimoio
Tete
Produtor
Produtor
Produtor
Batata Reno Nacional
10.00
%
10.00 0.00
Batata Reno Importado
Tomate Nacional
Preço
Médio
0.00 0.00
12.50
5.00
12.50
Tomate Importado
10.00 0.33
0.00 0.00
Cebola Nacional
15.00
25.00
20.00 0.50
40.00
28.33 0.33
Cebola Importado
25.00
20.00
Batata Small
18.00
16.00
17.00 0.50
Batata Lilage
18.00
16.00
17.00 0.50
Batata Branca
42.86
42.86 0.00
Batata Escura
35.71
35.71 0.00
35.71
35.71 0.00
40.00
34.17 0.33
Batata Vermelha
Cenoura
37.50
Couve-Flor
35.00
Couve
30.00
15.00
Feijão-verde
20.00
15.00
35.00
23.33 0.33
Pepino
20.00
5.00
5.00
10.00 0.33
3.00
5.00
4.75
4.25 0.33
Repolho*
Tomate Calo jota
25.00
35.00 0.00
22.50 0.50
15.00
15.00 0.00
Melancia*
5.00
50.00
27.50 0.50
Abobora*
3.00
25.00
14.00 0.50
20.00
20.00 1.00
50.00
30.00 0.50
Aboborinha
Beterraba
10.00
Manga*
3.00
3.00 0.00
Alface*
Alho Nacional
0.00 0.00
47.50
50.00
48.75 0.50
Alho Importado
70.00
70.00 0.00
Beringela
25.00
25.00 0.00
Gengibre
50.00
50.00 0.00
* Os preços são por unidade.
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
30
Analisando o preço das hortícolas ao produtor, nas 3 cidades, nomeadamente, Beira, Manica e Tete, mostram uma
tendência oscilatória, sendo mais elevados na Beira e Tete, atingindo os máximos de 47.50Mt/ Kg de Alho Nacional
na Beira e 70,00Mt/Kg do Alho Importado em Tete. A variação dos preços entre as três cidades ronda entre 33% a
50% na maioria dos produtos. Nota-se que os preços são ligeiramente baixos na cidade de Chimoio, sendo o caso
de Tomate que na Beira e Tete, o preço é de 12.50Mt o quilo e em Chimoio custa 5.00Mt/Kg. A Cebola importada na
cidade da Beira, o quilo está 25Mt, 15Mt/Kg em Chimoio e 40Mt/Kg em Tete. O Feijão-verde em Chimoio o preço
fixou-se em 15.00Mt/Kg, Beira e Tete está a 20Mt/Kg e 35Mt/Kg, respectivamente.
Preços das Hortícolas no Grossista(Fev.2014)
CIDADES (Preço/Kg)
PRODUTO
BEIRA
MANICA
TETE
Grossista
Grossista
Grossista
Batata Reno Nacional
26.67
20.00
Batata Reno Importado
29.00
Tomate Nacional
15.00
11.50
25.00
Preço
Médio
%
23.34
0.5
29.00
0.0
17.17
0.3
Tomate Importado
0.0
Cebola Nacional
35.00
25.00
40.00
33.33
0.3
Cebola Importado
40.00
30.00
50.00
40.00
0.3
Batata Small
25.00
23.50
24.25
0.5
Batata Lilage
25.00
23.50
24.25
0.5
Batata Branca
120.00
0.0
Batata Escura
90.00
0.0
Batata Vermelha
90.00
0.0
Cenoura
80.00
50.00
Couve-Flor
45.00
Couve
40.00
25.00
Feijão Verde
30.00
25.00
Pepino
30.00
Repolho*
10.00
Tomate Calo jota
20.00
80.00
70.00
0.3
0.0
32.50
0.5
50.00
35.00
0.3
10.00
7.00
15.67
0.3
10.00
10.00
10.00
0.3
0.0
Melancia*
10.00
125.00
67.50
0.5
Abobora*
10.00
50.00
30.00
0.5
18.00
120.00
Aboborinha
30.00
Beterraba
Manga*
0.0
69.00
6.00
0.0
Alface*
Alho Nacional
Alho Importado
Beringela
0.5
0.0
80.00
80.00
80.00
0.0
100.00
0.0
50.00
0.0
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
31
Gengibre
150.00
0.0
* Os preços são por unidade.
De igual modo ao preço do produtor, a variação dos preços no mercado grossista, nas cidades em análise, fixa-se
também em 30 a 50%, sendo o maior destaque para a cidade de Tete que grande parte das hortícolas, oscilam
entre 150Mt e 7Mt/Kg. O preço mais alto é de Gengibre, 150Mt/Kg, seguido de Melancia e Batata Branca, a 125Mt e
120/Kg. Na Beira, o preço mais alto é de 80Mt/Kg de Alho Nacional e Cenoura, seguido de Couve-flor a 45Mt/Kg,
Couve e Cebola Importada a 40Mt/Kg. Em Chimoio o mais alto preço é da Couve, a 50Mt/Kg, seguido de Cebola
Importada a 30Mt/Kg e Feijão-verde a 25Mt/Kg.
Preço das Hortícolas no Mercado Retalhista(Fev.2014)
CIDADE (Preço/Kg)
PRODUTO
BEIRA
MANICA
TETE
Retalhista Retalhista Retalhista
Gengibre
Alho Importado
135.00
Beterraba
35.00
Preço
Médio
%
167.50
0.00
150.00
142.50 0.50
150.00
92.50 0.50
Batata Branca
150.00
0.00
Batata Escura
120.00
0.00
Batata Vermelha
120.00
0.00
110.00
97.50 0.50
100.00
86.67 0.33
90.00
0.00
Alho Nacional
85.00
Cenoura
90.00
70.00
Beringela
Couve-Flor
65.00
0.00
Cebola Importado
49.00
40.00
Couve
60.00
40.00
Feijão Verde
60.00
35.00
Aboborinha
80.00
56.33 0.33
50.00 0.50
65.00
53.33 0.33
60.00
0.00
45.00
40.00 0.33
Cebola Nacional
40.00
35.00
Batata Small
35.00
35.00
35.00 0.50
Batata Lilage
35.00
35.00
35.00 0.50
Tomate Nacional
35.00
27.50
Batata Reno Nacional
45.00
28.00
35.83 0.33
28.00 0.00
Pepino
35.00
20.00
16.25
23.75 0.33
Abobora*
60.00
20.00
60.00
46.67 0.33
Repolho*
37.50
20.00
17.50
25.00 0.33
Tomate Importado
37.50
37.50 0.00
Tomate Calo jota
37.50
0.00
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
32
Melancia*
60.00
25.00
Manga*
50.00
10.00
Alface*
80.00
Batata Reno Importado
175.00
86.67 0.33
30.00 0.50
0.00
0.00
* Os precos sao por unidade.
Os preços no mercado retalhista, estão estruturados da seguinte forma, em Tete, os preços são altos, atingindo
165Mt/Kg de Gengibre, seguido de Alho Importado, Beterraba e Batata Branca, todas a 120Mt/Kg, decrescendo. O
preço mínimo nas hortícolas é de 16.25Mt/Kg de Pepino. A Abobora, Repolho e Melancia, o preço por unidade é de
60Mt, 17.50Mt e 175.00Mt, respectivamente. Em Chimoio, com preços relativamente baixos em comparação com as
outras duas cidades centrais, Tete e Beira, os preços variam de 70Mt a 20Mt por Quilo. A cebola importada, o quilo
está a 40Mt/Kg em Chimoio, 49Mt na Beira e 80Mt em Tete. A cebola nacional o custo é de 40Mt, 35Mt e 45Mt, na
Beira, Chimoio e Tete, respectivamente.
Na Beira, o preço mais alto é da Cebola Importada sendo 135Mt/Kg, seguido de Cenoura a 90Mt/Kg e Alho Nacional
a 85Mt.
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
33
MOÇAMBIQUE
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
34
60
50
40
30
20
10
0
29-jan
06-jan
04-dez
Cebola
09-out
0
06-nov
20
12-set
Repolho
17-jul
26
14-ago
28
22
19-jun
30
24
24-abr
32
26
22-mai
Batata Reno Nac.
27-mar
34
28
29-jan
40
04-jan
23-jan
13-fev
06-mar
27-mar
17-abr
08-mai
29-mai
19-jun
10-jul
31-jul
21-ago
12-set
02-out
23-out
13-nov
04-dez
26-Dez
15-jan
04-jan
23-jan
13-fev
06-mar
27-mar
17-abr
08-mai
29-mai
19-jun
10-jul
31-jul
21-ago
12-set
02-out
23-out
13-nov
04-dez
26-Dez
15-jan
36
30
27-fev
60
04-jan
23-jan
13-fev
06-mar
27-mar
17-abr
08-mai
29-mai
19-jun
10-jul
31-jul
21-ago
12-set
02-out
23-out
13-nov
04-dez
26-Dez
15-jan
04-jan
23-jan
13-fev
06-mar
27-mar
17-abr
08-mai
29-mai
19-jun
10-jul
31-jul
21-ago
12-set
02-out
23-out
13-nov
04-dez
26-Dez
15-jan
32
04-jan
04-jan
23-jan
13-fev
06-mar
27-mar
17-abr
08-mai
29-mai
19-jun
10-jul
31-jul
21-ago
12-set
02-out
23-out
13-nov
04-dez
26-Dez
15-jan
 Sazonalidade dos Preços de hortícolas nos Mercados Retalhistas
De forma intuitiva pode retirar-se dos gráficos seguintes os níveis de preços e a sua oscilação nos mercados
monitorizados pelo SIMA (mercados informais e lojas comercias de retalho):
Preço de Hortícolas a Nível do Mercado retalhista (Mt/Kg)
BEIRA
Batata Reno Imp.
Tomate
80
60
40
20
0
Cenoura
100
80
60
40
20
0
MOÇAMBIQUE
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
35
29-jan
06-jan
04-dez
06-nov
09-out
0
12-set
50
14-ago
60
17-jul
100
19-jun
80
29-jan
06-jan
04-dez
06-nov
09-out
12-set
14-ago
17-jul
19-jun
22-mai
24-abr
Repolho
22-mai
Cebola
24-abr
150
27-mar
0
27-fev
10
27-mar
60
27-fev
40
29-jan
80
29-jan
30
04-jan
29-jan
06-jan
04-dez
06-nov
09-out
12-set
14-ago
17-jul
19-jun
22-mai
24-abr
27-mar
27-fev
29-jan
04-jan
50
04-jan
29-jan
06-jan
04-dez
06-nov
09-out
12-set
14-ago
17-jul
19-jun
22-mai
24-abr
27-mar
27-fev
29-jan
04-jan
04-jan
23-jan
13-fev
06-mar
27-mar
17-abr
08-mai
29-mai
19-jun
10-jul
31-jul
21-ago
12-set
02-out
23-out
13-nov
04-dez
26-Dez
15-jan
NHAMATANDA
Batata Reno Nac.
50
40
30
20
10
0
Tomate
20
40
20
0
Cenoura
40
20
0
MOÇAMBIQUE
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
36
12-set
09-out
06-nov
04-dez
06-jan
29-jan
06-nov
04-dez
06-jan
29-jan
14-ago
17-jul
19-jun
22-mai
24-abr
27-mar
27-fev
12-set
Cenoura
09-out
14-ago
0
17-jul
Cebola
19-jun
20
0
29-jan
04-jan
Repolho
22-mai
40
20
24-abr
60
40
27-mar
80
60
27-fev
80
29-jan
04-jan
23-jan
13-fev
06-mar
27-mar
17-abr
08-mai
29-mai
19-jun
10-jul
31-jul
21-ago
12-set
02-out
23-out
13-nov
04-dez
26-Dez
15-jan
60
50
40
30
20
10
0
04-jan
04-jan
23-jan
13-fev
06-mar
27-mar
17-abr
08-mai
29-mai
19-jun
10-jul
31-jul
21-ago
12-set
02-out
23-out
13-nov
04-dez
26-Dez
15-jan
29-jan
06-jan
04-dez
06-nov
09-out
12-set
14-ago
17-jul
19-jun
22-mai
24-abr
27-mar
27-fev
29-jan
04-jan
GORONGOSA
Batata Reno Nac.
50
40
30
20
10
0
Tomate
120
100
80
60
40
20
0
MOÇAMBIQUE
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
37
29-jan
06-jan
04-dez
06-nov
09-out
12-set
14-ago
0
17-jul
Cebola
19-jun
20
29-jan
06-jan
04-dez
06-nov
09-out
12-set
14-ago
17-jul
19-jun
22-mai
24-abr
27-mar
Repolho
22-mai
40
24-abr
60
27-fev
50
40
30
20
10
0
27-mar
0
29-jan
29-jan
06-jan
04-dez
06-nov
09-out
12-set
14-ago
17-jul
19-jun
22-mai
24-abr
27-mar
27-fev
Batata Reno Nac.
27-fev
10
29-jan
20
04-jan
30
29-jan
04-jan
23-jan
13-fev
06-mar
27-mar
17-abr
08-mai
29-mai
19-jun
10-jul
31-jul
21-ago
12-set
02-out
23-out
13-nov
04-dez
26-Dez
15-jan
40
04-jan
29-jan
06-jan
04-dez
06-nov
09-out
12-set
14-ago
17-jul
19-jun
22-mai
24-abr
27-mar
27-fev
29-jan
04-jan
50
04-jan
04-jan
23-jan
13-fev
06-mar
27-mar
17-abr
08-mai
29-mai
19-jun
10-jul
31-jul
21-ago
12-set
02-out
23-out
13-nov
04-dez
26-Dez
15-jan
CHIMOIO
Batata Reno Imp.
60
50
40
30
20
10
0
Tomate
60
40
20
0
Cenoura
80
60
40
20
0
MOÇAMBIQUE
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
38
30
25
20
15
10
5
0
Cebola
30
25
20
15
10
5
0
06-jan
29-jan
06-jan
29-jan
14-ago
17-jul
19-jun
22-mai
24-abr
27-mar
04-dez
0
04-dez
10
06-nov
20
06-nov
30
12-set
40
09-out
50
09-out
Tomate
12-set
14-ago
17-jul
Repolho
19-jun
0
22-mai
0
24-abr
10
27-mar
40
29-jan
30
27-fev
Batata Reno Nac.
27-fev
10
04-jan
50
29-jan
04-jan
23-jan
13-fev
06-mar
27-mar
17-abr
08-mai
29-mai
19-jun
10-jul
31-jul
21-ago
12-set
02-out
23-out
13-nov
04-dez
26-Dez
15-jan
20
04-jan
29-jan
06-jan
04-dez
06-nov
09-out
12-set
14-ago
17-jul
19-jun
22-mai
24-abr
27-mar
27-fev
29-jan
04-jan
40
04-jan
29-jan
27-fev
27-mar
24-abr
22-mai
19-jun
17-jul
14-ago
12-set
09-out
06-nov
04-dez
06-jan
29-jan
04-jan
23-jan
13-fev
06-mar
27-mar
17-abr
08-mai
29-mai
19-jun
10-jul
31-jul
21-ago
12-set
02-out
23-out
13-nov
04-dez
26-Dez
15-jan
MANICA (Vila)
Batata Reno Imp.
30
20
Cenoura
60
50
40
30
20
10
0
MOÇAMBIQUE
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
39
60
50
40
30
20
10
0
50
0
04-dez
06-nov
09-out
12-set
14-ago
17-jul
19-jun
29-jan
100
06-jan
150
29-jan
Cenoura
06-jan
04-dez
06-nov
09-out
12-set
14-ago
17-jul
22-mai
24-abr
27-mar
Repolho
19-jun
22-mai
Cebola
24-abr
27-mar
29-jan
0
27-fev
10
27-fev
20
04-jan
30
29-jan
29-jan
06-jan
04-dez
06-nov
09-out
12-set
14-ago
17-jul
19-jun
22-mai
24-abr
27-mar
27-fev
29-jan
04-jan
40
04-jan
29-jan
06-jan
04-dez
06-nov
09-out
12-set
14-ago
17-jul
19-jun
22-mai
24-abr
27-mar
27-fev
29-jan
04-jan
29-jan
06-jan
04-dez
06-nov
09-out
12-set
14-ago
17-jul
19-jun
22-mai
24-abr
27-mar
27-fev
29-jan
04-jan
TETE (Cidade)
Batata Reno Nac.
80
60
40
20
0
Tomate
120
100
80
60
40
20
0
ANGÓNIA
Batata Reno Nac.
25
20
15
10
5
04-jan
23-jan
13-fev
06-mar
27-mar
17-abr
08-mai
29-mai
19-jun
10-jul
31-jul
21-ago
12-set
02-out
23-out
13-nov
04-dez
26-Dez
15-jan
0
Tomate
Repolho
29-jan
06-jan
04-dez
06-nov
12-set
09-out
17-jul
14-ago
19-jun
24-abr
22-mai
04-jan
23-jan
13-fev
06-mar
27-mar
17-abr
08-mai
29-mai
19-jun
10-jul
31-jul
21-ago
12-set
02-out
23-out
13-nov
04-dez
26-Dez
15-jan
0
27-mar
5
29-jan
10
27-fev
15
04-jan
25
20
15
10
5
0
20
Cenoura
Cebola
80
60
60
40
29-jan
06-jan
04-dez
06-nov
12-set
09-out
14-ago
17-jul
19-jun
22-mai
24-abr
27-mar
27-fev
29-jan
04-jan
23-jan
13-fev
06-mar
27-mar
17-abr
08-mai
29-mai
19-jun
10-jul
31-jul
21-ago
12-set
02-out
23-out
13-nov
04-dez
26-Dez
15-jan
0
04-jan
40
20
0
20
ANÁLISE DOS PREÇOS AO LONGO DO CORREDOR DA BEIRA:




