2011 - Relatório de Disciplina de Mercado
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2011 - Relatório de Disciplina de Mercado
DISCIPLINA DE MERCADO Aviso 10/2007 2011 Índice Enquadramento ............................................................................................................................... 5 I – Declaração de Responsabilidade................................................................................................... 6 II – Âmbito de Aplicação e Políticas de Gestão de Risco....................................................................... 8 III – Adequação de Capitais ............................................................................................................ 26 IV – Risco de Crédito de Contraparte ............................................................................................... 36 V - A – Risco de Crédito – Aspectos Gerais ....................................................................................... 39 V - B – Risco de Crédito – Método Padrão ........................................................................................ 47 VI – Técnicas de Redução do Risco de Crédito.................................................................................. 49 VII – Operações de Titularização ..................................................................................................... 54 VIII – Riscos de Posição, de Crédito de Contraparte e de Liquidação da Carteira de Negociação ........... 60 IX – Riscos Cambial e de Mercadorias das Carteiras Bancária e de Negociação .................................... 62 X – Posições em Risco sobre Acções da Carteira Bancária .................................................................. 63 XI – Risco Operacional ................................................................................................................... 70 XII – Análise de Sensibilidade dos Requisitos de Capital .................................................................... 72 XIII – Anexos ................................................................................................................................ 78 Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 2 Quadros Quadro II.1. Sociedades de natureza não financeira e sem o exercício de actividade subsidiária ............. 9 Quadro II.2. Entidades do Grupo que deduzem aos fundos próprios..................................................... 9 Quadro III.1. Adequação de Capitais - Fundos Próprios ..................................................................... 33 Quadro III.2. Adequação de Capitais - Requisitos de Fundos Próprios................................................. 34 Quadro III.3. Adequação de Capitais ............................................................................................... 35 Quadro IV.1. Risco de Crédito de Contraparte .................................................................................. 37 Quadro IV.2. Coberturas com Derivados de Crédito........................................................................... 38 Quadro IV.3. Instrumentos Derivados de Crédito .............................................................................. 38 Quadro V.1. Impacto da Imparidade do Crédito nos Resultados do Exercício....................................... 41 Quadro V.2. Posições em Risco ....................................................................................................... 44 Quadro V.3. Distribuição geográfica das posições em risco ................................................................ 44 Quadro V.4. Distribuição sectorial das posições em risco ................................................................... 44 Quadro V.5. Repartição das posições vencidas e objecto de imparidade.............................................. 45 Quadro V.6. Correcções de Valor e Provisões.................................................................................... 46 Quadro V.7. Distribuição da posição em risco original por prazo de vencimento residual....................... 46 Quadro V.8. Risco de Crédito - Método Padrão ................................................................................. 48 Quadro VI.1. Técnicas de redução do risco de crédito - Método Padrão .............................................. 52 Quadro VI.2. Análise de Concentração - Protecção Pessoal e Real do Crédito ...................................... 53 Quadro VII.1. Operações de Titularização - Principais Características.................................................. 54 Quadro VII.2. Operações de Titularização ........................................................................................ 55 Quadro VII.3. Notações de Rating por operação de titularização ........................................................ 57 Quadro VII.4. Cessões Adicionais .................................................................................................... 58 Quadro VII.5. Operações de Titularização - Análise de Perdas............................................................ 58 Quadro VII.6. Operações de Titularização - Método Padrão ............................................................... 59 Quadro VII.7. Operações de Titularização - Síntese de actividades ..................................................... 59 Quadro VIII.1. Requisitos de Fundos Próprios - Carteira de Negociação .............................................. 61 Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 3 Quadro X.1. Posições em Risco sobre Acções - Carteira Bancária........................................................ 69 Quadro XI.1. Risco Operacional - Indicador Relevante....................................................................... 70 Quadro XI.2. Risco Operacional - Indicador Relevante....................................................................... 71 Quadro XII.1. Risco de Taxa de Juro - Carteira Bancária.................................................................... 77 Quadro XII.2. Risco de Taxa de Juro - Carteira Bancária.................................................................... 77 Quadro XII.3. Risco de Taxa de Juro - Carteira Bancária.................................................................... 77 Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 4 Enquadramento O presente documento destina-se a divulgar ao mercado informação mais detalhada sobre a solvabilidade e perfil de risco do Grupo Rentipar Financeira S.G.P.S., S.A., adiante designado por Grupo ou Banif – Grupo Financeiro, no âmbito do enquadramento regulamentar do Pilar III de Basileia II, complementando o Relatório e Contas de 2011 do Grupo. No sentido de dar cumprimento ao exposto no Aviso n.º 10/2007 do Banco de Portugal, o Grupo disponibiliza informação sobre a gestão dos riscos assumidos e a adequação do capital, face aos objectivos definidos e aos processos e sistemas de avaliação instituídos, valorizando os montantes envolvidos e a sua natureza, considerados quer individualmente, quer de forma agregada. O presente documento segue a estrutura determinada pelo anexo do aviso referido sendo que os pontos que não se encontram mencionados, não apresentam relevância significativa para o Grupo. A informação divulgada reporta-se ao exercício findo em 2011 e é apresentada em base consolidada para o Banif - Grupo Financeiro. Ainda, e no que respeita à divulgação pública do documento, nos termos referidos no n.º 20, Capítulo V – Divulgação do Aviso n.º 10/2007 do Banco de Portugal, salientamos que este é disponibilizado na opção “Publicações Obrigatórias” no endereço do site www.rentipar.pt, em conjunto com outra informação de interesse público para os investidores e que complementa a presente informação. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 5 I – Declaração de Responsabilidade O Conselho de Administração da Rentipar Financeira S.G.P.S., S.A., com sede na Avenida Barbosa du Bocage, 85 - 5º - 1050 – 030 Lisboa, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa sob o número único de matrícula a pessoa colectiva 502 176 881 declara, nos termos e para os efeitos expostos no Aviso n.º 10/2007 do Banco de Portugal, que: - Foram desenvolvidos todos os procedimentos considerados necessários e que, tanto quanto é do seu conhecimento, toda a informação divulgada no presente documento “Disciplina de Mercado”, elaborado com referência ao final do exercício de 2011, é verdadeira e fidedigna; - Assegura a qualidade de toda a informação divulgada incluindo a referente ou com origem em entidades englobadas no grupo económico no qual a instituição se insere; - Assume o compromisso de divulgar, tempestivamente, quaisquer alterações significativas que ocorram no decorrer do exercício subsequente àquele a que o documento “Disciplina de Mercado” se refere; - Registaram-se eventos relevantes, nos termos do mencionado no n.º 2 do Anexo I do Aviso n.º 10/2007 do Banco de Portugal, ocorridos entre o termo do exercício a que o documento se refere e a data da sua publicação, que importa mencionar: a) Foram assinados em 12 de Junho de 2012, os acordos definitivos mediante os quais o Banif – Banco de Investimento (Brasil), S.A., vendeu ao Grupo Caixa Geral de Depósitos, pelo preço de 55,7 milhões de reais (BRL), os remanescentes 30% de que era titular no capital social da Banif Corretora de Valores e Câmbio, S.A., a qual integra a Banifinvest, broker on-line no Brasil. A referida venda resulta do exercício, pelo Grupo CGD, de uma call option acordada entre as partes aquando da tomada, por aquele Grupo, de uma participação de 70% na Banif Corretora de Valores e Câmbio, S.A., mediante operação formalizada em 6 de Fevereiro de 2012. b) Na Assembleia-Geral da Banif SGPS, S.A., realizada no dia 22 de Março de 2012 foi deliberada a extinção do Conselho Consultivo e da criação de um novo órgão estatutário, em substituição deste, designado por Conselho Superior Corporativo, tendo também sido eleitos os membros para o Conselho de Administração, para o exercício de funções no triénio 20122014. c) A Moody’s Investor Service, no dia 28 de Março de 2012 anunciou ter revisto em baixa as notações de rating de cinco instituições de crédito portuguesas, concluindo assim a revisão iniciada no dia 15 de Fevereiro, decorrente da revisão em baixa do rating da República de Ba2 para Ba3, no passado dia 13 de Fevereiro. Neste contexto, relativamente ao Banif Banco Internacional do Funchal, S.A., instituição integralmente detida pela Banif SGPS, S.A., Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 6 a Moody’s reviu em baixa o rating de Longo Prazo de Ba3 para B1, com “Outlook Negativo”, mantendo o rating de Curto Prazo em “Not Prime”; Mais recentemente, a 5 de Abril de 2011, a Fitch Ratings anunciou ter revisto em baixa as notações de rating de seis instituições de crédito portuguesas, em consequência da revisão em baixa do rating da República de "A-" para "BBB-", ocorrida no passado dia 1 de Abril. Neste contexto, reviu em baixa os ratings do Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. de "BBB-" para "BB" (Longo Prazo) e de "F3" para "B" (Curto Prazo). d) O Banif – Grupo Financeiro participou, no decurso do 2.º semestre de 2011 e 1.º semestre de 2012, no Programa Especial de Inspecções (SIP) realizado como parte das medidas e acções acordadas pelas autoridades portuguesas, relativamente ao sistema financeiro, no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira estabelecido com o FMI/EU/BCE em Maio de 2011. Este Programa de Inspecções abrangeu os 8 maiores grupos bancários portugueses, incluindo o Grupo Rentipar Financeira (Banif – Grupo Financeiro), e teve como objectivo validar, com referência a 30 de Junho de 2011, os dados sobre risco de crédito utilizados na avaliação da sua solidez financeira, através de uma avaliação independente das suas carteiras de crédito em Portugal e da adequação das suas políticas e procedimentos de gestão de risco, bem como da confirmação do cálculo dos requisitos de capital para risco de crédito e a avaliação das metodologias e parâmetros utilizados para os testes de esforço (Stress Test). Em resultado destas avaliações, o Grupo tem estabelecido um plano de melhorias e monitorização que permitirá mitigar as insuficiências identificadas. Para os efeitos julgados necessários atesta-se que o acima declarado corresponde à verdade dos factos. Lisboa, 29 de Junho de 2012 Conselho de Administração Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 7 II – Âmbito de Aplicação e Políticas de Gestão de Risco II.I - Bases e Perímetros de consolidação A Rentipar Financeira S.G.P.S., S.A., é a “Empresa-Mãe” do Banif - Grupo Financeiro, com sede na Avenida Barbosa du Bocage, n.º 85 – 5º, 1050 – 030 Lisboa, capital social de 135 milhões de Euros, tem como objecto exclusivo a gestão de participações sociais noutras Sociedades. O Banif – Grupo Financeiro é composto por Sociedades de competência especializada nos sectores bancário e segurador, apoiadas num conjunto de outras sociedades que operam em diversas áreas do sector financeiro. Estas participações encontram-se fundamentalmente integradas na Banif S.G.P.S., S.A., sociedade cotada e holding do Banif – Grupo Financeiro. Considerando a Banif S.G.P.S, S.A. como a Entidade do Grupo actuante no sector financeiro, a informação qualitativa divulgada no presente relatório reflecte, essencialmente, o ambiente dos riscos, as estratégias, as políticas e, bem assim, os procedimentos que são relevados por esta Entidade, enquanto dinamizadora da actividade financeira do Grupo. No que concerne ao perímetro de consolidação para fins prudenciais, as Entidades do Grupo elegíveis constam do Anexo 1, exceptuando-se as Sociedades de natureza não financeira e sem o exercício de actividade subsidiária no Grupo, conforme quadro seguinte: Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 8 Quadro II.1. Sociedades de natureza não financeira e sem o exercício de actividade subsidiária Data de referência: 31-12-2011 Nome da Sociedade Sede % de Participação (*) Detentor do Capital Ecoprogresso Trading, SA Portugal Banif - Banco de Investimento S.A. 50,00% Tiner Polska Polónia Imopredial 78,05% Banif Açor Pensões - Soc. Gestora Fundos Pensões, S.A. Portugal Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. 64,59% Investaçor Hoteis S.A. Portugal Investaçor, SGPS, SA 59,20% Açortur Investimentos Turísticos dos Açores, S.A. Portugal Investaçor, SGPS, SA 49,37% Turotel, Turismo e Hoteis dos Açores, S.A. Portugal Investaçor, SGPS, SA 58,07% Investimentos Turísticos e Similares e Apart-Hotel Pico Lda. Portugal Açortur Investimentos Turísticos dos Açores, S.A. 49,37% Gestarquipark Portugal Imogest 66,19% (*) A Sociedade decidiu reconhecer os investimentos em associadas pela percentagem directa na mesma, deixando de utilizar a percentagem indirecta na associada. Relativamente às diferenças ao nível da base de consolidação para efeitos contabilísticos e prudenciais, refere-se o seguinte: - as Entidades do Grupo incluídas no perímetro de consolidação para efeitos contabilísticos constam do Anexo 1, vide Capítulo XIII do presente documento, sendo que diferem do perímetro para fins prudenciais pelas Sociedades referidas no ponto anterior; - as Entidades do Grupo consolidadas por equivalência patrimonial constam do Anexo 2, vide Capítulo XIII do presente documento; - as Entidades do Grupo que deduzem aos fundos próprios são as seguintes: Quadro II.2. Entidades do Grupo que deduzem aos fundos próprios Data de referência: 31-12-2011 Nome da Sociedade Sede Social Actividade Principal Detentor do Capital % de Participação (*) Valor da Participação Total de Capital Próprio Goodwill Resultado Líquido Contributo Líquido Rentipar Seguros S.G.P.S., S.A. Av. Barbosa du Bocage, 85 Seguradora Banif S.G.P.S., S.A. 47,69% 63.277 834 132.687 795 379 Bankpime, S.A. Travessera de Gràcia, nº 11 Barcelona Banca Banif S.G.P.S., S.A. 28,66% 2.121 - 7.400 (16.335) (4.682) Banca Pueyo, S.A. Virgen de Guadalupe , 2 Villanuea de la Serena, Badajoz Banca Banif S.G.P.S., S.A. 33,32% 27.838 27.449 83.549 5.117 1.705 (*) A Sociedade decidiu reconhecer os investimentos em associadas pela percentagem directa na mesma, deixando de utilizar a percentagem indirecta na associada. II.II - Objectivos e políticas em matéria de Gestão dos Riscos A gestão dos riscos no Banif – Grupo Financeiro assenta na identificação e análise dos principais riscos aos quais o Grupo se encontra exposto, na medição e gestão adequada das diversas posições em risco, e por conseguinte, na determinação da correspondente alocação do capital. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 9 O controlo e a gestão dos riscos assumem-se como um pilar fundamental na garantia da rendibilidade e da sustentabilidade do negócio. A gestão dos riscos do Grupo encontra-se cada vez mais focalizada na obtenção do equilíbrio entre risco e retorno, bem como na redução de potenciais efeitos adversos que podem influenciar a performance financeira do Grupo. O modelo de governance da gestão de riscos corporativo, apresentado em seguida, contempla um controlo transversal das várias Entidades do Grupo, no qual cabe ao Conselho de Administração a responsabilidade última pela definição das Políticas de Gestão e de Controlo de Risco. Notas: (1) Os responsáveis da função Risco de cada uma das entidades indicadas reportam hierarquicamente ao respectivo órgão de administração através do Administrador do Pelouro. Cada Entidade do Grupo possui a sua própria estrutura orgânica de gestão dos riscos, dimensionada em função da actividade e dos respectivos riscos associados, que actua de forma independente das áreas funcionais que os geram, assegurando o princípio da segregação de funções e seguindo as políticas emanadas pelo Conselho de Administração da Banif S.G.P.S., S.A.. O Risco Corporativo constitui-se como um Órgão da Estrutura da Banif SGPS, S.A. dependendo directamente do Conselho de Administração. A função de gestão de riscos de âmbito corporativo é exercida com autonomia e liberdade, tendo acesso à informação solicitada às Entidades do Grupo, possibilitando assim um adequado desempenho das suas competências, de acordo com o seguinte modelo de funcionamento e relacionamento: Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 10 Conselho de Administração Banif S.G.P.S., S.A. Reporte Hierárquico Reporte Orgânico Função Corporativa Órgão de Administração de empresa do Grupo Reporte Funcional Unidade orgânica homóloga Reporte Hierárquico No que respeita às suas atribuições, o Risco Corporativo desenvolve diversas actividades entre as quais se destacam: i) assessorar o Conselho de Administração em matérias relacionadas com o controlo dos riscos do Grupo, nomeadamente propondo políticas, homogeneizando princípios, metodologias e procedimentos, com actuação sobre as estruturas de gestão de riscos do Grupo e ii) actuar como coordenador das actividades do Grupo na área de Gestão dos Riscos identificando, avaliando, acompanhando e promovendo a gestão global dos riscos. O Órgão de Compliance Corporativo assiste, igualmente, o Conselho de Administração, na avaliação e monitorização de outros riscos, igualmente relevantes, essencialmente o risco de compliance e reputacional. Em termos de estruturas de suporte à gestão dos riscos, existem outros órgãos que assumem um papel importante na área de gestão e controlo dos riscos do Grupo, nomeadamente o Comité de Gestão de Activos e Passivos (ALCO – Assets and Liabilities Committee): é um Órgão consultivo do Grupo que assiste o Conselho de Administração da Banif S.G.P.S., S.A na gestão estratégica das principais massas de balanço e, bem assim, na gestão do risco estrutural do Grupo. O ALCO, no desempenho das suas funções, analisa a informação macroeconómica do país e das principais economias regionais, de forma a antecipar impactos na exposição ao risco e na actividade financeira do Grupo. Analisa também a evolução do balanço consolidado do Grupo e de cada uma das suas principais subsidiárias, quer em termos de saldos de crédito e recursos de clientes, quer de margens, disponibilizando ao Conselho de Administração os elementos necessários para a definição dos objectivos estratégicos comerciais (captação de recursos, Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 11 concessão de crédito e políticas de investimento financeiro), de gestão da estrutura de capital, e respectivos prazos, e pricing/margens. De salientar que em 2011 foi criado o Comité de Tesouraria ao nível do Grupo. Este Comité assegurou o acompanhamento regular das posições de liquidez e principais métricas de risco das várias unidades de negócio, tendo como objectivo explícito a mitigação do risco de liquidez contingencial. O Grupo promove a revisão periódica das políticas e dos procedimentos instituídos para a gestão dos riscos de modo a reflectir as alterações nos mercados, nos produtos e nas melhores práticas. O Conselho de Administração é responsável pela definição das referidas políticas contando com o apoio do órgão de Risco Corporativo na avaliação e monitorização dos riscos, acompanhando os riscos mais significativos – risco de crédito, de mercado, de liquidez, risco operacional, risco de negócio/estratégia e o risco imobiliário – e, propondo sempre que necessário, novas políticas e medidas correctivas que assegurem a prevenção e mitigação dos mesmos. Em conformidade com o modelo de Governance instituído, a Banif S.G.P.S., S.A. exerce, no contexto do Centro Corporativo, funções executivas enquanto Holding do Grupo. Deste modo o Centro Corporativo, composto por dez Funções Corporativas e dois Comités, com uma estrutura de elevada competência, reportando o responsável por cada uma a um membro do Conselho de Administração. É da responsabilidade do Conselho de Administração da Banif S.G.P.S., S.A., a gestão das funções corporativas onde o Risco Corporativo e o Compliance Corporativo se englobam. Durante o exercício de 2011, as diversas Funções Corporativas continuaram a desenvolver o seu âmbito de actuação e a aperfeiçoar a qualidade dos seus serviços, consolidando a sua importância na estrutura de governo do Grupo. Estes órgãos contribuem de modo muito relevante na implementação de projectos comuns a várias filiais da Banif SGPS, S.A. e, dentro das suas áreas de actuação, para a definição e concretização de estratégias transversais ao Grupo. Em termos dos diversos riscos inerentes à actividade financeira do Grupo, a respectiva gestão é definida de acordo com políticas e procedimentos que concorrem para as quatro fases do ciclo de gestão dos riscos (Identificação, Medição, Monitorização e Gestão) e, bem assim, para o seu controlo. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 12 Risco de Crédito O risco de crédito é a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou capital, devido à incapacidade de uma contraparte cumprir os seus compromissos financeiros perante o Grupo, incluindo possíveis restrições à transferência de pagamentos do exterior, e constitui um dos riscos mais relevantes a que o Grupo se encontra exposto. A gestão deste risco é efectuada de forma prudente e assenta num conjunto de políticas que orientam toda a actividade do ciclo de vida do crédito. Essas políticas e orientações são estabelecidas em função das estratégias de negócio e do clima económico e social e são ajustadas e revistas sempre que tal se mostre necessário. A concessão de crédito é exercida de acordo com regulamentos próprios com delegação de competências atribuídas em função do risco dos clientes e produtos, tendo ainda em linha de conta, montantes, prazos e rendibilidade. Os normativos são de aplicação genérica no Grupo, porquanto incluem regulamentos aplicáveis a cada uma das áreas de negócio, assim como regras de preparação, análise e acompanhamento do crédito concedido aos clientes. Considerando as características das carteiras, a situação económica e conjuntural do País e as restrições de funding, o Grupo tem vindo a pautar a sua actuação com critérios de prudência adicionais e com políticas de concessão de crédito mais restritivas. A monitorização do risco de crédito assenta no acompanhamento e controlo da evolução da exposição ao risco de crédito da carteira do Grupo e na implementação de acções de mitigação para preservação da qualidade do crédito e dos limites de risco definidos, a qual é concretizada através da preparação regular de indicadores da qualidade do crédito, da produção automatizada de sinais de alerta e da execução de acções a desenvolver em função da classificação dos referidos sinais. Desta forma, é possível antecipar acções de recuperação e actuar na gestão preventiva do incumprimento. A gestão dos referidos eventos de risco assume uma relevância significativa, conseguida pela atribuição de responsabilidades na gestão dos alertas, pelas competências atribuídas aos responsáveis na prestação e actualização da informação e, por fim, pela definição das acções a desenvolver em face da classificação preditiva dos referidos sinais. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 13 Através da preparação regular de indicadores da qualidade do crédito e das respectivas carteiras segmentadas é efectuada a monitorização do risco de crédito, avaliando-se a eficácia das políticas instituídas e a correspondente aplicação de medidas correctivas, sempre que tal se justifique. A avaliação de risco da carteira de crédito é realizada tendo em conta os objectivos qualitativos estabelecidos anualmente, e visa orientar os objectivos quantitativos definidos para a actividade comercial. Assim, fazem parte deste enquadramento, a definição de objectivos de notação de risco da carteira, de concentração/dispersão de exposição ao risco, de distribuição geográfica, sectorial, de grandes riscos, cobertura por colateral, consumo de capital, entre outros. A informação de gestão, preparada regularmente, tem em conta estas variáveis e promove a sua divulgação pelas estruturas de decisão e órgãos de gestão. Considerando as particularidades do portfolio de crédito do Grupo, os modelos internos de notação de risco atendem às características específicas dos clientes, a variáveis históricas de relacionamento e às características das operações, quer qualitativas quer quantitativas. Para efeitos de cálculo dos requisitos regulamentares de fundos próprios ao nível do Pilar I, o Grupo utiliza o Método Standard para o risco de crédito. O Grupo dispõe de Modelos Internos de Notação de Risco para uma parte significativa do seu portfolio de crédito concedido. Os modelos foram desenvolvidos internamente considerando as metodologias mais adequadas para cada um dos segmentos e/ou produtos com base na experiência de incumprimento dos Clientes, e que combinam um vasto conjunto de variáveis sócio-demográficas, de relação da operação e financeiras, proporcionando uma capacidade de avaliação do crédito mais preditiva. Os modelos de Scoring de Admissão, utilizados no momento da concessão do crédito, permitem associar a cada proposta de crédito uma probabilidade de incumprimento (Probability of Default – PD), bem como classificar cada operação em termos de exposição ao risco, até esta perfazer um ano de vida. Os modelos de Scoring Comportamental têm como objectivo medir o risco das operações de crédito de retalho ao longo da sua vida útil, através da análise do comportamento, irregular ou não, das operações com mais de um ano de vida e do respectivo mutuário. O modelo de Rating em utilização no Grupo atribui a cada Cliente (Empresa) uma classificação de risco (entre 1 e 9) de acordo com a sua probabilidade de incumprimento, medindo assim o risco de default da contraparte. Este modelo comporta as vertentes de admissão e comportamental, considerando a regularidade de actualização de informação por cada entidade alvo de notação. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 14 Relativamente à concentração do risco, o Grupo dispõe de um conjunto de métricas internas que permitem acompanhar os índices de concentração, nomeadamente ao nível dos grupos económicos, sectores de actividade, regiões geográficas, entre outros. Os indicadores permitem o controlo e o reporte adequado das exigências regulamentares nesta matéria (vide também Anexo V - A - Risco de Concentração). O acompanhamento dos Clientes que apresentam sinais de alerta ou crédito em incumprimento e a recuperação de créditos são assegurados com base em modelos organizacionais, processos e prazos que privilegiam uma celeridade de actuação, diferenciados em função dos respectivos segmentos de negócio e acompanhados pelos mais altos níveis da gestão. A este propósito o Grupo tem vindo a reforçar as suas equipas de recuperação de crédito e a adequar as suas normas e procedimentos, atentas as condições económicas adversas que têm provocado uma degradação da capacidade financeira do tecido económico empresarial e dos particulares, que se reflecte nos indicadores de incumprimento. Os Clientes do segmento Retalho são geridos com base em estruturas centralizadas, transitando entre os diferentes estágios de recuperação de acordo com prazos pré-definidos que asseguram a sua gestão com base em procedimentos uniformizados, que variam em função da natureza dos clientes e dos créditos e garantias associadas. Os Clientes do segmento Empresas são geridos por núcleos especializados de recuperação, em função da sua proveniência geográfica. Os Clientes transferidos para recuperação são objecto de acompanhamento e recuperação com base em estratégias definidas numa óptica casuística, adequadas a cada caso em particular. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 15 Risco de Mercado Ao nível do Banif – Grupo Financeiro, o risco de mercado decorre essencialmente das exposições em títulos detidos nas carteiras de negociação das várias subsidiárias. Por norma, os derivados contratados têm como objectivo a cobertura económica de posições, principalmente de operações originadas para clientes, através da realização de operações simétricas com outras contrapartes que anulam o risco de mercado entre si e, ainda, de cobertura de riscos da carteira própria e dos veículos de securitização do Grupo. Desta forma, tendo em conta os negócios onde opera, os principais riscos de mercado a que o Banif – Grupo Financeiro se encontra sujeito são os resultantes das variações de taxa de juro, de taxa de câmbio e das cotações de mercado subjacentes aos títulos. A gestão do risco de mercado no Grupo, é desenvolvida com o apoio da ferramenta BarraOne. Este sistema permite analisar o risco das carteiras desagregado pelos vários factores explicativos do risco, nomeadamente entre as componentes de risco específico e risco global (ou de mercado), o qual por sua vez é desagregado em diversos constituintes. O risco total leva em consideração a correlação entre os activos, quer ao nível de topo, quer nos diversos níveis de desagregação do risco. O BarraOne tem como metodologia um sistema Multi-Factor, baseado em fundamentais que incluem características económicas intuitivas na escolha de temas/factores baseados em dados do mercado, de estimação do risco com o objectivo de gestão de risco numa perspectiva forward-looking. O diagrama abaixo sintetiza a forma como o BarraOne desagrega o risco, realizando uma análise de sensibilidade para cada um dos itens aplicáveis à carteira. RISCO TOTAL Risco de Mercado Local Risco Cambial Impacto Correlação Risco Global (Factores Comuns) Risco Específico Impacto Correlação Acções Obrigações Mercados Emergentes Risco Específico Impacto Correlação Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 16 O cálculo do VaR é assim decomposto pelos seguintes factores: Risco Cambial - componente de VaR atribuível ao risco moeda, explícito e implícito, nomeadamente através de investimento indirecto. Devido à extrema sensibilidade deste factor, o modelo utiliza como histórico apenas as últimas 17 semanas de dados. Risco de Mercado Local – componente de VaR atribuível ao risco de mercado, excluindo o risco cambial. O risco para cada mercado é decomposto em 3 componentes: risco global, risco específico, e correlação. Risco Global: consiste no risco explicado por factores comuns de mercado, que inclui risco de indústria, estilo, taxa de juro, spread, mercados emergentes e hedge funds, commodities. Analisa o risco da carteira que advém da sua exposição aos factores específicos de cada mercado/modelo. o Acções: cada activo é classificado no sector onde melhor se enquadra (de acordo com a metodologia do BarraOne), sendo assim calculado a componente do VaR que é explicada pelo sector. Adicionalmente, o modelo captura o risco que deriva do facto do activo: i) deter uma grande capitalização ou uma pequena capitalização; ii) expectativa de crescimento elevado versus avaliações mais baixas; iii) padrão de volatilidade de longo e de curto prazo; o Obrigações: os activos são analisados em duas vertentes: i) taxa de juro (yield curve), que inclui o risco que decorre das alterações da inclinação da curva de rendimentos e da curvatura (twist ou butterfly) e ii) spread, que analisa a diferença entre a curva swap e a curva de dívida pública, e eventos de crédito, calculando a respectiva alocação de VaR. o Mercados Emergentes: mede o risco adicional pelo facto do emitente ser de um país emergente ou pelo facto do activo ter sido emitido num país emergente. Risco Específico – o risco que não é explicado pelos factores comuns, isto é, risco único exclusivo a cada activo e, por isso, diversificável. Este modelo conjuga a estimativa do nível médio de risco específico com valor de risco específico face às características fundamentais do activo. De referir que as instituições do Banif – Grupo Financeiro a operar no Brasil, nomeadamente a unidade de banca de investimento, Banif - Banco de Investimento (Brasil), S.A. e a unidade de banca comercial, Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A., possuem um sistema próprio de controlo e gestão de risco de mercado, utilizado igualmente com objectivos de reporte prudencial, de acordo com as regras da Entidade de Supervisão, o Banco Central do Brasil (BACEN). Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 17 Em termos regulamentares, o Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A. não procede à distinção entre carteira bancária e de negociação, procedendo ao cálculo do VaR para a totalidade das posições. O sistema utilizado é uma importante ferramenta de suporte à gestão e controlo dos riscos destas duas instituições, sendo uma referência no mercado financeiro brasileiro, utilizado pelos principais bancos deste país, permitindo o controlo de limites, testes de aderência e testes de esforço, elaboração de relatórios para a gestão e reporte ao BACEN. O diagrama abaixo sintetiza a forma como o sistema desagrega o risco para o cálculo do VaR. RISCO TOTAL Risco Cambial Acções Derivados Fundos Obrigações Commodities Impacto Correlação Risco de Taxa de Juro O risco de taxa de juro é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas financeiras decorrentes de movimentos adversos nas taxas de juro. Neste caso, é avaliado o risco de taxa de juro numa perspectiva de médio/longo prazo, ao nível da carteira bancária que permita avaliar a exposição do Grupo a este risco e inferir quanto à sua capacidade em absorver variações adversas nas taxas a que se encontra exposto. O risco de taxa de juro é monitorizado em base sistemática em função dos períodos de repricing dos activos e dos passivos. A análise de sensibilidade do risco de taxa de juro, tem como objectivo avaliar a exposição do Grupo a este risco e inferir quanto à sua capacidade em absorver variações adversas nas taxas a que se encontra exposto. Esta análise, tem por base a determinação do nível de exposição efectuada de acordo com os métodos e pressupostos submetidos à aprovação da autoridade de supervisão, considerando um choque standard, positivo e negativo, de 200 pontos base na taxa de juro e o respectivo impacto na situação líquida e na margem financeira (a 12 meses). Contudo, o Grupo determina o impacto, nos seus indicadores internos, de outras magnitudes de choque. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 18 Risco de Liquidez O risco de liquidez, definido como a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital decorrentes da incapacidade da instituição dispor, sobretudo no curto prazo, de fundos líquidos para o cumprimento das suas obrigações financeiras, à medida que as mesmas se vencem, é gerido de forma centralizada no Grupo. Durante o ano de 2011, a política de gestão de tesouraria e a política de financiamento das Instituições Financeiras foi pautada pela necessidade de dar resposta as condições extraordinárias que emergiram da escassez de liquidez nos mercados financeiros, agravada pela crise de endividamento soberano e dos downgrades consecutivos de países e instituições pelas agências de rating, o que ainda dificultou mais o acesso aos mercados. A monitorização dos níveis de liquidez corrente e estrutural, necessários em função dos montantes e prazos dos compromissos assumidos e dos recursos em carteira, é efectuada através da identificação de Gaps de liquidez. Atendendo às condições do mercado, as políticas de obtenção de funding direccionaram-se para a captação de recursos estáveis de clientes e para o financiamento junto do BCE. Esta foi a fonte fundamental de liquidez ao longo do exercício de 2011 mas, com a implementação das medidas preconizadas pelo Plano de Assistência Económica e Financeira (PAEF) para o sistema financeiro, esperase que venha a ser progressivamente reduzida, com o retorno ao normal funcionamento dos mercados e da recuperação económica. Apesar de uma redução generalizada verificada dos níveis de liquidez, quer o liquidity gap quer o cumulative gap mantiveram-se dentro dos limites considerados aceitáveis para os vários períodos analisados. Em virtude da elevada volatilidade que caracterizou os mercados financeiros internacionais onde o Grupo actua, manteve-se um acompanhamento apertado na situação de liquidez corrente, não apenas pelos indicadores presentes nas disposições emanadas do Banco de Portugal, mas também pelos indicadores internos orientados a uma gestão eficiente diária. A avaliação do risco de liquidez do Grupo baseia-se no cálculo e análise de indicadores regulamentares definidos pelas autoridades de supervisão, assim como outras métricas internas para as quais estão definidos limites de exposição. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 19 Assim, é efectuado o apuramento regular da evolução da posição de liquidez do Grupo, identificando-se todos os factores que justificam as variações ocorridas. Este controlo é reforçado com a execução de stress tests de forma a caracterizar o perfil de risco do Grupo e a assegurar que são passíveis de ser cumpridas as suas obrigações num cenário de agravamento da crise de liquidez. A política interna de gestão de liquidez atribui grande relevância à constante monitorização e revisão dos limites de exposição, de forma a reflectirem a cada momento as condições de mercado. No âmbito da gestão da liquidez corrente, enquadradas no Plano de Financiamento de curto prazo do Grupo, têm sido elaboradas regularmente análises quantitativas e qualitativas que permitem identificar eventuais debilidades e preconizar a tomada de medidas correctivas, que visam o restabelecimento das reservas mínimas de liquidez, sempre que se julgue necessário. No cumprimento das regras prudenciais emanadas pelo Banco de Portugal, o Grupo está obrigado a manter um equilíbrio adequado entre os fluxos financeiros associados às rubricas do balanço, de forma a assegurar que dispõem de fundos líquidos para cumprir, em condições razoáveis, as suas obrigações financeiras à medida que as mesmas vencem. Risco Cambial O risco cambial representa as flutuações de valor que os instrumentos financeiros podem sofrer decorrente de alterações verificadas nas taxas de câmbio. O Grupo monitoriza a sua exposição ao risco cambial pelo controlo diário da exposição global das posições abertas assumidas perante as várias moedas, e adopta estratégias globais de cobertura para assegurar que essas posições se mantêm dentro dos limites definidos superiormente. Risco Operacional O risco operacional é o risco de perdas resultantes da inadequação ou deficiência de procedimentos, do pessoal ou dos sistemas internos ou de acontecimentos externos, incluindo os riscos jurídicos. A gestão e monitorização do risco operacional no Grupo é desenvolvida por uma equipa exclusivamente dedicada ao acompanhamento e controlo deste risco. Esta equipa dispõe de meios de trabalho adequados à gestão do risco operacional, nomeadamente, de uma solução tecnológica específica para gestão do risco operacional, ajustada à estrutura do Grupo, que permite a recolha, tratamento e gestão de eventos e perdas desta natureza. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 20 As Entidades do Grupo estão orientadas para a identificação de focos de risco e a sua respectiva mitigação que, sem prejuízo da responsabilização de toda a organização, assentam no contributo dos Gestores de Risco Operacional, distribuídos pelas diversas Direcções das Entidades do Grupo. Relativamente ao modelo de gestão de risco operacional adoptado pelo Grupo, é de salientar que o Risco Corporativo assume um papel de supervisão, validação e coordenação da informação recebida das várias entidades, bem como de apoio a todas as necessidades de formação relevantes, assegurando, deste modo, o desenvolvimento e a disseminação adequada da gestão do risco operacional no Grupo. Na sequência de acções de self-assessment e dos seus resultados, no decurso de 2011, o Risco Corporativo dedicou-se igualmente à promoção de acções de formação em matéria de risco operacional e ao desenvolvimento dos procedimentos e actividades indispensáveis à preparação da candidatura ao Banco de Portugal para aplicação do Método de Abordagem Standard. Risco de Contingência Com o objectivo de reduzir o impacto associado ao risco de contingência, o Banif – Grupo Financeiro, dispõe de uma gestão da continuidade de negócio apoiada, através de meios internos corporativos e externos, no rigoroso controlo dos Planos de Continuidade de Negócio individuais. Desta forma, é garantido o respeito pelas recomendações regulamentares, emanadas pelas respectivas entidades de supervisão e a adequação às condições locais específicas. Nesta matéria, no decurso de 2011, acentuaram-se os esforços ao nível corporativo no sentido de implementação e teste das diversas situações e planos de contingência, tendo actualmente o Banif – Grupo Financeiro, em geral, um adequado estado de desenvolvimento no caminho para a maturidade operacional. Risco de Negócio e de Estratégia O Risco de Negócio caracteriza-se como o risco que ocorre devido à inadequada diversificação dos resultados ou devido à incapacidade de adaptação a um novo ambiente competitivo de modo a obter um nível permanente e suficiente de rentabilidade, cumprindo com o planeamento de negócio estabelecido. Para o Risco de negócio, a metodologia de quantificação utilizada consiste no Earnings at Risk (EaR). A metodologia escolhida é a abordagem que melhor aproveita a informação disponível no Banif - Grupo Financeiro, uma vez que utiliza as séries existentes de proveitos e custos registados para as entidades de Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 21 maior relevo e o planeamento que é efectuado pelas suas Direcções de Contabilidade e Planeamento. Para este risco não foram consideradas técnicas de redução de risco. O risco de estratégia caracteriza-se como o risco que ocorre devido a decisões estratégicas inadequadas, da deficiente implementação das decisões ou da incapacidade de resposta a alterações no meio envolvente, bem como de alterações no ambiente de negócios da Instituição. A metodologia de abordagem do risco de estratégia assenta na elaboração de um assessment qualitativo, nomeadamente no que se refere à probabilidade de concretização dos objectivos estratégicos do Grupo face à actual conjuntura e aos controlos implementados, que procura captar o impacto da estratégia na execução do negócio e, consequentemente, o seu impacto nos resultados. Desta forma, o resultado da avaliação do risco de estratégia irá resultar num ajuste do valor do capital económico do risco de negócio. Para este risco não foram consideradas técnicas de redução de risco. Risco Imobiliário O risco imobiliário é definido como o impacto nos resultados ou no capital de uma variação nos preços de mercado dos imóveis, não considerados como de usufruto próprio do Banif - Grupo Financeiro. A quantificação deste risco é efectuada através da metodologia VaR (Value-at-Risk) sobre a exposição do Banif - Grupo Financeiro em imóveis. Não se encontram ainda em prática técnicas de redução de risco no que respeita ao risco imobiliário. Este risco também é sujeito a testes de stress que permitem aferir os impactos de desvalorização. Risco de Concentração O risco de concentração resulta da capacidade potencial de uma determinada exposição ou de um grupo de exposições provocarem perdas suficientemente grandes, decorrente de uma diversificação inadequada. Com efeito, o Grupo considera que a concentração de riscos constitui um dos factores potenciais de perda a que uma instituição financeira se encontra sujeita. Por outro lado, considera que o risco de concentração não está apenas associado ao risco de crédito, mas antes, que o efeito de uma excessiva concentração pode manifestar-se em outros riscos, nomeadamente nos riscos de liquidez e risco operacional. O Grupo dispõe de limites para os principais indicadores de concentração. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 22 A informação mais detalhada sobre a política de gestão do risco de concentração seguida pelo Grupo e, bem assim, as abordagens adoptadas na sua avaliação e os factores de risco considerados na análise encontram-se divulgados no capítulo V – A – II - Risco de Concentração. Risco dos Sistemas de Informação O risco de sistemas de informação caracteriza-se como o risco que ocorre devido à inadaptabilidade dos sistemas de informação a novas necessidades, da sua incapacidade para impedir acessos não autorizados, para garantir a integridade dos dados ou para assegurar a continuidade do negócio em caso de falha, bem como devido ao prosseguimento de uma estratégia desajustada. A total dependência dos processos de negócio, dos sistemas de informação, faz com os riscos associados à sua gestão sejam críticos para o normal funcionamento das operações. Identificamos como indispensável o alinhamento dos sistemas de informação com as exigências e a estratégia de desenvolvimento do negócio, a manutenção da confidencialidade dos dados, através de uma política de segurança rigorosa, a existência de procedimentos e processos de recuperação (Disaster Recovery Plan) devidamente testados e aprovados pelo Conselho de Administração, de acordo com as recomendações das entidades de supervisão. A gestão dos sistemas de informação é assegurada no Banif – Grupo Financeiro por uma Entidade do Grupo que em base rotineira zela pela integridade dos dados e pela adaptabilidade dos sistemas de informação a novas necessidades, para as principais Entidades do Grupo. Numa base regular e periódica, o Controlo Interno promove trabalhos de verificação, baseados em indicadores de self-assessment e em recomendações emanadas pelos reguladores e por auditorias internas. Risco de Compliance e de Reputação O risco de compliance caracteriza-se como o risco que ocorre devido a violações ou desconformidades relativamente às leis, regulamentos, contratos, códigos de conduta, práticas instituídas ou princípios éticos. Pode traduzir-se em sanções de carácter legal ou regulamentar, na limitação das oportunidades de negócio, na redução do potencial de expansão ou na impossibilidade de exigir o cumprimento de obrigações contratuais. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 23 O risco de reputação caracteriza-se como o risco que ocorre devido a uma percepção negativa da imagem pública da instituição, fundamentada ou não, por parte de clientes, fornecedores, analistas financeiros, colaboradores, investidores, órgãos de imprensa ou pela opinião pública em geral. O Grupo assume a Função Compliance / Reputação como parte indissociável das actividades de negócio que desenvolve, perfilando-a como um elemento integrante da sua cultura. Os conceitos são transversais a todo o Grupo, sendo exigidos a todos os seus colaboradores padrões de conduta que assegurem o estrito cumprimento de todos os normativos internos e externos aplicáveis às actividades que desenvolvem e elevados padrões de ética de forma a manter a confiança dos seus clientes e demais entidades com as quais se relaciona. O Grupo informa, em base regular, o Conselho de Administração da Banif S.G.P.S., S.A. sobre matérias mais relevantes abordadas no período, tendo em conta os outputs que recebe do sistema de reporte funcional implementado entre as diversas Unidades de compliance de cada Entidade do Grupo com o Group Head of Compliance (GHC). Este reporte funcional regular, consiste num mecanismo de reporte, sob a forma de questionário trimestral, que permite ao GHC manter o Conselho de Administração da Banif S.G.P.S., S.A. devidamente informado sobre todas as matérias relevantes que englobam risco de compliance ou reputacional e que afectam ou que podem vir a afectar no futuro as actividades de determinadas Entidades do Grupo ou do próprio Grupo. Ao nível da monitorização do risco de compliance o Grupo efectua análises específicas, designadamente: estima indicadores sobre Prevenção do Branqueamento de Capitais das Entidades do Grupo que elaboram Relatório de Controlo Interno Anual; analisa os aspectos reportados pelos Compliance Officers das Unidades de compliance do Grupo. II.III – IV. Políticas de Cobertura e Factores de Redução de Risco Na sua actividade corrente o Grupo utiliza alguns instrumentos financeiros derivados, quer para satisfazer as necessidades dos seus clientes, quer para gerir as suas próprias posições de risco de taxa de juro ou outros riscos de mercado. Como forma de monitorizar as suas operações de cobertura, o Grupo realiza periodicamente testes de efectividade das relações de cobertura existentes. À data de 31 de Dezembro de 2011, foi registado por contrapartida de Reservas de Reavaliação o montante de 1.351 milhares de Euros, correspondendo à parte efectiva de justo valor dos derivados de cobertura de cash flow. As operações de cobertura de justo valor eram respeitantes a IRS (Interest Rate Swaps), que cobriam o risco de taxa de juro de Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 24 empréstimos, obrigações e notas de securitização, correspondente a um valor nocional de 54 milhões de Euros. Paralelamente o Grupo promove a obtenção de colaterais como instrumentos de mitigação do risco de crédito. II.III – V. Estratégia e processos de monitorização da eficácia sustentada das operações de cobertura e dos factores de redução de risco O Banif - Banco de Investimento, S.A. (BBI) possui ainda derivados para cobertura do risco de crédito, designadamente Credit Default Swaps (CDS) contratados com o objectivo de cobrir o risco de crédito de títulos com menor liquidez detidos em carteira, nomeadamente, produtos estruturados (ABS, CMBS, RMBS, CDO e CLO). Os activos de referência dos derivados contratados correspondem aos títulos específicos detidos em carteira pelo Banco, maximizando desta forma a eficácia da cobertura de risco de crédito. Em resultando de uma venda maciça dos produtos estruturados detidos em carteira durante o ano de 2011, registou-se em paralelo uma redução das coberturas de risco de crédito (compra de protecção). A monitorização das operações de cobertura económica é feita numa base mensal, utilizando para o efeito análise de resultados ao nível contabilístico (apuramento dos ganhos e perdas no activo e respectiva cobertura), e procedendo a uma análise VaR da eficácia da cobertura, utilizando para o efeito o sistema BarraOne, assim como realiza estudos casuísticos de correlação dos instrumentos financeiros através da observação de dados de mercado. Como política, o Grupo procede ainda à cobertura do risco de taxa de juro respeitante às operações de securitização de crédito, as quais consolidam integralmente, mediante a contratação de IRS (Interest Rate Swaps). No final do ano, os IRS que se encontravam a cobrir as operações de securitização do Grupo (através da sociedade Gamma) correspondiam a um valor nocional total de cerca de 3 mil milhões de Euros. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 25 III – Adequação de Capitais III.I – Caracterização das principais rubricas e componentes dos Fundos Próprios Os fundos próprios do Banif - Grupo Financeiro são apurados segundo as regras dos Avisos n.º 06/10 e n.º 03/11 do Banco de Portugal, bem como das Directivas n.º 2006/48/CE e Decreto-Lei n.º 104/2007. Os cálculos têm por base a informação constante das peças financeiras consolidadas do Grupo no perímetro prudencial, no âmbito da Rentipar Financeira S.G.P.S, S.A. e, bem assim de informação suplementar divulgada de natureza extrapatrimonial. À data de 31 de Dezembro de 2011, os fundos próprios totais para efeitos de solvabilidade ascenderam a 1.086 milhões de Euros, representando uma redução face ao ano anterior de 122 milhões de Euros. Os fundos próprios totais resultam do montante apurado de fundos próprios de base e do valor apurado de fundos próprios complementares, deduzindo ao valor obtido da soma alguns valores que concorrem para a dedução ou abatimento do valor obtido de fundos próprios. No final do exercício de 2011, os fundos próprios de base representavam 82,5% dos fundos próprios totais. Os fundos próprios de base incluem como principais componentes e respectivas características os seguintes elementos: ao nível dos fundos próprios de base, os mesmos são compostos pelos seguintes elementos com contributo positivo: - o capital, totalmente realizado à data; - os resultados, onde apenas são considerados os resultados transitados, se positivos; - as reservas, quer as reservas legais exigidas que representam 10% dos resultados do exercício quer as reservas de reavaliação, quer as reservas livres; - os interesses minoritários elegíveis resultantes da parte não detida nas Entidades do Grupo que consolidam pelo método integral, e os que decorrem da emissão de acções preferenciais, sendo estas sempre consideradas perpétuas e com incentivos à sua remissão; - os resultados do exercício e os resultados provisórios do exercício em curso quando positivos e após a imputação de todos os custos e impostos do período; - outros instrumentos equiparáveis a capital, neste caso, prestações acessórias de capital e valores mobiliários perpétuos subordinados com juros condicionados. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 26 ao nível dos fundos próprios de base, os mesmos são compostos pelos seguintes elementos com contributo negativo: - o diferencial apurado entre as provisões regulamentares e o valor total de imparidade estimada para acautelar eventuais perdas esperadas; - diferenças de reavaliação negativas de perdas não realizadas de activos financeiros disponíveis para venda; - valor de impostos diferidos activos associados a provisões para risco gerais de crédito; - custos diferidos identificados como diferenças actuariais do fundo de pensões, em excesso face o corredor definido pelo Banco de Portugal; - diferenças positivas de reavaliação - equivalência patrimonial, que corresponde ao valor do Goodwill das participações consolidadas pelo método de equivalência patrimonial; - activos intangíveis. No que respeita aos fundos próprios complementares, os principais elementos constitutivos repartem-se essencialmente por: contribuições positivas apuradas pelo valor de correcção das diferenças de reavaliação obtidas em activos financeiros disponíveis para venda e activos fixos tangíveis, e pelo valor dos empréstimos subordinados no Grupo, quer titulados quer não titulados, com e sem vencimento determinado (designados de Lower Tier 2 e Upper Tier 2, respectivamente); contribuições negativas apuradas, essencialmente, pelo valor das participações detidas pelo Grupo em Instituições de Crédito e elementos similares, cujas participações apresentam-se superiores a 10% ou pelo valor da participação ou de elementos similares detidos pelo Grupo, no sector segurador. Em 31 de Dezembro de 2011, a afectação ao risco de crédito e ao risco operacional num contexto de requisitos de fundos próprios, ascenderam a 90,3% e 9,6% respectivamente. Ainda, na mesma data, o Grupo Rentipar Financeira, apresentava um rácio de solvabilidade de 9,0% face a 9,4% registado no exercício anterior. O Aviso BdP n.º 3/2011, de 18 de Maio de 2011 especifica que “Os grupos financeiros sujeitos à supervisão em base consolidada do Banco de Portugal… devem reforçar o seu rácio core tier 1, em base consolidada, para um valor não inferior a 9%, até 31 de Dezembro de 2011, e a 10%, até 31 de Dezembro de 2012”. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 27 A este propósito refere-se que o Core Tier I do Grupo Rentipar no final de exercício de 2011 era de 7,81% (contra 6,62% no final do exercício de 2010). III.II – Adequação do Capital Interno – Cálculo do Capital Económico No âmbito do Pilar II do Acordo de Basileia II e, no sentido de aferir sobre a adequabilidade do capital interno em absorver perdas potenciais futuras, assegurando simultaneamente o cumprimento dos requisitos regulamentares estabelecido pelas Instruções n.º 15/2007 e n.º 32/2010 do Banco de Portugal, o Banif – Grupo Financeiro procedeu à revisão do modelo de gestão de capital económico, por forma a garantir a uma avaliação da adequabilidade da ligação entre o nível de tolerância ao risco do Grupo e as suas necessidades de capital. Na revisão do exercício de ICAAP (Internal Capital Adequacy Assessment Process) para 2011, o Grupo promoveu o processo de revisão da identificação dos riscos relevantes (matrizes de risco individuais das sociedades) e emergentes, com o propósito de identificar e incorporar eventuais evoluções nas notações de risco atribuídas. Assim, cada Entidade procedeu a uma análise interna com o objectivo de identificar as suas áreas funcionais específicas, atribuindo uma notação qualitativa relativamente ao peso de cada uma dessas áreas e a exposição das mesmas a diferentes tipologias de risco. Após o exercício de actualização das matrizes individuais, foi construída uma matriz de Grupo considerando a informação reflectida nas matrizes individuais, consolidando assim, as tipologias de risco ao nível das diferentes Entidades, reconhecendo para o efeito, a ponderação das mesmas face ao activo e resultados consolidados do Banif – Grupo Financeiro, tendo-se atribuído notações de risco para cada uma das tipologias. Como complemento, foram analisadas outras tipologias de risco a que Grupo se encontra exposto, que considerando a sua relevância e materialidade, foram também alvo de quantificação. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 28 A matriz de riscos final definida para o Grupo no exercício em análise é apresentada como segue: Grupo Banif Previsto no MAR Risco MAR Adicional TIPOLOGIAS DE RISCO ICAAP Tipologias adicionais de risco Designação Notação Qualitativa CRÉDITO E MERCADO R TAXA DE JURO M TAXA DE CÂMBIO R OPERACIONAL M SISTEMAS DE INFORMAÇÃO M ESTRATÉGIA E COMPLIANCE M REPUTAÇÃO E LIQUIDEZ E IMOBILIÁRIO M RISCO DE EQUITY R RISCO DE CONTRAPARTE R RISCO DE MODELOS R RISCO DE CONCENTRAÇÃO M RISCO DE NEGÓCIO E FUNDO DE PENSÕES R RISCO DE SECURITIZAÇÃO R RISCO DE SPREAD DE OBRIGAÇÕES M RISCO DE PAÍS R Legenda: E Risco Elevado M Risco Médio R Risco Reduzido O Grupo considera o exercício de identificação dos riscos, periódico e dinâmico com perspectivas de evolução ao longo do tempo, levando a eventuais alterações na relevância e aparecimento de riscos emergentes. Os modelos de quantificação aplicados às tipologias de risco identificadas, consideram os princípios definidos no Acordo de Basileia, onde se prevê a modelização e avaliação dos riscos, baseada em modelos matemático – estatísticos, no caso dos riscos de índole financeira ou através do recurso a um exercício de qualitative assessment, no caso dos riscos não financeiros. Para as tipologias de risco consideradas relevantes para efeitos de ICAAP, foram consideradas diferentes abordagens de quantificação, sobre as quais se procedeu à análise e selecção das abordagens mais adequadas face ao grau de sofisticação das metodologias actuais de gestão de riscos e existência de informação de base. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 29 Os modelos utilizados na quantificação dos diversos tipos de risco identificados no Grupo foram os seguintes: Parâmetros Regulamentares Risco Operacional Indicador Básico + Risco de Crédito CVaR Parâmetros do Modelo de Imparidade Risco de Liquidez Risco de Taxa Juro Risco Sist. Infor. VaR + Risco Compliance + Risco Reputação Qualitative Assessment Risco Imobiliário VaR Risco Negócio EaR: earnings volatility Cenários de Esforço Mapa de Instrução Regulamentar com adaptações + Risco de Taxa Câmbio VaR Risco Concentração Factor por Índice de Concentração Risco Estratégia Qualitative Assessment Risco de Spread das Obrigações VaR O cálculo do capital económico associado aos riscos materiais identificados anteriormente, foi realizado tendo em conta o intervalo de confiança de 99,93%, traduzindo portanto a manutenção do elevado nível de exigência do Grupo no que concerne à quantificação dos riscos. O processo de quantificação das diferentes tipologias de risco no Banif – Grupo Financeiro assentou numa ferramenta de cálculo em Excel (EcoCap Tool), que sistematiza os pressupostos, passos metodológicos e por fim, efectua a calculatória para a obtenção dos resultados. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 30 Os resultados obtidos no exercício de quantificação para 2011 são apresentados na tabela seguinte: Unidade: Milhares de Euros Quantificação de Risco Variação (I.C. a 99,93%) ECAP 2011 vs 2010 Risco de Crédito 722.016 52.483 Risco de Liquidez 127.357 8.773 Risco de Negócio e Estratégia 266.168 152.285 107.874 7.383 Tipologia de Risco Risco Operacional Risco de Sistemas de Informação Risco de Compliance Risco de Reputação Risco de Concentração 127.385 35.479 Risco de Spread de Obrigações 63.807 (14.046) Risco Imobiliário 157.909 82.663 Risco de Taxa de Juro 25.245 (43.296) Risco de Taxa de Câmbio 72.682 Risco País 14.055 (4.063) Risco Total (sem efeito de diversificação) 1.670.443 Efeito de Diversificação (benchmark 18%) 300.680 Risco Total (com efeito de diversificação) 1.369.763 291.716 Face à análise aos resultados obtidos, importa referir que as tipologias de risco com maior relevância e impacto para o Banif – Grupo Financeiro são: o Risco de Crédito, Risco de Estratégia e Negócio e o Risco Imobiliário. Estas três tipologias de risco representam em agregado cerca de 68,6% do total do capital económico. Na definição do impacto global dos cenários de esforço sobre o nível de capital económico e consequente avaliação sobre a adequação do capital interno para acomodar o seu impacto, o Banif – Grupo Financeiro optou por uma abordagem que envolveu a identificação dos principais factores de risco associados a cada uma das tipologias de risco identificadas como materiais e sujeitas a quantificação. Após a quantificação dos riscos materiais, o Grupo procedeu à avaliação dos recursos financeiros disponíveis, por intermédio de um modelo interno implementado para o efeito, o modelo de Risk Taking Capacity, de forma a garantir a adequação dos níveis de capital e recursos financeiros existentes para fazer face aos riscos actuais e a assumir no futuro, sem que tal afecte a solvabilidade do Grupo e os seus objectivos estratégicos. Para a aferição dos recursos, foram consideradas duas perspectivas complementares: (i) perspectiva de gestão corrente e (ii) perspectiva de liquidação. Estas perspectivas agrupam e hierarquizam diferentes componentes de capital que se encontram disponíveis, para fazer face a diferentes cenários de perdas, respectivas severidades e consequentes impactos na solvabilidade. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 31 No processo de determinação do Risk Taking Capacity o Grupo procedeu a uma classificação dos diferentes recursos financeiros, de acordo com a sua acessibilidade, liquidez, utilização e respectiva repercussão no mercado (efeito reputacional), protecção dos accionistas e elegibilidade por parte das Entidades de Supervisão. A metodologia utilizada no modelo de Risk Taking Capacity assenta na captação da visão económica associada a cada elemento passível de constituir uma fonte de capital interno, assim como a categorização em perspectivas de cobertura do capital (Gestão Corrente vs Liquidação) e hierarquização por níveis de segurança. A hierarquização dos recursos financeiros disponíveis, facilita a interpretação e implementação da estratégia em termos da sua política de adequação de capital e perfil de risco assumido. Esta adequação pode ser medida através de um rácio de adequação de capital, que possibilita uma avaliação sobre o grau de cobertura dos recursos financeiros face à exposição aos riscos. O Banif – Grupo Financeiro entende que a alocação de capital interno consiste num elemento essencial no reforço da estratégia de risco, na consolidação do processo de ICAAP e na sua gestão diária. O critério de alocação de capital a cada Entidade encontra-se baseado num indicador de alocação que tem em consideração o peso de cada Entidade no Banif – Grupo Financeiro e a sua contribuição para o perfil de risco do Grupo. A Banif S.G.P.S, S.A. foi considerada para efeitos de alocação do buffer adicional de capital, que poderá servir para fazer face a riscos não quantificados, no entanto identificados no exercício MAR e testes de esforço. O capital interno alocado distribui-se pelas seguintes áreas de negócio do Banif – Grupo Financeiro da seguinte forma: 10% 10% INVESTIMENTO CRÉDITO ESPECIALIZADO RETALHO E COMERCIAL 80% Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 32 No que concerne à divulgação de informação quantitativa, os fundos próprios consolidados, em 31 de Dezembro de 2011 comparativamente ao exercício anterior, apresentam os seguintes valores: Quadro III.1. Adequação de Capitais - Fundos Próprios ADEQUAÇÃO DE CAPITAIS - PARTE 1 2011 2010 1.085.765 1.207.929 1.1. Fundos próprios de base (=Σ(1.1.1 a 1.1.5)) 995.345 1.031.995 1.1.1 Capital Elegível (=Σ(1.1.1.1 a 1.1.1.4)) 205.000 155.000 135.000 45.000 1.1.1.2. (-) Acções Próprias - - 1.1.1.3. Prémios de emissão - - 70.000 110.000 1. Fundos próprios totais para efeitos de solvabilidade (=Σ(1.1 a 1.5)) 1.1.1.1. Capital realizado 1.1.1.4. Outros instrumentos equiparáveis a capital 1.1.2 Reservas e resultados elegíveis (=Σ(1.1.2.1 a 1.1.2.5)) 903.783 1.050.996 1.1.2.1. Reservas 444.642 453.453 1.1.2.2. Interesses minoritários elegíveis 541.075 588.205 1.1.2.3. Resultados do último exercício e resultados provisórios do exercício em curso (77.418) 12.982 1.1.2.4. (-) Lucros líquidos resultantes da capitalização de receitas futuras provenientes de activos titularizad 1.1.2.5. Diferenças de reavaliação elegíveis para fundos próprios de base 1.1.3 Fundo para riscos bancários gerais - - (4.517) (3.644) - - 11.284 3.596 1.1.4.1. Impacto na transição para as NIC/NCA (impacto negativo) 2.162 3.596 1.1.4.2. Outros elementos elegíveis para os fundos próprios de base 9.122 - 124.722 177.597 20.527 21.539 1.1.4 Outros elementos elegíveis para os fundos próprios de base (1.1.4.1+1.1.4.2) 1.1.5 (-) Outros elementos dedutíveis aos fundos próprios de base (=Σ(1.1.5.1 a 1.1.5.3)) 1.1.5.1. (-) Imobilizações incorpóreas/Activos intangíveis 1.1.5.2. (-) Excedente em relação aos limites de elegibilidade de instrumentos incluídos nos fundos próprios 1.1.5.3. (-) Outros elementos dedutíveis aos fundos próprios de base 1.2. Fundos próprios complementares (1.2.1 a 1.2.3) - - 104.194 156.058 222.534 265.704 1.2.1. Fundos próprios complementares - Upper Tier 2 15.156 53.331 1.2.2. Fundos próprios complementares - Lower Tier 2 207.378 212.373 1.2.3. (-) Deduções aos fundos próprios complementares - - 108.395 71.442 1.3a. Das quais: (-) aos fundos próprios de base 54.198 35.721 1.3b. Das quais: (-) aos fundos próprios complementares 54.198 35.721 23.719 18.328 - - 1.3. Deduções aos Fundos próprios de base e complementares 1.4. Deduções aos fundos próprios totais 1.5. Fundos próprios suplementares totais disponíveis para cobertura de risco de mercado 1.6. Por memória 1.6.1. (+) Excesso / (-) Insuficiência de provisões nas posições ponderadas pelo risco através do método das Nota - - 1.6.1.1. Montante de provisões no método das Notações Internas - - 1.6.1.2. (-) Perdas esperadas determinadas no método das Notações Internas - - 1.6.2. Valor nominal dos empréstimos subordinados reconhecidos como elemento positivo dos fundos próprios - - 1.6.3. Requisito mínimo de capital social - - 1.085.765 1.207.929 1.6.4. Fundos próprios de referência para efeito dos limites relativos aos grandes riscos Unidade: Milhares de Euros Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 33 Para efeitos de requisitos de fundos próprios, os valores por tipologia de risco, em 31 de Dezembro de 2011 face ao exercício anterior, são como seguem: Quadro III.2. Adequação de Capitais - Requisitos de Fundos Próprios ADEQUAÇÃO DE CAPITAIS - PARTE 2 2. Requisitos de Fundos Próprios (=Σ(2.1 a 2.6)) 2011 2010 964.336 1.026.595 870.528 938.177 870.528 938.177 867.381 933.177 2.1.1.1.1. Créditos ou créditos condicionais sobre administrações centrais ou bancos centrais 1.087 9.451 2.1.1.1.2. Créditos ou créditos condicionais sobre administrações regionais ou autoridades locais 5.994 7.363 86 6.941 2.1.1.1.4. Créditos ou créditos condicionais sobre bancos multilaterais de desenvolvimento - - 2.1.1.1.5. Créditos ou créditos condicionais sobre organizações internacionais - - 26.212 33.693 2.1.1.1.7. Créditos ou créditos condicionais sobre empresas 285.112 361.679 2.1.1.1.8. Créditos ou créditos condicionais sobre a carteira de retalho 144.602 171.091 2.1.1.1.9. Créditos ou créditos condicionais com garantia de bens imóveis 124.769 123.643 2.1.1.1.10. Elementos Vencidos 103.750 82.929 2.1.1.1.11. Elementos pertencentes a categorias regulamentares de risco elevado - - 2.1.1.1.12. Créditos sobre a forma de obrigações hipotecárias ou obrigações sobre o sector público - - 16.245 27.163 159.524 109.224 3.147 5.000 - - 2.1.2.1. Quando não são utilizadas estimativas próprias de LGD e/ou de factores de conversão - - 2.1.2.1.1. Créditos ou créditos condicionais sobre administrações centrais ou bancos centrais - - 2.1.2.1.2. Créditos ou créditos condicionais sobre instituições - - 2.1.2.1.3. Créditos ou créditos condicionais sobre empresas - - - - 2.1.2.2.1. Créditos ou créditos condicionais sobre administrações centrais ou bancos centrais - - 2.1.2.2.2. Créditos ou créditos condicionais sobre instituições - - 2.1.2.2.3. Créditos ou créditos condicionais sobre empresas - - 2.1.2.2.4. Créditos ou créditos condicionais sobre a carteira de retalho - - 2.1.2.3. Créditos sobre acções - - 2.1.2.4. Posições de titularização - - 2.1.2.5. Outros activos que não sejam obrigações de crédito - - - - 2.1. Para risco de crédito, risco de crédito de contraparte, risco de redução dos valores a receber e risco d 2.1.1. Método Padrão (2.1.1.1 + 2.1.1.2) 2.1.1.1. Classes de risco do Método Padrão, excluindo posições de titularização 2.1.1.1.3. Créditos ou créditos condicionais sobre organismos administrativos e empresas sem fins lucrativos 2.1.1.1.6. Créditos ou créditos condicionais sobre instituições 2.1.1.1.13. Créditos sobre a forma de organismos de investimento colectivo (OIC) 2.1.1.1.14. Outros Elementos 2.1.1.2. Posições de titularização no método padrão 2.1.2. Método das Notações Internas (=Σ(2.1.2.1 a 2.1.2.5)) 2.1.2.2. Quando são utilizadas estimativas próprias de LGD e/ou de factores de conversão 2.2. Risco de liquidação 2.3. Requisitos de fundos próprios para riscos de posição, riscos cambiais e riscos sobre mercadorias (2.3 1.197 2.987 2.3.1. Método Padrão (2.3.1.1 a 2.3.1.4) 1.197 2.987 2.3.1.1. Instrumentos de dívida 1.193 2.983 2.3.1.2. Títulos de capital 4 4 2.3.1.3. Riscos cambiais - - 2.3.1.4. Riscos sobre mercadorias - - 2.3.2. Método dos Modelos Internos 2.4. Requisitos de fundos próprios para risco operacional (=Σ(2.4.1 a 2.4.3)) 2.4.1. Método do Indicador Básico - - 92.611 85.431 92.611 85.431 2.4.2. Método Standard - - 2.4.3. Métodos de Medição Avançada - - 2.5. Requisitos de fundos próprios - Despesas gerais fixas - - 2.6. Requisitos transitórios de fundos próprios e outros requisitos de fundos próprios - Unidade: Milhares de Euros Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 34 Ao nível de adequação de capitais, o Grupo apresentou, no exercício findo em 2011, um excesso de fundos próprios de: Quadro III.3. Adequação de Capitais ADEQUAÇÃO DE CAPITAIS - PARTE 3 Excesso (+) / Insuficiência (-) de fundos próprios Rácio de Solvabilidade (%) Adequação de fundos próprios ao nível do conglomerado financeiro 2011 2010 121.429 181.334 9,0% 9,4% - Unidade: Milhares de Euros Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 35 IV – Risco de Crédito de Contraparte O risco de crédito de contraparte é entendido como o risco de não cumprimento por parte de determinada contraparte de uma operação antes da sua liquidação final. O Grupo quantifica risco de crédito de contraparte nas operações de recompra, contracção ou concessão de empréstimos de valores mobiliários ou de mercadorias, operações de liquidação longa e operações de concessão de empréstimos com imposição de margem, assim como nas operações com instrumentos derivados, sendo estes considerados para efeitos de requisitos prudenciais de capital. Ao nível do risco de crédito de contraparte, são especialmente acompanhados os limites dos grandes riscos, considerando a existência de limites definidos para efeitos de exposição ao mercado monetário. No crédito a empresas, são definidos limites de exposição em função da análise de risco de crédito e notação de rating, submetidas a aprovação de acordo com os limites de competência em vigor. Este tipo de risco está localizado nomeadamente em transacções que envolvam instrumentos derivados nos quais a exposição à contraparte está sujeita a variações de mercado. O Grupo efectua o controlo diário das suas posições líquidas e avalia as probabilidades de exposições futuras das operações sobre as quais possa existir risco de contraparte. A exposição ao risco de contraparte faz parte integrante dos limites gerais de crédito concedido aos clientes. Para efeitos prudenciais, o valor em risco das operações de derivados é determinado pelo método de avaliação “mark-to-market”, nos termos estabelecidos na parte 3 do Anexo V do Aviso n.º 5/2007 do Banco de Portugal. Para as operações de recompra, o cálculo do valor sujeito a ponderação segue as regras definidas para o método padrão constantes dos Anexos III e VI do Aviso n.º 5/2007 do Banco de Portugal. Para efeitos de redução do risco de crédito de contraparte, o Grupo segue o método integral sobre cauções financeiras, nos termos previstos no Anexo VI do Aviso n.º 5/2007 do Banco de Portugal. Para as operações de recompra, o cálculo do valor sujeito a ponderação segue as regras definidas para o método padrão constantes dos Anexos III e VI do Aviso n.º 5/2007 do Banco de Portugal. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 36 No que respeita à divulgação de informação quantitativa, à data de 31 de Dezembro de 2011, as posições em risco mais significativas decorrem de operações com instrumentos derivados cujo valor ascende a 81.065 milhares de Euros, conforme se pode observar no quadro seguinte: Quadro IV.1. Risco de Crédito de Contraparte RISCO DE CRÉDITO DE CONTRAPARTE (MÉTODO PADRÃO) Operações de recompra, contracção/concessão de empréstimos de valores mobiliários ou de mercadorias, operações de liquidação longa e operações de empréstimos com imposição de margem Instrumentos derivados Compensação contratual multiproduto Montante da posição ponderada pelo risco Técnicas de redução do risco de crédito com efeito de substituição na posição em risco original líquida (a) Posição em Risco Original 2011 2010 - - - 16.126 81.065 - 42.047 115.149 - - - Unidade: Milhares de Euros (a) Efeito de substituição na posição em risco, correspondente ao líquido entre "saídas" e "entradas" O Grupo determina os requisitos de fundos próprios para risco de crédito de contraparte segundo o método padrão. As exposições em risco originais são agrupadas por classes de risco regulamentares de acordo com a natureza da contraparte, às quais são aplicados ponderadores de risco, obtendo-se assim os valores das posições ponderadas, quantificadas no quadro acima. No que concerne aos procedimentos inerentes à fixação do limite de exposição total para as contrapartes, importa referir que a sua determinação é efectuada com base em duas vertentes, uma para as operações tradicionais de crédito e outra para os restantes produtos. Numa base, no máximo, anual, o limite de exposição total é aprovado pela Comissão Executiva de cada Entidade do Grupo com base nas propostas apresentadas pelas Direcções Financeiras. O cumprimento dos limites estabelecidos e o seu reporte é da responsabilidade do Middle Office e, sempre que se mostre necessário, os mesmos são reavaliados e sujeitos a aprovação superior. O Grupo dispõe de diversas aplicações de monitorização e controlo de limites consoante a Entidade que os gere. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 37 Relativamente à carteira de instrumentos derivados de crédito e, dada a representatividade que estes activos apresentam no Banif - Banco de Investimento, S.A., adiante designado também de BBI, importa divulgar que, à data de 31 de Dezembro de 2011, as operações cobertas com derivados de crédito e a carteira de instrumentos derivados de crédito nesta Entidade do Grupo apresentavam o seguinte detalhe: Quadro IV.2. Coberturas com Derivados de Crédito Montante coberto por Derivados de Crédito Posição em risco original (objecto de cobertura) (a) CLASSES DE RISCO 2011 (OBJECTO DE COBERTURA) 2010 2011 Instituições Organismos Investimento Colectivo Titularização 1 2010 4.691 Empresas TRS CDS 2 3 Outros CLN Total - - - 42.837 - 42.837 407 8.090 - - 13.022 407 - Unidade: Milhares de Euros (a) Posição em risco líquida de correcções de valor e provisões, se aplicado o método Padrão 1 CDS: Credit Default Swaps – Swaps de risco de incumprimento 2 TRS: Total Return Swaps – Swaps de retorno total 3 CLN: Credit Linked Notes – Títulos de dívida indexados a crédito Quadro IV.3. Instrumentos Derivados de Crédito Posições Longas Posições Curtas OPERAÇÕES RELATIVAS A DERIVADOS DE CRÉDITO 2011 I. Carteira de Crédito (totais): 2010 2011 2010 117.900 128.582 167.900 a) Swaps de risco de incumprimento (credit default swaps ) - - 50.000 53.742 b) Swaps de retorno total (total return swaps ) - - - 42.107 c) Títulos de dívida indexados a crédito (credit linked notes ) d) Outros derivados de crédito II. Actividades de Intermediação (totais): 213.749 - 10.682 - - 117.900 117.900 117.900 117.900 - - a) Swaps de risco de incumprimento (credit default swaps ) - - b) Swaps de retorno total (total return swaps ) - - c) Títulos de dívida indexados a crédito (credit linked notes ) - - d) Outros derivados de crédito - Unidade: Milhares de Euros Posições Longas – Valor teórico da protecção adquirida Posições Curtas – Valor teórico da protecção vendida Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 38 V - A – Risco de Crédito – Aspectos Gerais V – A.I - Risco de Crédito O risco de crédito é a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou capital, devido à incapacidade de uma contraparte cumprir os seus compromissos financeiros perante o Grupo, incluindo possíveis restrições à transferência de pagamentos do exterior. Em termos contabilísticos, o Grupo releva na rubrica “Crédito e Juros Vencidos” toda e qualquer operação de crédito e respectivos juros que se encontrem em incumprimento, isto é, que não seja regularizada na data do seu vencimento, ou após a data em que tenha sido formalmente apresentada ao devedor a exigência da sua liquidação, independentemente das garantias a ela associadas ou da sua natureza, de acordo com as regras contabilísticas em vigor e em respeito com as regras emanadas pelo Órgão de Supervisão. O Banif - Grupo Financeiro considera como “Crédito Objecto de Imparidade” a totalidade da sua carteira de crédito, incluindo as responsabilidades extrapatrimoniais. O Grupo define o “crédito com incumprimento” de acordo com a descrição constante da Instrução n.º 16/2004 do Banco de Portugal, que resulta da agregação do crédito vencido há mais de 90 dias e do crédito de cobrança duvidosa reclassificado como crédito vencido para efeitos de provisionamento, tal como resulta da aplicação do Aviso n.º 3/95 do Banco de Portugal. O Grupo avalia regularmente se existe evidência objectiva de imparidade na sua carteira de crédito concedido e de valores a receber. As perdas por imparidade identificadas são relevadas por contrapartida de resultados. Sempre que, num período subsequente, se registe uma diminuição do montante da perda por imparidade estimada, o montante previamente reconhecido é revertido pelo ajustamento da conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na Demonstração de Resultados na mesma rubrica. O Grupo considera que um crédito, ou uma carteira de crédito sobre clientes, definida como um conjunto de créditos de características de risco semelhantes, está em imparidade sempre que: - exista evidência objectiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu reconhecimento inicial; e Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 39 - quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor recuperável dos fluxos de caixa futuros do crédito ou carteira de créditos sobre clientes, e cuja mensuração possa ser estimada com razoabilidade. Considerando as orientações das Normas Internacionais de Relato Financeiro, nomeadamente a IAS 39, o Grupo avalia a sua carteira seguindo dois métodos de análise: Análise Individual A avaliação da existência de perdas por imparidade em termos individuais é realizada através de uma análise casuística da situação de clientes com exposição total de crédito considerada significativa. Para cada cliente é avaliada, em cada data de balanço, a existência de evidência objectiva de imparidade, considerando nomeadamente os seguintes factores: - situação económico-financeira do cliente; - exposição global do cliente e a existência de créditos em situação de incumprimento no Grupo e no sistema financeiro; - informações comerciais relativas ao cliente; - análise do sector de actividade em que o cliente se integra, quando aplicável; - as ligações do cliente com o Grupo Económico em que se integra, quando aplicável, e a análise deste relativamente às variáveis anteriormente referidas em termos do cliente individualmente considerado. Na determinação das perdas por imparidade em termos individuais são considerados os seguintes factores: - a viabilidade económico-financeira do cliente gerar meios suficientes para fazer face ao serviço da dívida no futuro; - o valor das garantias reais associadas e o montante e prazo de recuperação estimados; - o património do cliente em situações de liquidação ou falência e a existência de credores privilegiados. São ainda avaliados outros factores que podem determinar a análise individual, designadamente a existência de indícios de imparidade, determinados em função de diversos sinais de alerta. Os créditos analisados individualmente para os quais não se tenha verificado a existência objectiva de imparidade, são classificados em grupos homogéneos com características de risco similares e objecto de avaliação colectiva de imparidade. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 40 Os créditos analisados individualmente para os quais se tenha estimado uma perda por imparidade, não são incluídos para efeitos da avaliação colectiva. Sempre que seja identificada uma perda de imparidade nos créditos a clientes avaliados individualmente, o montante da perda é determinado pela diferença entre o valor contabilístico desse crédito e o valor actual dos seus fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro original do contrato. O crédito a clientes apresentado no balanço é reduzido pela utilização de uma conta de perdas por imparidade e o montante reconhecido na Demonstração de Resultados na rubrica “Imparidade do crédito líquida de recuperações e reversões”. Para créditos com taxa de juro variável, a taxa de desconto utilizada para determinar qualquer perda por imparidade é a taxa efectiva anual, determinada pelo contrato. Análise Colectiva Os créditos avaliados numa base colectiva, são agrupados por segmentos com características e riscos similares. As perdas por imparidade para estes créditos são estimadas considerando a experiência histórica de perdas em carteiras de risco semelhante, a envolvente económica e a sua influência sobre o nível de perdas históricas. O Grupo, com uma periodicidade regular, procede à actualização dos parâmetros históricos utilizados para estimar as perdas na análise colectiva, designadamente “probabilidade de incumprimento” (PD’s) e “perda dado o incumprimento” (LGD’s). Periodicamente, o Grupo abate ao activo créditos que considera incobráveis pela utilização da imparidade constituída, após efectuar uma análise específica de tais operações e após aprovação do Conselho de Administração da Banif S.G.P.S, S.A. Sempre que se verifiquem recuperações de créditos abatidos ao activo, estes são relevados na demonstração de resultados como uma dedução ao valor das perdas registadas no exercício, na rubrica “Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações”. O impacto registado directamente na Demonstração de Resultados consolidada decorrente do valor de imparidade total obtido e de recuperações relativas a operações de crédito, ascendeu, à data de 31 de Dezembro de 2011, comparativamente ao exercício anterior, aos seguintes montantes: Quadro V.1. Impacto da Imparidade do Crédito nos Resultados do Exercício IMPACTO NOS RESULTADOS DO EXERCÍCIO Dotações Reversões e recuperações Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações 2011 2010 455.649 177.095 (113.373) (69.151) 342.276 107.944 Unidade: Milhares de Euros Nota: Os valores de imparidade resultam dos valores apurados em sede de consolidação financeira, englobando apenas o valor de imparidade com crédito a clientes. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 41 V – A.II - Risco de Concentração Enquadrado na gestão de riscos do Banif - Grupo Financeiro, o risco de concentração é compreendido como a possibilidade de um número reduzido de exposições ou um número elevado de exposições interrelacionadas provocarem perdas de magnitude elevada e condicionarem a solvabilidade do Grupo. Neste contexto, o Grupo definiu e implementou um conjunto de políticas e procedimentos, de modo a endereçar o risco de concentração, o qual se concretiza nos seguintes princípios: Definição dos conceitos de risco de concentração; Monitorização regular do risco de concentração, quer numa lógica individual nas Entidades do Banif - Grupo Financeiro, quer numa lógica agregada ao nível do Grupo; Utilização de indicadores quantitativos para essa monitorização em diversas dimensões. Os indicadores são definidos de forma diferenciada para cada tipologia de risco de concentração; Utilização complementar de informação qualitativa para monitorização do risco de concentração; Definição de limites de gestão internos nas diversas dimensões; Inclusão dos indicadores de monitorização e de informação complementar no reporte periódico de gestão de risco para os Órgãos de Administração das Entidades do Grupo e do Banif - Grupo Financeiro. Em termos de factores de risco, são consideradas as seguintes dimensões na gestão do risco de concentração: Maiores contrapartes – exposição significativa a uma contraparte individual ou a um grupo de contraparte jurídica e/ou economicamente relacionadas (também denominada como “single name concentration risk” ou “grandes riscos”) e que, por isso, podem apresentar uma deterioração simultânea da sua capacidade creditícia; Sector de actividade – exposição significativa a um grupo de entidades não relacionadas juridicamente entre si mas que, por actuarem na mesma área económica, estão expostos aos mesmos ciclos de actividade e que, por isso, podem apresentar uma deterioração simultânea da sua capacidade creditícia; Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 42 Geografia – exposição significativa a um grupo de entidades não relacionadas juridicamente entre si mas que, por habitarem ou actuarem na mesma região territorial, estão expostos a factores comuns que podem desencadear uma deterioração simultânea da sua capacidade creditícia; Tipo de colateral – exposição significativa, ainda que indirecta, por via das técnicas de mitigação de risco utilizadas, ao mesmo tipo de protecção de crédito ou de prestador de garantia, a qual pode determinar uma deterioração do grau efectivo de cobertura das operações subjacentes; Divisa – exposição significativa a um grupo de exposições que estão denominadas na mesma divisa e que, por uma variação adversa de taxas de câmbio, tenha um impacto negativo na Instituição; Segmento de negócio – exposição significativa a determinada área de negócio em que o Grupo participa e que, num cenário adverso de evolução económica, pode gerar impactos negativos ao nível da geração de resultados operacionais. No que se refere aos índices de concentração, importa referir que o Banif – Grupo Financeiro recorre aos indicadores definidos na Instrução n.