Verifica-se ao longo de todo o corredor uma sazonalidade marcante de subida de preços nos meses de
Dezembro e Janeiro, menos acentuada na Cidade de Tete e Angónia;
Os preços da batata reno são mais baixos em Tete e Angónia e tendencialmente nos restantes produtos;
Falha em diversos mercados mais rurais de abastecimento de cenoura e outros produtos;
Preços nos mercados mais rurais com alguma tendência para serem superiores aos das maiores cidades.
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
40
IX.
EMPRESAS RELEVANTES NA CADEIA DE VALOR DE HORTÍCOLAS NO CORREDOR DA BEIRA
POTENCIAL PRODUÇÃO POR CONTRATO
Na tabela seguinte apresenta-se a lista de empresas mais relevantes na cadeia de valor de hortícolas no Corredor
da Beira (não sendo exaustiva), não incluídas as empresas de distribuição a retalho.
Organização/ culturas/
produtos
Cd Empresa
Província/ Tipo de
Localização actividade
Contactos
Notas
INFLUENTES NO CORREDOR DA BEIRA
3
MozFer
Vanduzi,
Manica,
Moçambiqu
e, Estrada
Nacional no
7, PO Box
433
Chimoio,
Mancia
Gondola,
Manica
4
Mozseeds
Vanduzi,
Manica
5
LUSOSEM
Moçambique
Sede em
Maputo
6
Agrifocus
7
PANNAR
Vanduzi/
1 Mozfood
2 SEMOC
8
Green Belt
fertilizantes
de
Mocambique
piri piri,
babycorn,
vegetais
Manga,
cidade da
Beira
(Sofala),.
agricultura
comercial e
agroindustria
Carlos Henriques
(CEO), 82.3000710
carlos.henriques@mo
zfoods.com,
Malcolm
Austin
General
Manager Companhia de Vanduzi
SA Tel: (+258) 25 122754 Mob:
(+258)
84
3103001,
www.mozfoods.com
Fabrico de
fertilizantes
Investigação,
Multiplicação
e distribuição
de sementes,
incluído
hortícolas
Distribuição
de Sementes,
incluindo
hortícolas,
agroquímicos.
Ana Sofia Rodrigues
Fabrico de
fertilizantes
director John
Christle-Smith
(Porky), tel
82.8096106porky.cs
[email protected].
mz,
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
41
PROVÍNCIA DE SOFALA
Munguambe
10 e Filhos
11 Be-Fresh
12 SSS
Loja de
insumos e
distribuição
na província
de Sofala
Comércio e
preprocessamen Sr. António Martins, email to
antó[email protected]
Beira
Vegetais e
frutas
Manga,
Beira
Significant Site Services (SSS),
Dra. Salma Mussa 84.7539787;
[email protected] (director
Mocambique)
Chirs Meyer
[email protected] (director
South Africa)
Catering
PROVÍNCIA DE MANICA
Trans
Tembwe
14 Farm
principalmente
cereais e
leguminosas
Manica
Chimoio,
Manica:
Matsinho
_Antenas
Milho e Gado
12km
15 AusMoz
Fruteiras
13 Phoenix
FruitiManic
16 a, Lda.
17 Agrisa
Semente
Nzarayaper
18 a
Banana, Litchi,
Manga
Litchi e banana
fruta e campos
de ensaio
varietal de
batata para
producao de
semente
agricultura
comercial
agricultura
comercial e
criacao de gado
agricultura
comercial
Manica
Penhalon
ga 10 km agricultura
de Manica comercial
Manica
agricultura
comercial
Catandica,
Barue,
agricultura
Manica
comercial
Kevin Gifford, Manager,
82.6867529,
[email protected]
BILL CRESSWELL,
84.2686370transtembwefarm@yaho
o.com,
843055727
ISSUFO VALY,
a espera de financiamento
825011340, 82.5094110, de AgdevCo para produção
86.2818630
de batatas e tomate
Malcomm clyde wiggings,
825094110,842042990,m
[email protected]
Peter Waziway, 82.
5713699
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
42
19 MacsinMoz
Fruta:
Macadamia,
Citrinos,
Abacate e
BATATA
Manga, litchi,
RDI_Monthi abacate e
ananas
20 Hunter
Montesco
21 Limitada
22 Konade
Batata reno e
batata
semente de
batata com
sistema de frio
adequado
Horticultura
23 Lucite_fruta Fruticultura
Ago
Pecuária
24 Pegacho,
Hortícolas e
batata, animal
e derivados
Camba,
Sussunde
nga,
Manica
Agricultura
comercial
CHRISTO BREYTENBACH,
825662839,823435169,
[email protected]
om
Sussunde
nga,
Manica
Agricultura
comercial
MONTHI HUNTER
82.5095480,
[email protected]
Barue
Serra
Choa,
Manica
ao lado
do ISPM
Chimoio,
Manica
Manica
Manica
Principalmente
25 Panda Farm fruta e feijões.
26 Gani_EL
fruteiras
(mangueiras)
27 AgroMaco
Producao de
fejao preto e
outras
horticulas
Manica
Dombe,
Manica
Sussunde
nga,
entrada
via
chicamba,
Manica
Barue,
Manica
Monthi Hunter,
82.5095480
A companhia West life sul
Africana garante grande
parte da comercializacao
dos produtos.
Agricultura
comercial
Kota benade, 82.747363
promove actividades e
estagio para os estudantes
do ISPM, na area de
produção de hortícolas.
Agricultura
comercial
GASPAR Pascoal,
825795130,rio.lucite@gm
ail.com
Agricultura
comercial
Agricultura
comercial
Agricultura
comercial
Agricultura
comercial
29 Quitchine
fruteiras (litchi) Manica
agricultura
comercial
agricultura
comercial
agricultura
comercial
Unidade de
producao
30 gecua
fruteiras
agricultura
comercial
Farma luz
28 do sol
fruteiras
Lopes
Manica
Ilda PEGACHO.
825955440
Lukmann HASSAM,
Mafuia group,
825098000,lukman@tdm.
co.mz
a
empresa
pretende
construir camara de frio
mas esta condicionada a
fundos e instalação de
energia eléctrica.
Jac SMIT, 843200660
Samuel Guisado,
82.5012010
82.9268316, dono Sul
africanos
fejao preto e’ destinado
principalmente ao
mercados dos
consumidores brasilerios
em Moz,
82,597781
Sr.Mabatana, 82.3841878
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
43
Empresa de
fruta Pedro fruteiras
(mangueiras)
31 Paulino
Sociedade
Agostinho
fruteiras
32 Filipolis
33
34
35
CZ –
Companhia
de Zembe
n.d.
n.d.
n.d.
36
37 n.d.
Manica
agricultura
comercial
Hortícolas
n.d.
n.d.
n.d.
Zembe,
GondolaManica
n.d.
n.d.
n.d.
agricultura
comercial
Agricultura
comercial,
distribuição de
insumos e
sistemas de
irrigação (iDE)
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
Manica
Pedro Paulino Dombe,
82.5013390,
fruteiras/manga
82.9909204/82.3215800
SHAWNE BOTHA
GLEN MORGAN
ROMANO
PETER TOMPSON
PROVÍNCIA DE TETE
Farm
38 Fresh_
Hortícolas
TETE
catering_agro
processamen Shaun cafood,
to
84.4957103
TETE
catering_agro 843617857 email:
processamen brianm.vazal@gmail.
com.
to
Não utiliza nenhuns produtos
importados. Pretende que
exista maior diversidade de
produtos produzidos
localmente.
n.d.
Brian Mukaira
Vazal
39 Logistics
Hortícolas
40 ISC
Hortícolas
TETE
Catering da
Vale
Paula
Marques
82.3076535,
paula.marques@vale.
com
41 SERVICO
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
Lista de potenciais empresas já instaladas para desenvolver esquemas de outgrower com associações de
camponeses e/ou individualmente com produtores emergentes, no sector de hortofrutícula ao longo do
corredor da Beira:









Vanduzi
Be-Fresh
SSS
Farm Fresh
VAZAL Logistics
ISC
Fábrica de Tomate e Refrigeração de Tica
ISC
SERVICO.
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
44
X.
CARACTERIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO
Neste capítulo será apresentada a composição dos produtores por província, sua caracterização e organização.
Em termos de número de explorações agro-pecuárias verifica-se que no Corredor da Beira se situam cerda de 48%
do total de explorações de média dimensão (4 a 10 ha; ou mais de 10 cabeças de bovinos), quando o Corredor
representa cerca de 24% do total de explorações agro-pecuárias do país. Também em termos de número de
“grandes” explorações o Corredor situa-se ligeiramente acima da média.
Explorações Agro-Pecuárias (Nº) - 2008
Província
Pequenas Médias Grandes
Total
269.576
1.595
80 271.251
Sofala
99,4%
0,6%
0,0%
100%
262.692
2.744
53 265.489
Manica
98,9%
1,0%
0,0%
100,0%
367.977
8.064
96 376.137
Tete
97,8%
2,1%
0,0%
100,0%
900.245
12.403
229 912.877
Total Corredor 23,7%
48,3%
27,2%
23,8%
Total do País
3.801.259
25.654
841 3.827.754
Fonte: www.countrystat.org.mz
XI.
CUSTOS DE PRODUÇÃO
Foram elaboradas e/ou adaptadas cartas tecnológicas e análises de rentabilidade por hectare, para os principais
hortícolas produzidos procurados no corredor da Beira, as quais se apresentam em anexo. É de salientar que os
pressupostos adoptados aplicam-se a produtores de pequena escala orientados ao mercado e produtores
emergentes (e não a produtores comerciais) e a condições agro-climáticos e tipos de solos “médios” (a análise da
rentabilidade para efeitos de decisão de investimento pelo produtor ou de concessão de crédito, deve ser
aprofundada para a localização especifica, condições específicos do produtor e época do ano).
Na tabela seguinte apresenta-se o resumo da informação financeira para 3 culturas de hortícolas:
Cultura
Custo Produção
Rendimento/há
(MzN)
PV/Kg (MzN)
Feijão Verde
96.559,48
12.000
Tomate
71.619,54
22.500
Batata Reno
160.239,38
20.000
(*) – Só estão considerados juros nos custos do tomate (20%).
20,00
15,00
15,00
Receita (MzN)
240.000,00
337.500,00
300.000,00
Lucro Liquido
LL/RT
(*)
143.440,52
265.880,46
139.760,62
60%
79%
47%
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
45
XII.
CUSTOS LOGÍSTICOS E OPERADORES
Relativamente aos custos logísticos, devem ser considerados os seguintes:
Transporte Ferroviário (informação a completar)
A Linha ferroviária de Machipande não é actualmente utilizada para transporte de hortícolas, mas foi usada no
tempo colonial. A linha é constituída 50 apeadeiros ao longo de 317 Km, percorridos em cerca de 12 horas entre a
cidade da Beira e Machipanda. Este número de apeadeiros potencia a movimentação de produtos agrícolas além de
pessoas.
Actualmente a frequência diária de comboios oscila entre 1 e 2, mas tem potencial para 3-4. Os CFM têm
investimentos em curso para melhorar as carruagens e a longo prazo está planeado aumentar de 1 linha para 2
linhas, aumentando a velocidade de circulação.
O tarifário actual (desde Abril 2014) por Tonelada no percurso Beira-Machipanda são 30,55USD.
Transporte Rodoviário (informação a completar)
Segundo informações de comerciantes/transportadores informais e formais (Befresh) entrevistados, foram apurados
os seguintes custos de referência:
Custo de transporte de hortícolas do mercado grossista de Zimpeto em Maputo até à Beira é de (cerca de 1.200
km):
 4,00 mts/kg batata, cenoura, cebola
 5,00 mts/kg tomate
Custo de transporte (Na Zona centro por distancia ate' 400-500 km)
 0,5 mts/kg cada –por 100 km
Do momento não existe na ASTRO transportadoras de cargas especializadas para produtos agrários como
horticultura, fruticultura.
Lista de Transportadoras de carga da ASTRO (associação dos transportadores rodoviários de carga de
Sofala
Empresa
Endereço
1 Cadeia de Frio Mocambique, Lda
Rua Ulterois Quionga- Munhava- tel. 23355050
2 FAZ, Lda
EN6 - Chamba
3 Inter Global, Lda
Rua Ernesto Vilhana
4 M F Transportes
Rua de Estremaduras- Pioneiros
5 Sol e Mar, Lda
Auto Estradas Pioneiros- Rua Algarves- 23323643/ 23320793
6 T. Abdul Magid Nizamudine
Av. Armando Tivane
7 T. Alberto Argentino Elias
Av. Martires de Revolucao
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
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19
T. Alberto Danhenhua
T. Chun Liu
T. Express Trucking, Lda
T. Faizal Abdul Gani
T. Jonas Mauricio Jone
T. Lossane Avelino
T. Mussa Ismail Sulemane
Transir Logistics, Lda
Transportes ACAI
Transportes Elson
Transportes Nobre
Unicargo
Av. 24 de Julho -9 Bairro
EN6 Manga- Chamba
Av. Centro Comercial- Macuti
Rua Rios de Sena
Vila Massane - Manga
Chemba
Auto Estrada- Descida de Nhangao
Av. General Vieira da Rocha
Pioneiros- Rua Algarves
Rua Mouzinho de Alburquerques
Rua 14- Bairro da Manga
Rua Costa Serrao, Bairro do Chaimite, tel. 23903247
NB.:
 Estas transportadoras transportam produtos diferenciados.
XIII.
CONSTATAÇÕES,
OPORTUNIDADES,
CONSTRANGIMENTOS
ACTUAIS
AO
DESENVOLVIMENTO DA CADEIA DE VALOR DE HORTÍCOLAS




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


O sector da horticultura ainda apresenta grandes constrangimentos com diversas oportunidades para
futuros investimentos ao longo de toda a cadeia de valor.
No sector produtivo existem altas potencialidades de desenvolver modelo de produção tipo outgrower
(subcontrato);
Mais de um Milhão de USD em de vegetais frescos são importados cada mês (fonte: dados dos agentes
alfandegários), Setembro 2013.
A SEMOC, única uma fabrica/unidade de produção de semente de batata em funcionamento (em Téte
encontra-se outra de menor dimensão em fase de instalação) apresenta imensas lacunas de gestão, e
portanto as sementes são na sua maioria são importadas de vários países tal como, Holanda, RSA,
Portugal entre outros.
Existe uma forte evidência de agro-negócios em investir na época quente com variedades melhoradas e
tolerantes as altas temperaturas e humidade, e de diversificar os produtos tradicionais com novas culturas
tais como pepino, beringela, rabanete, devido a demanda crescente por parte dos operadores do sector
mineiros.
Câmaras frigoríficas instaladas no capital provincial de Sofala, com capacidades de conservar 40 m3 de
vegetais, ainda não operacionais, mas que está previsto ter gestão privada.
A Instalação de estufas de sombreamento com sistema de rega, permite produzir plântulas e ter produção
de vegetais durante a época quente mesmo praticando as culturas mais sensíveis (IAC, IIAM....), em
particular nas zonas com temperaturas mais elevada tal como Nhamatanda, Tica e Beira.
A maioria das hortícolas continua a ser comercializada pelo sector informal e com ausência de
processamento primário.
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
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


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

O acesso ao crédito pelos produtores de pequena escala e produtores emergentes é praticamente
inexistente no país e quando possível em geral as condições não são viáveis para os produtores.
Know-how e transferência de tecnologias é essencial para melhorar as produções de produtos de nichos e
outros) e portanto é necessário identificar actores que possam garantir a devida assistência técnica de
forma a aumentar a planear a produção ao longo do ano de forma continua e consistente, aumentar as
produtividades e reduzir as percas por colheitas, e instruir sobre as formas de
manuaseamento/embalagem.
utilizar as economias de escala de cooperativas/associações e a oportunidades de mercados oferecido
pelo crescimento da industrias mineiras na provincial de tete, mas também no porto da Beira.
Com a excepção de Vanduzi (processamento de nível primário, em fresco), não existem agro-indústrias de
hortícolas desenvolvidas a nível do centro do Pais.
Existem potencialidades de agro-indústria crescentes tal como produto fresco, batata (as produções ainda
não são suficientes para satisfazer a demanda e a uma tendência populacional a crescer; O Governo da
Província de Sofala, esta a financiar a construção de uma unidade agro-industrial no PA de Tica distrito de
Nhamatanda, destinada a produção de polpa de tomate (ver detalhe nos capítulos seguintes)
O distritos de Angónia e Tsangano na Provincia de Tete, contribuem por mais de 70% da produção de
batata no Pais, e seria interessante a realização de um estudo de viabilidade e verificar que é rentável e
sustentável de desenvolver a agro-indústria de batata, cenoura, feijões e cebola.
Concentrar as acções nas empresas que queiram desenvolver modelos de outgrower tal como Vanduzi,
Farm Fresh, Vazal, Fábrica de processamento de tomate de Tica (em fase de instalação) e focalizar as
actividades de créditos aos actores que já possuem infra-estruturaras, organização, assistência técnica e
viabilidade e acesso aos mercados.
RESUMO DOS CONSTRANGIMENTOS DO SECTOR FAMILIAR E ASSOCIAÇÕES DE CAMPONESES NA
PRODUÇÃO DE HORTÍCOLAS NO CORREDOR DA BEIRA12
Código
Factor chave
Principais aspectos críticos para o sucesso da produção de
hortícolas
A
Extensão
Os produtores de pequena escala, mesmo os orientados ao mercado e
emergentes, utilizam na sua grande maioria práticas tradicionais de
maneio agrícola, não estando preparados para a utilização de
inputs/insumos adquiridos a crédito, por não conseguirem obter
acréscimos de produtividade que compensem o investimento. Os
serviços públicos de extensão são escassos (os da rede pública são cerca
de um extensionista para mais de 3.800 produtores cada; e a rede
privada de empresas concessionárias e ONG´s perfaz em média o
mesmo número de extensionistas que o estado, cerca de 1.000 no País,
baixando a média nacional para cerca de 1.900 produtores por
extensionista). A rede de extensionistas das ONG´s não é estável por
depender de financiamentos de programas de desenvolvimento cíclicos.
B
Inputs/Insumos
Os produtores têm dificuldades de ter acesso a credito, e quando
12
Listas de associações de produtores por província são apresentadas em anexo.
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
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C
Volumes/Fornecim
ento
Regular/Qualidade
D
Preços
E
Sazonalidade
F
Pesticidas
G
H
Crédito
Infra-estrutura e
ambiente de agronegócios
I
Agro-ecologia
J
Cumprimento de
contratos
conseguem os juros aplicados pelas instituições de finanças são altos, e
isto dificulta a aquisição de inputs necessários para aumentar a
produção e produtividade. Esta limitação e a falta de dinâmica geral dos
fornecedores de insumos e tecnologias existentes no País, que
procuram apenas satisfazer a procura dos concursos públicos e das
grandes empresas concessionárias (Cana de açúcar, algodão e tabaco),
fazem com que praticamente existam apenas lojas de insumos e
tecnologias nas capitais de província. Os fornecedores de âmbito
nacional estão aliás apenas presentes em Maputo, ou nalguns cados na
Beira e Nampula. O Acesso a insumos e tecnologias é por isso também
uma grande limitante à sua adopção pelos produtores.
Os produtores têm dificuldades de abastecer regularmente os
compradores, e portanto torna difícil oferecer um serviço de qualidade
aos mercados exigentes. A produção apenas na 2ª época, o reduzido
uso de insumos e irrigação e o não acesso a serviços de extensão faz
com a que a produção seja reduzida e irregular.
Os preços aplicados nos produtos moçambicanos são frequentemente
mais elevados ou iguais (com menor qualidade) aos produtos
importados do Zimbabwe e RSA.
A produção local de hortícolas decresce durante a época chuvosa se
comparada com a época fria.
O uso de pesticidas de forma inapropriada e abusiva comporta
resistência de pragas e doenças como também encarece os custos de
produção e danos ambientais.
O empréstimo na área de hortícolas é considerado de alto risco, e os
produtores tem fraco conhecimento de gestão de crédito para garantir
o sucesso do reembolso.
Falta de barragens e diques, estradas melhoradas e asfaltadas, pontes e
pontecas, acesso a energia eléctrica, e políticas favoráveis não
impulsionam o desenvolvimento da produção de hortícolas.
Apesar das condições agro-ecológicas favoráveis, a alta frequência de
cheias durante a época chuvosa em muitos dos distritos maiores
produtores de hortícolas provoca percas devastadoras e produções
nulas.
Verifica-se em geral um muito baixo entendimento do significado dos
contratos e a necessidade de serem respeitados, como forma de
aumentar a confiança de potenciais empresas fomentadoras e das
próprias instituições de crédito. Os baixos níveis de produtividade, a
necessidade de aproveitar todas as oportunidades imediatas para
aumentar a renda disponível para a família explicam parcialmente esta
realidade (side selling).
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
49
XIV.
PROJECTOS ÂNCORA RELEVANTES PARA A CADEIA DE VALOR DE HORTÍCOLAS
Nos últimos anos têm-se instalado ou estão em fase de instalação diversos projectos que têm e terão impacte
estruturante no sector agrícola e em particular na cadeia de valor dos hortícolas no Corredor da Beira. Apresenta-se
a identificação destes projectos:
1. GERAL





VANDUZI: a empresa tem vindo a aumentar das vendas para o mercado nacional, nomeadamente a
empresa de Catering de Tete, Beira e Pemba, necessitando assim a alargar a gama de produtos hortícolas
produzidos. Esta estratégia de reduzir a dependência do mercado externo, levou a empresa em 2012 a
contratar um estudo sobre oportunidades de reintroduzir ou expandir o recurso ao outgrowing. Questões de
limitação de terras disponíveis, distribuição e redução do risco poderão levar a empresa a aumentar a
produção por contrato.
Projecto agrícola da Portucel em Manica: Esta empresa tem em execução o plano para utilização de
cerca de 20.000 para produção de alimentos em parceria com empresas privadas e comunidades dos
distritos onde está implantada;
Parque Agro-Rural e Mercado Grossista em Caia: infra-estrutura de grande impacto na região estando
logisticamente bem localizada entre Tete-Beira-Chimoio-Quelimane. Situação na EN 1, no triângulo entre
Cheringoma, Marromeu e Caia. Na 1ª Fase são 10 hectares totalmente infra-estruturados para alugar a
empresas agro-industriais e contará com alguns projectos âncora iniciais em regime de PPP,
nomeadamente o denominado “Mercado Grossista de Caia”. Prevê-se processar e comercializar cerca de
10.000 Toneladas/ano de vegetais no prazo de 3 anos. O investimento pela ADVZ já iniciou a fase
preparatória.
ECA: Empresa situada em Barrue, é participada pela AgDevCo e financiada pelo BAGC. Na corrente
campanha abrangeu 2.200 pequenos produtores e tem perspectivas de expandir na próxima para 4.000
produtores. Tem promovido essencialmente a produção de milho (90%), e a soa e gergelim. A sua acção
poderá ser estendida para culturas de 2ª época, nomeadamente hortícolas.
Fábricas de Arroz no Buzi e Dondo: Investimento chinês já em implementação que se prevê seguirá o
modelo WAMBAO no Xai-Xia, alavancando know-how e rendas dos pequenos produtores, que ficarão
assim melhor preparado para investir na produção de hortícolas na 2ª época.
2. EMPRESAS DE CATERING (ACTIVIDADE, MEIOS, PRODUTOS, MERCADOS)
 SOFALA
“B-FRESH”
A B-fresh é uma empresa que comercializa produtos de horto-fruta, peixe e frangos, recentemente constituída (Abril
2013), esta localizada no bairro Maquinino, Beira.
Futuramente, pretende abrir sucursais em Tete e Nacala.
Possui 12 trabalhadores, entre motoristas, trabalhadores da loja, marketing.
Possui 2 camiões de 7 t e 13 t com contentor .
A B-Fresh não faz processamento dos produtos hortícolas que adquire e vende os produtos frescos.
A B-Fresh compra produtos com várias entidade de produção /comercialização como:
 Horta-boa no distrito de Moamba (Batata e Cebola) MAPUTO
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
50
 Casa das frutas (Uvas e Pêra) BEIRA
 Importação do Vizinho Zimbabwe (Morango, Melância, Laranja),
 Sr. Raine B, sul africano com farma em Gorongosa, providenciava regularmente Tomate, Beterraba,
Cenoura, Pimento, mas actualmente não esta mais a produzir e, portanto a fornecer, pela tensão politico
militar que se vive naquele Ponto do Pais.
 Vendedoras informais que trabalham no mercado do Maquinino principalmente na época de fresca e de
pico, providenciam diversos produtos principalmente, tomate, pimento e repolho, proveniente de vários
pontos: Chimoio, Gorongosa.
 Sr. Cau Ckinton fornece exclusivamente alho de proveniência da China;
B-Fresh não tem contrato de compra e venda mas apenas forma de parceria e entendimento verbal.
Principais culturas de nicho de hortícolas vendidas:
PEPINO
Evidenciou a experiencia negativa sobre a sua produção de “PEPINO”. Em prática, segundo a sua recente
experiencia, o mercado da Beira, nao conseguia consumir (ou com muita dificuldade) os 500 kg de pepino que ele
providenciava por dia, na qualidade de produtor/vendedor grossista. Mencionou que do ponto de vista da produção
não encontrou dificuldades em termos de adaptabilidade e rendimento, mas que o no de estrangulamento foi a fraca
demanda de mercado da Beira, e que claramente desincentiva a produção em larga escala.
MORANGO
O principal fornecedor de morango é o Zimbabwe, mas a distância e o tempo que leva o produto para chegar no
mercado da Beira, já se apresentar na fase final de conservação. Portanto, se ele não consegue vender em 2 dias o
produto é perdido. Por isto, não opta pela comercialização do morango. Portanto, as quantidade adquiridas por
semana são irrisórias se comparadas aos outros produtos; Em particular lamentavas as condições de viabilidade
(estradas cheia de buracos) que provocam percas da qualidade dos produtos transportados e aos próprios meios.
Em particular, evidência que estaria interessado na compra de morango numa localidade vizinha mas para tal é
necessário que os produtores tenham condições infra-estruturais (estufas e sistemas de rega) para produzir um
produto de qualidade e regularmente.
MELÂNCIA
O caso da Melancia, é mais promissor sendo que consegue vender ate’ 1 tonelada por dia durante a época quente
fornecendo directamente a Shoprite e 200 kg vende ao publico directamente no próprio estabelecimento. Também a
sua experiência privada na qualidade de produtor constatou que a “Melancia” é uma cultura pouco exigente em
termos de tratamentos culturais e relativamente fácil transportar.
Entre outras experiencia pilotos de produção/venda de “hortícolas de nicho” conta com a Beringela, Rabanete, mas
nao foram bem sucedidas por falta de um mercado atractivo.
Por outro lado, encorajou a produção no corredor da Beira, dos produtos hortícolas “tradicionais” tal como Batata,
Cebola, Tomate, Cenoura, Feijões e Repolho, embora não negou as dificuldades em termos de produção e
produtividades para um farmeiro (médio empresário), mencionados entre os principais problemas, a fraca qualidade
de semente (sobre tudo batata), gestão dos recursos humanos, alta custos de produção (se não tiver energia
eléctrica a alimentar o sistema de rega), sistema de conservação, e mais de todos Roubos.
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
51
Hoje em dia, os produtores locais não conseguem garantir um produto de qualidade e regularmente e, por isto, os
grossistas/comerciantes de horto-fruta, recorrem principalmente a produtores/comerciantes zimbabweano que
providenciam a mercadoria com leve flutuações de preços, alta qualidade e periodicamente.
Ainda, os mercados locais são muito especulativo e fica difícil estipular acordos/ou contractos de compra-venda,
coisa que não acontece com os fornecedores zimbabweanos. A titulo de exemplo, os fornecedores zimbabweanos
fornecem semanalmente 2 t de feijões.
Estima-se empiricamente que a quantidade media de batata consumida no mercado da Beira é estimada por 100
t/week, e a de Tomate 210 t/week
A Be-Fresh, informou ainda que pela determinação do preço de venda tem em conta principalmente os preços de
mercado de Zimpeto/Maputo, mas também os mercados principais da Beira/maquinio. Importante considerar que o
frete para transportar os produtos hortícolas (ex.batata, cenoura,cebola) é de 4 mts/kg e que no caso de tomate é
5mts.
“SSS - SIGNIFICANT SITE SERVICES Catering Services”
A “SSS” é a única empresa formal de catering que esta baseada na Beira, com escritórios e uma cozinha no bairro
da Ponta Gea, a oferecer serviços de catering.
Oferecem principalmente serviços de refeições (pequeno almoco, almoco e jantar) aos trabalhadores da empresa
CORNELDER que operam no Porto da Beira.
Actualmente, servem 600 trabalhadores com 2 refeições por dia: almoco e jantar.
Indicativamente, duranta a última semana, que precede a entrevista, utilizaram as seguintes quantidades de
vegetais e fruta: Repolho 200kg; Cenoura 70kg; Cebola 116 kg; Laranja 323 kg; maçã 3.800 Unidades (11.mts x Un.
Importadas da RSA)
O Gasto por dia (2 refeições) Pepino 25-30 kg; Abóbora 40-50 kg; Alface ou Repolho 40 kg/por dia; cenoura 25 kg.
O aprovisionamento dos produtos horto-fruta é feito através um intermediário local que tem os contactos directo com
os produtores e/ou fornecedores.
SSS, mostrou interesse em ter ligações directas com pequenos produtores da zonas verdes desde que possam
servir regularmente a quantidade crítica de produtos horto-fruta necessárias para satisfazer a demanda das
refeições.
A SSS reclama a dificuldade em encontrar no Mercado local e a um preço acessível e quantidade suficiente e
regulares, beterraba, beringela, pepino, pimento, nabo, rabanete, feijão verde.
Frisa que a abertura da “caixa 13” do porto da Beira, previsto no primeiro semestre do 2014, irá triplicar a demanda
de refeições e portanto de produtos hortícolas.
Relativamente às potencialidade de desenvolver a cadeia de valor de melancia para o sector de catering, a empresa
diz que se trata de alimentos difíceis para ser utilizados em catering, sendo que os consumidores habituais dos
refeitórios (trabalhadores) tem pouco tempo a disposição, e alem preferem “fruta tradicionais”.
 TETE
“VAZAL LOGISTICS”
As instalações de Compras / Armazenamento e Distribuição de hortícolas da Vazal, está
situado atrás “Major Drilling”, e está aberto de segunda a sexta-feira 8,00-16,00 e manhãs de
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
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sábado 8,00-13,00.
Oferece suporte ao negócio de exploração mineira. Sob a marca "Caldo Verde", Vazal fornece
frutas e legumes para encher o produto fresco vazio em Tete, que ele também precisa de
cumprir os seus contratos de gestão do acampamento. Vazal Logística atualmente importa a
maior parte de nossa produção da África do Sul, uma ou duas vezes por mês, e do Zimbabwe,
mas 85% da produção é proveniente de Vanduzi (pimento vermelho e amarelo, repolho,
brócolo, couve-flor, batata, ervilha, etc ). No mercado de Tete, Kwatchena, geralmente eles
compram, alho, pimentão, repolho, alface pequeno, squash, tomate.
Vazal logística tem a maior, sempre bom, variedade de frutas e legumes em Tete, com tudo de
kiwi com morangos e brócolis para cogumelos. E durante o verão, a vontade gama de produtos
incluem vegetais mais exóticos e ervas. Na verdade, o que temos observado durante a visita
foram uma grande variedades de produção.
Vazal está fornecendo vegetais aos trabalhadores de três empresas de perfuração trabalhando
no setor de mineração de Moatize. Os volumes de vegetais comercializadas semanalmente
declarados é uma gama de 5,000-10,000 kg de produto vegetais por semana.
De qualquer forma, parece estar muito interessada em parceria e pela produção por contrato.
Segundo a empresa, sugere-se a promover a nível local, onde é ago ecologicamente possível,
ervilhas, curgete, aipo, pimentão amarelo e vermelho, alho, melancia, brócolo, couve-flor e
alface *
É desejado para comprar mais produtos localmente, com o envolvimento de pequenos
agricultores nas províncias de Tete.
(*) Os agricultores em Tete (e, geralmente, em Moçambique) usam para colheita da alface,
quando ainda está em uma fase de crescimento, mas maduro o suficiente para ser vendido no
mercado. Desta forma o agricultor evita roubos e tem um pagamento rápido; Mas, há um novo
mercado crescente nicho que está exigindo “alface iceberg”.
“IS_CATERING VALE”
A Senhora Paula Marquez, se ocupa na organização logística e culinária para garantir as refeições aos
trabalhadores da empresa “Vale de Moçambique” no distrito de Moatize.
Alguns dados sobre as quantidades de hortícolas consumidas diariamente para as refeições desta empresa:
o couve – 150 kg ( crua), 200 kg ( cozida ou refogada)
o tomate ( salada) – 200 kg
o cebola ( tempero) – 60 kg
o beringela ( salada cozida) – 150 kg
o quiabo ( vegetais ou na salada cozinha – 130 kg
o cenoura ( salada ralada ou cozinha) – 100 kg
o pimentos verdes – 50 kg
o pimentos vermelhos – 30 kg
o alho – 5 kg
o pepino – 70 a 80 kg
o beterraba – 100 kg
o alface - 100 kg
o repolho (salada crua) – 100 a 120 kg
o feijão verde (salada cozida) – 100 kg
o Abobora ( cozida) – 130 kg
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
53
Essas são as hortícolas que mais usam e também porque encontra-se facilmente no mercado moçambicano.
Os principais fornecedores são: a) Rute da cidade de Tete, b) Fazenda de Moatize (tete); 3) Masvic (cidade de
Tete) Frutas de Ouro ( cidade de Tete, só fruta e não hortícolas);
A senhora Marques refere que nenhum produto é proveniente do Zimbabwe.
Questionada sobre o consumo de melancia e morango, refere ser insignificante, tendo só servido uma vez no ano.
O morango é interessante como produto mas é caro e portanto usam raramente, nomeadamente só como coffee
break executivo.
O pepino, por outro lado e’ consumido com frequência: 3/4 vezes por semana;
A Senhora Marques, encoraja para que o BOM financie a produção das horticulas que a Vale mais consome e
estudar formas de parcerias principalmente para a produção dos produtos mais consumidos tal como Tomate,
cebola, cenoura, pepino, beterraba, alvo, couve repolho, alface e pimento verdes.
3. FÁBRICA DE PROCESSAMENTO INDUSTRIAL DE TOMATE EM TICA
Empreendimento em fase inicial de construção uma unidade de agro-processamento, localizada no Posto
Administrativo de Tica, Distrito de Nhamatanda.
Este empreendimento esta a ser financiado pelo governo de Moçambique, e esta orçado por aproximadamente
500.000 usd (300.000 usd para a construção do o edifício principal e 200.000 usd para a aquisição dos
equipamentos e acessórios).
A Unidade fabril prevê uma parte dedicada ao processamento de tomate (polpa) e outra para o sistema de frio. A
subunidade de agro-processamento terá uma capacidade de 1.5 – 2 t por dia de tomate em polpa. O sistema de frio
de uma capacidade de 7.000 kg e garante uma conservação até 150-180 dias).
A localização da fábrica no Posto Administrativo de Tica, justifica-se por ser estrategicamente bem localizada e com
produtores com experiência na produção de hortícolas e tomate em particular, e maiores produções a nível de
Sofala e perto do Mercado principal da beira.
A Gestão da Unidade Fabril, será do tipo Privada, e adjudicada através de concurso público.
Estima que a construção da unidade irá terminar em Agosto e o seu funcionamento no fim do presente ano.
Ainda informou, que a Cooperação Austríaca irá financiar equipamento de rega gota a gota para as associações de
produção de hortícolas da província Sofala, em particular o distrito de Nhamatanda, para aumentar o nível de
produção e produtividade e garantir as produções ao longo de todo o ano.
Também, será organizada uma troca de experiência com Cabo Verde, Pais que possui larga experiência neste
sector, como forma de aperfeiçoar os conhecimentos das associações de produtores na área de gestão do sistema
de rega e produção de hortícolas,
Entre outras intervenções, prevê-se reabilitar o Mercado Hortícola do mesmo Posto Administrativo.
FORTES
MATRIZ SWOT – FÁBRICA DE PROCESSAMENTO DE TOMATE EM TICA
OPORTUNIDADES
produtores interessados em participar na produção de
hortícolas tomate
Os mercados locais de vegetais dependem
muito de importação de produtos durante a
maioria do ano
produtores organizados em associações/cooperativas
Existência de projectos para garantir
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
54
assistência técnica e acesso ao crédito a
nível dos produtores e outros actores da CV
Proximidades entre os campos de produção e unidade fabril
a erguer
Condições climatéricas favoráveis durante a
maioria do ano, e possibilidade de iniciar a
desenvolver uma agro-indústria na zona
centro
Aumento de postos de emprego e desenvolvimento
socioeconómico da região
Potencialidade de abastecer os mercados ao
longo do corredor da Beira
FRAQUEZAS
Falta de semente de qualidade para desenvolver
rapidamente uma agro-indústria de processamento de
tomate
AMEAÇAS
Altas temperaturas e humidade excessivas
promove a difusão e ataques de pragas e
doenças, com maior incidência na 1ª época.
Os produtores têm fracos conhecimentos das operações e
técnicas de cultivo
Dependência de equipamentos e material de processamento
importado
Dificuldade em encontrar localmente gestores qualificados
com capacidades de gerir uma unidade de agroprocessamento
XV.
Altos custos de produção se comparado com
os vizinhos Países da SADC que também
participam ao abastecem dos do corredor da
Beira
PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO E FONTES DE FINANCIAMENTO DISPONÍVEIS NO
CORREDOR DA BEIRA
Os programas de desenvolvimento que directamente beneficiam a cadeia de valor de hortícolas e promovem o
desenvolvimento integrado e sustentável da cadeia de valor:




Relançamento do PADR: Reforço de equipa em Março 2013, relançamento de concursos com novos
cadernos de encargos para os projectos âncora;
FINAGRO (financiamentos até $100.000,00 para empresários locais) arranca em início de Março com
abordagem muito prática;
BAGC/AgDevco: Tem nova administração e direcção procurando apoiar mais empresas tipo ECA em
outgrowing e ingrowing e outros modelos inclusivos que envolvam os pequenos produtores;
PROIRRI – Componente hortícolas está em implementação em Manica;
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
55










XVI.
PRESP II – Abrange as províncias de Sofala, Manica e Zambézia, tem Sede na Beira e financia projectos
privados de todas as actividades ao longo das Cadeias de Valor, com crédito bonificado e matching grant;
GAIN: Financiamento para projectos inovadores na área nutricional;
Programas da ADVZ: PIPE; Desenvolvimento do Sector de SEMENTES; F. Catalítico; GROWTH POLES;
Financiamento ao GAPI para capacitar associações produtoras de arroz na Zambézia; Centros de
prestação de serviços agrário; Projecto para a criação de clusters de produção de hortícolas junto aos
mercados urbanos nas quatro províncias do Vale do Zambeze e potenciação da maior produção nas zonas
rurais:
MAD II – Desenvolvimento de Agrodealers em Manica, Tete, Sofala e Zambézia;
AGRO-INVEST (AGRO-EMPREENDER E AGRO-GARANTE): Programa holandês para desenvolvimento
de cadeias de valor em todo o país, lançado em 2013, tem linhas de crédito para microempresas, fundo de
garantia para PME´s (cerca de 13 milhões de USD) a ser usado por via dos bancos comerciais e
componente de BDS;
AGRIFUTURO: Programa da USAID extendido para 2014, abrange as Porvíncia de Manica e Tete. Apoia a
ligação de associação com empresas comerciais;
Rotary International&Club Rotary Beira: Formação de ADAs (Agentes de Desenvolvimento de Agronegócio)
como empresários que prestam serviços de AT/Extensão integrados aos produtores, os quais são
remunerados em função de comissões das vendas que conseguem promover de insumos e tecnologias,
honorários, comissões da facilitação de microcrédito com sucesso e comissões pela agregação, controlo de
qualidade e controlo de “side selling” pagos pelas empresas compradores, em fomento ou sem fomento;
PRODEL: Desenvolvimento de Cadeias de Valor, financiado pela EU, iniciado em 2013 e abrangendo
Sofala, Inhambane e Gaza;
PROECOM – Projecto do MIC, abrangendo Sofala;
MIPP – Programa Piloto de Irrigação de Pequena Escala em Messica (Gondola-Manica. Messica é na
província de Manica uma área muito produtiva de hortícolas, abastecendo a cidade do Chimoio.
ANÁLISE DA CADEIA DE VALOR HORTOFRUTÍCOLA
Análise conjuntural:
Relativamente às expectativas de crescimento do mercado e vantagens comparativas, apresenta-se de seguida
uma análise mais dirigida aos produtos de maiores volumes, dado que a maioria dos restantes requer uma análise
mais localizada no espaço e no tempo.
”Hortícolas: Batata, Tomate, Repolho”
-
Grande mercado interno (e.g.tomate e repolho para a Zona Centro; batata para Zona Centro e Sul),
particularmente fora de estação e de exportação (e.g. batata fresca para Malawi e Zimbabué);
-
Potencial de substituição de importações de batata e seus produtos processados (batata frita précongelada; french fries; outros) e tomate processado (concentrados, ketchup)
-
Excelentes condições agro-ecológicas em Manica e Sofala para o tomate, repolho, outras, e batata
particularmente em Zonas mais altas em Manica (Serra Choa);
-
São culturas da época seca que não competem com as culturas alimentares (cereais, oleaginosas) e por
vezes quando os stocks daquelas começam a escassear estes produtos completam a dieta alimentar;
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
56
-
Existem várias empresas, a Companhia do Vanduzi, Metuchira Investments, Fábrica de Licores da Beira,
Fábrica de Processamento de tomate em Tica, que podem actuar como projecto âncora do sector (volumes
nas compras de insumos, disseminação de know-how, treino de mão-de-obra, marketing da região, etc.).
“Frutas: Manga, Banana, Lichies, Ananás”
-
Grande mercado interno (banana, manga, ananás) na Zona Centro e Sul, particularmente fora de estação,
e de exportação (todos os produtos para África do Sul e Europa);
-
Potencial de substituição de importações de manga de maior qualidade e principalmente de todo o tipo de
produtos processados de fruta (concentrados de fruta; sumos e refrigerantes; compotas; conservas; doces;
frutas secas e cristalizadas)
-
Excelentes condições agro-ecológicas para a produção em Manica (Banana, Manga, Lichies) e Sofala
(Ananás de Mussourize-Chibabava);
-
Excelentes vantagens comparativas endógenas da região que permite a exportação em qualquer fase do
ano, e em particular no 1ª a 2ª mês da colheita permite satisfazer o mercado sul-africano 1 a 2 meses antes
de começar a colheita nesse País;
-
São culturas que se colhem todo o ano (banana e ananás) e por vezes quando os stocks de culturas
alimentares começam a escassear estes produtos completam a dieta alimentar;
-
Existe know-how e experiência dos produtores, terras disponíveis, que necessitam apenas de acesso mais
fácil a equipamentos de irrigação, insumos, assistência técnica e unidades de conservação, selecção e
limpeza, para aumentarem facilmente para mais do dobro o volume de produção (mais empresas, maiores
áreas, maior rendimento por ha e a rentabilidade (aumento do rendimento por ha e redução das perdas na
produção na fase pós-colheita);
-
Existem várias empresas já organizadas e de média-grande dimensão, a Companhia do Vanduzi para
“frutos da horta”, Empresas de Produção de Lichies e Manga em Manica, Metuchira empresa produz
Banana em Macate, que podem e estão a actuar como projectos âncora do sector (volume na compras de
insumos, disseminação de know-how, treino de mão de obra, marketing da região, etc.);
-
São culturas a mão-de-obra intensivas quer na produção como no processamento;
-
O investimento em infra-estruturas permite reduzir o forte peso dos intermediários, que compram aos
produtores nas épocas de colheita ao mínimo preço e vendem nos mercados urbanos com grandes
margens de lucro, retirando margem ao produtor e encarecendo ao consumidor;
-
Existem diversas intenções de investimento manifestadas nos últimos anos de grandes empresas, como a
COMPAL e outras.
Para resumir o que foi dito nos capítulos anteriores for realizada a análise FOFA para as cadeias de valor
hortofrutícola:
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
57
CADEIA DE VALOR DOS HORTÍCOLAS
FACTORES
EXTERNOS
FACTORES
INTERNOS
FORÇAS (F)
FRAQUEZAS (Fr)
• Rendimento alto em comparação com outras
• Falta de pesquisa sobre variedades mais
culturas
adequadas e para as duas estações
• Clima favorável em diferentes regiões das
• Falta de ligações formais entre
províncias para produzir todo o ano
produtores e mercados
•Presença da Companhia do Vanduzi como
•Exíguo nível de extensão prestado aos
agente catalisador da fileira em Manica
produtores de pequena escala
•Frágil rede de distribuição de
insumos(fraca qualidade, alto preço, sem
stocks na época, sem A.T.)
•Deficiente acesso a equipamentos de
irrigação
•Deficiente acesso a energia para rega
•Inexistência de mercados grossistas
formais de produtores e infra-estruturas
de processamento primária (fresco) e
industrial.
OPORTUNIDADES (O)
ESTRATÉGIA (F/O)
ESTRATÉGIA (Fr/O)
• Potencial para parceria entre
• Apoiar iniciativa da SIWAMA com empresa
• Apoiar pesquisa para obtenção de
do sector privado como um projecto piloto
para a real criação de valor
melhores variedades
cooperativas
mais robustas e empresas do sector privado
• Potencial para exportar para o Zimbabwe
e Europa
• Produção fora de época
•Empresas de catering e supermercados
modernos
•Conservação e embalamento para reduzir
perdas, controlar preços de mercado e
prolongar a oferta para o período fora de
época
•Apoiar a instalação de unidades de
conservação e embalamento e de
processamento de concentrado de tomate e
batatas fritas, pré-congeladas, puré e outras
• Estudar as oportunidades de mercado no
• Incentivar o estabelecimento de
comerciantes de insumos ou fortalecer
existentes, como foco no serviço ao
cliente
• Apoiar ligações formais entre
Zimbabwe e Europa
produtores e mercados (mercados
grossistas)
• Apoiar produção fora de época
• Apoiar investimentos em unidades de
conservação e embalamento
•Instrumentos financeiros realmente
acessíveis às empresas comerciais e às
micro-empresas
AMEAÇAS (A)
ESTRATÉGIA (F/A)
ESTRATÉGIA (Fr/A)
• Falta de coordenação de esforços no
• Fortalecer CEPAGRI
•Fortalecer CEPs de Manica e Sofala
•Eliminar a distribuição gratuita de
sector
•A falta de infra-estruturas públicas, que
estejam operacionais e sejam eficazes
(energia, regadios, estradas e pontes)
•Manutenção ou mesmo aumento da
informalidade no sector
para
prestarem serviços remunerados aos seus
associados e exercerem advocacia activa junto
da Autoridade Tributária, MINAG, sector
financeiro e doadores
insumos pelo estado e outras
organizações
•BAGC mais efectivo na promoção de
parcerias com empresários locais e ao seu
financiamento
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
58
XVII.
ABORDAGEM PARA DESENVOLVIMENTO DA CADEIA DE VALOR DE HORTÍCOLAS
Do resumo do diagnóstico realizado à cadeia de valor dos hortícolas no Corredor da Beira, e com as devidas
adaptações generalizável ao sector agrícola em Moçambique, é inequívoco que os principais 4 grandes factores de
estrangulamento do desenvolvimento dos produtores de pequena escala e dos produtores emergente são:
1. Acesso a serviços de extensão integrados (procura de insumos, práticas agrícolas, pós-colheita e
facilitação das ligações com os compradores formais e com as empresas de crédito) eficazes e
eficientes;
2. Acesso a mercados seguros, ou seja a compradores identificados e visíveis, sempre que possível
com contrato de produção com mercado garantido e eventualmente indexação ou fixação de preço
de compra;
3. Acesso a tecnologias de microirrigação com preços acessíveis, e sistemas de regadio operacionais
e eficientes;
4. Acesso a crédito personalizado, com condições à medida da actividade (produção, comércio,
processamento) e das culturas.
Para desenvolver a cadeia de valor de hortícolas e fazer chegar de forma sustentável aos produtores de pequenas
escala o know-how, insumos, tecnologias, crédito e os compradores com contrato, deve ser adoptado e promovido
de forma sustentável o modelo de “Agri-Hub” ao nível de cada distrito descrito no diagrama seguinte:
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
59
XVIII.
MODELOS A ADOPTAR PARA MELHORAR O ACESSO A SERVIÇOS DE EXTENSÃO, A
MERCADOS SOBRE CONTRATO E IRRIGAÇÃO PARA PRODUTORES DE PEQUENA ESCALA
ACESSO A SERVIÇOS DE EXTENSÃO E FACILITAÇÃO DE MERCADOS SOBRE CONTRATO
A eficácia e a sustentabilidade dos serviços de extensão a prestar aos produtores de pequena escala e emergentes
e da assistência técnica em regime de outsourcing com as empresas fomentadores/compradoras da produção,
requer a adopção do modelo inovador denominado ADA (Agente de Desenvolvimento de Agronegócio), que é
um empresário individual prestadores de serviços, cujos rendimentos dependem directamente da performance dos
produtores.
A DNEA (Direcção Nacional de Extensão Agrária) prevê modelos de outsourcing no seu programa PRONEA, e tem
apoiado a promoção dos ADAs pela iDE (Internacional Development Enterprise), segundo um modelo adoptado em
Moçambique, já testado em Maputo, Caia e Mopeia.
Os ADAs são apoiados por provedores de serviços privados e com fins lucrativos, numa rede de franchsing, que
lhes proporcionam acesso a novas tecnologias, novos fornecedores, formação continua, coach, crédito, informação
de mercado e outras.
O perfil dos ADA´s varia em função da área especifica de actuação, podendo ser desde os produtores líderes (de
contacto), os agentes de vendas free lancer existentes nalgumas zonas urbanas e rurais ou ainda os técnicos
agrários de vários níveis.
EXPERIÊNCIA EM CURSO: Distrito de Caia (Mbatila Mukene, L.da); Distrito de Gondola (CZ – Companhia de
Zembe, L.da); Distritos de Maputo, Boana, Marracuene e Naamacha (CAVA – Centro de Agregação e Valorização
Agrária, L.da).
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
60
ACESSO A IRRIGAÇÃO
O acesso à água e a sua utilização eficaz e ao mais reduzido custo possível durante todo o ano requer adopção de
tecnologias simples como as que se apresentam nos diagramas seguintes, cuja adopção e generalizada em países
como o Zimbabue, Zâmbia, Etiópia, India, Bangladesh, Nepal, entre outros:
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
61
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
62
XIX.
MODELO(S) A ADOPTAR PARA FAZER CRÉDITO COM SUCESSO
O BOM deverá desenvolver produtos com condições personalizadas e processos de aprovação e monitoria
adequados, a serem promovidos junto de organizações com fins lucrativos (Cooperativas ou sociedades comerciais
locais e inclusivas), segundo modelos semelhantes ao “CAVA”, que permitam a execução de parcerias “win-win” e
de reduzido risco onde os seguintes factores essenciais para a obtenção de uma elevada taxa de cumprimento dos
contractos de crédito estão salvaguardados (superior a 95%):
1. Mercado seguro e regular durante todo o ano
A Gestão do CAVA análise o mercado, estabelece contractos de distribuição e instrui os produtores a produzir o que
o mercado precisa (produtos, variedades, qualidade, embalagem), como (orgânico, não orgânico) e quando (dia).
2. Serviços de extensão permanentes
Adopção do modelo ADA, que além das outras fontes de rendimento a que tem acesso, obtenha do BOM um fee de
gestão em função da performance dos créditos concedidos.
3. Elevados níveis de rentabilidade para o produtor
Com o acesso aos serviços de extensão (ADA) permanente, a insumos e tecnologias e ao mercado seguro e com
preços de venda em grupo (maior capacidade negocial), os produtores podem assim obter elevados níveis de
rentabilidade na produção de hortícolas com reduzido risco.
As organizações CAVA´s, dependendo a sua viabilidade dos ganhos dos produtores e dos ADA´s, são candidatos
ideais para outsourcing dos sistemas de fomento de empresas compradoras de diversas culturas.
Assim, o BOM na parceria com os “CAVAs”, pode colocar 2 produtos de crédito para hortícolas com reduzido
risco:
 Crédito aos produtores individuais para produção – Parceria com fornecedores de insumos e ADA´s
 Crédito aos CAVa´s para comercialização – como os CAVAs promovem a produção de hortícolas em
função da sua análise do mercado e de contratos de fornecimento que possuem.
NOTA: o modelo ADA e CAVA aplica-se a qualquer tipo de cultura, sendo mais exequível quando utilizado em
culturas de alto valor e margem, ou em prestação de serviços de outsourcing em grande escala, permitindo assim
diluir os seus custos de estrutura.
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
63
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
64
XX.
CONCLUSÕES
Face aos objectivos para a realização do presente estudo definidos pelo BOM, considera-se existirem condições
mínimas para o lançamento de produtos de crédito para os produtores de hortícolas emergentes e de pequena
escala orientados ao mercado, nomeadamente:
 Existência de mercado crescente para hortícolas no corredor da beira, alargando a teté e quelimane, quer
pelos mercados informais, como pelos formais (distribuição moderna, empresas de catering,
processamento primário e final)
 Os actores do mercado formal evidenciam interesse em estabelecer contractos de produção com
produtores ou organizações capacitados e que ofereçam segurança de fornecimento regular durante todo o
ano e dos produtos, variedades e qualidade requerida pelos seus clientes
 Existência de condições agro-climáticas adequadas à produção de hortícolas durante todo o ano
 Número reduzido de produtores e suas organizações capazes de satisfazer as exigências de produção por
contrato, mas existem programas de desenvolvimento com a cadeia de valor de hortícolas elegível e
provedores de serviços capazes de assistir os produtores, devendo ser ressalvada a abordagem usada,
que deverá ser sustentável.
Como recomendação final o BOM deverá lançar um projecto piloto em cada província, reunindo em cada projecto
todas as condições necessárias ao seu sucesso (modelo "AgriI-Hub").
XXI.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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