º 5/2011 do Banco de Portugal como seguem: Índice de Concentração Sectorial: 10,8; Índice de Concentração Individual nas 100 maiores contrapartes, numa lógica de Grupo Económico ou de exposição individual: 0,58. Ainda, e relativamente a este tema o Grupo, no seu processo de avaliação das necessidades internas de capital, identifica vectores de concentração que geram efeitos sobre o nível de concentração da carteira de crédito, repercutindo-se no apuramento do valor do capital económico como um add-on de capital para efeitos de risco de crédito. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 43 Relativamente à divulgação de informação quantitativa, as posições em risco por tipo de posição relevante, apresentam a seguinte desagregação por Classe de Risco: Quadro V.2. Posições em Risco Elementos do Activo Elementos Extrapatrimoniais Operações de Recompra Instrumentos Derivados Posição em risco original Total da posição em risco (média ao longo do período) CLASSES DE RISCO 2011 2010 2011 2010 2011 2010 2011 2010 2011 Administrações centrais ou bancos centrais 814.905 Administrações regionais ou autoridades locais 201.229 138.584 351 1.008 - - 8.572 168.448 624 14.548 - - 661.480 526.211 120.555 223.642 - 30.582 Empresas 3.679.087 4.299.216 694.831 1.277.197 - Carteira de retalho 2.406.472 2.883.097 698.415 653.602 - Posições com garantia de bens imóveis 3.900.592 3.786.367 22.544 45.813 - - - Elementos vencidos 1.771.630 1.422.724 - - - - - Outros elementos 2.337.834 1.710.839 30.929 32.907 - - - - 192.201 335.890 2.422 5.939 - - 9.825 15.974.002 15.885.716 1.570.670 2.254.657 - 32.865 81.065 Organismos administrativos e empresas sem fins lucrativos Instituições Posições em risco sobre organismos de investimento colectivo (OIC) Total 614.341 - - - - - 2010 2011 2010 - 814.905 614.341 972.477 - - - - 201.580 139.592 157.000 108.487 9.196 182.995 48.279 131.348 493.871 50.022 303.713 832.057 1.084.148 1.002.269 2.282 20.996 48.836 4.394.914 5.627.532 4.669.194 5.907.577 - 222 97 3.105.109 3.536.797 3.289.613 3.630.132 - 3.923.136 3.832.180 4.009.867 3.689.486 - 1.771.630 1.422.724 1.708.417 1.440.066 2.368.763 1.743.746 2.247.115 1.675.807 1.726 204.448 343.556 254.325 294.906 354.373 17.625.736 18.527.611 18.358.557 18.310.102 938.421 Unidade: Milhares de Euros No que respeita à distribuição geográfica das posições em risco, a representatividade das respectivas posições em risco originais é apresentada como segue: Quadro V.3. Distribuição geográfica das posições em risco Portugal União Europeia Resto da Europa América do Norte 2011 2011 América Latina Resto do Mundo CLASSES DE RISCO 2011 2010 2011 2010 2010 2010 2011 2010 2011 2010 Administrações centrais ou bancos centrais 80,74% 63,24% 0,36% 0,39% - - 0,01% - 17,23% 34,27% 1,67% 2,10% Administrações regionais ou autoridades locais 99,47% 99,19% 0,00% - - - - - - - 0,53% 0,81% Organismos administrativos e empresas sem fins lucrativos 91,84% 97,70% 8,16% 1,78% - 0,52% Instituições 60,05% 49,56% 28,65% 41,56% 0,95% 1,67% 3,04% 2,32% 3,50% 4,45% 3,80% 0,44% Empresas 81,72% 81,37% 5,82% 2,79% 0,03% 0,15% 1,73% 1,17% 10,32% 12,35% 0,39% 2,17% Carteira de retalho 81,40% 82,03% 5,58% 5,20% 0,03% 0,05% 0,70% 0,47% 10,21% 10,92% 2,07% 1,33% Posições com garantia de bens imóveis 82,58% 82,01% 12,39% 13,84% 0,44% 0,39% 1,60% 1,07% 1,61% 1,53% 1,38% Elementos vencidos 77,02% 79,50% 11,22% 7,84% 0,03% 0,05% 2,64% 2,97% 7,36% 8,70% 1,73% 0,94% Outros elementos 94,25% 91,83% 0,21% 0,52% 0,05% 0,01% 0,00% 0,16% 1,50% 7,42% 3,99% 0,06% Posições em risco sobre organismos de investimento colectivo (OIC) 47,63% 70,15% 8,73% 4,92% - - 3,29% 0,16% 40,31% 21,17% 0,05% 3,60% Total (em % da posição em risco original) 81,81% 80,10% 7,82% 7,91% 0,17% 0,24% 1,36% 1,05% 7,10% 9,31% 1,74% 1,40% - - - - - - 1,16% A representatividade das posições em risco pelos diversos sectores económicos apresenta a seguinte distribuição: Quadro V.4. Distribuição sectorial das posições em risco Comércio a Retalho Comércio por Grosso Construção Instituições Financeiras e Seguradoras Indústria CLASSES DE RISCO 2011 2010 2011 2010 2011 2010 2011 2010 2011 2010 Serviços* 2011 Sector Público 2010 2011 Outros 2010 2011 2010 Administrações centrais ou bancos centrais - - - - - - - - - 40,69% - 0,10% 86,23% 59,21% 13,77% Administrações regionais ou autoridades locais - - - - - - - - - - - - 100,00% 100,00% - - Organismos administrativos e empresas sem fins lucrativos - - - - - 10,57% - - - - 8,16% 60,43% 91,70% 16,32% 0,14% 12,68% 88,80% 97,84% Instituições - - - - - - - - - 11,20% 0,90% Empresas 3,46% 4,12% 3,57% 4,29% 23,89% 23,41% 9,11% 10,29% 0,96% 0,75% 46,43% 44,28% 0,87% - 11,71% 12,87% Carteira de retalho 7,40% 8,67% 5,83% 6,81% 8,18% 7,54% 8,56% 9,14% 0,47% 0,24% 14,03% 12,77% 0,04% 0,03% 55,48% 54,80% Posições com garantia de bens imóveis 1,95% 1,19% 1,13% 0,43% 1,17% 2,82% 1,48% 0,79% 0,07% 0,36% 4,95% 4,70% 0,01% Elementos vencidos 4,87% 7,31% 3,66% 5,78% 16,36% 11,25% 7,97% 9,49% 0,26% 0,47% 18,56% 15,99% 0,01% 0,01% 48,31% 49,70% Outros elementos 1,30% 1,76% - - 0,05% 0,17% - 0,98% - - 0,42% 1,33% - 1,30% 98,23% 94,47% - - - - 0,00% - 0,04% - 34,21% 10,91% 13,21% 30,07% - 0,02% 52,55% 59,00% 3,26% 3,88% 2,54% 3,13% 9,31% 10,12% 4,91% 5,85% 4,95% 7,66% 17,23% 19,44% 5,41% 3,01% 52,39% 46,91% Posições em risco sobre organismos de investimento colectivo (OIC) Total (em % da posição em risco original) Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 - 1,26% - - 0,01% 89,25% 89,71% 44 Ainda, no final do exercício, a repartição das posições em risco vencidas e objecto de imparidade, agrupada pelos principais sectores económicos e pelas principais zonas geográficas, apresentava os seguintes valores: Quadro V.5. Repartição das posições vencidas e objecto de imparidade Data de referência: 31-12-2011 REPARTIÇÃO DAS POSIÇÕES EM RISCO VENCIDAS E OBJECTO DE IMPARIDADE Posições em Risco Vencidas2 Total das Posições Decomposição pelos principais Sectores Económicos: Correcções de valor e provisões4 1.064.470 11.948.846 813.531 Comércio a Retalho 60.356 553.811 48.581 Comércio por Grosso 51.383 403.262 45.739 Construção 200.049 1.410.377 126.713 Indústria 102.099 779.505 86.594 Serviços 35.408 2.749.583 146.338 Particulares 369.591 5.456.687 323.605 Outros1 245.584 595.621 35.961 2.753 198.201 4.757 80.039 747.978 54.969 690.529 América do Norte América Latina Decomposição pelas principais Zonas Geográficas: Posições em Risco Objecto de Imparidade3 Portugal 883.461 9.919.742 Resto da Europa 233 26.380 254 Resto do Mundo 20.896 151.403 6.492 União Europeia 77.088 905.142 56.530 Unidade: Milhares de Euros 1 Inclui Sector Público e Instituições Financeiras e Seguros 2 Corresponde ao Crédito Vencido há mais de 90 dias 3 Corresponde ao Crédito a Clientes 4 Respeitante ao valor de imparidade do crédito, não incluindo a imparidade referente a créditos extrapatrimoniais De acordo com a metodologia de avaliação da imparidade do crédito seguida pelo Grupo, a totalidade do portfolio de crédito é sujeita a análise, identificando-se, por um lado, os clientes com evidência subjectiva de imparidade e, por outro, os clientes com evidência objectiva de imparidade. O Grupo avalia ainda as responsabilidades extrapatrimoniais com natureza de crédito e estima um valor de perdas por imparidade para essas responsabilidades, utilizando factores de conversão que variam de acordo com a natureza creditícia da responsabilidade extrapatrimonial. A informação divulgada como crédito a clientes respeita ao valor total da rubrica “Crédito a Clientes”, com referência a 31 de Dezembro de 2011, deduzido do valor respeitante a títulos de dívida relevados contabilisticamente como “Outros Valores a Receber” (titulados). O valor registado em “Correcções de Valor e Provisões” reflecte o valor total de imparidade apurada sobre a totalidade da carteira de crédito do Grupo. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 45 No exercício de 2011, os movimentos registados em “Correcções de Valor e Provisões”, comparativamente ao ano anterior, são apresentados como seguem: Quadro V.6. Correcções de Valor e Provisões CORRECÇÕES DE VALOR E PROVISÕES 2011 2010 Saldo Inicial 594.857 517.199 Reforços 455.649 177.095 Utilizações (123.602) (30.286) Reversões e Recuperações (113.373) (69.151) Saldo Final 813.531 594.857 Unidade: Milhares de Euros Nota: Inclui valores de Imparidade para operações vencidas e não vencidas Ainda, e em termos de exposições elegíveis por classe de risco, considerando os diferentes prazos de vencimento residual, o Grupo apresenta os seguintes valores: Quadro V.7. Distribuição da posição em risco original por prazo de vencimento residual Até 1 Ano 1 - 5 Anos 5 - 10 Anos Superior a 10 Anos CLASSES DE RISCO 2011 2010 2011 2010 2011 2010 2011 2010 Administrações centrais ou bancos centrais 77,31% 55,41% 15,78% 37,77% 6,75% 6,83% 0,16% - Administrações regionais ou autoridades locais 33,78% 2,05% 25,35% 32,23% 14,98% 22,31% 25,89% 43,42% 22,51% Organismos administrativos e empresas sem fins lucrativos 8,30% 52,37% 9,43% 7,45% 82,23% 17,67% 0,04% Instituições 70,84% 79,79% 25,63% 17,43% 2,34% 2,22% 1,19% 0,56% Empresas 62,24% 62,36% 14,54% 18,69% 11,45% 9,17% 11,77% 9,78% Carteira de retalho 52,34% 52,29% 32,89% 30,97% 9,97% 10,11% 4,80% 6,63% 3,28% 4,43% 2,72% 2,62% 7,95% 7,58% 86,05% 85,37% 20,80% Posições com garantia de bens imóveis Elementos vencidos 39,10% 43,96% 11,20% 27,62% 13,84% 7,63% 35,86% Outros elementos 99,97% 99,08% 0,01% 0,92% 0,00% - 0,02% - Posições em risco sobre organismos de investimento colectivo (OIC) 82,98% 94,88% 7,27% 2,67% 9,31% 2,16% 0,44% 0,30% Total 51,11% 51,34% 13,47% 16,98% 8,52% 7,61% 26,90% 24,08% (em % da posição em risco original) Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 46 V - B – Risco de Crédito – Método Padrão V – B. I - Identificação das Agências de Notação Externa (ECAI) e das Agências de Crédito à Exportação (ECA) Utilizadas O Grupo utiliza como fontes de avaliação para a determinação de riscos, as seguintes Agências de Notação de Rating Externas (ECAI - External Credit Assessment Institutions): Standard & Poor’s, Moody´s e Fitch, recorrendo às notações publicitadas por estas Agências com vista à determinação dos ponderadores a aplicar em termos de consumo de capital: - De forma directa para os segmentos “Administrações centrais ou Bancos Centrais” e “Empresas”; - De forma indirecta (notação do país da contraparte e não a notação da contraparte) para os segmentos “Administrações regionais ou autoridades locais” (para exposições em moeda diferente da moeda do mutuário), “Organismos administrativos e empresas sem fins lucrativos” e “Instituições”. V – B. II - Descrição do processo utilizado para afectar as avaliações de risco dos emitentes ou das emissões aos elementos incluídos na carteira bancária Na selecção do rating a aplicar, o Grupo segue as disposições definidas pelo Aviso n.º 5/2007 do Banco de Portugal, nomeadamente: - Quando esteja apenas disponível um rating publicado por uma ECAI reconhecida, deverá ser utilizada esta avaliação de crédito com vista à determinação dos ponderadores a aplicar; - Quando existam dois ratings publicados por duas ECAI reconhecidas, deve ser aplicado o rating menos favorável; - Quando existam mais de dois ratings publicados por ECAI reconhecidas, deve ser aplicado o pior dos dois melhores. Para o segmento de Instituições, não é utilizado o rating efectivo da contraparte, tendo-se em consideração o rating do País em que as entidades se encontram sedeadas, conforme determinação do Supervisor. Existindo uma avaliação de crédito específica para uma determinada emissão incluída na carteira bancária, o Grupo utiliza essa avaliação para determinar o ponderador dessa posição em risco, não sendo a mesma associada a outras exposições do mesmo emitente. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 47 As avaliações de crédito aplicáveis a uma determinada contraparte pertencente a um grupo económico não são utilizadas em relação a uma outra entidade pertencente ao mesmo grupo económico. No que concerne à divulgação de informação quantitativa, o risco de crédito para efeitos do método padrão, apresenta os seguintes valores: Quadro V.8. Risco de Crédito - Método Padrão Data de referência: 31-12-2011 Ponderadores de Risco CLASSES DE RISCO 0% 10% 20% 35% 50% 75% 100% Outros Ponderadores 150% Total 1. Posição em risco original: Administrações centrais ou bancos centrais 801.316 - - - 814.905 Administrações regionais ou autoridades locais - - 200.515 - - - 1.065 - - 201.580 Organismos administrativos e empresas sem fins lucrativos - - - - 750 - 8.446 - - 9.196 Instituições - - 613.017 - 6.215 - 211.876 948 - 832.056 Empresas - - 6.339 - 4.388.076 499 - 4.394.914 Carteira de retalho - - - - - 3.104.799 310 - - 3.105.109 Posições com garantia de bens imóveis - - 492 3.346.871 248.238 179.404 148.132 - - 3.923.137 Elementos vencidos Outros elementos Posições em risco sobre organismos de investimento colectivo (OIC) Total posições em risco original: - - - - - 13.589 - - - - - - 49.316 1.195.570 526.743 - 1.771.629 317.867 - 49.841 - - 7.566 1.993.488 - - 2.368.762 - - - - - - 204.448 - - 204.448 1.119.183 - 863.865 3.346.871 261.542 3.341.085 8.165.000 528.190 - 17.625.736 - 13.589 2. Posição em risco (base de incidência dos ponderadores): Administrações centrais ou bancos centrais 808.716 - - - 822.305 Administrações regionais ou autoridades locais - - 373.936 - - - 134 - - 374.070 Organismos administrativos e empresas sem fins lucrativos - - - - 338 - 912 - - Instituições - - 500.030 - 7.456 - 222.499 948 - 730.933 Empresas - - - - 6.339 - 3.560.352 249 - 3.566.940 Carteira de retalho - - - - - 2.410.039 - - 2.410.039 Posições com garantia de bens imóveis - - 488 3.329.384 243.483 173.223 142.570 - - 3.889.148 Elementos vencidos - - - - - 86 637.855 439.304 - 1.077.245 317.867 - 49.841 - - 7.566 1.978.402 - - 2.353.676 Outros elementos Posições em risco sobre organismos de investimento colectivo (OIC) Total posições em risco: 3. Total posições ponderadas pelo risco (=Σ("2. X ponderadores de risco): - - - - - - - - - 203.065 - - - 1.250 203.065 1.126.583 - 924.295 3.329.384 257.616 2.590.914 6.759.378 440.501 - 15.428.671 - - 184.859 1.165.284 128.808 1.943.186 6.759.378 660.752 - 10.842.267 4. Posição em risco deduzida aos fundos próprios: Administrações centrais ou bancos centrais - Administrações regionais ou autoridades locais - Organismos administrativos e empresas sem fins lucrativos - Instituições - Empresas - Carteira de retalho - Posições com garantia de bens imóveis - Elementos vencidos - Outros elementos - Posições em risco sobre organismos de investimento colectivo (OIC) - Total posições em risco deduzidas aos fundos próprios: Unidade: Milhares de Euros Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 48 VI – Técnicas de Redução do Risco de Crédito VI.I - Políticas e Processos de Compensação Patrimonial e Extrapatrimonial O Grupo não recorre à utilização de técnicas de compensação patrimonial e extrapatrimonial para redução do Risco de Crédito. VI.II - Políticas e Processos de Reconhecimento, de Avaliação e de Gestão das Cauções O Banif - Grupo Financeiro tem instituído um conjunto de regras e procedimentos internos relativos a técnicas de mitigação do risco de crédito que seguem os requisitos de elegibilidade previstos no Aviso n.º 5/2007 do Banco de Portugal. No âmbito da manutenção de uma gestão adequada e prudente dos riscos de crédito, o Grupo desenvolve de forma contínua a gestão dos seus colaterais, assegurando que as operações são garantidas por instrumentos que proporcionam uma protecção correcta contra eventuais incumprimentos dos contratos estabelecidos e o cumprimento dos vários requisitos operacionais previstos nos normativos em vigor. A Entidade mais representativa do Grupo, o Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A., dispõe de uma aplicação de gestão de colaterais, que agrega de forma integrada os colaterais do Banco, garantindo um acompanhamento e controlo dos mitigantes. Em termos de valorização dos colaterais em carteira, importa referir que esta situação assume especial relevância nos imóveis dados como garantia de operações de crédito, existindo uma funcionalidade desenvolvida em exclusivo para esta natureza de colateral, que gere a reavaliação dos imóveis de acordo com os prazos definidos pelo Órgão de Supervisão. Na concessão de crédito, o valor e natureza dos colaterais – exigidos como garantias do crédito concedido - bem como o grau de cobertura necessário, depende do resultado da avaliação do risco de crédito da contraparte. O Grupo avalia em primeiro lugar a valia da contraparte e a sua capacidade de reembolso, considerando os colaterais como uma segunda via de pagamento e não o considerando, por isso, como atributo principal dos critérios de avaliação. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 49 Existe certo tipo de colaterais que, por natureza, estão associados a determinado tipo de crédito concedido, a saber: - no crédito de médio/longo prazo a Particulares, como o crédito imobiliário, o colateral tem normalmente a natureza de garantia real, nomeadamente a primeira hipoteca do imóvel e/ou penhor de depósitos, sendo por regra exigida primeira hipoteca para operações de crédito a médio longo prazo a particulares; - no crédito de curto prazo a Particulares, designadamente crédito ao consumo, são normalmente exigidas garantias pessoais; - no caso do crédito a Empresas, designadamente o crédito revolving, são solicitadas garantias pessoais dos sócios/accionistas sendo que, nalguns casos, são exigidas garantias reais, tais como a hipoteca de imóveis ou outras garantias reais. Estas situações variam em função do risco atribuído ao cliente, da natureza da operação e da maturidade do crédito concedido. Sempre que se verifique qualquer agravamento do risco de crédito, é solicitado aos clientes a prestação de colaterais adicionais. No caso do crédito concedido a empresas pertencentes a grupos económicos, é prática corrente o Grupo mitigar o risco de crédito com colaterais adicionais prestados pela Empresa-Mãe. VI.III - Descrição dos Principais Tipos de Cauções utilizados pelo Grupo Os mitigantes com maior peso em termos da exposição do Grupo, respeitam às denominadas garantias pessoais, nomeadamente avales e fianças prestadas na maioria por particulares. Estas garantias, não se constituem como um elemento redutor de risco em termos de consumo de capital, não sendo inclusivamente divulgadas em termos quantitativos. No que respeita aos colaterais elegíveis para redução do risco de crédito no apuramento do consumo de capital, estes encontram-se concentrados no segmento de posições garantidas por bens imóveis, sendo de destacar o peso relevante dos imóveis para habitação. Relativamente aos restantes mitigantes, o Grupo dispõe também, para efeitos de redução do risco de crédito, de garantias recebidas e prestadas por entidades elegíveis, bem como de cauções financeiras para os segmentos de Empresas e Retalho. A decomposição dos mitigantes encontra-se divulgada no final do presente capítulo. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 50 VI.IV - Estratégia, processos de monitorização e descrição dos principais tipos de garante e de contraparte de derivados de crédito e respectiva qualidade de crédito Em termos estratégicos, o Banif – Banco de Investimento, S.A., Entidade do Grupo que actua na área da banca de investimento em Portugal, procurou mitigar o risco de crédito dos activos pouco líquidos que detinha em carteira através da contratação de derivados de crédito, nomeadamente Credit Default Swaps (CDS). As técnicas de redução de risco de crédito mais utilizadas pelo BBI dizem respeito, essencialmente, a crédito estruturado, sob a forma de instrumentos financeiros como ABS, CMBS, RMBS, CDO e CLO – que se incluem na classe de risco “Titularização”. Foi realizada uma compra de protecção num derivado de crédito (Credit Default Swap), conforme descrito no ponto 14 e 17 do anexo IX do Relatório de Gestão e Contas do Banif S.G.P.S – “Recomendações do FSF e do CEBS relativas à transparência da informação e à valorização de activos”. O risco foi transferido para terceiros através da emissão de notas estruturadas colocadas junto de investidores, o que mitiga largamente o risco de contraparte. O Grupo dispõe ainda de outros derivados de crédito, swaps de retorno total (Total Return Swaps) que têm como objectivo a redução do risco de crédito (e de desvalorização) de activos com reduzida liquidez, nomeadamente fundos de investimento classificados na classe de risco “Posições em risco sobre organismos de investimento colectivo”, mas que foram cancelados em 2011 na sequência da venda dos activos que se encontravam a cobrir. O risco de crédito de contraparte associado a estes swaps de retorno total, encontra-se colateralizado por depósitos-caução constituídos junto do Banif - Banco de Investimento, S.A.. Na componente off-balance sheet, o procedimento instituído assenta na realização de uma avaliação do risco de crédito de contraparte associado às operações de derivados realizados, sendo que se assume como política a não realização de trading de derivados, tendo como objectivo da contratação dos mesmos a cobertura económica, maioritariamente representadas por operações back-to-back com clientes e, ainda, de posições próprias detidas em carteira. O Grupo actua em linha com as boas práticas internacionais, procedendo à realização de contratos padronizados publicados pelo ISDA (International Swaps and Derivatives Association) e, em determinados casos, com CSA (Credit Support Annex), que minimiza o risco de crédito de contraparte pela contratualização da constituição de depósitos como colateral. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 51 VI.V - Concentração dos Valores de Cobertura por Tipo de Instrumento O Grupo evidencia reduzida materialidade neste domínio, no Banif – Banco de Investimento, S.A., à data de 31 de Dezembro de 2011, as coberturas com derivados de crédito eram residuais, correspondente a um nocional de 2,5 milhões de Euros e um montante coberto (Ga) de apenas 407 mil Euros, sendo de referir que a maturidade residual do derivado é inferior a um ano. Em termos de concentração por tipo de instrumento, estas correspondiam na totalidade a CDS (compra de protecção). Registou-se uma redução significativa dos derivados de risco de crédito face ao ano anterior, na sequência da respectiva venda dos activos cobertos. Em 2010, o valor nocional total das coberturas de risco de crédito junto do BBI, sob a forma de CDS (Credit Default Swaps) e TRS (Total Return Swaps), ascenderam a cerca de 51 milhões de Euros, em que os CDS representavam um peso de 16% e os TRS os restantes 84%. Para mitigação do risco de crédito de contraparte inerente aos TRS encontram-se constituídos junto do BBI, depósitos-caução que cobriam quase a totalidade do montante nocional dos contratos (correspondente à posição em risco original), no montante de cerca de 42 milhões de Euros. A aplicação das técnicas de redução do risco de crédito no Grupo resulta na quantificação dos seguintes valores: Quadro VI.1. Técnicas de redução do risco de crédito - Método Padrão Data de referência: 31-12-2011 Técnicas de redução do risco de crédito com efeito no montante da posição em risco: protecção real de crédito - método integral sobre cauções financeiras Técnicas de redução do risco de crédito com efeito de substituição na posição em risco original líquida CLASSES DE RISCO Posição em risco líquida Protecção pessoal de crédito: valor da protecção totalmente ajustado (GA) Método simples: Cauções Financeiras Derivados de crédito Garantias Caução financeira: Efeito de valor ajustado pela Ajustamento substituição volatilidade e por de volatilidade na posição em qualquer ao valor da risco (líquido Outras formas desfasamento entre posição em de saída e de protecção prazos de vencimento risco entradas) real de crédito (CVAM) Protecção real de crédito Administrações centrais ou bancos centrais 814.905 - - - - 7.400 - - Administrações regionais ou autoridades locais 200.281 2.141 - - - 174.177 - 80 Organismos administrativos e empresas sem fins lucrativos 7.426 - - - (7.426) - - 832.009 4.173 - - - 8.815 - 109.064 Empresas 4.285.713 122.739 - - - (122.739) - 157.370 Carteira de retalho 3.067.297 3.450 - - - (3.450) - 90.980 Posições com garantia de bens imóveis 3.904.218 84 - - - (84) - - Elementos vencidos 1.134.728 56.693 - - - (56.693) - 791 Instituições Outros elementos Posições em risco sobre organismos de investimento colectivo (OIC) Total 9.144 - - - - - - 204.284 - - - - - - - 16.821.325 2.368.746 196.706 - - - - - 358.335 50 Unidade: Milhares de Euros O quadro seguinte apresenta a distribuição das garantias por sector de actividade, tendo-se verificado um aumento generalizado dos mitigantes elegíveis, face aos montantes angariados no exercício anterior. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 52 Quadro VI.2. Análise de Concentração - Protecção Pessoal e Real do Crédito Protecção Pessoal de Crédito CLASSES DE RISCO Garantias 2011 2011 2010 Outras cauções de natureza real 2011 2010 2011 2010 - - 318.377 235.012 3.840.621 Comércio a Retalho 1.889 5.342 - - 13.754 17.700 115.525 78.751 - - - - - - Comércio por Grosso 1.015 3.298 - - 17.134 17.832 48.828 25.295 - - - - - - 87.587 4.630 - - 28.699 36.231 68.180 53.983 - - - - - - Indústria 5.696 5.844 - - 32.769 18.966 68.166 37.177 - - - - - - Instituições Financeiras e Seguradoras 4.173 24 - - 112.946 411 7.893 9.534 - - - - - - 3.593.816 2011 2010 Outras formas de protecção real de crédito Valores a receber 94.212 Construção 2010 Outras cauções elegíveis Imobiliárias 196.706 Total das posições objecto de cobertura Decomposição do total das posições por sector Protecção Real de Crédito Cauções (financeiras elegíveis) Derivados de crédito - 2011 - 2010 - 2011 - 2010 - - Outros 32.473 34.084 - 49.376 50.045 3.283.208 3.216.452 Serviços 45.756 39.407 - - 63.361 93.747 248.642 171.926 - - - - - - Sector Público 18.117 1.583 - - 338 80 179 698 - - - - - - - - - - - - - Unidade: Milhares de Euros Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 53 VII – Operações de Titularização À data de 31 de Dezembro de 2011, encontravam-se “vivas” treze operações de titularização em que o Grupo se encontra envolvido. De uma forma global, o objectivo que esteve na base da concretização das referidas transacções prende-se com a captação de funding para o Grupo, não existindo uma transferência significativa do risco de crédito para fora do Grupo. Importa referir que, no caso da operação Atlantes Mortgage N.º6, apesar de configurar uma transferência do risco ao nível individual da entidade cedente, o Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A., com cessão integral das notas emitidas, ao nível consolidado não se verificou uma transferência efectiva do risco, dado que os créditos foram adquiridos por uma entidade incluída no perímetro consolidação do Banif – Grupo Financeiro. Todas as operações são de titularização tradicional, com maior expressão no crédito imobiliário, hipotecário e de financiamento ao consumo (incidência no ramo automóvel). As principais características das operações de titularização, em que o Grupo se encontra envolvido como cedente, são as seguintes: Quadro VII.1. Operações de Titularização - Principais Características Data de referência: 31-12-2011 Identificação da Operação Entidade Cedente Activos Titularizados Objectivo da Operação Envolvimento na Operação Transferência Significativa do Risco de Crédito Azor Mortgages Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. Créditos Imobiliários Captação de Liquidez Cedente, Servicer e detentor do Equity Piece Não Azor Mortgages N.º2 Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. Créditos Imobiliários Captação de Liquidez Cedente, Servicer e detentor da Emissão Não Atlantes Mortgage N.º1 Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. Créditos Imobiliários Captação de Liquidez Cedente, Servicer e detentor do Equity Piece Não Atlantes Mortgage N.º2 Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. Créditos Imobiliários Captação de Liquidez Cedente, Servicer e detentor da Emissão Não Atlantes Mortgage N.º3 Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. Créditos Imobiliários Captação de Liquidez Cedente, Servicer e detentor da Emissão Não Atlantes Mortgage N.º4 Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. Créditos Imobiliários Captação de Liquidez Cedente, Servicer e detentor da Emissão Não Atlantes Mortgage N.º5 Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. Créditos Imobiliários Captação de Liquidez Cedente, Servicer e detentor da Emissão Não Atlantes Mortgage N.º6 Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. Créditos Hipotecários Optimização de Balanço Cedente e Servicer Sim Atlantes Mortgage N.º7 Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. Créditos Imobiliários Captação de Liquidez Cedente, Servicer e detentor da Emissão Não Atlantes Finance N.º3 Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. Banco Banif Mais, S.A. Banif GO, Instituição Financeira de Crédito, S.A. Créditos ao consumo, Locação financeira mobiliária e Aluguer financeiro Captação de Liquidez Cedentes, Servicers e detentores da Emissão Não Ecuador Receivables Banif – Banco de Investimento, S.A. Certificados de Energia Futura Compra e venda de créditos Cedente e Servicer dos créditos Sim Atlantes N.º1 Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. Atlantes Finance N.º4 Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. Banco Banif Mais, S.A. BMORE Finance N.º4 plc Banco Banif Mais, S.A. BMORE Finance N.º5 plc Banco Banif Mais, S.A. Créditos a PME Créditos ao consumo, Locação financeira mobiliária e Aluguer financeiro Créditos ao consumo, Locação financeira mobiliária e Aluguer financeiro Créditos ao consumo, Locação financeira mobiliária e Aluguer financeiro Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 Captação de Liquidez Captação de Liquidez Cedente, Servicer e detentor de parte da Emissão Cedentes, Servicers e detentores de parte da Emissão Não Não Captação de Liquidez Cedente, Servicer e detentor do Equity Piece Não Captação de Liquidez Cedente, Servicer e detentor do Equity Piece Não 54 Os principais elementos que as sintetizam são os seguintes: Quadro VII.2. Operações de Titularização Data de referência: 31-12-2011 Azor Mortgages Azor Mortgages N.º2 Atlantes Mortgage N.º1 Atlantes Mortgage N.º2 Atlantes Mortgage N.º3 Atlantes Mortgage N.º4 Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif - Banco de Investimento, S.A. Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A N.A. N.A. N.A. N.A. N.A. N.A. N.A. N.A. N.A. Data de início 25-11-2004 24-07-2008 13-02-2003 05-03-2008 30-10-2008 16-02-2009 21-12-2009 17-12-2007 Maturidade legal 20-09-2047 14-12-2065 17-01-2036 20-09-2060 20-08-2061 20-12-2064 23-11-2068 Cláusula de step-up (data) 20-09-2011 21-07-2017 17-01-2010 18-03-2017 20-11-2017 20-03-2018 23-02-2019 TITULARIZAÇÃO TRADICIONAL Instituição(ões) Cedente(s) Instituição(ões) Patrocinadora(s) Atlantes Ecuador Atlantes Mortgage N.º5 Receivables N.º1 Mortgage N.º6 Atlantes Mortgage N.º7 Atlantes Finance N.º3 Atlantes N.º1 Atlantes Finance N.º4 Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A (*) Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banco Banif Mais, S.A. Banco Banif Mais, S.A. N.A. N.A. N.A. N.A. Deutsche Bank Fortis Bank 30-06-2010 18-11-2010 29-07-2010 21-04-2011 20-12-2011 18-05-2004 07-12-2007 17-12-2021 23-10-2016 23-08-2066 25-04-2026 25-08-1942 19-06-2032 18-05-2014 07-12-2020 Na Na 23-02-2018 Na 12-05-2006 20-11-2009 BMORE Finance BMORE Finance N.º4 plc N.º5 plc Banco Banif Mais, S.A. Informação sobre as operações: Revolving (anos) Na Na 0 0 0 0 0 3 3 0 0 0 0 0 0 3 Activos titularizados (em milhões de euros; salvo especificado) 281 300 500 375 600 550 500 US$5.9M 91 397 382.5 1110.6 247.5 300 275 Valor em dívida (em milhões de euros; salvo especificado) 69 236 166 290 488 546 500 US$5.9M 74 374 205 879 231 23 275 3 Informação sobre o envolvimento das instituição(ões) cedente(s) Existência de situações de "apoio implícito" Activos cedidos (por Instituição)/Activos titularizados (total) (%) Mais-valia inicial/Valor das posições de primeira perda readquiridas Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 47% 0% Observações (*) Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A., Banco Banif Mais, S.A. e Banif GO, Instituição Financeira de Crédito, S.A. Os veículos constituídos no âmbito das referidas operações de titularização são incluídos nas contas consolidadas do Grupo, considerando que o Grupo detém substancialmente todos os riscos (riscos de crédito e taxa de juro) e benefícios (margem taxa de juro de crédito), estando, por conseguinte, sujeito ao efeito do comportamento das operações em causa. No que se refere à metodologia de cálculo dos montantes das posições ponderadas pelo risco inerentes aos investimentos detidos pelo Grupo em operações de titularização, é considerado o método padrão, nos termos definidos no Anexo III do Aviso n.º 7/2007. Para efeitos de determinação dos ponderadores de risco a aplicar às posições em risco, o Banif - Grupo Financeiro, recorre às notações atribuídas pelas agências internacionais de notação externa. Em termos de cálculo de requisitos de capital no âmbito de Basileia II, e relativamente às operações de titularização sobre as quais não se verifica o desreconhecimento do risco de crédito, os créditos associados a estas operações são incluídos no segmento original, sendo tratados de forma idêntica aos créditos comuns, retirando-se simultaneamente deste cálculo os títulos detidos em carteira representativos das referidas operações. Em termos contabilísticos, as operações de titularização são tratadas como activos financeiros, pelo que obedecem às regras estabelecidas pelas Normas Internacionais de Relato Financeiro no tratamento de activos dessa natureza. Assim, o Grupo considera no perímetro de consolidação financeira e, por conseguinte, consolida pelo método integral, de acordo com os princípios apresentados pela IAS 27, os Special Purpose Entities (SPE) que decorrem de operações de titularização de Entidades do Grupo, porquanto a substância da sua relação com as referidas Entidades indica que o Grupo exerce o controlo financeiro e operacional, bem como se encontra exposto aos riscos e benefícios inerentes às actividades dessas Entidades. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 55 A determinação da existência do exercício do controlo sobre os SPE’s é efectuada com base nos critérios definidos na SIC 12 – critérios para consolidação de Entidades de Finalidade Especial: as actividades do SPE são desenvolvidas de acordo com as necessidades específicas do negócio do Grupo, obtendo este último, os respectivos benefícios associados à actividade do SPE; o Grupo detém o poder de decisão conducente à obtenção da maioria dos benefícios das actividades do SPE; considerando o direito que assiste ao Grupo em retirar os referidos benefícios do SPE, o Grupo encontra-se por outro lado, exposto aos riscos inerentes à actividade desenvolvida pelo SPE; o Grupo detém a maioria dos riscos residuais no SPE. Dada a dificuldade em determinar se é exercido o controlo sobre um SPE, é efectuado um julgamento para determinar se o Grupo está exposto aos riscos e benefícios inerentes às actividades do SPE e se tem os poderes de tomada de decisão nesses SPE’s. A decisão de que um SPE tem que ser consolidado pelo Grupo requer a utilização de pressupostos e estimativas para apurar os ganhos e perdas residuais e determinar quem retém a maioria desses ganhos e perdas. Aquando da cedência de activos associados às operações de titularização, havendo lugar à consolidação dos SPE’s, o Grupo não regista resultados no momento inicial. No entanto, se os SPE’s não integrassem o perímetro de consolidação financeiro, a diferença entre o valor de venda dos activos e o seu valor contabilístico seria relevado na Demonstração de Resultados consolidada como ganho e perda, no momento inicial. Nas operações de titularização que realiza, o Grupo utiliza os serviços de notação das principais agências internacionais: Moody’s, Standard & Poor’s (S&P), Fitch e DBRS. Nos quadros abaixo, são apresentadas as notações de rating por operação de titularização, e respectivas tranches, com excepção das operações Ecuador Receivables N.º1 e Atlantes Mortgage N.º6. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 56 Quadro VII.3. Notações de Rating por operação de titularização Classe A Classe B Classe C Classe D Classe E Azor Mortgage Moody's Baa1 Baa1 Ba1 n.a. S&P AA- AA- BBB n.a. Fitch A A A- n.a. S&P AA- n.a. n.a. Fitch A n.a. n.a. DBRS A n.a. n.a. Azor Mortgage N.º2 Atlantes Mortgage N.º1 Moody's Baa1 Ba1 B2 Caa1 n.a. S&P AA- A- BBB BB n.a. Fitch A A A BBB n.a. S&P AA- A BBB n.a. Fitch A A BBB n.a. S&P AA- n.a. n.a. Fitch A n.a. n.a. S&P AA- n.a. n.a. Fitch A n.a. n.a. S&P AA- n.a. n.a. Fitch A n.a. n.a. Atlantes Mortgage N.º2 Moody's Atlantes Mortgage N.º3 Moody's Atlantes Mortgage N.º4 Moody's Atlantes Mortgage N.º5 Moody's Atlantes Finance N.º3 Moody's A3 n.a. n.a. S&P AA- n.a. n.a. S&P AA- n.a. n.a. Fitch A n.a. n.a. A3 n.a. n.a. AA n.a. n.a. A+ BBB n.a. Moody's Aaa Aa2 A2 Baa2 n.a. S&P AAA AA A BBB n.a. Moody's Aa n.a. n.a. S&P AA n.a. n.a. Fitch Atlantes Mortgage N.º7 Moody's Atlantes N.º1 Moody's S&P DBRS Atlantes Finance N.º4 Moody's S&P Fitch BMORE Finance N.º4 plc Fitch BMORE Finance N.º5 plc Fitch Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 57 No conteúdo das operações de titularização do Banif - Grupo Financeiro, quatro têm a característica de revolving (posições em risco renováveis): a Atlantes Mortgage N.º4, Atlantes Mortgage N.º5, Atlantes Finance N.º4 Plc em que são permitidas cessões adicionais face ao montante inicial da operação, por um período de três anos, conforme apresentado no quadro supra. As emissões das operações Atlantes Mortgage, cujo valor da dívida ascendia a cerca de 1.046 milhões de Euros, a 31 de Dezembro de 2011, não foram colocadas junto de investidores, pelo que a totalidade das notas são detidas pelo Grupo. Durante o ano de 2011, foram efectuadas as seguintes cessões adicionais: Quadro VII.4. Cessões Adicionais Data de referência: 31-12-2011 Montante Cedido Atlantes Mortgage N.º4 40,3 Atlantes Mortgage N.º5 33,2 Atlantes Finance N.º4 Dez-11 137,25 Unidade: Milhões de Euros No que concerne à divulgação de informação quantitativa, à data de 31 de Dezembro de 2011, o montante estimado de perdas decorrente da valorização dos títulos emitidos por veículos, é apresentado como segue: Quadro VII.5. Operações de Titularização - Análise de Perdas Valor em dívida das posições em risco titularizadas Perdas reconhecidas pela instituição Do qual: referente a posições objecto de imparidade ou vencida 2011 2010 Titularizações sintéticas (total) - - - - Elementos do activo - - - - Grau hierárquico mais elevado (Most senior ) - - - - Mezzanine - - - - - - - - - - - - Titularizações tradicionais (total) 6.839 - (689) (126) Elementos do activo 6.839 - (689) (126) - - - - 6.839 - (689) (125) - - - (1) - - - Posições de primeira perda (First loss ) Elementos extrapatrimoniais e instrumentos derivados Grau hierárquico mais elevado (Most senior ) Mezzanine Posições de primeira perda (First loss ) Elementos extrapatrimoniais e instrumentos derivados Unidade: Milhares de Euros Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 58 No que respeita ao cálculo pelo método padrão do montante das posições ponderadas pelo risco, para os títulos em carteira relativos a operações de Outras Entidades, as respectivas posições encontram-se reflectidas no quadro seguinte: Quadro VII.6. Operações de Titularização - Método Padrão TIPO DE TITULARIZAÇÃO (TRADICIONAL/SINTÉTICA) Total das posições em risco (=A+B+C) Montante total das posições em risco titularizadas originadas (da instituição cedente) Decomposição do valor da posição sujeita a ponderação (2+3) por ponderador de risco superior ou igual a 100% Valor da posição em risco Posição objecto de notação Valor deduzido aos fundos próprios (-) 225% 100% 350% Montante da posição ponderada pelo risco 1250% Posição objecto de notação 650% Posição não objecto de notação Posição não objecto de notação 2010 2011 11.211 10.804 - 748 - 4.284 - 1.726 - - 39.339 62.497 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Titularizações - - - - - - - Retitularizações - - - - - - - - - - - - - - Titularizações - - - - - - - Retitularizações - - - - - - - - - - - 11.211 10.804 - 1.726 - 39.339 62.497 11.211 10.804 - 1.726 - 39.339 62.497 11.211 10.804 - 1.726 - 39.339 62.497 - A - Entidade cedente: total das posições A.1 Elementos do activo A.2 Elementos extrapatrimoniais e instrumentos derivados A.3 Reembolso/amortização antecipada (Early amortization ) Interesses do cedente Interesses dos investidores B - Investidor: total das posições B.1 Elementos do activo Titularizações Retitularizações 748 - 4.284 - - - - - - - - - - - - - - - Titularizações - - - - - - - Retitularizações - - - - - - - - - - - - - B.2 Elementos extrapatrimoniais e instrumentos derivados C - Patrocinador: total das posições - - - - - C.1 Elementos do activo - - - - - - - - - C.2 Elementos extrapatrimoniais e instrumentos derivados - - - - - - Unidade: Milhares de Euros Ainda, à data de 31 de Dezembro de 2011, registaram-se ganhos de 1.492 milhares de Euros, resultante de operações de alienação de activos titulados. Quadro VII.7. Operações de Titularização - Síntese de actividades Montante das posições em risco titularizadas / a titularizar 2011 Montante da posição ponderada pelo risco 2010 2011 2010 Ganhos/Perdas reconhecidos nas vendas 2011 2010 Titularizações tradicionais (total) 11.211 38.198 39.339 62.497 1.492 - Elementos do activo 11.211 38.198 39.339 62.497 1.492 - 11.211 38.198 39.339 62.497 1.492 - - - - - - - Antes de cobertura/seguro - - Após cobertura/seguro - - Exposição a garantes, por tipo de garante - - - - - - - - Titularizações - - - - - - Retitularizações - - - - - - Antes de cobertura/seguro - - - - - - Após cobertura/seguro - - - - - - Exposição a garantes, por tipo de garante - - - - - - Titularizações sintéticas (total) - - - - - - Elementos do activo - - - - - - Titularizações - - - - - - Retitularizações - - - - - - Antes de cobertura/seguro - - Após cobertura/seguro - - Exposição a garantes, por tipo de garante - - - - - - - - Titularizações - - - - - - Retitularizações - - - - - - Antes de cobertura/seguro - - Após cobertura/seguro - - - - Titularizações Retitularizações Elementos extrapatrimoniais e instrumentos derivados Elementos extrapatrimoniais e instrumentos derivados Exposição a garantes, por tipo de garante Activos que aguardam titularização Unidade: Milhares de Euros Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 59 VIII – Riscos de Posição, de Crédito de Contraparte e de Liquidação da Carteira de Negociação A generalidade das Entidades do Grupo não se encontra obrigada ao reporte prudencial relativo à carteira de negociação, uma vez que se encontram abrangidas pelo disposto no número 8 do Aviso n.º 8/2007 do Banco de Portugal, que permite que os requisitos de capital relativos à carteira de negociação sejam calculados da mesma forma que os requisitos de capital para cobertura de risco de crédito. O BBI, unidade do Grupo onde se centraliza a actividade da banca de investimento em Portugal, constitui uma excepção ao atrás disposto, em que a especificidade do negócio onde opera traduz-se na materialidade da respectiva carteira de negociação ou do risco de mercado a que a Instituição está sujeita. Desta forma, o BBI procede ao cálculo dos requisitos de fundos próprios para cobertura dos riscos de mercado de acordo com o disposto no Aviso n.