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PEDSA – Plano Estratégico de Desenvolvimento do Sector Agrário, MINAG – 2011
PDDA – Plano Director do Desenvolvimento do Agronegócio, MINAG - 2012
PAPA – Plano de Acção para a Produção de Alimentos, MINAG - 2008
ESTRATÉGIA DO GOVERNO E OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTOS NO AGRONEGÓCIO EM
MOÇAMBIQUE, Abril 2013
PROIRRI-Relatório Final, Julho 2007
PNISA - PLANO NACIONAL DE INVESTIMENTO NO SECTOR AGRÁRIO 2013-2017 - MINAG, 2013
ANÁLISE SITUACIONAL, CONSTRANGIMENTOS E OPORTUNIDADES PARA O CRESCIMENTO
AGRÁRIO-Benedito Cunguara, Julho 2011
CAP 2009-2010
The VAlue Chain of Food Aid Monetization: Benefiits, Risks and Best Practices – Alliance for Global Food
Security, November 2012
http://paa-africa.org/pt/countries-partners/mozambique/, Dezembro 2013
http://www.aciml.org.mo/por/psc_mozambique.htm#m2, Dezembro 2013
http://faostat3.fao.org/faostat-gateway/go/to/browse/rankings/commodities_by_country/E, Dezembro 2013
www.minag.gov.mz/ SIMA, Dezembro 2013
www.edm.co.mz, Janeiro 2014
www.nutriconsult.co.mz, Janeiro 2014
www.innoq.gov.mz, Janeiro 2014
www.acis.co.mz
Nota: A lista não é exaustiva
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
65
XXII.
ANEXOS
ANEXO 1 – LISTAS DE PRODUTOS E PREÇOS NOS PRINCIPAIS MERCA DOS URBANOS
INFORMAIS
ANEXO 2 – LISTA DE PRODUTOS E PREÇOS NAS EMPRESAS DE CATERING E
SUPERMERCADO S
ANEXO 3 - LISTAS DE ASSOCIAÇÕ E S, CONTACTOS E OUTRA S INFORMAÇÕES
ANEXO 4 – REGADIO S E TECNOLOGI AS EXISTENTES E EVOL UÇÃO HISTÓRICA
ANEXO 5 – DADOS CARACTERIZADOR ES DA PROD UÇÃO DE HORTÍCOLAS N AS TRÊS
PROVÍNCIAS DO CORRED OR DA BEIRA (nºde explorações, nº de hectares explorados,
nível de adopção de tecnologias que determinam os ní veis de produção e produtividade)
ANEXO 6 – ENTREVISTAS COM ACTO RES RELEVANTES
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO
CENTRO DE MOÇAMBIQUE”
66
ANEXO 1 – LISTAS DE PRODUTOS E PREÇOS NOS PRINCIPAI S: MERCADOS URBANO S
INFO RMAIS; MERCADO S FORMAIS E CONTACTOS DE FORNE CEDORES E
TRANSPORTADORES
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO
CENTRO DE MOÇAMBIQUE”
67
Tabela 1. Preço da Batata Reno Nacional nos Mercados da Beira, Gorongosa, Nhamatanda, Manica,
Chimoio, Tete e Angónia
QQ
Data
Beira
Gorongosa Nhamatanda Manica Chimoio Tete Angonia
913
4-Jan
30
20
20
11.13
25
58.82
15
914
9-Jan
30
22.22
20
11.13
35
50
15
915
16-Jan
30
25
20
25
35
20
15
916
23-Jan
30
25
20
25
35
20
20
917
29-Jan
25
25
20
35
35
20
20
918
7-Feb
25
20
20
35
35
40
15
919
13-Feb
25
28.57
21.38
11.13
35
40
15
920
20-Feb
25
20
20
11.13
35
10
15
921
27-Feb
25
20
33.33
11.11
35
10
10
922
6-Mar
25
20
27.74
11.11
35
35
13
923
13-Mar
25
20
27.63
11.11
35
20
15
924
20-Mar
25
20
27.71
10.53
30
20
15
925
27-Mar
25
20
27.37
10.76
35
20
15
926
3-Apr
25
20
27.37
10.76
25
20
15
927
11-Apr
25
43.1
30.77
10.76
25
20
15
928
17-Apr
25
20
30.77
10.76
25
20
15
929
24-Apr
25
20
30.77
10.72
25
10
15
930
2-May
25
20
30.77
19.13
25
10
15
931
8-May
25
20
25.3
6.67
25
10
15
932
15-May
25
40
25.3
6.67
25
10
15
933
22-May
25
25
25.3
18.06
25
10
12
934
29-May
25
20
25.3
10
25
10
20
935
5-Jun
25
20
22.22
11.11
25
8.33
20
936
12-Jun
25
20
22.22
11.11
25
8.33
20
937
19-Jun
25
20
22.22
11.11
25
8.33
20
938
27-Jun
25
20
22.22
11.11
28.33
10
20
939
3-Jul
25
20
22.22
10.53
35
20
15
940
10-Jul
25
20
22.22
21.05
35
20
15
941
17-Jul
25
20
22.22
21.05
35
9.09
15
942
24-Jul
25
20
22.22
21.05
35
9.09
15
943
31-Jul
25
20
20.44
10.53
35
20
15
944
7-Aug
25
20
31.66
10.53
35
20
10
945
14-Aug
25
20
31.25
10.53
35
20
8
946
21-Aug
25
20
20.93
10.53
35
20
10
947
28-Aug
25
20
20.83
10
35
20
10
948
4-Sep
25
16.67
20.71
10
35
20
10
949
12-Sep
25
16.67
20.71
10
35
20
10
950
18-Sep
25
16.67
20.71
25
35
5.56
10
951
26-Sep
25
21.88
32.16
25
35
5.88
10
952
2-Oct
25
20
32.16
20
35
10
10
953
9-Oct
25
15
30
20
25
10
10
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO
CENTRO DE MOÇAMBIQUE”
68
954
955
956
957
16-Oct
23-Oct
30-Oct
6-Nov
25
25
25
25
20
20
20
20
31.58
25
25
25
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
10
20
10
10
10
10
Tabela 2. Preço da Batata Reno Importada nos Mercados da Beira, Manica e Chimoio
QQ
Data
Beira
Manica
Chimoio
913
4-Jan
30
11.79
40
914
9-Jan
35
11.79
40
915
16-Jan
35
45
40
916
23-Jan
35
45
40
917
29-Jan
35
45
40
918
7-Feb
30
10
40
919
13-Feb
30
10.92
40
920
20-Feb
30
10.92
40
921
27-Feb
30
10.53
40
922
6-Mar
30
10.53
40
923
13-Mar
30
10.53
40
924
20-Mar
30
11.76
40
925
27-Mar
30
10.92
40
926
3-Apr
30
10.92
40
927
11-Apr
30
10.92
40
928
17-Apr
30
10.92
40
929
24-Apr
30
10.92
40
930
2-May
30
25
40
931
8-May
30
12.5
40
932
15-May
30
12.5
40
933
22-May
30
23.16
40
934
29-May
30
10
40
935
5-Jun
30
11.79
40
936
12-Jun
30
11.79
40
937
19-Jun
30
11.13
40
938
27-Jun
30
11.13
40
939
3-Jul
30
10.53
40
940
10-Jul
30
22.22
40
941
17-Jul
30
22.22
40
942
24-Jul
30
22.22
40
943
31-Jul
30
10.53
40
944
7-Aug
30
10.53
40
945
14-Aug
30
10.53
40
946
21-Aug
30
21.05
40
947
28-Aug
30
6.67
40
948
4-Sep
30
6.67
40
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
69
949
950
951
952
953
954
955
956
957
12-Sep
18-Sep
26-Sep
2-Oct
9-Oct
16-Oct
23-Oct
30-Oct
6-Nov
30
30
30
30
30
30
30
30
30
6.67
20
20
20
20
20
20
20
20
40
40
40
40
25
25
25
25
25
Tabela 3. Preço do Repolho nos Mercados da Beira, Gorongosa, Nhamatanda, Manica, Chimoio, Tete e
Angónia
QQ
Data
Beira Gorongosa Nhamatanda Manica Chimoio Tete Angonia
913
4-Jan
50
20
9.17
20
25
20
10
914
9-Jan
50
20
9.17
20
25
15
10
915
16-Jan
50
20
9.17
20
20
15
10
916
23-Jan
50
13.33
9.17
20
25
15
10
917
29-Jan
50
13.33
9.17
20
25
15
10
918
7-Feb
50
15
9.17
20
25
20
8
919
13-Feb
50
15
9.17
20
25
20
8
920
20-Feb
50
15
9.17
20
25
10
10
921
27-Feb
50
15
9.17
20
25
15
10
922
6-Mar
50
10
9.17
20
30
30
8
923
13-Mar
50
20
9.17
20
30
20
8
924
20-Mar
50
11
9.17
10
25
20
8
925
27-Mar
50
9.09
9.17
20
25
20
8
926
3-Apr
50
8.33
9.17
20
6
15
7
927
11-Apr
50
14.12
9.17
20
10
20
8
928
17-Apr
50
10
9.17
20
15
20
12
929
24-Apr
50
10
9.17
20
17.5
20
10
930
2-May
50
10
9.17
18.15
17.5
15
10
931
8-May
50
200
9.17
20
20
15
15
932
15-May
50
14.29
9.17
20
17.5
25
15
933
22-May
50
9.62
9.17
20
15
15
15
934
29-May
50
10
9.17
20
15
25
15
935
5-Jun
50
10
9.17
20
15
25
15
936
12-Jun
50
10
9.17
20
15
25
15
937
19-Jun
50
10
9.17
20
15
20
10
938
27-Jun
50
10
9.17
20
15
20
10
939
3-Jul
50
10
9.17
20
35
15
10
940
10-Jul
50
10
9.17
20
35
15
10
941
17-Jul
50
10
9.17
20
35
12
6
942
24-Jul
50
6.67
9.17
20
35
12
8
943
31-Jul
50
5.58
9.17
20
35
12
8
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
70
944
945
946
947
948
949
950
951
952
953
954
955
956
957
7-Aug
14-Aug
21-Aug
28-Aug
4-Sep
12-Sep
18-Sep
26-Sep
2-Oct
9-Oct
16-Oct
23-Oct
30-Oct
6-Nov
50
50
50
20
20
20
20
30
20
30
20
25
25
25
5.58
5
50
3.72
3.33
3.33
3.33
3.33
3.33
3.33
10
5
8.33
6.67
12.5
15
15
10
10
10
10
15
15
10
15
45
10
10
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
35
35
25
25
25
25
25
25
25
13
10
15
12
13.67
16.67
13.33
13.33
13.33
13.33
13.33
10
15
5
10
10
5
5
20
8
8
8
8
8
8
8
15
15
15
8
5
10
10
Tabela 4. Preço do Tomate nos Mercados da Beira, Gorongosa, Nhamatanda, Manica, Chimoio, Tete e
Angónia
QQ
Data
Beira Gorongosa Nhamatanda Manica Chimoio Tete Angonia
913
4-Jan
45
33.33
13.33
20
20
100
10
914
9-Jan
45
33.33
13.33
20
20
50
10
915
16-Jan
45
28.57
13.33
32.5
32.5
55.56
20
916
23-Jan
65
28.57
13.33
32.5
20
55.56
20
917
29-Jan
60
33.33
13.33
32.5
20
55.56
20
918
7-Feb
60
44.44
13.33
20
30
50
15
919
13-Feb
50
50
13.33
20
40
50
15
920
20-Feb
50
66.67
13.33
20
30
50
15
921
27-Feb
50
57.14
13.33
20
30
50
15
922
6-Mar
50
57.14
13.33
20
20
20
10
923
13-Mar
50
58.82
13.33
20
20
50
15
924
20-Mar
50
60.61
13.33
20
30
50
15
925
27-Mar
50
60.61
13.33
20
30
50
15
926
3-Apr
50
66.67
13.33
20
11.67
50
12
927
11-Apr
50
17.86
13.33
20
15
50
12
928
17-Apr
50
60.61
13.33
20
20
50
15
929
24-Apr
50
60.61
13.33
20
25
50
15
930
2-May
50
2.86
13.33
18.28
25
50
15
931
8-May
50
50
13.33
20
26.67
35
15
932
15-May
50
33.33
13.33
20
30
40
15
933
22-May
50
25
13.33
20
25
33.33
20
934
29-May
40
40
13.33
20
25
14.29
20
935
5-Jun
40
40
13.33
20
25
33.33
20
936
12-Jun
40
10
13.33
20
25
33.33
20
937
19-Jun
40
10
13.33
20
10
35
20
938
27-Jun
40
40
13.33
20
13.33
50
20
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
71
939
940
941
942
943
944
945
946
947
948
949
950
951
952
953
954
955
956
957
3-Jul
10-Jul
17-Jul
24-Jul
31-Jul
7-Aug
14-Aug
21-Aug
28-Aug
4-Sep
12-Sep
18-Sep
26-Sep
2-Oct
9-Oct
16-Oct
23-Oct
30-Oct
6-Nov
20
35
35
35
20
30
20
20
20
35
35
35
30
35
35
35
35
35
35
30.77
76.92
66.67
62.5
52.63
52.63
21.05
1.82
20
7.55
7.55
7.55
10.45
10.45
10
12
14.29
100
100
13.33
13.33
13.33
13.33
13.33
7.78
10
10
10
10
10
10
20
20
10
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
25
25
25
25
25
25
23
23
15
15
15
15
50
10
15
15
15
15
30
30
20
20
20
50
50
100
100
100
100
10
20
15.38
8.33
40
30
30
25
20
20
20
15
15
15
12
12
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
10
Nome do Mercado/Estabelecimento Comercial de Maquinino
Distrito/Localidade: Beira
Produto
Preço do
Produtor
Preço do
Grossista
Preço do
Retalhista
Alho
Batata small
Batata lilagem
Batata Nacional
Cebola small
Cebola média
Cenoura
Couve
Feijão Verde
Pepino
Repolho
Tomate cala jota
Tomate lindo
45/50mts
180mts
180mts
80mts
250mts
250mts
80/90mts
350mts
350mts
20mts
25mts
35/40
30mts
20mts
20mts
3mts
15mts
250mts
35mts
40mts
80mts
40mts
30mts
30mts
10mts
20mts
300mts
35mt
45mts
Melancia
Couve-flor
Uni/ Período
Kg,
saco,
kg
10kg Out-Marc
10kg Out-Marc
Fornecedor
Contacto
Angonia
Afri.Sul
Afri-Sul
846574989
847331097
40mts
49mts
90mts
60mts
60mts
35mts
25/30mts
35/40mts
700mts
kg
kg
kg
kg
kg
kg
cada
kg
caix
a
Afri-Sul
Afri-Sul
Zimbabwe
Manica
Zimbabwe
Tica
Gorongosa
Afri-Sul
Angonia/R
SA
820335210
65mts
kg
Manica
844459114
Out-junh
Out-Junh
Out-Abril
Set-Abril
Dez-abril
847343154
844459114
847343154
847336863
861083959
867831294/8
27639237
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
72
Levantamento de Informacao de Mercado
Nome do Mercado/Estabelecimento Comercial de Supermercado Real
Distrito/Localidade: Beira
Produto
Preço do
Retalhista
Alho
Batata small
Batata lilagem
Batata Nacional
135mts
30mts
350mts
25/30mts
Uni/ Período
Kg,
saco,
kg
kg
Out-Marco
10kg Out-Marco
kg
Cebola small
Cebola média
Cenoura
Cenoura média
Feijão Verde
Pepino Nacional
Repolho
Tomate small
Tomate lindo
Melancia
Couve-flor
40mts
49mts
45mts
60mts
60mts
35mts
30/45mts
35/40mts
85mts
60mts
100mts
kg
kg
kg
kg
kg
kg
cada
kg
kg
kg
kg
Outros Vegetais
Abóbora
Melão
Manga Maca
Alface Pac
Pepino
Comprido
60mts
210
50
80mts
90mts
kg
cada
cada
kg
kg
Out-junho
Out-Junho
Out-Abril
Out-Marco
Fornecedor
Contacto
Afri-sul
Afri.Sul
Afri-Sul
G.&Vandu
z
Afri-Sul
Afri-Sul
Zimbabwe
Afri-Sul
Zimbabwe
Tica
Zimbabwe
Afri-Sul
Afri-sul
Zimbabwe
Afri-Sul
Afri-Sul
Manica
Afri-Sul
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
73
Levantamento de Informacao de Mercado
Nome do Mercado/Estabelecimento Comercial de Shoprite
Distrito/Localidade: Beira
Produto
Preço do
Retalhista
Fornecedor
90/210mts
48mts
32mts
35/40mts
40mts
49mts
90mts
60mts
40mts
35mts
24/29mts
35/40mts
41mts
Uni/
Kg,
saco,
kg
kg
kg
kg
kg
kg
kg
kg
kg
kg
cada
kg
kg
Alho
Batata small
Limão Loise
Batata Nacional
Cebola small
Cebola média
Cenoura
Couve
Feijão Verde
Pepino
Repolho
Tomate Lindo
Tomate Roma
65mts
kg
Manica/Zim
Contacto
Angonia
Afri.Sul
Tica
Gorongosa
Afri-Sul
Afri-Sul
Zimbabwe
Manica
Zimbabwe
Zimbabwe
Afri-Sul
Afri-Sul
Afri-Sul
Outros Vegetais
Couve flor
Abobora
Melancia
Melao
Bateraba
Manga
Alface Pac
Elaborador por: Rita Orlando
Dados actualizados ao dia 23/02/2014
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
74
INFOCOM
Preços ao Público nas lojas /Mercados da Cidade da
Beira……(Capital da Província)
N
º
PRODUTO
Batata reno,
21 nacional
Batata reno,
22 importado
23 Tomate nacional
24 Tomate importado
25 Cebola nacional
26 Cebola importado
U/M
Mt/k
g
Mt/k
g
Mt/k
g
Mt/k
g
Mt/k
g
Mt/k
g
Hassane
Tarmaho
med
Merceari
a
Mercado
Médi
do
Média
a
Comercial,
Lda
Hashan
Maquinin
o(a)
30,00
30,00
30,00
32,00
Maquini Anteri Actu Variaç
no
or
al
ão
26,6
20,00
26,67
7
0,0
29,0
25,00
29,00
0
0,0
35,0
35,00
35,00
0
0,0
40,0
40,00
40,00
0
0,0
35,0
35,00
35,00
0
0,0
41,6
35,00
41,67
7
0,0
35,00
45,00
45,00
%
Favor mandar o presente formulário todas as quarta -Feiras até as 12.00 por fax para o nº01 - 30 06 64 / 5 ou 01 - 32 39 36
Obrigado pela
atenção!
(a) Mudança de denominação de: Casa Faruk para Mercearia
do Maquinino.
Levantamento de Informacao de Mercado
Nome do Mercado/Estabelecimento Comercial: MERCADO GROSSISTA DE MAQUININO
Distrito/Localidad: Cidade de Chimoio
Produto
Preço ao
Preço ao Preço ao
Uni/K Período Proveniencia
Contacto dos
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
75
Produtor
Grossista
Retalhista
Alho
Batata small
60/65mts
160mt
90mts
235mts
110/180mts
350mts
g,
saco,
kg
10kg
transportador/o
u comerciante
Batata lilagem
160mt
235mts
350mts
10kg
Batata Nacional
100mt
200mt
280mt
10kg
Cebola nacional
15mts
25mts
35mts
kg
Cebola afrca sul
20mts
30mts
40mts
kg
Cenoura
20/30mts
50mts
70mts
kg
Manica
Couve
15mts
25mts
40mts
kg
Manica
Feijão Verde
Pepino
15mts
5mts
25mts
10mts
35mts
20mts
kg
kg
Repolho
5mts
10mts
15/25mts
cada
Tomate nacional
100mts
230mts
550mts
Melancia
Outros Vegetais
Abobora
Beteraba
Manga
5mt
10mt
25mt
Caixa
(2025kg)
cada
3mt
10mt
3mt
10m
18mt
6mt
20mt
35mt
10mt
OutMarco
OutMarc
Janeirodez
Janeirodez
Janeirodez
janeiroMarcol
Angonia
Afri.Sul
Afri-Sul
821435383
chababe,co
846731048Geron
imo
Manica-tete
Manica
Afri-sul
Manica
Manica –
sofala
Manica
Tomate calojota
828955119carlo,c
o
848550139Anton
io,comerciante
824214845Augus
to,trasport
826866326Dinis,
trasp
827097368
845590947
pedro,tras
825420558
tomas,trasp
827637444
Manuel,trasp
Angonia
cada
kg
Cada
molho
Prepardo por :Flavio Lucas Chicava
Data ultima actualizacao. 24.02.2014 .
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
76
Dados de Pesquisa do
Mercado
Designação: Mercado
Kwachena
Tete,
17.02.2014
Localização: Cidade de Tete - Bairro Sansão Muthemba
Preço ao:
Contactos do:
Produtos
Produtor
Grossista
Retalhista
Unidades
Fornecedor
Abóbora
25 mt
50 mt
60 mt
Cada
Chimoio
Abóborinha
20 mt
30 mt
50 /70 mt
kg
Zimbabwe
Produtor/es
258
825762824
258
825762824
1 mt/2 mt
3 mt/5 mt
10 mt/15 mt
Cada
Angónia
258 847474380
Alho Normal
50 mt
80 mt
100mt/120
mt
kg
Angónia
Alho Zambiano
70 mt
100 mt
150 mt
Zâmbia
265 998050202
Batata Branca
3000 mt
150 mt
Angónia
258 842009929
Batata Escura
2500 mt
Angónia
258 842009929
Batata Vermelha
2500 mt
120 mt
80/ 100
mt
80/ 100
mt
120 mt
kg
Saco # 7
kg
Saco # 7
kg
Saco # 7
kg
Angónia
258 842009929
Beterraba
50 mt
120 mt
150 mt
kg
-
Bringela
25 mt
50 mt
80/100 mt
kg
Vanduzi
Angó/Mala
wi
Cebola
40 mt
50 mt
80 mt
kg
Afr. Sul
Cebola Branca
250 mt
400 mt
450 mt
10 kg
Maputo
Tel:
0233133100
Cenoura
40 mt
80 mt
100 mt
kg
Angónia
258 865056743
Couve
2 mt
5 mt
10/ 15 mt
Cada
Angónia
258 842859828
Feijão Verde
35 mt
50 mt
60/70 mt
kg
Chimoio
258 820938632
Gengibre
50 mt
165/170 mt
kg
Manica
258 825463599
Melacia
50 mt
150 mt
100/150
mt
150/200 mt
Cada
Chim/Zobue
-
Pera Abacate
270 mt
350 mt
5/10 mt/cada
Saco
Zobue
-
Alface
120 mt
265 884049082
Grossista
84149644
3
84149644
3
86445091
8/
82912536
3
84360157
6
84360157
6
84941069
1
84941069
1
84941069
1
84149644
3
84747438
0
84605582
4
84605582
4
82291350
0
86445091
8
82912536
3
84149644
3
84149644
3
84528458
1
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO
CENTRO DE MOÇAMBIQUE”
77
Pimento
150/200
mt
35 mt/kg
50 mt/kg
Cesto
Angónia
258 867500798
Pepino Comprido
2mt /5mt
10 mt
15/17,5 mt
Cada
Angónia
258 847474380
5 mt
7 mt
10/15 mt
Cada
Zobue
Repolho
4,5/5mt
10mt
15/20 mt
Cada
Angónia
863637019/
866291174
Tomate
250 mt
500 mt
45 mt / kg
Cesto
Angónia
258 847474380
Manga
Banana
1/2,5 mt
650 mt
5mt
1000 mt
10/15 mt
1500 mt
Cada
Saco
Angónia
Chimoio
258 847474380
258 863316790
Pepino Grosso
82310717
5/
82912536
3
82912536
3
84747438
0
84438038
0/
84291867
0
82284863
3/
82912536
3
-
Elaborado por Manuel Geraldes
Dados actualizados no dia 17.02.2014
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
78
ANEXO 2 – LISTA DE PRODUTOS E PREÇOS NAS EMPRESAS DE CATERING E
SUPERMERCADOS
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
79
ANEXO 3 - LISTAS DE ASSOCIAÇÕE S, CONTACTOS E OUTRA S INFORMAÇÕES
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO
CENTRO DE MOÇAMBIQUE”
80
UNIÃO PROVÍNCAL DE CAMPONESES DE
MANICA (UCAMA)
C.P 138 telefax 251-24388 Telef. 23432 Zona Industrial do bairro Tabaco Chimoio-Moçambique.
Lista das principais Associações Agricolas com Recurso Hídrico, produtores de
Hortícola e com que operam com bom desempenho, nos distrito de Gondola e
Chimoio.
Associacao/Cooperativa
Zona
Nota
1 de Maio
Mudima
16 de Junho
Bengo
Nelson Mandela
Marera Madaule
Kubatana
Marera Nhandoko
Haridema Kusuana
Marera
Julio Herere
Marera
3 de fevereiro
BoaVista
Kennet Kaunda
BoaVista
Chibucuto
BoaVista
Junta 1
Boavista Junta
Junta 2
Boavista Junta
Ngungunhana
Boavista Junta
Mukai Kwaedza
Boavista
Kurima Kuanaka
Matole Bok
Heroina Mocambicana
Nhatsungo
Vura Ykuchema
Simba Mucaca
Taranbua Kusecua
Aeroporto
Agostinho Neto
“Nas Antenas”
Agostinho Neto
Chissui
Hombwua
Aeroporto
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO
CENTRO DE MOÇAMBIQUE”
81
Relaçao dos grupos envolvidos na horticultura e respectivas tecnologias – ADEL Sofala
Nr
Localizaçao (grupo)
Nr
de Area
membros
9Membros
0,5 ha
5-m
4- h
1
Nhamatanda sede cled
2
Nhangau – Cristo e a 15 membros
Solução
m-9
6–h
3 ha do
grupo e
Machamb
as
individuai
s
Alface, couve,
cebolas,
tomate,
cenoura
e
repolho.
3
Nhangau – Poder de 10 membros
Deus
2 ha.
Alface, couve,
cebolas,
tomate,
cenoura
e
repolho.
4
Epc de Nhanga
5
Escola Secunda
Nhanga
6
AFLOMO Associação 5 membros
Milha Oito
2 -h
3–m
1 quarto Alface, couve,
de há
repolho
e
tomate
1 quarto Alface, couve,
de ha
repolho
e
tomate
1 ha
Cebola, alface e
couve.
de
Tipo
de
culturas
Repolho, couve
alface, tomate,
pimento, feijão
boer
Tecnologia
Agricultura de
conservação,
rega gota gota
ecológica,
consorciação
de culturas, c
malching
Produção
orgânica,
adubos
químicos com
uréia,
compostos
orgânicos
Produção
orgânica,
adubos
químicos com
uréia,
compostos
orgânicos.
Agricultura de
conservação
Agricultura de
conservação
Agricultura de
conservação
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
82
Servicos Distrital de Actividades Economicas da Beira
Organizacao de Camponeses em Associacoes Agrarias na Cidade
da Beira
N
Nome da Associacao
N. de
Membr
os
H M Localizacao
Ana Maria
1987 Chitundo
Francisco
1993 Mandenga
Lindomar
1993 Guta
Tipo de Producao
Praticada
Associacao de Camponeses de
1 Louro
Associacao de Jovens Agricultores
2 A
Associacao de Jovens Agricultores
3 B
2
45 0
3
36 0
2
35 9
Associacao de Camponeses da
4 Sogere
3
13o Bairro
38 2 6 Nhacongo
Joaquim
1987 Jone
N Horticolas diversas, arroz e
Nao ao batata doce
Associacao de Camponeses de
5 Ndunda
Associacao de Camponeses de
6 Nhapimbe
Associacao … de Camponeses
7 Matadouro A
Associacao de Camponeses
8 Matadouro B
18o Bairro
10 5 5 Ndunda
18o Bairro
13 4 9 Ndunda
1
21o Bairro
18 7 1 Matadouro
1 1 22o Bairro
31 6 5 Matadouro
2 15o Bairro
20 0 0 Chingussura
Manuel
2007 Francisco
Vicente
2002 Varela
Amade
2006 Maca…
Mambuque
2008 Mugamremba
Si
2006 Maria Aleixo m
N
Nao ao
N
Nao ao
N
Nao ao
N
Nao ao
N
ao
9 Associacao Ana Akussara
2 16o Bairro
5 Vila Massane
21o Bairro
6 Chamba
21o Bairro
6 Chamba
Ano de
Fundac Nome do
ao
Lider
D
Le Nao U
ga Leg A
l al
T
Si
N
m Nao ao Horticolas diversas
N
Nao ao Horticolas diversas
N
Nao ao Horticolas diversas
Horticolas diversas, arroz e
batata doce
Arroz e batata
Horticolas diversas e batata
doce
Horticolas diversas, arroz e
batata doce
Horticolas diversas e arroz
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE MOÇAMBIQUE”
83
Cont
Ar acto
ea s
8457
2662
8
5
11
8
8425
4741
6
1
8260
0262
11
1
5
1,
5
1,
4
0,
1
Associacao Agro-Pecuaria de
10 Nhangao Sede
2
23o Bairro
27 1 6 Nhangao
Madoda
1999 Jorge
11 Associacao Cristo eh a Solucao
1 1 23o Bairro
30 8 2 Nhangao
Vengai Rufu
2009 Chicano
Albano
2011 Antonio
Si
m
2011
Si
m
Associacao Agro-Pecuaria Uniao
14 Faz a Forca
2
23o Bairro
30 1 9 Nhangao
23o Bairro
1
Nhangulo
15 0 5 Nhangao
23o Bairro
1
Nhangulo
15 0 5 Nhangao
Horticolas diversas,
N mandioca e criacao de
ao animais
11
Horticolas diversas, plantas
N medicinais, fruteiras e
ao mandioca
3
Horticolas diversas, plantas
8465
N medicinais, fruteiras e
8473
ao mandioca
3
8
8265
N Horticolas diversas, batata 0, 5194
ao doce e mandioca
45
7
2011
Si
m
N Horticolas diversas, batata
ao doce e mandioca
Associacao Agro-Pecuaria de
15 Nhambira
1
Nhangao
15 0 5 Nhambira
2011
Si
m
N Horticolas diversas, batata
ao doce, mandioca e arroz
Associacao Agro-Pecuaria de
16 Tchissungwe
1
Nhangao
15 0 5 Tchissungwe
2011
Si
m
N Horticolas diversas, batata
ao doce e mandioca
Associacao Comunitaria de gestao
17 de Recursos Naturais
18 Associacao de Pescadores Djalane
Associacao Agro-Pecuaria Goanda
19 Muari
Nhangao
10 4 6 Djalane
1
Nhangao
10 0 0 Djalane
2
27 5 2 Bairro do Vaz
2010
Si
m
Si
m
Si
m
N
ao
N
ao
Si
m
Associacao Agro-Pecuaria
20 Mulheres de Chota
3
33 1 2 Chota
2010
Si
m
Associacao Agro-Pecuaria do Poder
12 de Deus
Associacao Agro-Pecuaria Nova
13 Vida
2010
2011
Si
m
Plantas medicinais e
processamento
Pesca de peixe variedades
diversas
Horticolas diversas, arroz,
batata doce costura
Arroz, batata doce e
N criacao de aves (frangos e
ao patos)
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE MOÇAMBIQUE
84
0,
35
8265
0, 5194
45
7
8265
0, 5194
87
7
8241
2018
10
0
0,
25
0,
25
21 Associacao Tagumanicanave
Associacao de Camponeses AWA
22 NDI MANJA ANGA
23 ADESMO
Associacao Agro-Pecuaria Grupo
24 de Apoio
Associacao Agro-Pecuaria
25 Hupenho Wedo
26 Associacao Agricola Ngatibename
27 Associacao de Avicultores da Beira
Associacao Agro-Pecuaria BVIDEC
(… Visao Desenvolvimento
28 Comunitario Chota)
1 1
23 3 0 Chota
17o Bairro
10 3 7 Mungassa
2010
Joao
2010 Domingos
16o Bairro
14 8 6 Vila Massane
Munhava Vaz
2010
2
25 5 0 Chota
2010
1 1
31 9 2 Chota
Paulino
Lourenco
2011 Francisco
Inhamizua
2
30 6 4 Chota
29 Associacao de Artes e Danca
Associacao de Produtores e … de
30 carvao Sofala
Manga Mascarenhas
N
ao
N Aves, batata doce e
ao horticolas diversas
Si
m
Si
m
Si
m
N
ao
N
ao
N
ao
Si
m
Si
m
Si
m
Si
m Producao de Frango
Arroz e assistencia aos
N doentes de HIV-SIDA e
ao Micro-credito
N
ao Horticolas, artes e danca
Si
m
Si
m
Si
m
2010
2010
Cooperativa de Deficientes Visuais da Manga
31 - Mascarenhas
Si
m
Si
m
Francisco
Si
m
8475
0, 0204
15
1
5
8260
Horticolas diversas, arroz e
4202
apoio a criancas orfas
3
7
Arroz e batata doce e apoio
HIV-SIDA
3
Arroz e assistencia aos
0,
doentes de HIV-SIDA
15
0,
15
0,
15
Venda de carvao
Si Arroz, batata doce e
m horticolas diversas
3 2
60 2 7
6 7 9
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE MOÇAMBIQUE
85
8441
3, 8438
2
2
96
,4
2
MATRIZ DAS ASSOCIAÇÕES AGRO-PECUÁRIOS EXISTENTES NO DISTRITO DE
TSANGANO
N/
O
Nome /associaciacao
Actividade
Nr de membros
H
M
Legalizada
Total Sim
nao
Fonte de finaciamento
FDD Agricult F.M.L
Area de
producao(ha
)
Outros
Localizacao
Aldeia
Culturas praticadas / Pecuaria
Loc
PA
B. reno Milh
Chulugamo sede
sede
x
Bens Patrimonias
Feij
Trigo
bov
junt m.bom b.ped
bas
x
x
x
nao
nao
nao
nao
Agric Pec
1 Assoc. Uninado