º 8/2007 do Banco de Portugal. À data de 31 de Dezembro de 2011, os requisitos de fundos próprios de toda a carteira de negociação foram calculados com base no método Padrão definido para Basileia II. A gestão do risco de mercado dentro do Banif - Grupo Financeiro reflecte as especificidades e vantagens competitivas das Entidades do Grupo, entre as quais a proximidade e o conhecimento local dos mercados em que operam, com particular ênfase para as Instituições que actuam no Brasil, nomeadamente a unidade de banca de investimento, o Banif - Banco de Investimento (Brasil), S.A., incluindo as suas participadas e a unidade de banca comercial, o Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A. e, ainda, o Banif - Banco de Investimento, S.A., que opera em Portugal. No BBI, existe uma rotina diária de cálculo do VaR, utilizando o Software BarraOne que utiliza o modelo paramétrico, aplicado para um horizonte temporal de 10 dias e um intervalo de confiança de 99%, em linha com as recomendações no Novo Acordo de Basileia e do Aviso n.º 8/2007 do Banco de Portugal. No Brasil, existe igualmente uma monitorização diária do VaR, baseado também num modelo paramétrico, para um horizonte temporal de 1 dia útil e um intervalo de confiança de 95%, existindo, no entanto, limites de risco estabelecidos. A informação mais detalhada sobre as metodologias de avaliação de risco de mercado encontra-se divulgada no ponto II.II – Objectivos e políticas em matéria de Gestão dos Riscos do Capítulo II – Âmbito de Aplicação e Políticas de Gestão de Risco, do presente documento. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 60 No que concerne à divulgação de informação quantitativa, os requisitos de fundos próprios da carteira de negociação apresentam os seguintes valores: Quadro VIII.1. Requisitos de Fundos Próprios - Carteira de Negociação Requisitos de Fundos Próprios RISCOS DA CARTEIRA DE NEGOCIAÇÃO 2011 2010 Total Riscos da Carteira de Negociação (=Σ(1. a 3.)) 1. Risco de Posição (1.1. + 1.2.) 1.1. Método Padrão sobre a Carteira de Negociação (=Σ(1.1.1. a 1.1.6.)) 1.1.1. Instrumentos de Dívida 1.1.1.1. Risco Específico 1.197 2.987 1.197 2.987 1.193 2.983 983 2.545 1.1.1.1.1. Operações de Titularização - - 1.1.1.1.2. Carteira de Negociação de Correlação - - 983 2.545 210 438 1.1.1.1.3. Outros instrumentos de dívida 1.1.1.2. Risco Geral 1.1.2. Títulos de Capital 4 4 1.1.2.1. Risco Específico - 1 1.1.2.2. Risco Geral 4 3 1.1.3. Organismos de Investimento Colectivo (OIC): - - 1.1.4. Futuros e Opções negociados em bolsa: - - 1.1.5. Futuros e Opções do mercado de balcão - OTC: - - 1.1.6. Outros: - - - - a) a) 1.2. Método de Modelos Internos sobre a Carteira de Negociação 2. Risco de Crédito de Contraparte (=Σ(2.1. a 2.3.)) 2.1. Vendas/compras com acordo de recompra/revenda, concessão/contracção de empréstimos de valores mobiliários ou de mercadorias, operações de empréstimo com imposição de margem e operações de liquidação longa 2.2. Instrumentos Derivados 2.3. Contratos de compensação multiprodutos 3. Risco de Liquidação a) a) n.a. n.a. - Unidade: Milhares de Euros a) O Grupo calcula o requisitos de fundos próprios para cobrir o risco de crédito de contraparte decorrente de instrumentos derivados e operações de repos (vendas com acordo de recompra e compras com acordo de revenda) relativos à sua carteira de negociação de acordo com o Aviso n.º 5/2007 (conforme disposto na parte 2 do Aviso n.º 8/2007, relativo à carteira de negociação), pelo que a informação quantitativa respectiva encontra-se incluída nos quadros do Capítulo IV – Risco de Crédito de Contraparte. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 61 IX – Riscos Cambial e de Mercadorias das Carteiras Bancária e de Negociação Para o cálculo do risco cambial o Grupo recorre ao Método Padrão, previsto no Anexo V do Aviso n.º 8/2007 do Banco de Portugal, que define as regras de cálculo dos requisitos de fundos próprios no que concerne ao risco cambial. A metodologia assenta na aplicação de um ponderador de 8% à soma da posição líquida global em divisas com a posição líquida global em ouro, no caso desta soma exceder 2% dos fundos próprios totais. À data de 31 de Dezembro de 2011, o Banif – Grupo Financeiro não apurou o montante de requisitos de fundos próprios para risco cambial, dado que a posição líquida global apurada apresenta-se abaixo do limiar de 2% dos fundos próprios totais. No que respeita ao risco de mercadorias, o Grupo não calcula requisitos de fundos próprios considerando que não se encontra exposto a este risco em nenhuma das carteiras, quer bancária quer de negociação. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 62 X – Posições em Risco sobre Acções da Carteira Bancária As posições em risco da carteira bancária do Grupo, são representadas essencialmente por instrumentos de dívida, contribuindo com uma representatividade superior a 80% da carteira, no final do exercício de 2011. Relativamente às posições em risco sobre acções da carteira bancária do Grupo, é de salientar que parte significativa desses activos representa posições estratégicas pelo que não são susceptíveis de serem alienadas no curto prazo. Relativamente às metodologias de avaliação e às técnicas contabilísticas utilizadas pelo Grupo no tratamento destes activos, importa referir que os critérios utilizados seguem as orientações das Normas de Contabilidade de Relato Financeiro, para a globalidade dos activos financeiros detidos pelo Grupo. Assim, em termos de critérios de avaliação dos instrumentos financeiros, o Grupo recorre às seguintes metodologias: Justo valor dos instrumentos financeiros Quando o justo valor dos instrumentos financeiros não pode ser determinado através de cotações marked to market nos mercados activos, é determinado através da utilização de técnicas de valorização que incluem modelos matemáticos de discounted cash-flows (marked to model). Os dados de input nesses modelos são, sempre que possível, valores observáveis de mercado, mas quando tal não é possível, um grau de julgamento é requerido para estabelecer o justo valor, nomeadamente ao nível da liquidez, correlação e volatilidade. Imparidade em instrumentos de capital Os activos financeiros disponíveis para venda são analisados quando existam indícios objectivos de imparidade, nomeadamente quando se verifica um significativo ou prolongado declínio no justo valor, abaixo do preço de custo. A determinação do nível de declínio em que se considera “significativo ou prolongado” requer julgamentos. Neste contexto, o Grupo considera que uma redução no justo valor de um instrumento de capital igual ou superior a 30% (30% em 2010) ou um declínio por mais de 1 ano (1 ano em 2010) pode ser considerado significativo ou prolongado. Contudo, são avaliados outros factores, tal como o comportamento da volatilidade nos preços dos activos. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 63 Activos financeiros detidos para negociação Os activos e passivos financeiros detidos para negociação são os adquiridos com o propósito de venda no curto prazo e de realização de lucros a partir de flutuações no preço ou na margem do negociador, incluindo todos os instrumentos financeiros derivados que não sejam enquadrados como operações de cobertura. Após reconhecimento inicial, os ganhos e perdas gerados pela mensuração subsequente do justo valor são reflectidos em resultados do exercício. Nos derivados, o justo valor positivo é registado no activo e o justo valor negativo no passivo. Os juros e dividendos ou encargos são registados nas respectivas contas de resultados. Os dividendos são registados quando o direito ao seu pagamento é estabelecido. Os passivos financeiros de negociação incluem também vendas de títulos a descoberto. Estas operações são relevadas em balanço ao justo valor, com variações subsequentes de justo valor relevadas em resultados do exercício na rubrica “Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. Activos e passivos financeiros ao justo valor através de resultados Estas rubricas incluem os activos e passivos financeiros classificados pelo Grupo de forma irrevogável no seu reconhecimento inicial, como ao justo valor através de resultados, de acordo com a opção prevista na IAS 39 (fair value option), desde que satisfeitas as condições previstas para o seu reconhecimento, nomeadamente: - a designação elimina ou reduz significativamente inconsistências de mensuração de activos e passivos financeiros e reconhecimento dos respectivos de ganhos ou perdas (accounting mismatch); - os activos e passivos financeiros são parte de um grupo de activos ou passivos (ou ambos), o qual é gerido e a sua performance avaliada numa base de justo valor, de acordo com uma estratégia de investimento e gestão de risco devidamente documentada; ou - o instrumento financeiro integra um ou mais derivados embutidos, excepto quando os derivados embutidos não modifiquem significativamente os fluxos de caixa inerentes ao contrato, ou seja, com reduzida ou nenhuma análise, que a separação dos derivados embutidos não possa ser efectuada. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 64 Após reconhecimento inicial, os ganhos e perdas gerados pela mensuração subsequente do justo valor dos activos e passivos financeiros são reflectidos em resultados do exercício na rubrica “Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. Os passivos financeiros foram designados como passivos ao justo valor através de resultados por se tratar de instrumentos de dívida (subordinada e não subordinada) com um ou mais derivados embutidos. Activos financeiros disponíveis para venda São classificados nesta rubrica instrumentos que podem ser alienados em resposta ou em antecipação a necessidades de liquidez ou alterações de taxas de juro, taxas de câmbio ou alterações do seu preço de mercado, e que o Grupo não tenha classificado em qualquer uma das outras categorias. Em 31 de Dezembro de 2011, esta rubrica inclui instrumentos de dívida, participações consideradas estratégicas e títulos para os quais não é possível a obtenção de cotação. Após o reconhecimento inicial, estes activos são mensurados ao justo valor, ou mantidos ao custo de aquisição, caso não seja possível apurar o justo valor com fiabilidade, sendo os respectivos ganhos e perdas reflectidos na rubrica “Reservas de Reavaliação” até à sua venda (ou ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento no qual o valor acumulado é transferido para resultados do exercício para a rubrica “Resultados de activos financeiros disponíveis para venda”. Os juros inerentes aos activos financeiros são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. Os dividendos são reconhecidos em resultados, quando o direito ao seu pagamento é estabelecido, na rubrica “Rendimentos de instrumentos de capital”. Nos instrumentos de dívida emitidos em moeda estrangeira, as diferenças cambiais apuradas são reconhecidas em resultados do exercício na rubrica “Resultados de reavaliação cambial”. O Grupo efectua uma análise da existência de evidência de perdas por imparidade em activos financeiros disponíveis para venda, em cada data de referência das Demonstrações Financeiras. As perdas por imparidade são reconhecidas em resultados na rubrica “Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações”. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 65 Justo valor O justo valor utilizado na valorização de activos e passivos financeiros de negociação, classificados como ao justo valor por contrapartida de resultados e activos financeiros disponíveis para venda é determinado de acordo com os seguintes critérios: - no caso de instrumentos transaccionados em mercados activos, o justo valor é determinado com base na cotação de fecho, no preço da última transacção efectuada ou no valor da última oferta (bid) conhecida; - no caso de activos não transaccionados em mercados activos, o justo valor é determinado com recurso a técnicas de valorização, que incluem preços de transacções recentes de instrumentos equiparáveis e outros métodos de valorização normalmente utilizados pelo mercado. Os activos de rendimento variável e instrumentos derivados que os tenham como subjacente, para os quais não seja possível a obtenção de valorizações fiáveis, são mantidos ao custo de aquisição, deduzido de eventuais perdas por imparidade. Derivados Na sua actividade corrente, o Grupo utiliza alguns instrumentos financeiros derivados quer para satisfazer as necessidades dos seus clientes, quer para gerir as suas próprias posições de risco de taxa de juro ou outros riscos de mercado. Estes instrumentos envolvem graus variáveis de risco de crédito (máxima perda contabilística potencial devida a eventual incumprimento das contrapartes das respectivas obrigações contratuais) e de risco de mercado (máxima perda potencial devida à alteração de valor de um instrumento financeiro em resultado de variações de taxas de juro, câmbio e cotações). Os montantes nocionais das operações de derivados são utilizados para calcular os fluxos a trocar nos termos contratuais, eventualmente em termos líquidos, e embora constituam a medida de volume mais usual nestes mercados, não correspondem a qualquer quantificação do risco de crédito ou de mercado das respectivas operações. Para derivados de taxa de juro ou de câmbio, o risco de crédito é medido pelo custo de substituição a preços correntes de mercado dos contratos em que se detém uma posição potencial de ganho (valor positivo de mercado) no caso de a contraparte entrar em incumprimento. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 66 Os derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são separados do instrumento de acolhimento sempre que os seus riscos e características não estão intimamente relacionados com os do contrato de acolhimento e a totalidade do instrumento não é designado no reconhecimento inicial como ao justo valor através de resultados (fair value option). Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo na sua gestão de exposição a riscos financeiros e de mercado, são contabilizados como derivados de cobertura de acordo com os critérios definidos pela norma IAS 39, caso cumpram os requisitos de elegibilidade previstos pela norma, nomeadamente para o registo de coberturas da exposição à variação do justo valor de elementos cobertos (“Coberturas de Justo Valor”). Caso contrário, os derivados são considerados pelo seu justo valor como activos ou passivos financeiros de negociação, consoante tenham, respectivamente, justo valor positivo ou negativo. Contabilidade de Cobertura Os instrumentos financeiros derivados utilizados para fins de cobertura, são classificados contabilisticamente como de cobertura desde que cumpram, cumulativamente, com as seguintes condições: - à data de início da transacção a relação de cobertura encontra-se identificada e formalmente documentada, incluindo a identificação do item coberto, do instrumento de cobertura e a avaliação da efectividade da cobertura; - existe a expectativa de que a relação de cobertura seja altamente efectiva, à data de início da transacção e ao longo da vida da operação; - a eficácia da cobertura possa ser mensurada com fiabilidade à data de início da transacção e ao longo da vida da operação; - para operações de cobertura de fluxos de caixa os mesmos devem ser altamente prováveis de virem a ocorrer. À data das Demonstrações Financeiras são efectuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto (na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a utilização de contabilidade de cobertura de acordo com a IAS 39, esta relação deverá situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efectuados testes de eficácia prospectivos, de forma a estimar a eficácia futura da cobertura. Um activo ou passivo coberto pode ter apenas uma parte ou uma componente do justo valor coberta (risco de taxa de juro) desde que a eficácia da cobertura possa ser avaliada separadamente. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 67 Cobertura de Justo Valor Numa operação de cobertura de justo valor de um activo ou passivo, o valor de balanço desse activo ou passivo, determinado com base na respectiva política contabilística, é ajustado por forma a reflectir a variação do seu justo valor atribuível ao risco coberto. As variações do justo valor dos derivados de cobertura são reconhecidas em resultados, conjuntamente com as variações de justo valor dos activos ou dos passivos cobertos, atribuíveis ao risco coberto. Se a cobertura deixar de cumprir com os critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, o instrumento financeiro derivado é transferido para a carteira de negociação e a contabilidade de cobertura é descontinuada prospectivamente. Caso o activo ou passivo coberto corresponda a um instrumento de rendimento fixo, o ajustamento de revalorização é amortizado até à sua maturidade pelo método da taxa efectiva. Cobertura de Fluxos de Caixa Numa operação de cobertura da exposição à variabilidade de fluxos de caixa futuros de elevada probabilidade, a parte efectiva das variações de justo valor do derivado de cobertura são reconhecidas em reservas, sendo transferidas para resultados nos períodos em que o respectivo item coberto afecta resultados. A parte não efectiva de cobertura é registada em resultados. Quando um instrumento de cobertura expira ou é vendido, ou quando a cobertura deixa de cumprir os critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, as variações de justo valor do derivado acumuladas em reservas são reconhecidas em resultados, quando a operação coberta também afectar resultados. Se for previsível que a operação coberta não se efectuará, os montantes ainda registados em capital próprio são imediatamente reconhecidos em resultados e o instrumento de cobertura é transferido para a carteira de negociação. O Grupo contrata instrumentos financeiros derivados para cobrir a sua exposição ao risco de taxa de juro. O tratamento contabilístico depende da natureza do risco coberto, nomeadamente se o Grupo está exposto às variações de justo valor, ou a variações de cash-flows ou se se encontra perante coberturas de transacções futuras. A 31 de Dezembro de 2011, de acordo com os critérios contabilísticos aplicáveis, o Grupo apresentava na sua carteira de passivos emitidos um conjunto de emissões a taxa variável para as quais existiam àquela data instrumentos financeiros derivados (IRS) com o objectivo de efectuarem a cobertura do risco de taxa de juro associado a essas emissões. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 68 Para as relações de cobertura que se enquadram nos requisitos obrigatórios da IAS 39, o Grupo adoptou a contabilidade de cobertura formal, nomeadamente o modelo de cobertura de exposição à variabilidade nos fluxos de caixa (Cash flow hedge) e apresenta na sua carteira de derivados, swaps de taxa de juro que estão a cobrir o risco de variações nos fluxos de caixa dos Recursos de outras instituições de crédito e Responsabilidades representadas por títulos. No que concerne à divulgação de informação quantitativa, à data de 31 de Dezembro de 2011, as posições em risco sobre acções resultam na quantificação dos seguintes valores: Quadro X.1. Posições em Risco sobre Acções - Carteira Bancária Acções Cotadas Acções Não Cotadas POSIÇÕES EM RISCO SOBRE ACÇÕES (CARTEIRA BANCÁRIA) 2011 Custo Aquisição/Valor Nocional Justo Valor Preço Mercado 2010 2011 2010 Derivados-Contratos sobre Acções/Índices 2011 2010 Outros Instrumentos de Capital 2011 Total 2010 2011 2010 - - 36.721 5.531 - - - - 36.721 5.531 28.126 50.596 31.129 6.245 - - 103.199 255.388 162.454 312.229 - - - - - - - - (12.784) 15.907 Resultado Exercício decorrentes de vendas e liquidações Total de ganhos ou perdas não realizados Total de ganhos ou perdas inerentes a reavaliações latentes Unidade: Milhares de Euros Nota: Não é possível desagregar a origem dos ganhos ou perdas em instrumentos financeiros. A informação disponível agrega resultados de vendas, liquidações e reavaliações. Considera-se que não existe divergência significativa entre o preço de mercado e o justo valor. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 69 XI – Risco Operacional O Banif – Grupo Financeiro utiliza o Método do Indicador Básico para o cálculo dos fundos próprios a alocar ao Risco Operacional. Os fundos para a cobertura do Risco Operacional do Grupo são estimados com base nas rubricas que compõem o Produto Bancário Anual, mediante algumas correcções, obtendo-se assim o Indicador Relevante em cada exercício. O Indicador Relevante tem assim por base o resultado da “soma líquida” de juros e receitas líquidas do Grupo numa base anual, reportados ao final de cada exercício financeiro. Os requisitos de fundos próprios para Risco Operacional resultam da média dos últimos três anos do Indicador Relevante anual positivo, ponderado por um factor de risco de 15%, nos termos do Aviso n.º 9/2007 do Banco de Portugal. O consumo de capital para 2011 resulta assim da média do Indicador Relevante dos exercícios de 2011, 2010 e 2009. O Grupo considera os seguintes elementos contabilísticos para o cálculo do Indicador Relevante: Quadro XI.1. Risco Operacional - Indicador Relevante ELEMENTOS CONTABILÍSTICOS (INDICADOR RELEVANTE) (+) Juros e Rendimentos Similares (+) Rendimentos de Instrumentos de Capital (+) Comissões Recebidas (+) Outros Rendimentos de Operações Financeiras (-) Juros e Encargos Similares (-) (-) / (+) Comissões Pagas Resultados de Operações Financeiras Relativamente à divulgação de informação quantitativa, os valores apurados para o cálculo do Indicador Básico são apresentados no quadro seguinte: Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 70 Quadro XI.2. Risco Operacional - Indicador Relevante Indicador Relevante ACTIVIDADES 2009 1. Método do Indicador Básico 550.910 2010 641.518 2011 Por memória: método de Medição Avançada Redução de requisitos de fundos próprios 2011 Perdas esperadas Mecanismos de consideradas no quadro das transferência de risco práticas internas 659.784 2. Método Standard Financiamento das empresas - corporate finance Negociação e vendas Intermediação relativa à carteira de retalho Banca comercial Banca de retalho Pagamento e liquidação Serviços de agência Gestão de activos 3. Método de Medição Avançada (a) Unidade: Milhares de Euros (a) Base de incidência, em termos de indicador relevante, das actividades sujeitas ao método de Medição Avançada Em 2011, os requisitos de fundos próprios para Risco Operacional, de acordo com o método de cálculo referido, ascenderam a 92.611 milhares de Euros. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 71 XII – Análise de Sensibilidade dos Requisitos de Capital XII.I – Risco de Taxa de Juro da Carteira Bancária A análise de sensibilidade do risco de taxa de juro da carteira bancária, tem como objectivo avaliar a exposição do Grupo a este risco e inferir quanto à sua capacidade em absorver variações adversas nas taxas a que se encontra exposto. A estratégia e políticas no que diz respeito à gestão do risco de taxa de juro ao nível consolidado estão claramente definidas e são consistentes com a natureza e complexidade das actividades desenvolvidas pelo Grupo, aplicadas quer numa base consolidada quer numa base individual, e tomando em consideração as características específicas dos mercados em que as diversas Entidades operam. O sistema de medição do risco de taxa de juro adoptado ao nível do Grupo visa captar as principais fontes de risco de taxa de juro, e as materialmente mais significativas, permitindo analisar o impacto dos efeitos das alterações das taxas quer no valor económico quer na margem financeira. A natureza do risco de taxa de juro no Grupo é determinada pelas principais fontes de risco a que o Grupo se encontra exposto, a seguir identificadas: - risco de repricing: O risco de repricing constitui a principal fonte de risco de taxa de juro para o Grupo. Este risco resulta fundamentalmente da estrutura do balanço do Grupo e do timing de repricing entre as operações activas e passivas remuneradas. No que respeita ao peso das operações a taxa fixa, o mesmo não é materialmente significativo não sendo por isso relevante em termos de fonte de risco para o Grupo; - risco de alterações nas curvas de rendimentos: As alterações nas curvas de rendimento, constituem outra fonte de risco de taxa de juro para o Grupo. No entanto, devido à manutenção durante 2011 do contexto de taxas de mercado baixas e à estrutura da carteira bancária caracterizada por posições essencialmente a taxa variável, este risco não é materialmente significativo. Quanto às duas outras fontes mais comuns de risco de taxa de juro, risco de base e instrumentos com opcionalidade, atendendo às características das posições do balanço consolidado, estas apresentam uma importância marginal em termos da sua contribuição para o risco do Grupo. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 72 A contribuição das posições registadas fora do balanço para o risco de taxa de juro também é considerada como pouco relevante, atendendo à revogabilidade contratualmente assegurada da maioria dessas posições, e ao facto da principal componente das mesmas (linhas de crédito aprovadas a clientes) ser objecto de renovação periódica e sistemática pelas áreas de negócio das Entidades que integram o Grupo. Previamente à escolha do modelo de medição e avaliação do risco de taxa de juro, procedeu-se à selecção das Entidades consideradas relevantes para efeito da análise, independentemente da sua localização geográfica. Considerando ainda o peso que as posições em moeda USD e sujeitas a risco de taxa de juro representam na carteira bancária, considerou-se como adequado a realização de uma análise desagregada para esta moeda, seguindo os mesmos princípios que para a moeda doméstica. A análise de sensibilidade efectuada baseou-se na metodologia utilizada na Instrução n.º 19/2005 do Banco de Portugal, referente ao risco de taxa de juro da carteira bancária e ainda nos princípios emanados do Comité de Supervisão de Basileia no “Principles for the Management and Supervision of Interest Rate Risk”. Considerando a reduzida materialidade do impacto de uma evolução adversa das taxas de juro no valor económico do Grupo, optou-se por considerar a abordagem padrão referida pelo Comité de Basileia e acolhida pelo Banco de Portugal na Instrução acima referida. Em complemento, procedeu-se a uma análise de simulação de impacto em resposta a várias deslocações paralelas da curva de rendimentos, choques positivos e choques negativos, utilizando a metodologia padrão referida. O risco de taxa de juro da carteira bancária do Grupo é avaliado numa base semestral, sendo contudo as posições interbancárias mais relevantes objecto de uma monitorização permanente. No cálculo do risco de taxa de juro, foram incluídos todos os instrumentos financeiros patrimoniais relevantes para esta análise e que por definição sejam afectados pelas variações ocorridas nas taxas de juro. Atendendo ao tipo de taxa remuneratória, as posições são consideradas pelo período de repricing, ou pela respectiva maturidade residual. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 73 Quanto às posições registadas fora do balanço (extrapatrimoniais), apenas são consideradas na análise as posições em instrumentos financeiros derivados sensíveis a risco de taxa de juro. O tratamento dos swaps, para efeitos de risco de taxa de juro, é efectuado segundo o estipulado no n.º 8 da Parte 1 do Anexo II do Aviso n.º 8/2007 do Banco de Portugal. Conforme referido acima, os instrumentos com natureza de crédito com opcionalidade registados fora do balanço não são considerados relevantes para efeitos do risco de taxa de juro, em virtude do peso pouco significativo que representam os contratos com cláusula de irrevogabilidade. Não foram assumidos quaisquer pressupostos quanto ao accionamento de cláusulas de reembolso antecipado nos empréstimos a clientes, considerando o reduzido impacto e materialidade das mesmas. Relativamente à maturidade efectiva dos depósitos sem prazo de vencimento, i.e. depósitos à ordem, apenas os que são objecto de remuneração são considerados como sensíveis ao risco de taxa de juro e classificados no prazo à vista. As posições denominadas em moeda estrangeira e sujeitas a risco de taxa de juro foram convertidas em Euro à taxa de câmbio oficial do BCE na data de reporte. Como referido acima, procedeu-se a uma análise desagregada para as posições denominadas originariamente em USD. Não foram identificados factores de correlação com impacto significativo entre o risco de taxa de juro da carteira bancária e outros tipos de risco. Relativamente ao risco de crédito, a carteira do Grupo, caracteriza-se, no que respeita à taxa de remuneração, essencialmente por taxa variável indexada. Relativamente ao risco de liquidez, apesar dos activos e passivos não remunerados terem um peso reduzido no balanço do Grupo, a estrutura do balanço por gaps de liquidez apresenta-se equilibrada. XII.II – Testes de Esforço Realizados Âmbito de aplicação e incidência O Grupo promove com regularidade análises de sensibilidade e de cenários, elaborando testes idiossincráticos e de carácter sistémico por forma a avaliar o seu impacto nas principais rubricas e indicadores da actividade ao nível consolidado. O resultado destes testes, quando material, é considerado como input para as decisões de gestão, avaliando-se as vulnerabilidades detectadas e as medidas correctivas mais adequadas para a sua mitigação. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 74 No decurso de 2011 o Grupo participou em vários exercícios desta índole, definidos pelo Banco de Portugal, nomeadamente o “bottom-up stress test” realizado entre nos meses de Setembro e Outubro e o “SIP-WS3” realizados nos meses de Novembro e Dezembro. Conforme anunciado pelo Banco de Portugal (BdP) e pelo Banco Central Europeu (BCE), o Funding & Capital Plan e os testes de esforço (stress tests) vão ser revistos numa base trimestral por estas entidades. Em virtude da participação no exercício referido anteriormente, o Grupo foi dispensado de participar nos testes de esforço (stress tests) preconizados pelo Banco de Portugal no âmbito da Instrução n.º 4/2011 do Banco de Portugal. Descrição, objectivos e frequência de realização No que diz respeito ao âmbito do Programa de Inspecções Especiais (SIP) realizado junto dos 8 maiores grupos bancários portugueses, o Grupo iniciou em Novembro de 2011 a sua participação no Workstream 3 (WS3). O WS3 teve como objectivo uma avaliação das metodologias e parâmetros utilizados na realização de stress tests. Para o efeito, foi solicitado aos bancos que executassem um exercício de stress test semelhante ao realizado em Outubro, servindo este de base aos trabalhos de avaliação, que foram efectuados pela consultora Oliver Wyman e acompanhados e coordenados pelo Banco de Portugal. Os testes de esforço estão enquadrados numa envolvente macro-económica e financeira a nível mundial e nacional, permitindo identificar factores de risco e, bem assim, avaliar o desempenho da actividade do Grupo sob condições económicas adversas. Descrição das hipóteses assumidas, cenários subjacentes, factores de risco considerados e choques introduzidos para simular acontecimentos adversos Os testes efectuados incluem choques definidos pelo Banco de Portugal, bem como choques adicionais e customizados que o Grupo entende como aplicáveis e adequados ao exercício em questão, fruto de uma avaliação interna da materialidade de outros factores de risco não considerados nas orientações do Supervisor. Relativamente aos procedimentos definidos pela Entidade de Supervisão para o exercício sobre dados de final de 2011, as simulações reflectem, designadamente, o processo de ajustamento orçamental da economia portuguesa, a manutenção de restrições activas nos mercados internacionais Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 75 de financiamento por grosso e a persistência de um reduzido crescimento do produto potencial da economia portuguesa. Em função dos resultados dos testes efectuados, é realizada uma auto-avaliação sobre as vulnerabilidades detectadas e as respectivas medidas correctivas que o Grupo tem equacionadas, de forma a permitir que o nível de fundos próprios seja adequado aos riscos a que está exposto. De salientar que os trabalhos de mitigação encontram-se em curso, pelo que algumas medidas definidas pelo Banco de Portugal nas áreas de “Processos e Governo Interno” e “Consistência e Evidências” estarão repercutidas no exercício de stress test que está a ser realizado pelo Grupo para respectiva submissão ao Supervisor no decurso do mês de Julho. Para as restantes situações está em curso um plano de trabalho mais alargado que decorrerá até ao final do ano. Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 76 Relativamente à informação quantitativa, à data de 31 de Dezembro de 2011 e, comparativamente ao ano anterior, o efeito na situação líquida de um choque de 200 p.b na taxa de juro da carteira em EUR, USD e, em termos de carteira total, apresentou os seguintes resultados: Quadro XII.1. Risco de Taxa de Juro - Carteira Bancária Divisa: EUR Impacto RISCO DE TAXA DE JURO (CARTEIRA BANCÁRIA) 2011 Efeito da Situação Líquida de um choque de 200 p.b. na taxa de juro: Valor % dos Fundos Próprios 2010 1 (47.079) (85.592) -2 47.079 85.592 +1 -4% -7% -2 4% + 7% Unidade: Milhares de Euros 1 "+" = Choque na taxa de juro, no sentido ascendente 2 "-" = Choque na taxa de juro, no sentido descendente Quadro XII.2. Risco de Taxa de Juro - Carteira Bancária Divisa: USD Impacto RISCO DE TAXA DE JURO (CARTEIRA BANCÁRIA) 2011 Efeito da Situação Líquida de um choque de 200 p.b. na taxa de juro: Valor % dos Fundos Próprios 2010 1 (17.055) (14.510) -2 17.055 14.510 +1 -2% -1% -2 2% + 1% Unidade: Milhares de Euros 1 "+" = Choque na taxa de juro, no sentido ascendente 2 "-" = Choque na taxa de juro, no sentido descendente Quadro XII.3. Risco de Taxa de Juro - Carteira Bancária Divisa: Todas Impacto RISCO DE TAXA DE JURO (CARTEIRA BANCÁRIA) 2011 Efeito da Situação Líquida de um choque de 200 p.b. na taxa de juro: Valor % dos Fundos Próprios 2010 +1 (64.134) (100.102) 2 64.134 100.102 1 -6% -8% 2 6% - + - 8% Unidade: Milhares de Euros 1 "+" = Choque na taxa de juro, no sentido ascendente 2 "-" = Choque na taxa de juro, no sentido descendente Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 77 XIII – Anexos Anexo 1 – Descrição das Entidades incluídas no perímetro de consolidação integral da Rentipar Financeira S.G.P.S, S.A. para fins contabilísticos Anexo 2 – Descrição das Entidades do Grupo consolidadas por equivalência patrimonial para fins contabilísticos Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 78 1 - Empresas ANEXO 1 Data de referência: 31-12-2011 Nome da Sociedade Sede Detentor do Capital % Participação Efectiva Interesses que não controlam Renticapital - Investimentos Financeiros, S.A. Portugal Rentipar Financeira S.G.P.S., S.A. 93,50% 6,50% Banif S.G.P.S., S.A. Portugal Rentipar Financeira S.G.P.S., S.A. 48,00% 52,00% Banif Comercial, SGPS, S.A. Portugal Banif SGPS, S.A. Banif - Investimentos - SGPS, S.A. 48,00% 52,00% Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Portugal Banif Comercial, SGPS, S.A. 48,00% 52,00% Banif (Açores ) SGPS, S.A. Portugal Banif Comercial, SGPS, S.A. 48,00% 52,00% Banif Finance, Ltd. Ilhas Cayman Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Numberone, SGPS, Lda 48,00% 52,00% Banif & Comercial Açores, Inc San José E.U.A Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. 48,00% 52,00% Banif & Comercial Açores, Inc Fall River E.U.A Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. 48,00% 52,00% Investaçor, SGPS, S.A. Portugal Banif (Açores ) SGPS, S.A. 28,42% 71,58% Investaçor Hoteis S.A. Portugal Investaçor, SGPS, SA 28,42% 71,58% Açortur Investimentos Turísticos dos Açores, S.A. Portugal Investaçor, SGPS, SA 23,70% 76,30% Turotel, Turismo e Hoteis dos Açores, S.A. Portugal Investaçor, SGPS, SA 27,87% 72,13% Investimentos Turísticos e Similares e Apart-Hotel Pico Lda. Portugal Açortur Investimentos Turísticos dos Açores, S.A. 23,70% 76,30% Banif Rent - Aluguer Gestão e Comercio de Veículos Automóveis Portugal Banif Comercial, SGPS, S.A. 48,00% 52,00% Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A. Brasil Banif Comercial, SGPS Banif International Holdings, Ltd 47,28% 52,72% Banif - Investimentos - SGPS, S.A. Portugal Banif SGPS, S.A. Banif Holding (Malta) PLC 48,00% 52,00% Banif - Banco de Investimento, S.A. Portugal Banif - Investimentos - SGPS, S.A. 48,00% 52,00% Banif Gestão Activos - Soc. Gestora de Fundos de Investimento Mobiliario, S.A. Portugal Banif - Banco de Investimento, S.A. 48,00% 52,00% Banif Açor Pensões - Soc. Gestora Fundos Pensões, S.A. Portugal Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif - Banco de Investimentos, S.A. 31,00% 69,00% Banif Capital - Soc. de Capital. de Risco S.A. Portugal Banif - Banco de Investimento, S.A. 48,00% 52,00% Gamma - Soc. Titularização de Créditos, S.A. Portugal Banif - Banco de Investimento, S.A. 48,00% 52,00% Numberone SGPS, Lda Portugal Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. 48,00% 52,00% Banif International Asset Management Ltd. Ilhas Cayman Banif - Banco de Investimento, S.A. 48,00% 52,00% Banif Multifund Ltd. Ilhas Cayman Banif International Asset Management Ltd. 48,00% 52,00% Banif - Banco Internacional do Funchal (Cayman) Ltd Ilhas Cayman Banif - Investimentos - SGPS, S.A. 48,00% 52,00% Banif Internacional Holdings, Ltd Ilhas Cayman Banif - Investimentos - SGPS, S.A. 40,80% 59,20% Banif Financial Services, Inc E.U.A Banif Internacional Holdings Ltd 40,80% 59,20% Banif Finance (USA) corp. E.U.A Banif Internacional Holdings Ltd 40,80% 59,20% Banif Forfaiting Company, Ltd. Bahamas Banif Internacional Holdings Ltd 40,80% 59,20% Banif Securities, Inc. E.U.A Banif Securities Holding, Ltd 48,00% 52,00% Econofinance, S.A Brasil Banif Securities Holding, Ltd 48,00% 52,00% Banif Securities Holding, Ltd Ilhas Cayman Banif - Investimentos - SGPS, S.A. 48,00% 52,00% Banif ( Brasil), Ltd. Brasil Banif - Investimentos - SGPS, S.A. Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. 48,00% 52,00% Banif International Bank, Ltd Bahamas Banif Comercial - SGPS, S.A. Banif - Investimentos - SGPS, S.A. 48,00% 52,00% Banif - Banco de Investimento (Brasil), SA Brasil Banif - Investimentos - SGPS, S.A. Banif Securities Holding, Ltd 48,00% 52,00% Banif US Real Estate Brasil Banif - Banco de Investimento, S.A. 48,00% 52,00% Banif Gestão de Activos (Brasil), S.A. Brasil Banif - Banco de Investimento (Brasil), S.A. 48,00% 52,00% Banif - Imobiliária, S.A. Portugal Banif - SGPS, S.A. Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif - Banco de Investimento, S.A. 48,00% 52,00% Sociedade Imobiliária Piedade, S.A. Portugal Banif - Imobiliária, S.A. 48,00% 52,00% Banifserv-Empresa de Serviços, Sistemas e Tecnologias de Informação A.C.E. Portugal ACE (*) 48,00% 52,00% 65,44% Banif Bank (Malta) PLC Malta Banif - SGPS, S.A. 34,56% Banco Caboverdiano de Negócios S.A. Cabo Verde Banif - SGPS, S.A. 24,81% 75,19% Banif Holding (Malta) PLC Malta Banif SGPS, S.A. Banif - Banco Internacional do Funchal (Cayman) Ltd 48,00% 52,00% Banif Mais, SGPS, SA Portugal Banif - SGPS, SA 48,00% 52,00% Tecnicrédito ALD Portugal Banif Mais, SGPS, SA 48,00% 52,00% Banco Banif Mais, SA Portugal Banif Mais, SGPS, SA Banif Comercial - SGPS, S.A. 48,00% 52,00% Banif Plus Bank ZRT Hungria Banco Mais SA 48,00% 52,00% Margem Mediação de Seguros, Lda Portugal Banif Mais, SGPS, SA 48,00% 52,00% TCC Investments Luxembourg Luxemburgo Banco Mais, SGPS, SA Banco Mais, SA 48,00% 52,00% Ecoprogresso Trading, SA Portugal Banif - Banco de Investimento S.A. 24,00% 76,00% Banieuropa Holding, SL Espanha Banif - SGPS, SA 48,00% 52,00% Beta Securitizadora Brasil FIP Banif Real Estate 47,64% 52,36% Achala Brasil Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A. 47,28% 52,72% Komodo E.U.A Banif Securities Holding, Ltd 48,00% 52,00% Worldvilas Portugal Banif - Banco de Investimento, S.A. 48,00% 52,00% SPE Panorama Brasil FIP Banif Real Estate 47,64% 52,36% Banif Real Estate Polska Polónia Imopredial 39,44% 60,56% Tiner Polska Polónia Imopredial 37,46% 62,54% Gestarquipark Portugal Imogest 31,77% 68,23% ZACF - Participações Ltda Brasil Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A. 47,28% 52,72% (*) A BanifServ - Empresa de Serviços e Tecnologias de Informação, A.C.E. tem como agrupadas as seguintes empresas do Banif - Grupo Financeiro: Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. - 93% Companhia de Seguros Açoreana, S.A. - 1,5% Banif - Banco de Investimento, S.A. - 1,5% Banif Rent - Aluguer, Gestão e Comércio de Veículos Automóveis, S.A. - 4% Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 79 2 - Fundos de Investimento ANEXO 1 Data de referência: 31-12-2011 Nome da Sociedade Sede Detentor do Capital % Participação Efectiva Interesses Minoritários FIP Banif Real Estate Brasil Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil ) S.A. Banif - Banco de Investimento (Brasil) S.A. 47,64% 52,36% Art Invest Portugal Banif - Banco de Investimento S.A. 30,04% 69,96% Banif Fortuny Portugal Banif - Banco de Investimento S.A. 48,00% 52,00% Infra Invest FEIA Portugal Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif - Banco de Investimento, S.A. 48,00% 52,00% Imogest Portugal Banif - Imobiliária, S.A. Banif Gestão Activa 31,77% 68,23% Capven Portugal Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif Capital - Soc. de Capital. de Risco S.A Banif - Banco de Investimento, S.A. 32,63% 67,37% Banif Inv. Conservador Portugal Banif - Banco de Investimento S.A. 33,11% 66,89% Banif Inv. Moderado Portugal Banif - Banco de Investimento S.A. 33,67% 66,33% Banif Renda Habitação Portugal Banif - Imobiliária, S.A. 48,00% 52,00% Banif Gestão Imobiliária Portugal Banif - Imobiliária, S.A. 48,00% 52,00% Banif Gestão Patrimonial Portugal Banif - Banco de Investimento S.A. 39,39% 60,61% Banif Gestão Activa Portugal Banif - Banco de Investimento S.A. 38,68% 61,32% Imopredial Portugal Banif - Imobiliária, S.A. Banif - Banco de Investimento, S.A. Banif (Açores), SGPS 39,44% 60,56% Banif Europa Leste Portugal Banif - Banco de Investimento, S.A. 29,36% 70,64% Banif Property Portugal Banif - Banco de Investimento, S.A. 41,17% 58,83% Turirent Portugal Banif - Banco de Investimento, S.A. 48,00% 52,00% Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 80 3 - Entidades de Finalidades Especiais ANEXO 1 Data de referência: 31-12-2011 Nome da Sociedade % Participação Natureza Atlantes Mortgage Nº1 plc Veículos de Securitização Atlantes Mortgage Nº2 plc Veículos de Securitização Atlantes Mortgage Nº3 plc Veículos de Securitização Atlantes Mortgage Nº4 plc Veículos de Securitização Atlantes Mortgage Nº5 plc Veículos de Securitização Atlantes Mortgage Nº6 plc Veículos de Securitização Atlantes Mortgage Nº7 plc Veículos de Securitização Azor Mortgage Nº 1 Veículos de Securitização Azor Mortgage Nº 2 Veículos de Securitização Atlantes Finance Nº3 Veículos de Securitização BMORE Finance No. 4 plc Veículos de Securitização BMORE Finance No. 5 plc Veículos de Securitização Euro Invest Series 3A, 3B, 8 e 9 Emissão de Dívida Estruturada Atlantes N.1 Veículos de Securitização Atlantes Finance Nº4 Veículos de Securitização 48,00% 48,00% 48,00% 48,00% 48,00% 48,00% 48,00% 48,00% 48,00% 48,00% 48,00% 48,00% 48,00% 48,00% 48,00% 1 - Empresas ANEXO 2 Data de referência: 31-12-2011 Nome da Sociedade Sede Social Actividade Principal Detentor do Capital % de Participação Valor da Participação Total de Capital Próprio Goodwill Resultado Líquido Contributo Líquido Rentipar Seguros, SGPS, SA Avenida Barbosa du Bocage, 85 Seguradora Banif - SGPS, SA 47,69% 63.277 834 132.687 795 379 Banca Pueyo Virgen de Guadalupe , 2 Villanuea de la Serena, Badajoz Banca Banif - SGPS, SA 33,32% 27.838 27.449 83.549 5.117 1.705 (4.682) Bankpime Travessera de Gràcia, nº 11 Barcelona Banca Banif - SGPS, SA 28,66% 2.121 - 7.400 (16.335) Inmobiliaria Vegas Altas Parque de la Constitución, 9 Villanueva de la Serena Imobiliário Banif - SGPS, SA 33,33% 2.602 - 7.807 72 24 Espaço 10 Av. Barbosa do Bocage 83-85 1050-050 Lisboa Imobiliário Banif Investimentos - SGPS, SA 25,00% - - (1.030) (90) (23) MCO2 Rua Tierno Galvan, Torre 3, 10.º Piso Amoreiras, Lisboa Gestão Investimentos Banif - Banco de Investimento, SA 25,00% 1.251 - 5.005 181 45 Pedidos Liz Portugal Fundo de Investimento Imogest 33,10% 1 - 2 (4) (1) Centaurus Reality Goup São Paulo - Brasil Imobiliário Banif Holding (Malta) Banif International Holdings 43,45% 30.297 - 70.225 - 127 127.387 28.283 305.645 (10.264) (2.426) Disciplina de Mercado – 31 de Dezembro de 2011 81
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