x
11
8
19
x
nao
nao
nao
nao
25
2 Assoc. Tigwirizane
x
12
18
30
x
nao
nao
nao
nao
25
Chitambe
sede
sede
x
x
x
x
nao
nao
nao
nao
3 Assoc. Acabar com Fome
x
24
4
28
x
nao
nao
nao
nao
60
Njaladira
sede
sede
x
x
x
x
nao
nao
nao
nao
4 Assoc. Thiajane
x
14
4
18
x
nao
nao
nao
nao
28
Chauarine
sede
sede
x
x
x
x
nao
nao
nao
nao
5 Assoc. Chigwirizano
x
10
8
18
x
sim
nao
nao
nao
24
Chulugamo sede
sede
x
x
x
x
nao
nao
nao
nao
6 Assoc. Muana Alirenji
x
3
14
17
x
nao
nao
nao
nao
24
Chulugamo sede
sede
x
x
x
x
nao
nao
nao
nao
7 Assoc cabar com pobreza
x
13
6
19
x
nao
nao
nao
nao
24
Chulugamo sede
sede
x
x
x
x
nao
nao
nao
nao
8 Assoc. Tikumbe
x
9
11
20
x
nao
nao
nao
nao
30
Chulugamo sede
sede
x
x
x
x
nao
nao
nao
nao
9 Assoc. Tinverane
x
16
3
19
x
nao
nao
nao
nao
28
Chulugamo sede
sede
x
x
x
x
nao
nao
nao
nao
10 Assoc. Rosita
x
12
9
21
x
nao
nao
nao
nao
24
sede
sede
sede
x
x
x
x
nao
nao
nao
nao
11 Assoc. Nvuwa
x
6
4
10
x
nao
nao
nao
nao
15
Nvuwa
sede
sede
x
x
x
x
nao
nao
nao
nao
12 Assoc. Massakha two
x
0
11
11
x
nao
nao
nao
nao
16
Misakha2
sede
sede
x
x
x
x
nao
nao
nao
nao
13 Assoc. Zanchito thula
x
9
2
11
x
nao
nao
nao
nao
15
Thula
sede
sede
x
x
x
x
nao
nao
nao
nao
14 Assoc Vanane 1
x
15
3
18
x
nao
nao
nao
nao
21
Nvanane
sede
sede
x
x
x
x
nao
nao
nao
nao
15 Assoc Vanane 2
x
13
6
19
x
nao
nao
nao
nao
22
Nvanane
sede
sede
x
x
x
x
nao
nao
nao
nao
16 Assoc Eduardo Mondlane
x
15
17
32
x
nao
nao
nao
nao
40
Msakha
sede
sede
x
x
x
x
nao
nao
nao
nao
17 Assoc Josina Machel
x
14
9
23
x
nao
nao
nao
nao
30
Msakha
sede
sede
x
x
x
x
nao
nao
nao
nao
18 Assoc Eduardo Mondlane
x
12
6
18
x
nao
nao
nao
nao
20
Kanjedza
sede
sede
x
x
x
x
nao
nao
nao
nao
19 Assoc Ddichiteje
x
8
7
15
x
nao
nao
nao
nao
20
Kanjedza
sede
sede
x
x
x
x
nao
nao
nao
nao
20 Assoc. Forca da Mudanca
x
34
5
39
x
nao
nao
nao
nao
45
Bifollo
sede
sede
x
x
x
x
nao
nao
nao
nao
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE MOÇAMBIQUE
86
21 Assoc. Thacondwera
x
23
7
30
x
nao
nao
nao
nao
40
Kachena
sede
sede
x
x
x
x
nao
nao
nao
nao
22 Assoc Tikondane
x
25
6
31
x
nao
nao
nao
nao
38
Kalipale
sede
sede
x
x
x
x
nao
nao
nao
nao
23 Assoc campo verde
x
27
8
35
x
nao
nao
nao
nao
40
Bungue
sede
sede
x
x
x
x
nao
nao
nao
nao
24 Assoc. Tigwirizane
x
26
8
34
x
nao
nao
nao
nao
40
Malinde
sede
sede
x
x
x
x
nao
nao
nao
nao
25 Assoc Zabuino ziri Tsogolo
x
28
3
31
x
nao
nao
nao
nao
35
Machissi
sede
sede
x
x
x
x
nao
nao
nao
nao
26 Assoc Nanhabwe
x
21
13
34
x
nao
nao
nao
nao
40
Francisco
sede
sede
x
x
x
x
nao
nao
nao
nao
27 Assoc Kathu Nkama
x
27
13
40
x
nao
nao
nao
nao
50
M.Saui
sede
sede
x
x
x
x
nao
nao
nao
nao
28 Assoc Titadizani
x
27
4
31
x
nao
nao
nao
nao
39
Mbidzi
sede
sede
x
x
x
x
nao
nao
nao
nao
29 Assoc Titadizani
x
17
7
24
x
nao
nao
nao
nao
30
Phenda
sede
sede
x
x
x
x
nao
nao
nao
nao
21
3
24
x
nao
nao
nao
nao
0
sde
sede
sede
nao
nao
nao
nao
nao
nao
nao
nao
20
0
20
x
nao
nao
nao
nao
0
30 Assoc. Agrodilers
31 Assoc criadores/ bovino
TOTAL
x
30
1
512 227
739
0
31
1
0
0
0
ntengo wa ntengo nteng wa
wa
888
0
0
0
0
0
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE MOÇAMBIQUE
0
87
0
0
0
0
0
ANEXO 4 – REGADIO S E TECNOLOGI AS EXISTENTES E EVOL UÇÃO HISTÓRICA
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO
CENTRO DE MOÇAMBIQUE”
88
(Regadios no public expenditure review de 2008)
O inventário de regadios realizado nos anos 2001-2002 contabilizou 118.120 ha infra-estruturados para irrigação,
dos quais 40,063 ha estavam operacionais, ou seja apenas 34% do total. Também indicava que 64% do total de
terras infra-estruturadas se localizava na região a sul do rio Save e 33% na região central do país. A Região Norte
beneficiáva, apenas de 3% das áreas infra-estruturadas para irrigação e de somente 1.5% do total da área
operativa. A estrutura geral da distribuição das áreas infra-estruturadas e das efectivamente irrigadas em 2002,
discriminada segundo a dimensão (classe) do esquema e a região onde se situam é apresentada na Tabela 4.1.
Em termos regionais, verifica-se que na zona Norte apenas 20% das áreas infra-estruturadas estavam operacionais
(estando completamente inoperativos os importantes perímetros de Chipembe e de N´guri), sendo essa proporção
de 42% na região Centro e de 31% na região Sul (estando fora de serviço a volta de 30,000 ha nos regadios de
Chókwè e do Baixo Limpopo).
Sumário da área com infra-estrutura para irrigação e área operativa, distribuídas por região e classe, conforme
registado no inventário nacional de 2002.
(ha)
Norte
(%)
Classe A (<50 ha)
Classe B (50-500 ha)
Classe C (>500 ha)
Total
% em relação ao total
nacional
592
1.760
1.000
3.352
Classe A (<50 ha)
Classe B (50-500 ha)
Classe C (>500 ha)
Total
% em relação ao total
nacional
200
461
0
661
Classe A (<50 ha)
Classe B (50-500 ha)
Classe C (>500 ha)
Total
(ha)
Centro
(%)
Sul
(ha)
Total
(%)
(ha)
Área com infra-estruturas para irrigação
17
1.428
4
4.369
53
6.653
17
11.234
30
30.949
79
60.135
100
39.030
100
75.738
2,8
33,0
6
15
79
100
64,1
6.389
19.647
92.084
118.120
5
17
78
100
100
Área efectivamente operacional
30
624
4
2.452
70
1.584
10
2.635
0
14.049
86
18.058
100
16.257
100
23.145
1,6
40.6
11
11
78
100
57,9
3276
4680
32107
40063
8
12
80
100
100
Proporção da área operacional sobre a area equipada na região
34
44
56
26
24
23
0
45
30
20
42
31
(%)
51
24
35
34
Na Tabela abaixo, é apresentada a quantidade e a evolução da actividade de reabilitação e construção de regadios
pelo sector público desde 2001 até 2007. É de salientar um incremento gradual das áreas incorporadas à produção
agrícola irrigada ao longo do período 2002-2007, e o facto de que cerca de 85% dessas áreas está situada na região
Sul do País, mesmo sem contar a reabilitação do regadio de Chókwè.
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO
CENTRO DE MOÇAMBIQUE”
89
Áreas reabilitadas e construídas para irrigação de 2001 a 2007 – (ha)
Província
Maputo
Gaza13)
Inhambane
Sofala
Manica
Tete
Zambézia
Nampula
Niassa
Total
2001
7
0
0
26
0
0
0
0
33
2002
10
0
5
20
0
0
150
0
185
2003
250
745
501
0
176
43
0
0
1715
2004
876
930
90
0
0
0
21
20
1937
Ano
2005
275
1940
0
40
192
0
18
0
2465
2006
580
598
452
75
183
20
54
119
15
2576
2007
420
1800
320
60
100
20
50
35
0
3255
Total
2418
6013
1368
221
651
83
293
174
15
11216
Assim, entre 2001 e 2007 foram reabilitados ou construídos cerca de 18.000 ha com fundos públicos, dos quais
1.000 ha foram novas construções. A área reabilitada inclui cerca de 5.000 ha do regadio do Baixo Limpopo e à
volta de 7.000 ha do regadio de Chokwé.
Se a este número se adicionarem cerca de 10.000 ha reabilitados pelo sector privado, principalmente pelas
açucareiras e algumas empresas agrícolas de média dimensão, e outros 5.000 ha construídos por essas mesmas
empresas e por milhares de pequenos agricultores, teremos que actualmente o balanço das terras irrigadas
operacionais situa-se entre os 70.000 e os 75.000 ha. Na abaixo, faz-se um balanço da situação das áreas irrigadas
no final de 2007.
Estimativa das terras irrigadas no final de 2007 - (ha)
Inventário de 2002
Áreas irrecuperáveis em 2002
Áreas equipadas e de possível reabilitação em 2002 (1)-(2)
Áreas operacionais em 2002
Áreas reabilitadas pelo sector público de 2002 a 2007
Estimativa de áreas construídas pelo sector público de 2002 a 2007
Estimativa de áreas reabilitadas pelo sector privado de 2002 a 2007
Estimativa de áreas construídas pelo sector privado de 2002 a 2007
Áreas operacionais no final de 2007 (4)+(5)+(6)+(7)+(8)
Áreas infraestruturadas em 2007 (3)+(6)+(8)
Áreas por reabilitar em 2007 (10)-(9)
118.000
15.000
103.000
40.000
17.000
1.000
10.000
5.000
73.000
108.000
35.000
Um elemento importante a ter em conta na leitura da tabela acima é o facto de no inventário de regadios de 2002
terem sido registadas áreas infra-estruturadas que foram completamente destruídas pelas cheias de 2000, elas ou
estão salinizadas (7.000 ha em Chókwè), ou são áreas que tendo funcionado muito pouco depois de construídas
agora são consideradas como de exploração inviável devido aos custos de operação ou problemas de projecto
técnico. Estima-se que cerca de 15.000 ha podem ser reportados nesta situação.
13
Os valores da Província de Gaza não incluem o Regadio de Chókwé
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
90
Tecnologia da irrigação e culturas irrigadas
No inventário de 2002 foi identificada a utilização de três métodos de rega principais nas áreas operativas, conforme
ilustrado na Tabela 4.4 onde a rega por aspersão é predominante, devido ao uso que dela fazem as plantações
irrigadas de cana-de-açúcar. Infelizmente não foi possível obter a mesma classificação para o total da área infraestruturada, onde se sabe que a rega superficial é predominante. Outra informação que importa retirar desta tabela
é o facto que a maior parte das áreas de irrigação modernas (com uso de rega por aspersão) são as que
provavelmente estão operacionais. Repare-se também que a rega sub-superficial (rega por maneio do lençol
freático) tem uma expressão de cerca de 8% entre as áreas operativas registadas em 2002, localizando-se
predominantemente na região Sul (2.815 ha, 12% do total na região) e Centro (527 ha, 3%).
Métodos de Rega nos Sistemas Irrigados Operativos em 2002
Rega superficial
Rega por aspersão
Rega sub-superficial
Total
Norte
(ha)
(%)
656
99
0
0
5
1
661
100
Centro
(ha)
(%)
4.200
26
11.530
71
527
3
16.257
100
Sul
(ha)
(%)
12.000
52
8.330
36
2.815
12
23.145
100
Total
(ha)
16.856
19.860
3.347
40.063
(%)
42
50
8
100
Esta distribuição dos métodos de rega deve ter mudada como consequência das reabilitações e construções do
período entre 2002 e 2007, principalmente porque só o regadio do Baixo Limpopo contribui para a entrada em
produção de 4.500 ha de rega sub-superficial (machongos). É também de assinalar a expansão das áreas com rega
por aspersão com uso de Pivot central, principalmente nas áreas das companhias açucareiras e noutras áreas
comerciais importantes para a produção de hortícolas.
A eficiência de rega nos sistemas de rega por gravidade é baixa, rondando valores entre 25 a 50%, as mais baixas
ocorrendo nos regadios operados por pequenos produtores. Por outra parte, a eficiência de rega atinge os 70% nas
empresas agrícolas com perímetros irrigados por aspersão. Esta informação, contudo, deve ser objecto de novos
estudos de maneira de se conhecer com maior precisão o comportamento das diversas tecnologias utilizadas nas
diferentes regiões do país
Segundo o Inventario de regadios de 2002, as principais culturas irrigadas eram a cana-de-açúcar, o arroz, os
citrinos, o milho e as hortícolas, com uma baixa intensidade de cultivo (1,1-1,2 cultura/ano). A distribuição geográfica
das áreas e das culturas está ilustrada na tabela abaixo.
Áreas das principais culturas irrigadas segundo o inventário de 2002.
Cana-de-açúcar
Hortícolas
Arroz
Tabaco
Citrinos
Não individualizado
Total
Norte
(ha)
(%)
0
0
301 100
0
0
0
0
0
0
0
0
301 100
Centro
(ha)
(%)
13799
84.9
210
1.3
480
3.0
445
2.7
370
2.3
953
5.9
16257
100
Sul
(ha)
(%)
10059
43.4
6500
28.1
3650
15.6
0
0
0
0
3036
13.1
23145
100
Total
(ha)
(%)
23858
59.6
7011
17.5
4130
10.3
445
1.1
370
0.9
4249
10.6
40063
100
Depois de 2002, como resultado do aumento das áreas irrigadas, verifica-se também um crescimento da produção
irrigada de frutícolas e de hortícolas para exportação mas a extensão das respectivas áreas não está ainda
devidamente contabilizada.
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
91
ANEXO 5 – LISTA DE ENTREVISTAS REALIZADAS COM ACTORES RELEVANT ES
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO
CENTRO DE MOÇAMBIQUE”
92
PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO







BAGC. (varios doadores) Dr. Emerson Zhou 82.3069651, email. [email protected]
PRODEL Uniao Europeia (DNPDR) Dr. Frederico Sitoe 82.7305926 email [email protected];.
PROIRRI (WB_MINAG) Eng.Manuel Magombe 82.8160460 , coordenatore Tecnico Sofala email
[email protected]
PROIRRI (WB MINAG) Eng Lemos Chalula, 82825801350 Coord.tecnico Manica;
PADR (Coop.italiana_DNEA), Dr. Mario Angaroni 82.3063822; [email protected]
AGRO-INVEST (Agro-Empreender; Agro-Garante): Informação de consulta;
PIPE – Projecto de Inovação e Irrigação de Pequena Escala (ADVZ – Agência de Desenvolvimento do Vale
do Zambeze, que abrange Sofala, Manica, Téte e Zambézia); Gestor do Projecto pela iDE, Engº Elias
Come.
INSTITUIÇÕES PÚBLICAS ZONA CENTRO



CEPAGRI, Eng. Manuel Nordinho Wello 82.4275833, [email protected] ; [email protected]
ADVZ, Director Técnico, Engº Nelson Rodrigues
CFM, responsável pelo trafego ferroviário, Sr. Casimiro de Jesus
SOFALA (por completar)
Instituições Públicas:













DPA Manuel Coimbra, 82.3086148
SPA Eng. Edson Massango, 82.0445220
Dep. Economia (SIMA)
Resposansavel zonas verdes extensao rural
DPIC, Rafael X, Chef do Departamento, 82.0171170
IPEX.82.3327775
Astros 82.7222698
IPEME
CPI – Delegação de Sofala
SDAE Dondo, Eng Camilo x, 82,7091760
SDAE Nhamantanda, Caetano Benedito
SDAE Gorongosa,
SDAE Chibabava,
ONGs e crédito à agricultura Sofala:



GAPI, agroinvest_ Rua popular nº 200 – 1º andar, Telef.23322794; Fax.23322937
ADEL_horticultura, Dr, Hamid Taybo, 84.3812590, [email protected]
KULIMA,Coordenador: Marylene Madeleine (Beira, e Regional), [email protected]
Actores privados na cadeia de valor de hortícolas:
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO
CENTRO DE MOÇAMBIQUE”
93


Mercado Câmara frigoríficas: Cepagri/SPA_Eng.Edson 82.0445220
Principais produtores familiares/associações seleccionados
(Anexar lista, Dondo, Nhamatanda, Gorongosa, Chibabava)
Comerciantes principais
 Casas das Frutas, Taibo Hagi, 82.5017500
 Nutre_Be fresh, Antonio Martins, 84.3040060, email: [email protected]
 Mercado Maquinino na Beira; Nhamatanda; Gorongosa
 Shoprite
 Fábrica de licores (Beira), ananás, manga
 Catering: Significant Site Services (SSS), Dra. Salma Mussa 84.7539787 manager operacional;
MANICA (por completar)
Instituições Públicas:











DPA…
SPA…
Dep. Economia (SIMA). Eng. Fole 82.4643370 SDAE Manica, Eng. Culula 82.7185915, Supervisor; Director
Eusebio Sixpense Focolone
DPIC…
INFOCOM, Carla Cossa, 82.5486801, [email protected]
Estatistica, Nelsa Tomo, [email protected]
CPI, [email protected]
SDAE Gondola, Isabel Jamisse, 82.4236200
SDAE Sussundenga, Castigo Mouzinho Bufama, 82.5881270
SDAE Manica, Eusébio Sixpense Focolone,
SDAE Barue, Zacaria Muzaja, 82.9752470
ONGs:




KULIMA, Manuel Foles (Manica);
RDI, Sussundenga, 82.3036438, horta_fruta;
ADEM: Manuel Queiroz 82.25122414; 82.25122418;
UCAMA, Secretario operacional, Zacarias Ucama, 82.2955460, [email protected]
Instituições de microfinanças (crédito):




Kulima microcrédito (Nhamatanda)
Gapi Agroinvest. Joao Mausse, 82.4174070, Av. 25 de Setembro ( Instalações Mar Azul nº 1071 – Teledata
Telef.25124961; 25123082
BancoTerra, X Machado
Banco Oportunidade, X
Actores privados na cadeia de valor de hortícolas:
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
94










Vanduzi/Mozfood, Manica:Carlos Henrique (CEO), 82.3000710 [email protected].
Malcolm Austin General Manager Companhia de Vanduzi SA Tel: (+258) 25 122754 Mob: (+258) 84
3103001
Estrada Nacional no 7, PO Box 433, Vanduzi, Manica, Moçambique, www.mozfoods.com
CZ – Companhia de Zembe, Gerente e sócio António Manjate
Phoenix Manica, Keven Gifford 82.6867529, [email protected]
Trans Tembwe Farm, Chimoio: Matsinho_Antenas 12km., 84.2686370
Ausmoz, Manica, 84.3055727
Fruit Manica, 82.5094110, 86.2818630
Agrisa, Manica
Fruit Centro, Barue, 82. 5713699 Peter Waziway
Macs in Moz, Sussundenga, 82.5662839
WAPCOS (em parceria com PROIRRI)
Pequenas/Médias empresas
 Lopes Quitchine, Manica, 82.5977810, Litchi
 Unidade de producao gecua, Manica, 82.3841878, Sr.Mabatana
 Santos, Manica, 82.5331261, Batata;
 Gani_EL, Dombe, 84.3200660, fruteiras;
 Pedro Paulino Dombe, 82.5013390, fruteiras/manga;
 Sociedade Agostinho Filipolis, 82.9909204/82.3215800;
 Farma luz do sol, Barue, 82.9268316, horto-fruta;
 Lista associações zonas verdes(em anexo)
Processamento hortofrutícola:
 Fábrica de Sumo Macate, 82.2510780, [email protected]
TETE (por completar)
Instituições Públicas:




DPA
SPA
IPEME
CPI
Instituições de microfinanças (crédito):


GAPI_Agrinvest, Eduardo da Silva, 82.5802430, TETE. Av.Da Independência R/C Telef.25224178; Fax
.25224180
BOM…..
ONG´s:

KULIMA, Saul Guente (Tete)
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
95
Actores privados na cadeia de valor de hortícolas:




Farm Fresh, Sr. Shaun Cawood, [email protected] 84.4957103 (nota: service provider para
companhia mineiras/refeições) com uma unidade de processamento (lavagem/empacotamento e
distribuição as companhia mineiras em Tete)
Catering SERVICO...
Catering ISC.....
Vazal…..
“ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOL UMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO N A CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE
MOÇAMBIQUE
96

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